Guifões - Matosinhos Qualidade à dimensão humana

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1 Habitação e Reabilitação Urbana Guifões - Matosinhos Qualidade à dimensão humana Um filme diferente publicação da responsabilidade de_ artística artistica experimentação experimentação Inauguração do Complexo de Guifões Distribuição Gratuita_ Março de 2009_ ano 2_ nº4

2 índice _1 _2 _6 _11 _16 _20 _25 _29 editorial investigação Observatório da Habitação arrendamento Património Edificado do IHRU habitação social Gestão da Reabilitação do Património reabilitação urbana 2º Curso de Reabilitação de Edifícios em mudança Experimentação Artística no Vale da Amoreira qualidade de vida Complexo de Guifões - - urbanização cooperativa com lar senior vidas O IHRU num filme diferente ficha técnica Director: Eng. Nuno Vasconcelos Projecto e Produção: Dr. Luís Macedo e Sousa Design Gráfico e Paginação: Maria Alexandra Reis Silva Conteúdos: Redação da Causas Comuns Impressão: Europress, Lda Tiragem: exemplares nº4_março 2009 Causas Comuns é uma publicação periódica do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

3 editorial Cerca de 16 milhões de euros é quanto o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana vai investir nos próximos anos em reabilitação de bairros que são património próprio e que se inserem numa operação mais vasta, que inclui o município de Lisboa e o reordenamento da área ocidental da cidade, denominado Viver Marvila. Um assinalável exemplo de cooperação, sentido de responsabilidade e orgulho em dar um novo alento, coerência e qualidade urbanística à capital do país. Outros vinte e cinco milhões de euros foram, no início deste ano, caucionados e atribuidos ao abrigo de vários contratos-programa estabelecidos, a programas de habitação e de reabilitação urbana, em vários concelhos do país. Novos investimentos desta índole terão lugar tão breve quanto possível de facto, nos últimos anos, talvez décadas, outras prioridades terão existido, e por isso defrontamo-nos hoje com um parque habitacional degradado, em quantidade muito elevada. E porque o tempo continuará a passar, indiferente aos ciclos políticos e a projectos que se esgotam em gabinetes, não há volta a dar que não consista em atalhar este problema de frente, como estamos a procurar fazer. E fá-lo-emos tanto mais e melhor quanto cada português se consciencialize da dimensão do que está em jogo e contribua com a sua quota-parte. Mais do que não deixar alguém indiferente, o problema e a solução dizem, de facto, respeito a todos. O Presidente (Nuno Vascocelos) contactos SEDE Av. Columbano Bordalo Pinheiro, nº LISBOA Tel_ Fax_ DELEGAÇÂO Rua D. Manuel II, nº 296-6º Porto Tel_ Fax_ SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitéctónico Forte de Sacavém Rua do Forte do Monte Cintra SACAVÉM Tel_ Fax_

4 investigação O Observatório da Habitação e Reabilitação Urbana não tem por missão definir políticas. A sua missão é analisar, diagnosticar e apresentar o resultado das suas análises e observações. É, digamos, um instrumento de apoio à tomada de decisões destaca Virgínia Ferreira de Almeida, Coordenadora do Observatório, que fala dos objectivos e das prioridades, mas também as dificuldades deste novo órgão do IHRU.

5 Causas Comuns_Mar 2009_03 Observatório da Habitação e Reabilitação Urbana Dar transparência ao sector da habitação texto_carlos Peralta fotos_isabel Forjaz O OHRU Observatório da Habitação e Reabilitação Urbana é uma unidade orgânica inserida no IHRU que iniciou o seu trabalho no primeiro semestre de Para que foi criado este organismo? O Observatório tem como função montar e gerir um sistema de informação organizado. O objectivo é dar a conhecer o sector da habitação e acompanhar a dinâmica do mercado no que respeita à habitação e reabilitação urbana, com o maior rigor possível. Não se trata apenas de constituir uma base de dados. Pretende-se organizar um sistema de informação integrado, que permita dar transparência ao sector, isto é, informação para que se conheça não só a evolução do mercado em termos de habitação, mas também o modo como as políticas do Governo estão a influenciar essa dinâmica. Nesta fase inicial quais as prioridades? As prioridades vão para a avaliação da dinâmica do mercado e para a monitorização das políticas públicas. São também prioridades a construção da Base de Dados e de um Site para divulgação de informação sobre o sector. O objectivo do Site prende-se com a divulgação de informação ao público, tendo em vista clarificar e trazer transparência ao funcionamento deste sector. São estas as principais vertentes de actuação, embora estejamos também a dar ênfase à articulação com as Universidades e com Centros de Investigação no sentido de promover a investigação em temáticas relacionadas com a habitação e a reabilitação urbana. Referiu a avaliação da dinâmica do mercado e a monitorização das políticas públicas... Esse é o grande objectivo do Observatório. Para poder fornecer essa informação o OHRU necessita de dados, de saber como é que o mercado está a evoluir, se há mais ou menos arrendamento, se há mais ou menos reabilitação, conhecer os preços dos terrenos, os valores médios das rendas, o que se está a fazer em termos municipais relativamente a novas construções e à reabilitação e, paralelamente, monitorizar a actuação do IHRU em matéria de política pública. Estes dados têm de ser criteriosamente seleccionados para dar a imagem do sector. Também devem ser rigorosos, para que a informação que disponibilizamos seja o mais exacta possível. Na monitorização das políticas públicas o Instituto de Habilitação e Urbana tem um papel importante? Essa vertente é muito importante, o que no IHRU se está a fazer para ir ao encontro das orientações expressas no Programa do Governo. Por exemplo, uma das linhas de acção do Governo é inflectir a tendência de construção nova no sentido de incrementar a reabilitação e o arrendamento. Cabe ao Observatório verificar como as políticas públicas estão a contribuir para esse objectivo. E, pelo que já analisamos, estão de facto. O Observatório tem de analisar essas vertentes isoladamente, mas também tem de o fazer numa perspectiva integrada de reabilitação e reordenamento urbanístico, de acordo com as novas linhas de orientação prosseguidas pelo Instituto. O IHRU está empenhado em que seja mais forte-

6 investigação energias renováveis. Para além destes quatro grandes vectores da política do Governo, há que destacar, ainda, o papel da habitação numa lógica coerente de política de cidades. O OHRU analisa, o funcionamento do mercado, as políticas do Governo em matéria de habitação e os efeitos destas na construção a custos controlados, no arrendamento, na reabilitação, ou na inovação na construção. Há ainda a questão do Plano Estratégico da Habitação? Sim, outro aspecto é o Plano Estratégico da Habitação que está a ser lançado pelo Governo. Trata-se de um plano sectorial que está em elaboração e definirá as linhas de actuação do sector, as metas e os grandes eixos a desenvolver. No âmbito da elaboração deste documento têm sido desenvolvidos estudos. Depois da sua publicação, uma das funções do Observatório será acompanhar o Plano Estratégico e verificar se a actuação pública interage com o funcionamento do mercado e se esse funcionamento converge para as metas definidas no Plano. mente assimilada a política da habitação e da reabilitação no contexto das políticas urbanísticas, ou seja, é necessário que haja um reforço de uma perspectiva mais sistémica e integrada da habitação com outros sectores ao invés de se encarar exclusivamente a vertente da habitação ou do arrendamento de forma isolada. Quais as principais linhas de orientação que o Observatório deve acompanhar? O Governo tem determinadas linhas de orientação que são, designadamente, promover o arrendamento, a construção a custos controlados, a reabilitação do edificado, as inovações tecnológicas relacionadas com a construção, como é o caso das A Base de Dados essencial ao trabalho do Observatório, conta com várias fontes? Para avaliar a dinâmica do mercado e obter informação que lhe permita fazer os seus estudos e apresentar os dados, o Observatório deve montar uma rede e interagir com um conjunto de parceiros intervenientes nesse mercado de modo a determinar como

7 Causas Comuns_Mar 2009_05 é que as diversas vertentes estão a evoluir. No entanto, devo salientar que esta rede se destina, não só a obter informação, mas também a dialogar, trocar opiniões, auscultar parceiros e a divulgar boas práticas. É um trabalho fácil? Há muita dificuldade, é necessária muita da informação que não existe. O Instituto Nacional de Estatística (INE) é o principal parceiro, havendo outras entidades produtoras de dados, mas não na forma que necessitamos. Na concepção deste Observatório têm existido grandes dificuldades. Uma delas é, precisamente, obter dados estatísticos fiáveis, credíveis e organizados. Por exemplo, no arrendamento os dados que o INE fornece têm intervalos de dez anos e dizem respeito ao número de fogos arrendados e ao valor das rendas. Conhecem-se os fogos arrendados em 2001 mas não em Estamos a explorar outras fontes no sentido de obter informação actualizada anualmente. A partir da Base de Dados avançará o Site do Observatório integrado no Portal da Habitação? Outro aspecto relacionado com a Base de Dados é a disponibilização de dados para o exterior através de um Site residente no Portal da Habitação. As relações internacionais também estão no horizonte? Sim, outro objectivo será o estabelecimento de relações internacionais e a colaboração com outros Observatórios. Mas, primeiro o OHRU deve ter uma forma de se mostrar e isso está dependente do Site e da base de dados. Posteriormente deverá articular-se com esses organismos exteriores. Apesar de estar ainda em organização, o OHRU já realizou a avaliação de alguns programas do IHRU? Sim, já foi feita a avaliação de cinco programas, o que permite dizer alguma coisa. Neste momento, a partir de 2007, ano que consideramos o do arranque do IHRU, já temos a análise anual do RECRIA, do RECRIPH, do REHABITA, do SOLARH e do PROHABITA. Além desses há mais programas do IHRU como sejam o PER, a Porta 65 Jovem ou a construção a custos controlados dos quais ainda não foi possível obter toda a informação. A caminho do seu primeiro ano de existência como vê Observatório? O OHRU é constituído, neste momento, pela coordenadora e por dois técnicos e conta com o apoio de outros serviços do IHRU no fornecimento de informação. Tem-se socorrido, também da colaboração com Universidades (ver caixa), em tarefas específicas, no sentido de potenciar os recursos existentes. Temos como meta montar o Observatório rapidamente. OHRU incentiva investigação e inovação Interessa sublinhar que se pretende promover uma interacção entre um Instituto Público (IHRU) e as Universidades para que a investigação universitária apoie o sector público nas suas actividades e análises e para bem fundamentar a tomada de decisões, diz Virgínia Ferreira de Almeida, coordenadora do Observatório da Habitação e Reabilitação Urbana. Esta explica: Uma das vertentes que queremos privilegiar é a colaboração com Universidades e Centros de Investigação no sentido de, por um lado, pedir a gabinetes universitários para colaborarem connosco em alguns trabalhos, e por outro incentivar o desenvolvimento de estudos e investigação na área da habitação e da reabilitação urbana. Estamos a perspectivar a criação, ainda este ano, de um Prémio para incentivar e apoiar teses de doutoramento e de mestrado nesta área. Além disso, para os trabalhos em curso foi constituído um Grupo de apoio técnico-científico, com peritos de reconhecido mérito, em grande parte do meio académico, que participam em reuniões periódicas e dão o seu parecer sobre os trabalhos e estudos do Observatório, garantindo a sua qualidade e credibilidade.

8 arrendamento A Direcção de Arrendamento e Gestão do Património tem a seu cargo a conservação e reabilitação de prédios e fogos herdados pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e que constituem, hoje, um seu património. Este vasto parque habitacional espalhado pelo País requer, não só intervenções de manutenção, conservação e reabilitação no edificado, mas também um recenseamento actualizado dos seus habitantes e das situações sócio-económicas.

9 Causas Comuns_Mar 2009_07 Património edificado do IHRU Gestão de proximidade e conservação preventiva são os objectivos texto_carlos Peralta fotos_isabel Forjaz/Arquivo IHRU Afonso Mira, é o responsável por esta Direcção de Serviços que tem a seu cargo a zona sul do País, do distrito de Leiria ao Algarve, e representa entre 8 a 9 mil fogos. Todo este património resulta de génese do IHRU que nasceu da fusão do antigo Instituto Nacional da Habitação com o IGAPHE e com a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Afonso Mira descreve as intervenções prioritárias em curso e as que estão previstas para um futuro próximo. Além disso destaca alguns dos problemas que envolvem a gestão deste vasto património e aponta soluções que passam pelo que designou gestão de proximidade e manutenção preventiva. Grande parte destes bairros e prédios têm algumas décadas. Qual a vossa actuação no que diz respeito às construções propriamente ditas? No que diz respeito à reabilitação, conservação e manutenção pode-se, talvez, distinguir três áreas fundamentais: reabilitação que tem a ver com intervenções exclusivamente no seu exterior e nas zonas comuns dos prédios, não se entrando no interior dos fogos. manutenção em que se intervêm dentro das casas, ao pormenor, atendendo a reclamações dos moradores, nomeadamente sobre deficiências nas infra-estruturas. São situações frequentes porque o equipamento envelheceu e, algumas vezes, é necessária uma actuação imediata. de intervenção, a recuperação de fogos vagos. São casas em que o arrendatário entregou a chave e abandonou o fogo, que muitas vezes não se encontra nas melhores condições. Isso obriga a uma intervenção global para que possa ser entregue ao novo arrendatário em boas condições de habitabilidade. O que está e vai ser feito em termos de conservação e reabilitação? São situações a que demos prioridade em função da premência da intervenção e da disponibilidade financeira que nos é dada com recurso a empréstimo financeiro do Banco Europeu de Investimento (BEI). Muita da construção destes bairros mais antigos não foi, em termos de concepção e de materiais, a mais adequada e têm-se agora um património, que, de facto se degradou mais rapidamente que o esperado. São vários projectos para 2009, alguns concluídos ou lançados ainda o ano passado, a que se seguirão outros de acordo com as disponibilidades. (ver caixa) No que designou pequena conservação é possível optimizar esse trabalho continuado? Pensamos optimizar e racionalizar este trabalho, porque esta área muito tempo e não há muitos técnicos disponíveis. O nosso património tem umas boas dezenas de anos e houve um período

10 arrendamento A gestão de proximidade é importante para a qualidade de vida em que não houve intervenção devido a indefinições sobre o destino a dar ao edificado, no tempo do antigo IGAPHE. Se era para alienar, se para passar para as autarquias ou não. Portanto, para evitar a degradação, justifica-se aplicar um conceito de manutenção preventiva, a fim de antecipar o problema. São estudos que se estão a fazer, ou seja, ver se a frequência de incidências neste ou naquele prédio ou infra-estrutura está a ser demasiado elevada e então fazer intervenções mais globais. Quando a reparação pedida não é urgente, procura-se juntar várias situações para depois avançar com um lote de intervenções numa escala que permite melhor planificação. Mas há, certamente, situações que cabem ao inquilino? O inquilino também está obrigado a conservar a sua fracção em condições dignas de habitação. Há coisas que se desgastam com a utilização normal e é ele que deve proceder a essas reparações, até porque está a habitar em condições de renda apoiada em função dos seus rendimentos, resultado de um contributo de toda a sociedade. Tem, portanto, uma componente de co-responsabilidade na manutenção da habitação. Nota-se da parte deste novo Instituto (IHRU) uma preocupação com as pessoas que vai para além da casa, do prédio em si. É assim? O que se procura fazer é uma gestão de proximidade, é retomar a ligação da componente social com a componente física da obra. Nos bairros em que já interviemos fizeram-se algumas reuniões alargadas aos moradores, dizendo o que se ia fazer, quais eram os objectivos em termos de qualidade de vida e as pessoas ficaram satisfeitas, porque durante muitos anos não tinham visto ninguém. Havia um vazio entre as instituições e os moradores. A gestão de proximidade vai permitir retomar essa ligação sendo importante para a conservação dos edifícios e representa uma atenção mais atempada face às situações que existem nesses bairros, quer sejam de cariz social, quer sejam patrimoniais. Quando refere essa proximidade como é feito o trabalho a nível social, dos moradores? Há uma equipa social a trabalhar nesta Direcção de Serviços que tem vindo a desenvolver um trabalho junto das pessoas, arrendatários, e tem feito um levantamento

11 Causas Comuns_Mar 2009_09 e um recenseamento actualizado do perfil social do agregado familiar que habita nas casas. Começaram pelos bairros intervencionados. Isso permite ainda uma maior assertividade na actualização das rendas de acordo com formulário regulamentar. Rendas e condomínios são outra vertente da gestão do património? Sim, gerir o património, fazer a actualização de rendas, a regularização do pagamento das rendas para não criar situações de injustiça, porque os moradores têm regras a que deverão sentir-se obrigados. Nos casos em que o IHRU não é proprietário a cem por cento dos fogos do prédio, as intervenções têm de ser concertadas em sede de condomínio, com os restantes condóminos. Há condomínios que ainda têm de ser constituídos e daí haver todo um trabalho, ainda por concluir, nesta área da gestão. conseguir intercalar pessoas de outras condições e que, naturalmente, pagariam mais. A ser feito, tem de o ser muito lentamente, porque são necessários equipamentos para que as pessoas convivam socialmente e estejam disponíveis numa sociedade mais aberta. Será uma forma de combater essa guetização em que as pessoas se sentem, de certa forma, marginalizadas. Quer mencionar algum outro aspecto? É de referir também a área dos designados Bairros Económicos, que são bairros de excelentes construções, bem estruturados, como é caso do Bairro da Encarnação e outros onde o IHRU tem ainda algumas responsabilidades, apesar de grande parte ter sido alienada. Subsistem problemas sociais? Em termos sociais, há problemas consideráveis em alguns bairros, porque as pessoas de determinado quadro social, respeitando as condições de elegibilidade de um caderno de encargos, foram seleccionadas como as que melhor se adaptavam para ocupar essas casas, daí tendo resultado alguma guetização. É necessário inverter a situação e criar motivações e urbanidade para Bairro do Fogueteiro

12 arrendamento Grandes intervenções prioritárias Em termos do que considera grandes intervenções o Director do Arrendamento e Gestão do Património faz o ponto da situação dos bairros que foram considerados prioritários e estão já a ser objecto de obras tação, alguns de 2008, outros previstos para São oito projectos, dois concluídos: passado; mente concluído; Lançados ainda em 2008, há um conjunto de procedimentos para mais cinco bairros: que foi consignado agora em Janeiro; Integrado de Almada, também consignado; de Almada, que aguarda o visto do Tribunal de Contas; no Zambujal, ainda está em fase de procedimento para elaboração externa do projecto. Faz parte do Plano Integrado do Zambujal, em parceria com a Câmara da Amadora. Um objectivo para 2009 é a execução do projecto e implementação desta obra. Há ainda a considerar o caso especial do Bairro das Amendoeiras em Chelas, que reverteu Trata-se de uma requalificação dos prédios, compre- -endendo comummente a reparação das fachadas, vãos e coberturas, mas em que se procurará também alguma optimização energética. Também este ano será lançado o concurso público para projectos deste tipo no Bairro das Amendoeiras, que é constituído por um conjunto de prédios e envolve uma verba de cerca de 10 milhões de euros. Apesar da política geral do IHRU não ser de alienação de património, no caso particular deste Bairro de Chelas há um compromisso de alienação das fracções aos moradores elegíveis, que manifestaram interesse na aquisição. de um projecto mais abrangente - Bairros Críticos - - e aí haverá uma intervenção, em parceria com a Câmara Municipal, no edificado e na requalificação dos espaços envolventes. Também o Bairro da Quinta da Princesa no Seixal terá a seu tempo o projecto de intervenção, bem como o Bairro dos Arneiros em Peniche, que não tendo problemas delicados de conservação, poderá ter uma intervenção mais tardia. Enquanto houver condições financeiras e de empréstimo ir-se-á avançando conclui Afonso Mira.

13 Causas Comuns_Mar Comuns_Fev 2009_ _11 Na conservação e reabilitação do património de que é proprietário, o IHRU, mais do que intervir apenas no edificado, tem vindo a desenvolver parcerias com vista à concretização de acções globalizantes, nomeadamente em Planos Integrados. Em simutâneo tem efectuado um levantamento socioeconómico da população que actualmente ocupa os respectivos fogos, envolvendo nesse conceito a colaboração com autarquias e organizações locais. O Plano Integrado do Zambujal pretende ser um caso exemplar.

14 habitação social Conservação/Reabilitação do Património do IHRU Envolver moradores e organizações locais texto_carlos Peralta O Arquitecto Manuel Seleiro tem, na Direcção de Arrendamento e Gestão do Património, mais concretamente no Departamento de Gestão e Reabilitação do Património, a responsabilidade inerente não só à gestão, mas também a todas as intervenções físicas no que diz respeito à conservação e recuperação desse património edificado que foi transferido para o IHRU, na sequência da extinção do IGAPHE, organismo que o tutelava. São vários os imóveis já intervencionados, outros cuja reabilitação está já em curso ou está prevista para o ano de Este responsável refere vários projectos especiais e bairros prioritários que estão na linha da frente para sofrer recuperações, como é o caso de, no Plano Integrado de Almada, as intervenções previstas em parte do chamado Bairro Rosa, ainda não recuperado, localizado no núcleo Sul deste plano, cujo valor da intervenção se aproxima dos e também os do Bairro do Raposo de Cima, obra já consignada, com um valor de cerca de reira, especificamente no Bairro das Descobertas, avaliada em cerca de ; no Bairro do Zambujal e nos Bairros da Quinta do Cabral, prevendo-se neste caso que o valor das obras ronde os e da Quinta da Princesa, ainda em fase de elaboração. Terminados estão os Bairros de S. Sebastião, na Moita e o do Fogueteiro, no Seixal, onde os trabalhos das empreitadas levadas a cabo intervieram na revisão e substituição de coberturas degradadas e de tubos de queda, recuperaram os elementos em betão armado deteriorados das fachadas e platibandas, pintaram superfícies exteriores e interiores de paredes, tectos, serralharias e carpintarias, após limpeza e respectivo tratamento. Foram ainda substituídas as caixilharias das janelas e portas de entrada dos prédios e substituídos ou reparados os sistemas de iluminação das caixas

15 Causas Comuns_Mar 2009_13 de escada e intercomunicadores, entre outros trabalhos. O valor dessas obras, no caso do Bairro de S. Sebastião, rondou os , enquanto no Fogueteiro foram cerca de (ver também artigo sobre o Património do IHRU nesta revista) Plano Integrado do Zambujal, Rua das Mães d Água - - primeiro as pessoas Os Planos Integrados, tendo sido investimentos públicos de grande envergadura e intervenções de cariz urbanístico, visavam, na sua génese, a integração social, ambiental e a complementaridade territorial. Daí a sua designação, não se limitando à construção de habitações mas procurando garantir a criação de um território urbano que, além da sua óbvia função residencial, envolvesse acessibilidades, equipamentos e ambiente, estruturando o território onde se inseriam, pressupondo-se a sua integração num tecido urbano saudável e dando origem, inclusivamente, a outras áreas de expansão ordenadas. É também evidente a capacidade de, nas áreas dos Planos Integrados, existir a possibilidade de disponibilização de solos para equipamentos que, por vezes, têm uma importância que ultrapassa a sua dimensão regional. Pela sua abrangência e características, Manuel Seleiro destaca o caso do Plano Integrado do Zambujal, concretamente no que respeita à participação do IHRU, estando prevista uma grande intervenção senta um investimento de cerca de 3,5 milhões de euros não comparticipados. E explica: A intervenção do Instituto no Plano Integrado 1.ª fase de várias acções no território. Trata-se de uma parceria com a Câmara Municipal da Amadora, mas que será objecto de uma intervenção mais global. Primeiro far-se-á um recenseamento socioeconómico

16 habitação social total, extensivo a todo o bairro e não apenas visitados por uma equipa, de modo a determinar quem efectivamente ali mora. Essa é uma primeira fase fundamental. Este levantamento social, no caso do Plano Integrado do Zambujal, dada a sua dimensão e o volume de trabalho em que a equipa social do próprio IHRU está envolvida, foi entregue, por procedimento concursal para aquisição desse serviço, a uma equipa externa, com vista à caracterização socioeconómica da população residente. O procedimento será idêntico ao já efectuado pelo grupo social interno, nomeadamente nos Bairros de S. Sebastião, na Moita e do Fogueteiro e da Quinta do Cabral, ambos no Seixal, entre outros, grupo que garantirá a adequada formação dos elementos constituintes dessa equipa externa, embora complementar das exigências solicitadas em programa de concurso. De seguida irá o mais rapidamente possível para o terreno fazer esse recenseamento, de modo a que as pessoas sejam acompanhadas o mais de perto possível, tomando conhecimento das suas preocupações e avaliando sempre a melhor maneira de colaborar com a população, num processo que se quer verdadeiramente participado. Só depois se avançará para a intervenção material, que neste caso visa a grande conservação da já referida Rua. Simultaneamente está a ser executado, em coordenação com a autarquia, um projecto de reabilitação do construído para compatibilizar e evitar desfasamentos entre as duas entidades, já que a Câmara da Amadora também é proprietária de edifícios no Plano Integrado do Zambujal. Ainda que as construções não sejam idênticas as construções da Câmara têm dez anos, as do IHRU quase 30 vai-se tentar, ao máximo, compatibilizar de acordo com a nova legislação em termos energéticos, ao nível da aplicação de materiais de construção, tanto nas coberturas, como em alçados, vãos ou áreas comuns do edificado, nos 34 prédios de cinco pisos e dois fogos por piso.

17 Causas Comuns_Mar 2009_15 Manuel Seleiro considera este projecto um ensaio muito importante e de referência, para outras intervenções que o IHRU tem programadas efectuar além daquelas já em curso porque, sendo um programa que prevê uma intervenção global no Bairro, numa parceria com a C.M. da Amadora, ela envolve e também co-responsabiliza os próprios moradores e as organizações locais, públicas e privadas, que certamente procurarão levar a bom termo o tão desejado desenvolvimento das importantes acções previstas. Neste momento, esta primeira fase da Rua das Mães reuniões com o município, com parceiros locais, como a Associação de Moradores A Partilha, anfitriã de algumas destas reuniões de trabalho, e com outras entidades. Seguir-se-á a fase de reuniões com as pessoas, residentes do Bairro, para que se apercebam desta dinâmica e de todo o processo em marcha. De acordo com a Parceria para a Regeneração Urbana com a C.M. da Amadora, Zambujal Melhora, assim se designa este Programa de Acção, a própria autarquia intervirá, não só no património construído que lhe pertence, mas também no arranjo dos espaços exteriores, a denominada envolvente, como jardins, ruas, passeios, o que é particularmente importante porque tem a ver com a estrutura verde e os espaços exteriores de, praticamente, toda a área do bairro, dado que já há uma parte com parques bem cuidados que servem de pulmão daquela zona. De realçar ainda a recuperação da linha de água que corre junto à CRIL e que vai ser aproveitada para rega de uma zona de hortas ali existente, de aparente subsistência familiar. Contudo, também está prevista a criação de outras áreas com semelhante finalidade. Outro aspecto importante é a criação de emprego, para a população que ali se possa instalar, por exemplo, em termos comerciais. Pode-se dizer que conclui o responsável do IHRU. Por fim, Manuel Seleiro alerta para as dificuldades que ainda se encontram para a obtenção de alguns elementos técnicos que deveriam estar facilmente disponíveis, embora essa dificuldade radique no facto de ser o IHRU um Instituto que integrou o Património do ex-igaphe, como já referido e também parte da ex-dgemn, sendo por isso natural que muitos desses elementos ainda estejam dispersos e sejam por vezes de difícil localização. Para tal sugere que o SIPA, Sistema de Informação para o Património Arquitectónico instalado no Forte de Sacavém, recolha, reordene, digitalize e disponibilize tudo o que tem a ver com os elementos técnicos, não só do Plano Integrado do Zambujal, mas também de outros Bairros considerados hierarquicamente prioritários, para assim se aceder a esses elementos com rapidez, melhorando a capacidade de resposta do IHRU.

18 reabilitação urbana Bessa Pinto é o engenheiro responsável pela coordenação científica dos cursos de Reabilitação de Edifícios, já na segunda edição. O sucesso do curso anterior e a necessidade de pensar a sério na reabilitação justificam a aposta do IHRU.

19 Causas Comuns_Mar 2009_17 IHRU promoveu 2º curso sobre Reabilitação de Edifícios É importante pensar na Reabilitação texto_sofia Velez fotos_isabel Forjaz O Curso sobre Reabilitação de Edifícios tem menos de um ano, mas já vai na segunda edição. Qual é a necessidade de uma acção de formação deste tipo? ninguém pensava na reabilitação. Havia um organismo do Estado (Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais) que, por força da sua actividade, era obrigado a pensar nisso. Mas, de uma maneira geral, as próprias faculdades de engenharia e de arquitectura pensavam basicamente em edifícios novos até porque há 20 anos havia um défice de habitação. Em 1990 falava-se que havia um défice de um milhão de casas. Hoje há excesso. Face à construção que se veio a fazer nos últimos 20 anos, como é evidente, hoje não convém fazer mais casas novas. É importante pensar na reabilitação. O primeiro curso, em 2008, teve muito sucesso e por isso concretizámos recentemente o segundo curso. Quem são os destinatários do curso? Os cursos dirigem-se a arquitectos e engenheiros. Uma das críticas que se fez ao primeiro curso é que foi dada muita vertente social. Mas, de facto, o objectivo dos cursos é iminentemente físico. Isto é, a reabilitação física de edifícios, da estrutura, dos materiais, dos elementos de construção. Nessa perspectiva dirige-se a técnicos, a pessoas ligadas à construção. Quando se reabilita um edifício, o que se deve ter primeiro em conta? Em primeiro lugar é preciso conhecer o edifício. Em segundo lugar é preciso conhecer as técnicas e o processo dos materiais que fizeram esse edifício. Porque não podemos pensar na reabilitação de um edifício de betão armado (destes que se fizeram nos últimos anos) da mesma forma que pensamos na reabilitação de um edifício ções, materiais e estruturas completamente diferentes. Portanto, por um lado é preciso conhecer o edifício e por outro lado é preciso conhecer também as técnicas que estiveram na origem desse edifício. Basicamente, uma das vertentes deste curso, ainda que de forma muito resumida, é passar em revista as diversas épocas construtivas dos nossos edifícios. Em resumo, são precisas estas duas coisas: saber e conhecer. O levantamento da história de um edifício é de fácil acesso? Depende. Temos em Sacavém um arquivo com milhares de registos de desenhos de edifícios antigos. Se tivermos a sorte de os registos dos edifícios estarem em Sacavém ou de, eventualmente, estarem na câmara e sem grandes adulterações, é fácil. De outra forma, é preciso fazer um levantamento de todo o edifício, do desenho, dos materiais e depois partir para a reabilitação. Quando os edifícios chegam a um estado extremo de degradação compensa reabilitar em vez de demolir? É uma questão difícil. A minha opinião pessoal é a de que muitos dos prédios que temos em Lisboa e noutras ci-

20 reabilitação urbana dades situam-se, basicamente, no centro, e têm centenas de anos. Hoje construímos com um horizonte às vezes, se estivermos a pensar em betão armado, que está muito degradado, poderá fazer mais sentido demolir. No caso dos edifícios antigos com construções tradicionais, a maior parte das vezes pode fazer mais sentido recuperar. Porque está pôr mais nos edifícios recentes - com mais antigos. Em termos de custos o que é que sai mais económico ao Estado? Em termos de custos imediatos, a reabilitação bem feita pode sair mais cara do que construir um edifício novo. Mas no caso concreto, por exemplo, dos centros históricos, essa reabilitação pode trazer um retorno sob o ponto de vista do turismo. Se tivermos os centros históricos preservados, o turismo cultural aflui com muito mais facilidade. À partida, apesar dos custos envolvidos poderem ser maiores do que a construção nova, poderão ser atenuados com a questão do turismo. Não faz sentido em Lisboa estar a demolir os edifícios dos centros históricos para construir de novo. No caso dos centros históricos há outros condicionalismos que são a questão dos estacionamentos, da falta de mobilidade das pessoas e da própria concentração dos edifícios que condicionam alguns níveis de conforto que temos actualmente. Pessoalmente acho que devem ser reabilitados porque também é a preservação dos centros históricos que está em causa. A nível de reabilitação urbana, ainda há muito para fazer? Há muitíssimo a fazer. Estamos a começar. A generalidade dos países europeus, mais do que provado que os materiais antigos duram muito mais do que o betão. Na altura em que surgiu o betão armado pensava-se que era um material eterno. Até se dizia que era um material amigo dos engenheiros. Com o evoluir dos anos chegou-se à conclusão de que não era assim, pelo contrário. É um material muito degradável e com um limite de duração muito limitado. O que quer dizer que, passados alguns anos, as estruturas de betão precisam de ser reabilitadas e vão continuar a precisar de ser. Essa questão da demolição pode-se em termos de reabilitação, gasta entre 20 a 50% na reabilitação relativamente à obra nova. Nós cá estamos a níveis que devem andar a 10%, talvez menos. O que significa que estamos no início. Daí também a 2ª edição deste curso? Sim, também por isso. Mas também pelo facto de na primeira edição ter surgido uma afluência muito grande a que não conseguimos dar resposta. A partir daí tratámos logo de fazer esta segunda edição. Isto também manifesta a apetência da sociedade para frequentar este tipo de curso

21 Causas Comuns_Mar 2009_19 porque percebeu que é o que tem que ser feito no futuro, não há outra hipótese. Quais são as temáticas destes cursos? Nesta 2ª edição, os participantes ouviram falar, entre outros temas, dos problemas das humidades (a humidade é uma das causas das principais patologias dos edifícios antigos); de pedras; de madeiras (era dos elementos estruturais para fazer os pavimentos e coberturas); de betão (os primeiros edifícios de betão estão agora a dar grandes sintomas mais que evidentes de deterioração); de estruturas antigas; de acessibilidades. Os participantes ouviram também falar dos programas que existem no IHRU para apoio à reabilitação; dos custos da reabilitação; de revestimentos e de energia. Hoje em dia há regulamentação que exige uma certificação energética em cionar, de certa forma, também a construção. Houve, ainda, uma sessão dedicada à manutenção e conservação de edifícios antigos e edifícios de valor histórico. Este curso acabou com um visita ao forte de Sacavém para se conhecerem todos os arquivos que eram da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Sem esquecer a apresentação do SIPA (Serviço de Intervenção do Património), que aqui temos, e que se dedica ao levantamento, ao diagnóstico e ao registo, ao inventário, de todo o património, seja classificado, seja não classificado. Quando se fala de acessibilidades, como é que se consegue reabilitar um edifício antigo e tê-las em conta? É muito difícil. Há duas questões. Se o edifício for património classificado, está isento. Não faz sentido estar a fazer feridas num edifício classificado para resolver os problemas da acessibilidade porque isso vai prejudicar gravemente a autenticidade, antiguidade e memória. Relativamente aos edifícios que não são classificados, isso tem que ser gerido. É muito difícil, eu sei por experiência própria, mas tem que ser. É um custo que os proprietários têm que suportar. Os formadores não são apenas do IHRU? Neste curso tivemos docentes convidados do Instituto Superior Técnico, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, da Universidade Lusófona, da Associação Portuguesa de Deficientes e da ADENE Agência para a Energia. Na área da reabilitação, o Estado concorre a fundos europeus? Concorre. O Estado está também a aproveitar a embalagem da União Europeia para apostar nesta área da reabilitação. Neste curso, além de coordenar a parte científica, o engenheiro Bessa Pinto foi responsável por dois módulos. De que falou? Falei das humidades e dos revestimentos. Sistematizei os vários tipos de humidades que podem aparecer num edifício, dando alguns exemplos desses tipos de humidades e das formas expeditas de achar as causas das humidades. Para resolver um problema temos de saber a causa. E depois encontrar um conjunto de remendos em função de cada causa. Na questão dos revestimentos, dei como exemplo um caso que acompanhei. Uma série de intervenções que fiz no forte de São Julião da barra. O forte é um laboratório natural porque faz um arco em cima do mar. A acção do mar para os materiais é péssima. Falámos de revestimentos de exteriores em situação de grande agressividade do ambiente.

22 em mudança O projecto de requalificação da freguesia do Vale da Amoreira tem conclusão prevista para Sérgio Oliveira, chefe de projecto, explica os vários eixos do plano de acção que visa abrir a freguesia à comunidade.

23 Causas Comuns_Mar 2009_21 Centro de Experimentação Artística é uma das novidades do Vale da Amoreira Pretende-se que o espaço seja apropriado por todas as faixas e que tenha uma forte ligação às escolas texto_sofia Velez fotos_arquivo do IHRU Como está a decorrer a qualificação e reinserção urbana no Vale da Amoreira? No passado dia 16 de Janeiro, a Iniciativa Bairros Críticos (IBC) efectuou uma análise da intervenção no território amplamente participada pelos parceiros da Iniciativa (entre representantes dos ministérios envolvidos, do poder local e representan- participaram cerca de 40 pessoas). Resultante da análise, verificou-se permitido analisar as problemáticas e implementar soluções em parceria, aplicar metodologias participativas, construir um processo de aprendizagem conjunto, aproximar alguns dos serviços públicos aos territórios e, através da dinamização de algumas acções específicas, capacitar as organizações locais. No entanto, como aspectos a melhorar identificaramse questões relativas à divulgação da IBC no território, à sua visibilidade e atrasos na implementação de acções previstas no plano de acção. Que trabalho está a ser desenvolvido neste momento? reira está estruturado em seis eixos de intervenção: requalificação da freguesia - edifícios, espaços públicos e acessibilidades; arte desconcentrada: espaço de experimentação artística; formação profissional; Plataforma de Apoio Social; associativismo juvenil e questões operacionais. Em que ponto está a requalificação da freguesia? No âmbito da requalificação da freguesia vão iniciar-se as obras no Bairro das Descobertas e está concluído o respectivo projecto para a requalificação do espaço público. No que respeita à Arte, o que já foi feito e quais os projectos para este ano? Quanto à arte desconcentrada, foram desenvolvidos workshops artísticos uma apresentação à comunidade do trabalho desenvolvido. Está em fase de conclusão o desenho do Centro de Experimentação Artística, que tem contado na sua elaboração com a participação de diversas entidades parceiras e jovens do território. Estamos também a trabalhar com em parceria com a Fundação Serralves, a biblioteca local e o projecto Escolhas, num projecto ligado às questões artísticas. Prevemos no primeiro semestre de 2009 ter concluído a programação das actividades do Centro de Experimentação Artística e que a sua dinamização já esteja a ser implementada no território.

24 em mudança Como vai funcionar o Centro de Experimentação Artística na freguesia do Vale da Amoreira? Actualmente, e contando com o apoio do coreógrafo Rui Horta, o projecto de arquitectura está a ser desenhado de forma a responder ao seguinte conteúdo funcional: um espaço dedicado à área da música (salas de ensaio e estúdio de gravação), um espaço multifunções (que permite a realização de actividades na área da Dança, Teatro e Desporto), um espaço dedicado aos audiovisuais e uma Black Box que permite a dinamização de diferentes tipos de espectáculos.com a dinamização destas funções, e apesar de estar direccionado para a população juvenil, pretende-se que o espaço seja apropriado por todas as faixas etárias da população e que tenha uma forte ligação às Escolas. A criação do Centro de Experimen- da Amoreira tem sido um processo amplamente participado pelas instituições parceiras e por alguns jovens do território. A título de exemplo, foi organizado pela IBC um workshop para debater o conteúdo funcional e o projecto arquitectónico do CEA. Este workshop contou com a participação de 80 pessoas, o que reforçou a definição participada do projecto, considerando as expectativas dos jovens e a participação de diferentes parceiros. De que forma está prevista a formação profissional nesta intervenção no Vale da Amoreira? Está a ser implementado um Gabinete de Emprego e apoio ao Empreendedorismo, um projecto de competências básicas para o empreendedorismo que está a decorrer numa dos 15 aos 18 anos, que na sua maioria tinham abandonado o percurso escolar. Direccionado para indivíduos com idades compreendidas entre os 19 e 25 anos, foi implementado um Curso de Percursos Integrados de Inserção pela RUMO, que agora se encontra a terminar. De salientar que 50% dos participantes do curso já estão integrados no mercado com contrato de trabalho. O objectivo da medida referente à formação profissional é adequar o emprego e o empreendedorismo ao perfil das necessidades e expectativas locais. Neste sentido já foram dados alguns passos. Foi realizado um levantamento do comércio local (prevendo-se alargar este levantamento aos territórios envolventes), foi realizada uma formação aos parceiros envolvidos nesta área no âmbito do emprego apoiado (de forma a todos trabalharem segundo a mesma metodologia) e está

25 Causas Comuns_Mar 2009_23 a trabalhar-se na adaptação de uma ferramenta informática que irá permitir optimizar todo este processo. Quais são as outras iniciativas previstas no plano de acção? No apoio social foram dinamizadas algumas acções referentes ao policiamento de proximidade, como a melhoria das condições da equipa, a dinamização de um torneio de futebol entre as Escolas, a PSP e a GNR, e uma demonstração para todas as turmas do 1º Ciclo grupo cinotécnico da PSP. Foi, também, implementado um Centro Local de Apoio ao Imigrante. Actualmente está a elaborar-se o modelo de gestão da Amoreira, o que irá permitir implementar os serviços identificados como necessários para responder às necessidades da população. Quanto às questões operacionais, foi realizado um conjunto de seminários de suporte à intervenção no território, desde as questões da Arte enquanto instrumento para trabalhar as questões sociais como as questões da requalificação urbana e a sua influência nas dinâmicas dos territórios. Em paralelo ao trabalho realizado no âmbito dos eixos de intervenção, a IBC estabeleceu uma parceria com a EQUAL o que da Amoreira, a implementação de um conjunto de projectos, maioritariamente relacionados com as questões da empregabilidade e da capacitação das organizações locais. O objectivo da requalificação destes bairros críticos também passa pela abertura da freguesia ao resto da comunidade? Precisamente. Através da dinamização das diversas actividades previstas em plano de acção pretende-se da Amoreira (baseada na intervenção pela arte) através da requalificação urbana e concepção do território como um espaço atractivo, abrindo como território cultural. Para tal, irá contribuir a dinâmica do Centro de Experimentação Artística e a requalificação urbana que está prevista (desde a requalificação do edificado, melhoramento dos espaços públicos, criação de acessibilidades, bem como através da pintura artística de algumas empenas e fachadas do edificado). Este projecto conta com a parceira de que entidades várias entidades? Com a IBC ambiciona-se testar soluções institucionais, integradas e participadas, procurando-se a concertação e optimização dos actores e da acção pública. Como tal, a IBC conta com uma rede

26 em mudança alargada e bastante diferenciada de parceiros. Estão envolvidos oito ministérios, as organizações do poder local, entidades públicas, organizações não governamentais e associações locais, contabilizando-se como parceiros formais da IBC no 29 instituições. Para quando está prevista a conclusão do projecto de qualificação no Vale da Amoreira? A conclusão do projecto está prevista para No entanto, a finalização de algumas acções, nomeadamente da reabilitação do edificado, podem-se prolongar Qual é o investimento disponível para esta freguesia? Dado o seu carácter experimental, a Iniciativa Bairros Críticos faz depender os Planos de Acção e os Modelos de Financiamento e de Gestão de um trabalho participado por representantes dos Ministérios envolvidos e pelos parceiros locais. A IBC considera na sua metodologia a não definição de um orçamento à partida, dado poder influenciar toda a análise das necessidades do território e consequente plano de intervenção. Neste sentido, o financiamento do projecto é obtido posteriormente à definição do diagnóstico e plano de acção, através de candidaturas ao Espaço Económico Europeu, de programas existentes ou a criar pelos institutos públicos e dos recursos disponibilizados pelos diferentes parceiros, desde a autarquia às associações locais. A Iniciativa Bairros Críticos insere-se numa nova política de cidades. Como se caracteriza esta politica? No âmbito da Iniciativa Bairros Críticos é abandonada a visão da requalificação que limita a intervenção apenas ao melhoramento do edificado e espaço público. Trata-se de alargar o conceito, orientando-o para a integração sócio-urbanística: pensar a requalificação urbana, integrando as dimensões económica, social e ambiental, através de modelos de governação que resultam da adopção da intervenção a realizar como um projecto conjunto dos vários actores do território.

27 Causas Comuns_Mar 2009_25 O movimento cooperativo ergueu em Portugal o primeiro complexo habitacional integrando um lar sénior. O alcance do projecto é tal que o ministro da Solidariedade se viu «obrigado» a deslocar-se a Guifões para inaugurar a mais recente iniciativa da Cooperativa As Sete Bicas, em Matosinhos. O governante quis assinar por baixo a visão futurista dos promotores, sobre quem recai todo o mérito, uma obra que o IHRU elegeu «Prémio de Construção 2008 / Empreendimento de Interesse Social».

28 qualidade de vida A urbanização social do futuro Complexo de Guifões integra lar para seniores texto_j.r./redação Causas Comuns fotos_j.r. «Esta obra é inovadora porque, pela primeira vez, consegue associar à componente residencial a área específica dos seniores», refere à Causas Comuns para quem «hoje não se pode generalizar tudo como Terceira Idade, as pessoas com mais de 80 anos que «há muito que visualizamos na cooperativa projectos para residências seniores, instalações, T-zeros e T-uns integrados em edifícios com todo o equipamento que nos dias de hoje detectamos, ainda perfeitamente activos, na faixa dos ditos reformados». Para além desta faceta pioneira no empreendimento, vale a pena atentar aos seus aspectos técnicos. Guifões assenta num conceito com um vasto desempenho ambiental, projectado nos fundamentos de uma construção sustentável e que aparece concretizada neste edifício. Utilizam-se materiais de longa duração e baixa manutenção em espaços ajardinados, onde é garantida uma boa área de permeabilidade do solo, na recuperação de águas de origem pluvial, no aproveitamento solar para a produção de água quente sanitária, e na instalação de equipamentos para a redução dos consumos de água e electricidade. Também foi garantida a acessibilidade a todos os utentes, principalmente àqueles com limitações, um adequado isolamento horizontal e vertical de ruído, definindo uma boa ventilação permanente dos espaços interiores. Em conclusão, trata-se de «um conjunto urbano de qualidade ambiental para um uso humano digno», como destaca o júri que lhe atribuiu o Prémio IHRU 2008.

29 Causas Comuns_Mar 2009_27 Projecto exemplar Uma visita a Guifões não necessita de muitas palavras a guiar-nos. Basta observar. Mas Guilherme que preside às Sete Bicas. «A experiência de quem trabalha nesta área da habitação ensinou-nos que, ao longo dos anos, à medida que surgem crises económicas, problemas de ordem estrutural e outros, as cooperativas apresentam-se-nos como solução sempre oportuna para os estados de emergência. Para além da redução de custos, rentabilizar a gestão e inovar o know-how, as cooperativas apontam soluções concretas para economia», ilustra o presidente que apresenta provas. «Construir habitação social a preço justo, é o caminho», diz. O exemplar complexo de Guifões compreende 40 fogos (5 T1; 19 T2; 16 T3), e a residência geriátrica comporta 30 quartos, distribuídos por três pisos - todos com instalações sanitárias privativas. Os arquitectos Fernando Rocha e Celestino Machado lideraram a coordenação do projecto, cujo valor global se ficou pelos 6 milhões de euros. Este montante foi fortemente condicionado Fiscal Cooperativo, em cujo âmbito, de resto, foi outorgado o Prémio IHRU. Um Lar especial E entramos no equipamento tão elogiado, a que foi dedicada uma parte significativa do projecto já enquadrada num espaço cooperativo de excelência em Matosinhos. Então, que «lar» é este? «É um espaço aberto à comunidade em geral, que visa proporcionar actividades e programas variados e adequados a faixas etárias mais velhas, mas com bastante experiência para partilhar», esclarece desde logo Ana Maria Abreu, responsável pela direcção

30 qualidade de vida técnica da Residência. Na prática, o edifício que apresenta uma arquitectura moderna, extraordinariamente equipada e funcional dispõe de cinquenta camas em andares adaptados às necessidades de pessoas autónomas (3º), semi-dependentes (2º) e dependentes (1º). «A forma de acolhimento, o seu enquadramento social e cultural, e a qualidade de serviços vão marcar as principais características desta Residência», assegura Ana Maria Abreu, cujo trabalho especializado de gestão responde à parceria entre quatro entidades: (uma IPSS com 27 anos de actividade), Instituto de Solidariedade e Segurança Social e Câmara Municipal de Matosinhos. Segundo a directora, os serviços que o Canto aos seus utentes estendem-se desde os cuidados básicos de alimentação, higiene pessoal, higiene habitacional e tratamento de roupa, aos cuidados médicos, enfermagem e fisioterapia, apoio social, acompanhamento de Psicólogo, actividades de animação e lazer, cabeleireiro, podologista. Há muita luminosidade na Residência, e o conforto parece garantido. Um jardim privativo enquadra a ala norte, os quartos (individuais e duplos) dispõem de varanda, e a ampla sala de convívio, para festas e outras iniciativas, tem palco. «Com este novo equipamento, acrescenta Ana Maria Abreu, pensamos fazer a diferença na qualidade de serviços através dos técnicos e colaboradores contratados, e pela gama de actividades lúdicas e terapêuticas de que os utentes podem usufruir». A saber: Ginástica de Reabilitação, Tai-Chi, Danças de Salão, Aulas de Línguas, Informática, Expressão Plástica e Teatro. No dia de abertura das inscrições no lar, as candidaturas excederam as vagas. O galardoado Complexo Habitacional de Guifões vem provar que este exigente tipo de obra é possível no âmbito da construção cooperativa.

31 Causas Comuns_Mar 2009_29 Imagens retiradas do filme O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) precisava de um filme de promoção das suas actividades para apresentar num evento público. Um concurso levou à escolha das Produções Fictícias para produzir o filme, que veio a ser assinado pelo humorista Luís Filipe Borges. O resultado não é propriamente um spot cómico, mas, ainda assim, é um produto que desafia as normas convencionais de um trabalho desta natureza.

32 vidas O IHRU, segundo Luís Filipe Borges Texto_D.S. Fotografia_Produções Fictícias/IHRU Era preciso apresentar as actividades do IHRU num pequeno filme. Mais ou menos dez minutos. Responderam várias empresas ao concurso público, e o trabalho acabou por ser adjudicado às Produções Fictícias, no âmbito de uma nova vertente de negócio da produtora que pretende responder às necessidades de empresas ou instituições que queiram produtos de comunicação e eventos (ver caixa). O criativo que assina o vídeo do IHRU é Luís Filipe Borges, que nos habituámos a ouvir e ver em programas de humor como A Revolta dos Pasteis de Nata, na RTP2 e ouvir no programa da manhã do Rádio Clube Português. Este trabalho revelou-se simultaneamente uma surpresa e um desafio para o seu autor. Uma surpresa, porque receava que uma abordagem menos académica pudesse não ser aceite por um Instituto Público como o IHRU. Um desafio, porque é necessário condensar informações diversas numa pequena história, que fosse simultaneamente apelativa e esclarecedora. Ficámos muito contentes, revela Luís Filipe Borges. Normalmente as instituições que se assemelham ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana preferem imagens um pouco formais e aborrecidas. Tínhamos poucas esperanças que a ideias passasse. No entanto, o IHRU confiou nesta trabalho e a relação entre as duas partes foi simples e efectiva. O vídeo teve sucesso e cumpriu o seu objectivo de chamar a atenção através de um formato que se pretendia que despertasse curiosidade, também pela ausência do peso da formalidade institucional. Para abordar o tema da habitação e as potencialidades do IHRU, especialmente para um público jovem à procura de soluções de habitação, Luís Filipe Borges escolheu um formato semelhante a uma curta-metragem. Começa com um teaser próximo dos traillers clássicos de cinema que passam nas apresentações. Uma voz off (de Luís Filipe Borges) vai intercalando com palavras ou frases curtas, a história de um casal jovem representativo da população portuguesa na generalidade. Ele está perdido e pede informações nas instalações da equipa de projecto de Intervenção

33 Causas Comuns_Mar 2009_31 de Bairros Críticos, na Cova da Moura, onde ela, a Ana, trabalha. Do encontro resulta uma dupla viagem pela sua própria vida e pelas actividades do IHRU e as possibilidades que o Instituto oferece a quem quer encontrar soluções para a habitação, especialmente no início da vida adulta. A ideia, explica Luís Filipe Borges, é contar uma história em que os utentes do IHRU se identifiquem com as personagens, jovens na casa dos 20 e dos 30 anos, e procurem mais esclarecimentos nas fontes disponibilizadas, nomeadamente pela internet em Ao longo dos cerca de 10 minutos ficamos a conhecer as potencialidades do IHRU: traça-se uma pequena história o actual Instituto é o sucessor do Instituto Nacional da Habitação, do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado e da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e regressa-se ao presente. Somos informados de que o Instituto tem programas de Intervenção em Bairros Críticos, nomeadamente na Cova da Moura da Amoreira (Moita, Setúbal). O IHRU também tutela o SIPA Sistema de Informação para o Património Arquitectónico, que funciona no Forte de Sacavém e possui a maior base de dados nacional de património, à qual se pode aceder on-line. Num outro âmbito, existe um serviço de apoio ao arrendamento jovem, o Porta 65, e também os fundos EFTA para programas de intervenção e reabilitação urbana, como os que estão a ser desenvolvidos em Rabo de Peixe e Alagoas. Existem ainda outros programas de reabilitação para habitar como o RECRIA, o REHABITA, o RECROPH e o SOLARH. Também se concedem financiamentos à construção a preços controlados, através das câmaras municipais, cooperativas, empresas e IPSS. Num plano mais político, o IHRU está a desenvolver

34 vidas o Observatório da Habitação que efectua estudos na áreas abrangidas pela instituição e o Plano Estratégico da Habitação, que pretende ser um guia de políticas que cruzem o inventário dos imóveis disponíveis e das necessidades e carências de habitação das populações. A moral da história, ou melhor, do filme, é que o IHRU pode prestar serviços de importância decisiva na vida dos que procuram uma solução de habitação (como o casal que protagoniza a curta-metragem), mas também oferece serviços de reabilitação, que podem mudar a face das zonas urbanas. Luís Filipe Borges considera que o mérito do filme é essencialmente do IHRU. Trata-se de uma produção pouco convencional, com um ou outro apontamento de humor, que tem sempre alguma dificuldade de ser aceite no panorama institucional português. Era necessário correr riscos, e pareceu surpreendente ao produtor que um Instituto do Estado preferisse as Produções Fictícias a outras produtoras mais tradicionais e com muito maior experiência neste tipo de produto. Eles é que arriscaram; podiam ter escolhido outras ideias, havia produtoras a concurso com muito mais experiência neste tipo de vídeo do que as Produções Fictícias. Luís Filipe Borges considera que é cedo para interpretar o sucesso das Produções Fictícias nesta área empresarial e institucional como uma mudança de mentalidades. No entanto, a procura destes formatos parece ser um bom sinal de uma nova abertura, que já vai fazendo falta em Portugal. As pessoas por cá levam-se muito a sério, ao contrário do que acontece nos países anglo-saxónicos, onde o humor faz parte da vida pública. Os políticos, por exemplo, participam em programas de comédia como forma de criarem proximidade com os eleitores. Foi o caso de Bill Clinton que tocou saxofone no Saturday Night Live ou de Rudolph Giuliani que foi ao ponto de representar uma personagem feminina num sketch. Ninguém espera nada disso aqui. Mas uma abordagem como esta, menos convencional relativamente a abordagens tradicionalmente institucionais poderá significar que, no futuro, aumente a abertura para a comédia e o bom humor. Uma nova aposta no segmento empresarial e institucional. As Produções Fictícias desenvolveram de há de um ano a esta parte um novo segmento de negócios. Trata-se de uma área destinada a empresas ou eventos de empresas. Não é necessário que sejam produtos humorísticos, mas Luís Filipe Borges acredita que a ligação das PF à comédia leva os clientes a procurá-la quando pretendem produtos menos convencionais ( não necessariamente feitos para dar gargalhadas, mas para sorrir ). O resultado pode ser diferente. Por exemplo, uma empresa contratou estes serviços para fazer uma surpresa a um dos seus funcionários, antes deste se reformar. O director em questão tinha um longo percurso nos quadros: entrou como funcionário num dos mais baixos escalões e evidenciou-se ao longo dos anos, numa carreira que lhe granjeou sucesso e amigos, que lhe quiseram fazer uma surpresa no último dia de trabalho. As Produções Fictícias encarregaram-se de três das plataformas: organizaram a festa, redigiram o script de apresentação do evento e produziram um filme que mostrasse as etapas da carreira do director. Alguns destes eventos contam também com vídeos de apresentação das empresas, que para além das festas, passam a ser um cartão de visita original noutros contextos. Pouco convencional, mas aparentemente, bem sucedido.

35 CARLOS TRAVASSOS

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