PROJETO PESCA SOLIDÁRIA GUIA DE IDENTIFICAÇÃO DOS PEIXES DO ESTUÁRIO DOS RIOS TIMONHA E UBATUBA

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3 PROJETO PESCA SOLIDÁRIA GUIA DE IDENTIFICAÇÃO DOS PEIXES DO ESTUÁRIO DOS RIOS TIMONHA E UBATUBA Filipe Augusto Gonçalves de Melo 1 Erônica Araújo Dutra 2 Joelson Queiroz Viana 2 Talita Magalhães Araújo 2 Ana Sara Ferreira de Souza 2 Isaac dos Santos Moura 2 1- Professor Adjunto da Universidade Estadual do Piauí, responsável pela parte de identificação, taxonomia e sistemática dos peixes estuarinos, editor e organizador. 2 - Alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UESPI, Campus Parnaíba e estagiários do projeto Pesca Solidária. Parnaíba, PI 2015

4 Copyright 2015 by Filipe Augusto Gonçalves de Melo Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Christiane Maria Montenegro Sá Lins CRB/3-952 P964 Projeto Pesca Solidária: guia de identificação dos peixes do estuário dos rios Timonha e Ubatuba/ Filipe Augusto Gonçalves de Melo [et al.] Parnaíba: Sieart, p.: Il; col. ISBN: Ictiologia. 2. Estuário. 3. Pesca. 4. Zoologia. I. MELO, Filipe Augusto Gonçalves de. II. DUTRA, Erônica Araújo. III. VIANA, Joelson Queiroz. IV. ARAÚJO, Talita Magalhães. V. SOUZA, Ana Sara Ferreira de. VI. MOURA, Isaac dos Santos. VII. Título. CDD 597

5 PROJETO PESCA SOLIDÁRIA PATROCINADO PELA PETROBRAS, POR MEIO DO PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES E PARCEIRAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ COMISSÃO ILHA ATIVA EMBRAPA MEIO NORTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ ICMBIO - APA Delta do Parnaíba INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ AQUASIS

6 Comissão Ilha Ativa - CIA Presidente Leandro Inakake de Souza Vice-presidente Liliana Oliveira Souza Secretária Kesley Paiva da Silva Sub-secretária Daniele Alves Lopes Tesoureiro Mario Lucio de Moraes Damasceneo Sub-tesoureito Alan Elias Silva Conselho Fiscal Francinalda Maria Rodrigues da Rocha Flávio Luiz Simões Crespo Adilson Silva de Castro Luciano Silva Galeno Ana Maria Brandão de Oliveira Maria Antônia de Oliveira Santos Endereços Sede: Rua Benedito dos Santos Lima - São Benedito Parnaíba - PI - CEP: Dedicatória: Á memória de Gustavo Wilson Alves Nunan, grande conhecedor e entusiasta dos peixes marinhos Contatos cia@comissaoilhaativa.org.br

7 AGRADECIMENTOS O organizador agradece: A minha amada esposa, Cristiane, por seu estímulo, apoio e sugestões valiosas. Aos pescadores de Cajueiro da Praia e Chaval, seus familiares e suas Colônias de Pescadores, em especial ao Sr. Lucimar e sua família, pela enorme paciência, pela receptividade, atenção e solicitude em relação aos nossos pedidos. Agradecemos a eles também por suas verdadeiras aulas de biologia e taxonomia de peixes marinhos A profa. Rosineide Candeas de Araújo, diretora do Campus da UESPI de Parnaíba, por ter disponibilizado espaço para armazenamento dos peixes dessa coleção de referência do estuário dos rios Timonha e Ubatuba e por ter entendido a importância e significado dessa coleção. Aos autores, alunos da UESPI de Parnaíba, que assumiram o compromisso do retorno à sociedade dos estudos realizados nessa casa. Ao colega Prof. Dr. Antônio Hosmylton Carvalho Ferreira pela revisão cuidadosa. À Universidade Estadual do Piauí, em especial aos colegas do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas por terem permitido este trabalho e pelo incentivo. A Alfredo Carvalho Filho pela ajuda em relação a identificação de algumas espécies e informações sobre as mesmas. Às instituições de apoio financeiro e logístico: CIA e PETROBRAS por terem concedidos bolsas de estudo para Ana Sara Ferreira de Souza e Joelson Queiroz Viana e recursos que permitiram esse estudo. A Francisco Brandão Júnior por seu interesse, apoio em relação a elaboração desse manual e paciência principalmente nos momentos finais. Ao grupo de estudos em ictiofauna, profs. Dr. César Fernandez, Dra. Edna Carvalho Pereira e Dra Alitiene Pereira pelo apoio, sugestões e troca de ideias ao longo dessa jornada. Bem como ao amigo e assistente da Embrapa da Embrapa, senhor Francisco Diassis Coelho da Silva.

8 Sumário INTRODUÇÃO...Pág. 09 METODOLOGIA...Pág. 10 Termos técnicos e medidas...pág. 12 ORDEM ELOPIFORMES...Pág. 13 Família ELOPIDAE Elops saurus Linnaeus, Pág. 14 Família MEGALOPIDAE Megalops atlanticus Valenciennes, Pág. 15 ORDEM ALBULIFORMES...Pág. 16 Família ALBULIDAE Albula vulpes (Linnaeus, 1758)...Pág. 17 ORDEM CLUPEIFORMES...Pág. 18 Família CLUPEIDAE Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818)...Pág. 19 Harengula sp...pág. 20 Família ENGRAULIDAE Lycengraullis batessi (Günther, 1868)...Pág. 21 Lycengraullis grossidens (Agassiz, 1829)...Pág. 22 ORDEM SILURIFORMES...Pág. 23 Família ARIIDAE Aspistor luniscutis (Valenciennes, 1840)...Pág. 24 Bagre bagre (Linnaeus, 1758)...Pág. 25 Cathorops spixii (Agassiz, 1829)...Pág. 26 Sciades herzbergii (Bloch, 1794)...Pág. 27 Sciades proops (Valenciennes, 1840)...Pág. 28 ORDEM BATRACHOIDIFORMES...Pág. 29 Família BATRACHOIDIDAE Batrachoides surinamensis (Bloch & Schneider, 1801)...Pág. 30 ORDEM LOPHIIFORMES...Pág. 31 Família Ogcocephalidae Ogcocephalus vespertilio (Linnaeus, 1758)...Pág. 32 ORDEM MUGILIFORMES...Pág. 33 Família MUGILIDAE Mugil curema (Valenciennes, 1836)...Pág. 34 ORDEM ATHERINIFORMES...Pág. 35 Família ATHERINOPSIDAE Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard,1824)...Pág. 36 ORDEM BELONIFORMES...Pág. 37 Família HEMIRAMPHIDAE Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758)...Pág. 38 ORDEM SCORPAENIFORMES...Pág. 39 Família DACTYLOPTERIDAE Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758)...Pág. 40 ORDEM PERCIFORMES...Pág. 41 Família CENTROPOMIDAE Centropomus undecimalis (Bloch, 1792)...Pág. 42 Centropomus parallelus Poey, Pág. 43 Família SERRANIDAE Alphestes afer (Bloch, 1793)...Pág. 44

9 Epinephelus adscensionis (Osbeck, 1771)...Pág. 45 Epinephelus morio (Valenciennes, 1828)...Pág. 46 Família PRIACANTHIDAE Priacanthus arenatus Cuvier, Pág. 47 Família CARANGIDAE Carangoides crysos (Mitchill, 1815)...Pág. 48 Caranx hippos (Linnaeus, 1766)...Pág. 49 Chloroscombrus crysurus (Linnaeus, 1766)...Pág. 50 Oligoplites palometa (Cuvier, 1832)...Pág. 51 Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801)...Pág. 52 Selene browni (Cuvier, 1816)...Pág. 53 Selene vomer (Linnaeus, 1758 )...Pág. 54 Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766)...Pág. 55 Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758)...Pág. 56 Família LUTJANIDAE Lutjanus alexandrei Moura & Lideman Pág. 57 Lutjanus analis (Cuvier, 1828)...Pág. 58 Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801)...Pág. 59 Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758)...Pág. 60 Ocyurus chrysurus (Bloch, 1791)...Pág. 61 Família LOBOTIDAE Lobotes surinamensis (Bloch, 1790)...Pág. 62 Família HAEMULIDAE Anisotremus virginicus (Linnaeus, 1758)...Pág. 63 Eucinostonus Argenteus Baird e Girard, Pág. 64 Diapterus Auratus Ranzani, Pág. 65 Genyatremus luteus (Bloch, 1790)...Pág. 66 Haemulon plumieri (Lacepéde, 1802)...Pág. 67 Haemulom parra (Desmarest, 1823)...Pág. 68 Orthopristis ruber (Cuvier, 1830)...Pág. 69 Pomadasys corvinaeformis (Steindachner, 1868)...Pág. 70 Família SPARIDAE Archosargus probatocephalus (Walbaum, 1792)...Pág. 71 Archosargus rhomboidalis (Linnaeus, 1758)...Pág. 72 Calamus penna (Valenciennes, 1830)...Pág. 73 Família POLYNEMIDAE Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758)...Pág. 74 Família SCIAENIDAE Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830)...Pág. 75 Cynoscion acoupa (Lacepéde, 1801)...Pág. 76 Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830)...Pág. 77 Cynoscion microlepidotus (Cuvier, 1830)...Pág. 78 Isopisthus parvipinnis (Cuvier, 1830)...Pág. 79 Larimus breviceps Cuvier, Pág. 80 Micropogonias furnieri (Desmares, 1823)...P.ág. 81 Menticirrhus americanus (Linnaeus, 1758)...Pág.82 Stellifer brasiliensis (Schultz, 1945)...Pág. 83 Família EPHIPPIDAE Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782)...Pág.84 Família SPHYRAENIDAE Sphyraena barracuda (Walbaum, 1792)...Pág. 85 Família TRICHIURIDAE Trichiurus lepturus (Linnaeus, 1758)...Pág. 86 Família SCOMBRIDAE Scomberomorus brasiliensis Collete, Russo & Zavala, Pág. 87

10 Família STROMATEIDAE Peprilus paru Linnaeus, Pág. 88 ORDEM PLEURONECTIFORMES...Pág. 89 Família PARALICHTHYIDAE Citharichthys spilopterus (Gunther, 1862)...Pág. 90 ORDEM TETRAODONTIFORMES...Pág. 91 Família DIODONTIDAE Chilomycterus antillarum (Jordan & Rutter, 1897)...Pág. 92 Família TETRAODONTIDAE Lagochephalus laevigatus (Linnaeus, 1766)...Pág. 93 Sphoeroides testudineus (Linnaeus,1758)...Pág. 94 Outras Espécies Encontradas no Estuário...Pág. 95 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...Pág. 97 A Saúna é veiaca! Lucimar das tainhas ao iniciar sua explicação de como captura esses peixes.

11 INTRODUÇÃO Figura 1. Localização do Estuário dos Rios Tomonha e Ubatuba. Mapa Google Earth. O sistema estuarino Timonha / Ubatuba está localizado na divisa dos Estados do Ceará e Piauí. Os rios Timonha e Ubatuba têm suas nascentes na Serra da Ibiapaba, cadeia montanhosa que acompanha as divisas entre os dois estados, e ao encontrarem o mar, recebem as águas de diversos rios e lagoas que terminam na Barra do Timonha (figura 1). É uma região estuarina que abriga uma das maiores áreas de mangue do nordeste brasileiro e oferece um importante berçário para a reprodução de inúmeros animais marinhos. Nesse complexo ecossistema habita uma fauna de peixes pouco estudada e que serve de sustento para muitos pescadores artesanais da região (Mai et al., 2012). Poucos trabalhos tem se dedicado a explorar a diversidade da ictiofauna estuarina das regiões norte e nordeste do Brasil (Marceniuk et al., 2013). Esse livro tem por objetivo descrever parte da diversidade do pescado comercializada na região do estuário dos rios Timonha e Ubatuba. O presente trabalho apresenta os resultados parciais obtidos pelo projeto Pesca Solidária, sub-projeto Identificação das Espécies Comerciais do Estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Além de descrições das espécies de peixes da região, o trabalho apresenta fotos e dados sobre distribuição geográfica, habitat e biologia das espécies. 11

12 METODOLOGIA Para a realização deste trabalho foram feitas amostragens no mercado público de Chaval, CE, no período de agosto de 2014 a agosto de 2015 (figura 2). Por igual período de tempo, peixes foram obtidos a partir de pescadores da região de Chaval e Cajueiro da Praia, PI. Também foram realizadas coletas com rede de arrasto nas margens do estuário em Cajueiro da Praia e Chaval (figuras 3 e 4 ). Todas as espécies encontradas foram fotografadas a fresco sempre que possível (figura 5). Espécimes capturados vivos foram eutanasiados com solução de Eugenol, óleo de cravo, logo após fixados em formalina a 10%, posteriormente conservados em álcool 70%. Licença de coleta foi expedida pelo MMA/ ICMBIO número Espécimes foram identificados com base em chaves dicotômicas, manuais de identificação, descrições originais e revisões taxonômicas (Carpenter, 2002; Espirito Santo et al., 2005; Figueiredo & Menezes, 1978; Lessa & Nóbrega, 2000; Menezes & Figueiredo, 1980; Marceniuk, 2005; Marceniuk & Menezes, 2007; Menezes & Figueiredo, 1985; Menezes & Figueiredo, 2000; Menezes et al., 2015; Moura & Lindeman, 2007; Nóbrega et al., 2010; Spilman, 2000). A classificação seguida foi a de Nelson (2006) e Menezes et al., (2003). Terminologia utilizada para descrições morfológicas das espécies foi a mesma utilizada por Bemvenutti & Fischer (2010). As descrições das espécies resultam da análise dos exemplares obtidos em coleta, por Figura 2. Equipe do projeto adquirindo peixes no mercado público de Chaval. Peixes vendidos nesse mercado são pescados no estuário. meio de compra ou doação que estão agora tombados na Coleção Ictiológica da UESPI, Campus Parnaíba (UESPIPHB), além de pesquisa em diversas publicações. A descrição das famílias resulta da compilação de várias fontes bibliográficas. 12

13 Figura 3. Coleta com rede do tipo picaré, arrasto, em Cajueiro da Praia, Porto do Itam. Figura 4. Coleta com rede do tipo picaré, arrasto, no Porto dos Mosquitos em Chaval. Figura 5. Preparação para fotografia dos peixes. 13

14 Termos técnicos e medidas Vista lateral de um scianideo 14

15 ORDEM ELOPIFORMES Peixes da ordem Elopiformes habitam oceanos tropicais e subtropicais. Nessa ordem estão incluídos os peixes popularmente conhecidos como mocinhas, ubaranas, tarpão e camurupim. Apresentam coloração prateada, nadadeira pélvica em posição abdominal; corpo esguio, usualmente comprimido; aberturas branquiais amplas; nadadeira caudal furcada; escamas ciclóides; boca margeada por pré maxila e dentes maxilares; maxila superior extendendo-se além do olho; ponta do focinho não sobrepondo a boca; nenhum canal sensorial extendendo-se até a pequena pré-maxila. Membros da ordem Elopiformes apresentam um tipo de larva característica conhecida como Leptocephala. Duas famílias de Elopiformes ocorrem no estuário dos rios Timonha e Ubatuba: Elopidae e Megalopidae. 15

16 ELOPIDAE Elops saurus Linnaeus, 1766 Ubarana Descrição. Corpo fusiforme e alongado; atinge cerca de 20 cm de comprimento total; boca grande, terminal com dentes pequenos; origem da nadadeira dorsal aproximadamente na metade do corpo; nadadeira anal curta situada entre a dorsal e caudal; nadadeira dorsal única; nadadeiras pélvicas abaixo à dorsal; nadadeira caudal furcada; escamas diminutas e numerosas; dorso levemente escuro, laterais e ventre prateados; nadadeiras hialinas e levemente amareladas. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Distribuição e habitat: Atlântico ocidental, de Cape Cod ao sudeste do Brasil. Habita águas costeiras. Material testemunho: UESPIPHB 532. Biologia. Alimenta-se de peixes de pequeno porte e crustáceos. Juvenis alimentam-se de larvas de insetos. Observação. Baixo valor comercial. 16

17 MEGALOPIDAE Megalops atlânticus (Valenciennes, 1846) Camurupim Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente comprimido; boca grande e oblíqua; mandíbula projetada para frente; cor prateada, com o dorso escuro; nadadeiras pélvicas situadas adiante da dorsal; nadadeira dorsal única com raios; último raio da dorsal prolongado em um filamento que se destaca; anal com e linha lateral com escamas; placa óssea alongada na região gular; nadadeira caudal furcada. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Distribuição e habitac: Atlântico. No Atlântico ocidental é assinalada da Nova Escócia até a Argentina. Vive em águas costeiras, em geral salobras. Lote testemunho UESPIPHB 436. Biologia. Alimenta-se de pequenos peixes e crustáceos. sobrevive em águas com pouco oxigênio dissolvido. Vem a superfície engolir ar periodicamente (respiração atmosférica). A bexiga natatória ligada a cavidade bucal é modificada para esse tipo de respiração. Tamanho máximo encontrado. 39,5 cm. Tamanho máximo na literatura consultada. 2,5 m. Observação. Espécie com média importância comercial. Considerada ameaçada pela International Union of Conservation of Nature (IUCN) Adams et al. (2012). 17

18 ORDEM ALBULIFORMES A ordem Albuliformes é um grupo de peixes marinhos cosmopolitas que ocorre nos mares de todo mundo. São raros em ambientes estuarinos e de água doce. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba ocorre uma famíia de Albuliformes típica de mares tropicais: Albulidae. Apresentam corpo roliço, coloração prateada; nadadeiras sem espinhos, peitorais em posição baixa, pélvicas se localizam posteriormente a base da nadadeira dorsal; aberturas branquiais amplas; nadadeira caudal furcada; escamas ciclóides; boca em posicão ventral. 18

19 ALBULIDAE Albula vulpes (Linnaeus, 1758) Ubarana-focinho-de-rato Descrição. Corpo fusiforme e alongado; atinge cerca de 1 m de comprimento total; exemplar examinado tem 23 cm de comprimento; boca grande, ventral; origem da nadadeira dorsal aproximadamente na metade do corpo; nadadeira anal curta; nadadeira dorsal única; nadadeiras pélvicas abaixo e após à dorsal; nadadeira caudal bifurcada; escamas diminutas e numerosas; dorso levemente escuro, laterais e ventre prateados; nadadeiras hialinas e levemente amareladas. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Distribuição e habitat: Em todos mares quentes. Vive em águas rasas. Lote de referência: UESPIPHB 467. Biologia. Alimenta-se de moluscos, camarões, caranguejos, outros invertebrados de e de peixes de pequeno porte. Observação. Baixo valor comercial. 19

20 ORDEM CLUPEIFORMES Clupeiformes compreendem as sardinhas, manjubas, anchovas, arenques e arengas São peixes de pequeno porte, comprimidos lateralmente, prateados e com quilha mediada formada por escamas modificadas. Nadadeiras pélvicas, quando presentes, diminutas, posicionadas ventralmente abaixo da dorsal. Sem espinhos nas nadadeira. Muitas espécies de Clupeiformes são alimentadores de plâncton, com rastros branquias longos e algumas vezes muito numerosos. Este grupo é muito importante na pescaria comercial. Foram identificadas cinco espécies de Clupeiformes pertencentes a duas famílias: Clupeidae e Engraulidae. 20

21 CLUPEIDAE Opisthonema oglinum (Lessueur, 1818) Sardinha-bandeira Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente comprimido; atinge cerca de 10 cm de comprimento total. boca terminal; primeiro arco branquial com mais de 100 rastros branquiais curtos na parte inferior; origem da nadadeira dorsal aproximadamente na metade do corpo; nadadeiras pélvicas abaixo à dorsal; nadadeira anal com raios; uma mancha negra arredondada na parte superior da margem da abertura branquial, seguidas de outras bem menores, alinhadas horizontalmente; último raio da nadadeira dorsal prolongado; nadadeira caudal furcada com margens escurecidas; laterais e ventre prateados. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Distribuição: Atlântico ocidental, do golfo do Mainé até Santa Catarina. Lote testemunho: UESPIPHB 454. Observação. Espécie com baixo valor comercial. 21

22 CLUPEIDAE Harengula sp Arenga-do-olhão Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente comprimido, boca terminal; atinge cerca de 10 cm de comprimento total; nadadeira dorsal única, situada aproximadamente na metade do corpo; nadadeiras pélvicas abaixo à dorsal; nadadeira anal curta; possui quilha serrilhada no ventre; rastros branquiais finos; escamas do corpo firmemente presas; dorso e parte superior das laterais do corpo levemente cinza, com faixa horizontal prateada; ventre prateado; uma pequena mancha escura na base superior da nadadeira caudal; nadadeiras trans lúcidas, com exceção da nadadeira caudal que tem as margens fracamente escurecidas. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Observação: Distingue-se de Harengula clupeola (Cuvier, 1829) por não apresentar mancha negra no tronco. Distribuição: Atlântico ocidental, do golfo do Mainé até Santa Catarina. Lote testemunho: UESPIPHB

23 ENGRAULIDAE Lycengraulis batesii (Günther, 1868) Arenga-branca Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente comprimido. Atinge cerca de 20 cm de comprimento total. Boca grande, com dentes caniniformes bem espaçados na mandíbula, dando um aspecto serrilhado. Focinho proeminente e arredondado. Primeiro arco branquial com 14 rastros branquiais curtos na parte inferior. Origem da nadadeira dorsal aproximadamente na metade do corpo. Origem da nadadeira anal abaixo da metade da base da nadadeira dorsal. Nadadeiras pélvicas anteriores à dorsal. Extremidade das nadadeiras peitorais alcança a linha da base das nadadeiras pélvidas. As escamas soltam-se facilmente ao manuseio. Dorso levemente esverdeado a azulado, laterais e ventre prateados. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Distribuição: ocorre a leste do oceano Atlantico Central e Sul, incluindo as drenagens dos rios Orinogo, Manacacias, Guianas e bacia Amazônica. Após lote testemunho: UESPIPHB

24 ENGRAULIDAE Lycengraulis grossidens (Agassiz, 1829) Arenga-branca Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente comprimido. Atinge cerca de 20 cm de comprimento total. Boca grande, com dentes caniniformes bem espaçados na mandíbula, dando um aspecto serrilhado. Focinho proeminente e arredondado. Primeiro arco branquial com rastros branquiais curtos na parte inferior. Origem da nadadeira dorsal aproximadamente na metade do corpo. Origem da nadadeira anal abaixo da metade da base da nadadeira dorsal. Nadadeiras pélvicas anteriores à dorsal. Extremidade das nadadeiras peitorais alcança a linha da base das nadadeiras pélvidas. As escamas soltam-se facilmente ao manuseio. Dorso levemente esverdeado a azulado, laterais e ventre prateados. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Distribuição e habitat: Ocorre desde a Venezuela (19 N) até a Argentina (aproximadamente 41 S). Habita águas costeiras rasas até a profundidade de 40 m, prefere águas de baixa salinidade e entre em rios costeiros e estuarinos. Após lote testemunho: UESPIPHB 515. Biologia. Espécie predadora, alimenta-se de zooplâncton, crustáceos e principalmente de pequenos peixes. 24

25 ORDEM SILURIFORMES A ordem Siluriformes é um grupo de peixes cosmopolita ocorrendo na Ásia, África, Europa, Américas e Oceania. A ordem inclui mais de espécies distribuídas em 37 famílias (Eschmeyer & Fong, 2015), vulgarmente, conhecidas como bagres ou bodós e habitando água doce, salobra ou marinha nos seus mais variados ambientes. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba ocorrem pelo menos cinco espécies da família Ariidae, a única família representada na área de estudo. Bagres da família ariidae apresentam cabeça formada por placas ósseas, rugosas e visíveis sob a pele, que se extendem até a origem da nadadeira dorsal. Boca terminal ou inferior. Possuem de dois a três pares de barbilhões. Nadadeira dorsal e peitorais com acúleo serrilhado. Corpo revestido por pele sem escamas, escuro no dorso e pálido no ventre. Habitam águas marinhas, estuarinas e doces de regiões temperadas quentes e tropicais, em regiões litorâneas pouco profundas, sobre fundos de lama ou areia. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba, os bagres são capturados em curral e espinel principalmente e possuem considerável importância comercial para região 25

26 ARIIDAE Aspistor luniscutis (Valenciennes, 1840) Bagre-amarelo Descrição. Corpo comprimido dorso lateralmente; boca inferior com dois pares de barbilhoes no maxilar inferior, um par no superior; dentes palatinos não situados em projeções carnosas salientes; sem membrana entre as narinas; placa dorsal grande, quase tão longa quanto larga; escudo cefálico granulado visível abaixo da pele; nadadeira pélvica pós nadadeira dorsal; nadadeira adiposa longa, sua base tão longa quanto a base da nadadeira anal. nadadeira caudal furcada; Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978), Marceniuk (2005) e Marceniuk & Menezes (2007). Distribuição. Norte e leste da América do Sul em águas marinhas e estuarinas. Lote testemunho: UESPIPHB

27 ARIIDAE Bagre bagre (Linnaeus, 1758) Bagre-fita Descrição. Corpo comprimido dorso lateralmente; boca com um par de barbilhões no maxilar inferior, um par no superior achatado comprido que se extende além da nadadeira pélvica; sem membrana entre as narinas; nadadeira adiposa curta, menos da metade do comprimento da base da nadadeira anal; nadadeira anal longa com 32 a 35 raios; nadadeira caudal furcada; Corpo escuro na região dorsal tornando-se gradativamente mais claro na parte inferior; nadadeiras laranja-claro com pigmentos escuros esparsos. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978), Marceniuk (2005) e Marceniuk & Menezes (2007). Distribuição e habitat: Norte e sudeste da América do Sul. Relativamente comum em nosso litoral, predominantemente nas águas salgadas, mas também nos estuários. Lote testemunho: UESPIPHB

28 ARIIDAE Cathorops spixii (Agassiz, 1829) Bagre-bandeira Descrição. Corpo comprimido dorso lateralmente; boca com três pares de barbilhões, um no maxilar inferior e dois mentonianos; sem membrana entre as narinas; sulco mediano no dorso da cabeça sem constrição; nadadeira adiposa curta, menos da metade do comprimento da base da nadadeira anal; nadadeira caudal furcada; Corpo escuro na região dorsal tornando-se gradativamente mais claro na parte inferior; nadadeiras laranjaclaro com pigmentos escuros esparsos. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978), Marceniuk (2005) e Marceniuk & Menezes (2007) Distribuição e habitat: Nordeste da América do Sul das Guianas até o sul do Brasil. Presente em ambientes marinhos e estuarinos. Lote testemunho: UESPIPHB

29 ARIIDAE Sciades herzbergii (Bloch, 1794) Bagre-camboeiro Descrição. Corpo comprimido dorso lateralmente; boca com três pares de barbilhões, um no maxilar inferior e dois mentonianos; barbilhões maxilares escuros e longos, quase chegando até a base das nadadeiras peitorais; narinas unidas por dobra de pele; placa pré-dorsal semi-lunar e de ramos estreitos; nadadeira adiposa curta, menos da metade do comprimento da base da nadadeira anal; nadadeira caudal furcada; corpo escuro na região dorsal tornando-se gradativamente mais claro na parte inferior. Literatura recomendada: Marceniuk (2005) e Marceniuk & Menezes (2007). Distribuição e habitat: Norte e sudeste da América do Sul das Guianas até o sul do Brasil. Presente em ambientes marinhos e estuarinos. Está presente em todo estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Lote testemunho: UESPIPHB 401. Métodos de pesca na região: Principalmente artesanal com redes de emalhar, curral e anzol. 29

30 ARIIDAE Sciades proops (Valenciennes, 1840) Bagre-cambeba Descrição. Corpo comprimido dorso lateralmente; boca com três pares de barbilhões, um no maxilar inferior e dois mentonianos; barbilhões maxilares escuros e longos, quase chegando até a base das nadadeiras peitorais; narinas sem membranas entre si; placa pré-dorsal pequena em forma decrescente, seu comprimento na linha mediana muito menor que sua largura, processo occipital sem constrição em sua base, mais longo que sua parte distal; nadadeira adiposa lonnga, mais da da metade do comprimento da base da nadadeira anal; nadadeira caudal furcada; Corpo escuro na região dorsal tornando-se gradativamente mais claro na parte inferior. Literatura recomendada: Marceniuk (2005) e Marceniuk & Menezes (2007). Distribuição e habitat: Norte e sudeste da América do Sul das Guianas até o sul do Brasil. Presente em ambientes estuarinos, mas também de água doce. Está presente em todo estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Lote testemunho : UESPIPHB 484. Métodos de pesca na região: Principalmente artesanal com redes de emalhar, curral e anzol. 30

31 ORDEM BATRACHOIDIFORMES A ordem Batrachoidiformes compreende um grupo de espécies que se caracterizam por possuir corpo sem escamas, cabeça deprimida, olhos em posição dorsal. Apresentam espinhos dorsais e operculares e coloração escura. Possuem duas nadadeiras dorsais, sendo a anterior formada por dois ou três espinhos em cuja base podem ocorrer glândulas de veneno; nadadeiras pélvicas são anteriores e localizam-se ventralmente a câmara branquial. São carnívoros, vivem sobre o fundo e de preferência em águas rasas costeiras. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba ocorre uma espécie que também é comum no norte e nordeste do Brasil que pertence a família Batrachoididae. 31

32 BATRACHOIDIDAE Batrachoides surinamensis (Bloch & Schneider, 1801) Pacamão Descrição. Corpo achatado dorso ventralmente; escamas muito pequenas inseridas na pele; opérculo com dois espinhos fortes e divergentes; sub-opérculo também com dois espinhos; região prédorsal e entre os olhos sem escamas; abertura branquiais grandes; mandíbula ligeiramente prognata; nadadeiras peitorais e caudal arredondadas; corpo escuro, coloração marrom na região dorsal tornando-se gradativamente mais claro na parte inferior. Literatura recomendada: Espirito Santo et al. (2005). Distribuição e habitat: Atlântico Ocidental, de Honduras ao sudeste do Brasi. Presente nos substratos lodosos rasos e junto as algas podendo entrar em ambientes dulce aquícolas. Parece predar peixes bentônicos; está presente em todo estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Lote testemunho: UESPIPHB 458. Métodos de pesca na região: Principalmente artesanal com redes de emalhar, curral e anzol. 32

33 ORDEM LOPHIIFORMES Lophiiformes apresentam forma de corpo bizarro, são todos marinhos sendo a maioria habitantes de grandes profundidades. Todos representantes dessa ordem possuem uma modificação do primeiro raio da nadadeira dorsal em uma estrutura chamada de ilício, que se situa em uma cavidade localizada entre a boca e a ponta do focinho. O ilício funciona como isca para atrair outros peixes que possam servir como alimento. Nadadeiras pélvicas, quando presentes, localizam-se à frente das peitorais. Na região de estudo foram encontradas duas espécies pertencentes a família Ogcocephalidae: Ogcocephalus verpertilio, com focinho longo, de comprimento igual ou maior que a largura da boca e O. notatus, com focinho curto, bem menor que a largura da boca. 33

34 OGCOCEPHALIDAE Ogcocephalus vespertilio (Linnaeus, 1758) Peixe-cachimbo Descrição. Corpo muito deprimido, de aspecto losangular quando visto de cima; focinho longo, boca pequena, subfrontal; aberturas branquiais recuadas posicionadas perto da base das nadadeiras peitorais, a meia-distância entre o rostro e o início da nadadeira caudal; pele áspera, com muitas projeções dérmicas; cor marrom-acinzentado, nadadeiras peitorais e caudal em geral com margem negra. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978). Distribuição e habitat. Ocorre no Atlântico Ocidental, desde o Caribe ao sul do Brasil. Consegue deslocar-se sobre o fundo do mar utilizando suas nadadeiras peitorais. Lote testemunho: UESPIPHB

35 ORDEM MUGILIFOMES Ordem mugiliformes compreende as tainhas e saúnas que estão agrupadas em uma única família, Mugilidae. Grupo que apresenta o corpo quase cilíndrico anteriormente e lateralmente comprimido posteriormente. Boca terminal, relativamente pequena e de forma angular quando fechada; dentes são diminutos, flexíveis, distribuídos em séries irregulares, os mais externos sendo em geral um pouco mais desenvolvidos. Olho é parcialmente recoberto por um pálpebra adiposa. Apresentam duas nadadeiras dorsais curtas, triangulares e bem separadas uma da outra, a anterior com quatro espinhos e a posterior com um espinho e um número variável de raios moles. Nadadeiras peitorais em posição lateral e superior, acima da linha média do corpo. Nadadeiras pélvicas ficam um pouco atrás das peitorais, mas em posição ventral. Sua carne é bem apreciada. Um gênero e uma espécie da família mugilidae foi identificado. 35

36 MUGILIDAE Mugil curema Valenciennes, 1836 Tainha Descrição. Corpo alongado, comprimido. Maior altura na vertical através da origem da nadadeira dorsal. Perfil da dorsal levemente convexo da vertical através da borda anterior da órbita ao pedúnculo caudal, levemente côncavo ao longo do pedúnculo caudal. Perfil ventral da cabeça e corpo fortemente convexo da ponta da mandíbula inferior ao pedúnculo caudal, reto a levemente côncavo ao longo do pedúnculo caudal, a vertical através da base reta a levemente côncava ao longo do pedúnculo caudal, para vertical através da base da nadadeira caudal. Diâmetro orbital maior do que o comprimento do focinho. Olho grandemente coberto por tecido adiposo, deixando apenas uma área central ovalada não coberta em adultos. Tecido adiposo quase ausente em espécimes menores 30 a 35 milímetros de comprimento padrão. Nadadeira peitoral não alcançando a vertical através da origem do primeiro espinho da nadadeira dorsal.nadadeira anal com três espinhos e nove a dez raios ramificados em adultos. Primeiro espinho da nadadeira dorsal posicionado na metade entre a ponta do focinho e a base da nadadeira caudal. Uma conspícua mancha escura que se estende sobre grande parte da porção basal da nadadeira peitoral. Literatura recomentadada: Menezes & Figueiredo (1985) e Menezes et al. (2015). Distribuição. Do Estado do Pará ao Rio Grande do Sul. Hábitos. Espécie abundante no estuário, encontrada em zonas estuarinas de águas salobras, canais de maré, desembocadura de rios, lagoas salobras e hipersalinas, águas marinas costeiras, túbidas e claras. Alimentase de detrito e plâncton. Lote testemunho: UESPIPHB 368. Importância comercial. Alta. Observação. Juvenis são chamados de saúnas pela população local. 36

37 ORDEM ATHERINIFORMES Peixes da ordem Atheriniformes são morfologicamente parecidos com Mugiliformes (tainhas e saúnas), pois também possuem duas nadadeiras dorsais, nadadeira peitoral em posição lateral e superior e nadadeira pélvica anterior a primeira dorsal. Foi diagnosticada uma espécie pertencente a família Atherinidae no estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Atherinideos possuem boca pequena e terminal. Apresentam uma faixa lateral prateada, a primeira nadadeira dorsal composta de espinhos fracos e localizada próximo á região mediana do tronco. São peixes pequenos com no máximo 15 cm de comprimento 37

38 ATHERINOPSIDAE Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) Manjuba Descrição. 35 a 40 séries transversais de escamas, da margem superior do opérculo à base da nadadeira caudal. Nadadeira anal com 17 a 22 raios; origem da primeira nadadeira dorsal um pouco atrás da origem da nadadeira anal; origem da nadadeira peitoral na altura da margem superior do olho. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978) e Espirito Santo et al. (2005). Distribuição e habitat. Ocorre da Venezuela ao Rio Grande do Sul. Espécie comum nos ambientes mais costeiros e presente em todo estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Alimenta-se de plâncton e detritos vegetais e, em menor escala, de pequenos peixes e invertebrados. Lote testemunho: UESPIPHB 430. Tamanho máximo encontrado. 13 cm. 38

39 ORDEM BELONIFORMES Peixes da ordem Beloniformes possuem um bico longo, formado pelo grande prolongamento de ambas as maxilas, providas de numerosos dentes pequenos e finos. Corpo longo e estreito, em geral prateado lateral e inferiormente. As nadadeiras possuem apenas raios e tanto a dorsal como a anal se situam muito para trás, próximo da cauda. Nadadeiras pélvicas ficam na região abdominal e possuem seis raios. Peitorais geralmente curtas. A linha lateral situa-se na parte lateral inferior do corpo. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba foram identificadas três espécies pertencente a ordem Beloniformes: Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758), Hyporhamphus roberti (Valenciennes, 1847) e Strongylura timocu (Walbaum, 1792) 39

40 HEMIRAMPHIDAE Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758) Peixe-agulha Descrição. Formato geral do corpo alongado, cilindrico; boca superior, mandíbula inferior projetada de maneira a formar um rostro sem escamas; porção anterior ao olho sem crista; nadadeiras peitorais laterais em posição superior; nadadeiras pélvicas em posição abdominal; caudal e anal posteriormente posicionadas; nadadeira caudal com o lóbulo inferior nitidamente maior que o superior; nadadeira anal com raios. Padrão geral de cor prateado; parte superior do corpo escura e inferior branca; mandíbula quase totalmente negra; nadadeiras dorsal e caudal mais escuras que as demais nadadeiras; ponta da mandíbula, lóbulo superior da nadadeira caudal e parte da nadadeira dorsal alaranjadas. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1978) e Espirito Santo et al. (2005). Distribuição e habitat. Amplamente distribuído em ambas as costas do Atlântico. No Atlântico Ocidental, é encontrado desde a região da Nova Inglaterra (EUA) até o sudeste do Brasil. Muito abundante no nordeste do Brasil. Vive na superfície de águas costeiras, geralmente em cardumes alimentando-se de algas, detritos e pequenos crustáceos. Realiza desovas ao longo do ano todo. Lote testemunho: UESPIPHB 461. Tamanho máximo encontrado. 34 cm. Tamanho máximo na literatura consultada. 40 cm. Importância comercial. Capturado com rede de emalhe superficial; grande importância para a pesca artesanal como fonte de renda, isca e alimentação. 40

41 ORDEM SCORPAENIFORMES Apresentam escudo cefálico ósseo bem desenvolvido com espinhos quilhados na parte posterior de cada lado e nadadeiras peitorais muito longas e arredondadas, membranas entre os raios inferiores. Apesar do grande tamanho da nadadeira peitoral, não são utilizadas para o planeio fora da água, como acontece com o os verdadeiros peixes voadores da família Exocoetidae. São peixes de fundo que se locomovem com o auxílio das nadadeiras pélvicas no ambiente onde vivem, geralmente com lama ou areia. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba foram identificadas duas espécies: uma pertencente a família Dactylopteridae e outra a família Triglidae. 41

42 DACTYLOPTERIDAE Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758) Voador Descrição. Corpo achatado. Nadadeira dorsal com seis a sete espinhos e oito raios. nadadeira anal com seis raios. Dentes presentes nas maxilas, mas não no palato. Cor predominante escura, mas variável entre marrom e negra. Raios das nadadeiras alternam faixas escuras e claras. Ventre claro. Nadadeiras pélvicas e anal claras. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1980). Distribuição e hábitos. Ocorre no Atlântico oriental; neste último estende-se das Bermudas à Argentina. Vivem nas zonas rasas dos estuários e já foram capturados no mar em profundidades de até 62 m. Lote testemunho: UESPIPHB 449. Tamanho máximo na literatura consultada. 45 cm. Tamanho máximo encontrado. 39,5 cm. Importância comercial. Não é consumido. 42

43 ORDEM PERCIFORMES Até recentemente Ordem Perciformes era a mais diversificada dentre as ordens de vertebrados e também como um grupo dominante entre os peixes neotropicais. Incluia 160 famílias até Betancur-R et al. (2013) redefini-la em um agrupamento natural com um conjunto menor de famílas e espécies. Atualmente Perciformes é constituída pelas famílias Centrarchidae, Percidae, Apogonidae, Pomatomidae, Echeneididae, Carangidae, Lutjanidae, Haemulidae, Sciaenidae e Chaetodontidae. Várias outras famílias foram alocadas em novas ordens. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba foram identificados representantes as famílias Lutjanidae, a família das Ciobas e Carapitangas, Haemulidae, a família dos Corós, Sciaenidae, a família das pescadas, Carangidae, a família dos peixes-galo e Echeneididae, a família das rêmoras. Por questões práticas, seguimos o esquema tradicional de classificação para Perciformes conforme Nelson (2006), sabendo que futuros trabalhos adotarão a proposta classificatória de Betancur-R et al. (2013). 43

44 CENTROPOMIDAE Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) Camurim Descrição. Corpo alongado, fusiforme. Mandíbula inferior pronunciada, prognata. Primeiro arco branquial com rastros. Oito espinhos na primeira nadadeira dorsal. Um espinho mais 11 raios moles na segunda nadadeira dorsal. Escamas ctenóides. Linha lateral com 67 a 77 escamas perfuradas, de cor escura. Segundo espinho da nadadeira anal geralmente menos desenvolvido, quase nunca ultrapassando a extremidade do terceiro; terceiro raio da anal levemente curvo. Extremidade da pélvica não alcançando margem anterior do ânus, mas ultrapassando um pouco o comprimento da peitoral. Corpo prateado, com tonalidade mais escura no dorso. Nadadeiras dorsais, parte anterior da anal e lobo inferior da caudal enegrecidos. Peitorais, pélvicas e lobo superior da caudal mais claros, com pouca pigmentação. Figueiredo & Menezes (1980). Distribuição e hábitos. Distribui-se do sul da Florida (EUA) ao sul do Brasil. Adultos encontrados em águas marinhas superficiais, de substrato mole e em profundidades de menos de 20 m. Juvenis nos estuários e lagunas, tanto em águas salobras quanto hipersalinas. Lote testemunho: UESPIPHB 463. Tamanho máximo na literatura consultada. 150 cm e 25 kg. Tamanho máximo encontrado. 39,5 cm. Importância comercial. Alta. 44

45 CENTROPOMIDAE Centropomus parallelus Poey, 1860 Camurim Descrição. Corpo alongado, fusiforme. Sete a oito espinhos na primeira nadadeira dorsal. Terceiro espinho da nadadeira dorsal maior do que o quarto. Um espinho mais 10 raios moles na segunda nadadeira dorsal. Escamas ctenóides. Linha lateral com 79 escamas perfuradas, de cor escura. Segundo espinho da nadadeira anal maior do que o terceiro, chegando a base da nadadeira caudal; terceiro raio da anal levemente curvo. Extremidade da pélvica não alcançando margem anterior do ânus, mas ultrapassando um pouco o comprimento da peitoral. Corpo prateado, com tonalidade mais escura no dorso e pigmentação escura esparsa nas nadadeiras dorsal, caudal e anal. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1980). Distribuição e hábitos. Distribui-se da Flórida (EUA) ao sul do Brasil. Habita estuários e área costeira até aproximadamente 30 m de profundidade. Lote testemunho: UESPIPHB 425. Tamanho máximo na literatura consultada. 60 cm. Tamanhos mínimo e máximo encontrados. 16,5 cm e 26 cm. Importância comercial. Carne saborosa e de grande valor comercial. Arte de pesca ou forma de captura. Assim como C. undecimalis, pode ser capturado com rede de emalhar e linha de mão. 45

46 SERRANIDAE Alphestes afer (Bloch, 1793) Peixe-gato Descrição. Corpo alongado com escamas pequenas. Boca ampla e terminal, com muitos dentes pequenos. Primeiro arco branquial com 21 a 24 rastros. Caracterizase por apresentar no ângulo do préopérculo um espinho grande, achatado e voltado para a frente. Nadadeira dorsal com 11 espinhos e 18 a 19 raios; nadadeira anal com 8 a 9 raios. Colorido do corpo variando de alaranjado a marrom. Várias pequenas manchas irregulares laranjas com algumas manchas sem formato definido de tonalidade escura. Manchas escuras formam faixas transversais e se prolongam nas nadadeiras. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1980). Distribuição e hábitos. Distribui-se da Flórida (EUA) ao Estado de São Paulo. Habita estuários e área costeira até aproximadamente 35 m de profundidade. Lote testemunho: UESPIPHB 476. Tamanho máximo na literatura consultada. 33 cm. Tamanho máximo encontrado. 23,5 cm. Importância comercial. Alta. 46

47 SERRANIDAE Epinephelus adscensionis (Osbeck, 1771) Garoupa-pintada Descrição. Corpo alongado com escamas pequenas. Boca ampla e terminal, com muitos dentes pequenos. Terceiro ao quinto espinhos da nadadeira dorsal mais longos que os demais; margem posterior da nadadeira caudal convexa; cabeça sem pontuações negras, às vezes com manchas grandes escuras e arredondadas, corpo totalmente coberto por manchas escuras e arredondadas. Duas ou três manchas escuras maiores sob a base da nadadeira dorsal e uma superiormente no pedúnculo caudal. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1980). Distribuição e hábitos. De águas tropicais do Atlântico. Na costa americana, distribuise de Massachusetts ao Estado de São Paulo. Lote testemunho: UESPIPHB 445. Tamanho máximo na literatura consultada. 60 cm. Tamanho máximo encontrado. 22,5 cm Importância comercial. Alta. 47

48 SERRANIDAE Epinephelus morio (Valenciennes, 1828) Sirigado Descrição. Corpo alongado com escamas pequenas. Boca ampla e terminal, com muitos dentes pequenos. Segundo espinho da nadadeira dorsal mais longo que os demais; margem posterior da nadadeira caudal reta ou côncava; algumas pontuações negras minúsculas ao redor e abaixo dos olhos. Coloração geral marrom-avermelhada, com manchas claras espalhadas no corpo. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1980). Distribuição e hábitos. Distribui-se de Massachusetts até o Estado de São Paulo. Vive em fundos rochosos, desde a costa até mais de 100 m de profundidade. Lote testemunho: UESPIPHB 444. Tamanho máximo na literatura consultada. pelo menos 70 cm e 12 kg. Tamanho máximo encontrado. 23,2 cm. Importância comercial. Alta. OBS: Incluída na categoria de quase ameaçada pela IUCN (Intenational Union Conservation of Nature). 48

49 PRIACANTHIDAE Priacanthus arenatus (Cuvier, 1829) Olho-de-boi Descrição. Porte médio a pequeno. Boca muito inclinada com dentes pequenos. Corpo lateralmente comprimido, coberto de escamas pequenas e ásperas. Nadadeira dorsal com 10 espinhos e 10 a 15 raios; anal com três espinhos e 14 a 16 raios. Nadadeiras pélvicas mais curtas do que o comprimento da cabeça. Coloração geral rósea e olhos grandes. Literatura recomendada: Figueiredo & Menezes (1980). Distribuição e hábitos. Distribui-se do Canadá ao norte da Argentina. Noturno. vive em fundos rochosos e até 130 m de profundidade. Alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos e poliquetas. Lote testemunho: UESPIPHB 448. Tamanho máximo na literatura consultada. Até 40 cm. Tamanho máximo encontrado. 21,5 cm. Importância comercial. Alta. 49

50 CARANGIDAE Carangoides crysos (Mitchill, 1815) Guarajuba Descrição. Formato geral do corpo fusiforme; boca terminal; corpo coberto por muitas escamas ciclóides pequenas; adultos com nadadeira peitoral comprida falcada e maior do que o comprimento da cabeça; nadadeira dorsal com 22 a 25 raios; anal com 19 a 21; linha lateral com 42 a 56 escudetes; ramo inferior do primeiro arco branquial com 23 a 28 rastros, incluindo rudimentos; lóbulos da nadadeira caudal com mesmo tamanho; peito com escamas; Coloração prateada ou levemente amarelada; região dorsal verde-azulada; jovens con 7 faixas verticais escuras. Literatura recomendada: Menezes & Figueiredo (1980) e Espirito Santo et al., (2005). Distribuição e habitat. Atlântico ocidental, desde o Canadá até a Argentina. Pelágico, costeiro, em cardumes. Alimenta-se principalmente de peixes, mas também de crustáceos, moluscos e zooplâncton.lote testemunho UESPIPHB 369. Tamanho máximo encontrado. 29 cm. Tamanho máximo na literatura consultada. 70 cm. Importância comercial. Média. Sua carne é considerada de boa qualidade. 50

51 CARANGIDAE Caranx hippos (Linnaeus, 1766) Xaréu Descrição. Formato geral do corpo fusiforme, mais alto que Carangoides crysos, achatado lateralmente; boca terminal; corpo coberto por muitas escamas ciclóides pequenas; adultos com nadadeira peitoral comprida falcada e maior do que o comprimento da cabeça; nadadeira dorsal com 19 a 21 raios; anal com 15 a 17; linha lateral com 23 a 42 escudetes; ramo inferior do primeiro arco branquial com 14 a 28 rastros, incluindo rudimentos; região ventral adiante das nadadeiras pélvicas nua, com exceção de um pequeno conjunto mediano de escamas; lóbulos da nadadeira caudal com mesmo tamanho; peito com escamas; Coloração do dorso verde-azulado; lado do corpo prateada a amarelada; uma mancha negra proeminente na margem do opérculo, ao nível do olho; outra ovalada, na região inferior da nadadeira peitoral (ausente em exemplares muito pequenos); jovens com faixas verticais escuras no corpo. Literatura recomendada: Menezes & Figueiredo (1980). Distribuição e habitat. Atlântico ocidental, desde o Canadá até o Uruguai. Forma cardumes e frequenta regiões estuarinas. Alimenta-se basicamente de peixes, mas come também invertebrados. UESPIPHB 417. Tamanho máximo encontrado. 17 cm. Tamanho máximo na literatura consultada. 1m. Importância comercial. Média. Sua carne é considerada de boa qualidade. 51

52 CARANGIDAE Chloroscrombus chrysurus (Linnaeus, 1766) Palometa Descrição. Fenda bucal quase vertical; formato geral do corpo ovalado, perfil ventral mais convexo que o dorsal, achatado lateralmente; nadadeira dorsal com 8 espinhos anteriormente, seguidos de 1 espinho e 25 a 28 raios; linha lateral sem escudos, mas com algumas escamas mais desenvolvidas na região do pedúnculo caudal; ramo inferior do primeiro arco branquial com 30 a 37 rastros, incluindo rudimentos; lóbulo superior da nadadeira caudal um pouco maior do que o lóbulo inferior; corpo prateado; região dorsal azulesverdeada; uma mancha negra na parte dorsal do pedúnculo caudal. Literatura recomendada: Menezes & Figueiredo (1980). Distribuição e habitat. Ocorre de Massachusets (EUA) até o Uruguai. Forma cardumes e frequenta regiões estuarinas. Alimenta-se basicamente de peixes, mas come também invertebrados. Lote testemunho: UESPIPHB 370. Tamanho máximo encontrado. 17 cm. Tamanho máximo na literatura consultada. 30 cm. Importância comercial. Média. 52

53 CARANGIDAE Oligoplites palometa (Cuvier, 1832) Timbiro Descrição. Boca terminal, grande, focinho pontudo; pré-maxilar com uma fileira de dentes; corpo alongado com formato losangular, achatado lateralmente, perfil ventral moderadamente convexo; primeira nadadeira dorsal com quatro a cinco espinhos anteriormente; sem escamas; linha lateral sem escudetes; nadadeira peitoral com 18 raios; dois espinhos anteriores da nadadeira anal, pélvicas reduzidas primeiro arco branquial com 14 a 19 rastros, excluindo rudimentos; corpo prateado ou esbranquiçado, nadadeiras amareladas. Literatura recomendada: Menezes & Figueiredo (1980). Distribuição e habitat. Atlântico ocidental, desde a Guatemala até São Paulo. Espécie pelágica, frequente em águas de baixa salinidade, também no mar, até 50 m de profundidade. Alimenta-se basicamente de peixes e crustáceos, jovens comem escamas que arrancam de outros peixes. Lote testemunho: UESPIPHB 517. Tamanho máximo encontrado. 12,2 cm. Tamanho máximo na literatura consultada. 50 cm. Importância comercial. Média. Métodos de pesca na região. Redes de emalhar e em currais. 53

54 CARANGIDAE Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801) Timbiro Descrição. Boca terminal, maxilar não protráctil, mandíbula inferior não notoriamente expandido; pré-maxila com duas fileiras de dentes; formato geral do corpo losangular, achatado lateralmente, perfil ventral moderadamente convexo; primeira nadadeira dorsal com quatro a seis espinhos anteriormente; primeiro arco branquial com 17 a 21 raios, excluindo rudimentos; nadadeira peitoral menor do que o comprimento da cabeça; linha lateral sem escudetes; 11 a 15 raios na nadadeira anal; corpo prateado; região dorsal azul-esverdeada. Literatura recomendada: Menezes & Figueiredo (1980). Distribuição e habitat. Ocorre de Massachusets (EUA) até o Rio Grande do Sul. Pelágico, costeiro, também em enseadas e baías e mesmo em águas de pouca salinidade, em todas as profundidades. Alimenta-se basicamente de peixes e crustáceos, jovens comem escamas que arrancam de outros peixes. Lote testemunho: UESPIPHB 371. Tamanho máximo encontrado. 29,5 cm. Tal comamanho máximo na literatura consultada. 30 cm. Importância comercial. Média. Métodos de pesca na região. Redes de emalhare em currais. 54

55 CARANGIDAE Selene browni (Cuvier, 1816) Galo Descrição. Boca terminal, perfil da cabeça curvo; corpo alto, altura contida entre 1,6 a 1,9 vezes na distância entre a ponta do focinho e a extremidade dos raios medianos da nadadeira caudal; extremamente achatado lateralmente, perfil ventral convexo; primeiro arco branquial com 29 a 31 rastros incluindo rudimentos; corpo aparentemente nú com escamas diminutas; oito espinhos na nadadeira dorsal seguidos de 23 raios; um espinho e 17 raios na nadadeira anal. Literatura recomendada: Menezes & Figueiredo (1980). Distribuição e habitat. Atlântico ocidental, do México ao Espírito Santo. Lote testemunho UESPIPHB 372. Tamanho máximo encontrado. 15,5 cm 55

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