SIMPLIFICANDO O NOVO MARCO REGULATORIO DO TERCEIRO SETOR MROSC
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- Célia Mirella Medina Santos
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1 SIMPLIFICANDO O NOVO MARCO REGULATORIO DO TERCEIRO SETOR MROSC
2 DO QUE TRATA O MROSC? Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; Define diretrizes para a política de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil; e Altera as leis: 8429/92 (Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências) 9790/99 (Lei das OSCIPs) /14 alterada pela lei /15 regulamentada pelo decreto 8726/16
3 VIGÊNCIA DA LEI Municípios = 1 o de janeiro de 2017,com exceção dos municípios que por ato administrativo local definirem a vigência automática. Estados = Federal =
4 QUEM O MROSC CONSIDERA COMO OSC? Associações/fundações entidades privadas sem fins lucrativos que não distribua entre seus associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva.
5 QUEM O MROSC CONSIDERA COMO OSC? Sociedades cooperativas integradas por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por programas e ações de combate à pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas para o fomento, educação e capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural; e as capacitadas para execução de atividades ou projetos de interesse público e de cunho social; e as denominadas Cooperativas Sociais (lei 9867/99) que tenham como finalidade inserir as pessoas em desvantagem no mercado econômico, por meio do trabalho, fundamentamse no interesse geral da comunidade em promover a pessoa humana e a integração social dos cidadãos.
6 QUEM O MROSC CONSIDERA COMO OSC? Organizações Religiosas - Que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse público e de cunho social.
7 COMO AS OSCS VÃO SE RELACIONAR COM O PODER PUBLICO? Os relacionamentos se darão através de: Termo de fomento Termo de colaboração Acordo de cooperação
8 TERMO DE FOMENTO E TERMO DE COLABORAÇÃO Ambos são instrumentos por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com as organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público mediante a transferência de recursos financeiros, com a diferença que o termo de colaboração advém de proposta da administração pública enquanto o termo de fomento é proposto pelas organizações da sociedade civil.
9 ACORDO DE COLABORAÇÃO É o instrumento pelo qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e que não envolvam a transferência de recursos financeiros.
10 REQUISITOS PARA CELEBRAÇÃO DE TERMO DE COOLABORAÇÃO OU FOMENTO Dentre os demais requisitos estabelecidos pela lei, as organizações da sociedade civil deverão comprovar, por meio de documentação emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica CNPJ, no mínimo, um ano de existência para atuação em âmbito municipal, dois anos para relações com o Estado e três anos com a União. Poderá ser admitida a redução desses prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma organização atingi-los.
11 O QUE MUDA NO ESTATUTO SOCIAL? Expressar nas finalidades estatutárias a relevância pública e social; Expressar a forma de aplicação do superávit/sobras sendo possível aplicação imediata,ou criação de fundo patrimonial e/ou fundo de reserva; Expressar vedação da participação em campanhas de interesse político-partidário ou eleitorais, sob quaisquer meios ou formas
12 FINALIDADES POSSIVEIS PARA UMA OSC Promoção da assistência social; Promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; Promoção da educação; Promoção da saúde; Promoção da segurança alimentar e nutricional; Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; Promoção do voluntariado; Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
13 FINALIDADES POSSIVEIS PARA UMA OSC Experimentação não lucrativa, de novos modelos sócio produtivos e de sistemas alternativos de produção, comercio, emprego e credito; Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; Organizações religiosas que se dediquem a atividades de interesse público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos; Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos.
14 O QUE DEVE CONSTAR SOBRE EXTINÇÃO DA OSC NO ESTATUTO SOCIAL? Em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos da lei /14 e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta.
15 SE FOR QUALIFICADA DE OSCIP Em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos da lei /14 cumulativamente a lei 9790/99 e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta.
16 BENEFÍCIOS DO MROSC Receber doações de empresas, até o limite de 2% de sua receita bruta; Receber bens móveis considerados irrecuperáveis, apreendidos, abandonados ou disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita Federal; Distribuir ou prometer distribuir prêmios, mediante sorteios, vale-brindes, concursos ou operações assemelhadas, com o intuito de arrecadar recursos adicionais destinados à sua manutenção ou custeio.
17 LEI DA UTILIDADE PUBLICA A Lei nº /2015 revogou a lei n o 91/1935 que determinava as regras para as entidades privadas sem fins lucrativos serem declaradas de utilidade pública federal. Dessa forma, o Ministério da Justiça não concederá mais o título de UPF, bem como renovará. Assim as entidades não estão mais obrigadas a prestar contas anualmente no CNES.
18 EFEITOS TRIBUTÁRIOS DA EXTINÇÃO DO TÍTULO DE UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL A Lei 9249/95 (legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido) também sofreu alterações. Para receber doações até o limite de dois por cento do lucro operacional da pessoa jurídica, a entidade beneficiária deverá ser OSC, bem como cumprir os requisitos previstos nos artigos 3º e 16 da Lei no 9.790/99 (OSCIP), independentemente de certificação. Isto significa que as organizações da sociedade civil devem ter em suas finalidades uma das atividades arroladas no artigo 3º da lei que trata das OSCIPs e não participarem de campanhas de interesse político-partidário ou eleitorais, sob quaisquer meios ou formas.
19 O QUE MUDA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCICIO FISCAL? No encerramento do exercício fiscal, as entidades privadas sem fins lucrativos deverão aprovar em assembléia geral a destinação do superávit mediante a aplicação imediata nas finalidades ou criação do fundo patrimonial ou de reserva que poderá ser normatizado por regimento interno.
20 MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL Foi instituído o Procedimento de Manifestação de Interesse Social como instrumento por meio do qual as organizações da sociedade civil, movimentos sociais e cidadãos poderão apresentar propostas ao poder público para que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando a celebração de parceria.
21 CHAMAMENTO PÚBLICO É o procedimento destinado a selecionar organização da sociedade civil para firmar parceria por meio de termo de colaboração ou de fomento, no qual se garanta a observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. A administração pública deverá adotar procedimentos claros, objetivos e simplificados que orientem os interessados e facilitem o acesso direto aos seus órgãos e instâncias decisórias, independentemente da modalidade de parceria prevista nesta Lei.
22 ATUAÇÃO EM REDE Outra novidade que a lei introduziu foi a possibilidade de atuação em rede, por duas ou mais organizações da sociedade civil, desde que a organização signatária do termo de fomento ou de colaboração tenha mais de cinco anos de inscrição no CNPJ e capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientar diretamente a atuação da organização que com ela estiver atuando em rede.
23 O QUE MUDA NA PRÁTICA PARA AS OSCIPs Alterou o artigo 1º da lei 9790/99, incluindo como requisito para as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos qualificarem-se como OSCIP a condição de que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos. Incluiu no artigo 3º como finalidade, os estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte.
24 FUNCIONÁRIO PUBLICO NA DIRETORIA DA OSCIP Outra alteração relevante foi a possibilidade de servidores públicos participarem da composição de conselho ou diretoria. ATENÇÃO: Fica impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria a OSC que tenha como dirigente membro do Poder (não são considerados membros do Poder os integrantes de conselhos de direitos e de políticas públicas) ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de colaboração ou fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau.
25 PRESTAÇÃO DE CONTAS Quando a prestação de contas for avaliada como irregular, após exaurida a fase recursal, se mantida a decisão, a OSC poderá solicitar autorização para que o ressarcimento ao erário seja promovido por meio de ações compensatórias de interesse público, mediante a apresentação de novo plano de trabalho, conforme o objeto descrito no termo de colaboração ou de fomento e a área de atuação da organização, cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho original, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição integral dos recursos.
26 UMA OSC PODE FUNCIONAR NA RESIDENCIA DO SEU REPRESENTANTE LEGAL? Art. 34, VII - Para a celebração das parcerias previstas no MROSC, as OSCs deverão apresentar comprovação de que funcionam no endereço por ela declarado. Quando as atividades para as quais a entidade for constituída acontecerem de fato na residência do representante legal, ou ainda se for uma sede administrativa e as atividades acontecem nas dependências de parceiros, será necessário que tais parceiros declarem essa atuação. Ex.: entidade que atua com crianças dentro de escolas ou hospitais.
27 DUVIDAS POR FAVOR ENCAMINHAR PARA Abraços Dra. Paula Mello Leila Novak
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