Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas

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1 A DIACRONIA DO VERBO CHAMAR E A PROEMINÊNCIA À ESQUERDA NO PORTUGUÊS Maria Clara PAIXÃO DE SOUSA 1 Gilcélia de MENEZES DA SILVA 2 RESUMO: Neste artigo discutimos a evolução diacrônica do verbo chamar e a proeminência à esquerda, desde o Português Antigo até as variantes modernas da língua. Apresentaremos o resultado de uma pesquisa sobre a sintaxe do verbo chamar, em textos portugueses escritos nos séculos XV e XVI. Essa pesquisa mostra o estabelecimento de chamar como o principal verbo usado em construções de designação, em substituição a formas medievais tais como haver nome, per nome de. Mostraremos a evolução nos padrões de ocorrência de chamar quanto à expressão argumental e à ordem relativa entre os argumentos. O principal padrão de ocorrência desse verbo no período estudado é aquele no qual o argumento com papel temático de designando (Y) aparece em posição pré-verbal, e o argumento com papel temático de denominação (Z) em posição pós-verbal, enquanto o argumento com papel temático de agente (X) está nulo (i.e: (a) Y chamar (X) Z, Ex.: A esta fruta chamam Ananázes ). A partir de uma hipótese geral sobre a estrutura da frase no português dos séculos XV ao XVII, explicaremos esse padrão de ordem como função da propriedade de proeminência discursiva à esquerda, que caracterizaria a sintaxe dessa época. Por fim, iremos propor que a elevada freqüência da ordem Y chamar X Z com este verbo no Português Médio está na raiz de uma reanálise em sua valência, de tal forma que no PB, o verbo chamar apresenta um uso estativo Y chama Z ( Ela chama Maria ), diacronicamente derivado da construção ativa Y chama Z, com sujeito nulo. Os estágios dessa mudança seriam: (1) Y chama (X) Z: A esta fruta chamam (os índios) Cajús / Esta fruta chamam (os índios) Cajús > (2) Y chama-se Z: A raiz se chama Mandioca, / Y chama (X) Z: as outras chamam machos > (3) Y chama-se Z: (estativo do PE) A primeira e mais antiga se chama Tamaracá Y chama Z: (estativo do PB) A primeira e mais antiga chama Tamaracá. Este trabalho se insere em um projeto maior de construção de um dicionário gramatical de verbos portugueses dos séculos XV, XVI e XVII; e a mudança na valência de chamar será comparada com processos semelhantes incidentes em outros verbos, como casar X casar Y com Z > Y casar (X) com Z / Y casar-se com Z > Y casar com Z. 1 Professora Doutora Titular da Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas. Av. Professor Luciano Gualberto, 403, Cidade Universitária, São Paulo, SP Brasil. 2 Aluna de Mestrado do Programa de Pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), Departamento de Lingüística. Rua Sérgio Buarque de Holanda, 571, Campinas SP Brasil. 1

2 PALAVRAS-CHAVE: Mudança Lingüística; Valência Verbal; Português Medieval; Português Clássico; Português Brasileiro. Introdução Este trabalho está inserido em um projeto maior intitulado A Língua Portuguesa, 1400 a 1600: Aspectos de História e Gramática, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Maria Clara Paixão de Sousa, junto ao Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. O projeto tem como ponto central de pesquisa os aspectos gramaticais da língua portuguesa, aliados aos aspectos históricos inerentes aos processos de consolidação e de reestruturação pelos quais a língua portuguesa passou durante os séculos 14, 15 e 16 (PAIXÃO DE SOUSA, 2009). Nosso trabalho de pesquisa se desenvolve no sentido de realizar um estudo contrastivo entre o português escrito nos 1400 até os 1600 e o português moderno. Nesse sentido, o objetivo central do projeto é realizar uma descrição gramatical do Português Médio, ou seja, o português escrito entre os séculos XIV e XVI (cf. PAIXÃO DE SOUSA, 2004; e GALVES; NAMIUTI; PAIXÃO DE SOUSA, 2006), período este da língua que constitui a base de atuação dos processos de mudança formadores do Português Brasileiro e do Português Europeu. Além disso, pretende-se publicar uma Gramática de Verbos do Português, como produto direto desse projeto. Portanto, é dentro desse conjunto maior de pesquisa sobre os verbos do Português Médio que está inserido o estudo diacrônico sobre a valência do verbo CHAMAR. 2

3 Neste artigo, discutiremos a evolução diacrônica do CHAMAR como predicador em construções com semântica denominativa, presentes em narrativas históricas representativas dos séculos XIV, XV e XVI, a partir dos resultados parciais da dissertação de mestrado em andamento A valência do predicador CHAMAR no Português Médio (MENEZES DA SILVA, em curso). Dentro da discussão proposta, relacionamos alguns dos aspectos do verbo CHAMAR, i.e., aqueles que dizem respeito à expressão argumental e à ordem relativa entre os argumentos presentes nos padrões de ocorrência desse predicador, com a hipótese geral que norteia as pesquisas do projeto central sobre a estrutura da frase no português dos séculos XV ao XVII e a proeminência à esquerda do verbo no Português Médio (PAIXÃO DE SOUSA, 2008; 2008b; 2009; 2009b). Os dados para a descrição gramatical de CHAMAR foram coletados em dois corpora representativos do português escrito entre os séculos XIV, XV e XVI, a saber: Corpus Histórico do Português Tycho Brahe 3 (CTB), do qual selecionei cinco textos [dois relatos de viagem [COUTO (n.1542), GANDAVO (n.1576)] e três crônicas históricas [FERNÃO LOPES (n.1380), DUARTE GALVÃO (n.1435) e RUI DE PIÑA (n.1440)], com um total de palavras. Os textos podem ser encontrados em <www. tycho.iel.unicamp.br/tycho/corpus/>. Corpus Informatizado do Português Medieval 4 (CIPM), do qual selecionei três 3 Este corpus é coordenado pela Prof.ª Dr.ª Charlotte Galves, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Brasil. 4 O CIPM é de responsabilidade de uma equipe da Linha de Investigação 1 do Centro de Lingüística da Universidade Nova Lisboa, Portugal. 3

4 crônicas históricas [Crónica Geral de Espanha de 1344 (CGE); Crónica do Conde D. Pedro de Menezes (ZPM), e a Chronica dos Reis de Bisnaga (CRB)], com cerca de palavras. Este corpus também está disponível na internet através do endereço < Nos textos acima descritos o predicador CHAMAR aparece em construções de semântica denominativa com a estrutura argumental básica representada em (1), onde X indica o constituinte com o papel temático de Agente; Y, o constituinte que recebe a denominação e Z representa a denominação propriamente dita. Para a nomenclatura dos papéis temáticos dos constituintes representados por Y e Z, estamos seguindo a nomenclatura apontada por Perini (2008, p.382) no que diz respeito aos papéis temáticos presentes em construções de designação. Entendemos que as construções de semântica denominativas se assemelham, tanto na estrutura quanto na semântica, às construções de designação propostas por Perini. (1) A Valência de CHAMAR em Construções Denominativas [X] V [Y] [Z] Agente V Designando Designação (a) [Os Índios da terra]-x [lhe]-y [chamam]-v em sua língua [Hipupiára]-Z, que quer dizer demônio d'água. {Gandavo} (b) e porem [lhe]-y [chama]-v [a estória]-x [filho de perdiçon]-z {CGE} (c) (...) e [este atabaque]-y [chamaõ]-v [elles]-x [picha]-z ( ) {CRB} 4

5 O que estamos chamando de construções de semântica denominativa são aquelas nos campos de Atribuir qualidade, denominar, autodenominar-se, dizer-se, ter por nome (HOUAISS, 2001) em padrões transitivos e não-transitivos: (2) CHAMAR denominativo, Transitivo-Ativo: (a) ( ) nós lhe chamamos galinhas do mato {Gandavo} (b) ( ) em tempo deste Rey D. Fernando de Castella seu filho, se chamou, e intitulou Rey de Castella ( ) {Rui de Pina} (3) CHAMAR denominativo, outros (Passivo e/ou Estativo): (a) A raiz se chama Mandioca {Gandavo} A Diacronia do verbo Chamar Aspectos principais - séculos XIV a XV: As Construções Estativas O primeiro aspecto a ser ressaltado sobre os padrões de ocorrência do CHAMAR como predicador denominativo diz respeito ao fato que em textos mais antigos, o CHAMAR denominativo convivia com outros predicadores com a mesma semântica, que, em sua maioria, foram desaparecendo ao longo do tempo. Isso inclui predicadores em construções transitivas (do tipo Atribuir qualidade, denominar ) e em construções estativas (do tipo Ter por nome ): 5

6 (4) Outros predicadores com semântica denominativa Transitivo-Ativos: (a) Dar (nome): (...) dando a terra este nome de Santa Cruz: cuja festa celebrava naquele mesmo dia a santa madre Igreja (que era aos três de Maio) {Gandavo} (b) Pôr (nome): A êste Arquipélago puzeram o nome dos Coraes, pelos arrecifes todos serem deles, (...) {Couto} (c) Dizer (por nome): Em aquella sazom, avya em Castella e ẽ Allava hũũ mancebo dos mais nobres do reyno e dezianlhe per nome Vella. {CGE} (d) Nomear: Outros animais há nesta província muito feros, e prejudiciais a toda esta caça, e ao gado dos moradores; aos quais chamam Tigres, ainda que na terra a mais da gente os nomeia por Onças: ( ) {Gandavo} (5) Outros predicadores com a semântica de denominação - outros (Passivo e/ou Estativo): (a) Ganhar (por sobrenome): [E], elles estando en esta duvyda, disse Diego Perez de Bargas, o que guaanhou por sobre nome Machoca ( ) {CGE} (b) Levar (nome): 6

7 (...) & daquelles nomes das armas leuaraõ nome aquellas moedas {Fernão Lopes} (c) Tomar (nome): (...) e d aquy em diante ficou em costume as moedas tomarem os nomes dos reys que as fazem, {CRB} (d) Ficar (com o nome): Ao qual chamaram brasil por ser vermelho e ter semelhança de brasa, e daqui ficou a terra com este nome de Brasil. {Gandavo} (e) Haver/ter (nome): E assy se tornou com hũ escud(ey)ro que avia nome Lopo Vazq(ue)z. {ZPM} De fato, nos textos até o século XV, esses outros predicadores aparecem em maior proporção do que o próprio CHAMAR. É o caso, sobretudo, das construções denominativas do tipo haver nome ( aver nome ), exemplificadas em (5e) acima. Se compararmos a proporção de HAVER NOME (que possui uma semântica estativa) com as construções com CHAMAR-SE, que consideramos também possuir uma semântica estativa, veremos que HAVER NOME e CHAMAR-SE manifestam uma relação diacrônica interessante. Já Ranchhod (1999) observou que as construções com HAVER NOME eram muito freqüentes em textos narrativos arcaicos, e que teriam sido substituídas ao longo do tempo por construções com CHAMAR-SE. O levantamento de Menezes da Silva (2008) confirmou essa previsão, conforme exemplifica o Gráfico 1 abaixo: 7

8 Gráfico 01: Comparação entre HAVER NOME X CHAMAR-SE no Português Médio O gráfico acima mostra o desenvolvimento das construções com CHAMAR-SE, ao longo do Português Médio. Percebe-se claramente o acréscimo de construções com CHAMAR-SE em contraste com o declínio de construções com HAVER NOME ao longo de todo o período analisado. As construções com CHAMAR-SE perfazem um total de 35 casos (5,15%) no séc. XIV, contra 638 casos (94,85%) com HAVER NOME. Já no séc. XVI essas mesmas construções com CHAMAR-SE atingem um total de 78 casos (97,5%), contra apenas 02 casos (2,5%) com HAVER NOME. Aspectos principais - séculos XV a XVI: A Expressão Argumental de CHAMAR 8

9 O segundo aspecto a ser ressaltado é o padrão da expressão argumental de CHAMAR, em construção transitivo-ativa, entre os séculos XV e XVI. Neste período, nas narrativas analisadas, os argumentos de CHAMAR, quando predicador de construções denominativas, se expressam da seguinte forma: (6) Expressão dos argumentos de CHAMAR em construções denominativas (6.1) [X] V [Y] [Z] SN V SN/SP SN (a) e chamaõ [as pessoas da Santissima Trimdade]-Y-SN Tricebemca {CRB} (b) [A esta fruta]-y-sp chamam Ananázes {Gandavo} (6.2) [X] V [Y] - clítico [Z] SN V pro (acus.) SN (c) e outros [a]-y-pro - acus chamã pater vyva {ZPM} (6.3) [X] V [Y]- clítico [Z] SN V pro (dat.) SN (d) & chamavã-[lhe]- Y- pro- dat Mateus {CGE} O principal padrão de ocorrência dos argumentos de CHAMAR em construções denominativas no Português Médio é aquele no qual o argumento com papel temático 9

10 de Designando (Y) ocorre em posição pré-verbal; o argumento com papel temático de Denominação (Z) em posição pós-verbal, enquanto o argumento com papel temático de Agente (X) está nulo, como em (7): (7) (a) [A esta fruta]- Y [chamam]- V [Ananázes]-Z {Gandavo} (b) [A esta fruta]- Y [chamam]-v [Cajús]-Z {Gandavo} (c) [A hũ] - Y [chamaraõ]- V [N(un)o Vazques]- Z {ZPM} (d) [Aa seg(um)da daquellas alldeas]-y [chamavã]- V [Benaberdão]-Z {ZPM} (e) [a hũa]-y [chamaron]-v [dona Biringuella]-Z {CGE} Neste tipo de construção, além do Agente (X), o argumento Designando (Y) também pode ocorrer nulo, podendo ser recuperado pelo contexto, como se observa em (8) e (9): (8) Apagamento do Agente (X): [Y] [V] [Z] E [o outro filho]-y [chamaron]-v [ ]- X [dom Fernãdo]-Z (...) {CGE} (9) Apagamento do Designando (Y): [V] [Z] (a) e [chamavam]-v [sanctos]-z e queimavaos todos. {CGE} 10

11 (b) e [chama]-v [cerca velha]-z {Duarte Galvão} Entretanto, o argumento Designação (Z) nunca ocorre nulo, o apagamento desse argumento alteraria o significado do verbo (no sentido de que o predicador passa a descrever outro evento, i.e., convocar ) como se observa no exemplo hipotético em (10): (10) Apagamento hipotético da Designação (Z) (X) [V] [Y] Dado Real: Dado hipotético: E [o outro filho]-y [chamaron]-v [dom Fernãdo]-Z E [o outro filho]-y [chamaron]-v [ ] - Z Mandaram vir o outro filho Dentre os argumentos que podem ocorrer nulos (X e Y), o Agente (X) é apagado com maior freqüência no conjunto de dados analisados: em um total de 579 sentenças, 528 sentenças (91,19%) apresentam o apagamento do Agente (versus apenas 51 sentenças - ou 8,81% - com a presença do Agente), conforme demonstra o Gráfico 02 abaixo: Gráfico 02: Apagamento do Agente em construções denominativas com CHAMAR no Português Médio 11

12 A Proeminência à esquerda A partir de uma hipótese geral sobre a estrutura da frase no português escrito dos séculos XV ao XVII apresentada por Paixão de Sousa (2008; 2008b; 2009; 2009b), apresentamos aqui uma possível explicação para o padrão de ordem nas construções denominativas com CHAMAR no Português Médio e o alto índice de apagamento do Agente. Em trabalhos recentes sobre o Português Médio, Paixão de Sousa tem mostrado evidências de que a gramática dos textos portugueses escritos nos anos apresenta uma ordem de constituintes governada centralmente por propriedades discursivas. Os resultados destes trabalhos mostram que a gramática do Português Médio apresenta as seguintes características: 12

13 (11) A gramática do Português Médio Paixão de Sousa (2009b) (A) A ordem dos constituintes é flexível quanto à ordenação de categorias gramaticais, e expressa fundamentalmente a organização discursiva da frase. (B) O Português Médio é uma gramática de sujeito nulo pleno. (C) O Português Médio apresenta uma forte correlação entre a categoria estrutural Sujeito e a categoria semântica Agente. Assim a posposição do sujeito corresponde a uma ênfase discursiva sobre o constituinte posposto. A posição à esquerda do verbo, no Português Médio é uma posição de proeminência discursiva. Dessa forma, estruturas do tipo [SV] é um subtipo de {XV}, onde {X} é um constituinte discursivamente importante e em destaque (foco ou tópico). Logo, nos textos do Português Médio, {XVS} não representa uma posposição do sujeito, mas um fronteamento do constituinte {X}, estando o sujeito em lugar não-marcado. Quando o Sujeito e o Tópico não coincidem, i.e., não são representados pelo mesmo constituinte, a ordem que irá prevalecer será a de Tópico- Comentário, como se apresenta em (12): (12) [Maria Monteira]-TOP tinha [uma sua filha]-suj muitas verrugas nas mãos Em seu trabalho intitulado Valências Verbais no Português Clássico, Paixão de Sousa (2008) analisou a relação entre Agentividade e a categoria de sujeito, fazendo um contraste dos padrões de expressão argumental de verbos selecionados nos 13

14 textos do PM e no PB. No Português Médio, entre os papéis temáticos que podem se expressar como sujeitos gramaticais, o papel Agente é claramente proeminente. Dessa forma, os argumentos que possuem uma semântica mais agentiva (desencadeadores com controle, segundo CANÇADO, 2005) tendem a aparecer nulos. A conseqüência disso, é que encontramos uma proporção elevada de (i) construções com sujeitos nulos agentes e (ii) de construções com tópico não-sujeitos e não-agentes à esquerda do verbo. Estas características da gramática do Português Médio podem explicar por um lado, o padrão de ocorrência {Y V S Z} do CHAMAR em construções denominativas, e por outro, o elevado índice de apagamento do Agente (cf. 13 e 14) neste mesmo tipo de construção: (13) (a) e porem [lhe]-y [chama]-v [a estória]-s [filho de perdiçon]-z {CGE} (b) (...) e [este atabaque]-y [chamaõ]-v [elles]-s [picha]-z ( ) {CRB} (14) (a) E [chamarõ]-v [aquella provincia toda]-y [Carpentanea]-Z. {CGE} (b) E [o outro filho]-y [chamaron]-v [dom Fernãdo]-Z {CGE} (c) & [aos ajumtamemtos ou companhas]- Y [chamã]-v [allcabellas]-z {ZPM} (d) e por ysso [lhe]-y [chamavaõ]-v [Pinaráo]-Z {CRB} Nessa proposta, a explicação para as construções estativas com CHAMAR atestadas atualmente em Português Brasileiro do tipo {Y V Z} Ela chama Maria, 14

15 teria por base o fato de que este tipo de construção é derivado das construções ativas do tipo Y chama Z, com sujeito Agente nulo, presentes no Português Médio. Com o Agente apagado, e o constituinte discursivamente importante ocupando a posição imediata a esquerda do verbo, este tipo de construção {Y chama Z}, encontrada atualmente no Português Brasileiro, pode ser interpretada como o constituinte Y exercendo a função de sujeito (Paciente), alterando a valência do CHAMAR de três [ ] V [ ] [ ] para dois [ ] V [ ]: (15) (a) & [aos ajumtamemtos ou companhas]-y-obj [chamã]-v [ ]- SUJ [allcabellas]-z > (b) & [aos ajumtamemtos ou companhas]- Y-SUJ [chamã]-v [allcabellas]-z (16) (a) e [as outras que carecem dele]-obj [chamam] [ ]- SUJ [machos]-z > (b) e [as outras que carecem dele]-suj [chamam] [machos]-z 15

16 Considerações Finais A descrição gramatical dos padrões de ocorrência de CHAMAR como predicador denominativo, em textos narrativos, nos permitiu perceber alguns aspectos relevantes para o estudo e descrição da gramática do Português Médio, período da língua tão importante para o processo de formação do que hoje chamamos de Português Brasileiro e Português Europeu. Em primeiro lugar, vimos que o predicador CHAMAR com semântica denominativa aparece nos textos do século XIV e XV convivendo com outros predicativos que serão substituídos na diacronia. O principal padrão de substituição observado se dá no campo das construções estativas, em que as construções do tipo HAVER NOME são substituídas pelas construções do tipo CHAMAR-SE. Nos textos a partir do século XV, portanto, CHAMAR aparecerá em tanto em construções ativas como estativas. Em relação às construções transitivo-ativas com CHAMAR denominativo, observa-se um padrão de expressão argumental no qual o argumento que mais aparece nulo é o Agente, e o argumento Y (Objeto) ocupa a posição à esquerda de proeminência discursiva. Em virtude do padrão de ocorrência {Y V Z}, encontrado nas construções ativas com CHAMAR, i.e., o objeto ocorrendo à esquerda do verbo juntamente com Agente nulo, procurou-se aqui realizar um estudo comparativo entre o CHAMAR e os outros verbos descritos por Paixão de Sousa (2008). Assim percebemos que o padrão de ocorrência de CHAMAR se combina com os padrões de ordem e apagamento de outros verbos estudados. Dentre eles, destacamos o verbo CASAR, que semelhante ao 16

17 CHAMAR, apresenta uma mudança de valência ao longo do tempo, conforme se descreve em (17) e (18): (17) CASAR (a) [Uma chamada D.Urraca ]-Obj [_]-Suj [casou] [com D. Reymão de Tolosa]- Obj θ-paciente θ-agente θ-tema > (b) [Uma chamada D.Urraca ]-Suj θ-tema [casou] [com D. Reymão de Tolosa]-Obj θ-tema (18) CHAMAR (a) e [as outras que carecem dele]-obj [chamam] [_]-Suj [machos]-z θ-designando θ-agente θ-denom./tema > (b) e [as outras que carecem dele]-suj [chamam] [machos]-z θ- Tema θ-denom./tema Assim, à luz de Paixão de Sousa (2008) e acompanhando os resultados até agora obtidos no âmbito do Projeto A Língua Portuguesa, 1400 a 1600: Aspectos de História e Gramática, a valência dois {Y chama Z} de CHAMAR em construções estativas do tipo {Ela chama Maria} encontrada hoje no Português Brasileiro, se coadunaria com o padrão geral de reanálise das construções transitivas do tipo {Y chama Ø Z} presentes na gramática do Português Médio. Essa reanálise se dá devido ao apagamento do 17

18 Agente e a proeminência do Objeto, ou seja, do constituinte discursivamente importante à esquerda do verbo, alterando, ao longo do tempo a valência de um conjunto verbos, entre eles o CHAMAR e o CASAR. Referências bibliográficas CANÇADO, M. (2005). Propriedades semânticas e posições argumentais. DELTA 21.1: GALVES, C.M.C.; NAMIUTI, C.; PAIXÃO DE SOUSA, M.C.. (2006). Novas perspectivas para antigas questões: A periodização do português revisitada. In: A. Endruschat, R. Kemmler, B. Schäfer-Prie. (Org.). Grammatische Strukturen dês europäischen Portugiesisch: Synchrone und diachrone Untersuchungen zu Tempora, Pronomina, Präpositionen und mehr. Tübingen: Calepinus Verlag, HOUAISS, Antonio. (2001). Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Versão 1.0. Rio de Janeiro: OBJETIVA. MENEZES DA SILVA, G. (2008). Chamam-me de complexo: Desmistificando o predicador CHAMAR através das narrativas históricas portuguesas dos séculos 15 e 16. Trabalho apresentado no I Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa SIMELP. São Paulo, setembro de (em curso). A valência do predicador CHAMAR no Português Médio. Dissertação de mestrado em curso, Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp. PAIXÃO DE SOUSA, M.C. (2008). Valências Verbais no Português Clássico. Relatório de Pesquisa de Pós-doutorado.. (2008b). Proeminência a esquerda na diacronia do Português: inovação e continuidade. Comunicação ao XV ALFAL - Congresso Internacional da Associação de Lingüística e Filologia da América Latina (Romania Nova), 2008, Montevidéu. Libro de Resúmenes, Montevideu: Imprenta Gega, v.1. p (2009). A Língua Portuguesa, 1400 a 1600: Aspectos de História e Gramática. Projeto de Pesquisa.. (2009b). A Expressão dos Sujeitos no Português Clássico e no Português 18

19 Brasileiro: Hipótese para uma reanálise gramatical. I Congresso Internacional de Lingüística Histórica Rosae. Salvador, julho de PERINI, M. A. (2008). Estudos de Gramática Descritiva: As Valências Verbais. São Paulo: Parabola. RANCHHOD, Elisabete M. (1999), Construções com Nomes Predicativos na Crónica Geral de Espanha de In: Lindley Cintra. Homenagem ao Homem, ao Mestre e ao Cidadão, pp , organização de Isabel Hub Faria, Lisboa: Cosmos. 19

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