INDUÇÃO E SUA APLICAÇÃO NA PESQUISA CONTÁBIL

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1 INDUÇÃO E SUA APLICAÇÃO NA PESQUISA CONTÁBIL Autor: Antonio Lopo Martinez ABSTRACT Este artigo discorre sobre o método indutivo, enfatizando sua aplicação na pesquisa contábil. Inicialmente, define-se método científico e a seguir analisa-se a indução no tocante a sua origem, natureza e fundamentos implícitos. Mediante inferências indutivas, o cientista contábil pode apreender várias relações lógicas no seu objeto de estudo. Nesse sentido é discutido como esse método pode auxiliar a construção das teorias contábeis, ampliando o conhecimento científico em contabilidade. INTRODUÇÃO A natureza do processo de aprendizagem e da descoberta da verdade têm sido motivo de ativas investigações desde a antigüidade. Através dos séculos, os pesquisadores procuraram estudar as especificidades das inferências dedutivas e indutivas, produzindo um vasto material bibliográfico para consultas e referências. Com propósitos de natureza mais simples, este paper tem como objetivo discutir sobre o método indutivo. Inicialmente o método científico será rediscutido segundo os princípios de algumas das principais posições doutrinárias de especialistas na área de metodologia. Posteriormente, o argumento indutivo, com suas particularidades, será caracterizado visando compreender os aspectos que o diferencia. Uma revisão histórica dos principais defensores da indução será também exposta, bem como a discussão sobre os tipos de argumentos e mecanismos particulares existente para inferências indutivas. Será apresentado o potencial desse método para a pesquisa contábil, expondo os principais benefícios que o método indutivo pode proporcionar para o avanço da ciência contábil. Entretanto, também serão esboçados os riscos associados à utilização dessa metodologia. 1. O QUE É UM MÉTODO CIENTÍFICO? Método é derivado da expressão grega Méthodos que significa caminho para chegar a um fim. Em um sentido semântico mais amplo, entende-se por método a ordem em que se deve dispor os diferentes processos necessários para se alcançar um resultado desejado. Ou seja, o método é um procedimento (forma) passível de ser repetido para atingir-se algo, seja tangível (material ) ou intangível (conceptual). Com o advento da ciência moderna, a partir do começo do século XVII, o conceito geral de método se consolida e populariza. No campo das ciências, método é um conjunto ordenado de procedimentos decorrentes de atividades sistemáticas e racionais que permitem alcançar o objetivo da ciência - a verdade (conhecimento científico) - indicando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas decisões do cientista.

2 Apresentamos a seguir algumas definições de método científico de acordo com pesquisadores da área : Método é a forma de proceder ao longo de um caminho. Na ciência os métodos constituem instrumentos básicos que ordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um percurso para atingir um objetivo (TRUJILLO, 1974:24) Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado (...) é o caminho a seguir para chegar à verdade nas ciências (JOLIVET, 1979: 71)... o método como um procedimento, ou um conjunto de procedimentos, que serve de instrumento para alcançar os fins da investigação; (...) o método é um procedimento geral, baseado em princípios lógicos, que pode ser comum a várias ciências;... (VERA, 1989:8-9) O método procura disciplinar o trabalho do pesquisador, visando excluir da investigação os preconceitos e o acaso, adaptando a atividade científica às características do objeto estudado, selecionando os meios e processos mais adequados. Paradoxalmente, muitas vezes um espírito medíocre, guiado por um bom método, faz mais progressos nas ciências que outro brilhante que pesquisa ao acaso. Entretanto, cabe observar que o método não é uma panacéia, pois nada substitui o talento, a intuição e a inteligência do cientista. É importante que distingamos neste momento, método e processo. O método é o procedimento sistemático em plano geral. O processo (técnica) é a aplicação específica do plano metodológico, é a forma especial de executar. O método está para o processo assim como a estratégia para a tática. Em verdade o processo (técnica) deve estar em harmonia com o tipo de método utilizado. No campo específico da Contabilidade, assim como no das demais ciências, utilizam-se os métodos a fim de encontrar as suas verdades. O uso do método na contabilidade tem como objetivo a descoberta das leis que governam os fenômenos do patrimônio (objeto da contabilidade). O cientista contábil 1 é aquele que mediante um método científico formula hipóteses sobre o objeto contábil, buscando conhecer as causas de sua existência, submetendo-as a experimentação e extraindo do objeto relações e conclusões sobre os fenômenos estudados. 2. MÉTODO INDUTIVO E DEDUTIVO A indução e a dedução são essencialmente formas de reflexão e não de simples pensamento. De modo geral o pensamento caracteriza-se por ser dispersivo e espontâneo enquanto a reflexão requer concentração e esforços metodicamente planejados. A conclusão de um raciocínio constitui-se no último elo de uma cadeia de reflexão, que pode ser dedutiva ou indutiva. De acordo com as concepções tradicionais, a dedução se contrapõe a indução. O método dedutivo vai do geral para o particular e no seu raciocínio ao menos uma das premissas é geral enquanto a conclusão é particular. Contrariamente, o método 1 Cabe diferenciar o cientista contábil do técnico contábil. Independente de qualquer classificação decorrente de legislação profissional, entendemos que o técnico contábil é aquele que apenas vê a natureza de determinado fenômeno, o cientista quer explicar e prever os fenômenos contábeis. 2

3 indutivo vai do particular para o geral e no seu raciocínio parte-se de premissas particulares para uma conclusão geral. Acrescente-se que no argumento dedutivo a conclusão tem conteúdo fatual que não ultrapassa o conteúdo das premissas ou seja, a inferência conduz a uma conclusão que é tão certa quanto as premissas de que foi retirada. No indutivo a verdade de uma conclusão nunca é certa. O máximo que se pode afirmar (relativamente às premissas dadas) é que a conclusão tem graus determinados de probabilidade. Os exemplos a seguir esboçam as diferenças entre os dois métodos 2 : Dedutivo : Todas as Empresas que possuem EVA positivo têm suas ações valorizadas (premissa geral) Ora, a Empresa X teve EVA positivo Logo, a Empresa X terá suas ações valorizadas (conclusão particular) Indutivo : Todas as empresas observadas que possuíam EVA positivo, tiveram suas ações valorizadas Logo, as Empresas com EVA positivo, terão suas ações valorizadas.(conclusão geral). Com o propósito de esclarecer as diferenças IUDICIBUS (1997b), classifica: Método Dedutivo de Pesquisa Parte do geral para o particular. Iniciando com uma Premissa básica (ou um conjunto delas), deriva os Postulados e Procedimentos Generaliza as conclusões por meio de uma teoria geral. Método Indutivo de Pesquisa Parte de observações de fenômenos específicos Descobre relações entre fenômenos. Testa Hipóteses Generaliza as relações por meio de uma teoria parcial (limitada a campo de observação). 2 É reconhecido no mundo acadêmico a existência de um terceiro método científico, que recebe a denominação de Abdução. O método abdutivo aproxima-se do que usualmente se conhece como intuição, tendo como hipótese implícita, o fato que em determinados momentos, através de signos e sinais, é possível alcançar o conhecimento. Quando se fala em Abdução, a referência mais usual, é a do labor do detetive que através das pistas consegue esclarecer enigmas, que pela simples indução e dedução seriam indecifráveis. 3

4 A Figura 1, esboçada a seguir, serve para ilustrar as diferenças entre os argumentos indutivos e os dedutivos : FENÔMENO DO MUNDO REAL PARTICULARES INDUÇÃO DEDUÇÃO Fig. 1- Indução e Dedução REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA MANIPULAÇÃO COMBINAÇÃO DESSA REPRESENTAÇÃO ABSTRAÇÕES GENERALIZAÇÕES CONSTRUCTOS Deve-se ter cuidado com a utilização abrangente da expressão particular/geral na definição dos métodos dedutivos e nos indutivos. Observe-se que é possível um argumento dedutivo tendo premissas e conclusões gerais; Todos as DISPONIBILIDADES são itens do ATIVO CIRCULANTE (geral) Todos os itens ATIVO CIRCULANTE são ATIVOS (geral) Logo, todos as DISPONIBILIDADES são ATIVOS (geral) Ou que tenha premissas particulares e conclusão geral m estuda contabilidade e tem menos de 30 anos (particular) n estuda contabilidade e tem menos de 30 anos (particular).. z estuda contabilidade e tem menos de 30 anos (particular) m,n,..., z são pessoas que estudam contabilidade portanto, todas as pessoas com menos de 30 anos estudam contabilidade. (geral) Observe-se, também, a existência de argumentos indutivos que passam do geral para o particular, como em : 90% dos estudantes de contabilidade já receberam prêmios de desempenho acadêmico. (geral) Carlos é estudante de contabilidade logo, Carlos já recebeu prêmio de desempenho acadêmico (particular) 4

5 Tendo em vista a impropriedade da utilização da expressão particular/ geral na definição dos argumentos dedutivos e indutivos, cabe neste momento apresentar a definição mais aprimorada, proposta por HEGENBERG (1976: 170) : Um argumento é indutivo se de premissas que encerram informações acerca de casos ou acontecimentos observados se passa para a conclusão que encerra informações acerca de casos ou acontecimentos não observados. São previstos dois tipos de argumentos indutivos : Preditivo : Empresas eficientes utilizam vários critérios de custeio Esta é uma empresa que espera ser eficiente Logo, essa empresa deverá utilizar de vários critérios de custeio Retroditivo Este é uma empresa eficiente Logo, essa empresa tem utilizado vários critérios de custeio 3. CARACTERIZANDO O MÉTODO INDUTIVO 3.1. Fases do Método Indutivo Com base em LAKATOS (1983) podemos considerar três fases fundamentais para toda indução : a) Observação dos fenômenos : nesta etapa observamos os fatos ou fenômenos e em seguida os analisamos para descobrir as causas principais de suas manifestações; Por observar entende-se aplicar atentamente os sentido a um determinado objeto para que deste possa se extrair um conhecimento claro e preciso. A observação é de suma importância para o método indutivo. No caso do cientista contábil suas observações deverão necessariamente estar orientadas para os fenômenos contábeis e as diversas variáveis que interagem. Entre os fenômenos que podem ser objeto de observação para o pesquisador contábil caberia citar entre outros: as diversas demonstrações contábeis e as informações de caráter financeiro expressas nestes, os registros contábeis, as práticas e procedimentos contábeis utilizados, ou seja, tudo quanto possa representar material para observação dos fenômenos da contabilidade. Para pesquisa contábil os dados podem ser obtidos por várias técnicas, incluindo questionários, experimentos de laboratório envolvendo simulações, números procedentes das demonstrações contábeis publicadas e preços de títulos negociados publicamente (ações). b) Descoberta da relação entre os fenômenos observados : nesta segunda etapa procuramos por intermédio da comparação aproximar os fatos ou fenômenos com a finalidade de descobrir a afinidade entre eles. Uma das grandes dificuldades da utilização da abordagem indutiva na Contabilidade é a natureza bruta dos dados que podem diferenciar de firma para firma. 5

6 c) Generalização da relação - nesta última etapa generalizamos as relações encontradas na precedente, entre os fenômenos e os fatos semelhantes, muitos dos quais ainda não observamos (alguns inclusive inobserváveis) Evolução Histórica do Método Indutivo Muitas são as concepções historicamente importantes da indução (inferências não demonstrativas). Aristóteles Na sua origem, indução surgiu da palavra grega epagoge utilizada nas obras de Aristóteles; este filósofo atribuiu ao vocábulo vários significados distintos. Em sua obra Analitica Posteriora, o pensador afirma : A indução é o processo da mente pelo qual passamos de várias verdades singulares, conhecidas pelos sentidos, a uma verdade universal, captada pela inteligência. A partir deste trecho percebe-se dois saltos inseparáveis : 1. do conhecimento sensível ao intelectual; 2. dos casos singulares à proposição universal. Outros autores percebem um terceiro salto do conhecido para o desconhecido. Na obra Analitica Priora Aristóteles refere-se à indução de maneira diversa, afirmando que a indução se manifesta por meio de completa enumeração dos casos particulares abrangidos por uma generalização. (Indução completa). Método de Francis Bacon Para Bacon, o método científico é um conjunto de regras para observar fenômenos e inferir conclusões a partir de tais observações. O método de Bacon é indutivo e entre suas idéias ressalta a importância da observação e da experimentação dos fenômenos, pois somente por intermédio desta última é possível confirmar uma verdade. Ou seja, a demonstração é apenas comprovada pela experimentação. A experimentação consiste no conjunto de processos utilizados para formular e verificar as hipóteses. O princípio geral que governa o processo de experimentação é: consistindo as hipóteses essencialmente em estabelecer a relação de causa e efeito ou de antecedente e conseqüente entre dois fenômenos, trata-se de descobrir se realmente B (suposto efeito ou conseqüente) varia cada vez que variar A (suposta causa ou antecedente) e se varia nas mesmas proporções. É o determinismo indicando que nas mesmas circunstâncias, as mesmas causas produzem os mesmos efeitos. Segundo JOLIVET, as regras que Bacon sugeriu para a experimentação são as seguintes: a) Alargar a experiência : aumentar progressivamente a intensidade da suposta causa para verificar se a intensidade do fenômeno, que é efeito, cresce na mesma proporção. b) Variar a experiência: é aplicar a mesma causa a objetos diferentes. c) Inverter a experiência: consiste em aplicar o contrário da suposta causa a fim de ver se este efeito se produz. d) Recorrer aos casos da experiência : o objetivo é apreciar como um todo o conjunto de experiências possíveis para então inferir conclusões. O tipo de experimentação proposto por Bacon é denominado coincidências constantes. Chama-se causa todo o fenômeno necessário e suficiente para provocar o aparecimento de outro fenômeno. A causa será o fenômeno, em presença do qual outro fenômeno se produzirá sempre e, 6

7 em cuja ausência, não se produzirá nunca. Determinar experimentalmente a causa ou a lei de um fenômeno é discernir o antecedente que está invariavelmente unido a ele. Em linhas gerais o método de coincidências constantes pode ser resumido em : posta a causa dá-se o efeito; retirada a causa, não dá-se o efeito; alterada a causa, altera-se o efeito 3. Stuart Mill Stuart Mill indica certo número de combinações para determinar a causa, tentando estabelecer a coincidência solitária. Propõe a utilização de 4 métodos: 1) Método da Concordância : se vários casos do mesmo fenômeno só têm um antecedente comum, este é causa do fenômeno. 2) Método da Diferença: Um caso em que o fenômeno se produz e outro caso em que o mesmo não se produz, têm todos os antecedentes comuns exceto um, este antecedente é a causa do fenômeno. 3) Método das Variações Concomitantes: se o fenômeno varia, permanecendo invariável todos os antecedentes, menos um, este antecedente que variou é a causa procurada. 4) Método dos Resíduos : Se separarmos de um fenômeno a parte que é o efeito conhecido de determinado antecedente, o resíduo do fenômeno é o efeito dos antecedentes que restam Espécies de Indução A indução apresenta duas formas : a) Indução completa ou formal (de Aristóteles). Ela não induz de alguns casos, mas de todos, sendo que cada um dos elementos inferiores é comprovado pela experiência. Exemplo: As Reservas de Capital, Reavaliação e de Lucros eram corrigidas monetariamente logo, todas as reservas eram corrigidas monetariamente; Neste tipo de indução não há propriamente uma inferência mas uma simples substituição de uma coleção de termos particulares por um termo equivalente. Esse processo é indutivo apenas na forma, visto que passa dele para ele mesmo. Em termos científicos essa espécie de indução é estéril dado ao fato de não contribuir para progresso da ciência. b) Indução científica ou Incompleta (de Bacon). Esta modalidade fundamenta-se na causa ou na lei que rege o fenômeno ou fato constatado em um número significativo de casos ( um ou mais). Exemplo: Verifica-se que certo número de empresas que adotam a técnica ABM (Gestão Baseada em Atividades) reduziram seus custos. Desta observação infere-se que a técnica ABM reduz os custos. 3 O método das coincidências constantes falha na medida em que um determinado fenômeno pode não ser bem a causa, mas apenas uma condição, sine qua non, ou um efeito concomitante da causa. Portanto, torna-se necessário isolar um fenômeno de todos os seus antecedentes, menos um; deste modo estamos seguros de que este é seu antecedente necessário a sua causa. 7

8 Com a compreensão do fenômeno da indução fica mais claro perceber por que este método é a alma das ciências experimentais. Inexistindo a indução as ciências não seriam outra coisa senão um depósito de observações sem alcance, incapazes de descobrir as verdades. A indução científica (ou incompleta) desperta uma dúvida sobre qual deveria ser a quantidade mínima de observações que assegurariam uma adequada generalização. Por que em determinadas situações é necessário um número elevado de observações e em outros casos apenas uma observação é suficiente para assegurar a convicção e a realização de uma indução? A quantidade de observações necessárias está relacionada com a natureza e a complexidade do objeto ou fenômeno que está sendo estudado. Quanto mais homogêneo e menos suscetível a variáveis externas, menor a quantidade de observações necessárias para assegurar uma generalização Inferência Indutivas Pode-se entender por inferência o equivalente ao raciocínio. Através da inferência somos levados a tirar conclusões de uma ou várias proposições dadas. A inferência também pode receber a denominação de ilação, sendo instrumento a partir do qual os cientistas podem generalizar suas descobertas referentes a fenômenos observados em forma de leis ou fórmulas. HEGENBERG em seu livro, com base nas classificações propostas por Carnap (1950), Day (1961) e Pap (1962), apresenta as seguintes inferência indutivas: A) Inferências da Amostra 4 para a População A.1- Generalização Indutiva ( da amostra para hipóteses universais) Todas as empresas observadas utilizam o critério de depreciação linear Logo, todas as empresas utilizam o critério de depreciação linear. É oportuno comentar que este tipo de inferência, tradicionalmente, recebeu a denominação de indução, explicando de certa maneira a acepção clássica de passagem do particular para o geral. 4 No tocante à força indutiva dos argumentos, identifica-se que quanto maior for a amostra e a sua representatividade maior será a força indutiva do argumento. Deve-se evitar portanto o risco de se operacionalizar com amostras insuficientes, ou viesadas no processo de inferência indutiva. 8

9 A.2 - Generalização Estatística ( da amostra para a hipótese estatística) 80 % das empresas analisadas utilizam o critério de depreciação linear Logo, 80% das empresas utilizam o critério de depreciação linear. B) Inferências da População para a Amostra (dessa população) B.1 - Estatística Direta (da população para uma de suas amostras, tomada ao acaso). 70 % das empresas utilizam o critério de depreciação linear Logo, 70% das Microempresas utilizam o critério de depreciação linear. B.2 - Singular ( da população para um caso particular específico, tomado ao acaso). A grande maioria das empresas utiliza um critério de depreciação linear. Empresa X (escolhida aleatoriamente) utiliza um critério de depreciação linear. C) Inferência de Amostra para Amostra (da mesma população) C.1. Preditiva-padrão ( dos elementos observados para uma amostra aleatória) Todos os produtos até hoje produzidos requeriam 2 Horas/MOD. Logo, os produtos que serão produzidos deverão requer 2 horas/mod C.2. Preditiva estatística (como a anterior, porém indicando a proporção estatística). Cerca de 80% dos estudantes de ciências contábeis que conhecem inglês identificam os termos contábeis mais facilmente. Logo, dos estudantes de ciências contábeis, escolhidos aleatoriamente, se conhecerem inglês, cerca de 80 % reconhecerão mais facilmente os termos contábeis. C.3. Preditiva singular : igual as anteriores, porém identificando-se o caso particular, tomado ao acaso). Quase todos os estudante de ciência contábeis apreciam Estatística. Logo, João, estudante de ciência contábeis, escolhido aleatoriamente, aprecia Estatística. 9

10 D) Inferências de conseqüências verificáveis de uma hipótese para a própria hipótese Exemplo : Empresas com EVA positivo maximizam o valor da empresa não pode ser submetido a teste direto. Todavia, dessa afirmação podem ser deduzidas conseqüências como Empresas com EVA positivo têm o Preço de suas Ações Majoradas, O EVA presente é um bom indicador dos EVA futuros, Empresas com EVA positivo indicam perspectivas de crescimento futuro. E) Por analogia Quando os objetos de uma espécie são bastante semelhantes, em determinados aspectos, a objetos de outra espécie, sabendo-se que determinado objeto tem determinada propriedade e não sabendo se os da segunda apresentam ou não esta propriedade, por analogia, já que são parecidos em relação a determinados aspectos, conclui-se que são semelhantes em relação a outros aspectos. Exemplo: Da análise dos índices financeiros de empresas que enfrentam problemas relacionados com insolvência, é possível determinar padrões para identificar o grau de risco financeiro. Por analogia, observando os indices financeiros de empresas semelhantes, pode-se inferir o grau de risco associado a essa empresa. 4. O USO DO MÉTODO INDUTIVO NA CONTABILIDADE A indução na contabilidade envolve a realização de observações sobre os dados financeiros relativos às empresas. Caso relações recorrentes possam ser encontradas, generalizações e princípios podem ser formulados. Logo, novos princípios e idéias podem ser derivados, independente dos princípios e práticas que estão sendo utilizados. Através de um processo de indução, observações sobre as atividades da contabilidade conduzem a generalizações sobre as atividades contábeis; a partir destas por meio de um processo dedutivo estruturamos a teoria da contabilidade. O fenômenos do mundo real registrados pela contabilidade também podem ser fonte de dados e informações para as generalizações. Exemplificando, se em uma indústria A, na medida em que aumenta o volume de produção verificarmos que seus custos unitários caem, e se numa outra indústria B na medida em que se produz mais o custo do produto cai, e finalmente, se numa indústria C também na medida 10

11 em que se aumenta a produção o custo unitário cai, pela observação desses fenômenos, pode-se estabelecer uma relação entre o volume de produção e o custo unitário. Uma primeira conclusão sem analisar as causas, motivada pela indução é que à medida que a produção cresce o custo unitário cai (generalização). Na prática sabemos que essa relação pode ser explicada pela presença dos custos fixos. Entretanto, o processo de observação, pela indução, foi importante (útil e auxiliador) para o encontro da verdade. A grande vantagem do método indutivo é que este não é necessariamente restrito por um modelo ou estrutura preconcebido. O pesquisador é livre para conceber o modelo e estrutura que considerar mais apropriado. Entretanto, uma desvantagem da indução é que o observador pode ser influenciado por idéias subconscientes sobre quais são as relações relevantes. Segundo IUDICIBUS (1997b), o problema principal de método indutivo é que suas conclusões, mesmo quando válidas as hipóteses, têm, em regra, limitações, devendo-se tomar muito cuidado com as generalizações. Portanto, as críticas ao método indutivo concentram-se essencialmente sobre os aspecto dos saltos indutivos efetuados pelo método, isto é, a passagem de alguns fenômenos (observados, analisados, examinados) para todos, incluindo os não observados e os inobserváveis. A figura a seguir ilustra o papel dos métodos indutivo no desenvolvimento do conhecimento contábil. ATIVIDADES CONTÁBEIS PREVISTAS DEDUÇÃO TEORIAS DA CONTABILIDADE DEDUÇÃO ATIVIDADES CONTÁBEIS INDUÇÃO GENERALIZAÇÕES SOBRE AS ATIVIDADES CONTÁBEIS OUTROS FENÔMENOS FENÔMENOS REAIS Fig. 2 - Indução e Dedução / Teorias da Contabilidade 11

12 CONCLUSÃO Na busca da verdade os diversos métodos são válidos e podem possibilitar resultados favoráveis. Na contabilidade, tendo em vista a grande quantidade de informes e dados a serem utilizados, pode-se usar a indução para inferir leis e relações contábeis. Com o maior uso desse método, acreditamos que os pesquisadores contábeis contribuirão para a elaboração de teorias, que resultaram a posteriori na geração de informações contábeis mais relevantes aos anseios dos usuários. Em síntese, o métodos indutivo na contabilidade, bem como em outras ciências, deve ser valorizado. A existência e a utilização do método dedutivo não exclui o uso da indução. Na realidade, ambos são relevantes ao pesquisador, pois ainda que mantenham suas características particulares, visam alcançar o mesmo objetivo, o conhecimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. 3a Edição, São Paulo, Atlas, HEGENBERG, Leônidas, Etapas da Investigação Científica: Observação, Medida e Indução. São Paulo, EPU, Ed. Universidade de São Paulo HENDRIKSEN, Eldon S. Teoria de la Contabilidad. 1a. Edição, México, UTEHA, HENDRIKSEN, Eldon, Accounting Theory, Homewood : Richard. Irwin, HOLLAND John H., Induction : Process of Inference, Learning ans Discovery, MIT Press, 1989 IDE, Pascal. A Arte de Pensar. 1a. Edição, São Paulo, Martins Fontes, IUDICIBUS, Sérgio de, Verdadeiro significado de uma Teoria, Revista Brasileira de Contabilidade, 1995 IUDICIBUS, Sérgio de, Teoria da Contabilidade, - 5o. Ed. - São Paulo: Atlas, 1997a IUDICIBUS, Sérgio de, Conhecimento, Ciência, Metodologias Científicas e Contabilidade, In Revista Brasileira de Contabilidade, No Mar/Abril 1997b JOLIVET, Régis. Curso de Filosofia. 13 ed. Rio de Janeiro, Agir: Segunda Parte, Capítulo 2. KNEALE, William & KNEALE, Martha. O Desenvolvimento da Lógica. 3a. Edição, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 3a. Edição, São Paulo, Atlas,

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