Adubação de plantio para Eucalyptus sp.
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1 LSO Adubos e Adubação Adubação de plantio para Eucalyptus sp. Manoel Augusto Luiz Almeida 16 de junho de 2016
2 Eucalyptus sp. Aproximadamente 600 espécies; Grande variação genótipica; 5,37 milhões de hectares plantados no país (IBÁ,2015); Costuma ocupar áreas desinteressantes para outras culturas(wilcken et al., 2008). 2
3 Calagem e gessagem Espécies florestais possuem baixa sensibilidade à acidez do solo (RAIJ et al.,1996); Calcário e gesso são aplicados para suprir a alta demanda de Ca e Mg (GONÇALVES et al., 1996); Pode-se aplicar a lanço ou em filetes contínuos, de 4 a 3 meses antes do plantio. 3
4 Adubação mineral Importante o parcelamento da aplicação (GONÇALVES et al., 1996); Adubação de Base: 100% do P, 20 a 40% do N e K + micro no sulco de plantio; Adubações de Cobertura: 80 a 60% do N e K + micro em filetes contínuos ou meia lua. 4
5 Boletins Utilizados Boletim 100 ( RAIJ et al.,1996); Manual de adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina( Sociedade Brasileira de Ciências do Solo, 2004); Correção de solo e adubação para o Cerrado( SOUSA et al., 2004); Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais( RIBEIRO et al.,1999); 5
6 Níveis Críticos Nutricionais Nível Crítico de Manutenção Elemento (1) Solos Nível Crítico de Implantação Incremento médio anual (m³/ha.ano) P (mg/kg) Argiloso 60 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 Arenoso 80 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 K (mg/kg) Ca (cmolc/kg) 0,2 0,3 0,45 0,6 0,7 0,8 0,9 Mg (cmolc/kg) 0,05 0,07 0,1 0,13 0,13 0,19 0,22 ¹Amostragem de 0-20cm; extratores para K e P -Mehlich-1; para Ca e Mg- KCl 1mol/L Fonte: Novais et al. (1986) 6
7 Calagem São Paulo : NC = 10 {[20 - (Ca + Mg) ]/PRNT} (calcário dolmítico) ; Cerrado : NC= CTC x ( V2-V1)/10x PRNT ; V2 -> 50% Sul : NC = CTC (V2-V1)/100 ; V2 -> 65% Minas Gerais : 100kg de calcário(prnt 100%) para cada cmolc/dm³ ; 7
8 Gessagem São Paulo: NG = 6xArgila(g/kg); Cerrado : NG = 75 x argila(%); Sul e Minas Gerais: não recomendam gessagem para a cultura; 8
9 Nitrogênio São Paulo; Matéria orgânica* (g/dm3) * 10 g/dm³ = 1% N aplicado (kg/há) >40 20 Sul; Teor de Matéria Orgânica no solo Plantio Nitrogênio Cobertura % - Kg de N/há - 2, ,6-5, >5,
10 Nitrogênio Cerrado: Uso de 60kg/ha de N na cobertura; Minas Gerais: a. Se não for necessário aplicar K: aplicar 134 kg/ha de N na cobertura; b. Necessário aplicar K: fornecer potássio com NPK , fornecendo N ao mesmo tempo; 10
11 Fósforo São Paulo; Nível de P resina (mg/dm³) * Teor de Argila (%) > 8 P2O5 (kg/ha) < > * 1 mg/dm³ = 1 mg/cm³ = 1 ppm Cerrado; ¹Extrator Mehlich -1 Teor de Teor de Fósforo no solo ¹ Argila Baixo Médio Adequado % P (mg/dm³) < 12,0 12,1-18,0 >18, <10,0 10,1-15,0 >15, <5,0 5,1-8,0 >8,0 >60 <3,0 3,1-6,0 >6,0 ¹ Extrator Mehlich-1 Teor de P Argila Baixo Médio Adequado % Kg/ha >
12 Fósforo Sul; Interpretação do teor de P no solo Teor de Argila no solo* > 60% 60 a 41% 40 a 21% 21% mg/dm³ de P Fósforo a ser aplicado Kg de P 2 O 5 /há Muito Baixo 2,0 3,0 4,0 7,0 120 Baixo 21,-4,0 3,1-6,0 4,1-8,0 7,1-14,0 90 Médio 4,1-6,0 6,1-9,0 8,1-12,0 14,1-21,0 60 Alto 6,1-12,0 9,1-18,0 12,1-24,0 21,1-42,0 30 Muito Alto >12,0 >18,0 <24,0 <42 30 *Mehlich-1 12
13 Fósforo Minas Gerais divide a adubação em três situações: a. Teores de P superiores ao crítico: aplicar superfosfato simples de acordo de acordo com a textura do solo; Textura g/planta de SFS Arenosa 100 Média 125 Argilosa
14 Fósforo Minas Gerais divide a adubação em três situações: a. Teores de P superiores ao crítico: aplicar superfosfato simples de acordo de acordo com a textura do solo; b. Teor de P entre a metade e o crítico: aplicar 300kg/ha de fosfato natural reativo; c. Teor de P inferior a metade do crítico: aplicar 600kg/ha de fosfato natural reativo. 14
15 Potássio São Paulo; Teor de Argila (%) K trocável (meq/100cm³) * 0-0,7 0,8-1,5 >1,5 < > * 1 meq/100 cm³ = 10 mmol/dm³ Minas Gerais: aplicar 1,8kg/ha de K2O para cada mg/dm³ abaixo do nível crítico, com NPK ; 15
16 Potássio Cerrado; Teor de K mg/dm³ Interpretação CTC a ph 7 < 4,0 cmol c /dm³ ou teor de argila <20% Dose de K 2 O Kg/há < 15 Baixo Médio 25 > 40 Adequado 0 mg/dm³ CTC a ph 7 > 4,0 cmol c /dm³ ou teor de argila Kg/há > 20% < 25 Baixo Médio 50 > 80 Adequado 0 16
17 Potássio Sul; Interpretação do teor de K P no solo CTC ph 7,0 (cmol c /dm³) > 15 5,1-15,0 5 mg/dm³ de K Muito Baixo Baixo Médio Alto Muito Alto >180 >120 >90 Interpretação do Potássio a ser aplicado Teor de K no solo Plantio Cobertura Reposição Kg de K 2 O/ha Muito Baixo Baixo Médio Alto Muito Alto
18 Micronutrientes São Paulo: 10g/planta de FTEBr12 / planta, caso Boro e/ou Zinco apresentem teores menores que 0,21 e 0,6 mg/dm³, respectivamente; Minas Gerais: 5g/planta de Sulfato de zinco na base e 10g/planta de boráx na cobertura; Sul: Não há recomendação para micronutrientes; 18
19 Micronutrientes Cerrado a. Teores baixos: 2 Kg/ha de Boro 2 Kg/ha de Cobre 6 Kg/ha de Manganês 0,4 Kg/ha de Molibdênio 6 Kg/ha de Zinco Classificação do nutriente Boro (B) (Água quente) Cobre (Cu) Manganês (Mn) Mehlich 1* Zico (Zn) mg/dm³ Baixo 0-0,2 0-0,4 0-1,9 0-1,0 Médio 0,3-0,5 05-0,8 2,0-5,0 1,1-1,6 Alto > 0,5 > 0,8 > 5,0 > 1,6 *Mehlich 1 (HCl 0,05 mol/l + H 2 SO 4 0,0125 mol/l). na relação solos:solução 1:10 e com cinco minutos de agitação 19
20 Micronutrientes Cerrado b. Teores médios: ¼ do recomendado anteriormente; a. Teores altos: não necessita aplicação Classificação do nutriente Boro (B) (Água quente) Cobre (Cu) Manganês (Mn) Mehlich 1* Zico (Zn) mg/dm³ Baixo 0-0,2 0-0,4 0-1,9 0-1,0 Médio 0,3-0,5 05-0,8 2,0-5,0 1,1-1,6 Alto > 0,5 > 0,8 > 5,0 > 1,6 *Mehlich 1 (HCl 0,05 mol/l + H 2 SO 4 0,0125 mol/l). na relação solos:solução 1:10 e com cinco minutos de agitação 20
21 Enxofre Apenas o boletim do Cerrado recomenda; Aplicar 20kg S elementar ou com uso de gesso; 21
22 A área Piracicaba- SP; 20% de argila de 0-20 e 29% de 20-40; M.O. = 15 g/dm³ P resina = 3mg/dm³ K = 0,9 mmolc/dm³ Ca = 10 e 9 mmolc/dm³ Mg = 7 e 6 mmolc/dm³ 22
23 Interpretação NC = 10 {[20 - (Ca Mg 0-20 ) ]/PRNT} NC = 10 {[20 - (10+ 07) ]/76} NC=0,394 tons/há = 500kg/ha (mínimo aplicado pelo implemento) NG: 6xArgila (g/kg) NG= 6 * 290 NG = 1740 Kg/ha 23
24 Interpretação Matéria orgânica* (g/dm3) N aplicado (kg/há) >40 20 Micronutrientes: 16,6 kg FTEBr 12 /ha Nível de P resina (mg/dm³) * Teor de Argila (%) > 8 P2O5 (kg/ha) < > * 1 mg/dm³ = 1 mg/cm³ = 1 ppm Teor de Argila (%) K trocável (meq/100cm³) * 0-0,7 0,8-1,5 >1,5 < >
25 Formulação da base Decidiu-se utilizar NPK para o plantio; Fósforo 300 Kg P2O5/tonelada Superfosfato Triplo = 41% P2O5 300kg/0,41= 731,1kg 25
26 Formulação da base Decidiu-se utilizar NPK para o plantio; 300 Kg P2O5/tonelada Superfosfato Triplo = 41% P2O5 300kg/0,41= 731,1kg Necessidade: 70 Kg/ha P2O5 100Kg SFT Kg P2O5 X kg SFT kg P2O5 X kg SFT= 7000/41-> aplicado 170 Kg/ha de SFT 1000 kg ,1kg SFT Xton SFT Xton=170000/777= 232,53 kg/há-> 250 kg/ha
27 Formulação da base Nitrogênio = 30kg/tonelada Sulfato de Amônio = 21% N 30/0,21 = 142,9 kg para compor o NPK 1000 kg ,9 kg 250kg x kg Xkg = 35,7 kg de sulfato -> 7,5 kg/ha de N realmente fornecidos 27
28 Formulação da base Potássio: 40kg/tonelada de NPK Cloreto de Potássio = 60% K 2 O 40kg/tonelada de K no NPK 40/0,6 = 66,66 kg para compor o NPK 1000kg kg x kg Xkg = 10 kg/ha de K 2 O realmente aplicado no plantio 28
29 Formulação da cobertura Base: NPK Nitrogênio Aplicado no plantio: 7,5 kg de N -> Falta aplicar 52,5 kg de N Sulfato de amônia = 21%N 160/0,21 - > 761,9 kg para NPK 1000 kg NPK kg de N Xkg NPK ,5 kg de N X Kg = 328,13 kg de NPK / ha 29
30 Formulação da cobertura Potássio: 90 kg / tonelada 10 Kg K 2 O aplicados na base -> faltam 30 Kg Cloreto de Potássio = 60% K 2 O 90/0,6 = 150 kg para NPK de cobertura 1000 kg npk kg KCl 328, x kg K X Kg K = 49,2 kg K 2 0 realmente aplicado 30
31 Resultado Gesso = 1740 kg/ha; Calcário dolomítico = 500kg/ha; Adubação de base -> 940,66 kg NPK + 33,2 kg FTEBr ,14 kg enchimento; Adubação de cobertura -> 912 kg de NPK + 24,3 FTEBr ,7 kg enchimento. 31
32 Bibliografia Agência Embrapa de Informação Tecnológica; Adubação mineral da Cana- de Açúcar; Disponível em < Acessado em 28/05/2016 IBÁ, Indicadores de desempenho do setor nacional de árvores plantadas referentes ao ano de 2014, brasília, 80pg. GONÇALVES, J. L. M. Recomendações de Adubação para Eucalyptus, Pinus e Espécies Típicas da Mata Atlântica. Documentos Florestais (Piracicaba (15): 1-23, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Dpto. Ciências Florestais. São Paulo. RAIJ, B. van; QUAGGIO, J.A.; SIVA, N.M. Extraction of phosphorous, potassium, calcium, and magnesium from soils by an ion-exchange resin procedure. Comm. Soil Sci. Plant Anal., v. 17, p , RIBEIRO, A.C.; Guimarães,P.T.G.; Alvarez V., V.H; Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - Viçosa, MG, p.: il Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Comissão de Química e Fertilidade do Solo(SBCS) Manual de adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina / ed. Porto Alegre, SOUSA, D.M.G.; LOBATO, E.(Ed.) Correção de solo e adubação para o Cerrado Planaltina,DF; 2003; 416pg. WILCKEN, Carlos Frederico et al. Guia Prático de Manejo de Eucalipto. Botucatu: FEPAF, p. 32
33 Obrigado 33
Piracicaba SP / 09 de Junho de 2016
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