O PAPEL DAS POLÍCIAS NA INFORMAÇÃO ÀS VÍTIMAS DE CRIMES

Transcrição

1 O PAPEL DAS POLÍCIAS NA INFORMAÇÃO ÀS VÍTIMAS DE CRIMES Lisboa, 23SET2013 Coronel Óscar Rocha Diretor da Investigação Criminal

2 AGENDA Enquadramento legal Perspetiva institucional Respostas institucionais Desafios 2

3 Enquadramento legal Directiva 2012/29/UE, de 25OUT2012 Código de Processo Penal Regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica Lei quadro de política criminal

4 Enquadramento legal Directiva 2012/29/UE, de 25OUT2012 Direito de informação das vítimas de crimes: Direito de compreender e ser compreendido; Direito a receber informação a partir do primeiro contacto com as autoridades competentes; Direito aquando da apresentação de uma denúncia; Direito a receber informação sobre o processo; Direito a interpretação e tradução. Responsabilidade das polícias; A transpor até 16 de novembro de 2015.

5 Enquadramento legal Código de Processo Penal Dever de informação (artigo 75.º): Dever de informar eventuais lesados da possibilidade de deduzirem pedido de indemnização civil em processo penal e das formalidades a observar. Responsabilidade das polícias.

6 Enquadramento legal Regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica Diploma em que o direito de informação da vítima está melhor acautelado; Atribuição do estatuto de vítima: Documento com direitos e deveres; Cópia do auto de notícia; Responsabilidade das polícias.

7 Enquadramento legal Lei quadro de política criminal Publicados dois diplomas com os objetivos, prioridades, e orientações de política criminal para dois biénios; Lei n.º 51/2007, para o biénio 2007/2009, no artigo 6.º, previa a informação aos ofendidos em caso de libertação ou fuga do arguido ou condenado e as medidas de polícia adotadas; Lei n.º 38/2009, para o biénio 2009/2011, a norma não foi considerada.

8 Perspetiva institucional O direito à informação, mais do que um direito da vítima, é um dever institucional. A informação é determinante para que a vítima possa tomar decisões fundamentadas.

9 Perspetiva institucional Enquadramento jurídico institucional Lei orgânica da Guarda atribuição de garantir os direitos dos cidadãos; Regulamento Geral do Serviço da GNR dever de prestação de informação aos cidadãos que dela necessitem. Cultura e ética institucional Cultura institucional de proximidade, apoio e serviço público, em prol da grei; Ética institucional patente numa visão institucional de força de segurança humana, próxima e de confiança. Deontologia profissional A centralidade no cidadão é assumida e vivenciada pelos elementos da GNR com base nos princípios, deveres, obrigações e regras de conduta.

10 Respostas institucionais Policiamento de proximidade e programas especiais de polícia: Serviço de atendimento permanente: Serviço de atendimento interno e externo; Serviço ininterrupto e qualificado; Em 474 instalações policiais. Acção policial orientada para a resolução de problemas; Programa Escola Segura; Programa Idosos em Segurança; Programa Comércio Seguro; Acções de informação.

11 Respostas institucionais Qualificação dos elementos: Formação inicial e contínua; Qualidade no atendimento; Adequada às funções; Suporte das novas tecnologias. Gabinetes de apoio à vítima: Proporcionam privacidade, dignidade, proteção e segurança acrescida; Operados por pessoal qualificado; Existem 294 gabinetes.

12 Respostas institucionais Projeto de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (IAVE): Projeto no âmbito da investigação criminal; Objetivo qualificar o tratamento das matérias criminais com a prestação de apoio adequado e possível; Vítimas sejam mulheres, crianças, idosos e outros grupos específicos de pessoas.

13 Respostas institucionais Projeto de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (IAVE): Encaminhamento Sensibilização Prevenção e Informação Acolhimento Proteção Apoio Acompanhamento Investigação criminal

14 Respostas institucionais Distribuição e meios IAVE: 23 NIAVE (18 distrital e 5 descentralizados) com 77 militares 271 Equipas de Investigação Inquérito (concelhio) com 292 militares Composição: NIAVE: 3 a 4 militares EII: 1 ou mais militares Total de 369 militares Gabinetes de Apoio à Vítima: 294

15 Desafios Necessidade de aumentar o número de Gabinetes de Apoio à Vítima; A tecnicidade da informação e as diferentes características das vítimas determinam novas necessidades de conhecimento e formação, as quais serão mais complexas e exigentes; Necessidade de aprofundar o conhecimento nesta matéria para agir de modo diferenciado, com eficiência no procedimento e eficácia no produto operacional; Premente aperfeiçoar técnicas de intervenção, monitorizar e avaliar procedimentos, e consolidar metodologias de atuação; Necessidade crescente de trabalhar em rede e no incrementar da cooperação no âmbito da formação, disponibilidade da informação, partilha de capacidades e valências, mediante o estabelecimento de parcerias com entidades públicas e privadas.

16 Bem hajam! 3