Pragas do eucalipto. Germi Porto Santos 1 José Cola Zanuncio 2 Terezinha Vinha Zanuncio 3 Evaldo Martins Pires 4

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1 Eucalipto 43 Pragas do eucalipto Germi Porto Santos 1 José Cola Zanuncio 2 Terezinha Vinha Zanuncio 3 Evaldo Martins Pires 4 Resumo - A cultura do eucalipto representa um dos melhores empreendimentos do setor do agronegócio brasileiro. O gênero Eucalyptus é originário da Austrália e engloba mais de 600 espécies que se adaptam aos mais variados tipos de clima e solo. Sua madeira é a principal fonte de matéria-prima para as indústrias de papel e celulose e siderurgia. A exploração dessa cultura caracteriza-se por extensos plantios homogêneos, contínuos e, muitas vezes, engloba vários ecossistemas. Paralelamente ao incremento das áreas plantadas, problemas relacionados com danos de pragas intensificaram-se, por causa de vários artrópodes herbívoros nativos da família Myrtaceae, que migraram para essa cultura. Atualmente, existem centenas de insetos associados ao eucalipto, desde a fase de viveiro até o final do ciclo. Entre os desfolhadores, destacam-se as formigas-cortadeiras, os lepidópteros e os coleópteros, além de danificadores de raízes, broqueadores de tronco e os sugadores de seiva, representados pelos psilídeos e, mais recentemente, a incidência de ácaros. Como essa cultura é estratégica para vários setores da economia, faz-se necessário que medidas de prevenção e monitoramento sejam adotadas para garantir a sua sustentabilidade. Palavras-chave: Eucalyptus spp. Cupim. Formiga. Desfolhador. Broca. Sugador. Ácaro. INTRODUÇÃO Dos mais de 5 milhões de hectares reflorestados no Brasil, destacam-se as espécies pertencentes aos gêneros Eucalyptus e Pinus, responsáveis, respectivamente, por 52% e 30% de toda área plantada. Para atender à demanda dos consumidores dessa matéria-prima, faz-se necessário que a floresta apresente produvidade compatível e seja conduzida por manejo sustentado que elimine ou amenize os fatores limitantes. No Brasil, as pragas estão entre os organismos deletérios mais importantes para o setor florestal. Atualmente, além dos insetos daninhos já conhecidos como as pragas de viveiros florestais, formigas-cortadeiras, lagartas e besouros desfolhadores, destacam-se novas pragas nativas e exóticas introduzidas. Nesse grupo, somente, à cultura do eucalipto, citam-se os gorgulhos Gonipterus gibberus e Gonipterus scutellatus (Coleoptera: Curculionidae), a broca-do-tronco Phoracantha semipunctata (Coleoptera: Cerambycidae), os psilídeos Glycaspis brimblecombei, Ctenarytaina eucaliptii, C. spatulata, e Blastopsylla occidentalis (Hemiptera: Psyllidae) e, mais recentemente, a microvespa-do-citriodora Epichrysocharis burwelii (Hymenoptera: Eulophidae). Pesquisas envolvendo conhecimento da história de vida, flutuação populacional, níveis de danos e manejo integrado são de fundamental importância para garantir a sustentabilidade do setor florestal em nosso país. PRAGAS DE VIVEIRO A produção de uma muda dentro dos padrões de qualidade requeridos possibilita o sucesso de uma floresta, sendo o suporte para as outras etapas subseqüentes na escala produtiva. Por ser bastante frágil, a muda está à mercê de fatores adversos e os insetos podem, em determinadas circunstâncias, provocar prejuízos irreparáveis aos viveiros florestais, se medidas 1 Eng o Florestal, D.Sc., Pesq. EMBRAPA/EPAMIG-CTZM, Caixa Postal 216, CEP Viçosa-MG. Correio eletrônico:germi@epamig.ufv.br 2 Eng o Florestal, Ph.D., Prof. Tit. UFV - Dep to Biologia Animal, CEP Viçosa-MG. Correio eletrônico: zanuncio@ufv.br 3 Bióloga, Pós-Doc, UFV - Dep to Biologia Animal, CEP Viçosa-MG. Correio eletrônico: tvzanuncio.ufv.br 4 Biólogo, Doutorando em Entomologia UFV - Dep to Biologia Animal, CEP Viçosa-MG. Correio eletrônico: evaldo.pires@gmail.com

2 44 Eucalipto preventivas e curativas não forem tomadas. Insetos associados a viveiros clonais Atualmente a produção de mudas, na maioria das empresas reflorestadoras, ocorre por via assexuada, em ambientes protegidos, onde alguns grupos de insetos, comuns em viveiros de produção de mudas por sementes, passam a não constituir problema. Ocorrem em viveiros clonais, insetos sugadores, desfolhadores e danificadores de raízes. Entre esses, citam-se: pulgão - Toxoptera aurantii; cochonilha - Eriococus sp.; mosca-branca - Dialeurodicus tesselatus; mosca-do-viveiro - Bradysia coprophila, Scythropochroa sp. e Sciara spp.; ácaros - Olygonychus yothersi, Olygonychus ilicis, Olygonychus punicae, Tetranychus urticae e Rhombacus eucalypti. A mosca-do-viveiro Bradysia coprophila Lintner 1895 (Diptera: Sciaridae) é citada como praga de várias plantas cultivadas em casas de vegetação (Fig. 1). Foi registrada pela primeira vez no Brasil, em 1991, ao atacar estacas de eucalipto. Insetos deste grupo possuem ampla distribuição geográfica, abrangendo 172 espécies de 18 gêneros, sendo 26 descritas recentemente. O enraizamento de estacas é uma técnica muito utilizada na produção de mudas de eucalipto e requer ambiente úmido e quente, condição que favorece o aparecimento desses agentes, cujas larvas desenvolvem-se em matéria orgânica, solos e material sem vida e são conhecidas como Figura 1 - Bradysia coprophila FONTE: University of Illinois (2004). fungus gnatus. A fêmea põe, em média, 19 ovos no solo, dispostos em grupos ou isolados, que, quando férteis, são de coloração amarelo-clara, tornando-se pardos próximo à eclosão, com viabilidade de 42% a 48% e período de incubação de 2 a 6 dias. A fase larval passa por quatro estádios com duração média de 15 dias e o ciclo de ovo a adulto de 18 dias e meio. Há poucos registros sobre ocorrência de ácaros em plantios de eucalipto, no Brasil. Espécies como Olygonychus yothersi, Olygonychus ilicis; Olygonychus punicae, Tetranychus urticae foram citadas sobre essa cultura, em diversas regiões. Todavia, a primeira informação de danos por esse grupo de praga foi registrada em outubro de 2003, em Martinho Campos, MG, onde Rhombacus eucalypti provocou dano de 8%-10% em mudas clonais, em casa de vegetação. A infestação deu-se por dano em reboleira, as folhas apresentaram sinais de sucção, com coloração geral escura e as mais velhas ficaram encarquilhadas e caíram facilmente. Insetos associados à produção de mudas por via sexuada Lagarta-rosca Agrotis ipisilon Hufnagel, 1767 (Lepidoptera: Noctuidae) As lagartas (Fig. 2) possuem o hábito de se abrigarem, durante o dia, entre os recipientes, sob detritos ou outros esconderijos. À noite, seccionam as mudas na região do coleto, para delas se alimentarem. O dano é mais significativo na fase inicial, quando o caule da muda não está lignificado. Em sistema de produção de mudas, utilizando-se plataformas suspensas e recipientes tipo tubetes, casas de vegetação e micropropagação, os danos por esse grupo de insetos têm diminuído. Os adultos são mariposas de atividade crepuscular, possuem envergadura em torno de mm, asas anteriores marrons com manchas pretas e posteriores, semitransparentes; antenas filiformes ou levemente pectinadas (Fig. 3). A fêmea põe em média mil ovos de coloração branca. A fase larval dura em torno de 30 dias, sendo as lagartas de coloração pardo-acinzentadoescura, e podem atingir 45 mm em seu desenvolvimento máximo. O hábito de se enrolarem, quando tocadas, originou-lhes o nome lagarta-rosca. A pupação ocorre no solo e essa fase apresenta duração média de 15 dias. Figura 2 - Lagarta de Agrotis ipsilon FONTE: University of Florida (2006). Figura 3 - Agrotis ipsilon FONTE: Canadian Biodiversity Information Facility (2003). Spodoptera latifascia (Walker, 1856) (Lepidoptera: Noctuidae) Sua ocorrência em viveiros de eucalipto é esporádica e a incidência de elevada população é preocupante, diante da sua voracidade sobre plantas, ainda, em estádio inicial de formação. Os adultos são bastante parecidos, com envergadura média de 35 mm e antenas filiformes (Fig. 4). Na fêmea, as asas mesotorácicas são de tonalidades escuras, mescladas por manchas negras e claras, de maneira irregular, dando a impressão de mosaico. No macho, a colo- John L. Capinera

3 Eucalipto 45 ração deste par é amarelada com manchas pardas. A fêmea põe, em média, ovos, com período embrionário de 4 a 8 dias. A lagarta apresenta, na fase inicial, corpo escuro com listras longitudinais de coloração amarelada e branca; possui de seis a sete estádios, atingindo o comprimento de 40 mm em seu desenvolvimento máximo. A pupa é marrom-escura, mede 20 mm de comprimento e dura 16,6 e 14,8 dias para machos e fêmeas, respectivamente. Figura 4 - Spodoptera latifascia FONTE: Mississipi State University (2006). Grilo Gryllus assimilis Fabricius, 1775 (Orthoptera: Gryllidae) Paquinha Jim Vargo diferem dos machos por possuírem longo ovipositor. A fase jovem apresenta seis estádios e cada geração dura cerca de 70 dias. Figura 5 - Gryllus assimilis FONTE: Insect. CZ (2002). As paquinhas (Fig. 6) apresentam biologia semelhante à dos grilos. Possuem patas anteriores fossoriais, intermediárias ambulatórias e posteriores do tipo saltatórias. Medem em torno de 30 mm e possuem coloração pardo-escura. As fêmeas fazem posturas em ninhos subterrâneos e as formas jovens eclodem após duas semanas, desprovidas de asas e olhos. As ninfas de estádios mais avançados provocam os maiores prejuízos. V Joseph Dvorák siderados benéficos, por atuarem na decomposição da matéria orgânica, colaborando na ciclagem dos minerais, destacamse como organismos dos mais daninhos às culturas florestais (Fig. 7). A cultura do eucalipto é afetada por cupins desde as mudas plantadas no campo, até árvores adultas. Apenas 10% das espécies de cupins, descritas no mundo, são, economicamente importantes em empreendimentos florestais e consideradas pragas. As principais espécies que atacam o eucalipto, no Brasil, pertencem às famílias Kalotermitidae, Rhinotermitidae e Termitidae. Na região neotropical, as espécies de eucalipto apresentam elevada mortalidade, nos estádios iniciais do estabelecimento da cultura, além de danos em árvores vivas e em cepas, em conseqüência ao ataque de cupins. As espécies mais suscetíveis são: E. tereticornis, E. grandis, E. citriodora e E. robusta. Gryllotalpa hexadactyla (Perty, 1832) (Orthoptera: Gryllotalpidae) Esses insetos apresentam danos semelhante aos da lagarta-rosca. Durante o dia, escondem-se em abrigos diversos e, preferencialmente, à noite, danificam as mudas, alimentando-se de folhas, caules e raízes. Além dos danos diretos às plantas, escavam galerias subterrâneas ao longo dos canteiros, atingindo vários recipientes. Os danos diferem do de lagarta-rosca por ocorrerem de maneira desuniforme, quando os da primeira, normalmente, são em reboleiras. Os grilos, quando adultos (Fig. 5), possuem coloração escura e medem em torno de 25 mm de comprimento. Possuem pernas anteriores e médias, ambulatórias, e, posteriores, do tipo saltatória. As fêmeas Figura 6 - Gryllotalpa hexadactyla FONTE: enature (2003). PRAGAS DAS RAÍZES Cupins subterrâneos Syntermes insidians Silvestri, 1946 (Isoptera: Termitidae) Syntermes molestus (Burmeister, 1839) (Isoptera: Termitidae) Embora os cupins possam ser con- Brian Kenney Figura 7 - Forma alada de Syntermes sp. FONTE: ESALQ (2004j). Syntermes incidians e Syntermes molestus são as duas principais espécies que ocorrem em plantios de eucalipto e podem, em condições especiais, constituir problema em viveiros. Até alguns anos atrás, a aldrinização era uma operação sistematizada nos plantios de eucalipto. Todavia, depois que pesquisas mostraram que a mortalidade ocorrida no campo, logo após o plantio, não era devida somente aos cupins, mudou-se o paradigma e, atualmente, a aldrinização é realizada em situações peculiares. Os cupins vivem em ninhos subterrâneos, localizados a pro-

4 46 Eucalipto fundidades que variam de 20 cm a mais de 4 m e comunicam-se com o exterior por meio de galerias que se abrem em orifícios circulares de 5 a 8 mm de diâmetro, à superfície do solo. São conhecidos também por formigas brancas. Alimentam-se de produtos à base de celulose, cuja digestão é feita com a ajuda de protozoários flagelados. PRAGAS DO TRONCO Coleópteros Serradores e broqueadores Phoracantha semipunctata (Fabricius, 1775) (Coleoptera: Cerambycidae) Phoracantha recurva Newman, 1840 ) (Coleoptera: Cerambycidae) Achryson surinamum (Linnaeus 1767), (Coleoptera: Cerambycidae) Stenodontes spinibarbis Linnaeus, 1758 (Coleoptera: Cerambycidae) Neoclytus pusillus (Laport & Gory, 1836) (Coleoptera: Cerambycidae) Psyllotoxus griseocinctus Thomson, 1858 (Coleoptera: Cerambycidae) Mallodon spinibarbis (Linnaues 1758) (Coleoptera: Cerambycidae) Cratosomus stellio Oliv., 1807 (Coleoptera: Curculionidae) Os danos provocados por essas espécies são semelhantes e a incidência de ataque é maior em plantas decadentes e doentes. As fêmeas depositam os ovos em galhos vivos na planta, em galhos caídos ou em fendas da casca e após a eclosão, as larvas penetram no tronco constroem galerias nas mais variadas direções. Em algumas espécies, os adultos oriundos de larvas que se desenvolveram em galhos fora da planta, passam a roletar outros galhos e, também, a parte apical de plantas vivas. Os sintomas de ataque são caracterizados pelo amarelecimento das folhas, brotações laterais na base e brotações subapicais, exsudações e galerias ao longo do tronco e, dependendo do nível de infestação, leva a planta à morte. Phoracantha semipunctata (Fig. 8) e Phorachantha recurva (Fig. 9) são espécies nativas da Austrália e Papua Nova Guiné. Encontram-se disseminadas em vários países do mundo, sendo considerada uma das principais pragas do tronco de eucalipto. São registrados como hospedeiros Eucalyptus botryoides, E. camaldulensis, E. diversicolor, E. globulus, E. gomphocephala, E. grandis, E. leucoxylon, E. longifolia, E. maculata, E. microcorys, E. multiflora, E. oleosa, E. paniculata, E. pilularis, E. racemosa, E. resinifera, E. saligna, E. sideroxylon, E. trianth, E. umbellata e E. viminalis. As espécies mais suscetíveis são E. camaldulensis, E. globulus, E. gomphocephala e E. viminalis, sendo E. odorata referida como espécie resistente. Figura 8 - Phoracantha semipunctata FONTE: Zoological Institute of Russian Academy of Sciences (2007). Figura 9 - Phoracantha recurva FONTE: Insectdealer.de (2007). Apresentam biologias semelhantes, sendo os adultos muito parecidos e, pela morfologia externa, é difícil a separação dessas duas espécies. O adulto de P. semipunctata mede de mm, possui coloração marrom-avermelhada, com manchas claras na região mediana dos élitros. No macho, as antenas são mais longas que o comprimento do corpo. A postura é realizada em plantas mortas ou debilitadas e a larva, após a eclosão, constrói galerias regulares e, quando madura, perfura, obliquamente o tronco para realizar a pupação. Por se tratar de uma broca que pode causar enormes danos econômicos à eucaliptocultura, como já aconteceu nos países onde foi introduzida, é imprescindível que as empresas florestais mantenham vistorias em suas áreas plantadas, visando detectar a possível presença desse inseto. Achryson surinamum (Fig. 10) apresenta adultos de coloração clara com pubescência e desenhos castanho-escuros nos élitros. Medem em torno de 20 mm de

5 Eucalipto 47 comprimento. As larvas são ápodas, brancas e medem 20 mm. Figura 10 - Achryson surinamum FONTE: Galerie Insecte (1989). Stenodontes spinibarbis são besouros grandes, que medem 55 mm de comprimento, coloração marrom-escuro-brilhante. Apresenta larvas ápodas de coloração branca que medem em torno de 60 mm de comprimento (Fig. 11). P. Deschamps Neoclytus pusillus, associada com dois coleópteros das famílias Scolytidae e Buprestidae, provocaram danos em 586 ha de Eucalyptus pellita com três anos de idade no município de São João do Paraíso, MG, em 1989, ocasionando a morte de 95% das plantas. Psyllotoxus griseocinctus teve ocorrência marcante no DF, em 1979, em povoamentos de E. urophylla e E. camaldulensis, provocando dano em 15% das plantas. Besouros-de-ambrosia Corthylocurus vernaculus Schedl 1951 (Coleoptera: Scolytidae) Hyphothenemus obscurus (Fabricius, 1801) (Coleoptera: Scolytidae) Monarthrum cristatus Blandford 1905 (Coleoptera: Scolytidae) Premnobius cavipennis Eichhoff, 1867 (Coleoptera: Scolytidae) Sampsonius dampfi Schedl, 1940 (Coleoptera: Scolytidae) Xyleborus affinis Eichhoff, 1868 (Coleoptera: Scolytidae) (Fig. 12) Xyleborus paraguayensis Schedl, 1949 (Coleoptera: Scolytidae) Xyleborus spinulosus Blandford, 1898 (Coleoptera: Scolytidae) Platypus sulcatus (Chapuis, 1865) (Coleoptera: Platypodidae) aparência e nos tipos de comportamento biológico e daninho. Possuem corpo cilíndrico, coloração geral parda ou preta, comprimento que varia de 0,5 a 1,0 mm (Scolytidae) e 4 a 6 mm (Platypodidae), com élitros punctuados em fileiras com cerdas esparsas e cabeça escondida sob o pronoto, quando vistos de cima. São adaptados a uma vida críptica dentro de tecidos vegetais. Raramente atacam plantas vivas e suas larvas alimentam-se de fungos cultivados em suas galerias e, por isso, recebem o nome besouro-ambrosia. O ataque inicia-se em plantas enfraquecidas ou sob estresse e a infestação, normalmente, leva a planta à morte. O sintoma de dano evidencia-se pelo amarelecimento das folhas, de maneira descendente, que permanecem por algum tempo presas à planta. Além da grande quantidade de galerias, que atravessam o xilema e bloqueiam a seiva, acredita-se que o fungo cultivado pelo inseto também contribua no processo daninho. Premmobius cavipennis foi detectada em São João do Paraíso, MG, em 1989, em Eucalyptus pellita com três anos de idade, em 586 hectares junto a outras duas espécies de coleópteros. Platypus sulcatus (Fig. 13) foi citada em plantios de eucalipto em SP, RS e PR, danificando, principalmente, pomares porta-sementes de Eucalyptus urophylla. Figura 12 - Xyleborus affinis FONTE: Bark and Woods Boring Beetles of the World (2006). Figura 11 - Stenodontes spinibarbis FONTE: Insect-Sale (2007). Os representantes de Scolytidae e Platypodidae apresentam afinidades na Figura 13 - Platypus sulcatus FONTE: European and Mediterranean Plant Protection Organization (2004).

6 48 Eucalipto Descorticadores e danificadores de ponteiro Lampetis instabilis (Castelnau & Gory, 1836) (Coleoptera: Buprestidae) Lampetis nigerrima (Kerremans, 1897) (Coleoptera: Buprestidae) Lampetis roseocarinata (Thomson, 1878) (Coleoptera: Buprestidae) Psiloptera pertyi (Castelnau & Gory, 1836) (Coleoptera: Buprestidae) Esse grupo ataca mudas recém-plantadas e árvores jovens de eucaliptos em vários Estados brasileiros. Os adultos são bastante vistosos, conhecidos popularmente por besouro-manhoso ou cai-cai, possuem corpo alongado e estreito, élitros de coloração verde-azulado-brilhante, com comprimento de 17 a 28 mm. Os adultos têm preferência por plantas jovens, onde cortam o meristema apical e roem a casca, ramos laterais, ponteiro principal e caule tenro, com conseqüente paralisação do crescimento da planta. Na região de Bocaiúva, MG, em plantio de 2 mil hectares de eucalipto, 65% das plantas foram danificadas. As formas larvais são lignívoras, desenvolvendo-se em cepas de eucaliptos mortos e outros restos lenhosos remanescentes. Desse grupo, o gênero Lampetis (Fig. 14 e 15) en- Figura 14 - Lampetis sp. FONTE: Beckmann (2001). Figura 15 - Dano por Lampetis sp. FONTE: Anjos (2007). globa as espécies mais importantes sob o aspecto de danos em reflorestamentos no Brasil. Em Grão Mogol, MG, L. instabilis infestou mais de hectares de Eucalyptus urophylla, provocando danos consideráveis, o que motivou o controle por meio de catação manual na quase totalidade da área plantada. A infestação ocorre, normalmente, com as primeiras chuvas, período que coincide com a maior concentração dos plantios. Lepidópteros broqueadores Timocratica albella (Zeller, 1877) (Lepidoptera: Stenomiidae) Chilecomadia valdiviana (Philippi) (Lepidoptera: Cossidae) Xyleutes magnifica Rothschild 1896 (Lepidoptera: Cossidae) Phassus giganteus (Herrich- Schäffer) (Lepidoptera: Hepialidae) Timocratica albella, conhecida no Brasil como broca-das-mirtáceas, é uma mariposa de coloração branca com 40 mm de envergadura. As lagartas são de tonalidade amarelada. Possuem, na parte dorsal, pêlos longos e esparsos e apresentam cabeça escura. As posturas são feitas sobre o tronco de eucalipto e a fase pupal durou, em laboratório, 40 dias. A ocorrência desse grupo em povoamentos de eucalipto, resume-se a casos isolados. Um surto de T. palpalis foi registrado pela primeira vez em 1985, em Buritizeiros, MG, em Eucalyptus saligna e provocou a morte de mais de 65% das plantas. As larvas constroem galerias no tronco, inicialmente, no sentido horizontal e, depois, verticalmente. As larvas saem das galerias, durante a noite, para se alimentarem, raspam a casca e deixam os galhos atacados desnudos e com acúmulo de fezes misturadas a fios de seda e fuligem. O dano é verificado ao longo de toda a extensão do tronco, preferencialmente, nos galhos mais finos (Fig. 16). Chilecomadia valdiviana ocorre na América do Sul, especificamente no Chile e Argentina. As larvas (Fig. 17) dessa espécie são broqueadoras de madeira de uma enorme variedade de plantas e, em 1992, foi detectada em plantios de eucalipto no Chile em árvores vivas. Os adultos são excelentes voadores e podem-se dispersar para grandes distâncias e infestar novas áreas. Essa espécie apresenta um ciclo de vida longo e a fase larval pode durar até dois anos. As fêmeas apresentam envergadura de mm, possuem asas anteriores de coloração cinza-clara a cinza-escura com pequenas manchas escuras de formato triangular. As asas posteriores são de coloração castanho-escura com duas ou três manchas brancas. O corpo é volumoso, coberto por pêlos cinzaprateados e o abdome com pêlos escuros. Os machos medem de mm, são mais escuros que as fêmeas e as manchas das asas são similares, porém, mais difusas. Xyleutes magnifica é originária da Austrália e suas larvas são broqueadoras de tronco de várias espécies, entre elas as do gênero Eucalyptus. Está entre as espé-

7 Eucalipto 49 Figura 16 - Timocratica albella NOTA: A - Adulto; B - Larva e dano. A B Fotos: Norivaldo dos Anjos PRAGAS DAS FOLHAS Constituem o grupo mais importante de insetos para a eucaliptocultura brasileira. As formigas-cortadeiras estão no topo de importância, devido aos danos que provocam. Todavia, a partir das duas últimas décadas, os lepidópteros e coleópteros desfolhadores passaram a assumir posição destacada, com registros de ocorrências mais freqüentes e danos consideráveis em plantios de eucalipto em todos os locais de cultivo. Formigas-cortadeiras Saúvas Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 (Hymenoptera: Formicidae) Figura 17 - Larva de Chilecomadia valdiviana FONTE: University of Georgia (2007). cies que despertam atenção pelos níveis de danos provocados e é praga quarentenária em vários países do mundo. Cupim-de-cerne Coptotermes testaceus Linnaeus, 1768 (Isoptera: Rhinotermitidae) Heterotermes tenuis (Hagen, 1858). (Isoptera: Rhinotermitidae) Jerry A. Payne O gênero Coptotermes é considerado de grande importância econômica pelos danos causados. Na Região Sudeste do Brasil é responsável pela maioria dos estragos em materiais celulósicos. Os indivíduos dessa espécie, conhecidos por cupim de cerne, constroem seus ninhos em raízes de árvores velhas ou em madeira ainda não completamente seca. Penetram pelas raízes das plantas ou utilizam feridas no tronco ou locais onde houve queda de galhos por derrama natural. Constroem galerias pelo interior do tronco, destruindo o cerne e deixando as árvores ocas. Dificilmente os danos são notados pois o eucalipto não apresenta sintoma de que esteja atacado. Isto somente é notado por ocasião da exploração ou pela ação de ventos, que provocam a queda das árvores atacadas, enfraquecidas pela ação do cupim. Foi constatado que, quanto maior o diâmetro da planta, maior a freqüência de árvores atacadas, variando de 26,3% a 41,3% para árvores com mais de 20 cm de diâmetro. Além disso, como o ataque iniciase pelas raízes, a brotação dos tocos fica comprometida. Coptotermes testaceus foi constatada causando sérios danos em povoamentos de eucalipto na região dos Cerrados, em Minas Gerais, com incidência de ataque em 25% das plantas e perda média de madeira estimada em 3,17 m 3 /ha. Heterotermes tenuis é importante por ter sido observada atacando árvores vivas de Eucalyptus spp., em MT. Destaca-se nos estados do RJ, MG, MS, MT, PA e SP. Atta laevigata (F. Smith, 1858) (Hymenoptera: Formicidae) Quenquéns Acromyrmex spp. (Hymenoptera: Formicidae) Sericomyrmex spp. (Hymenoptera: Formicidae) Mycocepurus spp. (Hymenoptera: Formicidae) Trachymyrmex spp. (Hymenoptera: Formicidae) Estes insetos danificam o eucalipto desde a fase de viveiro até a rotação final da cultura. Os recursos dispendidos para seu controle podem chegar a 5% do custo de implantação, 75% dos custos e tempo gastos no manejo integrado de pragas em florestas plantadas ou 30% do investimento total da cultura, ao final do terceiro corte. O desfolhamento causado por formigas pode reduzir a produção de madeira no ano seguinte em um terço e, se isto ocorrer no primeiro ano de plantio, a perda total do ciclo pode chegar a 13% da colheita. Em ecossistemas tropicais as formigas consomem em média 15% da produção florestal. Esses indivíduos constroem seus ninhos subterrâneos, interligados por galerias e usam substrato ve-

8 50 Eucalipto getal para desenvolvimento de fungo, do qual se alimentam. As saúvas, representadas pelo gênero Atta com dez espécies e três subespécies, ocorrem em todo o território brasileiro e as espécies mais importantes em reflorestamentos de eucalipto são: Atta laevigata (saúva-cabeça-de-vidro) e Atta sexdens rubropilosa (saúva-limão) (Fig. 18). São maiores, constroem grandes e profundos ninhos com várias câmaras, enquanto os ninhos das quenquéns, possuem, normalmente, de 1-3 câmaras, construídos a pouca profundidade e de difícil localização, o que dificulta seu controle. Para diferenciá-las, basta observar o número de pares de espinhos presentes no mesossoma. As quenquéns possuem quatro pares de espinhos e as saúvas três. Suas operárias são polimórficas, com tamanho que varia de 2,0 a 10,5 mm. As operárias das saúvas são maiores. O comprimento do corpo atinge até 15 mm em algumas espécies. As quenquéns ainda não foram, suficientemente, estudadas sob os aspectos bioecológicos, mas possuem uma participação importante em duas fases da cultura do eucalipto, ou seja, na implantação e na regeneração de povoamentos, sendo que o gênero Acromyrmex engloba as espécies mais importantes. Lepidópteros desfolhadores Apatelodes sericea Schaus, 1896 (Lepidoptera: Eupterotidae) Tem ocorrido, nos últimos anos, com maior freqüência, em plantios de eucalipto no Brasil, principalmente, em Minas Gerais, onde já adquiriu status de espécie primária. Foi registrada em povoamentos de eucalipto nos estados de MT, ES, SP, MG e DF. Os adultos possuem asas amarronzadas, com manchas mais escuras localizadas em pontos definidos e antenas bipectinadas (Fig. 19). A fêmea põe, em média, 335 ovos, com período de incubação Figura 18 - Saúvas FONTE: ESALQ (2004a). NOTA: A - Atta laevigata, B - Atta sexdens rubropilosa. Figura 19 - Apatelodes sericea de oito dias e viabilidade de 56%. A duração média da fase larval é de 29 dias e a lagarta mede 60 mm de comprimento no último estádio. A pupação, que ocorre ao final da estação chuvosa, é verificada no solo, a uma profundidade de 3-10 cm e, nessa fase, permanece durante todo o período seco com emergência dos adultos no início da próxima estação chuvosa. Automeris spp. (Lepidoptera: Saturniidae) A Evaldo Martins Pires Lagartas desse gênero encontram-se associadas a plantios de eucaliptos em Minas Gerais, sendo consideradas pragas no Rio Grande do Sul. Este complexo é representado por várias espécies que divergem entre si, principalmente quanto ao tamanho e cor, com envergadura de mm. As mariposas destacam-se pela coloração viva, que varia do amarelo ao cinza-amarronzado, passando pelo rosa-avermelhado, com antenas bipectinadas. As espécies mais comuns são Automeris melanops e Automeris illustris (Fig. 20). A primeira com lagartas de tonalidade verde-clara, um pouco amarelada, tendo do quarto ao oitavo segmento, uma larga faixa branca transversal. Os casulos apresentam a peculiaridade de possuir, externamente aderentes, fragmentos de folhas da planta que serviu de alimento à lagarta. Figura 20 - Adulto de Automeris ilustris Blera varana Schaus (Lepidoptera: Notodontidae) B Encontra-se associada, principalmente, ao E. urophylla, E. alba e E. cloeziana. Nestes hospedeiros, foram registrados surtos em quatro localidades mineiras, de 1978 a 1988 e uma vez em Inhambupe, BA, em 1984, associada a E. cloeziana. Evaldo Martins Pires

9 Eucalipto 51 Os adultos (Fig. 21) possuem as asas e o corpo de coloração cinza-brilhante, antena bipectinada nos machos e filiforme nas fêmeas e envergadura média de 32 e 35 mm para machos e fêmeas, respectivamente. A fêmea põe, em média, 209 ovos de forma esférica com base achatada e distribuídos, isoladamente, na superfície abaxial das folhas. No primeiro estádio, as lagartas apresentam coloração marrom-clara, quase não se locomovem, enrolam-se em forma de caracol e, quando em repouso, permanecem fixadas no substrato, mimetizando uma ponta de folha seca. A pupação ocorre no solo, com duração de 12 dias para os machos e 11 dias para as fêmeas. Figura 21 - Blera varana Dirphia avicola Hübner (Lepidiptera: Saturniidae) Trata-se de uma espécie de ocorrência recente em plantios de eucalipto. Foi detectada, em 1992, em Montes Claros, MG. Ainda não se tem registros de surtos epidêmicos em eucalipto. Fêmeas possuem envergadura média de 85,7 mm, abdome mais robusto que dos machos, antenas filiformes de cor amarela. Asas posteriores cinza-avermelhadas com uma pinta preta, central. As asas anteriores possuem duas linhas escuras, perpendiculares às nervuras, com uma pinta preta central entre essas linhas. Os machos apresentam antenas amarelas bipectinadas, envergadura média de 78 mm e asas semelhantes às das fêmeas, porém, de coloração marromavemelhada. Machos e fêmeas apresentam abdome piloso, de coloração preta e, quando molestados, eliminam uma secreção Germi Porto Santos amarela, dobram o abdome para frente e levantam as asas, fingindo-se de mortos. As fêmeas põem em média, 27 ovos, com viabilidade de 70,7%, sendo estes de coloração branco-brilhante, forma ovalada, micrópila caracterizada por um ponto verde pouco visível, diferindo de Dirphia rosacordis, cujos ovos mostram um ponto negro delimitado por um halo cinza. A fase larval apresenta seis estádios, com duração média de 50,6 dias, sendo o comprimento da lagarta, no início do último estádio, de 44,3 mm. Pré-pupa e pupa possuem duração média de 7,5 e 50 dias, respectivamente. Dirphia rosacordis Walker, 1855 (Lepidoptera: Saturniidae) Conhecida por taturana, sassurana ou lagarta-queimadeira, por causa da pilosidade urticante (Fig. 22). Foi observada em MG, RJ e SP. Freqüentemente, tem ocorrido em Minas Gerais associada a outros desfolhadores, tais como Thyrinteina leucoceraea, Eupseudosoma aberrans, Eupseudosoma involuta e outros. Figura 22 - Dirphia rosacordis FONTE: ESALQ (2004c). Machos e fêmeas são semelhantes, chegam a alcançar, em média, 92 e 107 mm de envergadura, respectivamente; asas de coloração marrom-terra ou tijolo e antenas bipectinadas. A fêmea oviposita, em média, 252 ovos de coloração branca, sendo o período de incubação de 22 dias, com 88% de viabilidade. Apresenta sete estádios larvais, com duração total média de 87,5 dias, sendo que os pêlos da lagarta, a partir do 5 o estádio, tornam-se urticantes. A pupação ocorre no solo e as pupas medem, 62 e 64 mm, respectivamente para machos e fêmeas. Dirphiopsis eumedidoides (Vuillot, 1893) (Lepidoptera: Saturniidae) Ocorre com freqüência em associação com outras espécies, em plantios localizados na região dos Cerrados de Minas Gerais. Apesar de não ter aparecido em surtos epidêmicos, os dados biológicos sobre potencial biótico e consumo foliar, obtidos em laboratório, sugerem tratar-se de um inseto com grandes potencialidades para se tornar praga a essa cultura. Os adultos são parecidos, têm asas de coloração amarronzada, sendo esse tom mais claro nos machos, com envergaduras de 85 e 65 mm para machos e fêmeas, respectivamente. A fêmea põe 310 ovos com período de incubação de 18 dias e viabilidade de 52%. A fase larval dura 54 dias e apresenta seis estádios. Os períodos prépupal e pupal duram 7 e 26 dias, respectivamente. Eacles imperialis magnífica Walker, 1856 (Lepidoptera: Saturniidae) Espécie polífaga, tendo sido encontrada em inúmeros hospedeiros, tanto silvestres como cultivados. Suas lagartas ocorrem, ciclicamente, em cafezais, sendo, por isso, comumente denominada lagartados-cafezais. Referida desde o CE até o RS, sua ocorrência, associada a plantios de eucalipto é, relativamente, recente. Os adultos são mariposas amarelas, com numerosas pontuações vermelhadas ou cinza-escuras sobre as asas (Fig. 23), com dimorfismo sexual acentuado. As fêmeas, com antenas filiformes, e os machos, com bipectinadas, medem 140 e 100 mm de envergadura, respectivamente. Os ovos, em número de 193 por fêmea, podem ser colocados isoladamente ou em grupos, apresentando período de incubação de 6 a 12 dias, com uma viabilidade média de 82%.

10 52 Eucalipto Figura 23 - Eacles imperialis magnifica As lagartas, de colorações que variam de verde, amarelo a marrom-escuro, apresentam cinco estádios com duração da fase de, aproximadamente, 31 dias, possuem comprimento de até 73 mm no último estádio. A fase pupal tem duração de 30 a 40 dias. Eupseudosoma aberrans Schaus, 1905 (Lepidoptera: Arctiidae) Suas lagartas são, vulgarmente, conhecidas por lagarta-cachorrinho, pelo seu formato e também pela grande quantidade de pêlos cinzas ou marrons que recobrem o seu corpo. É encontrada do México ao Paraguai e, no Brasil, ocorre nos estados de MT, MG, PA, RJ, SP, ES e BA. Os adultos apresentam asas brancas com a parte dorsal do abdome de coloração carmim (Fig. 24). A envergardura, respectivamente para machos e fêmeas, é de 35,5 e 42,5 mm. As antenas dos machos são serrilhadas e as das fêmeas, filiformes. Cada fêmea põe, em média, 407 ovos isolados ou em agrupamentos, cujo período embrionário varia de cinco a oito dias, com viabilidade em torno de 100%. A fase larval dura 45 dias, com oito a dez estádios, medindo a lagarta 25 mm de comprimento no final da fase. Essas lagartas são delicadas, com corpo, de modo geral, amarelopálido, apresentando setas plumosas de coloração amarelo-brilhante. Além do consumo normal das folhas, as lagartas seccionam o pecíolo, tornando mais injuriante o dano. A fase de pupa dura 13 dias e esta mede 16,5 e 15,6 mm de comprimento para fêmeas e machos, respectivamente. Evaldo Martins Pires Figura 24 - Eupseudosoma aberrans Eupseudosoma involuta (Sepp., 1852) (Lepidoptera: Arctiidae) Figura 25 - Eupseudosoma involuta FONTE: INRA (2005). Evaldo Martins Pires Características morfológicas, biológicas e comportamentais bastante parecidas com E. aberrans. A lagarta é conhecida também por lagarta-cachorrinho e possui coloração amarela, tonalidade que a difere de E. aberrans, que é marrom. Ocorre desde o sul dos Estados Unidos até o sul do Brasil, tendo sido registrada em AL, ES, MT, MG, PA, PE, RJ, SP e BA. Fêmeas e machos possuem envergadura de 32 e 35 mm, respectivamente, e apresentam os dois pares de asas de coloração branca. No primeiro par de pernas, a parte anterior da coxa é carmim na região ventral e branca nas margens (Fig. 25). Este detalhe permite a diferenciação de adultos dessa espécie com os de E. aberrans. Os ovos, de coloração amareloesverdeada, são postos isoladamente ou em grupos de dois ou três, na superfície adaxial das folhas. A fase larval dura em média 60 dias e apresenta nove estádios. A lagarta, em seu último estádio, possui coloração amarelo-pálida. A fase de prépupa dura cerca de dois dias e a de pupa 14 dias para machos e 12,8 dias para fêmeas. Euselasia apisaon (Dalman, 1823) (Lepidoptera: Riodinidae) É uma das poucas borboletas consideradas pragas, associadas a plantios de eucalipto. É registrada em MG, SP, SC e RS e tem a peculiaridade de ocorrer em surtos sem a presença de outras espécies associadas. Os adultos apresentam dimorfismo sexual bastante acentuado. As fêmeas são pardo-escuras, com até três pares de círculos brancos no meio das asas anteriores. Os machos apresentam a parte interna das asas de coloração vermelho-tijolo, com bordas escuras nos dois pares. Apresentam envergadura média de 25 mm e antenas clavadas para os dois sexos (Fig. 26). A fase larval apresenta cinco estádios com duração média total de 27,3 dias. As lagartas têm hábito gregário, sendo comum vê-las locomovendo-se em filas indianas ou agrupadas em semicírculo. Medem 12,6 mm de comprimento no último estádio. Normalmente, a pupação dura seis dias e ocorre na superfície adaxial das folhas e tronco de eucalipto, nas plantas do subbosque ou em qualquer outro suporte. Fulgurodes sartinaria Guenée, 1858 (Lepidoptera: Geometridae) Este gênero conta com várias espécies no México, Colômbia, Equador e Peru. No Brasil, é citada no RJ, SP, SC e RS. Em Minas Gerais, foi registrada, pela primeira vez, em 1984, em Nova Lima, onde desfolhou totalmente 15 hectares de Pinus patula e reapareceu em Lassance, em 1987, danificando eucalipto. Na literatura esta espécie era citada provocando danos somente em coníferas. Adultos possuem envergadura média de 45 e 55 mm para machos e fêmeas, respectivamente, asas de configuração em forma de mosaico com o fundo de coloração branco-encardido. As antenas são

11 Eucalipto 53 Figura 26 - Euselasia apisaon FONTE: ESALQ (2004d). NOTA: A - Macho; B - Fêmea. pectinadas no macho e na fêmea. Nesta, as ramificações são curtas, quase despercebidas (Fig. 27). A fêmea põe, em média, 181 ovos de coloração verde-clara, quando recém-postos, e tornam-se escuros ao se aproximar da eclosão das lagartas. O período embrionário dura em média 13 dias. A duração média da fase larval é de 79 dias e a lagarta, em seu desenvolvimento máximo, mede 40 mm. A fase de pré-pupa dura, em média, três dias e a de pupa, 21 dias. Antes de empupar, a lagarta tece um casulo bem característico, em forma de uma rede resistente, de coloração bege, presa a folhas e ramos da planta. Figura 27 - Casal de Fulgurodes sartinaria NOTA: A - Fêmea; B - Macho. A A B Germi Porto Santos Glena unipennaria unipennaria (Guenée, 1857) (Lepidoptera: Geometridae) O gênero Glena envolve várias espécies desfolhadoras de eucalipto, sendo a maioria ainda não identificada. Ocorre desde o sul do Canadá até o Brasil e parte da Argentina. No Brasil, várias espécies têm sido coletadas em SP, PR, MG, ES e BA. Os adultos das espécies pertencentes a esse gênero, normalmente são muito parecidos. Nos adultos de G. unipennaria unnipenaria, o dimorfismo sexual pode ser observado pelas antenas, que são bipectinadas nos machos e filiformes nas fêmeas. No campo, as posturas são feitas sob a casca do tronco, especialmente nas fendas da casca, com período embrionário que dura, em média, de 9,5 dias. A fase larval passa por seis estádios, com duração média de 31 dias, para as lagartas que originarão fêmeas, e cinco estádios e 30 dias para aquelas que originarão machos. O período de pupa dura 14 e 15 dias para fêmeas e machos, respectivamente. Glena bipennaria bipennaria Guenée, 1857 (Lepidoptera: Geometridae) Os adultos são muito parecidos em forma, tamanho e coloração. Apresentam asas de coloração branco-acinzentada com pon- B tuações pretas, de formas irregulares, espalhadas em toda sua extensão e envergadura de 33 mm. O dimorfismo sexual mais destacado está na antena, que é filiforme na fêmea e pectinada no macho, e no abdome, que é mais volumoso na fêmea. A fêmea põe em média 201 ovos com período de incubação de sete dias e viabilidade de 71%. A fase larval dura 29 dias, apresenta cinco estádios e os períodos prépupal e pupal duram dois e 12 dias, respectivamente. Glena bissulca Rindge (Lepidoptera: Geometridae) Sua biologia é pouco conhecida. Estudos de laboratório mostraram que à temperatura de 22,3 o C, o ciclo de vida foi de 70 dias. A cópula ocorre, preferencialmente, à noite, tanto em criação massal, como no campo (Fig. 28). Figura 28 - Glena bissulca FONTE: ESALQ (2004e). Idalus affinis Rothschild, 1917 (Lepidoptera: Arctiidae) Ocorre em associação com outras espécies-praga em plantios de eucalipto, tendo sido coletada no Vale do Rio Doce, e não há registros de surtos epidêmicos a essa cultura. Os adultos possuem cabeça branca pilosa e apresentam, nas regiões lateral e central, uma mancha circular amarela. A base e o ápice da antena são brancos e o meio, marrom. Dorsalmente, o abdome é vermelho e, ventralmente, branco e piloso, inclusive as coxas, pernas e tarsos, exceto

12 54 Eucalipto o primeiro par de pernas, pois a coxa é branca, com uma mancha vermelho-carmim e a perna e os tarsos, na região dorsal, são preto-grafite. Asas anterior amarela com as bordas brancas e, a posterior, branca com a região basal avermelhada. Ambos os sexos apresentam uma faixa estreita marrom de mais ou menos 0,3 mm na porção mediana da asa, no sentido perpendicular. Os machos diferem das fêmeas por serem menores e possuírem uma pinta preta circular no final da asa posterior. Na fêmea, esta mancha é oval. Cada uma põe, em média, 157 ovos redondos de base achatada, de coloração verde-clara logo após a oviposição, opacos e com ligeira aspereza no corion. Apresenta período de incubação de 7,1 dias. A fase larval dura 33,5 dias com sete estádios e viabilidade de 60,5%. A duração do período pré-pupal é de um dia para ambos os sexos e do pupal é de 15,7 e 15,0 dias para machos e fêmeas, respectivamente. Mimallo amilia (Stoll-Cramer, 1780) (Lepidoptera: Mimallonidae) Machos e fêmeas medem, em média, 48 mm, mas o dimorfismo sexual é muito acentuado, pelo formato das asas. Nas fêmeas, estas são mais largas e com as bordas arredondadas; abdome piloso de cor preta e mais volumoso, enquanto nos machos as asas são menores, mais estreitas e com bordas irregulares; abdome afilado, de coloração cinza. Fêmeas e machos apresentam asas de coloração cinza, sendo que ambos os pares apresentam, na região dorsal, duas linhas estreitas regulares, uma preta e outra cinza, seguidas de uma grande mancha circular cinza e preta com um orifício central. Os ovos apresentaram coloração amarelo-claro-brilhante, tornando-se roxos próximo à eclosão. São de forma oval, com pequenos nódulos no sentido do comprimento. O período de incubação, médio, foi de 8,6 dias e viabilidade de 88,63%. A forma alongada dos ovos pode servir para identificar essa espécie, pois a literatura não registra outra espécie de lepidóptero desfolhador de eucalipto com ovos de forma oval. A lagarta, dessa espécie, não é, normalmente, visível no campo. Confeccionam um abrigo formado pela união de folhas, unidas por teia, juntamente com fezes, onde passam a maior parte do tempo, saindo desse abrigo, apenas, para se alimentar. A duração da fase de pupa foi de 18,78 dias para machos e fêmeas, respectivamente. Nystalea nyseus (Cramer, 1775) (Lepidoptera: Notodontidae) Ocorre em várias regiões do Brasil e sua presença em plantios de eucalipto, quase sempre, está associada com a de outros lepidópteros desfolhadores. É citada nos estados do PA (Monte Dourado), GO (Niquelândia), MA, BA, ES e MG (Montes Claros, Três Marias, Guanhães). Adquiriu maior importância após sua ocorrência em condições de surto no norte do Espírito Santo, sul da Bahia e norte do Pará. Os adultos são semelhantes e possuem, em média, 51 mm de envergadura para machos e fêmeas. Antenas filiformes em ambos os sexos. Abdome piloso de coloração cinza-clara na região dorsal e amarela na ventral. Ambos os pares de asas com manchas pretas concentradas na região central, bordas cinzas e interior amarela (Fig. 29). Os adultos, quando molestados, têm comportamento típico de tanatose. No campo, ficam imóveis, nos galhos de eucalipto, mimetizando um galho quebrado, sendo difícil localizá-los. Os ovos são verde-escuros e após, aproximadamente, 48 horas ficam vermelho-escuros e apresentam período de incubação de 3,5 dias e viabilidade de 74,7%. As lagartas são conhecidas como lagarta-dragão, por suas protuberâncias no dorso e, principalmente, nos últimos segmentos abdominais. Nessas regiões, essas protuberâncias adquirem a forma de uma cabeça, lembrando um dragão. Apresenta cinco estádios, com duração média de 25,5 dias. Na fase de prépupa, as lagartas tecem um casulo com fios de seda, de cor laranja, entre duas folhas de eucalipto, o que facilita sua localização no campo. Esta fase tem duração média de três dias. A fase de pupa dura, em média, 14,7 e 13,8 dias para machos e fêmeas, respectivamente, com viabilidade de 100%. Figura 29 - Nystalea nyseus FONTE: ESALQ (2004f). Oiketicus kirbyi (Lands- Guilding 1827) (Lepidoptera: Psychidae) As lagartas constroem seus casulos logo após a eclosão e os transportam durante toda a vida. Ao atingir o desenvolvimento máximo, empupam-se dentro do casulo, após prendê-lo, pela parte mais dilatada, a um ramo (Fig. 30). O macho adulto é uma mariposa de cor marrom, antenas bipectinadas e com envergadura média de 42 mm (Fig. 31). A fêmea adulta, sendo neotêmica, conserva o aspecto larval e, portanto, não apresenta asas e antenas. Os machos voam e as procuram para o acasalamento nos próprios casulos, onde é feita a postura, dentro da última exúvia pupal, com até 3 mil ovos. Após a postura, a fêmea abandona o casulo e morre em pouco tempo. As lagartas completamente desenvolvidas podem atingir até 39 mm nos indivíduos machos e 55 mm nas fêmeas. Oxydia apidania Cramer, 1779 (Lepidoptera: Geometridae) Registrada pela primeira vez no Brasil, em E. grandis, no município de Bom Despacho, MG, em caráter endêmico, junto a um surto de T. arnobia. Trata-se de um inseto que apresenta grande potencial para

13 Eucalipto 55 Figura 30 - Casulo de Oiketicus kirbyi FONTE: Scipione Interativa (2007). Figura 31 - Macho de Oiketicus kirbyi FONTE: ESALQ (2004g). se tornar praga importante do eucalipto, diante de seu elevado potencial biótico. Os adultos possuem antenas filiformes, asas de coloração marrom, com pequenas e variadas manchas. O ângulo apical da asa anterior das fêmeas é estreito e, em posição de repouso, dobra-se para cima, o que não ocorre no macho, sendo essa a característica mais marcante para diferenciação do sexo. A envergadura média para machos e fêmeas é respectivamente de 41 e 46 mm. As fêmeas põem, em média, 603 ovos de formato que lembra ligeiramente um grão de milho, cujo período embrionário é de oito dias e viabilidade de 85%. O período larval médio é de 50 dias, apresentando de cinco a sete estádios, medindo a lagarta ao final dessa fase, 65 mm. A pupa mede 22 mm, com duração do período de 17 dias. Oxydia vesulia (Cramer, 1779) (Lepidoptera: Geometridae) Foi detectada pela primeira vez em caráter epidêmico, numa área de 250 hectares de E. cloeziana, no município de Inhambupe, BA. As lagartas desfolham as árvores de eucalipto, de maneira descendente, ou seja, do ápice para a base da copa, diferindo, nesse particular, da maioria dos lepidópteros desfolhadores. Os adultos apresentam antenas filiformes, asas e abdome de coloração cinzapalha (Fig. 32). A diferenciação do sexo é feita, facilmente, pela envergadura que, na fêmea, é de 67 mm e no macho 56 mm e pelo abdome que é mais volumoso nas fêmeas. As fêmeas põem, em média ovos de formato achatado, com viabilidade média de 75% e período embrionário de dez dias. A duração média da fase larval é de 49 dias, com seis estádios, medindo a lagarta, no seu estádio mais desenvolvido, 50 mm. A fase de pré-pupa e pupa dura, em média, dois e 20 dias para machos e fêmeas, respectivamente. Psorocampa denticulata Schaus (Lepidoptera: Notodontidae) Essa espécie adquiriu o status de praga importante para a cultura do eucalipto em Minas Gerais e, em algumas regiões, as constantes ocorrências de surtos têm requerido o controle sistemático, decorrente do elevado potencial biótico e da voracidade de suas lagartas. Por permanecerem no solo na fase de pré-pupa, durante a época seca do ano, apresentam ciclo bastante definido. Ao ocorrerem as primeiras chuvas, inicia-se a emergência dos adultos. Os adultos possuem asas anteriores de coloração cinza-esbranquiçada e, as posteriores, de tonalidade cinza (Fig. 33). As antenas são filiformes nas fêmeas e Figura 32 - Casal de Oxydia vesulia NOTA: A - Fêmea; B - Macho. Figura 33 - Casal de Psorocampa denticulata NOTA: A - Fêmea; B - Macho bipectinadas nos machos até o segundo terço e, a partir daí, são filiformes. A envergadura média da fêmea é de 57 mm e, a do macho, de 47 mm. A fêmea põe, em média, 168 ovos, com viabilidade de 81% e período de incubação de sete dias. A lagarta de coloração esverdeada, de porte avantajado já no primeiro estádio, come a folha ao invés de raspá-la, diferindo, neste particular, de quase todas as outras espécies. A fase larval dura 42 dias, possui cinco estádios, cujas lagartas medem 50 mm em seu desenvolvimento máximo. A pré-pupa acontece dentro de casulo de estrutura maleável ao toque, com aparência de torrão. Neste abrigo, pode permanecer em diapausa, por um período de até seis meses, à espera de condições favoráveis de umidade para sua passagem a pupa. A B A B Germi Porto Santos Germi Porto Santos

14 56 Eucalipto Sabulodes caberata caberata Guenée, 1857 (Lepidoptera: Geometridae) Registrada na Argentina, Paraguai e, provavelmente, Uruguai. No Brasil, foi observada em MG, PR, RJ, SC e SP. Os únicos casos concretos registrados como surto em nível epidêmico ocorreram no município de Antônio Dias, MG, no ano de 1978 e Os adultos apresentam asas de coloração geral bege ou amarelo-palha, marcadas por pontuações escuras espalhadas sobre o corpo, e antenas foliformes (Fig. 34). Machos e fêmeas apresentam envergadura média de 42 e 47 mm, respectivamente. A fêmea põe, em média, 440 ovos em agrupamentos ou cachos, com período de incubação de 6,5 a 8,5 dias e viabilidade média de 99%. As lagartas apresentam coloração uniforme castanhoclara ou amarelo-palha. Ao atingirem o último estádio, possuem coloração azulada, com listras longitudinais brancas, bem nítidas. O período larval dura 35 dias, sendo que lagartas que darão origem a fêmeas apresentam seis estádios e aquelas que darão origem a machos, cinco estádios. As pré-crisálidas e crisálidas são encontradas nos esconderijos que as lagartas constroem pela união de duas folhas de eucalipto justapostas ou enroladas e fixadas por fios de seda. As pupas têm duração média de 14 dias com 23 mm de comprimento. Sarsina violascens (Herrich- Schaeffer, 1856) (Lepidoptera: Lymantriidae) Os adultos são conhecidos por mariposa violácea, por causa de sua coloração (Fig. 35). Há registro de ocorrência desta praga no Paraguai e Peru. No Brasil, foi observada nos estados do PA, ES, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Em baixas populações as lagartas são, freqüentemente, encontradas na base do tronco de árvores de Corymbia citriodora. A face superior das asas mesotorácicas é de coloração castanho-pardacentoviolácea. As antenas são pectinadas, tendo coloração castanho-amarela nos dois Figura 34 - Sabulodes caberata caberata FONTE: ESALQ (2004h). Figura 35 - Sarsina violascens sexos. Apresentam envergadura média de 42 mm e 53 mm, respectivamente para machos e fêmeas. As posturas são realizadas sob as folhas, sendo os ovos dispostos em uma camada única, um ao lado do outro, cujo período embrionário dura, em média, oito dias. A duração do período larval é de, aproximadamente, 60 dias. As lagartas apresentam corpo achatado, recoberto em toda sua extensão por grande número de cerdas não urticantes, compridas e de coloração semelhante à do corpo. A pupação dá-se nos troncos do eucalipto e em plantas do sub-bosque, sendo que essa fase dura em torno de dez dias. Stenalcidia grosica Schaus (Lepidoptera, Geometridae) Essa espécie tem sido registrada, com mais freqüência e abundância em povoamentos de eucalipto em várias regiões do Brasil. Em Minas Gerais foi coletada em Três Marias, Montes Claros, Ipatinga, Guanhães e Paraopeba e em outras localidades no estados de SP, ES, PA e AP. Em levantamento populacional de lepidópteros desfolhadores na região de Monte Dou- Evaldo Martins Pires rado (PA e AP), a presença dessa espécie foi marcante, superando em abundância outras pragas com T. arnobia. A fase larval apresenta duração média de 33,5 dias, seis estádios e viabilidade de 82,8%. A pupa mede, respectivamente, para machos e fêmeas 13,5 e 14,5 mm, com duração de 13 dias. Os adultos são semelhantes (Fig. 36), sendo que o dimorfismo mais acentuado está nas antenas bipectinadas dos machos e filiformes das fêmeas e no abdome mais volumoso. A coloração geral das asas é cinza-clara, em forma de mosaico, com nuances para beje. A envergadura de fêmeas e machos foram de 35 e 27 mm, respectivamente. A fêmea oviposita em média 435 ovos com viabilidade de 60%. Figura 36 - Stenalcidia grosica FONTE: ESALQ (2004i). Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae) Ocorre em quase toda a América do Sul e parte da América Central. Foi coletada na Bolívia, Guiana Inglesa, Colômbia, Costa Rica, Guiana Francesa, Panamá, Trinidad, Venezuela e Uruguai. No Brasil, há registros de ocorrência no RS, SC, SP, MG, ES, BA, GO, DF, AM, PA, AP e PE. É considerada a principal lagarta desfolhadora para a eucaliptocultura brasileira. As fêmeas possuem asas de coloração branca com pontuações negras bem esparsas; antenas filiformes e envergadura média de 48,5 mm. Os machos são menores, com coloração castanha variável nas asas anteriores, antenas bipectinadas e envergadura média de 35 mm (Fig. 37). Os ovos

15 Eucalipto 57 Figura 37 - Thyrinteina arnobia NOTA: A - Fêmea; B - Macho. A B Fotos: Evaldo Martins Pires de plantas nativas para os plantios de eucalipto. O ciclo biológico é longo e varia de 16 a 21 meses, sendo a maior parte no interior do solo. são verde-acinzentados e escurecem progressivamente até a coloração preta, quando as lagartas estão prestes a eclodir. A fêmea põe, em média, 752 ovos, com período embrionário de dez dias e viabilidade de 94,7%. As lagartas apresentam seis estádios com duração média de 26,8 dias, chegando a medir 50 mm de comprimento, no final desta fase. Para empupar, a lagarta elabora um casulo rudimentar, cujos fios de seda são presos em uma ou mais folhas do eucalipto ou da vegetação rasteira. Esta fase dura 9,3 dias. Thyrinteina leucoceraea (Lepidoptera: Geometridae) Bastante semelhante à T. arnobia e aos menos atentos é considerada como da mesma espécie. Possui padrão semelhante de coloração das asas e abdome, diferindo apenas pela cor das antenas que são brancas em T. leucoceraea e pretas em T. arnobia. Devido à coloração das antenas, esta espécie é chamada tirinteína-deantena-branca (Fig. 38). As fêmeas são maiores que os machos e possuem antenas filiformes de cor branca. Figura 38 - Thyrinteina leucoceraea NOTA: ESALQ (2004k). Os machos têm a mesma coloração geral, antenas bipectinadas e envergadura média de 33 mm. Os ovos são verde-acinzentados, semelhantes e menores que aqueles de T. arnobia. Cada fêmea põe, em média, 756 ovos, de coloração verde-acinzentada. As características das fases larval e pupal são semelhantes às de T. arnobia. Coleópteros desfolhadores Besouro-carneirinho Naupactus cervinus (Boheman, 1840) (Coleoptera: Curculionidae) Naupactus xanthographus (Germar, 1824) (Coleoptera: Curculionidae) (Fig. 39) Naupactus condecoratus Boheman, 1840 (Coleoptera: Curculionidae) Naupactus rivulosus (Olivier, 1790) (Coleoptera: Curculionidae) Conhecido por besouro-carneirinho, são poucas as referências sobre danos provocados por esses insetos. Os adultos medem de 20 a 25 mm de comprimento, corpo alongado de coloração cinza com franjas amareladas. Durante a primavera e verão, a fêmea oviposita sobre o substrato alimentar. As larvas ao eclodirem penetram no solo, a uma profundidade de cm e passam a alimentar-se de raízes. No Distrito Federal e em Minas Gerais, foram encontrados em caráter endêmico em povoamentos de eucalipto, notadamente em plantios novos. Numa ocorrência verificada em região de Cerrados, constatou-se que os adultos estavam migrando Figura 39 - Naupactus xanthographus FONTE: TrekNature (2007). Bolax flavolineatus (Mannerheim, 1829) (Coleoptera: Scarabaeidae) Conhecido por besouro-pardo, o adulto mede de 11 a 15 mm de comprimento, apresenta coloração marrom-clara e estrias amarelas no sentido longitudinal, ao longo dos élitros (Fig. 40). Possui hábitos noturnos escondendo-se durante o dia em diversos abrigos. Alimentam-se de folhas e ainda não foram registrados danos expressivos dessa espécie na cultura do eucalipto. Figura 40 - Bolax flavolineatus FONTE: ESALQ (2004b). Costalimaita ferruginea vulgata (Lefèvre, 1885) (Coleoptera: Chrysomelidae) É sem dúvida o principal besouro des-

16 58 Eucalipto folhador da eucaliptocultura brasileira, por causa da sua voracidade e potencial biótico (Fig. 41). Conhecido por vaquinha e besouro-amarelo-dos-eucaliptos, ocorre no RN, PA, MA, BA, GO, SP, PR. Em Minas Gerais são freqüentes em regiões de Cerrados. Danificam, principalmente, plantios recentes, para onde os adultos migram de plantas nativas. As larvas desenvolvem-se no solo e alimentam-se de espécies botânicas diferentes daquelas da dieta dos adultos. Os adultos são besouros pequenos, medem em torno de 5-6 mm de comprimento, de coloração pardo-amarelado-brilhante, com a região ventral alaranjada, élitros com 15 a 18 linhas longitudinais com pequenos pontos circulares em relação à extremidade da asa. Alimentam-se de plantas de qualquer idade, deixando as folhas rendilhadas ou perfuradas. Os ataques são mais severos em áreas próximas a canaviais, em razão das larvas desenvolverem-se em raízes de gramíneas. Gorgulho-do-eucalipto Gonipterus scutellatus Gyllenhal, 1833 (Coleoptera: Curculionidae) Gonipterus gibberus (Boisduval, 1835) (Coleoptera: Curculionidae) São espécies originárias da Austrália. Foram introduzidas na Argentina em 1926 e, 30 anos depois, foram encontradas nos eucaliptais do Rio Grande do Sul e em São Paulo. Não tardará e esta praga chegará aos maciços florestais de Minas Gerais e outras regiões produtoras de eucalipto. Conhecidos por gorgulho-do-eucalipto, ocorrem no RS, PR, SC e ES. Essas duas espécies são bastante parecidas e apresentam duas gerações anuais (Fig. 42). Os adultos de G. gibberus medem em torno de mm de comprimento, de cor parda e apresentam uma faixa oblíqua de coloração mais clara em cada élitro. Diferencia-se de G scutellatus por serem menores e com coloração do corpo mais escura e sem as faixas claras. As larvas são vermiformes, de coloração verde com pontos escuros, tubérculos pretos ovais ou esféricos, coin- Figura 41 - Costalimaita ferruginea A Figura 42 - Gorgulho-do-eucalipto FONTE: (A) Institut Européen de la Forêt Cultivée (2005), (B) Pests and Disease Image Library (2007). NOTA: A - Gonipterus scutellatus, B - Gonipterus gibberus cidentes com a distribuição das cerdas no tórax e abdome. As larvas de G. scutellatus apresentam faixas laterais e dorsais verdeescuras ao longo do corpo e medem de mm. Tanto larvas quanto adultos danificam brotos e folhas, deixando-os com aspecto rendilhado. Em condições de população elevada, podem causar sérios prejuízos, em conseqüência de desfolhamentos pesados, principalmente, em plantios novos. Metaxyonycha angusta (Perty, 1832) (Coleoptera: Chrysomelidae) María J. Lombardero Comumente denominado besouroquatro-pintas (Fig. 43), essa espécie vemse destacando nos últimos anos, principalmente, pelo seu potencial de dano em plantas de eucalipto com até um ano de idade. Come os ponteiros tenros e as folhas jovens do terço superior, alterando a tendência normal de crescimento apical das plantas. Nas folhas, os besouros alimentam-se da margem para o centro do limbo, fazendo reentrâncias de largura, aproximadamente, equivalente à de seu corpo. Em alguns casos, eles deixam apenas as nervuras principais. Povoamentos de eucalipto com um ano de idade, atacados por esse besouro, apresentaram redução de incremento em altura e diâmetro, respectivamente, de 16,5% e 13,57%, no terceiro ano. Esse resultado sugere que estudos mais consistentes sejam direcio- B Fotos: Norivaldo dos Anjos

17 Eucalipto 59 nados, considerando-se o potencial de dano desse inseto e a importância da cultura do eucalipto em nosso país. Figura 43 - Metaxyonycha angusta Stenocolaspis quatuordecimcostata Lefréve, 1877 (Coleoptera: Chrysomelidae) Ocorre nos estados do PA, RN, MA, BA, SP, SC e PR. Conhecido por besourode-limeira, os adultos medem de 7-10 mm de comprimento, apresentam corpo de coloração verde-azulado-brilhante, com os élitros apresentando carenas longitudinais com pontuações circulares entre elas (Fig. 44). As larvas vivem no solo e os adultos alimentam-se das folhas do eucalipto, deixando-as com aspecto rendilhado. As ocorrências de danos verificadas em eucalipto não tiveram expressão econômica. Figura 44 - Stenocolaspis quatuordecimcostata INSETOS SUGADORES Psilídeos São insetos pequenos com 1-2 mm de Norivaldo dos Anjos Norivaldo dos Anjos comprimento, semelhantes a pequenas cigarrinhas e de hábito sugador. Os adultos possuem fortes pernas saltadoras, antenas relativamente largas e alimentam-se de seiva das plantas. Apresentam dimorfismo sexual, sendo as fêmeas ligeiramente maiores que os machos. Os danos aos seus hospedeiros podem ser diretos, ao sugarem seiva e ao introduzirem substâncias tóxicas por meio da saliva, ou indiretos, servindo de vetores à transmissão de agentes patogênicos (fungos, bactérias, vírus). Os sintomas são caracterizados por enrolamento e deformação do limbo foliar, formação de galha, envassouramento, secamento do ponteiro, indução do aparecimento de fumagina, provocada pelas secreções eliminadas pelo inseto (honeydew), presença de ninfas e de excrementos semelhantes ao algodão, presença de ovos e adultos. Dentre os psilídeos associados ao eucalipto, os gêneros mais importantes são Cteranytaina, Blastopsylla, Creiis, Eucalyptolyma, Cardiaspina e Glycaspis. As espécies introduzidas no Brasil são Ctenarytaina spatulata, Ctenarytaina eucalypti, Blastopsylla occidentalis e Glycaspis brimblecombei. A primeira ocorrência de psilídeos em eucalipto, no Brasil, foi registrada em Itararé, SP, com a espécie Cteranytaina spatulata. Atualmente, o psilídio-de-concha encontra-se espalhado por todas as regiões produtoras de eucaliptos do Brasil. A ocorrência e o aumento populacional desse grupo de praga são mais intensos nos períodos mais secos do ano. Psilídeo-de-concha - Glycaspis brimblecombei (Moore, 1964) (Hemiptera: Psyllidae) Esse inseto é originário da Austrália e, atualmente, encontra-se disseminado em vários países como Estados Unidos, México e Brasil. Sua primeira ocorrência no País data de 2001, no município de Mogi Guaçu, SP, em clones de eucalipto (urograndis) e, atualmente, encontra-se presente em vários Estados. Essa espécie alimenta-se somente de eucalipto, preferindo brotações e folhas novas e, sua infestação é facilmente reconhecida, por causa da secreção açucarada em forma de concha (Fig. 45) sobre as ninfas, que as protegem contra os possíveis predadores, dificultando o acesso desses ao psilídio. A concha também evita que a ninfa perca água, deixa o ambiente mais úmido, protegendo-a das altas temperaturas. As ninfas apresentam cinco estádios com duração de 16 a 45 dias. No primeiro, a coloração do corpo é amarelo-pálida com duas manchas alaranjadas, bem visíveis, cobrindo grande parte do abdome (Fig. 46). Essa tonalidade não varia muito no decorrer dessa fase e, no quinto estádio, apresenta tons que vão do amarelo-pálido ao amareloescuro, do esverdeado ao marrom-claro, com manchas verdes, alaranjadas e marrons. O abdome e os primórdios das asas são de coloração escura. As fêmeas são, ligeiramente, maiores do que os machos, medindo entre 2,5 e 3,1 mm de comprimento (Fig. 47). A postura é realizada na folha e os ovos são de coloração amareloalaranjado-brilhante e de formato oval. São postos em linha, agrupados ou individualizados. A fêmea pode ovipositar de Figura 45 - Conchas de Glycaspis brimblecombei FONTE: Favaro (2006). Figura 46 - Ninfa de Glycaspisis brimblecombei FONTE: Favaro (2006).

18 60 Eucalipto Figura 47 - Glycaspis brimblecombei NOTA: A - Macho; B - Fêmea. A B 45 a 700 ovos, presos com auxílio de um pedicelo à superfície da folha. O período embrionário varia de 10 a 20 dias. Os danos causados caracterizam-se pela queda das folhas, secamento de ponteiros de plantas dominantes e mortalidade de plantas dominadas e podem ser de grande proporção, constatando-se mortalidade de 15% de plantas no primeiro ano e até 40% no segundo, se não forem realizados métodos de controle. Após a primeira detecção no Brasil, árvores que inicialmente apresentavam algumas conchas brancas, estavam com secamento de ponteiros e desfolha entre 20% e 30%. Árvores dominadas apresentavam desfolha de 100%, sem possibilidade de recuperação. Observações sobre interação planta/inseto mostraram que Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus tereticornis foram consideradas espécies altamente suscetíveis e Eucalyptus grandis, espécie tolerante a essa praga. Como medida de controle, não se recomendam os inseticidas de contato, pois as ninfas têm pouca mobilidade e estão protegidas pelas conchas, sendo os inseticidas sistêmicos, os mais recomendados, entre eles acetamiprid e acefato, mas com o agravante de custos elevados e de serem impactantes ao meio ambiente e ao homem. No Brasil são registrados alguns inimigos naturais com potencial para o controle biológico. Os predadores: Olla v-nigrum (Coleoptera: Coccinellidae), Cycloneda sanguinea (Coleoptera: Fotos: Francisco Santana Coccinellidae), Eriopsis connexa (Coleoptera: Coccinellidae), Harmonia axyridis (Coleoptera: Coccinellidae), Hyppodamia convergens (Coleoptera: Coccinellidae), Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) e Ocyptamus sp. (Diptera: Syrphidae); o parasitóide Psyllaephagus bliteus (Hymenoptera: Encyrtidae) (Fig. 48), além de aranhas e fungos entomopatogênicos. Pesquisas sobre P. bliteus estão sendo desenvolvidas com a criação e liberação de indivíduos para o controle dessa praga em plantios de eucalipto. Este parasitóide pode proporcionar um controle de até 80% e, com outros inimigos naturais como aranhas, crisopídeos, joaninhas, larvas de sifídeos, percevejos predadores e fungos entomopatogênicos, um manejo integrado eficaz. Figura 48 - Adulto de Psyllaephagus bliteus parasitando ninfas de G. brimblecombei FONTE: University of California (2007). Ctenarytaina spatulata Taylor, 1997 (Hemiptera: Psyllidae) Esta espécie é originária do sudeste da Austrália, tendo sido introduzida na Nova Zelândia, Estados Unidos (Califórnia) e Uruguai. No Brasil, o gênero Ctenarytaina foi observado pela primeira vez em 1994, em plantações de Eucalyptus grandis, no município de Arapoti, PR. Machos e fêmeas são semelhantes, diferenciados pela terminália e pelo tamanho, levemente menor dos machos (Fig. 49). Imediatamente após a emergência, apre- Figura 49 - Ctenarytaina spatulata FONTE: Santana e Zanol (2006). NOTA: A - Macho; B - Fêmea. sentam coloração amarelo-clara, com asas transparentes e esbranquiçadas. Logo depois, começam a escurecer passando para a tonalidade alaranjada, com pequenas manchas marrons no tórax e no abdome, com formato de faixas, dando um aspecto listrado. A longevidade máxima de adultos observada foi de 20 dias. As ninfas caracterizamse por colônias que chegam a mais de 100 indivíduos numa mesma brotação, sendo comum encontrarem-se juntos, ovos, ninfas de vários estádios e adultos. Em todos os estádios, as ninfas permanecem a maior parte do tempo imóveis, com o estilete inserido na planta e, quando se movimentam, o fazem com lentidão e sempre acompanhando o crescimento da planta, ou seja, à medida que a planta emite novas brotações, as ninfas se dirigem a elas. As ninfas de primeiro estádio apresentam o corpo totalmente amarelo, exceto pelos pequenos olhos vermelhos, pelos ápices das antenas e tíbia-tarsos que são marrons. Movimentam-se lentamente, instalam-se nos primórdios foliares, ainda fechados, e começam a expelir o honeydew, que se espalha pelas brotações e folhas novas. Ninfas de quinto estádio apresentam uma variação muito grande na intensidade da coloração, encontrando espécimens com coloração amarela até marrom-escura, quase preta, próximos à emergência do adulto. O período ninfal dura, em média, 32 dias. Os ovos são elípticos, afilados na extremidade superior, em forma de gota. Possuem um A B

19 Eucalipto 61 pedúnculo hialino, curto, fino e pouco perceptível, que sai da parte inferior lateral do ovo que fica inserido na planta. Inicialmente, são brancos leitosos, tornando-se amarelos, quando da eclosão das ninfas. São colocados na axila dos primórdios foliares, nas pontas das brotações ainda fechadas, com o pedicelo inserido na planta. São depositados, isolados ou em grupos de até 35, sendo que uma fêmea pode ovipositar, em média, dez ovos por dia, num total de 160, com período de incubação de sete dias. Ctenarytaina eucalypt (Maskell, 1890) (Hemiptera: Psyllidae) É originária de uma região compreendida entre a Austrália e a Tasmânia, associada somente ao gênero Eucalyptus e encontra-se disseminada em quase todo o mundo, onde existem seus hospedeiros. É uma das mais destacadas espécies do gênero, por sua importância econômica relativa a danos em alguns hospedeiros. Sua primeira ocorrência no Brasil foi relatada em 1999, em mudas de Eucalyptus dunnii, no município de Colombo, PR. Foram observados danos estéticos e funcionais, tais como: deformações do limbo foliar e caule, retardamento no crescimento, morte da gema apical, superbrotamento lateral e perda de mudas ou de seu valor comercial. No mesmo local, mudas de E. grandis e plantios de E. deanei e E. viminalis não foram infestados pela praga, enquanto que, na mesma ocasião, esta praga foi detectada em brotações de E. nitens e E. bicostata, no campo. Os adultos de C. eucalypti medem de 1,5 mm a 2 mm de comprimento, geralmente a coloração do corpo é marrom-amarelada, com faixas transversais mais escuras nas faces superior e inferior do abdome (Fig. 50). As ninfas passam por cinco estádios e, nos primeiros, são de coloração amarelo-palha e, nos últimos, de coloração amarelada, com manchas escuras. As fêmeas colocam de 20 a 100 ovos, normalmente, em grupos sobre brotações em mudas no viveiro ou em árvores jovens. Os ovos podem ser colocados, também, em pequenas fendas entre o broto e o pecíolo. Várias fêmeas podem fazer posturas em uma única massa de ovos. No verão, o período de incubação dura em torno de uma semana e, em períodos frios, a eclosão é retardada. Os ovos podem permanecer em dormência durante o inverno e eclodir quando a temperatura começa a aumentar, no início da primavera. Tem sido observada a ocorrência de todos os estádios do ciclo biológico, numa mesma população, durante todo o ano. Diante da grande capacidade adaptativa do inseto, no que se refere à tolerância às condições climáticas (amplitude térmica e precipitações pluviométricas), este apresenta potencial para se estabelecer em todas as regiões do Brasil. Figura 50 - Ctenarytaina eucalypt São citados diversos inimigos naturais dessa praga dentre eles, Syrphoctonus abdominator (Brig.) (Hymenoptera: Icheneumonidae); Haematopota ocilligera Krob., (Diptera: Tabanidae); Shaerophoria secripta L. Melliscaeva cintectellus Zett., Pipizella sp. e Eumerus sp. (Diptera: Syrphidae); Bradysia sp. (Diptera: Sciaridae), em Portugal e na Espanha, C. eucalypti é predada por sirfídeos. No Chile, a liberação do parasitóide Psyllaephagus pilosus Noyes (Hymenoptera: Encyrtidae) apresentou eficiência acima de 80% de parasitismo em C. eucalypt. Blastopsylla occidentalis Taylor, 1985 (Hemiptera: Psyllidae) É originária da Austrália e, além do Brasil, foi registrada no México, Estados Unidos, Havaí e Nova Zelândia. Sua biologia é pouco conhecida. Os adultos possuem coloração amarelo-esverdeada, vertex qua- Dalva Luiz Queiroz Santana drangular, margeado de marrom-escuro, genas curtas, não tem fileira de pêlos na mesotíbia (Fig. 51). São citados como principais hospedeiros as espécies E. grandis, E. urophyla, E. camaldulensis e E. globulus. Figura 51 - Adulto de Blastopsylla occidentalis FONTE: Halbert et al. (2003). Microvespas Existe um grande número de espécies de microvespas, a maioria originária da Austrália. Estão disseminadas em vários países do mundo. Muitas dessas espécies têm como hospedeiros específicos, plantas do gênero Eucalyptus. Microvespa-do-citriodora Epichrysocharis burwelii Schauff, 2000 (Hymenoptera: Eulophidae Esse inseto é originário da Austrália e considerado uma das mais novas pragas florestais no Brasil. Acredita-se que tenha sido introduzida, no País, em Em 2003, foi encontrada em Minas Gerais, atacando povoamento de Corymbia citriodora, destinado à produção de óleos essenciais. Esta praga já foi detectada em outros Estados das Regiões Sudeste e Sul do Brasil. Os adultos possuem envergadura de 0,9-1,4 mm, com coloração marrom-escura e nuanças para marrom-amareladas. As asas anteriores são translúcidas, franjadas, com comprimento duas vezes ao da largura. Asas posteriores translúcidas, claramente estreitas, com o comprimento Raymond Gill

20 62 Eucalipto quatro vezes ao da largura. A larva desenvolve-se internamente na folha, possui formato arredondado e coloração amareloclara, formando o cecídio, que tem a mesma coloração da folha, com ápice amareloclaro, circundado por anel arroxeado (Fig. 52). As posturas são realizadas das 9 às 17 horas, sendo a oviposição inserida sob a epiderme da folha nova, tenra e de cor avermelhada. O ovo apresenta córion pouco espesso, de coloração esbranquiçada, com maior largura, respectivamente, de 80,2 ± 0,06 µm e 28,0 ± 0,75 µm. O ataque desse inseto não interfere na qualidade do óleo produzido, mas é significante sua ação na produtividade, constatando-se perda em torno de 50% em plantas atacadas. Por essa razão, já está incluído no grupo das pragas importantes da cultura de C. citriodora, devendo, portanto, ser considerado no manejo integrado de pragas florestais de eucalipto no Brasil. Não se registrou, ainda, nenhum inimigo natural dessa praga, o que justifica sua rápida dispersão por várias regiões do Brasil. Leptocybe invasa Fisher & LaSalle, (Hymenoptera: Eulophidae) Essa espécie é, provavelmente, originária da Austrália e com registro em vários países do mundo em E. camaldulensis, E. globulus, E. gunii, E. grandis, some E. grandis E. camaldulensis, E. botryoides, E. saligna, E. robusta, E. bridgesiana, E. viminalis and E. tereticornis. O adulto é uma pequena vespa de 1,2 mm de comprimento. Apresenta a cabeça e o corpo com coloração marrom, com variação até azul-metálico (Fig. 53). A fase ninfal possui cinco estádios. Os ovos são inseridos na superfície adaxial das folhas novas do eucalipto ou em ambos os lados do pecíolo da folha e no parênquina de brotos. Figura 52 - Epichrysocharis burwelii e cecídeo na folha FONTE: Anjos e Zacaro (2005). Figura 53 - Leptocybe invasa FONTE: Forestry and Agricultural Biotechnology Institute (2007). e Nova Zelândia e tem o eucalipto como hospedeiro específico. Seus danos caracterizam-se por nódulos em ambas as superfícies das folhas, por causa da oviposição, e sua ação é marcante em plantas, no viveiro. Ophelinus sp.- (Hymenoptera: Eulophidae) Espécies desse gênero são microvespas originárias da Austrália e Nova Zelândia. É específico do eucalipto. Seus danos caracterizam-se por formação de galhas em ambas as superfícies das folhas, por causa da oviposição, sendo marcante em plantas, no viveiro. Zvi Mendel php?option=com_content&task=view&id=15& Itemid=29>. Acesso em: set ; ZACARO, A.A. Microvespa Epichrysocharis burwelii Schauff (Hymenoptera: Eulophidae): novíssima praga florestal no Brasil. Manejo Integrado de Plagas y Agroecología, Turrialba, n.75, p.90-92, BARK AND WOOD BORING BEETLES OF THE WORLD. Xyleborus affinis Eichloff Disponível em: < barkbeetles.org/ browse/subject. cfm?sub=12135>. Acesso em: set BECKMANN, P. Living jewels evolutionary design photography: photographs Lampetis plagiata Disponível em: < living-jewels.com/psiloptera_plagate. htm>. Acesso em: set CANADIAN BIODIVERSITY INFORMATION FACILITY. Images of selected species: Agrotis % Bipsilon Disponível em: < image_e.php?image%5b%5d= jpg%2c Agrotis%2 Bipsilon>. Acesso em: set ENATURE. Nothern mole cricket Gryllotalpa hexadactyla. Washington, Disponível em: < detail.asp?recnum=is0078>. Acesso em: set Ophelinus hawaiiensis - (Hymenoptera: Eulophidae) É um inseto originário da Austrália REFERÊNCIAS ANJOS, N. dos. Besouros desfolhadores. Viçosa: UFV, [2007]. Disponível em: < ESALQ. Museu de Entomologia. Atta laevigata, Atta sexdens. Piracicaba, 2004a. Disponível em: < nc.php>. Acesso em: set

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