CÁLCULOS DE FECHAMENTO DE FORMULAÇÕES E RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO
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- Marina Leão Coimbra
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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO LSO 526 Adubos e Adubação CÁLCULOS DE FECHAMENTO DE FORMULAÇÕES E RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO Prof. Dr. Rafael Otto Piracicaba, SP 02 e 03 de junho de 2016
2 Fechamento de formulações Pela legislação - Expressão dos resultados N P 2 O 5 K 2 O Teor solúvel em água Teor solúvel em CNA + H 2 O Teor total - Somatória N + P 2 O 5 + K 2 O > 21% - Uso de carga ou enchimento < 100 kg/t
3 1. Matérias primas - Fontes de nitrogênio UREIA (45% N) SULFATO DE AMÔNIO (21% N e 24% S) NITRATO DE AMÔNIO (32% N) - Fontes de fósforo MAP (10% N e 52% P2O5) DAP (16% N e 46% P2O5) SUPERFOSFATO TRIPLO (44% P2O5 e 10% Ca) SUPERFOSFATO SIMPLES (18% P2O5, 16% Ca e 8% S) SUPERFOSFATO SIMPLES AMONIADO (1% N, 14% P2O5, 14% Ca e 6% S) - Fontes de potássio CLORETO DE POTÁSSIO (60% K2O e 45% Cl) POLISSULFATO (14% K2O, 19%S, 12% Ca e 3,6% Mg)
4 1. Matérias primas - Micronutrientes - BORO - Ulexita (10% B) - Fontes aciduladas e granuladas de boro (10% B) - ZINCO, MANGANES E COBRE - Oxisulfatos Exemplo de oxisulfatos Zn B Cu Fe Mn Mo Co A 15 2,0 1,5-4,0 0,20 - B 7,0 2,5 1,0 4,0 4,0 0,10 0,10 C 9,0 1,8 0,8-2,0 0,10 -
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10 1000 kg kg sulfato de amônio kg cloreto de potássio + 77 kg de superfosfato triplo kg de superfosfato simples
11 2. Produção de fertilizantes NPK 2.1 Armazenamento das matérias-primas
12 2. Produção de fertilizantes NPK 2.2 Dosagem das matérias primas B) Processo contínuo A) Em batelada
13 2. Produção de fertilizantes NPK 2.3 Mistura Misturador tipo ribbon Adição de micronutrientes
14 2. Produção de fertilizantes NPK 2.4 Embalagem A) Em big-bag (0,75-1,0 t) B) Em sacos (50 kg)
15 Na prática, não misturar: - ureia com nitrato de amônio ( mela ) - ureia com superfosfatos (empedramento)
16 Recomendação de adubação Critérios: 1. Exportação de nutrientes 2. Tabelas de adubação (boletins) 1ª fase: definir os extratores (estudo de correlação) 2ª fase: interpretação dos teores (estudo de calibração) 3ª fase: estabelecimento das doses (estudos de curva de resposta)
17 Conteúdo na planta, 1 a fase: Definição dos extratores (estudo de correlação) - Ensaios em casa de vegetação (controle de outras variáveis) - Diversos solos da região mg planta Alta correlação Extrator A Ausência de correlação Extrator B Teor no solo, mg dm Teor no solo, mg dm -3
18 2 a fase: Interpretação de teores (estudos de calibração) Feito em condições de campo Objetivo de determinar as classes de teores de suficiência
19 Produção Relativa (%) Estudos de Calibração MB B M A MA X 2X Nutriente no Solo
20 Produção relativa (%) Estudos de Calibração Exemplo: Classes de teores para potássio em São Paulo Teor BOLETIM 100 K trocável Produção relativa mmol c dm -3 % Muito baixo 0-0, Baixo 0,8-1, Médio 1,6-3, Alto 3,1-6,0 >100 Muito alto >6,0 >100 MB B M A Fonte: Raij et al. (1996) 0 0,7 1,5 3,0 mmol c dm -3 Nível crítico 6,0 Trabalho original: RAIJ, 1982
21 3 a fase: curva de resposta As quantidades de nutrientes surgem de experimentos. Para cada classe de resposta tem-se a melhor dose de nutriente. As curvas de resposta são específicas para cada cultura. Obtidas em várias condições de solo e clima para serem validadas.
22 Indicação qualitativa de adubação fosfatada ou potássica para culturas anuais, com base nos teores de fósforo ou de potássio no solo Teor no solo Produção relativa (%) Indicação de adubação fosfatada ou potássica Muito baixo 0 70 Máxima economicamente viável para a cultura, suficiente para elevar os teores no solo para plantas perenes, suprir as plantas e a colheita Baixo Como no caso anterior, mas os níveis de adubação são menos elevados Médio Devem ser feitas adubações moderadas, visando manter ou elevar os teores de fósforo ou potássio no solo; para plantas perenes, prover principalmente a colheita Alto 100 Em média, não se espera resposta ao adubo; devem ser feitas aplicações leves, de manutenção ou de arranque para plantas anuais e manter a fertilidade no caso de plantas perenes Muito alto 100 Devem ser usadas doses mínimas ou a adubação pode ser dispensada para culturas menos exigentes
23 Adubação mineral de plantio Estim. Prod. Nitrogênio P resina, mg/dm 3 K + trocável, mmol c /dm >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 t/ha N, kg/ha P 2 O 5, kg/ha K 2 O, kg/ha ( 2 ) ( 1 ) ( 1 ) Adubação mineral de cobertura Estim. Prod. Resposta a Nitrogênio K + trocável (mmol c dm -3 ) t/ha 1. Alta 2. Média 3. Baixa 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 kg ha -1 kg ha *aplicar o potássio juntamente com a 1 a cobertura com N. Em solos argilosos, aplicar o potássio em pré-plantio. Fonte: Raij et al, 1996.
24 Exemplo para milho 2ª safra: Produtividade esperada = 120 sc/ha (7200 kg/ha) Expectativa de media resposta ao N (2ª safra) Teor de P = 8 mg dm -3 Teor de K = 0,5 mmol c dm -3 N P 2 O 5 K 2 O kg/ha Semeadura Cobertura
25 Escolhendo a formulação de semeadura N P 2 O 5 K 2 O Exig. nutricional Relação de nutrientes Fórmula hipotética Fórmula comercial ,0 2,33 1,66 x ,9 19, Dosagem (kg/ha) = / kg/ha
26 Recomendação de adubação por exportação Dose de N (kg/ha) = [Requerim. N (suprimento solo + mineraliz. resíduos culturais)] / Eficiência Exemplo para milho: Requerimento de N: 10 t/ha 20 kg N/t = 200 kg/ha N Suprimento pelos resíduos culturais: Soja (há tres anos) = 60 sc/ha 0,11 = 7 kg/ha Milho (há dois anos) = 140 sc/ha 0,1 = 14 kg/ha Soja (há um ano) = 65 sc/ha 0,45 = 29 kg/ha Suprimento pelo solo = 2% MO = 80 kg/ha N Eficiência da adubação = 75% Teor de matéria orgânica Potencial de mineralização de N % kg ha Dose de N = ( ) / 0,75 = 90 kg/ha N Fonte: Sousa e Lobato, 2004
27 Vantagens da recomendação por exportação - Pode-se alterar a adubação para híbridos mais exigentes - Pode-se alterar a eficiência da adubação quando se conhece bem o sistema de produção - Permite descontar nutrientes que serão reciclados dos resíduos culturais - É mais utilizada para recomendação de nitrogênio Desvantagens da recomendação por exportação - Exige conhecimento específico da exigência nutricional e do manejo da lavoura - Dificuldade em estabelecer a eficiência de aproveitamento do nutriente - Dificuldade em definir a quantidade de nitrogênio proveniente do solo
28 Obrigado!
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