Reservatórios do Nordeste do Brasil: Biodiversidade, Ecologia e Manejo

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1 Reservatórios do Nordeste do Brasil: Biodiversidade, Ecologia e Manejo Ariadne do Nascimento Moura Elcida de Lima Araújo Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel Ulysses Paulino de Albuquerque (editores)

2 NUPEEA Núcleo de Publicações em Ecologia e Etnobotânica Aplicada Copyright 2010 Impresso no Brasil / Printed in Brazil Diagramação: Pablo Reis Capa: Pablo Reis Revisão: editores e autores Fotos da capa: Ariadne do Nascimento Moura Coordenação Editorial Ulysses Paulino de Albuquerque Comissão Editorial Ângelo Giuseppe Chaves Alves (Universidade Federal Rural de Pernambuco) Elba Lucia Cavalcanti de Amorim (Universidade Federal de Pernambuco) Elba Maria Nogueira Ferraz (Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco) Elcida Lima de Araújo (Universidade Federal Rural de Pernambuco) Laise de Holanda Cavalcanti Andrade (Universidade Federal de Pernambuco) Maria das Graças Pires Sablayrolles (Universidade Federal do Pará) Natalia Hanazaki (Universidade Federal de Santa Catarina) Nivaldo Peroni (Universidade Federal de Santa Catarina) Valdeline Atanázio da Silva (pesquisadora associada ao LEA/UFRPE). Reservatórios do Nordeste do Brasil: biodiversidade, ecologia e manejo / Organização de: Ariadne do Nascimento Moura, Elcida de Lima Araújo, Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira, Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel e Ulysses Paulino de Albuquerque. - - Bauru, SP: Canal6, p. ; 21 cm. (vários autores) ISBN Ecologia 2. Biodiversidade 3. Problemas ecológicos 4. Reservatórios I. Moura, Ariadne do Nascimento. II. Araújo, Elcida de Lima. III. Bittencourt- Oliveira, Maria do Carmo, Pimentel, Rejane Magalhães de Mendonça. IV. Albuquerque, Ulysses Paulino de. CDD: 574.9

3 Reservatórios do Nordeste do Brasil: Biodiversidade, Ecologia e Manejo Ariadne do Nascimento Moura Elcida de Lima Araújo Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel Ulysses Paulino de Albuquerque (editores) 1ª edição 2010

4 Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Biologia, Área de Botânica Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos Recife Pernambuco CEP Pedidos para:

5 Sumário APRESENTAÇÃO I. FITOPLÂNCTON 1. Caracterização Genética de Linhagens de Cylindrospermopsis raciborskii (Woloszynska) Seenayya et Subba Raju de Corpos D Água do Nordeste e Sudeste do Brasil Bruna Buch Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira Composição Florística e Variação Espaço-Temporal do Microfitoplâncton no Reservatório de Carpina PE Cláudio Costa Enide Eskinazi-Leça Alfredo Mattos Moura Junior Carmen Silvia Zickel Ariadne do Nascimento Moura Diversidade Fitoplanctônica de Lagoas Marginais no Reservatório de Sobradinho-Bahia Micheline Kézia Cordeiro de Araújo Érika Cavalcante-Silva Viviane Piccin Santos Silvana Nascimento Dias Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira William Severi Ariadne do Nascimento Moura 55

6 4. Variação Interanual do Fitoplâncton e Variáveis Limnológicas em um Açude Raso, Típico do Semi-Árido Brasileiro (Açude Taperoá II, Paraíba) José Etham de Lucena Barbosa Jandeson Brasil Ana Karla Araujo Montenegro Janiele da Costa de Franca Flávia Martins Franco de Oliveira Cianobactérias Planctônicas em Reservatório Eutrófico do Estado de Pernambuco Ariadne do Nascimento Moura Micheline Kézia Cordeiro de Araújo Helton Soriano Bezerra de Oliveira Giulliari Alan da Silva Tavares de Lira Emanuel Cardoso do Nascimento Comunidade Fitoplanctônica e Aspectos Ecológicos de Dois Reservatórios Eutróficos do Nordeste do Brasil Giulliari Alan da Silva Tavares de Lira Ariadne do Nascimento Moura Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira Elcida de Lima Araújo 145 II. MACRÓFITAS AQUÁTICAS 7. Macrófitas Aquáticas: Conceitos e Metodologia para os Reservatórios Nordestinos Simone Santos Lira Silva Carmen Silvia Zickel 171

7 8. Macroflora Aquática do Reservatório Sobradinho BA, Trecho Submédio do Rio São Francisco Edson Gomes de Moura Júnior Maria Carolina de Abreu William Severi Giulliari Allan da Silva Tavares Lira 187 III. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL E POTENCIAL PRODUTIVO 9. Variação Temporal do Nível Hidrológico do Rio de Contas e sua Influência Sobre Variáveis Limnológicas do Reservatório da UHE Pedra BA Márcia Darcilene Correia do Prado William Severi Dimensionamento da Capacidade Ambiental do Reservatório de Pedra (BA) para Implantação de Piscicultura em Tanques-Rede Aureliano de Vilela Calado Neto William Severi Bruno Dourado Fernandes da Costa Caracterização Limnológica e Determinação do Estado Trófico de Seis Reservatórios do Estado de Pernambuco João Manoel da Silva Viviane Lúcia dos Santos Almeida Ênio Wocyli Dantas Ariadne do Nascimento Moura 267

8 12. Avaliação Sazonal da Qualidade da Água dos Reservatórios de Carpina e Jucazinho (PE), Pertencentes à Bacia do Rio Capibaribe, Pernambuco - Brasil Nancy Lins Albuquerque Fábio Henrique Portella Corrêa de Oliveira Uso de Sensoriamento Remoto na Avaliação de Características Limnológicas do Reservatório de Itaparica, Submédio Rio São Francisco Michelle Miranda Biondi Antonello Paulo Eurico Pires Ferreira Travassos Ana Lúcia Bezerra Candeias William Severi Usos da Terra e Suas Implicações Sobre o Reservatório da Barragem na Bacia do Rio Tapacurá Ricardo A. P. Braga Suzana M. G. Montenegro Jaime J. S. P. Cabral José Roberto G. Azevedo 361 IV. ZOOPLANCTON 15. Zooplâncton do Reservatório de Jucazinho (PE, Brasil): Um Olhar Sobre um Ecossistema Recém Formado Mauro de Melo Júnior Viviane Lúcia dos Santos Almeida Maryse Nogueira Paranaguá Ariadne do Nascimento Moura 403

9 16. O Zooplâncton de Água Doce e seu Estudo em Reservatórios do Nordeste do Brasil Viviane Lúcia dos Santos Almeida Mauro de Melo Júnior Maryse Nogueira Paranaguá Maria Eduarda Lacerda de Larrazábal Maria da Graça Gama Melão 441 V. MACROINVERTEBRADOS, ICTIOPLÂNCTON E ICTIOFAUNA 17. Caracterização da Comunidade de Macroinvertebrados Bentônicos no Reservatório de Sobradinho e Submédio Rio São Francisco Hugo Leandro Ferreira Borges Viviane Ferreira de Melo Elizabete Lacerda de Andrade Lima Adriano Calmon da Silva Queiroz William Severi Abundância e Distribuição Espacial e Sazonal do Ictioplâncton no Reservatório de Sobradinho, Rio São Francisco, Bahia Ângelo José da Silva Melo William Severi 503

10 19. Composição e Abundância da Ictiofauna na Área de Influência dos Reservatórios de Pedra e Funil, Bacia do Rio de Contas, Bahia William Severi Ana Carla Asfora El-Deir Renata Triane da Silva Félix Isabela Maria da Silva Araújo Sandra Cristina Soares da Luz Aureliano de Vilela Calado Neto Bruno Dourado Fernandes da Costa Ricardo Jucá Chagas Marluce Galvão Barretto 541

11 Apresentação Construídos com a finalidade de contribuir para a produção de eletricidade, abastecimento de cidades e para a irrigação, os reservatórios diversificaram seus usos, ampliando a importância econômica e social e, ao mesmo tempo, aumentando sua complexidade funcional. Os impactos diretos e indiretos resultantes dos usos múltiplos, notadamente os impactos antropogênicos, tem trazido, como conseqüência, graves prejuízos, com perdas de sua capacidade de uso. Em virtude disto, a necessidade do conhecimento da saúde ambiental dos reservatórios tornou-se uma das preocupações de pesquisadores de diversas áreas ambientais, os quais vem realizando estudos integrados com a finalidade de produzir informações básicas acerca dos componentes físicos, químicos e biológicos, gerando uma base sólida para futuras ações de gerenciamento e monitoramento desses ecossistemas. O livro Reservatórios do Nordeste Do Brasil: Biodiversidade, Ecologia e Manejo representa o resultado dos esforços de um grupo de docentes, pesquisadores e discentes de diferentes áreas ambientais e comporta uma série de informações relacionadas ao conhecimento biótico e abiótico dos reservatórios localizados no Nordeste do Brasil. Por seu conteúdo, representa uma valiosa contribuição para o entendimento dos problemas ecológicos desses mananciais, propiciando ferramentas fundamentais para o controle da qualidade da água. Considerando-se que 90% dos reservatórios do Nordeste recebem pesadas cargas poluidoras orgânicas, tornando-se eutróficos, com consequentes florescimentos de cianobactérias, muitas delas produtoras de substâncias tóxicas que podem causar problemas gás-

12 tricos e dermatológicos, a presente publicação representa um avanço no sentido de estender o conhecimento de suas características ecológicas, como uma forma de encontrar soluções para a melhoria de suas qualidades ambientais. Com esta finalidade, o livro traz uma abordagem ampla, estando estruturado de forma a apresentar os diversos aspectos da flora, da fauna e das condições hidrológicas de reservatórios localizados em várias áreas do Nordeste brasileiro. Estão abordados, desde as comunidades de produtores primários até a fauna ictiológica. Entre os produtores primários está descrita a composição florística das microalgas planctônicas e a variação temporal e espacial de suas populações, com detalhamento e descrição de espécies de cianobactérias potencialmente tóxicas. São, também, apresentados dados sobre a ocorrência de macrófitas aquáticas e descritos métodos de coleta e análise destas angiospermas. A fauna aquática está abordada em seus diversos segmentos, desde os levantamentos dos invertebrados planctônicos e bentônicos até a distribuição espacial e sazonal do ictioplâncton. A composição e abundância da ictiofauna também é descrita, incluindo a participação dos reservatórios no âmbito social. O livro aborda, ainda, as variáveis hidrológicas e descreve o estado trófico, além de dimensionar as perspectivas de implantação de atividades de aqüicultura nestes mananciais. Esta é, portanto, a contribuição que profissionais da área ambiental colocam à disposição da comunidade científica informações importantes, com o objetivo de estimular a geração de conhecimento de ecossistemas com valioso potencial socioambiental. Dra. Enide Eskinazi Leça

13 19 Composição e Abundância da Ictiofauna na Área de Influência dos Reservatórios de Pedra e Funil, Bacia do Rio de Contas, Bahia William Severi 1 Ana Carla Asfora El-Deir 2 Renata Triane da Silva Félix 1 Isabela Maria da Silva Araújo 1 Sandra Cristina Soares da Luz 1 Aureliano de Vilela Calado Neto 1 Bruno Dourado Fernandes da Costa 1 Ricardo Jucá Chagas 3 Marluce Galvão Barretto 3 1. Introdução Reservatórios são ecossistemas artificiais, porém complexos, cujas características estruturais e funcionais são determinadas por um conjunto de forças climatológicas e hidrológicas que, aliado aos impactos de suas bacias hidrográficas e usos múltiplos da água, influenciam a 1 Laboratório de Ictiologia, Depto. de Pesca e Aqüicultura, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, S/N, Dois Irmãos, Recife, Pernambuco. CEP wseveri@depaq.ufrpe.br 2 Laboratório de Ecologia de Peixes, Depto. de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco. 3 Depto. de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Av. José Moreira Sobrinho, S/N, Jequiezinho, Jequié, Bahia. CEP

14 composição e a estrutura dos componentes biológicos (Tundisi, 2005). Durante a formação de reservatórios hidrelétricos, a colonização do ambiente recém-formado pelos peixes resulta de uma reestruturação das populações originalmente encontradas no rio represado (Fernando & Holcik, 1991). Os impactos decorrentes da construção de reservatórios sobre as comunidades de peixes se manifestam de modo diferenciado nas escalas espacial - montante, corpo central e jusante - e temporal, eliminando ou restringindo espécies a curto prazo ou provocando modificações graduais associadas ao processo de estabilização ecológica (Agostinho et al., 1992). A maioria dos reservatórios não teve sua ictiofauna descrita e caracterizada antes da construção da barragem, sendo difícil entender os processos que resultaram na composição e na estrutura das assembléias atualmente encontradas (Luiz et al., 2005). Em determinadas bacias hidrográficas brasileiras, como aquelas integrantes da bacia do leste ou do Atlântico (Géry, 1969), o conhecimento insuficiente sobre a riqueza ictiofaunística original da bacia, seu grau de endemismo, a distribuição e o status de conservação das espécies, e o impacto da introdução de espécies alóctones tornam este entendimento ainda mais difícil. O crescimento populacional, o desmatamento, a expansão urbana, a poluição e a pressão de uso dos recursos hídricos têm provocado alterações ambientais ainda não adequadamente avaliadas em diversas bacias hidrográficas costeiras do Brasil. O seu efeito sobre as assembléias de peixes necessita ser dimensionado, de modo que possam ser adotadas medidas de manejo que permitam a conservação da ictiodiversidade. A região neotropical comporta a mais diversificada ictiofauna de água doce do mundo (Reis et al., 2003). Estudos taxonômicos 542

15 dos peixes dessa região, em particular para as bacias costeiras do Atlântico na região nordeste do Brasil, são considerados escassos (Rosa et al., 2003; Oyakawa et al., 2006; Menezes et al., 2007), havendo dúvidas quanto ao status taxonômico de muitas espécies. O objetivo do presente trabalho foi inventariar a assembléia de peixes de dois reservatórios hidrelétricos da bacia do rio de Contas, integrante da bacia do Atlântico leste no estado da Bahia, incluindo ambientes e tributários em sua área de influência, bem como discutir a diversidade observada em relação às características hidrológicas e ações antrópicas na bacia. 2. Material e Métodos 2.1. Características da bacia do rio de Contas e dos reservatórios de Pedra e Funil A bacia hidrográfica do rio de Contas é uma das seis mais importantes do estado da Bahia. Integra, juntamente com os rios Vaza Barris, Itapicuru, Paraguaçu, Pardo e Jequitinhonha, o conjunto de bacias litorâneas do Atlântico, localizadas no estado. O rio de Contas nasce na vertente leste da Serra das Almas, na Chapada Diamantina, e possui uma bacia hidrográfica com uma superfície da ordem de km 2, 75% da qual está inserida no bioma Caatinga. A parte restante atravessa zona de matas litorâneas da região cacaueira, inseridas no bioma Mata Atlântica. Com uma extensão de pouco mais de 500 km, apresenta desde a nascente até sua foz, em Itacaré, um desnível de 615 m. Seu regime hidrológico é tipicamente torrencial, apresentando grande variação de descargas. Em períodos de enchentes, pode apresentar vazões superiores a m 3.s -1. Durante a estiagem, pode registrar descargas nulas. Na bacia do Contas, o clima predominante é quente, com a 543

16 temperatura do mês mais frio superior a 18ºC. A temperatura média anual varia entre 19,8 e 27,7ºC, com evaporação média anual de mm. Os meses de maior evaporação são agosto, setembro e outubro, e os de menor abril, maio e junho. O regime pluviométrico apresenta um período chuvoso no verão (trimestre novembro/ dezembro/janeiro), com picos nos meses de dezembro a janeiro, e um período seco no inverno (trimestre junho/julho/agosto). Na faixa litoral da bacia, as chuvas são regulares, com índices em torno de mm, porém à medida que a massa de ar se interioriza, o volume de precipitação diminui, chegando a 750 mm. Para a regularização das descargas do rio de Contas e controle das enchentes, além do abastecimento de água, irrigação agrícola e geração de energia elétrica, foram construídas duas barragens em seu trecho médio (Fig. 1). A Usina Hidrelétrica (UHE) Pedra, cuja operação iniciou-se em 1978, está localizada a aproximadamente 18 km a montante da cidade de Jequié, num ponto do rio onde sua bacia de drenagem é de km 2, tendo originado um reservatório com uma capacidade de acumulação de hm 3. A UHE Funil, construída entre 1954 e 1962, quando entrou em operação, está localizada a 122 km a jusante da UHE Pedra e a 8 km da sede do município de Ubatã (BA). Seu reservatório possui um volume acumulado total de 46,4 hm 3 e sua bacia de drenagem é de km 2. O regime de descargas das duas UHEs da bacia é marcantemente influenciado pela precipitação local, porém variável de acordo com a cota dos reservatórios, disponibilidade hídrica e demanda de energia elétrica. No período de estudo, as vazões médias mensais variaram entre 6,1 e 102 m 3.s -1 para Pedra e entre 13 e 138 m 3.s -1 para Funil, com uma precipitação mensal acumulada entre 1,7 e 245,7 mm. 544

17 2.2. Amostragem O levantamento da ictiofauna foi realizado bimestralmente durante dois anos, entre novembro de 2004 e setembro de 2006, num total de seis amostragens anuais, em 26 pontos de coleta (Fig. 1). Figura 1. Localização da área de estudo no estado da Bahia e detalhe da área de influência dos reservatórios de Pedra e Funil, com indicação das estações de coleta da ictiofauna. Na área de influência do reservatório de Pedra, as coletas de peixes foram efetuadas nas três regiões do corpo central do reservatório (lótica, transição e lêntica), empregando redes de espera de malhas variadas (12, 20, 25, 35, 40, 50, 60 mm entrenós adjacentes), complementadas com coletas nas margens utilizando puçá, tarrafa e rede de arrasto (5 mm). Na área de Funil, foram também amostradas as regiões do reservatório e diversos tributários de ambas as margens. No corpo central, foram empregadas redes de espera e nas suas margens e nos tributários, tarrafa, puçá e rede de ar- 545

18 rasto. Os espécimens coletados foram fixados em solução de formol a 4%, separados por amostra e acondicionados em bombonas plásticas para seu transporte ao laboratório. Os exemplares foram medidos (mm), empregando-se ictiômetro. Foram tomados dados biométricos básicos, incluindo: comprimento total (CT), comprimento padrão (CP), altura do corpo (AC), comprimento da cabeça (CC) e diâmetro do olho (DO), bem como peso total (PT). Além destes, dados merísticos, como número de raios das nadadeiras, de escamas da linha lateral, de dentes e de rastros branquiais, que juntamente com os dados morfométricos e suas relações corporais foram utilizados na identificação taxonômica. Esta foi efetuada com base em Ihering (1931), Garavello (1977), Géry (1977), Kullander (1983), Menezes & Figueiredo (1985), Britski et al. (1988), Pavanelli (1999), Armbruster et al. (2000), Reis et al. (2003) e Kullander & Ferreira (2006), dentre outras. As espécies foram classificadas quanto à sua ocorrência entre meses e estações, em constantes ( 75%), acessórias ( 25% e <75%) e acidentais (25%). 3. Resultados 3.1. Composição da ictiofauna e ocorrência espacial e temporal Nas áreas de influência dos reservatórios de Pedra e Funil, durante todo o período de estudo, foram coletados indivíduos, pertencentes a aproximadamente 40 espécies e dezenove famílias, sendo Characidae, Sciaenidae, Cichlidae, Loricariidae, Poecilidae, Prochilodontidae, Erythrinidae, Parodontidae, Gymnotidae, Curimatidae, Anostomidae e Callichthyidae as mais representativas numericamente, com participação relativa de 55, 12, 10, 6, 4, 3, 3, 2, 2, 1, 1 e 1% do total de indivíduos coletados. As demais sete 546

19 famílias representaram percentagens inferiores a 1%: Acestrorhynchidae, Crenuchidae, Cetopsidae, Clariidae, Heptapteridae, Gobiidae e Trichomycteridae. Dentre as famílias capturadas, Characidae apresentou a maior participação numérica, correspondendo sozinha a 55% do total de indivíduos capturados. Esses dados referem-se ao somatório das espécies capturadas com os diversos tipos de apetrechos empregados (rede de espera, tarrafa e rede de arrasto), durante o período analisado. A lista completa dos táxons de peixes capturados durante o período considerado é apresentada a seguir, incluindo aquelas com ocorrência respectiva na área de influência dos reservatórios de Pedra (P) e Funil (F). A Figura 2 contém algumas espécies exóticas e endêmicas da bacia do rio de Contas. Lista dos táxons de peixes coletados nas diferentes estações do rio de Contas, seus tributários e nos reservatórios de Pedra e Funil, no período de novembro/2004 a setembro/2006. Classe Actinopterygii Superordem Ostariophysi Ordem Characiformes Família Parodontidae Apareiodon itapicuruensis Eigenmann & Henn, 1916 (F) Família Curimatidae Cyphocharax gilbert (Quoy & Gaimard, 1824) (F) Família Prochilodontidae (F) (P) Prochilodus costatus Valenciennes, 1850 Família Anostomidae (F) (P) Leporinus bahiensis Steindachner, 1875 (F) (P) Leporinus sp. Família Chrenuchidae Characidium sp. (F) Família Characidae Incertae Sedis in Characidae (F) (P) Astyanax gr. bimaculatus (Linnaeus, 1758) (F) (P) Astyanax gr. fasciatus (Cuvier, 1819) 547

20 (F) (P) Astyanax sp. Hyphessobrycon cf. parvellus Ellis, 1911 (F) Hyphessobrycon cf. santae (Eigenmann, 1907) (F) Lignobrycon myersi (Miranda Ribeiro, 1956) (P) Subfamília Serrasalminae (F) (P) Metynnis maculatus (Kner, 1858) Pygocentrus piraya (Cuvier, 1819) (F) (F) (P) Serrasalmus brandtii (Lütken, 1875) Subfamília Cheirodontinae (F) Subfamilia Tetragonopterinae (F) Família Acestrorhynchidae Acestrorhynchus lacustris (Lütken 1875) (F) Família Erythrinidae (F) (P) Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Ordem Siluriformes Família Cetopsidae (F) Família Trichomycteridae Trichomycterus sp. (F) Família Callichthyidae Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758) (F) (F) (P) Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) Família Loricariidae Subfamília Hypoptomatinae Otocinclus sp. (F) Parotocinclus jimi Garavello, 1977 (F) Subfamília Hypostominae Hemipsilichthys bahianus. (Gosline, 1947) (F) (F) (P) Hypostomus spp. Família Heptapteridae Rhamdia sp. (F) Família Clariidae Clarias gariepinus (Burchell, 1822) (F) Ordem Gymnotiformes Família Gymnotidae Gymnotus carapo Linnaeus, 1758 (F) Superordem Atherinomorpha Ordem Cyprinodontiformes Família Poeciliidae Poecilia spp. (F) Superordem Percomorpha Ordem Perciformes 548

21 Família Sciaenidae (F) (P) Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) Família Cichlidae Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) (F) (F) (P) Cichla monoculus Spix & Agassiz, 1831 Cichlasoma sanctifranciscense Kullander, 1983 Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (F) (P) Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) Família Gobiidae Awaous tajasica (Lichtenstein, 1822) (F) (F) (P) (F) (P) A Tabela 1 apresenta os nomes vulgares e a amplitude de comprimento dos indivíduos coletados de cada espécie. As espécies com maior amplitude foram Plagioscion squamosissimus ( mm), Clarias gariepinus ( mm), Hoplias malabaricus ( mm), Prochilodus costatus ( mm), Serrasalmus brandtii ( mm), Metynnis maculatus ( mm), Gymnotus carapo ( mm), Hypostomus sp.2 ( mm) e Cichla monoculus ( mm). Dez táxons apresentaram tamanho máximo inferior a 100 mm, tendo os 21 restantes apresentado tamanho entre 100 e 200 mm. A Tabela 2 apresenta a ocorrência mensal de todos os táxons inventariados no reservatório de Pedra, com os diferentes apetrechos de coleta. P. squamosissimus e S. brandtii estiveram presente em todos os meses amostrados (constância de 100%), seguidas por Hoplias malabaricus e P. costatus (83,3%), Hoplosternum littorale (50%), M. maculatus (41,7%) e A. gr. bimaculacus (33,3%). As espécies restantes apresentaram constância igual ou inferior a 25%, tendo ocorrido em apenas três meses ou menos, dentre as quais Astyanax sp., Cichlasoma sanctifranciscense e Oreochromis niloticus (8,3%), que ocorreram em apenas um mês durante o período amostrado neste reservatório. Para o reservatório de Funil, pode-se observar que houve uma maior constância das espécies, em relação ao reservatório de Pedra. 549

22 Astyanax gr. fasciatus, A. gr. bimaculatus, Geophagus brasiliensis., H. malabaricus, Hypostomus sp.2 e S. brandtii ocorreram em todos os meses amostrados. Além destas espécies, também foram consideradas constantes ( 75% de ocorrência), Acestrorhynchus lacustris, G. carapo, M. maculatus (91,7% cada), H. littorale, Leporinus bahiensis, Leporinus sp., O. niloticus, P. squamosissimus, Poecilia spp. (83,3%), Cyphocharax gilbert e Parotocinclus jimi (75%). Dentre as espécies restantes, quatorze foram consideradas como acessórias e onze como acidentais (Tab. 3). Figura 2. Espécies alóctones introduzidas na bacia do rio de Contas - A. apaiari (Astronotus ocellatus), B. tucunaré (Cichla monoculus), C. pescada-do-piauí (Plagioscion squamosissimus), D. pacu-peva (Metynnis maculatus) e autóctones: E. cascudinho (Parotocinclus jimi), F. lambari-do-rabo-vermelho (Astyanax gr. fasciatus), G. piabafacão (Lignobrycon myersi), H. maria-dura (Apareiodon itapicuruensis), I. cascudinho (Hemipsilichthys bahianus) e J. bufão (Callichthys callichthys). Barra = 1 cm. 550

23 Tabela 1. Lista dos táxons coletados na bacia do rio de Contas, entre novembro de 2004 e setembro de 2006, com seus nomes vulgares e a amplitude total de seu comprimento padrão. Táxons Amplitude de Nome científico Nome vulgar comprimento (mm) Acestrorhynchus lacustris piaba-cachorra Apareiodon itapicuruensis canivete, maria-dura Astronotus ocellatus apaiari Astyanax gr. fasciatus piaba-do-rabo-vermelho Astyanax gr. bimaculatus piaba-do-rabo-amarelo Astyanax sp. piaba Awaous tajasica moréa Callichthys callichthys bufão, cambuti Characidium sp. maria-dura Cheirodontinae piaba Cichla monoculus tucunaré Cichlasoma sanctifranciscense cará, rajadinho Clarias gariepinus bagre africano Cyphocharax gilbert aragu, bobó Geophagus brasiliensis beré Gymnotus carapo lampréa, sarapó Hemigramus gracilis piabinha Hemipsilichthys bahianus cascudo Heptapterus sp. bagre Hoplias malabaricus traíra, lobó Hoplosternum litoralle cambuti Hyphessobrycon cf. santae piabinha Hyphessobrycon cf. parvellus piabinha Hypostomus sp.1 cascudo 123 Hypostomus sp.2 cascudo Leporinus bahiensis piau-preto Leporinus sp. piau-branco Lignobrycon myersi piaba-facão Metynnis maculatus pacu-peva Oreochromis niloticus tilapia Otocinclus sp. cascudinho Parotocinclus jimi cascudinho Plagioscion squamosissimus pescada branca Poecilia spp. guaru 7-43 Prochilodus costatus curimatã Pygocentrus piraya piranha Rhamdia sp. bagre 22,1 Serrasalmus brandtii pirambeba Tetragonopterinae piaba Trichomycterus sp. xixiu

24 Tabela 2. Ocorrência dos táxons nos meses de coleta na área de influência do reservatório de Pedra e respectiva constância para todo o período. Espécies constantes, acessórias e acidentais. Tabela 3. Ocorrência dos táxons nos meses de coleta na área de influência do reservatório de Funil e respectiva constância para todo o período. Espécies constantes, acessórias e acidentais. 552

25 A ocorrência dos táxons nas diferentes estações localizadas no corpo central (CONT) nos dois reservatórios consta da Tabela 4. Pode-se constatar que H. malabaricus foi a única espécie com ocorrência em todas as estações, tendo ainda como espécies constantes S. brandtii (90,9%), M. maculatus (81,8%) e P. squamosissimus (81,8%). Considerando-se os reservatórios isoladamente, além das espécies citadas, apenas em Funil foram também constantes Apareiodon itapicuruensis, A. gr. bimaculatus, H. littorale, O. niloticus e Poecilia spp.. O reservatório de Funil apresentou uma maior riqueza (25), correspondendo a 93% do total observado nas estações do corpo central de ambos os reservatórios (27), enquanto em Pedra, foram registrados apenas 17 táxons (63%). A freqüência de ocorrência das espécies nos tributários pode ser observada através da Tabela 5, onde a única presente em todas as estações foi A. gr. fasciatus. A. gr. bimaculatus e H. malabaricus também foram constantes (80% de ocorrência), seguidas de 17 outros táxons considerados acessórios. Deste modo, dentre os 37 táxons registrados nos tributários, 3 (8% do total) foram constantes, 17 (46%) acessórios e 17 (46%) acidentais, indicando considerável heterogeneidade entre os ambientes inventariados. Cabe ressaltar, que as espécies mais constantes espacial (Tab. 4) e temporalmente (Tab. 2) no reservatório de Pedra foram as mesmas, com exceção da curimatã P. costatus, que apresentou ampla distribuição temporal, mas com ocorrência restrita a 57% das estações de amostragem no reservatório. Já no de Funil (Tab. 5), apenas três táxons apresentaram distribuição em 75% das estações ou mais (constantes), enquanto 16 foram temporalmente constantes (Tab. 3). Isto indica uma elevada constância na ocor- 553

26 rência de determinadas espécies ao longo dos meses, embora com distribuição restrita a determinados ambientes, sobretudo tributários. Dentre elas, podem-se citar: A. lacustris, C. gilbert, G. brasiliensis, G. carapo, H. littorale, Hypostomus sp.2, L. bahiensis, Leporinus sp., O. niloticus e Parotocinclus jimi. Tabela 4. Ocorrência dos táxons nas estações de coleta do corpo central dos reservatórios de Pedra e Funil, ao longo de todo o período de estudo. Espécies constantes, acessórias e acidentais Abundância As análises quantitativas para os reservatórios de Pedra e Funil foram baseadas nos dados de pesca obtidos com rede de espera. A captura no reservatório de Funil foi inferior àquela de Pedra, devido ao menor tamanho do reservatório e às dificuldades de coleta em alguns meses (janeiro/2005 e março/2006), decorrentes da proliferação excessiva de macrófitas flutuantes predominantemente da Pontederiaceae Eichhornia crassipes - que impe- 554

27 diram o uso de redes de espera. No reservatório de Pedra, a espécie mais abundante nos dois anos de coleta foi P. squamosissimus (Fig. 3), a qual ocorreu em todos os meses de amostragem, com maior abundância em novembro/04, janeiro/05, março/05 e maio/05, representando juntos 86% do total capturado desta espécie (Tab. 6). No reservatório de Funil, Serrasalmus brandtii foi a espécie mais abundante, ocorrendo em todos os meses nos quais foi efetuada coleta com redes de espera. Esta espécie correspondeu a 47,4% do total de indivíduos capturados no primeiro ano e 49,3% no segundo, seguida de Metynnis maculatus com 23,1 e 25,64% do total de indivíduos coletados, nos dois anos de amostragem, respectivamente (Fig. 3 e Tab. 7). Comparando-se as espécies capturadas com redes de espera em ambos os reservatórios nos dois anos de monitoramento, C. sanctifranciscense e O. niloticus não foram coletadas em Pedra, enquanto L. bahiensis e L. myersi não foram coletadas em Funil. No reservatório de Pedra, C. monoculus, L. myersi e Pygocentrus piraya só foram coletadas no primeiro ano, tendo as espécies restantes ocorrido em ambos os anos. Já em Funil, A. gr. fasciatus, A. gr. bimaculatus, P. costatus e P. piraya ocorreram apenas no primeiro ano, tendo as demais espécies ocorrido em ambos, com exceção de O. niloticus, que só foi capturada no segundo ano nesse reservatório (Tabs. 6 e 7). 555

28 Figura 3. Abundância total das espécies capturadas com redes de espera nos reservatórios de Pedra (A) e Funil (B), nos dois anos de monitoramento (ano 1 - nov/04-set/05 e ano 2 - nov/05-set/06). 556

29 Tabela 5. Ocorrência dos táxons nas estações de coleta nos tributários da área de influência do reservatório de Funil, ao longo do período de novembro/2004 a setembro/2006. Espécies constantes, acessórias e acidentais. 557

30 Tabela 6. Abundância bimestral dos táxons coletados com rede de espera no reservatório de Pedra, entre novembro de 2004 e setembro de 2006, e número total de indivíduos nos dois anos de monitoramento. Táxons (ano 1) (ano 2) Total nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 ANO 1 ANO 2 Acestrorhynchus lacustris 5 5 Astyanax gr. bimaculatus Astyanax gr. fasciatus Cichla monoculus Cichlassoma sanctifranciscense Geophagus brasiliensis 1 1 Hoplias malabaricus Hoplosternum litoralle Leporinus bahiensis Hypostomus sp Leporinus sp Lignobrycon myersi Metynnis maculatus Oreochromis niloticus Plagioscion squamosissimus Prochilodus costatus Pygocentrus piraya 4 4 Serrasalmus brandtii Total

31 Tabela 7. Abundância bimestral dos táxons coletados com rede de espera no reservatório de Funil, entre novembro de 2004 e setembro de 2006, e número total de indivíduos nos dois anos de monitoramento. Táxons (ano 1) (ano 2) Total nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 ANO 1 ANO 2 Acestrorhynchus lacustris Astyanax gr. bimaculatus Astyanax gr. fasciatus Cichla monoculus Cichlassoma sanctifranciscense Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Hoplosternum litoralle Leporinus bahiensis - - Leporinus sp Hypostomus sp Lignobrycon myersi - - Metynnis maculatus Oreochromis niloticus Plagioscion squamosissimus Prochilodus costatus Pygocentrus piraya Serrasalmus brandtii Total

32 4. Discussão A riqueza de espécies de peixes dos reservatórios da bacia do rio de Contas pode ser considerada como baixa, tendo em vista o total de 18 e 25 espécies coletadas no corpo central dos reservatórios de Pedra e Funil, respectivamente, inferior à média (30 espécies) encontrada nos reservatórios brasileiros levantados por Agostinho et al. (2007). Embora este número dependa de diversos fatores, entre os quais se destacam a diversidade original do local, a área alagada, a severidade do impacto proporcionado pelo reservatório, sua idade e as ações antropogênicas em seu entorno (Agostinho et al., 2007), cabe ressaltar que dentre as espécies citadas, pelo menos 4 e 6 delas foram introduzidas, respectivamente em Pedra (C. monoculus, M. maculatus, P. squamosissimus, O. niloticus) e Funil (A. ocellatus, C. monoculus, C. gariepinus, M. maculatus, O. niloticus, P. squamosissimus), após a implantação de cada represamento. A menor riqueza detectada no reservatório de Pedra pode estar relacionada às maiores limitações ecológicas decorrentes da localização do reservatório em região semi-árida, com menores níveis de precipitação pluviométrica, padrão sazonalmente diferenciado de chuvas, ausência de tributários perenes em sua bacia de captação e sua função primordial de armazenamento de água, que impõe um regime de deplecionamento ao longo do ciclo hidrológico. O reservatório de Funil, por outro lado, está inserido em região de mata pluvial e possuiu diversos tributários perenes e regime fluviométrico regulado ao longo do ano. Apesar disto, está sujeito ao aporte de esgotos domésticos provenientes das cidades em sua bacia de captação, intensa proliferação de macrófitas flutuantes e maior número de espécies exóticas introduzidas neste trecho da bacia, sobretudo oriundas de empreendimentos de piscicultura. 560

33 Bizerril (1994) apresenta uma lista das espécies de peixes de água doce conhecidos para as bacias costeiras do Brasil, desde ao sul da foz do rio São Francisco até o sul do estado de Santa Catarina. Similaridades faunísticas entre as bacias do São Francisco e Paraná e os rios costeiros contíguos às mesmas, foram atribuídas pelo autor a eventos vicariantes entre as duas bacias, responsáveis pelas linhagens de peixes nas bacias costeiras. Tais processos podem ser responsáveis pela similaridade faunística entre as bacias do rio de Contas e do São Francisco. Dentre as 38 espécies registradas até o momento em toda a área de estudo, pelo menos 20 delas (53%) têm ocorrência registrada na bacia do São Francisco. Esta similaridade faunística entre as duas bacias é mais evidente para o reservatório de Pedra, localizado mais a montante na bacia. Trabalhos sobre a composição, distribuição e biogeografia de peixes de água doce na porção leste do Brasil, contemplando a Mata Atlântica, são comparativamente escassos em relação a outros ecossistemas neotropicais (e.g. Garavello, 1977; Weitzmann et al., 1988; Vari, 1988; Bizerril, 1994; Costa, 1995; 2002; Oyakawa et al., 2006). Menezes et al. (2007) ressaltam que, a despeito da Mata Atlântica não constituir propriamente uma área de endemismo de peixes, haja visto que a maioria dos rios costeiros têm apenas seus trechos inferiores inseridos neste bioma, o inadequado e insuficiente conhecimento taxonômico de sua ictiofauna torna difícil discutir seus aspectos biogeográficos. Além disso, um dos maiores entraves à reconstituição histórica da biogeografia das espécies de peixes dependentes da floresta na Mata Atlântica é a falta de informações sobre a sua distribuição original. A distribuição atual parece ser remanescente e decorrente das modificações antropogênicas às 561

34 quais este ecossistema tem sido submetido (Weitzman et al., 1988). Alguns táxons coletados na bacia do rio de Contas, em particular em tributários de sua porção média e inferior, na área de influência do reservatório de Funil, carecem de avaliação mais precisa de seu estado taxonômico. Esta pode levar à descrição de novas espécies, sobretudo para aquelas de pequeno porte e distribuição restrita aos ambientes da bacia inseridos no bioma Mata Atlântica. Dentre elas, podem ser citadas para a bacia do Contas, táxons coletados dos gêneros Aspidoras, Otocinclus, Heptapterus, Hypostomus e Trichomycterus dentre os Siluriformes, e Astyanax, Characidium e alguns Cheirodontinae dentre os Characiformes. Dentre as espécies consideradas endêmicas da bacia do Contas ou de distribuição restrita na bacia do Atlântico leste, destacaram-se Lignobrycon myersi, Hemipsilichthys bahianus, Apareiodon itapicuruensis e Parotocinclus jimi. A piaba-facão L. myersi foi originalmente descrita como Moojenichthys myersi por Miranda-Ribeiro (1956) para a bacia do rio do Braço, próximo a Ilhéus, ao sul da bacia do Contas (Castro & Vari, 1990). O gênero Lignobrycon, entretanto, foi proposto por Eigenmann & Myers (1929), no qual foi incluída a espécie Tetragonopterus ligniticus descrita por Woodward (1898), a partir de fóssil da Formação Tremembé, bacia do rio Taubaté, São Paulo (Malabarba 1998). Apesar de Menezes et al. (2007) considerarem sua distribuição como restrita à bacia-tipo, a mesma pode ocorrer em outras bacias costeiras do estado da Bahia, além do rio de Contas, onde foi coletada apenas no reservatório de Pedra, sem registro na porção inferior da bacia. Esta espécie está incluída na Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (Machado et al., 562

35 2005), na categoria vulnerável, devido à destruição de habitats, poluição, desmatamento e introdução de espécies exóticas em sua área de ocorrência. O cascudinho H. bahianus foi originalmente descrito como Corymbophanes bahianus e tem distribuição restrita a rios costeiros próximos a Ilhéus, entre as bacias do Contas e Pardo, no litoral sul da Bahia (Armbruster et al., 2000). Na bacia do Contas, foi encontrado apenas em tributários da margem esquerda, entre os reservatórios de Pedra e Funil. Descrita originalmente para a bacia do rio Itapicuru, localizada ao norte da bacia do Contas (Pavanelli, 1999), o canivete Apareiodon itapicuruensis, ou maria-dura, como é mais comumente conhecido na região, pode ser facilmente encontrado no rio de Contas a jusante do reservatório de Pedra, nos tributários localizados neste trecho da bacia e no corpo central do reservatório de Funil. Parotocinclus jimi é a única espécie descrita originalmente para a bacia do Contas, tendo como localidade-tipo o rio do Peixe, próximo a Itagibá (BA) (Garavello, 1977). É facilmente encontrada sobre substrato rochoso, em trechos correntosos de tributários localizados na margem esquerda, entre Pedra e Funil. Melo (2005) revisou as espécies do complexo Astyanax fasciatus com ocorrência nas bacias do São Francisco, alto curso do rio Paraná, rios do leste do Brasil e América Central. Para a bacia do rio de Contas, identificou a ocorrência de dois táxons distintos: A. jequitinhonhae e Astyanax sp.n. Jequiriçá. Os indivíduos coletados no presente trabalho foram agrupados preliminarmente em A. gr. fasciatus, tendo em vista a dificuldade de sua separação, antes de ser possível a discriminação entre as citadas espécies do complexo. 563

36 Vari (1988) menciona a ocorrência de apenas duas espécies de Curimatidae em rios costeiros localizados entre a foz do rio São Francisco e a região sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo) - Cyphocharax gilbert e Steindachnerina elegans (Steindachner, 1874) -, tendo apenas a primeira delas sido registrada até o momento para a bacia do rio de Contas. Estas espécies, juntamente com Curimatela lepidura (Eigenmann & Eigenmann, 1889), são encontradas na bacia do São Francisco, onde a última é endêmica. Outra espécie com ocorrência registrada na bacia (NEO- DAT II, 2008), é Nematocharax venustus Weitzman, Menezes & Britski (1986), embora a mesma não tenha sido coletada nos levantamentos efetuados na área de estudo até o momento. Awaous tajasica foi registrada apenas na porção inferior da área de estudo, abaixo do reservatório de Funil, no rio Gongogi, tributário da margem direita do rio de Contas. Esta espécie eurihalina foi registrada por Bizerril (1994) na maioria das bacias por ele inventariadas ao longo da costa brasileira. A ocorrência das espécies exóticas carpa (Cyprinus carpio Linnaeus, 1758) e tilápia (O. niloticus) no reservatório de Pedra tem sido reportada (Jucá-Chagas, comunicação pessoal), além de relatos de pescadores acerca da ocorrência do bagre-africano (Clarias gariepinus) a jusante desse reservatório. A presença de bagre africano na área de influência do reservatório de Funil foi constatada no presente trabalho, enquanto carpa não foi capturada neste estudo e tilápia teve abundância e ocorrência restritas em Pedra, mas encontra-se amplamente distribuída nos tributários e corpo central do reservatório de Funil. As espécies alóctones pescada-do-piauí (P. squamosissimus), curimbatá (P. costatus) e apaiari (A. ocellatus) foram introduzidas 564

37 pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS), para o aumento da produção pesqueira do reservatório de Pedra (Jucá-Chagas, comunicação pessoal). Outras, como a piranha (P. piraya) e a pirambeba (S. brandtii), também foram introduzidas de forma acidental nesse reservatório, devido ao rompimento de um viveiro particular há cerca de quinze anos (Barreto, comunicação pessoal). Não há registros da introdução do pacu M. maculatus na bacia, embora a mesma seja encontrada nos dois reservatórios e seja abundante em Funil. Apesar de não ter sido coletado durante os levantamentos realizados no presente estudo, o pirarucu Arapaima gigas (Schinz, 1822), espécie originária da bacia amazônica, vem sendo produzido em cativeiro na área de influência do reservatório de Funil, sendo muito provável seu escape para os tributários deste trecho da bacia. A introdução de espécies provenientes de outras bacias (do Brasil e de outros países) foi realizada em diversas épocas e locais no País, com o intuito de aumentar a produtividade pesqueira e a renda das comunidades dependentes desta atividade. Entretanto, tal fato é questionado, pois embora muitos desses peixamentos possam ter contribuído para o aumento da produção pesqueira, muitas vezes resultaram em severos impactos relativos para a biodiversidade. Entre estes efeitos danosos, podemos citar a perda de espécies nativas e alterações do ambiente pela redução de locais de desova e até mesmo a eutrofização (Agostinho & Julio Jr., 1996). Vieira & Pompeu (2001) revisaram os efeitos dos peixamentos em reservatórios no Brasil e consideraram que os mesmos, em sua maioria, não tiveram o efeito desejado (aumento da produção), indicando mais malefícios que benefícios. Entre as modificações da fauna nativa (Agostinho et al., 2007), decorrentes da introdução de 565

38 peixes, destacam-se: a competição por recursos, a predação exacerbada, a modificação de habitat e do funcionamento do sistema, a introdução de patógenos e parasitas, e alterações genéticas. A despeito de sua ocorrência em mais de 30% dos reservatórios brasileiros considerados por Agostinho et al. (2007), seu sucesso na colonização de praticamente todos os reservatórios onde foi introduzida, e de seu papel atual na produção pesqueira em reservatórios de diversas regiões do Brasil, a pescada do piauí (P. squamosissimus) foi responsável por alterações nas comunidades naturais em quase todos eles. Juntamente com o tucunaré (Cichla spp.) e o apaiari (A. ocellatus), tem sido responsabilizada pelo desaparecimento da ictiofauna de pequeno porte em reservatórios dos rios Grande, Tietê e Paranapanema (Agostinho et al., 2007), na bacia do rio Paraná. No reservatório de Sobradinho, esta espécie apresenta maior participação na produção pesqueira que as corvinas (Pachyurus francisci (Cuvier, 1830) e P. squamipenis Agassiz, 1831), cuja ocorrência nos trechos submédio e baixo é cada vez menor (Severi, dados não publicados). A falta de registros históricos sobre a ictiofauna original da bacia do rio de Contas não permite uma adequada avaliação do efeito da introdução de espécies não-endêmicas e exóticas na bacia. Entretanto, a baixa ocorrência do piau (L. bahiensis), do beré (G. brasiliensis) e da piaba-facão (L. myersi) neste reservatório pode ser atribuída à introdução da pescada-do-piauí no reservatório de Pedra (Jucá-Chagas, comunicação pessoal). Estudos sobre a distribuição da ictiofauna na bacia do rio de Contas, em seus trechos médio e baixo, sobre a ecologia alimentar e biologia reprodutiva das principais espécies e sobre a produção pesqueira nos reservatórios de Pedra e Funil estão em andamento 566

39 (Severi, comunicação pessoal). Seus resultados deverão permitir a consolidação do conhecimento taxonômico sobre a ictiofauna da bacia e a ecologia das principais espécies. 5. Agradecimentos Os autores agradecem a todos os estagiários e bolsistas do Programa de conservação da ictiofauna nos reservatórios das usinas hidrelétricas de Pedra e Funil (Contrato CT-E CHESF/Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional - FADURPE), pelo inestimável auxílio nas atividades de campo e laboratório. À Direção da Escola Municipal Luiz Braga, município de Maracás (BA), pelo apoio logístico durante as atividades de coleta em Porto Alegre. 6. Referências Bibliográficas Agostinho, A.A.; Júlio Jr., H.F. & Borghetti, J.R Considerações sobre os impactos dos represamentos na ictiofauna e medidas para sua atenuação. Um estudo de caso: reservatório de Itaipu. Revista UNIMAR, 14(sup.): Agostinho, A.A. & Julio Jr., H.F Peixes de outras águas. Ciência Hoje, 21(124): Agostinho, A.A.; Gomes, L.C. & Pelicice, F.M Ecologia e manejo de recursos pesqueiros em reservatórios do Brasil. Maringá, Eduem. 501p. Armbruster, J.W.; Sabaj, M.H.; Hardman, M.; Page, L.M. & Knouft, J.H Catfish genus Corymbophanes (Loricariidae: Hypostominae) with description of one new species: Corymbophanes kaiei. Copeia, 2000(4):

40 Bizerril, C.R.S.F Análise taxonômica e biogeográfica da ictiofauna de água doce do leste brasileiro. Acta Biologica Leopoldensia, 16(1): Britski, H.A.; Sato, Y. & Rosa, A.B.S Manual de identificação de peixes da região de Três Marias (com chaves de identificação para os peixes da bacia do São Francisco). 3ª Edição. Brasília, CODEVASF; Divisão de Piscicultura e Pesca. 115p. Castro, R.M.C. & Vari, R.P Moojenichthys Miranda-Ribeiro (Pisces: Ostariophysi: Characidae), a phylogenetic reappraisal and redescription. Proceedings of the Biological Society of Washington, 103(3): Costa, W.J.E.M Pearl killifishes. The Cynolebiatinae. Systematics and biogeography of the Neotropical annual subfamily (Cyprinodontiformes: Rivulidae). Neptune City, T.F.H. Publications. 128p. Costa, W.J.E.M Peixes anuais brasileiros: diversidade e conservação. Curitiba, Ed. da UFPR. 240p. Garavello, J.C Systematics and geographic distribution of the genus Parotocinclus Eigenmann & Eigenmann, 1889 (Ostariophysis, Loricaridae). Arquivos de Zoologia, 28(4): Géry, J The fresh-water fishes of South America. Pp In: Fittkau, E.J.; Illies, J.; Klinge, H.; Schwabe, G.H.; Sioli, H. (eds.). Biogeography and ecology in South America. Vol. 2. Kluwer Academic Publishers, The Hague. Géry, J Characoids of the world. Neptune City, TFH Publications. 672p. Ihering, R.V Cyprinodontes brasileiros (peixes guarús ). Sistemática e informações biológicas. Archivos do Instituto 568

41 Biológico, 4: Kullander, S.O A revision of the South American cichlid genus Cichlasoma (Teleostei: Cichlidae). Stockholm, The Swedish Museum of Natural History. 296p. Kullander, S.O. & Ferreira, E.J.G A review of the South American cichlid genus Cichla, with descriptions of nine new species (Teleostei: Cichlidae). Ichthyological Explorations in Freshwaters, 17(4): Lowe-McConnell, R.H Estudos de comunidades de peixes tropicais. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo. 534p. Luiz, E.A.; Petry, A.C.; Pavanelli, C.S.; Júlio Jr., H.F.; Latini, J.D., Domingues, V.M As assembléias de peixes de reservatórios hidrelétricos do estado do Paraná e bacias limítrofes. Pp In: Rodrigues, L.; Thomaz, S.M.; Agostinho, A.A.; Gomes, L.C. (orgs.). Biocenoses em reservatórios: padrões espaciais e temporais. São Carlos, RiMa. Machado, A.B.M.; Martins, C.S. & Drummond, G.M. (eds.) Lista da fauna brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, Fundação Biodiversitas. 157p. Malabarba, M.C.S.L Phylogeny of fossil Characiformes and paleobiogeography of the Tremembé Formation, São Paulo, Brazil. Pp In: Malabarba, L. R., Reis, R.R.; Vari, R.P.; Lucena, Z.M.S. & Lucena, C.A.S. (eds.). Phylogeny and classification of neotropical fishes. Porto Alegre, EDIPUCRS. 603p. Melo, F.A.G Revisão taxonômica do complexo de espécies Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) (Teleostei, Characiformes, Characidae). Rio de Janeiro, Tese de Doutorado do 569

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