Relatório da 2ª Reunião Ordinária do Conselho de Órgãos Fazendários Municipais de Santa Catarina CONFAZ-M/SC
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- Maria Vitória Casado Lancastre
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1 Relatório da 2ª Reunião Ordinária do Conselho de Órgãos Fazendários Municipais de Santa Catarina CONFAZ-M/SC Data: 30 de Setembro de Local: Sede da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis - GRANFPOLIS. Deliberações: Consoante o Edital de Convocação Nº 02/ CONFAZ-M/SC, sob a presidência da Senhora Maria Angélica Faggiani, Secretaria de Municipal da Fazenda e Administração do Município de Timbó/SC, reuniram-se, nas dependências da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis - GRANFOPOLIS, à Rua Cândido Ramos, 250, Bairro Capoeiras, Florianópolis/SC, no dia 30 de setembro de 2014, com início às 9h, os integrantes do Conselho de Órgãos Fazendários Municipais de Santa Catarina CONFAZ-M/SC. A presidente em exercício do CONFAZ-M, Maria Angélica Faggiani e a consultora tributária da FECAM, Karine Gomes deram início à reunião seguindo a pauta estabelecida no edital de convocação: 1. Eleição da nova diretoria: Sob a direção da Karine Gomes, Consultora Tributária da Federação Catarinense de Municípios FECAM e Alexandre Alves, Diretor Executivo da Federação Catarinense de Municípios FECAM, deu-se início a escolha da nova diretoria para o período 2014/2015. Por aclamação dentre os presentes, conforme Lista de Presença assinada por todos, a senhora Maria Angélica Faggiani, Secretaria de Municipal da Fazenda e Administração do Município de Timbó/SC e representante da AMMVI, que interinamente exercia o cargo de presidente, haja vista a renuncia do então presidente, por aclamação foi reconduzida ao cargo. Na sequência, de igual forma, foram proclamados 1º vice-presidente o senhor Carlos Henrique Lima, representante da AMUNESC, 2º vice-presidente Neudi Antônio Paludo, 1º Secretário senhor Cide Rubian Bittencourt e 2º Karine Gomes, coadjuvada pelo assessor jurídico da FECAM, advogado Diogo Gustavo Beppler.
2 2. Apresentação sobre os procedimentos adotados pelo município de Lages quanto ao pagamento do Seguro de Acidente de Trabalho - SAT pela atividade preponderante (alteração da alíquota de 2% para 1% - vide comunicado FECAM nº 15/2010): Registrada a ausência do senhor Mateus Lunardi, Secretário Municipal da Fazenda do aludido município, a apresentação não ocorreu. Os conselheiros comentaram o fato de que têm surgido várias empresas prestadoras de serviços oferecendo e prometendo a obtenção de redução de alíquota relativa ao Seguro de Acidente de Trabalho SAT, para tanto se recomenda muita atenção e cuidado por parte das Administrações Municipais quanto a tais ofertas e deliberaram que para a próxima reunião será convidado o Contador da FECAM, coordenador do Colegiado de Contadores e Controladores, Rodrigo Guesser para explanar sobre o assunto. 12. Discussão sobre a avaliação e depreciação do patrimônio na nova contabilidade pública (Incluído por Maria Angélica Faggiani): O Diretor Executivo da FECAM, Alexandre Alves comentou sobre como proceder a reavaliação do patrimônio público, na depreciação dos seus imóveis é possível usar a Planta de Valores do município em relação ao campo imobiliário, ou próprio sistema utilizado pela Receita Federal do Brasil, mas sobre a questão ainda persiste várias dúvidas e indefinições, o ideal nesses casos é aguardar melhores definições. Quanto ao novo Plano de Contas de Contabilidade, já em vigor, tem que ser seguido para 2015, tanto no caso do lançamento do IPTU no início do ano, como da Dívida Ativa, já o ISS tem que ser lançado por estimativa. Outra situação, ainda dentro do âmbito tributário, que foi citada, foram as isenções previstas em relação a determinados tributos, os valores resultantes dessa conta devem ser igualmente contabilizados. Outro ponto abordado foi os Projetos de Regularização de Obras nos municípios, foram citados exemplos dos municípios de Itajaí que pagaram gratificação para os servidores fazerem este trabalho e Timbó, que tem equipe própria constituída, foi sugerido que os municípios investissem na licença CRECI para pelo menos um funcionário efetivo, outro profissional habilitado, segundo levantado pelos conselheiros, seria o engenheiro, que por sua formação se entende que poderia também desempenhar a função de avaliador de imóveis, ou ao menos, atuar junto a uma comissão de avaliadores. 8. Discussão sobre Termo de Ajuste de Conduta TAC com relação à Lei da Transparência e a lei de Acesso à Informação, proposto pelo Ministério Público aos municípios: 2
3 A maioria dos municípios não tem condições de dar cumprimento ao que foi assumido no termo firmado com MP. O Diretor Executivo da FECAM, Alexandre Alves, relatou que o texto do TAC já foi revisado e reeditado pela FECAM juntamente com o Promotor de Justiça Dr. Davi do Espirito Santo, e orienta aos municípios que já assinaram que procurem as promotorias que os atendem para assinar a nova versão, uma das principais mudanças é a não exigência das digitalizações dos processos licitatórios, pois esta situação estava gerando ônus para os municípios, com a implantação cada vez mais acelerada da tecnologia a tendência é que os processos nasçam digitais em breve, o contraditório é que conforme relatado no conselho o Tributal de Contas de SC em suas fiscalizações exige os documentos físico. Durante a discussão deste tópico foi questionado o projeto Saúde Fiscal, foi informado aos conselheiros que nos próximos dias a FECAM e o CONFAZ-M/SC, representado pela Presidente, estariam se reunindo com o MP para atualização do andamento do programa. Foi ressaltado que o próprio MP tem se proposto a uma aproximação com a intenção de informar e conscientizar os prefeitos sobre suas obrigações e responsabilidades ante aos seus munícipes, isso não representa um acomodamento, cada promotor age por si só, tem autonomia e a qualquer momento poderá agir com maior rigor, lembrando que em maio de 2015 ocorrerá a mudança dos promotores coordenadores regionais e da própria Procuradoria-Geral de Justiça, o que poderá também representar mudanças de posturas. Por fim o conselheiro Rubens relatou que há oito anos envia as Certidões de Dívida Ativa de ISS de Blumenau para a promotoria e somente de 10% a 20% dos casos são apurados, ficou deliberado que a FECAM irá enviar a minuta do novo texto do referido TAC para apreciação dos conselheiros. 7. Apresentação por parte do Sr. Gilsoni Albino, Diretor do CIGA e discussão sobre a integração das Notas Fiscais de Serviço Eletrônicas fora do local da prestação: O Sr. Gilsoni Albino, Diretor do CIGA apresentou a nova ferramenta desenvolvida pelo consórcio para emissão de nota fiscal de serviço para empresas do simples nacional, ficando a base de dados arquivada na mesma aplicação (Sistema do Simples Nacional desenvolvido pelo CIGA), sendo possível a consulta por outros municípios, assim atendendo ao anseio da integração das Notas Fiscais de Serviço Eletrônicas fora do local da prestação, o sistema ainda está em testes, o município piloto é Fraiburgo. Foi sugerido pelo mesmo que a presidente, Maria Angélica, conseguisse mobilizar quatro, ou mais, municípios da AMMVI para testar em grupo o sistema, também informou a todos que o CIGA e a FECAM receberam uma visita do Comitê Gestor do Simples Nacional, onde também estava presente a presidente do CONFAZ-M/SC, relatou que a 3
4 aproximação dos mesmos é muito importante para os projetos desenvolvidos em SC, o intuito da visita foi conhecer o sistema de gestão do Simples Nacional desenvolvido pelo CIGA. 6. Discussão sobre as alterações da legislação do Simples nacional na Lei Complementar nº 147/2014, seus impactos e consequências: Quanto à discussão sobre este tema, ficou deliberado por unanimidade que o assunto será dividido em partes para discussão nas próximas reuniões, devido ao extensivo teor da matéria, as partes sugeridas foram: 1 abertura/alteração/baixa de ME, EPP e MEI, 2 Introdução de novas atividades de serviços no SN e 3 Licitações. Neste momento foi levantado o assunto dos parcelamentos do SN, paira muitas dúvidas sobre eles. 13. Discussão sobre o parcelamento do Simples Nacional (Incluída por Rubens Menslin): O conselheiro Rubens Menslin justificou que incluiu este assunto na pauta por identificar injustiças quanto ao recolhimento mínimo proposto pela Receita Federal para parcelamentos do Simples Nacional, após debate sobre o assunto o conselho deliberou que deve ser enviado um ofício para o escritório do Simples Nacional de Curitiba, solicitando esclarecimentos do procedimento de conferência dos repasses dos valores creditados aos municípios provenientes dos parcelamentos ainda não consolidados e também foi proposto que o conselho estude uma parcela mínima proporcional ao total do devedor, para depois se manifestar junto ao CGSN. 11. Contribuição Previdenciária Patronal CPP INCIDENTE SOBRE O TOMADOR DE SERVIÇOS de Microempreendedores individuais MEI (Incluído por Ricardo Dragoni): O Assessor Jurídico da FECAM, Dr. Diogo Beppler informou que esta matéria era tema do comunicado da FECAM nº 32/2014, e que após a Lei 147/2014 foi reeditada no Comunicado FECAM nº 33/ Discussão sobre a falta de padronização nas fiscalizações de funcionamento efetuadas pelos quarteis do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina: A morosidade, empecilhos, falta de padronização, falta de efetivo e demais situações foram abordadas pelos membros, situações citadas pela Presidente no município de Timbó são as mesmas situações que ocorreram em Rio do Sul e demais municípios também citados no debate entre os conselheiros, onde o atraso para deferimento do alvará de funcionamento está unicamente relacionado à demora do CBM em liberar seu atestado de funcionamento, as 4
5 exigências imposta pelos Bombeiros a empresas que pretende se estabelecer, na maioria das vezes tornam-se morosas, dispendiosas, causam incertezas e prejuízos, haja vista os dispêndios já realizados na estruturação física do espaço a ser utilizado. Essas dissonâncias de procedimento na fiscalização ocorrem basicamente no Estado todo. Já na esfera municipal, é sabido que no decurso da existência de uma empresa, o município só pode expedir o Alvará de Funcionamento após todos os demais pertinentes à atividade pretendida pela empresa, e finalizando o debate, por unanimidade os conselheiros deliberam no sentido de adotar uma estratégia de pressionar políticos tais como os deputados e diretamente o governador, envolvendo o Diretor de Articulação Institucional da FECAM, Celso Vedana, com o intuito de mudar a Lei que rege a atuação do Corpo de Bombeiro, tal como a que lhes atribuiu o Poder de Polícia Administrativa Fiscal, ficando como segunda opção o município legislar sobre a desvinculação das licenças do CBM e do município. 3. Discussão sobre a criação de um CNAE Fiscal para ser adotado pelos municípios de SC e discussão sobre a padronização por CNAE de legislações pertinentes à liberação de licenças de funcionamento (Resolução CONSEMA nº 13 de 21/12/2012 e Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina): Karine relatou que vem desenvolvendo um projeto de subclassificação do CNAE, a princípio com o intuito de correlacionar à lista de serviços da Lei 116/2003, porém recentemente em conversa com a equipe do município de Jaraguá do Sul, identificou que este trabalho poderia avançar no sentido de se especificar as atividades para fins também de licenciamento, assim nascendo a possibilidade de um CNAE Fiscal, neste trabalho também estão envolvidos o Diretor de Tributos do município de Lages, Jorge Diener, e a equipe de Jaraguá do Sul, Karine também informou aos conselheiros que está em andamento a confecção da padronização por CNAE e por grau de risco, as licenças do Meio Ambiente, conforme a Resolução CONSEMA nº 13 de 21/12/2012 e as licenças da Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina. Conselheiro Luciano da AMOSC relatou que o município de Chapecó vem fazendo um trabalho semelhante e o mesmo irá entrar em contato com este município para participar deste trabalho. 5. Diretrizes do Grupo de Trabalho Técnico - GT que foi criado para formatar um manual de boas práticas municipais na abertura de empresas: 5
6 A princípio este grupo foi criado para discussões acerca de boas práticas para abertura de empresas, porém ficou deliberado que o mesmo terá suas atividades ampliadas para todas as discussões que o conselho determinar pertinente. 9. Discussão sobre o amparo legal na isenção ou redução de alíquota de IPTU em áreas de APP sem edificação irregular (Incluído por Neudi Antônio Paludo): Sobre este tópico foram relatados exemplos de alguns municípios, disse o conselheiro Rubens, Secretário de Finanças de Rio do Sul/SC, que no seu município as Áreas de Preservação Permanente - APP são isentas, porém, é exigida do proprietário a apresentação de estudos (planta) realizados por profissional habilitado delimitando a área, outros municípios cobram de forma integral, o conselho deliberou a solicitação de parecer jurídico da FECAM quanto ao tema. 10. Discussão sobre o tratamento a ser dado numa possível expansão da zona urbana em áreas rurais com metragem inferior ao que prevê o cadastro no INCRA, com relação ao lançamento de IPTU mesmo sem dois dos cincos melhoramentos executados ou mantidos pelo município conforme prevê o 1º do Art. 32 do CTN (Incluído por Neudi Antônio Paludo): Quanto ao tema abordado, sendo a legislação federal clara, precisa existir duas das cinco situações consolidadas (I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.). Durante o debate concluiu-se que não é possível fazer o lançamento de IPTU sem o cumprimento das exigências, porém existem exigências como os incisos III e V que são de fácil cumprimento, assim viabilizando a ampliação da zona urbana e lançamento do IPTU. 14. Assuntos diversos: Contribuição de Melhorias De uma forma geral o grupo abordou a necessidade de legislação para cobrança da Contribuição de Melhorias com base na valorização do imóvel, seus procedimentos na prática como editais, 6
7 leis individuais por obra ou conjunto de obras e formulas para facilitar o calculo. Discutiu-se acerca da veracidade do calculo e concluiu-se que esta questão está distante de um calculo pacificado, pois os atuais apresentados visam ficar em acordo com a legislação, porém deixam a desejar quanto ao fator justiça na divisão da cobrança. Enquanto não houver uma legislação regulamentadora para esta cobrança, o importante é que cada município consiga em sua legislação municipal cobrar comprovadamente baseado na valorização do imóvel, para que não tenha insucesso nas ações judiciais. Karine colocou à disposição uma minuta e fórmula de calculo para a cobrança NOTA FISCAL ELETRÔNICA CONJUGADA Brevemente discutiu-se sobre o tema, o Sr. Jorge de Lages sugeriu que o município tivesse mais autonomia nesta ferramenta, como impor limites para a parte do serviço, que hoje é liberada sem critério na aplicação, por este motivo o município de Lages proibiu o se uso por parte das empresas; TRAF Lei do estado de Santa Catarina nº publicado no Diário Oficial do Estado em DOE de 25 de janeiro de 2008 estabelece a política de apoio ao Turismo Rural na Agricultura Familiar (TRAF) de Santa Catarina. Na reunião, foi comentado o seu artigo quarto, ou seja, como os municípios irão cobrar o ISS do Produtor rural que atuam ou exploram atividades arroladas nos itens disposto no aludido artigo, sendo que a incidência se restringe aos itens da Lista de Serviços da LC_116/ , 9.02, 12.07, e 40.01, segundo o Assessor Jurídico da FECAM, Diogo Beppler, esta necessidade de estar regular com os municípios partiu dos próprios agricultores, que precisam comprovar juntos a outros órgãos suas rendas, o debate se deu com o intuito de colaborar e construir uma política em parceria com o Estado para promover o cadastramento desses produtores que exploram o Turismo rural no âmbito das atividades inseridas nos itens evidenciados acima, a Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina passará a partir já de 2015, exigir que todos os produtores rurais utilizem a Nota Fiscal Eletrônica, onde a mesma terá a possibilidade de ser conjugada com serviços Próxima Reunião 7
8 Ficou deferido pelo conselho que as reuniões serão bimestrais e de forma itinerante, assim o Vice Presidente eleito, Carlos Lima, sugeriu a AMUNESC/Joinville para sediar a próxima reunião, a data sugerida foi 26 de novembro de 2014, por unanimidade todos concordaram. Florianópolis, 30 de setembro de CIDE RUBIAN BITTENCOURT 1º Secretário do CONFAZ-M/SC KARINE GOMES 2º Secretária do CONFAZ-M/SC MARIA ANGÉLICA FAGGIANI Presidente do CONFAZ-M/SC 8
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