Produção do Português Escrito
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- Daniel Cordeiro Figueiroa
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1 Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Produção do Português Escrito Sintaxe e Pontuação 14 e 16 de março 18 e 20 de abril 23 e 25 de maio Conceitos introdutórios segunda-feira 14 de março
2 A escrita no ensino superior Produção do Português Escrito (FL UL) Técnicas de Expressão do Português (FL-UP) Escrita Académica em Português (FL UC) Expressão e Argumentação (FCSH UNL)
3 Áreas críticas da expressão escrita Cabral, Ana Paula (2003). Leitura, Compreeensão e Escrita no Ensino Superior e Sucesso Académico. Dissertação de Doutoramento, Universidade de Aveiro. Cardoso, Adriana, Maria João Hortas, Encarnação Silva & Tiago Tempera (2012). Competências em Língua Portuguesa à saída da licenciatura: o caso da licenciatura em Educação Básica da ESELx. In Atas do V Encontro do CIED - Escola e Comunidade. Lisboa: CIED, pp Cardoso, Adriana & Catarina Magro (2013). Problemas de coesão referencial na escrita académica em português. Comunicação apresentada na 3ª Conferência Internacional em Gramática e Texto - GRATO Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. Dezembro Costa, João (2007). Conhecimento gramatical à saída do Ensino Secundário: estado actual e consequências na relação com leitura, escrita e oralidade. In Carlos Reis (org.) Actas - Conferência Internacional sobre o Ensino do Português. Lisboa: Ministério de Educação, pp Rodrigues, Leila Calil Saade, & Luísa Alves Pereira (2008). Dificuldades de Síntese da Informação Escrita: a pertinência de uma didáctica do escrito no Ensino Superior. Palavras 33, pp Rodrigues, Leila Calil Saade (2010). Dificuldades de síntese na escrita de alunos do Ensino Superior Politécnico. Dissertação de Doutoramento, Universidade de Aveiro. Vasconcelos, Rosa Maria, Sílvia Monteiro & Magda Pinheiro (2007). Competências de escrita em Alunos Universitários. World Congress on Communication and Arts São Paulo: WCCA, pp
4 Áreas críticas da expressão escrita Manifestação de dificuldades nos diferentes níveis de construção textual; Problemas mais profundos e generalizados ao nível da microestrutura textual.
5 Áreas críticas da expressão escrita Magro, Catarina & Adriana Cardoso ( ) CUTe: Corpus of Portuguese Undergraduates' Texts, Centro de Linguística da Universidade de Lisboa/Escola Superior de Educação de Lisboa. Disponível em Tipologia de erros
6 Áreas críticas da expressão escrita Nível de análise Número de erros % do total de erros pontuação ,5 sintaxe/semântica ,7 ortografia ,1 semântica ,1 morfossintaxe 51 4,8 sintaxe 38 3,6 morfologia 21 2,0 gralhas 3 0,3 Quadro 1: Ocorrência de erros no CUTe por nível de análise
7 Áreas críticas da expressão escrita Categoria de erro Número de erros % do total de erros Uso da vírgula ,5 Seleção categorial ,2 Seleção semântica ,0 Referência nominal 83 7,8 Outras incompatibilidades semânticas 61 5,7 Maiúsculas/minúsculas 50 4,7 Acentuação 46 4,3 Concordância 42 3,9 Processamento e representação gráfica de fonemas 30 2,8 Coordenação 23 2,2 Quadro 2: Ocorrência de erros no CUTe por categoria de erro
8 Planos de construção textual texto do Latim textus, a um = tecido (part. texere) microestrutura pontuação macroestrutura superestrutura
9 Planos de construção textual plano microestrutural
10 Processo de escrita e monitorização da pontuação planificação textualização revisão pontuação reescrita edição
11 Relação com a prosódia Prosódia módulo da fonologia que codifica informação linguística relativa a processos que envolvem elementos suprassegmentais (ex. sílaba, acento, entoação, pausas, ritmo). Entoação Melodia associada a um enunciado (cadeia de segmentos fónicos). Curva configurada pelos picos acentuais correspondentes à proeminência que atribuímos a diferentes palavras do enunciado.
12 Relação com a prosódia Entoação Mesmo enunciado produzido com diferentes contornos entoacionais/curvas melódicas pode veicular diferentes significados linguísticos (tipos de frase): Afirmação: Hoje, vais ao cinema. Interrogação: Hoje, vais ao cinema? Exclamação/ordem: Hoje, vais ao cinema! Dúvida: Hoje, vais ao cinema?... sinais melódicos
13 Relação com a prosódia A organização temporal da fala Organização das sequências de sons no eixo temporal (pausas, velocidade de fala/ritmo). Fala contínuo fónico constituído pela produção de segmentos em cadeia (sequências fónicas) e por unidades de silêncio (pausas) distribuídos alternadamente no eixo temporal. Pausas interrupções no contínuo fónico (longas ou breves).
14 Relação com a prosódia A organização temporal da fala As sequências fónicas e as pausas são medidas através do parâmetro da duração. As relações entre a duração das sequências fónicas e as pausas de um enunciado contribuem para a determinação do seu ritmo.
15 Relação com a prosódia A organização temporal da fala Tradicionalmente: oralidade pausas dos enunciados escrita sinais de pontuação sinais pausais
16 Relação com a prosódia A organização temporal da fala Tradicionalmente: vírgula ponto e vírgula ponto pausa breve pausa longa
17 oralidade Diacronicamente: escrita sistemas com funcionamentos distintos estabelecem relações complexas Flutuação das convenções de pontuação ao longo da história não reflete uma mudança na prosódia do português. Sincronicamente: Não se observa uma correlação exata entre ritmo de um enunciado oral e pontuação na sua representação escrita.
18 1) Estes dados permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente. 2) O levantamento exaustivo dos dados e o seu tratamento estatístico permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente.
19 1) Estes dados permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente. 2) O levantamento exaustivo dos dados e o seu tratamento estatístico / permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente. pausa
20 1) Estes dados permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente. 2) O levantamento exaustivo dos dados e o seu tratamento estatístico, permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente.
21 3) Caso contrário a hipótese não é validada. 4) Caso os dados empíricos não apresentem esse padrão a hipótese não é validada.
22 3) Caso contrário a hipótese não é validada. 4) Caso os dados empíricos não apresentem esse padrão / a hipótese não é validada. sem pausa com pausa
23 3) Caso contrário, a hipótese não é validada. 4) Caso os dados empíricos não apresentem esse padrão, a hipótese não é validada. Vírgula obrigatória em ambos os casos
24 Casos de: Pausas que não correspondem a vírgulas (cf. exemplo (2)) Vírgulas que não correspondem a pausas (cf. exemplo (3))
25 A prosódia estabelece relações com o módulo sintático da gramática. As (atuais) convenções de pontuação são maioritariamente de base sintática. A boa formação de enunciados escritos depende da presença/ausência de pontuação em determinadas posições sintáticas.
26 Leituras complementares Cardoso, Adriana, Catarina Magro, João Braz & Teresa Nunes (2014). CUTe: Corpus of Portuguese Undergraduates' Texts Um recurso para a investigação em escrita académica em português. In A. Moreno, F. Silva, I. Falé, I. Pereira & J. Veloso (Orgs.), XXIX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística - Textos Selecionados (pp ). Porto: Associação Portuguesa de Linguística. Duarte, Inês (2000). Língua portuguesa: Instrumentos de análise (pp ). Lisboa: Universidade Aberta.
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