Valências Verbais. no Português Clássico. M a r i a C l a r a P a i x ã o d e S o u s a. P e s q u i s a d e p ó s - d o u t o r a d o

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1 Valências Verbais no Português Clássico M a r i a C l a r a P a i x ã o d e S o u s a P e s q u i s a d e p ó s - d o u t o r a d o s o b a s u p e r v i s ã o d e E s m e r a l d a V a i l a t i N e g r ã o U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o F a c u l d a d e d e F i l o s o f i a, L e t r a s e C i ê n c i a s H u m a n a s D e p a r t a m e n t o d e L i n g ü í s t i c a O u t u b r o d e A g o s t o d e R e l a t ó r i o T é c n i c o d e P e s q u i s a Apresentado ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico (CNPq) Novembro, 2008

2 s u m á r i o I. Relatório de Atividades 3 II. Relatório Científico 7 Introdução Levantamento de dados Resumo do universo de análise Metodologia e Procedimentos Composição de um mapa de valências atestadas Formação de classes de comparação Exame dos padrões de expressão dos argumentos Resultados Iniciais Mapeamento inicial das construções Quadro-Resumo Quadros Descritivos...26 I. Verbos atetestados apenas em construções intransitivas no corpus...26 II. Verbos atestados em construções com {SE} no corpus...31 III. Verbos atetestados em construções intransitivas e em construções transitivas no corpus...41 IV. Verbos atestados em construções transitivas no corpus Padrões de expressão dos argumentos Padrão geral de expressão dos sujeitos Padrões de expressão dos sujeitos segundo agentividade Padrões de expressão dos sujeitos segundo classes de diátese comparadas Padrões de expressão dos sujeitos segundo classes de diátese e agentividade Detalhamento Observações iniciais Exame das alternâncias Exame dos padrões de expressão dos sujeitos Resumo e Perspectivas Referências Bibliográficas Anexo 1: Lista completa dos verbos Anexo V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a n o v e m b r o,

3 I. Relatório de Atividades Nesta primeira parte do Relatório de Pesquisa apresento um resumo das atividades realizadas ao longo da vigência da bolsa, isto é, entre novembro de 2007 e agosto de O quadro abaixo apresenta um calendário pontual das atividades comentadas em seguida. Quadro: Calendário de Atividades Atividade de Pesquisa: levantamento e análise de dados x x x x x x x x x x Atividade de Pesquisa: consulta à bibliografia x x x x x x x x x x Atividade de Pesquisa: encontros periódicos de supervisão x x x x x x x x x x Apresentação de resultados: workshop Unicamp x Apresentação de resultados: Alfal x x Atividade didática: curso ministrado na pós-graduação do DL-USP x x x x Atividade didática: orientação de mestrado (G. Menezes) x x x x x x x x x x Outras atividades: participação em concurso junto ao DLCV-USP x O investimento principal de tempo e trabalho neste período remete ao levantamento e análise dos dados. Conforme se detalha no Relatório Técnico, o levantamento completo inclui 323 verbos, num total de ocorrências. Desse total, ocorrências relativas a 172 verbos estão inteiramente sistematizadas e revisadas. As demais ocorrências (213 verbos) estão selecionadas e tabuladas, e se encontram atualmente em exame. Esse universo de dados foi colhido em dois corpora, uma vez que ao corpus originalmente planejado, o Corpus Histórico do Português Tycho Brahe (CTB), veio somar-se o corpus do projeto Dicionário Histórico do Português no Brasil (séculos XVI, XVII e XVIII) (DHPB). A possibilidade de incluir este material veio da minha inclusão na equipe de pesquisa do projeto DHPB (Edital MCT/CNPq 01/ Institutos do Milênio) como colaboradora, em novembro de 2007, após o início desta pesquisa, a partir do convite da coordenação do projeto. Desde então venho sendo responsável pela redação dos verbetes relacionados aos verbos neste dicionário. O trabalho de análise dos dados foi acompanhado de leituras e encontros periódicos com minha supervisora, a Profa Dra Esmeralda Vailati Negrão, atividades regulares ao longo desses meses de pesquisa. Pontuando essas atividades regulares, neste período tive a oportunidade de apresentar os resultados parciais do trabalho em duas ocasiões, e de preparar uma terceira apresentação, realizada em setembro:. Em fevereiro, apresentei o trabalho.'... em nascendo o sol torna a abrir, e quando se põe torna a fechar...': O Português Brasileiro e o Português Clássico interessam comparar?, no Workshop Variação e Gramática: diacronia e aquisição do Projeto Padrões rítmicos, fixação de parâmetros e mudança linguística (Paixão de Sousa 2008a), que discutia os dados preliminares da pesquisa. Em agosto, apresentei o trabalho Proeminência à esquerda na diacronia do português: Inovação e V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a n o v e m b r o,

4 continuidade, na XXV Conferência Internacional da Associação de Liingüística e Filologia da América Latina (Alfal) - Romania Nova (Paixão de Sousa 2008b), no qual busquei reunir os resultados desta pesquisa com meus trabalhos anteriores sobre a sintaxe da ordem no Português Clássico. Em setembro, apresentei o trabalho Português Brasileiro e Português Clássico: Conservação, inovação, e contato, no Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa, (Simelp), (Paixão de Sousa 2008c), preparado durante a vigência da bolsa, no qual desenvolvo a hipótese preliminar para a reanálise sofrida pelo Português Clássico na origem do Português Brasileiro, com base nos resultados desta pesquisa. Além dessas atividades mais estritamente ligadas ao projeto, neste período conduzi também atividades didáticas, em duas frentes. A primeira e mais constante delas tem sido a orientação da dissertação de mestrado de Gilcélia de Menezes da Silva, aluna do Instituo de Estudos da Linguagem da Unicamp. O acompanhamento desse trabalho vem sendo importante para o andamento deste projeto, uma vez que a aluna escolheu como tema de sua dissertação as mudanças observáveis na diátese do verbo chamar ao longo da história do português (examinando desde textos do século 14 até o Português Brasileiro). A segunda frente de atividades didáticas foi um curso ministrado junto à pós-graduação do Departamento de Lingüística da USP, como parte das atividades do programa de pós-doutoramento desta instituição. A convite da coordenadora da pós-graduação do DL, a profa. Evani Viotti, ofereci uma disciplina centrada nas teorias da mudança lingüística vigentes no século XIX ( O Pensamento Lingüístico no Século XIX, sigla FLL5078, cf. programa da disciplina em < sgldis=fll5078>). A extensa bibliografia preparada para o trabalho com os alunos incluiu alguns itens que tiveram impacto importante sobre minha reflexão nesta pesquisa. Em especial, neste contexto conheci o trabalho de W. Lehmann sobre a história do Indo-Europeu, que para o autor seria marcada pelas mudanças em torno da propriedade de agentividade dos sujeitos, idéia central para a reflexão que detalharei no Relatório Científico. Por fim, no mês de maio de 2007 apresentei-me ao concurso público para provimento de uma vaga de professor doutor junto ao Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo, tendo sido aprovada em primeiro lugar para a vaga de Sintaxe. A aprovação teve como impacto a interrupção da vigência da bolsa de pós-doutorado CNPq após o início de meu vínculo empregatício na Universidade, em agosto de Entretanto, este novo cenário não significará a interrupção das atividades desta pesquisa. Ao contrário, o estudo das Valências Verbais no Português Clássico conforma o estágio atual de meu projeto de pesquisa docente para o regime de dedicação integral junto à Universidade. Assim sendo, os resultados que apresento no Relatório Científico, a seguir, são apenas parciais, e constituem pontos de partida a serem aprofundados no contexto de um projeto de pesquisa de longo prazo, segundo os caminhos que apontarei. V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a n o v e m b r o,

5 II. Relatório Científico V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

6 Introdução Esse projeto de pesquisa teve como ponto de partida as observações de E. Negrão e E. Viotti em Alternância de Diátese no Português Brasileiro (Viotti e Negrão, 2008) sobre a flexibilidade das diáteses no Português Brasileiro, que para as autoras seria um fator central para a compreensão da gramática do PB atual e o diferenciariam tanto da variante européia, como das demais línguas românicas. Diante disso, o projeto propunha algumas perguntas: Como os padrões de diátese do Português Brasileiro se comparam com os padrões do Português Clássico, ou seja, da variante trazida para o Brasil no período colonial? As diferenças entre as duas variantes atuais teriam suas raízes nesse antecente diacrônico? Além disso, o projeto original previa os possíveis impactos de um estudo da estrutura argumental sobre o meu próprio trabalho sobre a gramática do Português Clássico (PC), centrado, desde Paixão de Sousa (2004), na análise da ordem dos constituintes, numa perspectiva que unia propriedades sintáticas e discursivas como a topicalização mas não se detia na reflexão de fundo semântico. Nos meus trabalhos anteriores, defendia que a organização superficial da ordem no PC decorreria do movimento de um dos constituintes do predicado verbal para uma posição de proeminência à esquerda, codificadora de propriedades de saliência discursiva operação, em princípio, independente da estrutura argumental e de sua semântica. À luz do trabalho de Negrão & Viotti (2008) sobre as estratégias de promoção argumental no Português Brasileiro, e do que afirmam as autoras sobre a relação estreita entre a semântica do verbo e o potencial de flexibilidade de sua diátese, pareceu-me que novas perspectivas poderiam surgir quanto à gramática do PC, ao se investigarem as relações entre estrutura argumental e realização sintática dos argumentos. Tendo se consumado dez meses de pesquisa, embora não apresente respostas para aquelas perguntas iniciais, parece-me que o caminho para explorá-las está mais definido, como pretendo mostrar neste relatório. Os resultados estritos do trabalho são a lista parcial dos verbos examinados (da qual se pode aproveitar, mais que um mapa das diáteses, uma metodologia de trabalho para a elaboração futura de um mapa completo), e uma uma indicação de que a estrutura argumental representa uma variável relevante para o estudo da sintaxe do Português Clássico, se não primordialmente quanto à ordem dos constituintes, certamente no que remete à relação ordem-apagamento de argumentos. Fundamentalmente, ao final desse percurso de análise dos verbos, não tenho ainda elementos que contradigam minha hipótese inicial de que a ordem dos constituintes no Português Clássico é governada centralmente por propriedades discursivas; ao contrário, essa característica cada vez mais me parece V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

7 central na compreensão do PC, e me levou a propor, em Proeminência à esquerda na diacronia do português: Inovação e continuidade (Paixão de Sousa 2008b) a análise do PC como uma língua de tópico. Entretanto, nessa gramática a propriedade de tópico proeminente à esquerda se combina com uma propriedade forte de sujeito nulo, sendo a possibilidade de sujeitos não-lexicais não só estatisticamente elevada, como também livre dos constrangimentos configuracionais que governariam o sistema residual de sujeitos nulos no Português Brasileiro segundo diversos autores, como argumentei no mesmo artigo. Nesse sentido, o estudo da semântica argumental revelou um fato que considero extremamente interessante: a correlação entre agentividade e probabilidade de apagamento dos sujeitos no Português Clássico. Ao refletir sobre esta propriedade com relação ao conjunto das outras propriedades da gramática do Português Clássico (proeminência à esquerda e liberdade dos sujeitos nulos), e ao contrapor todas elas às características atuais da gramática do Português Brasileiro, acredito ter em mãos elementos importantes para esboçar uma hipótese sobre a reanálise entre os dois estágios. Essa hipótese poderá partir das observações que resumo a seguir. O Português Clássico, como dito, combina as propriedades de proeminência discursiva à esquerda com a liberdade e elevada incidência de sujeitos nulos. Entretanto, esses sujeitos nulos não formam um grupo semanticamente indistinto: como este levantamento mostra, os sujeitos nulos são preferencialmente sujeitos do tipo desencadeador com controle (na terminologia de Cançado, 2005, que estou seguindo). Como decorrência dessas três propriedades, vemos, nos dados do português desta época, uma elevada proporção de construções: (i) com sujeito nulo agente e (ii) com tópicos não-sujeitos, não-agentes, à esquerda do verbo. Serão sentenças do tipo: (a) uma chamada Dona Urraqua, casou com o Conde Dom Reymão de Tolosa Nessa sentença, {uma chamada Dona Urraqua} é um tópico; sua função sintática é de objeto direto; seu estatuto temático é de paciente. Na sentença há um sujeito agente elidido; seu referente é El -Rei, como mostra o contexto maior abaixo: (a) Era este Conde Dom Anrique muito discreto, e esforçado Cavaleiro, e não menos de todas outras bondades comprido, trazia em seu Escudo de Armas campo branco sem outro nenhum sinal, e andando sempre depois, na guerra dos Mouros com El-Rei Dom Affonso, fez muitas, e assinadas cavalarias, por onde Del-Rei, e de todos os da terra era muito estimado, e querido, e assi o Conde de Tolosa seu tio, e o Conde de São Gil de Proença, e tendo El-Rei assi deles contentamento querendo honrá-los, e remunerar seus nobres feitos, e trabalhos, que em sua companhia passaram na guerra contra os infiéis, determinou de casar três filhas suas com eles, uma chamada Dona Urraqua, casou com o Conde Dom Reymão de Tolosa, de que depois nasceu El-Rei Dom Affonso de Castela V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

8 chamado também Imperador, donde descendem também todos os Reis de Castela, outra Dona Elvira, casou com o Conde Dom Reymão de São Gil, de Proença; outra chamada Dona Tareja deu por mulher a Dom Anrique sobrinho do Conde de Tolosa, dando-lhe com ela em casamento Coimbra, com toda a terra até o Castelo de Lobeira, que é uma légua além de ponte Vedra, em Gualiza,e com toda a terra de Vizeu, e Lameguo, que seu pai El-Rei Dom Fernando, e ele ganharam nas Comarcas da Beira. Ou seja: no contexto vemos claramente que {uma chamada Dona Urraqua, casou com o Conde Dom Reymão de Tolosa } deve ser interpretado como {uma chamada Dona Urraqua, [El-Rei] casou com o Conde Dom Reymão de Tolosa }; o mesmo se aplica às construções semelhantes que seguem no período, ou seja: {outra Dona Elvira, casou com o Conde Dom Reymão de São Gil, de Proença}, {outra chamada Dona Tareja deu por mulher a Dom Anrique sobrinho do Conde de Tolosa}. Pois bem: o que eu noto, antes de qualquer coisa, é que este é justamente o tipo de construção que causa dificuldades interpretativas para um falante do PB. De fato, eu mesma, ao ler essa sentença pela primeira vez, interpretei o elemento à esquerda do verbo, {uma chamada Dona Urraqua}, como o sujeito, nãoagente: (a) [ uma chamada Dona Urraqua ]-SUJ, casou com o Conde Dom Reymão de Tolosa O fenômeno da dificuldade de interpretação das sentenças do Português Clássico por parte de falantes do Português Brasileiro me parece muito revelador da diferença entre as duas gramáticas. Ele me mostra que para o falante do PB a interpretação imediata de um constituinte à esquerda do verbo é a de sujeito; e que o falante do PB não parece ter problemas com o estatuto semântico de paciente para seus sujeitos. Por contraste, podemos propor que na gramática do PC a posição à esquerda do verbo não configura necessariamente uma posição de sujeito ; eu de fato venho defendendo que no PC, sujeito não é uma posição, é uma relação abstrata entre o verbo e um de seus argumentos (Paixão de Sousa 2008b). Essa relação parece ser forte o suficiente para permitir sujeitos nulos com muita liberdade de configuração, o que já de partida traz mais dificuldades para a interpretação dos dados pelos falantes brasileiros. Podemos ver um exemplo disso com a frase a seguir; em (a), estão as lacunas e pronomes a serem interpretados; em (b) a interpretação do PC que me parece autorizada pelo contexto em (d); e (c), a interpretação que me é fornecida em consulta a falantes do PB. Nesse caso, como em outros semelhantes, os falantes do PB só conseguem interpretar corretamente as referências da lacuna depois de sucessivos exames do contexto maior da sentença: (a) quando vão para os apanhar, botão-lhes aquella tinta diante dos olhos (b)... quando [ _-1]-SUJ vão para [ _-1]-SUJ [os]-2 apanhar, [ _-1]-SUJ botão-[lhes]-2... (c)... quando [ _-1]-SUJ vão para [ _-1]-SUJ [os]-2 apanhar, [ _-2]-SUJ botão-[lhes]-1... V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

9 (d) Polvos O mar destas partes he muito abundante de polvos; tem este marisco hum capello, sempre cheio de tinta muito preta; e esta he sua defesa dos peixes maiores, porque quando vão para os apanhar, botão-lhes aquella tinta diante dos olhos, e faz-se a agua muito preta, então se acolhem. Tomão-se á frecha, e assovião-lhe primeiro; tambem se tomão com fachos de fogo de noite. Para se comerem os açoitão primeiro, e quanto mais lhe derem então ficão mais molles e gostosos. (i.e.: quando quando os peixes maiores vão para apanhar os polvos, os polvos botam aquela tinta diante dos olhos dos peixes maiores) Dados como esse me levaram a afirmar, já em Paixão de Sousa 2008b, que a relação entre o verbo e o sujeito sintático, no PC, é suficientemente forte parece prescindir de fatores configuracionais (ordem), tanto no que remente à ordem superficial dos sujeitos lexicais, como no que remente às relações posicionais que podem ser atribuídas aos sujeitos não lexicais estando, naturalmente, as duas características relacionadas. Naquele trabalho eu defendi que haveria uma propriedade abstrata forte licenciando o sujeito no PC, que se preserva independentemente da lexicalização e da ordem, e formalizei preliminarmente essa propriedade como T forte - ou seja: um núcleo de concordância abstrata com propriedades de licenciamento pleno para seu especificador, nos termos da sintaxe gerativa. Sustentei, também, que o principal contraste entre PB e PC seria o enfraquecimento desse núcleo T, mantidas, entretanto, as propriedades de proeminência discursiva à esquerda, ao longo dessa reestruturação. Agora, adiciono a isso o que encontro nos dados desta pesquisa: os sujeitos nulos do PC tendem a ser argumentos agentes (ou melhor, desencadeadores com controle). Isso significa que em construções com sujeitos pacientes, a probabilidade de elisão do sujeito (ou por outra, a probabilidade de ele se realizar como pronome nulo) é consideravelmente mais baixa que em construções com sujeito agente. Assim, a gramática do Português Clássico parece reunir as seguintes propriedades: (i) liberdade do sujeito nulo; (ii) proeminência do sujeito agente; (iii) posição de tópico à esquerda. Vamos ver como isso se reflete nas nossas análises sobre a gramática do Português do Brasil. A expressão dos sujeitos tem sido um dos aspectos mais discutidos da gramática do PB (Pontes 1986, Galves 1993, Kato & Negrão 1999), mas apenas recentemente as suas características singulares começam a ser abordadas do ponto de vista da semântica argumental, notadamente com Negrão & Viotti 2007, Na literatura anterior, o problema dos sujeitos no PB é tratado a partir da relação entre o plano informacional e o sintático, ou mesmo de modo limitado ao plano sintático. A pergunta clássica, nessa literatura, tem sido: quais as condições sintáticas da expressão dos sujeitos no português do Brasil, com a possível ampliação sintáticas e informacionais. Negrão & Viotti (2008) reformulam a pergunta clássica, acrescentando: quais as condições semânticas da expressão dos sujeitos no português do Brasil? Somos obrigados a voltar os olhares para um plano até agora pouco discutido: na conhecida tendência à V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

10 expressão lexical dos sujeitos pronominais do PB, além dos aspectos sintáticos (por exemplo, condições estruturais de recuperação referencial) e informacionais (por exemplo, saliência de tópico ), estaria em jogo o papel semântico do constituinte sujeito - como agente, paciente, etc.? Duas perguntas surgem. A primeira: haveria papéis semânticos mais ou menos apagáveis, mais ou menos lexicalizáveis? A segunda: entre os sujeitos nulos, estaremos incluindo constituintes presentes na grade semântica, porém apagados (o que seriam verdadeiros sujeitos nulos) e constituintes não presentes na grade semântica (ou seja: não-sujeitos, por não-constituintes)? Negrão & Viotti (2008) apresentam alguns caminhos para essa investigação ao analisar a promoção argumental e o apagamento no PB como uma escala contínua de estratégias de impessoalização, que seriam um fator central a diferenciar PB e PE. Neste trabalho, tentei transportar essa reflexão para o estágio diacrônico anterior, propondo a pergunta sobre semântica, apagabilidade e ordem no Português Clássico. O percurso anterior de pesquisa sobre o PC me levara a propror, como já mencionei, duas características centrais dessa gramática (liberdade do sujeito nulo e posição de tópico à esquerda), às quais acrescento agora uma terceira: proeminência do sujeito agente. Observemos, então, que segundo a literatura dedicada ao PB, dessas três propriedades, apenas a proeminência do tópico. A mudança entre as duas gramáticas, portanto, deve ter incidido sobre a liberdade do sujeito nulo e a proeminência do agente. Eu me pergunto, diante disso, se essas duas propriedades não remetem a uma única propriedade gramatical profunda. Voltando à sentença com {casar}: um caminho para entendermos a interpretação do PC, {uma chamada Dona Urraqua, [ El-Rei ] casou com o Conde Dom Reymão de Tolosa } seria: nessa gramática, o que é que garante a interpretação do sujeito nulo ele =[ El-Rei ] nessa configuração? Me parece que são dois fatores combinados: um fator sintático (condições de licenciamento de pronome nulo nominativo) e um fator semântico (proeminência do agente). Nenhum desses dois fatores, sintático e semântico, parece disponível para o falante do PB, que, diante de uma construção {a}-(objeto) {_}-sujeito V {c}-objeto, tende a interpretar como sujeito o constituinte que aparecer à esquerda do verbo, lexical, embora não-agente. Interessa notar que em alguns casos, o falante brasileiro pode se enganar até mesmo na interpretação de senteças do PC com sujeito lexical: isso acontece em orações com ordem OVS, nas quais, de alguma forma, os falantes brasileiros parecem preferir reestruturar a semântica da frase a identificar como objeto um constituinte à esquerda do verbo. Na sentença abaixo, por exemplo, os falantes interpretaram a {A quinta capitania...} como sujeito, e {Pero do Campo Tourinho} como objeto (entendendo conquistar no sentido de 'cativar, encantar'), enquanto a interpretação original da sentença é de {Pero do Campo Tourinho}como sujeito, e {a quinta capitania...} como objeto (isto é, Pero do Campo Tourinho 'tomou, colonizou' a quinta capitania): V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

11 (b) A quinta capitania a que chamam Porto Seguro, conquistou Pero do Campo Tourinho O interessante é que no caso de {consquistar}, o contraste nas interpretações incide na semântica referencial da frase; já com {casar}, muda, primordialmente, a valência do verbo. O falante toma {casar}como um verbo de valência 2 (em oposição a 3 no original). Na minha análise, {casar} é um tipo de verbo para o qual a diátese com três lugares é causativa, e a com dois lugares é não-causativa. Na diátese causativa, o argumento causador, agente, será o sujeito; na não-causativa, o argumento paciente será o sujeito. Assim, diante de uma construção com {casar} causativo com sujeito agente nulo do PC, o falante do PB opta por atribuir uma diátese não-causativa ao verbo, e interpreta um de seus complementos como o sujeito expresso. Esse exemplo me parece revelador de como o problema das diáteses se une ao problema do contraste entre as duas gramáticas quanto à ordem e apagamento de constituintes. Passo passo a me perguntar, diante desse tipo de fenômeno, até que ponto a amplitude de diáteses hoje observada no Português Brasileiro se relaciona com as propriedades do sujeito nulo do Português Clássico. Ou seja: observando que os argumentos que mais tendem a ser elididos no PC são os sujeitos agentes, e entre eles, mais fortemente ainda os argumentos agentes dos verbos que hoje, no PB, aceitam alternância de transitividade; que o PB parece ter como diferença em relação ao PC uma liberdade muito menor de licenciamento para sujeitos nulos; e que (segundo Negrão e Vioti 2008, e Perini no prelo) o PB apresenta uma expansão da propriedade de alternância transitiva dos verbos, considero interessante perseguir a hipótese de que a reanálise entre as duas gramáticas se deu em torno dessas duas propriedades. Mais interessante ainda seria construir a hipótese de que não se trata de duas, mas sim de uma propriedade gramatical profunda. Nas seções a seguir mostro os elementos que me parecem embasar essas observações. A apresentação está organizada de modo a refletir o percurso da pesquisa; começo portanto resumindo o estabelecimento da forma de análise dos dados segundo as perguntas inicialmente colocadas, passando a explicar as observações possibilitadas pelo exame dos dados e as novas perguntas que foram surgindo. A Seção 1 apresenta um um panorama geral da pesquisa com os dados, explicitando os critérios estabelecidos para descrever o quadro geral dos verbos examinados. A Seção 2 comenta esse panorama sob a perspectiva da amplitude de alternância dos diferentes verbos, e discute a relação entre as propriedades semânticas e a tendência de apagamento dos argumentos. A Seção 3 resume as perspectivas e desafios que permanecem para a pesquisa. V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

12 1. Levantamento de dados 1.1 Resumo do universo de análise Os dados deste levantamento foram colhidos em dois corpora representativos do português escrito nos séculos 16 e17: o Corpus Histórico do Português Tycho Brahe (CTB), do qual selecionei inicialmente dois textos (GANDAVO 1576, GALVÃO 1502), com cerca de palavras ( < ~tycho/corpus/ >), e o corpus do Dicionário Histórico do Português no Brasil (DHPB), no qual trabalhei com 196 textos (~ de palavras; < Os dados referentes ao CTB estão sendo trabalhados de forma extensiva: de uma lista com todas as sentenças de cada texto, separo e ordeno em ordem alfabética todos os verbos registrados (em principais e encaixadas, finitos e não-finitos); em seguida começo a examinar as ocorrências de cada verbo segundo sua expressão argumental, e classifico os dados tabulados da forma como se explicita na seção 1.2. Já os dados do corpus do DHPB estão sofrendo uma pesquisa intensiva: a partir de uma lista de verbos que me foi fornecida pela coordenação do dicionário, pesquiso e seleciono todas as ocorrências de cada verbo na integridade do corpus. Em seguida, estou tabulando os dados da mesma maneira que os dados referentes ao CTB, para incluí-los nesse estudo. Além disso, naturalmente, redijo os verbetes relativos a cada item para o Dicionário. As etapas de extração junto aos corpora e ordenação geral das ocorrências foram aplicadas a um universo total de ocorrências de 385 verbos, distribuídos entre os corpora como mostra a tabela a seguir: T A B E L A 1 : U n i v e r s o d e d a d o s t r a b a l h a d o s ( d a d o s s i s t e m a t i z a d o s e d a d o s e m e x a m e ) Corpus Número de Verbos Número de Ocorrências Dicionário Histórico do Português no Brasil (DHPB) Corpus Histórico do Português Tycho Brahe (CTB) Até este momento, selecionei dos dois corpora 323 verbos, num total de ocorrências, todas elas já Desse total de dados já organizados, 50 verbos do DHPB (compreendendo ocorrências) e 163 verbos do CTB (compreendendo ocorrências) estão ainda em exame. Os resultados parciais apresentados neste relatório se fundamentam na análise de 172 verbos, compreendendo ocorrências já sistematizadas: V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

13 T A B E L A 2 : U n i v e r s o d e d a d o s s i s t e m a t i z a d o s Corpus Número de Verbos Número de Ocorrências Dicionário Histórico do Português no Brasil (DHPB) Corpus Histórico do Português Tycho Brahe (CTB) Os dados selecionados dos textos foram organizados em um documento de base (arquivo.xls) de modo a permitir o controle da contagem de ocorrências e a ordenação segundo diferentes critérios de análise, formando assim um quadro geral a partir do qual os dados foram tabulados. Os quadros apresentados neste relatório (seção 2 a seguir) são excertos desse arquivo de base, o qual inclui, além do que sepublica aqui, todas as ocorrências em cada item, tabuladas (no total, são portanto linhas de arquivo.xls, mais as cerca de ainda em exame). Para os verbos correspondentes ao trabalho junto ao DHPB, além do código das construções e dos exemplos, o quadro completo compreende ainda as definições que redigi para cada verbete. Por conta desse volume, não anexei o quadro completo o qual, finalizada a pesquisa, formará a base do dicionário a ser publicado (em formato eletrônico, com o total dos verbos e exemplos selecionados, pertinentes a cada construção). Com os dados selecionados e reunidos, o passo seguinte da pesquisa foi compor critérios para analisar esse panorama, segundo as generalizações que já começavam a transparecer dos dados, e segundo os objetivos centrais do trabalho: descrever a estrutura argumental de cada verbo, esperando com isso ampliar a compreensão da gramática do Português Clássico e, consequentemente (como acredito), da gramática do Português Brasileiro. Nas seções a seguir apresento a metodologia de descrição e análise dos dados, procurando justificar as considerações que levaram ao estabelecimento desta metodologia. 1.2 Metodologia e Procedimentos A escolha de critérios de análise consumiu boa parte da reflexão desta etapa da pesquisa, pois o universo de dados selecionados nos textos sugere infinitos desdobramentos. As construções permitem inúmeras observações na direção da semântica, da lexicologia, da morfologia, da sintaxe, e da pragmática. Diante desta multitude de possibilidades, as opções de descrição e análise adotadas nesta pesquisa representam um entre muitos recortes possíveis, deixando de lado diversos fatos interessantes revelados pelos dados. A pesquisa buscou apenas montar um padrão de observação que permitisse uma primeira aproximação junto a esse universo de construções, preferencialmente de modo a favorecer os futuros desdobramentos de análise. O padrão de observação afinal escolhido é dos menos sofisticados: o critério central é a potência de valência, ou seja, a possibilidade de realização transitiva ou intransitiva de cada item lexical. V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

14 Os dados foram organizados em três etapas, explicadas e justificadas nas três seções que seguem: 1. Composição de um mapa de valências atestadas 2. Formação de classes comparadas, pela classificação por grupos de diáteses potenciais 3. Exame dos padrões de expressão dos argumentos em cada grupo Composição de um mapa de valências atestadas A primeira fase da descrição composição do mapa de valências atestadas consistiu simplesmente em procurar distinguir, para cada ocorrência de cada verbo, quantos argumentos compreenderia a grade temática. Naturalmente, a identificação dos argumentos dos verbos não se restringiu à observação de sua realização lexical; considerei também a possibilidade de argumentos elididos. A combinação entre a grade semântica de cada verbo e a possibilidade de apagamento ou expressão dos argumentos constitui, justamente, o cerne da análise que se pretende construir com essa pesquisa. Assim, no exemplo (a) abaixo, considerei dois argumentos para {colher}, em {como são de vez colhem esses cachos}, analisando um argumento elidido em { (= 3 PP) colhem} e um lexical, {esses cachos}; mas apenas um argumento, elidido, para {amadurecer} em {dali a alguns dias amadurecem}: { (=esses cachos) amadurecem}. No exemplo (b), considerei um argumento para {cavalgar}, analisando uma elisão em { cavalgou à pressa} (ou seja, [ (=Dom Eguas Moniz)]), e três argumentos para {dar}, analisando a elisão de [ (a Rainha)] em {que lhe desse o filho que lhe nascera}: (a) Como são de vez colhem estes cachos, e dali a alguns dias amadurecem. [ ( = 3 PP) ]-1 colhem [ estes cachos ]-2... [ (= esses cachos) ]-1 amadurecem. (b) Tanto que Dom Eguas Moniz soube que a Rainha parira, cavalgou à pressa, e veio-se a Guimarães onde o Conde estava, e pediu-lhe por mercê que lhe desse o filho que lhe nascera para o haver de criar, como lhe tinha prometido. [ (=Dom Eguas Moniz) ]-1 cavalgou... [ (a Rainha)]-1 [lhe]-2 desse [ o filho que lhe nascera]-3... Grande parte do tempo de trabalho se gastou em analisar e revisar cuidadosamente os dados para garantir o máximo de objetividade quanto à interpretação de ausência de argumentos versus elisão de argumentos, o que não foi sempre banal, como mostra o exemplo abaixo, sobre o qual ainda tenho dúvidas quanto ao número de argumentos de esgotar : (a) Feito isto [ (3PP)] metem aquela massa em umas mangas compridas e estreitas que [ (3PP)] fazem de umas vergas delgadas, tecidas à maneira de cesto: e ali [ (3PP)] a espremem daquele sumo, de maneira que não fique dele nenhuma coisa por esgotar (b) esgotar [ nenhuma coisa] (= um argumento), ou [ _ (= 3pp) ] esgotar [ nenhuma coisa ] (= dois argumentos)? V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

15 Na minha interpretação (brasileira), esgotar ficaria muito bem construído com um argumento apenas na sentença acima. Entretanto, não seria impossível pensar que há nesta ocorrência um segundo argumento, elidido (a terceira pessoa também elidida nos verbos antecedentes); some-se a isso que outras vezes este verbo pode também aparecer como transitivo, como fica claro no exemplo abaixo: (a) E quando acontece alagar-se alguma os mesmos Índios, se lançam ao mar, e a sustentam até que a acabam de [ esgotar ], e outra vez se embarcam nela e tornam a fazer sua viagem. [ _ (= 3pp) ] esgotar [ a ] (= dois argumentos) Evidentemente, não posso confiar inteiramente que minha interpretação coincida com a interpretação original, pois o que estou estudando, justamente, são as possibilidades de mudança nos verbos. Conforme já mencionei na Introdução, as dificuldades na interpretação de lacunas argumentais enfrentadas nesse processo tiveram como fruto a intuição central do meu trabalho Proeminência à esquerda na diacronia do português: Inovação e continuidade, sobre os contrastes no licenciamento de sujeitos nulos no PC e no PB, e fundam também a hipótese com que estou trabalhando sobre a reanálise da gramática do Português Clássico, como detalho adiante. Por ora, importa salientar que essas dificuldades tornam o trabalho de descrição bastante delicado. No caso de {esgotar}, agrupei o verbo entre os transitivos; entretanto, se, no prosseguimento do levantamento, eu vier a encontrar ocorrências em contextos mais claros com um argumento apenas, poderei passar a classificá-lo como alternante, isto é, transitivo ou intransitivo. Uma vez que a simples identificação dos argumentos já se mostrava desafiadora, decidi postergar a classificação dos verbos fundada nos papéis temáticos dos argumentos identificados, que havia tentado num primeiro momento. Pareceu-me que seria recomendável montar um esquema mínimo de formalização descritiva inicial, adotando uma nomenclatura generalizante para os argumentos x, y, z sob o critério da restrição de expressão, e que não remete primariamente a propriedades de cunho semântico ( Agente, Paciente, etc). Assim, estou chamando de x o argumento que nunca está ausente da grade de um verbo, seu argumento por assim dizer primário : (a) O sol apareceu > [o sol]- x (b) O menino acordou > [o menino]-x (a) A mãe acordou o menino > [o menino]-x (b) O copo quebrou > [o copo]-x (c) O menino quebrou o copo > [o copo]-x Em princípio, x, nesta classificação, representa o argumento único dos verbos intransitivos (sejam aqueles com semântica ativa, seja passiva ), e o argumento não-apagável dos verbos de alternância transitiva (em geral, com semântica passiva ). Como definirei adiante, portanto, x compreende os argumentos únicos de verbos [V x * y] (Grupo 1 da minha análise) e o argumento sempre presente dos V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

16 verbos de alternância transitiva, verbos [ V x (y)] (ou Grupo 2 da minha análise). Em contraste, y representaria o argumento por assim dizer secundário, ou seja, aquele que pode ou não estar presente nos verbos de alternância: (c) A mãe acordou o menino > [o menino]-x, [a mãe]-y (d) O menino quebrou o copo > [o copo]-x, [o menino]-y Por consistência operacional, estou chamando também de x e y os dois argumentos sempre presentes dos verbos transitivos estritos ([V x y] ou Grupo 3). Em princípio por analogia aos grupos anteriores, optei por usar y para os argumentos que seriam secundários caso o verbo aceitasse alternância, uma opção potencialmente problemática, como discutirei adiante. Deste modo, teríamos: (a) O menino escovou os dentes > [os dentes]-x, [o menino]-y (b) O menino comeu cereal > [cereal]-x, [o menino]-y Finalmente, o que chamo de z nesta nomenclatura são os argumentos que não me parecem ser obrigatórios para nenhum grupo de verbos. Isso inclui elementos de tipo locativo, argumentos com papel temático de Alvo ou Beneficiário, e argumentos de tipo Instrumento (identificando-se em larga medida, em termos semânticos, com a propriedade de [ESTATIVO] de Cançado 2005, por exemplo). Note-se que a possibilidade de expressão desse tipo de elemento não foi um critério para definir grupos fundamentais de diátese neste trabalho, como discuto mais adiante no Detalhamento: (a) Ele escovou os dentes com pasta nova > [ele]-x, [os dentes]-y, [ pasta nova]-z (b) Ele chegou na escola > [ele]-x, [a escola]-z Essa nomenclatura mínima x, y, z teve por objetivo inicial apoiar a descrição dos fenômenos de valência e de alternância; na fase final do trabalho, procurei traduzir a relação entre os argumentos possíveis dos verbos por meio de uma formalização mínima, pensando em apoiar a ampliação do trabalho com os dados, que é apresentada também no Detalhamento. Na seção 2 a seguir, mostro os quadros resumidos das construções atestadas no corpus de acordo com esses procedimentos Formação de classes de comparação O mapa dos padrões de valência atestados mostrou três cenários básicos quanto aos padrões de transitividade, se comparamos as construções atestadas no corpus com as previsões quanto ao PB. Há verbos que não apresentam alternância de transitividade nem no corpus, nem no PB; verbos que apresentam alternância nos dois estágios; e verbos que apresentam alternância no PB, mas não no corpus. A partir dessas observações, proponho três grupos para classificar os dados: 1. Verbos de diátese intransitiva estrita, [ V: x *y ]: Valência 1 no corpus do Português Clássico e no PB: {acontecer} 2. Verbos de diátese transitiva e intransitiva, [ V: x (y) ]: V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

17 2.1 Valência 1 no corpus do Português Clássico, Valência 1-2 no PB: {acordar} 2.2 Valência 1~2 no corpus do Português Clássico, Valência 1-2 no PB: {abrir} 2.3 Valência 2 no corpus do Português Clássico, Valência 1-2 no PB: {acabar} 3. Verbos de diátese transitiva estrita, [ V: x y ] ou [ V: x *(y) ] Valência 2 no corpus do Português Clássico e no PB: {defender} Os três grupos podem ser esquematizados inicialmente como segue, com as construções atestadas no corpus em negrito, e as construções que eu analiso como possíveis e impossíveis no PB entre parênteses: grupo exemplo [ x ] [ x ], [ y ] 1. [V x *y] (valência 1) intransitivos 1. {acontecer} x aparecer (* y aparecer x) 2. [V: x (y)] (valência 1, 2) alternância transitiva 2.1 {acordar} x acordar ( y acordar x ) 2.2 {abrir} x abrir y abrir x 2.3 {acabar} (x acabar ) y acabar x 3. [V: x y] (valência 2) transitivos 3. {defender} (* x defender) y defender x Deixando à parte, neste momento, os problemas de análise que ainda preciso enferentar quanto à descrição das construções atestadas (principalmente quanto aos verbos marcados com (?) nos quadros em geral), e que explicito nas seções que seguem, procuro agora mostrar alguns pontos de interesse da classificação dos dados nesses três grupos básicos. A primeira vantagem desse agrupamento é libertar a pesquisa da classificação estritamente empírica, que no caso de um trabalho com dados de corpora históricos pode ser problemática. A idéia inicial do trabalho era simplesmente classificar as realizações registradas para cada verbo, e analisar tematicamente os argumentos (cf. Projeto). Entretanto, com o decorrer do trabalho, concluí que esta não seria a melhor estratégia de organização. Antes de tudo, observo que atestar ou não atestar uma determinada realização de valência para cada verbo não esgota o que podemos saber sobre ele, uma vez que, mesmo em um corpus razoável como é este, não se está de modo algum livre da eventualidade de não se deparar com uma construção possível. Este é de fato o problema fundamental do trabalho de descrição gramatical de fases pretéritas de uma língua, como eu mesma já destaquei em diversos trabalhos (cf. Paixão de Sousa, 2004): a impossibilidade de acesso à intuição do falante significa que (i) não temos evidência negativa, pois, não podemos saber nunca com certeza se determinada construção não é registrada por ser agramatical ou por outras razões V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

18 fortuitas; e (ii) estamos constantemente sujeitos a idiossincrasias dos corpora, que tornam as generalizações precárias. Neste ponto chamo a atenção para um detalhe importante: quando me feriro a construções atestadas/não atestadas no corpus do Português Clássico, em oposição por exemplo a construções possíveis/não possíveis no Português Clássico, isto é deliberado; antes de tudo, porque não considero impossível ainda vir a atestar construções raras para alguns verbos. É por conta disso, por sinal, que sigo pesquisando alguns verbos importantes já estudados no CTB no corpus do DHPB, como {achar}, faltando cerca de ocorrências. Além disso, nunca é demais ressaltar que o fato de não vir a atestar determinada construção não significa necessariamente que ela não fosse possível na língua. Assim, conforme também venho defendendo em diversos trabalhos, embora o perfil descritivo de pesquisa seja muito importante, isso não significa uma limitação estreita ao campo do empírico. Acredito que as descrições devem partir de generalizações relevantes, formadas ao longo de um cuidadoso processo de ida e volta aos dados. Por conta disso, considerei justificável e proveitosos orientar a classificação dos dados pela generalização da possibilidade diacrônica de alternância, mesmo que para isso eu precisasse contar com previsões da minha própria intuição o que de início julgara tão impeditivo, que hestei em levar a cabo o expreimento. Em seguida, entretanto, considando a reflexão metodológica exposta acima, e ainda, o fato de que a descrição empírica está bem explicitada, e os dados, disponíveis (permitindo que a organização seja reordenada a qualquer momento), decidi seguir em frente. Para minimizar os efeitos potencialmente desvantajosos do recurso à minha intuiçãode falante do PB, ainda, estou experimentando testes mais objetivos para determinar as classes de alternância (como o teste da perífrase causativa, que apreseno mais adiante). Além disso, para balisar minha própria intuição com a de outros falantes do PB, tenho buscado ajuda na literatura pertinente. Em especial, consultei sistematicamente o Dicionário Gramatical de Verbos do Português Contemporâneo do Brasil (1991) e Uma gramática de valências para o português (1996), de Francisco Borba, e a Gramática Descritiva do Português: as valências verbais, de Mário Perini (no prelo - na forma das provas editoriais gentilmente enviadas pelo autor). A segunda vantagem da classificação nesses moldes é que ela possibilita estudos comparativos. De fato, esta descrição da gramática do Português Clássico tem interesse centralmente diacrônico isto é, a intenção é comparar este estado de língua com o PB. Sendo assim, não é absurdo partir de classes definidas segundo a gramática do PB; isto torna possível, justamente, uma comparação entre os dois estados da língua, de modo que os dados de intuição do PB servem como guias para compreender a gramática do PC. Com tudo isso, entretanto, saliento novamente o caráter desse estudo como um experimento, cujos frutos espero colocar à prova por meio da divulgação dos resultados, para então decidir se vale a pena prosseguir na pesquisa com estes moldes. V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

19 Nesse sentido da comparação diacrônica, destaco, de partirda, um primeiro resultado da análise realizada nesses moldes (e que pode ser conferido nos quadros da seção 2 a seguir): no corpus relativo ao Português Clássico os verbos apresentam uma flexibilidade de diátese muito menor que aquela observada por estudos recentes sobre o PB, como Negrão & Viotti (2008), Perini (2008), Cançado (2005) entre outros. Esse resultado inicial confirmaria, portanto, a previsão diacrônica de Negrão & Viotti (2008), no sentido de um aumento na flexibilidade das diáteses no PB. De 172 verbos estudados, em apenas 6 se atestam alternativamente construções transitivas e intransitivas. Observo que Perini (2008), entre 120 verbos analisados, classifica 90 como passíveis de alternância ergativa - ou seja, de aparecerm ora transitivos, ora intransitivos. Embora seja impossível sabermos se esta proproção remete imediatamente à siutuação geral da língua na época (como destaquei acima), a diferença entre as duas situações é colossal: no estudo de Perini (2008) para o PB, a proporção de 90/120 equivale a cerca de 75% de verbos de alternância ergativa; neste estudo para o PC, 6/172 equivaleria a cerca de 5% de verbos de alternância. Quanto ao segundo tipo de alternância que abordo no Detalhamento (a alternância entre os argumentos da grade que podem se construir como sujeito), trata-se de um fenômeno mais amplo que o da alternância de transitividade, conforme irei comentar depois. Uma terceira propriedade que eu gostaria de apontar quanto a esta maneira de agrupar os dados é a visão que ele permite sobre a relação entre agentividade e apagabilidade. De fato, como detalho nas seções a seguir, embora a intuição sobre a relação entre a propriedade de agentividade de um argumento e a propriedade de esse argumento ser apagado tenha se revelado muito cedo no trabalho de análise, foi com a organização dos dados segundo a amplitude potencial de diátese que esta correlação se verificou mais claramente, como se detalha mais adiante. O experimento revelou ainda uma propriedade inesperada. Ao agrupar os dados conforme a amplitude potencial de diátese, percebo que se abre um caminho para compreender um dos aspectos mais espinhosos da análise comparada entre o PC e o PB: a realização do pronome SE. O que se observa preliminarmente nos quadros a serem apresentados é que a realização assim chamada inerente de SE no PC parece fortemente correlacionada com a amplitude de valência que cada verbo virá a desenvolver no PB. De fato, os verbos que tendem a aparecer com SE são justamente ou aqueles que aparecem como intransitivos ou como transitivos no PC (e que, no PB, também parecem aceitar ambas as construções), ou aqueles que aceitam alternância de transitividade no PB: {abrir-se}, {acabar-se}, {corromper-se}. Isso poderia ser visto simplesmente como mais um sinal da perda do SE no PB; entretanto, não é essa a perspectiva que adoto. Com Cavalcante (2006), entre outros, considero que SE não está em desaparecimento no PB; o que me parece é que as propriedades gramaticais que se manifestavam, no PC, pelo uso do SE, estão hoje erodidas no PB. SE, acredito, realiza uma camada estrutural da frase V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

20 verbal no PC, e seu menor uso no PB é sinal da maior possibilidade de essa camada estrutural não ser realizada. O estudo detalhado da sintaxe do SE será centralmente relevante para o prosseguimento da pesquisa, e volto a este aspecto na seção 3. Por ora, compõe-se o seguinte quadro: _ valência + valência grupo exemplo [x] [x y]? [x], [y] 1. [V x *y] (valência 1) intransitivos 2. [V: x (y)] (valência 1, 2) alternância transitiva 3. [V: x y] (valência 2) transitivos 1. {acontecer} x acontecer (* acontecer-se) (* y acontecer x) 2.1 {acordar} x acordar (? acordar-se) (y acordar x) 2.2 {abrir} x abrir x abrir-se y abrir x 2.3 {acabar} (x acabar ) (x acabar-se) y acabar x 3. {defender} (*x defender ) (x defender- SE) y defender x Na Seção 3 adiante, ao detalhar os resultados preliminares, tentarei desenvolver melhor esses pontos aqui introduzidos, e vou procurar também comentar e explicitar os empecilhos ainda presentes na análise das diáteses (como por exemplo o tratamento dado aos argumentos oblíquos, [ z ]) Exame dos padrões de expressão dos argumentos Os dados organizados segundo a valência atestada para cada ocorrência e classificados segundo os critérios acima definidos foram analisados ainda quanto à expressão dos diferentes argumentos, lexical ou nula. Ao longo do trabalho de levantamento e análise dos dados, comecei a observar uma correlação entre a propriedade semântica de agentividade e a probabilidade de um argumento ser apagado, ou seja, de não ser expresso lexicalmente, embora sua interpretação esteja disponível. Considerando que esta correlação poderia ser um fator importante na compreensão das propriedades gramaticais envolvidas na expressão dos argumentos nesta fase do português, passei a revisar todos os dados estudados, classificando os argumentos elididos e não elididos conforme a propriedade de agentividade, e tabulando os números relativos à forma da expressão dos argumentos sujeitos, fossem nulos ou lexicais. Nesta seção mostro os fatos empíricos assim sistematizados, e comento suas conseqüências para o prosseguimento da pesquisa. A correlação entre agentividade e expressão so sujeito começou a se revelar com a análise dos verbos de diátese ampla, do Grupo 2, uma vez que nesses casos podemos facilmente contrapor usos agentivos e não-agentivos de um mesmo verbo. Vamos tomar inicialmente, por exemplo, o verbo {dar}. Ele aparece nos dados do Corpus Tycho Brahe 33 vezes com três argumentos, um dos quais eu interpretei como agentivo, como no exemplo abaixo: V a l ê n c i a s v e r b a i s n o p o r t u g u ê s c l á s s i c o r e l a t ó r i o d e p e s q u i s a

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