ESPÉCIES COMERCIAIS DE PEIXES DO DELTA DO PARNAÍBA
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- Júlio Borja Furtado
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1 5 ESPÉCIES COMERCIAIS DE PEIXES DO DELTA DO PARNAÍBA FILIPE AUGUSTO G. DE MELO 1 1 Biólogo, Mestre e Doutor em Zoologia pelo Museu Nacional Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Professor Adunto, Universidade Estadual do Piauí, Brasil. filipemelo.uespi@gmail.com
2 5.1. INTRODUÇÃO Os peixes são os animais que mais chamam a atenção dos homens, especialmente por constituir, desde sempre, fonte natural importantíssima de proteína. Por esta mesma razão o conhecimento da diversidade dos peixes e o modo de identificar as muitas espécies apreciadas como alimento perdem-se nos tempos. Os peixes constituem o grupo mais numeroso dentre os vertebrados recentes. Do total de quase espécies reconhecidas de vertebrados, são peixes, representando assim um pouco mais da metade deste total registrado (Nelson, 1994). O grupo tradicionalmente denominado Pisces, não se constitui um táxon natural, pois compreende uma ampla variedade de agrupamentos muitas vezes não proximamente relacionados como peixes agnathos, peixes cartilaginosos, peixes de nadadeira raiada e peixes pulmonados que por sua vez estão mais relacionados aos vertebrados terrestres (Pough et al, 2003). Apesar da importância e do grande potencial que o peixe representa na região do Delta do Parnaíba, o conhecimento sobre a composição das espécies exploradas é quase nulo. Um dos problemas cruciais enfrentados nesta área é a dificuldade de identificação correta das espécies. Em relação as regiões Norte e Nordeste não há trabalhos recentes reunindo as informações disponíveis sobre a composição da fauna de peixes marinhos (Menezes et al, 2003). A diversidade e a complexidade da fauna de peixes de água doce da América do Sul são as maiores do que em qualquer outro continente, entretanto a avaliação e compreensão dessa rica diversidade são prejudicados pelo conhecimento incompleto de sua sistemática, biologia e ecologia (Menezes, 1996; Vari & Malabarba, 1998). Estima-se que existam em torno de espécies de peixes sul americanos, entre espécies descritas e desconhecidas a ciência (Schaefer, 1998), o que, proporcionalmente, representa um oitavo de toda a biodiversidade estimada dos vertebrados viventes (Vari & 140
3 Malabarba, 1998). Apesar da recente revitalização dos estudos sistemáticos a carência de informações sobre diversidade de espécies ainda se constitui em uma das mais importantes lacunas (Vari & Malabarba, 1998). Essa falta de informações básicas acarreta outro problema mais sério que é a dificuldade na avaliação de espécies raras ou ameaçadas de extinção. Em última análise, a falta de informações básicas sobre taxonomia e biologia da ictiofauna dificulta a realização de políticas efetivas de conservação dos recursos pesqueiros OBJETIVOS O presente estudo tem como objetivo identificar e analisar a distribuição das espécies de peixes da região do Delta do Parnaíba, assim como o grau de comercialização visando montar uma lista de espécies icticas que são vendidas nos principais mercados de Parnaíba e uma chave de identificação METODOLOGIA O presente trabalho seguiu um critério taxonômico para inclusão de espécies marinhas e de água doce e não ecológico. Foram realizadas visitas nos principais mercados de peixe de Parnaíba (Caramuru, Nossa Senhora de Fátima, Quarenta e Guarita) no período de 22 de maio a 06 de agosto de Nas visitas realizadas aos mercados foram realizadas fotos das espécies de peixes colocadas a venda e aplicado um pequeno questionário onde perguntamos (1) qual a procedência do pescado, (2) o nome popular das espécies, e (3) a importância daquela espécie no mercado se alta, regular ou baixa. Alguns exemplares foram obtidos com pescadores artesanais e levados para o laboratório de biologia do campus de Parnaíba da UESPI para identificação de espécies sob microscópio estereoscópico com auxilio da literatura especializada como 141
4 revisões e manuais de identificação (Araújo et al, 2004; Ferreira et al, 1998; Ferraris & Vari, 1999; Figueiredo, 1977; Figueiredo & Menezes, 1978; Graça & Pavanelli, 2007; Menezes & Figueiredo, 1980; Menezes & Figueiredo, 1995; Figueiredo e Menezes, 1980; Figueiredo & Menezes, 2000; Mai & Loebmann, 2010; Malabarba, 2004; Lessa & Nóbrega, 2000; Spizman, 2000; Silvano, R. A. M., Oyakawa, O. T., Amaral, B. D. do; Begossi, A.Vari, 1991). A classificação taxonômica dos exemplares seguiu Buckup et al (2007), para peixes de água doce e Menezes et al (2003) para peixes marinhos RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram identificadas 53 morfoespécies de peixes que são comercializáveis nos principais mercados de Parnaíba. Os peixes registrados e identificados são pertencentes a nove ordens: Carcharhiniformes, Rajiformes, Elopiformes, Clupeiformes, Characiformes, Siluriformes, Gymnotiformes, Perciformes e Pleuronectiformes. Dentro das Sete ordens foram identificadas 29 famílias. A ordem mais abundante foi Perciformes. Fizemos também uma prévia comparação entre os dois maiores mercados populares de Parnaíba (Caramuru e Quarenta) onde constatamos que existe uma grande diferença quanto a procedência dos peixes. No mercado da Caramuru os peixes vendidos em sua maioria provem de estados vizinhos. Enquanto que no mercado da Quarenta os peixes são trazidos do rio Parnaíba e seus afluentes e de praias como Pedra do Sal e Luis Correia- PI. Foi observado com o presente estudo que as espécies comerciais da região do Delta do Parnaíba apresentam predominantemente formas marinhas aqui representas por 28 espécies. Das 50 espécies de peixes registradas apenas 29 espécies são capturadas na região do Delta do Parnaíba. Dessa forma, percebe-se que mais da metade dos peixes comercializados procede do litoral do Piauí e da bacia do rio Parnaíba, sendo que as demais espécies restantes são provenientes de estados vizinhos como Pará, Maranhão, Ceará e poucas dessas espécies do Sul do país. 142
5 Mai e Loebman (2010) assinalam a presença de 65 espécies comerciais no litoral do Piauí. O número de espécies aqui assinalado é um pouco inferior ao apresentado pelos autores entretanto indicamos a presença de três formas marinhas Narcine brasiliensis, Paralichthis brasiliensis e Sphyrna sp. não assinalada antes e 20 espécies de água doce que são comercializáveis em Parnaíba como Steindachnerina sp., Prochilodus, Anostomoides laticeps, Leporinus sp., Colossoma macropomum, Pygocentrus sp, Serrasalmus gibbus, Tetragonopterus, Triportheus sp., Hoplias malabaricus, Hoplosternum littorale, Loricariidae sp, Pseudoplatystoma fasciatum, Brachiplatistoma vaillantii, Ageineiosus cf. ucayalensis, Auchenipterus menezesi, Hassar affinis, Doradidae sp e Sternopygus macrurus. Tabela 5. Espécies de peixes comercializáveis em Parnaíba CHONDRICHTHYES Carcharhiniformes Carcharhinidae Carcharhinus porosus (Ranzani, 1839) (figura 5.1) Sphyrna sp.(figura 5.2) Rafijormes Narcinidae Narcine brasiliensis (Olfers, 1831) (figura 5.3) Dasyatidae Dasyatis guttata (Bloch & Schneider, 1801) (figura 5.4) ACTINOPTERYGII Elopiformes Melalopidae Megalops atlanticus Vallenciennes,1847- Camurupim (figura 5.5) Clupeiformes Engraulidae Anchoviella lepdentostolle (Fowler, 1911) - Manjuba (figuras 5.6 e 5.7) Licengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829) - Manjubão (figura 5.8) Clupeidae Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818) - Sardinha bandeira (figura 5.9) 143
6 Tabela 5.1 (continuação) - Espécies de peixes comercializáveis em Parnaíba Pellona flavipinnis (Valenciennes, 1836) Sardinhão (figura 5.10) Characiformes Curimatidae Steindachnerina notonota (Miranda Ribeiro, 1937) Branquinha (figura 5.11) Prochilodontidae Prochilodus sp.- Curimatã (figura 5.12) Anostomidae Schizodon Piau de vara (figura 5.13) Leporinus sp. Piau (figura 5.14) Characidae Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)- Tambaqui (figura 5.15) Pygocentrus sp.- Piranha (figura 5.16) Serrasalmus gibbus Castelnau, Piranha branca (figura 5.17) Tetragonopterus sp. Piaba (figura 5.18) Triportheus signatus (Garman, 1890) Sardinha de água doce (figura 5.19) Erytrinidae Hoplias malabaricus (Bloch, 1794)- Traíra (figura 5.20) Siluriformes Callichthyidae Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) (figura 5.21) Loricariidae Pterygoplichthys sp (figura 5.22) Pimelodidae Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus,1758) Pintado (figura 5.23) Brachiplatistoma vaillantii (Vallancienes, 1840) Mandubé (figura 5.24) Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801) (figura 5.25) Auchenipteridae Ageineiosus cf. ucayalensis Castelnau, Fidalgo (figura 5.26) Auchenipterus cf. menezesi Ferrari e Vari, (figura 5.27) Ariidae Sciades proops (Valeciennes, 1840)- Bagre uritinga (figura 5.28) Bagre marinus (Mitchill, 1815)- Bagre bandeira (figura 5.29) Bagre bagre (Linnaeus, 1766)- Bagre marinho (figura 5.30) Doradidae Hassar affinis (Steidachner, 1881)- Mandi cachorro (figura 5.31) Doradidae sp. (figura 5.32) 144
7 Tabela 5.1 (continuação) - Espécies de peixes comercializáveis em Parnaíba Gymnotiformes Stenopygidae Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801).- Sarapó (figura 5.33) Perciformes Centropomidae Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) Robalo (figura 5.34) Carangidae Caranx latus Agassiz, 1831 (figura 5.35) Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus, 1766)- Pelombeta (figuras 5.36 e 5.37) Oligoplites palometa ( Cuvier, 1832)- Tibiro (figura 5.38) Selene setapinnis (Mitchell, 1815)- Galo (figura 5.39) Selene vomer (Linnaeus, 1758) (figura 5.40) Lutjanidae Lutjanus synagris (Linnaeus, 1788)- Ariacó (figura 5.41) Lobotidae Lobotes surinamensis (Bloch, 1790) Peixe porco (figura 5.42) Gerreidae Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829)- Carapeba (figura 5.43) Haemulidae Conodon nobilis (Linnaeus, 1758) - Coró de listras (figura 5.44) Genyatremus luteus (Bloch, 1790) - Coró (figura 5.45) Haemulon parra (Desmarest, 1823) - Coró das pedras (figura 5.46) Scianidae Cynoscion acoupa (Lacepéde, 1801) - Pescada amarela (figuras 5.47 e 5.48) Cynoscion jamaiensis (Vaillante & Boucort,1883) - Pescada Branca (figura 5.49) Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823) - Corvina (figura 5.50) Nebris microps Cuvier, Pescada sete buchos (figura 5.51) Ephippidae Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782) Parum, Paru (figura 5.52) Trichiuridae Trichiurus lepthurus Linnaeus, Espada (figura 5.53) Scombridae Euthynus alletteratus (Rafinesque, 1810) - Bonito (figura 5.54) Ciclhidae Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) - Cará estrela (figuras 5.55) Ciclha sp - Tucunaré (figura 5.56) 145
8 Tabela 5.1 (continuação) - Espécies de peixes comercializáveis em Parnaíba Oreochromis sp - Tilápia (figura 57) Pleuronectiformes Paralichthyidae Paralichthys brasiliensis (Ranzani, 1842) - Solha (figuras 58, 59 e 60) Chave de identificação para as ordens e famílias de peixes encontradas nos mercados de Parnaíba. 1a.. Aberturas branquiais em posição ventral, formato de corpo achatado...(raias)2. 1b. Aberturas branquiais em posição lateral, formato de corpo alongado, ou achatado lateralmente...(demais Chondrichtyes e Osteichthyes).3. 2a.Com duas nadadeiras dorsais sobre a cauda, sem espinho sobre a cauda, formato de corpo arredondado...narcinidae. 2b.Sem nadadeiras dorsais sobre o corpo, presença de espinho sobre a cauda, formato de corpo subangular, com focinho pontudo...dasyatidae. 3a.Geralmente cinco aberturas branquiais laterais, corpo coberto por escamas placóides, nunca escamas, sem ossos operculares, lobo superior da nadadeira caudal maior...tubarões e cações 4. 3b. Apenas uma única abertura branquial lateral, com escamas, placas ósseas ou eventualmente sem escamas, abertura branquial em posição lateral com ossos operculares, nadadeira caudal simétrica a. Cabeça expandida lateralmente...sphyrnidae. 4b. Cabeça normal, não expandida lateralmente...carcharhinidae. 5a. Olhos somente do lado esquerdo do corpo...paralichthyidae. 146
9 5b. Um olho em cada lado do corpo a. Nadadeira anal alongada, com muitos raios em torno de 100 (cem), ausência de nadadeira dorsal e de espinhos...gymnotiformes. 6b. Nadadeira anal curta, com poucos raios, presença de nadadeira dorsal, espinhos eventualmente presentes a. Boca muito inclinada, último raio da nadadeira dorsal prolongado, escamas grandes corpo consideravelmente achatado lateralmente...megalops atlanticus. 7a. Boca pouco ou muito pouco inclinada, último raio da nadadeira dorsal não mais prolongado, escamas pequenas ou moderadas a. Com numerosos e longos rastros branquiais b. Poucos rastros branquiais e geralmente pequenos a. Presença de quilha ventral mediana formada por escamas modificadas ou escudos, boca pequena...clupeidae. 9b.. Sem quilha ventral mediana, boca ampla...engraulidae. 10a. Nadadeiras dorsal, anal e pélvica sem espinhos...(characiformes)11. 10b. Nadadeiras dorsal, anal e pélvica com alguns raios duros e presença de espinhos...(perciformes e Siluriformes)19. 11a. Maxilas superior e inferior totalmente desprovidas de dentes...curimatidae. 11b. Maxilas pelo menos parcialmente com dentes a. Dentes de pressíveis, pequenos e numerosos, implantados nos lábios...prochilodus sp. (Prochilodontdidae). 12b. Dentes bem desenvolvidos, não depressíveis, implantados nos ossos das maxilas
10 13a. Nadadeira adiposa ausente...hoplias malabaricus (Erythrinidae). 13b. Nadadeira adiposa presente...(characidae e Anostomidae)14. 14a. Presença de uma fileira de dentes cuspitados no dentário e pré-maxilar, não apresentam dentes no maxilar...anostomidae. 14b. Apresentam dentes no maxilar a. Abdômen quilhado b. Abdômen não quilhado, arredondado...tetragonopterus (Characidae). 16a. Quilha abdominal sem espinhos...triportheus (Characidae). 16b. Quilha abdominal com espinhos a. Dentes tricuspitados (cúspides laterais muito pequenas), cortantes dispostos em uma única série em ambas as maxilas b. Dentes não tricuspitados, nem cortantes, dispostos em duas séries na maxila superior; dentário com duas séries, sendo a interna composta por um par de dentes cônicos localizados junto a sínfise...colossoma macropomum (Characidae). 18a. Mandíbula proeminente e focinho achatado, sem dentes no palato...pygocentrus sp.(characidae). 18b. Mandíbula não proeminente e focinho não achatado, presença de dentes no palato...serrasalmus (Characidae). 19a. Corpo desprovido de escamas, coberto por placas ósseas ou apenas por pele, sem protusão de maxilar e pré-maxilar, geralmente com barbilhões...siluriformes b. Corpo coberto por escamas, maxilar e pré-maxilar com considerável protusão. Não apresentam barbilhões...perciformes
11 20.a. Corpo coberto apenas por pele b. Corpo coberto por placas ósseas a. Nadadeiras peitoral e dorsal com espinho desenvolvido anteriormente em geral de margens serreadas; membranas branquiais unidas...ariidae. 21b. Nadadeiras peitoral e dorsal sem espinho desenvolvido anteriormente e sem margem serreadas; membranas branquiais livres...pimelodidae. 22a. Corpo coberto por duas fileiras laterais de placas ósseas, não apresentam espinho associado a cintura escapular...callichthyidae. 22b. Corpo com espinhos ou por várias placas ósseas a. Corpo com uma fileira lateral de placas ósseas, apresentam espinho associado a cintura escapular...doradiidae. 23b. Corpo coberto por várias placas ósseas...loricariidae. 24a. Linha lateral contínua, da porção superior da abertura branquial até a nadadeira caudal b. Linha lateral interrompida, com um ramo superior (anterior) e outro mediano (posterior)...cichlidae. 25a. Corpo alongado com extensa nadadeira dorsal (mais de 30 raios), nadadeira anal ausente e pélvica presentes...trichiurus lepiturus (Trichiuridae). 25b. Corpo com nadadeira dorsal menor com menos de 30 raios, nadadeira anal e pélvica presentes, nunca as duas ausentes a. Borda do pré-opérculo serrilhada ou com espinhos b. Borda do pré-opérculo não serrilhada ou sem espinhos
12 27a. Nadadeira caudal levemente emarginada com formato losangular...scianidae. 27b. Nadadeira caudal emarginada ou bifurcada, não losangular a. Presença de duas nadadeiras dorsais, primeira com 3 a 8 espinhos, eventualmente algum evertido, nenhum dente proeminente...carangidae. 28b. Apenas uma nadadeira dorsal com espinhos, um par de dentes proeminentes...lutjanidae. 29a. Maxila inferior ultrapassando nitidamente a superior, nadadeiras dorsais separadas...centropomidae. 29b. Maxila inferior não ultrapassando a superior, nadadeiras dorsais unidas, não divididas...haemulidae. 150
13 ESPÉCIES COMERCIAIS DE PEIXES DO DELTA DO PARNAÍBA Carcharhinus porosus (Ranzani, 1839) (Carcharhiniformes Carcharhinidae) Figura 5.1. Vista lateral de Carcharhinus porosus. No canto superior direito, dente com margem serrilhada. Diagnose: Cinco pares de aberturas branquiais laterais, posteriores aos olhos, com nadadeira anal; duas nadadeiras dorsais; primeira dorsal situada anteriormente a origem das nadadeiras pélvicas; cabeça normal, não expandida lateralmente; dente com margem serrilhada, nadadeira caudal com o lobo superior mais desenvolvido que o inferior; comprimento da nadadeira caudal muito menor que a metade do comprimento total do corpo; quinta fenda branquial sobre a origem da nadadeira peitoral; dentes com serrilhado lateral; sulco pré caudal presente. Ocorrência: Praia de Luis Correia 151
14 Sphyrna sp.(charcharhiniformes: Charcharhinidae) Figura 5.2. Vista dorsal de Sphyrna sp. Diagnose: Cinco pares de aberturas branquiais laterais, posteriores aos olhos, com nadadeira anal; duas nadadeiras dorsais; primeira dorsal situada anteriormente a origem das nadadeiras pélvicas; cabeça expandida lateralmente. Ocorrência: Praia de Luis Correia. 152
15 Narcine brasiliensis (Olfers, 1831) (Rariformes - Narcinidae) Figura 5.3. Vista dorsal e ventral de Narcine brasiliensis. Diagnose: Corpo arredondado com coloração, não apresenta focinho pontudo; coloração marrom com manchas escuras na região dorsal; possui duas nadadeiras dorsais, presença de órgão elétrico com formato riniforme, melhor visualizado em vista ventral, extremidade da cauda com nadadeira. Nome popular: Raia- elétrica Ocorrência: Barra Grande, Cajueiro da Praia 153
16 Dasyatis guttata (Bloch & Schneider, 1801) (Rafiformes: Dasyatidae) Figura 5.4. Vista dorsal de Dasyatis guttata. Diagnose: Formato de corpo sub angular; largura igual ou menor do que o comprimento do corpo com focinho pontudo; presença de tubérculos dorsais, não apresenta nadadeira dorsal, mas espinho serrilhado sobre a cauda; nadadeira caudal longa e fina. Nome popular: Raia Ocorrência: Praia de Luís Correia 154
17 Megalops atlanticus Vallenciennes,1847 (Elopiformes: Megalopidae) Figura 5.5. Vista lateral da região anterior de Megalops atlanticus. Diagnose: Ampla abertura branquial, corpo lateralmente comprimido de coloração prateada com dorso escuro; boca muito inclinada, último raio da nadadeira dorsal prolongado, escamas grandes. 155
18 Anchoviella jamensi (Jordan & Seale, 1926) (Clupeiformes: Engraulidae) Figura 5.6. Vista lateral de Anchoviela lepidentostole. Figura 5.7. Vista lateral de exemplar Anchoviela lepidentostole sendo comercializado no mercado Caramuru. Diagnose: Corpo alongado e comprimido lateralmente; maior altura contida 4 vezes ou mais no comprimento padrão; focinho pontudo, extremidade posterior do maxilar ultrapassando a margem posterior da órbita por uma distância menor que o diâmetro do olho; ampla abertura branquial; maxila superior projetando-se sobre a inferior; nadadeira dorsal localizada no meio do corpo; nadadeira anal com 13 raios; nadadeira caudal furcada; ausência da linha lateral pedúnculo caudal largo; coloração parda possui uma faixa larga prateada, estendendo-se da margem posterior do opérculo ao final do pedúnculo caudal. Nome popular: Manjuba Ocorrência: Bitupitá-CE 156
19 Licengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829) Figura 5.8. Vista lateral de exemplar de Licengraulis grossidens. Diagnose: Corpo alongado; maior altura contida quatro vezes ou mais no comprimento padrão; extremidade posterior do maxilar ultrapassando a margem posterior da órbita por uma distância igual ou maior que o diâmetro do olho; dentes da mandíbula comparativamente grandes bem espaçados; ampla abertura branquial; faixa prateada lateral, nadadeira caudal com margem escura. Nome popular: Manjubão. 157
20 Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818)- (Clupeiformes: Clupeidae) Figura 5.9. Vista lateral de Opisthonema oglinum. Diagnose: Corpo alongado comprimido lateralmente; nadadeira pélvica localizada no meio do corpo; caudal furcada e com 32 raios; nadadeira dorsal com o ultimo raio mais desenvolvido que os demais raios; margem posterior da câmara branquial com 05 lobos dérmicos (sob o opérculo); coloração prateada, com dorso cinza-escuro; possui 02 manchas arredondadas na parte superior da câmara branquial. Nome popular: Sardinha bandeira Ocorrência: Bitupitá- CE 158
21 Pellona flavipinnis (Valenciennes, 1836) (Clupeiformes: Clupeidae) Figura Vista lateral de Pellona flavipinnis Diagnose: Corpo comprimido lateralmente; maxila superior menor que a inferior; boca voltada para cima; olho coberto por uma membrana, exceto um orifício na parte central do olho; escamas ctenóides; 14 espinhos abdominais entre a base da nadadeira pélvica e o ânus. Nome popular: Sardinhão, Sardião Ocorrência: Rio Parnaíba 159
22 Steindachnerina notonota (Miranda Ribeiro, 1937) (Characiformes: Curimatidae) Figura Vista lateral de Steindachnerina notonota. Diagnose: Corpo moderadamente elevado; maxila superior maior que a inferior, deixando a boca em posição ventral; lábio superior carnoso; focinho afilado; olho arredondado; região pré-pelvica achatada, marginada lateralmente por ângulo quase reto em relação á lateral do corpo; região pós-pélvica quilhada; linha lateral com 57 escamas; coloração uniformemente cinza-escura no dorso e esbranquiçada no ventre; nadadeiras amareladas. Nome popular: Branquinha Ocorrência: Rio Parnaíba 160
23 Prochillodus sp. (Characiformes: Prochilodontidae) Figura Vista lateral de exemplar de Prochilodus sp. sendo comercializado no mercado da Caramuru Diagnose: Dentes de pressíveis, pequenos e numerosos, implantados nos lábios Nome popular: Corumatã 161
24 Schizodon cf. borellii (Boulenger, 1900) (Characiformes: Anostomidae) Figura Vista lateral de exemplar de Schizodon cf. borellii. Diagnose: Quatro faixas escuras na vertical; nadadeira dorsal com 12 raios duros; possui nadadeira pélvica; caudal furcada e com 24 raios; nadadeira anal com 08 raios; nadadeira pélvica com 10 raios; nadadeira peitoral muito próxima ao opérculo; escamas ciclóides; boca pequena; uma faixa no meio do corpo, entre o opérculo e a base da anal. Difere de Schizodon fasciatus por não apresentar mácula na base da nadadeira caudal(silvano et al, 2001: 40-41); difere de S. vittatum por apresentar 40 escamas na lateral vs. 42 (Santos et al. 2004: 51) Nota: São descritas para o rio Poti, bacia do rio Parnaíba, duas espécies de Schizodon, S. dissimilis (Garman, 1890) e S. rostratus (Borodin, 1931). Na ausência momentânea das descrições dessas espécies e de informações a respeito de identificação das mesmas, preferimos identificar momentaneamente como S. cf. borelli de acordo com Graça e Pavanelli (2007). Nome Popular: Piau de vara Ocorrência: Rio Parnaíba 162
25 Leporinus sp. (Anostomidae: Characiformes) Figura Vista lateral de exemplar de Leporinus sp. Diagnose: Leporinus sp. difere de Schizodon por apresentar dentes incisivos, assimétricos e sem cúspides. Ocorrência: Rio Parnaíba 163
26 Colossoma macropomum (Cuvier, 1816) Figura Vista lateral de exemplar de Colossoma macropomum sendo comercializado no mercado da Quarenta Diagnose: Sem espinho pré dorsal; seis ou mais dentes em cada lado da mandíbula inferior; nadadeira anal co menos do que 30 raios, sem escamas, exceto na sua base. Nota: espécie onívora, muito apreciada como alimento e utilizada na piscicultura (Ferreira et al, 1998). 164
27 Pygocentrus sp. (Characifomes Characidae) Figura Vista lateral de exemplar de Pygocentrus sp sendo comercializado no mercado da Caramuru Diagnose: Cabeça e mandíbulas proeminentes, focinho achatado. Nome popular: Piranha. 165
28 Serrasalmus gibbus Castelnau, 1855 (Characiformes: Characidae: Serrasalminae). Figura Vista lateral de Serrasalmus gibbus (UESPI não catalogado) Diagnose: Coloração cinza-amarelada com numerosas manchas escuras arredondadas, mas concentradas na região dorsal; anal e caudal com extremidades escuras; escamas ciclóides; boca carnosa. Nome popular: Piranha- branca. 166
29 Tetragonopterus sp. (Characidae; Characiformes) Figura Vista lateral de exemplar de Tetragonopterus sp. sendo comercializado no mercado da Caramuru. Diagnose: Duas séries de dentes do pré-maxilar; corpo alto; altura pelo menos a metade do comprimento padrão. Área peitoral à frente das nadadeiras ventrais achatada; linha lateral caindo abruptamente na porção anterior 30 escamas na linha lateral. 167
30 Triportheus cf. signatus (Garman, 1890) Figura Vista lateral de exemplar de Triportheus cf. signatus sendo comercializado no mercado Caramuru. Diagnose: Boca terminal, dentes tri a pentacuspitados em três séries na maxila superior e uma série principal na mandíbula; um par de dentes cônicos; nadadeiras peitorais longas em posição elevada alcançanda a extremidade anterior da nadadeira ventral, nadadeira caudal emarginada com raios medianos mais desenvolvidos, 34 escamas na linha lateral, cinco séries de escamas acima da linha lateral e duas abaixo da linha lateral. 168
31 Hoplias gr. malabaricus (Bloch, 1799) (Characiformes: Erytrinidae) Figura Vista lateral de Hoplias malabaricus Diagnose: corpo roliço; escamas grandes, cicloides; dentes caniniformes perfurantes, de diversos tamanhos; nadadeira dorsal com 12 raios; coloração escura; dorso com manchas escuras irregulares e inclinadas; nadadeiras dorsal e anal, com pontos escuros formando faixas. Nome popular: Traíra Ocorrência: Rio Igaraçu. Nota: Espécie piscívora (Ferreira et al, 1998) 169
32 Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) (Siluriformes: Callichthyidae) Figura Vista lateral de Hoposternum littorale (UESPI não catalogado) Diagnose: Corpo roliço, coberto por duas series de placas altas e estreitas; nadadeira peitoral com 7 raios; nadadeira pélvica com 6 raios; coloração escura. Nome popular: Tamoatá Ocorrência: Rio Igaraçu 170
33 Figura Vista lateral de exemplar de Pterygoplichthys sp. 171
34 Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus, 1758) Figura Vista lateral de Pseudoplatystoma fasciatum (Siluriformes: Pimelodidae) Diagnose: Cabeça deprimida, sua largura ao nível da boca aproximadamente igual a sua maior largura; lado do corpo com faixas escuras estreitas transversais, como riscos espaçadas entre si por porções claras. Nome popular: Pintado. 172
35 Brachiplatistoma vailantii (Vallancienes, 1840) Figura Vista lateral de exemplar de Brachiplatistoma vaillantii (Siluriformes: Pimelodidae) sendo comercializado. Diagnose: Padrão de colorido de corpo cinza, sendo que na cabeça predomina o padrão marrom; região ventral esbranquiçada; longa nadadeira adiposa, nadadeira caudal furcada, longo barbilhão maxilar que se alcança a origem da nadadeira anal 173
36 Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801) (Siluriformes: Pimelodidae) Figura Vista lateral de Sorubim lima. Em detalha no canto superior esquerdo, vista ventral do focinho espatulado e das membranas branquiais unidas. Diagnose: Corpo truncado e roliço; cabeça achatada, reta e longa, contida três vezes no comprimento padrão; focinho espatulado com margem arredondada e projetando-se além da boca, deixando a placa dentígera totalmente à mostra; narinas situadas na ponta do focinho; olho arredondado, contido três vezes na distância interdorsal e situado na lateral da cabeça, próximo a linha lateral do corpo. Ocorrência: Rio dos Tatus 174
37 Ageineiosus cf. ucayalensis Castelnau, (Siluriformes: Auchenipteridae) Figura Vista lateral de Ageneiosus cf. uacayalensis. Em detalhe, parte ventral da cabeça. Diagnose: Corpo liso; boca muito comprimida; maxila inferior menor que a superior; mais de uma fileira de dentes no palato; dentição quase toda amostra; olho coberto por uma membrana; 47 raios na nadadeira anal; nadadeira pélvica com 10 raios; nadadeira peitoral com 12 raios; caudal com 24 raios e furcada; presença de nadadeira adiposa. Nome popular: Fidalgo Ocorrência: Rio Parnaíba 175
38 Auchenipterus menezesi Ferraris e Vari, 1999 Figura Vista lateral de exemplar de Auchenipterus cf. menezesi (siluriformes: Auchenipteridae) Diagnose: Sulcos na porção ventral da cabeça que acomodam barbilhões mentonianos; Origem da nadadeira anal localizada anteriormente a metade do comprimento padrão; cumprimento base da nadadeira anal maior do que a distância entre o focinho e a origem da nadadeira pélvica; base da nadadeira caudal com barra escura na margem; nadadeira pélvica não pigmentada ou apenas pigmentada na base. 176
39 Sciades proops (Valeciennes, 1840) (Siluriformes: Ariidae) Figura Vista dorsal de Sciades proops. Diagnose: Coloração cinza no dorso e ventre esbranquiçado; nadadeira dorsal com 01 espinho e 07 raios; presença de nadadeira adiposa; peitoral 01 espinho; nadadeira anal próxima á pélvica; barbilhões maxilares brancos e curtos. Nome popular: Bagre Uritinga Ocorrência: Pedra do sal 177
40 Bagre marinus (Mitchill, 1815) (Siluriformes: Ariidae) Figura Vista lateral de Bagre marinus. Diagnose: Nadadeira dorsal com 01 espinho e 07 raios; cabeça comprimida; ventre esbranquiçado; presença de nadadeira adiposa com aproximadamente o mesmo comprimento que a base da nadadeira anal; nadadeira caudal furcada; barbilhão maxilar superior ultrapassando a origem nadadeira pélvica, porém nunca alcançando a origem da nadadeira anal; 1 par barbilhões na maxilar inferior, barbilhões mentonianos; 31 raios na nadadeira anal; nadadeira peitoral com 1 espinho. Nome popular: Bagre Marinho Ocorrência: Pedra do sal 178
41 Bagre bagre (Linnaeus, 1766) (Siluriformes: Ariidae) Figura Vista lateral de Bagre bagre. Diagnose: Nadadeira anal com 26 raios; presença de 01 par de barbilhões na maxila inferior, mentonianos; barbilhões maxilares achatados em forma de fita estreita longos que alcançam a origem da nadadeira anal; nadadeira caudal furcada; lóbulo superior da nadadeira caudal mais desenvolvido do que o lóbulo inferior; presença de nadadeira adiposa, muito menor que o comprimento da base da nadadeira anal; nadadeira dorsal com longo filamento; nadadeira peitoral com filamento ultrapassando a nadadeira pélvica Nome popular: Bagre Bandeira Ocorrência: Pedra do sal 179
42 Hassar affinis (Steidachner, 1881) (Siluriformes: Doradidae) Figura Vista lateral de Hassar affinis. Diagnose: Focinho pontudo; possui espinhos nas nadadeiras dorsais e peitorais; Presença de serras laterais, com as 14 primeiras atrofiadas, que originam no termino da pélvica á base da caudal; presença de barbilhões; olho coberto por membrana. Nome popular: Mandi-cachorro Ocorrência: Rio Parnaíba 180
43 Figura 5.32 Vista lateral de exemplar de Doradidae sendo comercializado no mercado da Caramuru Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801) (Gymnotiformes: Sternopygidae) Figura Vista lateral de Sternopygus macrurus. Diagnose: Corpo alto na frente, afilando progressivamente para trás, a partir do núcleo da nadadeira anal; cabeça curta e com o topo ligeiramente inclinado, mas não côncavo; focinho relativamente curto; olho coberto por uma pele; coloração marrom-escura; uma mancha triangular na região humeral, logo acima e atras da abertura branquial. Nome popular: Sarapó Ocorrência: Rio Igaraçu 181
44 Centropomus unidecimalis (Bloch, 1792) (Perciformes: Centropomidae) Figura Vista lateral de Centropomus unidecimalis. Diagnose: Corpo alongado, comprimido, geralmente com o perfil dorsal acentuadamente convexo; maxila inferior ultrapassando nitidamente a superior; pré-opérculo com a margem posterior serreada, opérculo liso, com a margem posterior membranosa muito desenvolvida; nadadeiras dorsais separadas, a anterior com oito espinhos e a posterior com um espinho e 8-11 raios; anal com 3 espinhos, o segundo mais forte e desenvolvido e 5-8 raios; linha lateral prolongando-se até a extermidade dos raios médios da nadadeira caudal; 70 a 75 escamas na linha lateral; linha lateral enegrecida. 182
45 Caranx latus Agassiz, 1831 (Perciformes: Carangidae) Figura Vista lateral de Caranx latus Diagnose: Espinhos da primeira nadadeira dorsal mais curtos que o lobo anterior da segunda nadadeira dorsal; corpo prateado; linha lateral com 30 a 50 escudos; Chloroscambrus chrysurus (Linnaeus, 1766) (Perciformes: Carangidae) Figura Vista lateral de Chloroscambrus chrysurus (UESPI- não catalogado) Bitupitá- CE, exemplar preservado em álcool. 183
46 Figura Vista lateral de exemplar de Chloroscambrus chrysurus. Diagnose: Corpo ovalado e comprimido lateralmente; nadadeira dorsal com 4 espinhos e 28 raios; anal com 2 espinhos; presença de nadadeiras pélvica e peitoral; caudal furcada; escamas do tipo ctenóide; presença de linha lateral; coloração prateada; dorso cinzaescuro; pedúnculo caudal estreito. Nome popular: Pelombeta 184
47 Oligoplites palometa ( Cuvier, 1832) (Perciformes: Carangidae) Figura Vista lateral de Oligoplites palometa. Diagnose: Primeira nadadeira dorsal com 4 espinhos; segunda nadadeira dorsal com 20 raios; nadadeira anal com 2 espinhos e 19 raios; nadadeira peitoral com 17 raios; apresenta maxila com uma fileira de dentes pequenos; corpo prateado; dorso azul, verde, ou preto; ventre parcialmente dourado; nadadeira caudal amarelada. Nome popular: Tibiro Ocorrência: Pedra do sal 185
48 Selene setapinnis (Mitchell, 1815) (Perciformes: Carangidae:) Figura Vista lateral de Selene setapinnis Diagnose: Presença de dois espinhos destacados adiante da nadadeira anal; forma de corpo alta e lateralmente deprimida; pedúnculo caudal delgado; linha lateral arqueada anteriormente; coloração prateada;linha lateral desprovida de escudos; nadadeira pélvica reduzida; Extremidade da nadadeira peitoral ultrapassando a vertical que passa pela origem da nadadeira anal; anal com 16 a 20 raios; raios anteriores da nadadeira anal e dorsal pouco mais longos que os demais, não formando lobo pronunciado. 186
49 Selene vomer (Linnaeus, 1758) (Perciformes: Carangidae) Figura Vista lateral de Selene vomer. Diagnose: Presença de dois espinhos destacados adiante da nadadeira anal; forma de corpo alta e lateralmente deprimida; pedúnculo caudal delgado; linha lateral arqueada anteriormente; coloração prateada;linha lateral desprovida de escudos; Extremidade da nadadeira peitoral ultrapassando a vertical que passa pela origem da nadadeira anal; anal com 16 a 20 raios raios anteriores da nadadeira anal e dorsal bem mais longos que os demais, formando lobo pronunciado 187
50 Lutjanus sinagris (Linnaeus, 1758) (Lutjanidae: Perciformes) Figura Vista lateral de Lutjanus sinagris. Diagnose: Dois espinhos na base da nadadeira anal, sendo o primeiro mais desenvolvido; nove espinhos na nadadeira dorsal; um par de dentes pré-maxilares mais desenvolvidos que os demais, dentes caniniformes no pré-maxilar, maxilar e dentário. Seis linhas amarelas longitudinais; mácula na parte dorsal posicionada entre a nadadeira peitoral e anal. 188
51 Lobotes surinamensis. (Bloch, 1790) Figura Vista lateral de Lobotes surinamensis. Diagnose: Corpo alto, comprimido; cabeça pequena; perfil superior com uma convavidade acentuada na região situada logo atrás dos olhos. Nadadeiras dorsal posterior e anal alongadas em direção à caudal; corpo escuro;nadadeiras escuras com exceção das peitorais, claras Nome popular: Peixe porco 189
52 Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829)- (Gerreidae: Perciformes) Figura Vista lateral de Diapterus rhombeus. Diagnose: Boca muito protrátil, estendendo-se em forma de tubo durante a alimentação. Pré-maxilares com um processo ósseo ascendente longo e estreito, que se encaixa em uma depressão da parte antero-superior da cabeça coberta por pele, denominada sulco do pré-maxilar. Corpo comprimido, com altura variável, prateado. Nome popular: Cara peba 190
53 Conodon nobilis (Linnaeus, 1758) (Perciformes: Haemulidae) Figura Vista lateral de Conodon nobilis. Diagnose: Corpo alongado; nadadeira dorsal com 12 espinhos e 12 raios; anal com 3 espinhos; possui nadadeiras peitoral e pélvica; nadadeira caudal trucada presença de linha lateral; coloração castanho claro; com presença de 8 faixas na região superior do corpo; dorso escurecido; nadadeira caudal amarelada com extremidades escurecidas. Nome popular: Cará de Listras Procedência: pedra do sal 191
54 Genyatremus luteus (Bloch, 1790) (Perciformes: Haemulidae) Figura Vista lateral de Genyatremus luteus. Diagnose: Corpo alongado pouco comprimido; 13 espinhos e 13 raios na nadadeira dorsal;17 raios na nadadeira peitoral; 1 espinho e 11 raios na pélvica; 03 espinhos e 18 raios na anal; caudal furcada; pré-opérculo pouco serreado; boca pequena; focinho pontudo e arredondado; presença de linha lateral; escamas ctenóides; faixas escuras e finas na horizontal. Nome popular: Coró Ocorrência: Pedra do sal 192
55 Haemulon parra (Desmarest, 1823) (Perciformes: Haemulidae) Figura Vista lateral de Haemulon parra. Diagnose: Corpo alongado; nadadeira dorsal com 12 espinhos e 16 raios; anal com 03 espinhos e 08 raios; peitoral com 18 raios; nadadeira caudal furcada; presença de linha lateral; pré-opérculo fortemente serreado; coloração prateada com pontinhos marrons ao longo do corpo. Nome popular: Coró da pedras Ocorrência: Pedra do sal 193
56 Cynoscion acoupa (Lacepéde, 1801) Figura Vista lateral de Cynoscion acoupa, exemplar fresco. Figura Vista lateral de Cynoscion acoupa. Diagnose: Boca muito inclinada; escamas do corpo ctenóides; nadadeira dorsal posterior com um espinho e 17 a 22 raios; nadadeira anal com 2 espinhos e 8 a 9 raios; 80 a 90 séries transversais de escamas acima da linha lateral, até a base da cauda; nadadeiras e boca com coloração predominantemente amarela. 194
57 Cynoscion jamaiscensis (Vaillant & Bocourt, 1883) Figura Vista lateral de Cynoscion jamaiscensis. Diagnose: Corpo prateado, mais escuro no dorso;nadadeiras claras, a dorsal e a caudal algo escuras, especialmente em suas partes terminais; parte superior da axila da peitoral com pigmentação escura. 195
58 Micropogonias funieri (Desmarest, 1823) (Perciformes: Scianidae) Figura Vista lateral de Micropogonias furnieri. Diagnose: Nadadeira dorsal com 26 raios e 11 espinhos; nadadeira peitoral com 16 raios; nadadeira pélvica com 01 espinho; nadadeira anal com 02 espinhos e 08 raios; nadadeira caudal com 21 raios e losangular; pré-opérculo serreado; escamas ctenóides; coloração prateada. Nome popular: Corvina Ocorrência: Pedra do sal 196
59 Nebris microps Figura Vista lateral de Nebris microps. Diagnose: Boca muito inclinada, a mandíbula mais saliente que a maxila superior; Olhos muito pequenos, o diâmetro orbital oito a dez vezes no comprimento da cabeça; corpo roliço. 197
60 Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782) Figura Vista lateral de exemplar de Epiphidae Diagnose; Corpo alto, comprimido, primeiros raios das nadadeiras anal e dorsal muito desenvolvidos, modificados em lobos. Nome popular: Paru, Parum 198
61 Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758 (Perciformes: Trichiuridae) Figura Vista lateral de Trichiurus lepturus em detalhe vista lateral da cabeça com boca aberta. Diagnose: Não possuem nadadeira pélvica e caudal; dentes caninos, grandes; nadadeira peitoral com 11 raios; corpo alongado e comprido; coloração prateada; corpo sem escamas; possuem nadadeira dorsal. Nome popular: Peixe-espada. Ocorrência: Pedra do sal 199
62 Euthynus alletteratus (Rafinesque, 1810) (Scombridae: Perciformes) Figura Vista lateral de Euthynnus alletteratus (Rafinesque, 1810) Diagnose: Corpo fusiforme, duas nadadeiras dorsais, sendo a primeira constituída por espinhos e a segunda por raios. A nadadeira anal é semelhante à segunda dorsal e usualmente sob ela. Uma série de pínulas, pequenas nadadeiras constituídas por 1 ou 2 raios,segue a segunda dorsal e anal. Nadadeira caudal fortemente bifurcada. Corpo nu; região látero-ventral do corpo com várias manchas negras arredondadas entre as nadadeiras peitoral e pélvica; dorso com faixas negras irregulares inclinadas. Nome popular: bonito 200
63 Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) (Perciformes: Ciclhidae) Figura Vista lateral de exemplar de Astronotus ocellatus. Diagnose: Corpo elevado; nadadeira dorsal com 12 espinhos, 15 raios moles, quase toda coberta por escamas; nadadeiras caudal e anal carnosas, cobertas com escama; coloração escura; 6 faixas transversais escuras no dorso, sendo as duas ultimas faixas unidas as faixas abaixo da linha lateral; possui um ocelo na parte superior do pedúnculo caudal e outro menor na base superior do opérculo. Nome popular: Cará estrela Ocorrência: Rio Parnaíba. 201
64 Cichla sp. (Ciclhidae: Perciformes) Figura Vista lateral de exemplar de Ciclha sp. Diagnose: Três faixas verticais escuras laterais, que alcançam a região ventral; uma mancha escura ocelada atrás do opérculo e acima da nadadeira peitoral; na porção superior da terceira faixa vertical ela torna-se larga. Manchas pretas atrás do olho que formam uma faixa descontínua. Duas manchas escuras na nadadeira caudal. Nome popular: Tucunaré 202
65 Oreochromis sp. (Ciclhidae: Perciformes) Figura Vista lateral de exemplar de Oreochromis sp. Diagnose: Corpo com coloração escura, nadadeira caudal com faixas transversais claras e escuras. Nome popular: Tilápia 203
66 Paralichthys brasiliensis (Ranzani, 1842) (Paralichthyidae: Pleuronectiformes) Figura Vista lateral de Paralichthys brasiliensis Figura Detalhe da cabeça, lado esquerdo o que possui olhos. 204
67 Figura Lado direito da cabeça de Paralichthys brasiliensis Diagnose: Possui olhos do lado esquerdo do corpo, maxilas com dentes bem desenvolvidos, os mais anteriores caniniformes. Nome popular: Soia, Solha. 205
68 5.5. CONCLUSÕES Das visitas realizadas ao mercado pudemos notar que grande parte do pescado comercializado era marinho e, geralmente, mais caro que os de água doce. Os marinhos geralmente provinham de praias do litoral do Delta do Parnaíba como as praias de Pedra do Sal e Luis Correa e uma minoria de outros estados vizinhos ao Piauí, como Ceará e Maranhão; também eram comercializados peixes de outras regiões, como da região sul do país, mas em menor quantidade. Enquanto que os peixes dulcícolas comercializados nos mercados de Parnaíba eram provenientes de um único rio, o rio Parnaíba, e seus afluentes. Um fato a ser comentado é sobre a pouca informação dos comerciantes a cerca do pescado vendido, pois muitas vezes quando perguntávamos sobre o nome popular do peixe e de onde ele provinha os comerciantes poucas vezes sabiam responder. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, M. E. DE, TEIXEIRA, J. M. C.; OLIVEIRA, A. M. E. de Peixes estuarinos marinhos do Nordeste brasileiro: guia ilustrado. Fortaleza. Edições UFC. 260p. FERREIRA, E. J. G.; ZUANON, J. A. S.; SANTOS, G. M dos Peixes Comerciais do Médio Amazonas: Região de Santarém, Pará. 214 p. FERRARIS, C. J. & VARI, R. P Revision of the catfishes of the genus Auchenipterus Valenciennes, 1840 (Ostariophysi: Siluriformes: Auchenipteridae): monophyly and relationships, with a revisionary study. Zoological Journal of the Linnean Society. 126: FIGUEIREDO, J. L Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. I. Introdução. Cações, raias e quimeras. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. FIGUEIREDO, J. L. & MENEZES, N. A Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. II. Teleostei (1). Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. 110 p. FIGUEIREDO, J. L. & MENEZES, N. A Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. III. Teleostei (2). Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. 90 p. FIGUEIREDO, J. L. & MENEZES, N. A Manual de Peixes Marinhos do Brasil. VI. Teleostei (5). Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. 116p. 206
69 GRAÇA, W. J. DA & PAVANELLI, C. S Peixes da Planície de Inundação do Alto Paraná e Áreas Adjacentes. Maringá: EDUEM. 241 p. LESSA, R. & NÓBREGA, F. DE Guia de Identificação de Peixes Marinhos da Região Nordeste - Programa Revezee/Score-NE - Laboratório de Dinâmica de Populações Marinhas, UFRPE, Recife, PE 138p. disponível MAI, A. C. G. & LOEBMAN, D Biodiversidade do litoral do Piauí. Ana Cecília Giacometti Mai, Daniel Loebmann editores. Sorocaba: Paratodos Sorocaba. 272 p. MALABARBA, M. C. S. L Revision of the Neotropical genus Triportheus Cope, 1872 (Characiformes: Characidae). Neotropical Ichthyology, 2(4): MENEZES, N. A. & FIGUEIREDO, J. L Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. IV. Teleostei (3). Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. 96 p. MENEZES, N. A. & FIGUEIREDO, J. L Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. V. Teleostei (4). Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. 107 p. POUGH, F. H., C. M. JANIS, J. B. HEISER A Vida dos Vertebrados. Editora Atheneu, 3 ed. São Paulo. SANTOS, G. M. DOS, MÉRONA, B. DE, JURAS, A. A., JEGU, M Peixes do Baixo Rio Tocantins: 20 anos depois da Usina hidrelétrica Tucuruí. Brasília. Eletronorte. 216p. SILVANO, R. A. M., OYAKAWA, O. T., AMARAL, B. D. DO; BEGOSSI, A Peixes do Alto Juruá (Amazônia, Brasil). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 301p. SZPILMAN, M Peixes marinhos do Brasil: guia prático de identificação. Rio de Janeiro : M. Szpilman. 288p. VARI, R. P Systematics of the Neotropical Characiform Genus Steindachnerina Fowler (Pisces: Ostariophysi) Smithsonian Contributions to Zoology, 507: AGRADECIMENTOS Agradecemos a UESPI pelo apoio financeiro na concessão da bolsa PIBIC a Mayza Gedelha que juntamente com Teresa Cristina Costa, Alan, Natalia Cristina Sousa Araújo, Bruna Cristina Neres da Silva, Micharlene Maria Silva do Nascimento, Kamila Rayara Carneiro da Silva atuaram como colaboradoras do projeto. Agradecemos a SINDIPESCA de Parnaíba pelo fornecimento dos peixes. 207
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