POSSIBILIDADES DE PENSAR A CIDADE DE DOURADOS (MS) A PARTIR DAS NOVAS DINÂMICAS DO AGRONEGÓCIO

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1 POSSIBILIDADES DE PENSAR A CIDADE DE DOURADOS (MS) A PARTIR DAS NOVAS DINÂMICAS DO AGRONEGÓCIO Ana Cristina Yamashita Pós-graduanda do Programa de Pós-Graduação em Geografia (pesquisa em andamento) Universidade Federal da Grande Dourados UFGD Professora Orientadora Dra. Maria José Martinelli Silva Calixto Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Membro participante da Rede de Pesquisa sobre Cidades Médias -RECIME anacyamashita@hotmail.com INTRODUÇÃO Pensar a cidade nos dias de hoje através da Geografia perpassa por uma condicionante imprescindível, a nova relação espaço-tempo que, segundo Carlos (2007, p. 11), caracteriza o momento atual. Desse modo, torna-se necessário buscar entender os conteúdos do processo de urbanização na atualidade a partir das novas dinâmicas impostas pelo mundo moderno, que podem ser traduzidas em movimentos de (re)produção e (re)configuração do espaço urbano, reflexos da vida cotidiana. Assim sendo, qual seria hoje a expressão espacial máxima da sociedade contemporânea? Certamente que o papel da urbanização, enquanto processo que historicamente foi construído, condiciona essa relação sociedade-espaço, pois, é no urbano que as relações sociais e econômicas prevalecem, e também é nesse espaço que se imprimem características físicas, onde a cidade, nesse contexto, representa o concreto e o material. Então, é nesse espaço de relações sociais que o homem produz, reproduz, inventa e reinventa novos objetos para serem utilizados, e, ao fazer isso, acrescenta elementos ao espaço vivido, que, conseqüentemente irão influenciar outros espaços. Ao fazer uma abordagem acerca da produção do espaço, Gottdiener (1993) apoiado no pensamento de Lefebvre diz que [...] o espaço não é apenas parte das forças e meios de produção, constitui também um produto dessas mesmas relações, e que essas relações [...] impregnam o modo de produção, ao mesmo tempo como produtor e produto, relação e objeto, numa dialética que se opõe à redução a preocupações de classe ou de território (p. 129 grifo nosso). Portanto, compreender como se desenvolve o modo de produção em determinado território, evidenciando os meios e as dinâmicas que corroboram para a sua consecução, é 1

2 2 uma forma de compreender como as relações socioespaciais se estabelecem na configuração deste espaço. OBJETIVOS O presente estudo tem como objetivo geral buscar possibilidades de se pensar a cidade de Dourados, no Estado de Mato Grosso do Sul, diante das novas dinâmicas que se estabelecem com a inserção da agricultura científica e do agronegócio evidenciadas principalmente a partir de Para a construção desta reflexão, adotar-se-á como subsídio a questão da reestruturação produtiva da agropecuária a partir da introdução do meio técnico-científico-informacional, destacando, a partir de então, como este processo se consolida no espaço de Dourados, gerando novas complexidades e novos elementos que se apresentam tanto no espaço rural quanto no urbano. METODOLOGIA A construção desta pesquisa é norteada a partir do entendimento do que denominamos de novas dinâmicas do agronegócio, tendo como elemento delineador do debate o pensamento de Milton Santos sobre o meio técnico-científico-informacional, a reestruturação da produção e dos territórios, além do papel da urbanização diante dessa produção agrícola moderna e tecnificada. Considerar-se-á também os estudos de pesquisadores que se relacionam ao objeto de estudo, de modo que se possa compreender como se constrói o espaço de Dourados, numa relação espaço-tempo, de modo que se obtenha o entendimento de como tais dinâmicas ampliam e redefinem, não apenas os papéis, mas também a configuração urbana. RESULTADOS PRELIMINARES: CONSTRUINDO O PENSAMENTO... CIDADE (E) CAMPO Lefebvre (1999) em A cidade e a divisão do trabalho desenvolve a idéia de que a cidade foi o sujeito da história, pois, para o autor, inicialmente a cidade surge como espaço de conteúdo político-administrativo e que era no espaço agrícola onde se dava a produção e 2

3 3 o sustento da cidade. Assim, é a partir da Idade Média, sob a égide do sistema feudal, quando a sociedade ainda era agrária, que a cidade se estabelece como espaço de produção por meio do artesanato e do comércio, o que faz com que a relação campo-cidade se diferencie. Diante disso, Lefebvre (1999), a partir do pensamento de Marx, destaca que [...] não são somente as relações econômicas que produzem o espaço, visto que na cidade encontramos o que podemos chamar de produção ampla, ou seja, aquela que é baseada nos conteúdos, que não são somente as representações físicas, mas as representações emocionais, ideológicas, enfim, o que podemos identificar que se determina pela escala das representações. Por outro lado, podemos afirmar que a produção restrita seria a material, aquela que identificamos pelas formas. Por assim dizer, é possível entender que a cidade inclui essas duas acepções da produção, a ampla e a restrita. Nesse contexto, o autor ainda instiga à reflexão ao dizer que a cidade perde seu cenário, pois deixa de ser uma obra e se constrói a partir das relações de produção (p. 62). Com a inserção da indústria, ocorre o acirramento dessas relações e, portanto, a modificação na relação campo-cidade, deixando claro que o campo não tem mais saída sem a cidade, ou seja, só pode ser compreendido à luz da sociedade urbana (LEFEBVRE, 1999, p. 72,73). Atualmente, com a dinamicidade do processo de produção, podemos pensar em novos conteúdos que se estabelecem entre o rural e o urbano, e, para tanto, consideraremos a priori as reflexões de Ruy Moreira (2002) onde se observa que as formas de arranjos espaciais estão diretamente relacionadas à hegemonia do capital, cujo autor destaca que a configuração do arranjo econômico está vinculada ao tempo de acumulação mercantil, industrial e financeiro. Assim, o papel da cidade como centro de comando da acumulação, e, portanto, locus da organização do comércio (e da acumulação) pode ser percebido por meio dos aparelhos das forças de produção e de circulação, que possuem o seu valor e que estão diretamente relacionados à divisão do trabalho e as trocas resultantes desta relação. Historicamente temos uma complexificação dessa relação campo-cidade, onde podemos identificar inicialmente uma preponderância do capital mercantil seguida pelos arranjos de domínio do capital industrial, evidenciado pela modernização no campo, pela 3

4 4 utilização das tecnologias, enfim, fazendo com que essa modernização também migre para a cidade como reflexo dessa inter-relação socioespacial. Então, por esse viés, a cidade integra a relação de interdependência cidade-campo, pois, é a cidade, através da economia urbana, que incorpora produções que antes eram feitas no campo, como por exemplo, o beneficiamento de produtos. Destaca-se ainda que, características como a concentração e a aglomeração estão diretamente associadas à cidade, reproduzindo a noção de aparência ou essência, o que representa a forma e o conteúdo, onde a configuração da cidade é o reflexo dessa (re)produção social, da vida, dos indivíduos! Diante dessa abordagem, a questão sobre espaço-tempo ganha importância na discussão, pois, é nesse contexto que se ampliaram novas formas de morar, de trabalhar, de usar o tempo, de se relacionar com o outro, com a cidade, com o campo. Bagli (2006) nos apresenta as possibilidades de se pensar em tempo rápido e em tempo lento, onde se pode dizer, grosso modo, que a rapidez das transformações são perceptíveis com ênfase bem maior nos espaços urbanos, pois as visualizamos a todo instante. Contraditoriamente, o tempo lento refere-se ao rural, cujas mudanças estão atreladas a uma lógica territorial mais próxima da natureza e que se expressa de maneira pouco fugaz (p. 83). A autora ainda explora o assunto ao lembrar que, além das mudanças constatáveis, os tais tempos são apropriados pelas pessoas que vivem nesses espaços em diferentes escalas e maneiras, destacando que o ritmo do tempo segue a velocidade da mobilidade excessiva dos processos de produção, circulação, troca e consumo de mercadorias (p. 83, grifo nosso), portanto, é o tempo ditado pela lógica capitalista. É nesse contexto, que podemos perceber como a nova relação campo-cidade se constrói, visto que no urbano, segundo Carlos (2007), o tempo está diretamente relacionado ao tempo da vida, que se manifesta nas relações cotidianas imbuído por uma lógica em que a particularidade dos fatos influencia na vivencia e sobrevivência no urbano. Já no rural, o tempo também é movimento, com temporalidades diferenciadas: do plantio, da colheita, da poda, da entressafra. (BAGLI, 2006, p. 84). O que mudou? Com o desenvolvimento tecnológico dos meios de produção, tem-se a ampliação de interferência com a natureza, cuja tecnologia permite controlar determinadas lógicas da produtividade, com 4

5 5 os avanços da biotecnologia, insumos, adubos, entre outros. Assim, a lógica do capital determina o que, como e quanto produzir. (BAGLI, 2006, p. 85). Assim, com a criação de novas necessidades e atividades que estão sendo impostas pela técnica, na busca da superioridade produtiva (sementes, adubos...), a relação campo-cidade pode ser pensada de uma outra forma... existe hoje uma superioridade técnica urbana ou uma alta produtividade técnica no campo? Para melhor compreender essas novas dinâmicas que se estruturam na relação campo-cidade, acredita-se na observação e análise dos conteúdos de algumas cidades do Brasil agrícola moderno. Por assim dizer, ao estabelecer que é a cidade que fornece a grande maioria dos produtos, dos serviços e da mão-de-obra necessários à produção agropecuária e agroindustrial, pode-se observar que a cidade local deixa de ser a cidade no campo e se transforma na cidade do campo (SANTOS, 1994, p ). Com isso, é importante observar as funções que são exercidas durante as diferentes etapas do processo produtivo, como por exemplo, na safra e na entressafra. Hoje existe um modo de vida imposto pela sociedade urbana que dita as regras, o que faz com que o campo não deixe de existir, mas que ele passe a ter outro conteúdo, o que não se explica sem se considerar a cidade e essa pluralidade. O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL E AS NOVAS DINÂMICAS O desenvolver desta reflexão é norteado, à priori, pelas contribuições de Santos acerca da técnica e do que ele mesmo denominou de meio-técnico-científico-informacional. Inicialmente o autor destaca que a técnica é a principal forma de relação entre o homem e a natureza, pois, para ele as técnicas são um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz e, ao mesmo tempo, cria espaço (SANTOS, 2006, p. 29). Vale destacar também que, para Santos, a transformação não passa pelo indivíduo, mas pela coletividade, e, nesse raciocínio temos uma técnica que interfere nas relações sociais que o homem constrói em uma sociedade. Vale destacar também que, se pensarmos a técnica como um fenômeno abrangente, que extrapola o sentido 5

6 6 restrito de objeto, temos uma técnica que pode ser entendida como fenômeno social e material, geradora de redefinições espaciais no meio social. Então, se a técnica tem a sua relevância na produção do espaço, principalmente nos aspectos histórico e social, observa-se que, de tempos em tempos, o espaço sofre transformações, cujos elementos determinantes se processam com lógicas e épocas diferentes, diretamente relacionadas às forças hegemônicas dessas temporalidades. Assim, os processos de produção passam a suplantar as necessidades tradicionais como outrora se observava no meio natural, criando recursos e condições que não se limitam somente ao meio onde estão inseridos, mas integram-se à novas dinâmicas que promovem e se transformam em uma nova relação que se estabelece entre a cidade e o campo. Assim, nesse processo: [...] O território ganha novos conteúdos e impõe novos comportamentos, graças às enormes possibilidades da produção e, sobretudo, da circulação dos insumos, dos produtos, do dinheiro, das idéias e informações, das ordens e dos homens. É a irradiação do meio técnico-científico-informacional que se instala sobre o território [...] Resultado de um trabalho permanente e, sobretudo, da progressiva incorporação de capitais fixos e constantes, com ênfase em certos pontos, o território brasileiro se metamorfoseia-se em meio técnico-científico-informacional. Este é a cara geográfica da globalização. (SANTOS e SILVEIRA, 2008, p , 101). Os novos conteúdos do campo inserem-se ao tempo e as diretrizes do capital financeiro, criando uma relação de dependência não mais apenas com a cidade, mas com as grandes empresas que dominam o mercado internacional da produção. Por assim dizer, o período técnico-científico-informacional consolida um novo uso agrícola do território, criando um novo uso do tempo e da terra, com inovações técnicas e organizacionais, tais como as modificações no calendário agrícola ou o encurtamento dos ciclos vegetais, a velocidade da circulação dos produtos e de informações, a disponibilidade de crédito, o incentivo à exportação, etc.(santos e SILVEIRA, 2008, p. 118). Como resultado desse processo, observa-se uma grande transformação da economia urbana das cidades próximas à área de produções modernas, pois, exige-se também a fluidez que se viabiliza através da construção de modernos sistemas de engenharia dos transportes e das comunicações, que intensificam as trocas, assim como os impactos nas relações sociais e no próprio território. Diante desse panorama, as relações de trabalho também se modificam, 6

7 7 promovendo uma nova divisão social e territorial do trabalho, que vai repercutir na estrutura demográfica e do emprego, na urbanização e, conseqüentemente, em novas práticas socioespaciais. Por este viés, Silva (2002) ao analisar a dinamicidade deste processo, especifica que, muitas dessas atividades, antes pouco valorizadas e dispersas, passaram a integrar nos dias de hoje verdadeiras cadeias produtivas, envolvendo não apenas as transformações agroindustriais, mas também serviços pessoais e produtivos relativamente complexos e sofisticados nos ramos de distribuição, comunicações, embalagens, além de atividades rurais não- agrícolas (moradia, turismo, lazer e prestação de serviços) na busca de especificidades e nichos do mercado. POSSIBILIDADES DE PENSAR A CIDADE DE DOURADOS O processo que envolve pensar a cidade de Dourados perpassa primeiramente pela compreensão de como esse processo se consolidou na região e como o domínio da agricultura científica globalizada foi se estabelecendo no território. Santos e Silveira (2008, p. 128) nos auxiliam na construção do raciocínio ao sintetizarem sobre o avanço da fronteira agrícola da soja no Brasil a partir de uma frente pioneira no Rio Grande do Sul a partir de 1964, ancorado na demanda de farelos protéicos para alimentação animal pelos países europeus e no crédito fiscal, o que permitiu uma extraordinária ampliação deste tipo de produção. Mas é depois de 1980, que o ritmo de crescimento foi marcado sobretudo pela expansão da fronteira agrícola para Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. Em 1984, o primeiro desses Estados passou a representar 12,52% da área cultivada de soja e 12,89% da quantidade produzida. Este dado, grosso modo, nos permite perceber que Mato Grosso do Sul absorveu o ritmo da produtividade, tendo a dinâmica monocultora da soja como elemento principal na sua consolidação como região altamente produtiva. Não se pode negar que, na consecução desse processo, o papel do Estado foi de extrema relevância, principalmente no que concerne à região de Dourados. Abreu (2005) apresenta a idéia de que essa região foi estruturada de modo a fortalecer o papel do sul do Mato Grosso, que se viabilizava com a ampliação da produção agropecuária para 7

8 8 exportação, definida pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento ( ). Nesse sentido, a região foi criada oficialmente como Região da Grande Dourados e seu território definido no contexto do planejamento da SUDECO, pois tratava-se de uma área com elevada produtividade. Portanto, ao fomentar a infra-estrutura local e regional, potencializavam-se as vantagens comparativas já estabelecidas, como a fertilidade dos solos e a produção agrícola. Assim, a implantação da agricultura mecanizada juntamente com o aparato público necessário - programas de infra-estrutura como o do PRODEGRAN (sistema de energia elétrica, rede de estradas, sistemas de armazenamento, crédito subsidiado, incentivos fiscais), promoveu a passagem do domínio da subordinação pelo capital comercial no campo sulmatogrossense para o domínio da subordinação do capital industrial e financeiro. Desse modo, os preços dos produtos deixam de ser vinculados as casas comerciais locais e regionais para dependerem das commodities, de cotação na bolsa de mercado de futuros onde é comercializada: Bolsa de Chicago. (MIZUSAKI, 2009, p. 58). Nos anos 90, segundo Souza (2002, p.322), o perfil da região outrora criada para o desenvolvimento do capital se reconfigura e se transforma, reorganizando também suas dinâmicas territoriais e cedendo à agricultura científica e ao agronegócio. A interferência dessas condicionantes na configuração do espaço urbano de Dourados se torna visível ao observarmos a Tabela 01 que se refere à evolução da população no município, demonstrando o aumento da população urbana e a redução da rural principalmente a partir da década de 1970, com a inserção da técnica e as interferências do Estado na produção do espaço. Tabela 01 Dourados ( ) Evolução da população do município PopulaçãoUrbana População Rural Ano de % sobre o de % sobre o Total habitantes total habitantes total , , , , , , , , , , , , , ,

9 , , Fonte: FIBGE Censo Demográfico de Mato Grosso 1940, 1950, 1960 e FIBGE Censo Demográfico de Mato Grosso do Sul 1980, 1991, 1996 e In: CALIXTO, 2008, p. 26. Ainda de acordo com os dados da Tabela 01, a partir da década de 1990, temos uma considerável estagnação no percentual de habitantes, tanto rural quanto urbano, que coincide com o período marcado pela diversificação econômica e a consolidação dos complexos agroindustriais ligados aos setores da suinocultura e avicultura, responsáveis pela materialização de novas relações de trabalho, conforme apresentado anteriormente. Assim, a cidade de Dourados assume uma configuração que representa a divergência dos interesses envolvidos. Nesse contexto, novos elementos se estabelecem com a conotação de progresso, atendendo as necessidades dessa nova lógica produtiva, tal qual podemos identificar a seguir: Em conseqüência dessa nova realidade vivida pelo campo mecanização da agricultura e conseqüente desmantelamento da pequena produção -, a cidade de Dourados começou a vivenciar um processo de redefinição de papéis, funções, conteúdo, não apenas por contar com um novo tipo de morador, proprietários e técnicos ligados ao novo modelo de agricultura ou trabalhadores e pequenos proprietários expropriados do campo, mas, sobretudo em face da demanda da agricultura mecanizada por produtos e serviços que não eram e não são encontrados na própria unidade agrícola de produção, como: assistência técnica, aplicação de agrotóxico e corretivos do solo, financiamento, reposição e conserto de equipamentos ou máquinas, etc. Dourados consolida-se, dessa forma, como principal centro urbano, atraindo o maior volume de investimentos e funcionando como centro de convergência das principais vias regionais. Aliado a esses fatos, introduziu-se um padrão de consumo diferenciado dos produtores e dos técnicos vindos sobretudo de outras regiões do País, ligados a essa forma de produção, intensificando os fluxos comerciais e de serviços. (CALIXTO, 2004, p ) Deste modo, a proposta de se pensar a cidade de Dourados a partir do agronegócio refere-se também a compreender como essas novas dinâmicas que se impõem na relação entre cidade e campo, interferem nas relações sociais e acabam por transformar o espaço da cidade, inserindo novos objetos e novas relações que são produzidas e reproduzidas na configuração do espaço urbano. Nessa perspectiva de construção de idéias, compreende-se que, ainda temos muito a caminhar diante das transformações do mundo contemporâneo e que, se o espaço é necessário para a reprodução da vida, podemos pensar que, nessa reflexão, temos um 9

10 10 espaço reproduzido, cujas diferenciações sociais são perceptíveis no urbano, e que também são decorrentes da nova lógica da produção agropecuária tecnificada e do agronegócio, que se reproduz especificamente no espaço de Dourados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Silvana. Região da Grande Dourados (MS): planejamento e (des)construção de uma região. Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina, 20 a 26 de março de Universidade de São Paulo, 2005, p BAGLI, Priscila. Rural e urbano: harmonia e conflito na cadência da contradição. In: Cidade e campo: relações e contradições entre o urbano e o rural. Maria Encarnação Beltrão Sposito, Arthur Magon Whitacker (org.) 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2006, p CALIXTO, Maria José Martinelli Silva. Produção, apropriação e consumo do espaço urbano: uma leitura geográfica da cidade de Dourados, MS. Campo Grande: Ed. UFMS, Os desdobramentos socioespaciais do processo de expansão territorial urbana. In: O espaço urbano em redefinição: cortes e recortes para a análise dos entremeios da cidade. Maria José Martinelli Silva Calixto (org.). Dourados, MS: Editora da UFGD, 2008, p CARLOS, Ana Fani Alessandri. O espaço urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo: Labur Edições, GOTTDIENER, Mark. A produção social do espaço urbano. São Paulo: Edusp, LEFEBVRE, Henri. A cidade e a divisão do trabalho. A cidade do capital. Rio de Janeiro: DP&A, 1999, p MIZUSAKI, Márcia Yukari. Território e reestruturação produtiva na avicultura. Dourados: Editora da UFGD, MOREIRA, Ruy. O espaço e o contra-espaço: as dimensões territoriais da sociedade civil e do estado, do privado e do publico na ordem especial burguesa. In: Territorio. Território(s). Programa de Pós-Graduação em Geografia PPGEO. UFF/AGB, Niterói, 2002, p SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4. ed. São Paulo: EDUSP, A urbanização brasileira. 2 ed. São Paulo: HUCITEC, SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, SILVA, José Graziano da. O novo rural brasileiro. 2. ed. Campinas: Unicamp, 2002, p. 1-33, SOUZA, Adauto O. Distrito Industrial de Dourados: intenções, resultados e perspectivas. São Paulo, USP/FFLCH, Tese (Doutorado),

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