Acção executiva, meios extra-judiciais e recuperação do iva

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Elza Custódio Bastos
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1 , meios extra-judiciais e recuperação do iva 13 de Maio de 2013 Com a colaboração:

2 13 de Maio de 2013, meios extra-judiciais e recuperação do iva Programa 9h30 Abertura [FFMS e ACL] 9h30 e recuperação do iva Apresentação do Estudo Mariana França Gouveia [Coordenadora Científica do Estudo Justiça Económica, Professora da FDUNL] 10h00 Comentário José Carlos Resende [Presidente da Câmara dos Solicitadores] Alexandra Martins [Consultora, KPMG] 10h45 Debate Moderadora: Marina Pimentel [Jornalista, Rádio Renascença] Relatora: Tânia Pereira [Advogada] Meios de resolução alternativa de litígios 11h30 Apresentação do Estudo João Pedro Pinto-Ferreira [Membro da Equipa do Estudo Justiça Económica] 12h00 Comentário Jaime Cardona Ferreira [Juiz Conselheiro, Presidente do Conselho de Acompanhamento dos Julgados de Paz] Nuno Líbano Monteiro [Advogado, PLMJ] 12h40 Debate Moderadora: Paula Costa e Silva [Professora FDUL] Relatora: Vera Eiró [Prof. Convidada FDUNL, Advogada, Linklaters]

3 NOTAS SOLTAS E TEMAS PARA O DEBATE Crise e efeitos na procura Lentidão nas decisões judiciais Complexidade de taxas e impostos 4,9 4,7 4,5 Dificuldade no acesso ao crédito 4,5 Incumprimento de prazos de pagamento 4,4 Custo de apoio jurídico e litigância 4,3 Legislação laboral vigente 4,0 Tramitação de autorizações e licenças 3,9 Funcionários que gerem autorizações e licenças Dificuldade em substituir pessoal redundante ou inadequado Atuação das entidades reguladoras Dificuldade em contratar pessoal Representação dos trabalhadores e sindicatos Incumprimento dos prazos de entrega Regras processuais 3,3 3,1 2,9 Razões mencionadas para má qualidade e lentidão das decisões Falta de meios 0% 25% 50% 75% 100% 25% 24% 62% 70% De entre factores como a crise económica, a complexidade das taxas e impostos, a dificuldade no acesso ao crédito ou a legislação laboral vigente, as empresas elegem a lentidão das decisões dos tribunais como o segundo maior obstáculo à sua actividade. Duas em cada três empresas que fazem uma avaliação negativa da qualidade das decisões dos tribunais mencion am as regras processuais como a principal razão dessa má qualidade. e IVA A acção executiva tem concentrado um número elevado de pendências, as quais têm aumentado nos últimos anos, em contraciclo com a acção declarativa. Processos pendentes (entre 2007 e 2010) Má gestão dos meios 23% 39% Expedientes de advogados 21% 29% Má qualidade dos juízes 20% 6% 0 Enquadramento legal 15% 7% Falta de independência 14% 5% Outra 6% 2% Má qualidade Lentidão

4 O número elevado de acções executivas (entradas e pendentes) será explicado por três factores totalmente diversos: elevado número de títulos executivos (que escondem litígios próprios da acção declarativa); necessidade de propor acção para obter documento que permita a recuperação do IVA; número elevado de pessoas tecnicamente (mas não juridicamente) insolventes. O curto prazo de prescrição (seis meses) dos serviços públicos essenciais pode, também, ser uma explicação. Processos findos (entre 2007 e 2010) Processos entrados (2007 a 2010) O processo executivo estrutura-se em função da penhora. Não existindo bens para penhorar, o processo bloqueia, não se encontrando soluções (próprias da insolvência) para o seu desenvolvimento. Sucessivas reformas têm tentado extinguir os processos, mas não têm obtido sucesso. Como lidar com este problema? Qual a melhor forma de resolver o problema da recuperação do IVA? Faz sentido que o sistema de Justiça seja chamado a esta confirmação de incobrabilidade? Ou deverá antes ser totalmente desjudicializado? Quais os riscos desta opção? Com a limitação dos títulos executivos, propôsse a desjudicialização do processo executivo. Com ela, a separação legal dos dois processos, isto é, a saída da acção executiva do Código de Processo Civil (onde apenas subsistiriam os incidentes declarativos). Esta solução pressupõe uma confiança nos agentes de execução que não é, hoje, consensual. Será esta uma boa solução? Se sim, como alcançá-la?

5 Meios de Resolução Alternativa de Litígios As empresas encaram os meios de resolução alternativa de litígios de forma mais favorável do que a litigância em tribunal. Avaliação dos meios de resolução alternativa de litígios (por comparação com as decisões judiciais) Parâmetro Maior Igual Menor Qualidade 16% 67% 17% Rapidez 51% 40% 9% Fará sentido que a repartição das custas judiciais possa ter como base uma proposta de acordo feita por uma das partes? Em que condições? Haverá vantagens em antecipar a troca de informações entre as partes através de mecanismos extrajudiciais? E uma vez proposta a acção, poderá o juiz determinar a troca de informações ao abrigo do poder de gestão processual? Os profissionais judiciários apoiam, de forma consistente, um reforço da conciliação judicial. Custos 12% 38% 50% Nos últimos três anos, os meios de resolução alternativa de litígios mais utilizados pelas empresas foram a arbitragem, a mediação e os julgados de paz, embora com números muito pequenos. Número médio de processos Julgados de paz Mediação A lei deve prever a possibilidade de o juiz fazer propostas de acordo escritas e/ou orais às partes? A experiência internacional revela uma grande variedade de técnicas de conciliação como o caucus, a criação de insegurança quanto ao desfecho da acção, a sugestão de um valor para o acordo ou a identificação dos aspectos mais fortes e mais fracos da posição das partes. Quais os aspectos que devem ser privilegiados? Quais os riscos a considerar? Arbitragem Os advogados têm um papel essencial na definição da estratégia processual. Qual a forma mais adequada de os incluir na promoção da mediação? Existirá um potencial para o alargamento da mediação? Em que áreas será esse potencial maior? Como explicar a reduzida utilização dos meios de resolução alternativa de litígios? Qual o papel que a formação pode ter no seu desenvolvimento? Quais as razões que levam as empresas a recorrer à arbitragem? E quais as suas principais preocupações?

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