Ministério Público Federal. Procuradoria da República no Rio Grande do Norte

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1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(ÍZA) FEDERAL DE UMA DAS VARAS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, A QUEM ESTA COUBER POR DISTRIBUIÇÃO LEGAL: Peças de Informação NCA/PRDC/Saúde Autos n / (PR/RN) O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República que esta subscreve, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, subsidiado pelo procedimento administrativo em epígrafe, com fundamento nos arts. 37, caput, 127, caput, e 129, incisos II e III, todos da Constituição Federal; Lei n.º 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública) e art. 5.º, inciso V, alínea a, e art. 6º, VII, alíneas a e d, ambos da Lei Complementar n.º 75 (Lei Orgânica do Ministério Público da União), de 20 de maio de 1993, vem, perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA com pedido de antecipação de tutela inaudita altera pars em face da(o) i) UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, representada pela Procuradoria da União no Rio Grande do Norte, localizada G:\CAMARAS\1CCR\1 CCR 2012\Assessoria de Coordenação\Guilherme\SITE 1ª CCR\ACP\ Saúde. Medicamento. Trastuzumabe.odt

2 na Av. Brancas Dunas, n.º 565, Ed. Aquarius Center, Candelária, Natal/RN, CEP ; e ii) ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, pessoa jurídica de direito público, representada pelo Procurador-Geral do Estado, com endereço na Av. Afonso Pena, n.º 1155, Tirol, Natal/RN, CEP , pelos fundamentos de fato e de direito adiante expostos: I DOS FATOS 1. O procedimento em epígrafe (PI n.º / PR/RN) foi instaurado nesta Procuradoria da República a partir do termo de declarações de MARIA ELZA CÂMARA DE OLIVEIRA (fl. 03), portadora de neoplasia de mama (CID 10 C 50.9), em tratamento adjuvante com quimioterapia e com indicação para fazer uso do medicamento trastuzumabe (nome comercial: herceptin), que, segundo resultados de vários estudos científicos, evidenciam impacto positivo em termos de sobrevida global e/ou intervalo livre de recorrência. 2. Porém, o referido medicamento não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde SUS, consoante informações constantes dos autos provenientes do Centro Avançado de Oncologia CECAN da LIGA NORTE- RIO-GRANDENSE CONTRA O CÂNCER (fls. 04/05). 3. Em relação ao caso da representante MARIA ELZA CÂMARA DE OLIVEIRA, acima referida, o Parquet Federal, tendo em vista tratar-se de questão individual (posto que indisponível), encaminhou cópia do termo de declarações e demais documentos pertinentes à Defensoria Pública da União para adoção das medidas necessárias à defesa individual do direito pleiteado (fls. 09/16). 2/47

3 4. No entanto, considerando que o medicamento em questão, embora liberado pela ANVISA (fl. 231), não consta da lista oficial de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), o seu fornecimento é negado pelo poder público, inviabilizando-se, assim, a fruição dos direitos fundamentais à saúde e à vida por inúmeros pacientes do SUS que se encontram na mesma situação da paciente MARIA ELZA CÂMARA DE OLIVEIRA, mormente pelo alto custo de sua aquisição. 5. Segundo parecer elaborado pela consultoria jurídica do Ministério da Saúde (fls. 170/171), o trastuzumabe é definido como anticorpo mono-clonal humanizado, derivado do DNA recombinante que se liga com alta afinidade à proteína do Fator de Crescimento Epidermal Humano 2 (HER 2). 6. A utilização do trastuzumabe decorre do estágio da neoplasia que acomete as pacientes, bem ainda, e especialmente, da circunstância de que os tumores revelam positividade para amplificação do gene HER-2, o que aponta a especial agressividade do tipo de câncer das pacientes. A esse respeito, vale transcrever informação trazida pela FEMAMA Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama 1, verbis: 1http:// O câncer de mama ainda é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e permanece o primeiro entre as mulheres. Tem cura de 95% dos casos que forem diagnosticados precocemente. Mas é importante saber que existem vários tipos de câncer e, uma vez detectado, outros exames são essenciais para garantir que o tratamento seja eficaz. Um exemplo é o teste herceptest, que diagnostica um 3/47

4 tipo de câncer conhecido bastante agressivo, mas com maiores chances de cura se tratado com a terapia correta. O teste é bastante específico e verifica no tecido tumoral a existência ou não de uma proteína chamada receptor-2 do fator de crescimento epidérmico o HER2. Quando há uma quantidade grande dessa proteína, ou uma superexpressão de HER2, o crescimento desordenado das células ocorre de maneira mais acelerada. É importante ter em mente que 25% das mulheres são diagnosticadas com câncer de mama na forma mais agressiva, com HER2 positivo. (fl. 168) 7. Sobre a agressividade do câncer de mama e a diminuição/piora da sobrevida da paciente, quando associada ao HER2 positivo, relevante salientar ainda o que segue, extraído da web: O receptor-2 de fator de crescimento epitelial humano (HER2) tem um importante papel no crescimento, diferenciação e sobrevida dos processos envolvidos com as células normais. Contudo, a superexpressão do receptor HER2 contribui para o desenvolvimento do câncer, sendo considerado um evento precoce e estável na gênese do câncer de mama. Aproximadamente 15% a 25% das mulheres com câncer de mama têm superexpressão de HER2. A presença dessa superexpressão está associada com doença agressiva e particularmente com 4/47

5 uma evolução ruim da doença, incluindo uma piora da sobrevida. (fl. 163) 8. Acerca do assunto, outrossim, o Instituto Nacional do Câncer INCA, em resposta a expediente da Procuradoria da República no Município de Mossoró/RN, ratificou a eficiência do medicamento em questão, bem como informou que inexiste qualquer medicação que substitua o uso do trastuzumabe na adjuvância em neoplasia invasora de mama (fls. 123/124v.). 9. Com respeito à não-dispensação do medicamento denominado trastuzumabe na lista de medicamentos excepcionais do SUS, o Ministério da Saúde, também em atenção à solicitação da Procuradoria da República em Mossoró/RN, informou que a demanda por incorporação do referido medicamento à lista do SUS foi apresentada à Comissão de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde - CITEC, com indicação para tratamento do câncer de mama, sem, contudo, referir-se à sua efetiva dispensação (fls. 127/129). 10. Sabe-se que os procedimentos para incorporação de medicamentos no âmbito do Ministério da Saúde são morosos e cheios de entraves burocráticos. Além disso, a estimativa de preço da medicação em questão é de R$ ,00 (dez mil reais) para cada ampola, valor esse que os pacientes de baixa renda, bem como suas famílias, por óbvio, não têm condições de suportar. 11. Cumpre anotar que a Procuradoria da República no Município de Mossoró/RN ajuizou ação civil pública objetivando tutela jurisdicional para obrigar a União e o Estado do Rio Grande do Norte a fornecerem, de forma gratuita e ininterrupta, o trastuzumabe aos pacientes que comprovarem necessitar do tratamento médico com a referida substância. No entanto, a despeito de ter sido deferida a tutela antecipada e julgado 5/47

6 procedente o mérito do pedido, os seus efeitos foram limitados aos pacientes residentes nos Municípios abrangidos pela Subseção Judiciária de Mossoró/RN, conforme ementa abaixo, verbis: EMENTA: ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO E DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. DEVER DO ESTADO. - Os efeitos desta decisão devem abarcar apenas os Municípios desta Subseção Judiciária. É que o art. 93, do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), fixa a competência territorial para o julgamento de ações coletivas, que deve ser aplicado, mutatis mutandis, aos processos de competência da Justiça Federal. - Está perfeita a legitimidade passiva dos réus. - A saúde é direito fundamental da pessoa humana, cabendo ao Estado adotar todas as providências necessárias à sua obtenção ou manutenção (CF/88, art. 6º e 196). Esse direito não pode ser limitado a não ser mediante prova inequívoca da impossibilidade material do Estado. A comprovação da reserva do possível é dever do Estado e não do autor do pedido. Com efeito, não haveria como o paciente do SUS comprovar que o Estado tem ou não tem condições econômico-financeiras de fornecer dado medicamento ou realizar uma determinada cirurgia. 6/47

7 - A mera inexistência de recursos não é motivo suficiente para a denegação do direito. A questão há de ser melhor e mais profundamente abordada. Estando sob ameaça o direito à saúde e o direito à vida, todos os demais direitos fundamentais sedem passagem. - Pedido julgado procedente. (grifos acrescidos) (ACP nº ª Vara Federal. Publicação no D.O.E em 05/12/2011. Juiz Federal Substituto Newton Fladstone Barbosa De Moura) 12. Em virtude disso, torna-se indispensável a propositura da presente ação civil pública para que o fornecimento do medicamento em questão possa ser concretizado, em dimensão coletiva, para toda a população do Estado do Rio Grande do Norte que dele necessite para tratamento médico. II DA LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL 13. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 127, caput, atribui ao Parquet a função de zelar pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, também preceituando em seu art. 129, incisos II e III, respectivamente, que constitui função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua 7/47

8 garantia e promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 14. Por sua vez, a Lei Complementar nº 75/93 legitima a atuação do Ministério Público Federal na hipótese dos autos, ao dispor, verbis: "Art. 5º São funções institucionais do Ministério Público da União: I a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis ( ); (...) V zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União e dos serviços de relevância pública quanto: a) aos direitos assegurados na Constituição Federal relativos às ações e aos serviços de saúde e à educação: (...) Art. 6º. Compete ao Ministério Público da União: (...) VII promover o inquérito civil e a ação civil pública para: a) a proteção dos direitos constitucionais; (...) d) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e coletivos; 8/47

9 15. Outrossim, conforme estatuído no art. 5º, inciso I, da Lei n.º 7.347/85, o Ministério Público possui legitimidade para a propositura de ação civil pública. 16. Destarte, afigura-se legítima a atuação do Ministério Público Federal para a defesa de direitos e interesses difusos, entre os quais se insere o direito à saúde, exteriorizado, in casu, na busca de provimento jurisdicional que assegure a todos os pacientes do SUS no Estado do Rio Grande do Norte, e, em especial, aos portadores de câncer de mama metastático ou localmente avançado, o fornecimento gratuito, pelo poder público, do medicamento trastuzumabe (herceptin), nos casos em que for necessário, ainda que importado ou não constante da lista oficial do Ministério da Saúde. 17. Por outro lado, considerando a presença da UNIÂO, pessoa jurídica de direito público, no polo passivo da demanda, configurada está a competência da Justiça Federal para o julgamento do feito, nos termos do art. 109, I, da Carta Magna, com a consequente atribuição do Ministério Público Federal para o oferecimento da presente ação civil pública. III DA LEGITIMIDADE PASSIVA 18. A legitimidade passiva dos réus decorre, inicialmente, da Constituição Federal: Art A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 9/47

10 universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (...) Art As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 19. A regra acima é válida tanto para o financiamento do atendimento e tratamento médicos, quanto para a aquisição de medicamentos destinados aos pacientes e usuários do SUS, de modo a preservar o atendimento integral à saúde e assegurar esse direito fundamental da pessoa humana. 20. A Lei n /90, por sua vez, disciplina a organização, direção e gestão do Sistema Único de Saúde - SUS, nos seguintes moldes: 10/47

11 Art. 9. A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: I no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; II no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e III no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. 21. Destarte, na moldura prevista no texto constitucional (CF, arts. 196 e 198, caput, e 1º), bem como na Lei n.º 8.080/90, o funcionamento do Sistema Único de Saúde - SUS é de responsabilidade solidária da União, Estados-membros/Distrito Federal e Municípios, de modo que a obrigação dos entes da federação no que tange ao dever fundamental de prestação de saúde é solidária, podendo qualquer um deles ser acionado ou estabelecer-se litisconsórcio passivo entre eles. 22. Nesse sentido, colhe-se da jurisprudência: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. LEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. OBRIGAÇÃO SOLÍDARIA ENTRE OS ENTES 11/47

12 DA FEDERAÇÃO EM MATÉRIA DE SAÚDE. AGRAVO IMPROVIDO. I O Supremo Tribunal Federal, em sua composição plena, no julgamento da Suspensão de Segurança AgR/RN, fixou entendimento no sentido de que a obrigação dos entes da federação no que tange ao dever fundamental de prestação de saúde é solidária. II Ao contrário do alegado pelo impugnante, a matéria da solidariedade não será discutida no RE RG/RN, Rel. Min. Marco Aurélio. III - Agravo regimental improvido. (STF,AI-AgR808059, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À SAÚDE (ART. 196, CF). FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOLIDARIEDADE PASSIVA ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS. CHAMAMENTO AO PROCESSO. DESLOCAMENTO DO FEITO PARA JUSTIÇA FEDERAL. MEDIDA PROTELATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O artigo 196 da CF impõe o dever estatal de implementação das políticas públicas, no sentido de conferir efetividade ao acesso da população à redução dos riscos de doenças e 12/47

13 às medidas necessárias para proteção e recuperação dos cidadãos. 2. O Estado deve criar meios para prover serviços médicohospitalares e fornecimento de medicamentos, além da implementação de políticas públicas preventivas, mercê de os entes federativos garantirem recursos em seus orçamentos para implementação das mesmas. (arts. 23, II, e 198, 1º, da CF). 3. O recebimento de medicamentos pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isto por que, uma vez satisfeitos tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação jurisdicional. 4. In casu, o chamamento ao processo da União pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória que não traz nenhuma utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelando-se meio inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o restabelecimento da saúde da recorrida. 5. Agravo regimental no recurso extraordinário desprovido. 13/47

14 (STJ, RE AgR , Rel. Min. Luiz Fux) 23. No caso em análise, ao dispor sobre a Política de Atenção de Alta Complexidade/Custo no SUS, a Norma Operacional da Assistência à Saúde NOAS-SUS n.º 01/2002, no item 23, fixa o elenco de atribuições do Ministério da Saúde: I.5. DA POLÍTICA DE ATENÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE/CUSTO NO SUS 23. A responsabilidade do Ministério da Saúde sobre a política de alta complexidade/custo se traduz nas seguintes atribuições: a definição de normas nacionais; b controle do cadastro nacional de prestadores de serviços; c vistoria de serviços, quando lhe couber, de acordo com as normas de cadastramento estabelecidas pelo próprio Ministério da Saúde; d definição de incorporação dos procedimentos a serem ofertados à população pelo SUS; e estabelecimento de estratégias que possibilitem o acesso mais equânime diminuindo as diferenças regionais na alocação dos serviços; f definição de mecanismos de garantia de acesso para as referências interestaduais, através da Central Nacional de Regulamentação para Procedimentos de Alta Complexidade; 14/47

15 g formulação de mecanismos voltados à melhoria da qualidade dos serviços prestados; i financiamento das ações. (grifos acrescidos) 24. No item 23.1 do mesmo texto normativo acima citado, exsurge, de forma inequívoca, outrossim, a responsabilidade solidária da União e dos Estados-membros, por intermédio, respectivamente, do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde, para a garantia de acesso da população aos procedimentos de alta complexidade, verbis: A garantia de acesso aos procedimentos de alta complexidade é de responsabilidade solidária entre o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal. 25. Por fim, os itens 26 e 27 da Norma Operacional de Assistência à Saúde NOAS-SUS n.º 01/2002 em comento prescrevem o seguinte: 26. As ações de alta complexidade e as ações estratégicas serão financiadas de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde. 27. O Ministério da Saúde definirá os valores de recursos destinados ao custeio da assistência de alta complexidade para cada estado. 26. Destarte, in casu, reconhecida a responsabilidade solidária entre os entes federativos demandados (UNIÃO e ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE), resta patente a responsabilidade deles pelo fornecimento do medicamento em questão. 15/47

16 IV DA FUNDAMENTAÇÃO 27. A questão em apreço envolve o princípio da dignidade humana (CF, art. 1º, inciso III) e o direito social e fundamental à saúde, erigidos nos arts. 6º e 196 da Constituição Federal. 28. Com efeito, a Constituição Federal prevê no artigo 6º, caput, o direito social fundamental à saúde, ao proclamar que são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 29. A seu turno, dispõe o art. 196 da Carta Magna, verbis: Art A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (grifos acrescidos). 30. Como se vê, o direito à saúde, tal como assegurado na Constituição de 1988, configura direito fundamental de segunda geração. Nessa geração, estão os direitos sociais, culturais e econômicos, que se 16/47

17 caracterizam por exigirem prestações positivas do Estado. Não se trata mais, como nos direitos de primeira geração, de apenas impedir a intervenção do Estado em desfavor das liberdades individuais. 31. Destarte, os direitos de segunda geração conferem ao indivíduo o direito de exigir do Estado prestações sociais (positivas) nos campos da saúde, alimentação, educação, habitação, trabalho etc. 32. Cumpre ressaltar, outrossim, que baliza nosso ordenamento jurídico o princípio da dignidade da pessoa humana, insculpido no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal, e que se apresenta como fundamento da República Federativa do Brasil. 33. Visando concretizar tais mandamentos constitucionais, o legislador estabeleceu preceitos que tutelam e garantem o direito à saúde. 34. Nesse sentido, a Lei n.º 8.212/91 dispõe, verbis: Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social. (...) Art. 2º. A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 17/47

18 Parágrafo único. As atividades de saúde são de relevância pública e sua organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: a) acesso universal e igualitário; b) provimento das ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema único; c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 35. Assim, corroborando o mandamento constitucional, a Lei Orgânica da Seguridade Social, acima referida, reafirma o compromisso do Estado e da própria sociedade no sentido de assegurar o direito relativo à saúde. 36. Por sua vez, a Lei n.º 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, estabelece, verbis: Art. 2. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 1º. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. (...) 18/47

19 Art. 4º. O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das funções mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde SUS. 37. O art. 7º da citada lei estabelece ainda que as ações e serviços públicos de saúde que integram o Sistema Único de Saúde serão desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo, ainda, aos seguintes princípios: Art. 7.º omissis. I universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; (...) XI conjugação de recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população. 19/47

20 38. Destarte, verifica-se que a própria norma disciplinadora do Sistema Único de Saúde elenca como princípio a integralidade de assistência, definindo-o como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. 39. Logo, descabe ao poder público mediante indevida manipulação de sua atividade financeira e/ou político-administrativa criar obstáculo artificial que revele o ilegítimo, arbitrário e censurável propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar o estabelecimento e a preservação, em favor da pessoa e dos cidadãos, de condições materiais mínimas de existência, mormente quando se sabe de inúmeros outros gastos que são feitos em áreas irrelevantes para a sociedade, como é o caso dos gastos em publicidade institucional. 40. Sabe-se que, consoante já devidamente pacificado no Supremo Tribunal Federal, a cláusula da reserva do possível ressalvada a ocorrência de justo motivo objetivamente aferível não pode ser invocada, pelo Estado, com a finalidade de exonerar-se do cumprimento de suas obrigações constitucionais, notadamente quando, dessa conduta governamental negativa, puder resultar nulificação ou, até mesmo, aniquilação de direitos constitucionais impregnados de um sentido de essencial fundamentalidade (ADPF 45 MC/DF Informativo do STF n.º 345). 41. Isso significa que, em se tratando de direitos fundamentais, notadamente o direito à saúde, o Estado deverá comprovar concretamente a impossibilidade de arcar com os custos imediatos do fornecimento dos medicamentos, o que não é o caso vertente. 42. Deveras, o princípio da reserva do possível não pode se sobrepor ao mínimo existencial. Este compreende um núcleo 20/47

21 basilar fundamental garantido a todos, um mínimo necessário à manutenção da própria dignidade humana. O direito à saúde e, naturalmente, à vida, se apresenta intangível frente a questões de natureza orçamentária. Estas podem ser contornadas; a vida, uma vez esvaída, não volta mais. Assim, somente depois de garantido o mínimo existencial, abre-se a possibilidade de discussões de caráter orçamentário. 43. Em outras palavras, é certo que mesmo que os custos sejam imediatos, os direitos que se visa resguardar, especialmente o direito à vida, não podem ficar em segundo plano. 44. Ademais, a população não pode arcar para sempre com os custos de Administrações Públicas ineficientes. Não é dado ao administrador público utilizar o princípio da separação dos poderes como eterno escudo por trás do qual esconde seus defeitos e limitações. 45. Também não há de se objetar afronta ao princípio da separação dos poderes, porquanto o Poder Judiciário, ao determinar o fornecimento de medicamentos ou a observância de qualquer outro direito fundamental, está determinando, em última análise, o cumprimento da própria Constituição. 46. Ademais, conforme tem sido acentuado com propriedade na jurisprudência, seria uma distorção pensar que o princípio da separação dos poderes, originalmente concebido com o escopo de garantia dos direitos fundamentais, pudesse ser utilizado justamente como óbice à realização dos direitos sociais, igualmente fundamentais. 47. E direitos fundamentais, regulamentados ou não por normas programáticas, são imediatamente aplicáveis, sob pena de afrontarem diretamente a Constituição da República (art. 5º, 1º, CF). 21/47

22 48. Desse modo, se sob a ótica da União ou Estado do Rio Grande do Norte o Poder Judiciário está invadindo esfera de suas competências, sob a ótica da população, este mesmo Poder Judiciário está garantindo uma vida mais digna aos cidadãos, ao determinar, tão-somente, que os demandados obedeçam a Constituição Federal. 49. Em apoio ao que foi expendido acima, veja-se a jurisprudência do c. Supremo Tribunal Federal: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CARÊNCIA DE PROFESSORES. UNIDADES DE ENSINO PÚBLICO. OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO. EDUCAÇÃO. DIREITO FUNDAMENTAL INDISPONÍVEL. DEVER DO ESTADO. ARTS. 205, 208, IV E 211, PARÁGRAFO 2º, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A educação é um direito fundamental e indisponível dos indivíduos. É dever do Estado propiciar meios que viabilizem o seu exercício. Dever a ele imposto pelo preceito veiculado pelo artigo 205 da Constituição do Brasil. A omissão da Administração importa afronta à Constituição. 2. O Supremo fixou entendimento no sentido de que '[a] educação infantil, por qualificar-se como direito fundamental de toda criança, não se expõe, em seu processo de concretização, a avaliações meramente discricionárias da Administração Pública, nem se subordina a 22/47

23 razões de puro pragmatismo governamental[...]. Embora resida, primariamente, nos Poderes Legislativo e Executivo, a prerrogativa de formular e executar políticas públicas, revela-se possível, no entanto, ao Poder Judiciário determinar, ainda que em bases excepcionais, especialmente nas hipóteses de políticas públicas definidas pela própria Constituição, sejam essas implementadas pelos órgãos estatais inadimplentes, cuja omissão - por importar em descumprimento dos encargos políticos-jurídicos que sobre eles incidem em caráter mandatório - mostra-se apta a comprometer a eficácia e a integridade de direitos sociais impregnados de estatura constitucional'. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. (grifos acrescidos) (RE n.º AgR/RJ, Relator(a):Min. EROS GRAU,Julgamento:23/06/2009, SegundaTurma) 50. No mesmo diapasão, colhe-se do c. Superior Tribunal de Justiça: ADMINISTRATIVO AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS POSSIBILIDADE EM CASOS EXCEPCIONAIS DIREITO À SAÚDE FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS A HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MANIFESTA 23/47

24 NECESSIDADE OBRIGAÇÃO DO ESTADO AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO- OPONIBILIDADE DA RESERVA DO POSSÍVEL AO MÍNIMO EXISTENCIAL. 1. Não comporta conhecimento a discussão a respeito da legitimidade do Ministério Público para figurar no pólo ativo da presente ação civil pública, em vista de que o Tribunal de origem decidiu a questão unicamente sob o prisma constitucional. 2. Não há como conhecer de recurso especial fundado em dissídio jurisprudencial ante a não-realização do devido cotejo analítico. 3. A partir da consolidação constitucional dos direitos sociais, a função estatal foi profundamente modificada, deixando de ser eminentemente legisladora em pró das liberdades públicas, para se tornar mais ativa com a missão de transformar a realidade social. Em decorrência, não só a administração pública recebeu a incumbência de criar e implementar políticas públicas necessárias à satisfação dos fins constitucionalmente delineados, como também, o Poder Judiciário teve sua margem de atuação ampliada, como forma de fiscalizar e velar pelo fiel cumprimento dos objetivos constitucionais. 4. Seria uma distorção pensar que o princípio da separação dos poderes, originalmente 24/47

25 concebido com o escopo de garantia dos direitos fundamentais, pudesse ser utilizado justamente como óbice à realização dos direitos sociais, igualmente fundamentais. Com efeito, a correta interpretação do referido princípio, em matéria de políticas públicas, deve ser a de utilizá-lo apenas para limitar a atuação do judiciário quando a administração pública atua dentro dos limites concedidos pela lei. Em casos excepcionais, quando a administração extrapola os limites da competência que lhe fora atribuída e age sem razão, ou fugindo da finalidade a qual estava vinculada, autorizado se encontra o Poder Judiciário a corrigir tal distorção restaurando a ordem jurídica violada. 5. O indivíduo não pode exigir do estado prestações supérfluas, pois isto escaparia do limite do razoável, não sendo exigível que a sociedade arque com esse ônus. Eis a correta compreensão do princípio da reserva do possível, tal como foi formulado pela jurisprudência germânica. Por outro lado, qualquer pleito que vise a fomentar uma existência minimamente decente não pode ser encarado como sem motivos, pois garantir a dignidade humana é um dos objetivos principais do Estado Democrático de Direito. Por este motivo, o princípio da reserva do possível não pode ser oposto ao princípio do mínimo existencial. 25/47

26 6. Assegurar um mínimo de dignidade humana por meio de serviços públicos essenciais, dentre os quais a educação e a saúde, é escopo da República Federativa do Brasil que não pode ser condicionado à conveniência política do administrador público. A omissão injustificada da administração em efetivar as políticas públicas constitucionalmente definidas e essenciais para a promoção da dignidade humana não deve ser assistida passivamente pelo Poder Judiciário. Recurso especial parcialmente conhecido e improvido. (grifos acrescidos) (STJ - REsp MS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 25/8/2009. Precedentes citados do STF: MC na ADPF 45-DF, DJ 4/5/2004; AgRg no RE SC, DJe 29/5/2009; do STJ: REsp MG, DJ 16/11/2004, e REsp GO, DJ 22/3/2004.) 51. Aliás, convém assinalar que não são exorbitantes os valores a serem gastos, pelo menos quando comparados aos gastos com campanhas institucionais realizados pela União e Estados-membros (mormente em épocas de eleições), quantias essas bem superiores ao montante que constitucionalmente estão obrigados a investir para a preservação da saúde e da própria vida de todo e qualquer cidadão que não disponha de recursos para adquirir medicamentos. 52. Enfim, afigura-se indispensável a tutela jurisdicional do Estado para garantir, em dimensão coletiva, o acesso ao medicamento em questão para a população que necessite dele para tratamento de saúde. 26/47

27 53. Não se olvide que, no caso vertente, restou devidamente comprovada a eficácia do medicamento trastuzumabe para o tratamento da doença indicada no início desta petição inicial, conforme se vê do laudo médico acostado às fls. 04/05, asseverando que vários estudos científicos evidenciam impacto positivo em termos de sobrevida global e/ou intervalo livre de recorrência pelo uso do medicamento trastuzumabe. 54. Nesse sentido, outrossim, o Instituto Nacional do Câncer INCA ratificou a eficiência do medicamento em questão, bem como informou que inexiste qualquer medicação que substitua o uso do trastuzumabe na adjuvância em neoplasia invasora de mama (fls. 123/124v.). 55. Ademais, conforme se vê à fl. 231, o medicamento em questão também está devidamente registrado na ANVISA. 56. Logo, tendo referido medicamento eficácia comprovada, estando devidamente registrado na ANVISA e sendo irrefutavelmente necessário ao tratamento eficaz dos pacientes acometidos da doença referida no início, o fornecimento desse medicamento não pode ficar ao sabor de medidas burocráticas. Saúde não espera! 57. Em situação idêntica, qual seja, fornecimento gratuito, a pessoas carentes, de medicamentos essenciais à preservação de sua vida e/ou de sua saúde, como corolário do dever constitucional que o Estado não pode deixar de cumprir, assim assentou o Excelso Pretório: PACIENTES COM ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE E DOENÇA MANÍACO- DEPRESSIVA CRÔNICA, COM EPISÓDIOS DE TENTATIVA DE SUICÍDIO - PESSOAS DESTITUÍDAS DE RECURSOS FINANCEIROS - 27/47

28 DIREITO À VIDA E À SAÚDE - NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL - FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS INDISPENSÁVEIS EM FAVOR DE PESSOAS CARENTES - DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, 'CAPUT', E 196) - PRECEDENTES (STF) [...]. O DIREITO À SAÚDE REPRESENTA CONSEQÜÊNCIA CONSTITUCIONAL INDISSOCIÁVEL DO DIREITO À VIDA. - O direito público subjetivo à saúde representa prerrogativa jurídica indisponível assegurada à generalidade das pessoas pela própria Constituição da República (art. 196). Traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja integridade deve velar, de maneira responsável, o Poder Público, a quem incumbe formular - e implementar - políticas sociais e econômicas idôneas que visem a garantir, aos cidadãos, o acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica e médico-hospitalar. - O direito à saúde - além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas - representa conseqüência constitucional indissociável do direito à vida. O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da 28/47

29 saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento inconstitucional. [...] DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, A PESSOAS CARENTES, DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS À PRESERVAÇÃO DE SUA VIDA E/OU DE SUA SAÚDE: UM DEVER CONSTITUCIONAL QUE O ESTADO NÃO PODE DEIXAR DE CUMPRIR. - O reconhecimento judicial da validade jurídica de programas de distribuição gratuita de medicamentos a pessoas carentes dá efetividade a preceitos fundamentais da Constituição da República (arts. 5º, 'caput', e 196) e representa, na concreção do seu alcance, um gesto reverente e solidário de apreço à vida e à saúde das pessoas, especialmente daquelas que nada têm e nada possuem, a não ser a consciência de sua própria humanidade e de sua essencial dignidade. Precedentes do STF. [...]. (STF, RE T2. Rel. Min. Celso de Mello. j. 12/12/2006. DJ: 02/02/2007). 58. Em suma, o direito à saúde se sobrepõe a barreiras de ordem burocrática, devendo-se garantir sempre o direito ao tratamento mais eficaz e que proporcione maior dignidade aos pacientes. V DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 29/47

30 59. No caso, a tutela jurisdicional pretendida somente será de todo efetiva se for prestada em caráter antecipatório. Urge, pois, que se conceda provimento jurisdicional de cunho antecipatório na presente ação civil pública, para preservação da saúde de todos os pacientes que se encontram necessitando com urgência do fornecimento gratuito da referida medicação. 60. A antecipação de tutela, prevista no artigo 273 do Código de Processo Civil, aplica-se a toda e qualquer espécie de ação disciplinada no ordenamento jurídico brasileiro. A respeito, o c. STJ proclama: Esta Corte vem reiterando o entendimento no sentido da possibilidade de se conceder a tutela antecipada em qualquer ação de conhecimento, seja declaratória, constitutiva ou mandamental, desde que presentes os requisitos e pressupostos legais. (Superior Tribunal de Justiça. Quinta Turma. RESP nº /MG. Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca. Julgado em Votação unânime. DJU de , p. 358) 61. Por essa razão, a tutela antecipatória também é admitida no âmbito da ação civil pública. Sobre o tema, o c. STJ já decidiu: Presente a relevância do direito tutelado, é perfeitamente adequada a concessão de tutela antecipada no âmbito da ação civil pública. (Superior Tribunal de Justiça. AGA nº /PA. Rel. Min. Luiz Fux. Julgado em 30/47

31 Votação unânime. DJU de , p. 200) 62. A relevância da antecipação da tutela sobreleva-se ainda mais na espécie quando o direito judicialmente postulado refere-se a um direito tão essencial ao ser humano. A propósito, LUÍS ROBERTO BARROSO leciona, verbis: Qualificar um dado direito como fundamental não significa apenas atribuir-lhe uma importância meramente retórica, destituída de qualquer conseqüência jurídica. Pelo contrário, a constitucionalização do direito à saúde acarretou um aumento formal e material de sua força normativa, com inúmeras conseqüências práticas daí advindas, sobretudo no que se refere à sua efetividade, aqui considerada como a materialização da norma no mundo dos fatos, a realização do direito, o desempenho concreto de sua função social, aproximação, tão íntima quanto possível, entre o dever-ser normativo e o ser da realidade social. 2 (grifos acrescidos) 63. No caso em análise, indubitavelmente, encontramse presentes os requisitos para concessão de tutela antecipada. 64. Em primeiro lugar, a verossimilhança das alegações que sustentam a demanda, derivada de prova inequívoca, pode ser observada 2 O direito constitucional e a efetividade de suas normas: limites e possibilidades da Constituição Brasileira. 3 ed. São Paulo: Renovar, 1996, p /47

32 a partir do exame do arrazoado desenvolvido acima, realçando-se a força normativa do direito à saúde. 65. Além disso, in casu, restou devidamente comprovada a eficácia do medicamento em questão para o tratamento da doença indicada no início desta petição inicial. 66. Assim, para assegurar o direito fundamental à saúde dos pacientes que necessitam urgentemente dessa medicação, torna-se imperioso o deferimento da tutela antecipada, dada a demora no julgamento de mérito do pedido. 67. De fato, existe perigo de dano irreparável ou de difícil reparação na espécie, porquanto apresenta-se notório o risco de agravamento do quadro clínico dos pacientes, ou até de óbito em decorrência da falta de tratamento médico adequado. O receio de lesão consubstancia-se na possibilidade de pacientes experimentarem prejuízo irreparável ou de difícil reparação, se tiverem de aguardar o tempo necessário para decisão definitiva da lide. 68. Ressalte-se que o uso da medicação pelos pacientes com indicação médica deve ser iniciado imediatamente, até porque o câncer de mama é comprovadamente agressivo e avançado. A demora no início do tratamento medicamentoso poderá reduzir e até comprometer sua eficácia, prejudicando a sobrevida dos pacientes. 69. Assim, constata-se que o indeferimento da medida liminar comprometerá a efetividade da prestação jurisdicional e a eficácia da ordem jurídica, em face da demora dos ritos inerentes ao procedimento da ação civil pública. Eventual sentença, sem prévia concessão de tutela antecipatória, terá sua utilidade no mínimo reduzida, situação agravada quando se trata de direito à saúde. 32/47

33 70. Em casos semelhantes, envolvendo o direito à saúde, a jurisprudência não hesita em deferir tutela antecipatória. Senão, vejase: ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. Preenchidos os requisitos exigidos pelo art. 273 do CPC - verossimilhança do direito alegado e fundado receio de dano irreparável - deve ser deferida a antecipação dos efeitos da tutela. (grifos acrescidos) (Tribunal Federal da 4ª Região. Quinta turma. AC nº /PR. Rel. Juiz Celso Kipper. Julgado em Votação unânime. DJU de , p. 305) ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. TRATAMENTO DE SAÚDE. LEGITIMIDADE PASSIVA. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE À ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. 1. A União tem legitimidade à ocupação do pólo passivo de ação visando à realização de exames médicos e ao fornecimento de medicação. 2. O ente político em tela não se exime do cumprimento de ordem deferitória de antecipação de tutela ao argumento de ausência de previsão orçamentária, pois consabido possuir várias fontes de receita e meios orçamentários de relocação de verbas. 33/47

34 Também não lhe socorre a alegada prejudicialidade que a medida acarreta aos usuários que porventura necessitem dos serviços públicos de saúde. 3. Afastada a alegada ingerência do Poder Judiciário na esfera administrativa, bem como o empeço ao concessório objurgado, não havendo a incidência da Lei nº 9.494/ Presente a conjugação dos pressupostos legais a tanto, defere-se pedido de antecipação de tutela para que a União custeie a realização de exame médico e os medicamentos necessários a tratamento emergencial de saúde, notadamente ante à envergadura constitucional do direito correspondente. (grifos acrescidos) (TRF 4ª Região. Quarta turma. Relator(a): JUIZ AMAURY CHAVES DE ATHAYDE. Agravo de instrumento nº /RS. Data da decisão: 31/03/2004) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS PELO ESTADO. DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO JUDICIAL DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. BLOQUEIO DE VERBAS PÚBLICAS. MEDIDA EXECUTIVA. POSSIBILIDADE, IN CASU. PEQUENO VALOR. ART. 461, 5.º, DO CPC. ROL EXEMPLIFICATIVO DE MEDIDAS. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL À SAÚDE, À 34/47

35 VIDA E À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. PRIMAZIA SOBRE PRINCÍPIOS DE DIREITO FINANCEIRO E ADMINISTRATIVO. NOVEL ENTENDIMENTO DA E. PRIMEIRA TURMA. 1. O art. 461, 5.º do CPC, faz pressupor que o legislador, ao possibilitar ao juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas assecuratórias como a "imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial", não o fez de forma taxativa, mas sim exemplificativa, pelo que, in casu, o seqüestro ou bloqueio da verba necessária à aquisição da prótese objeto da tutela deferida, providência excepcional adotada em face da urgência e imprescindibilidade da prestação dos mesmos, revela-se medida legítima, válida e razoável. 2. Recurso especial que encerra questão referente à possibilidade de o julgador determinar, em ação que tenha por objeto o fornecimento de medicamento necessário a menor portador de glaucoma crônico, medidas executivas assecuratórias ao cumprimento de decisão judicial antecipatória dos efeitos da tutela proferida em desfavor de ente estatal, que resultem no bloqueio ou seqüestro de verbas deste depositadas em conta corrente. 35/47

36 3. Deveras, é lícito ao julgador, à vista das circunstâncias do caso concreto, aferir o modo mais adequado para tornar efetiva a tutela, tendo em vista o fim da norma e a impossibilidade de previsão legal de todas as hipóteses fáticas. Máxime diante de situação fática, na qual a desídia do ente estatal, frente ao comando judicial emitido, pode resultar em grave lesão à saúde ou mesmo por em risco a vida do demandante. (...) 9. Agravo regimental desprovido. (grifos acrescidos) (STJ. PRIMEIRA TURMA. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL nº Processo: /RS. Data da decisão: 02/08/2007) 71. Aliás, envolvendo especificamente o medicamento trastuzumabe (nome comercial: herceptin), há recentes decisões de concessões de tutela antecipada, conforme se vê, à guisa de ilustração, a decisão abaixo transcrita: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que, em ação ordinária, deferiu a tutela antecipada para determinar o fornecimento de 17 caixas do medicamento Herceptin. (...) Em relação à legitimidade passiva ad causam, já manifestei meu entendimento sobre esse assunto, no AI Nº /RS, 36/47

37 onde reconheço a legitimidade passiva da União, Estados-membros e Municípios nas causas que versem sobre fornecimento de medicamentos, em razão da solidariedade decorrente do fato de comporem o SUS. (...) No mérito, de igual modo, tive oportunidade de apreciar a matéria em diversos agravos, nos quais exponho o meu entendimento de que o fornecimento gratuito de remédios a pessoas carentes é um dever do Estado, nos termos da Constituição Federal. (...) Consigno, por fim, que esse entendimento foi confirmado em decisões recentes do STF, nestes termos: E M E N T A: PACIENTES COM ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE E DOENÇA MANÍACO-DEPRESSIVA CRÔNICA, COM EPISÓDIOS DE TENTATIVA DE SUICÍDIO - PESSOAS DESTITUÍDAS DE RECURSOS FINANCEIROS - DIREITO À VIDA E À SAÚDE - NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL - FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS INDISPENSÁVEIS EM FAVOR DE PESSOAS CARENTES - DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, 'CAPUT', E 196) - PRECEDENTES (STF) - ABUSO DO DIREITO DE RECORRER - IMPOSIÇÃO DE MULTA - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. O 37/47

38 DIREITO À SAÚDE REPRESENTA CONSEQÜÊNCIA CONSTITUCIONAL INDISSOCIÁVEL DO DIREITO À VIDA. - (...) O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento inconstitucional. A INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROGRAMÁTICA NÃO PODE TRANSFORMÁ- LA EM PROMESSA CONSTITUCIONAL INCONSEQÜENTE (...). DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, A PESSOAS CARENTES, DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS À PRESERVAÇÃO DE SUA VIDA E/OU DE SUA SAÚDE: UM DEVER CONSTITUCIONAL QUE O ESTADO NÃO PODE DEIXAR DE CUMPRIR. - O reconhecimento judicial da validade jurídica de programas de distribuição gratuita de medicamentos a pessoas carentes dá efetividade a preceitos fundamentais da Constituição da República (arts. 5º, 'caput', e 196) e representa, na concreção do seu alcance, um gesto reverente e solidário de apreço à vida e à saúde das pessoas, especialmente daquelas que nada têm e nada possuem, a não ser a consciência de sua própria humanidade e de sua essencial dignidade. Precedentes do STF. (...) 38/47

39 Relator Min. CELSO DE MELLO. (RE-AgR Publicação 02 de fevereiro de 2007.) (...) (grifos acrescidos) (TRF4, TERCEIRA TURMA, AGRAVO DE INSTRUMENTO. Processo: /RS. Data da decisão: 26/06/2007) De tão evidente é a eficácia do tratamento com o medicamento trastuzumabe, que o próprio c. STF decidiu pela manutenção de decisão que concluiu pela concessão do medicamento à pessoa portadora de carcinoma inflamatório de mama, residente no Estado do Rio Grande do Norte. Confira-se: O Estado do Rio Grande do Norte, com fundamento no art. 4º da Lei 4.348/64, requer a suspensão da execução da liminar deferida pelo Tribunal de Justiça daquele Estado nos autos do Mandado de Segurança nº (fls ), que determinou ao requerente 'o fornecimento imediato à impetrante do medicamento denominado ' TRASTUZUMAB', conforme requerido na inicial, até ulterior deliberação' (fl. 73). Leio no relatório da decisão questionada que a impetrante 'é portadora de carcinoma inflamatório de mama com metástase óssea e pulmonar, doença em progressão', e que 'se submete a tratamento quimioterápico mensalmente, junto à LIGA/RN, por intermédio 3 A linha jurisprudencial do referido Tribunal é reforçada, por idênticas decisões tomadas nos seguintes julgados: 3ª TURMA, AI /RS, dj 11/10/2007; 3ª TURMA, AI /RS, dj 30/01/ /47

40 do Sistema Único de Saúde' (fl. 71). Consta, ainda, que 'o tratamento quimioterápico a que tem se submetido não surtiu o efeito esperado, devendo o mesmo vir associado à aplicação do medicamento 'TRASTUZUMAB', conforme laudo médico subscrito pela Dra. Marta Mesquita, inscrita no CRM/RN sob o n.º 5164' (fl. 71). O requerente sustenta, em síntese: a) a inadequação do mandado de segurança, pois, 'em caso de pedido de medicamentos, é necessária perícia que verifique a plausibilidade da indicação médica' (fl. 05); b) a ocorrência de grave lesão à ordem e à economia públicas, porquanto a decisão impugnada afronta o princípio da legalidade orçamentária (Constituição da República, art. 167), certo que 'o Estado não tem previsão orçamentária para suprir a população com todos os medicamentos que esta demande, não podendo arcar com o provisionamento integral de fármacos de que necessite cada cidadão residente no território estadual' (fl. 09). c) a existência de lesão à ordem administrativa, dado que 'os medicamentos solicitados pela parte impetrante não estão relacionados pela lista do Ministério da Saúde' (fls. 11/12), o que 'engessa a Administração Pública, impedindo-a de oferecer um medicamento similar' (fl. 12); d) que os arts. 196 e 198, II, da Constituição Federal 'são normas programáticas e, ademais, em nenhum 40/47

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