INSTITUTO VÉRITAS POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS - IVPS
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- David Nobre Rios
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2 INSTITUTO VÉRITAS POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS - IVPS OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) FEDERAL. Processo do Ministério da Justiça / Secretaria Nacional de Justiça /OSCIP/SNJ/MJ de 06/08/2003. Despacho publicado no Diário Oficial da União de 12/08/2003. CNPJ / Endereços: Razão Social -Unidade de Projetos BH Diretor Presidente: Marcelo Bastos Paula
3 APRESENTAÇÃO A promulgação da Constituição Federal de 1988 trouxe no inciso XXII do art. 37 uma novidade com relação ao funcionamento dos Fiscos em geral. Neste inciso existe a determinação de que deve haver a integração entre as administrações tributárias dos Municípios, dos Estados Membros, do Distrito Federal e da União. Esta previsão legal foi reafirmada com a publicação da Emenda Constitucional n 42, em 19 de dezembro de Com base nestas previsões legais e instada pela Federação Brasileira de Bancos FEBRABAN a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais ABRASF instituiu um comitê com representantes de várias capitais brasileiras no intuito de desenvolver um sistema eletrônico de coleta, validação e transmissão de informações voltado especificamente para as instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Este sistema foi denominado pelo comitê desenvolvedor como: Declaração Eletrônica de Serviços de Instituições Financeiras / DES-IF. Previsão da integração com o projeto nacional do SPED. O que é DESIF? A DES-IF, Declaração Eletrônica de Serviços de Instituições Financeiras, é uma obrigação acessória estruturada com base na escrita contábil, de existência exclusivamente digital, para controle e apuração do ISSQN devido pelas Pessoas Jurídicas obrigadas a utilizar o COSIF - Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional. 1 Sua finalidade principal é oferecer subsídios para a auditoria, apuração e lançamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e é constituída de 03 Módulos: Apuração Mensal do ISSQN. Demonstrativo Contábil; Demonstrativo das Partidas dos Lançamentos Contábeis.
4 OBJETIVOS A necessidade das Secretarias de Finanças das Capitais em promover o compartilhamento de informações e experiências entre os fiscos municipais, racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes aumentando o consentimento à tributação e reduzindo a litigiosidade, possibilitando com isso o combate a: Dificuldade na identificação dos fatos geradores do ISS. Apresentaç Fornecimento de dados não confiáveis, sem consistência e conformidade contábil. Negativa ou embaraço ao fornecimento de informações. Evasão fiscal a tentativa da transferência da incidência para municípios definidos como paraísos fiscais. A necessidade de haver um sistema eletrônico que fosse compatível com o projeto nacional do Sistema Público de Escrituração Digital SPED. A solicitação da FEBRABAN, no sentido de haver um sistema padronizado a nível nacional que coletasse as informações e dados que as instituições financeiras devem prestar aos fiscos municipais, evitando: A grande diversidade de espécies e modelos de declaração As divergências sobre os serviços e valores tributáveis. 2
5 Conteúdo DESIF Esta declaração, instituída pelo município, consiste na declaração em meio magnético ou eletrônico dos seguintes dados das instituições financeiras e equiparadas: EXECUÇÃO Balancetes e lançamentos contábeis; Demonstrativos de apuração da receita tributável; Declaração do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza ISSQN. Para atender a esta obrigação acessória o contribuinte necessitará: Gerar as informações nos formatos definidos; Entregá-las ao Fisco segundo periodicidade estabelecida; Guardar as informações e os arquivos da DES-IF pelo período decadencial. Esta declaração será gerada e armazenada eletronicamente através de solução disponibilizada pelo Município com a finalidade de exportação e transmissão dos dados que devem ser declarados. Também ficarão disponíveis ferramentasde validação e certificação das informações. A geração e entrega da DES-IF é de inteira responsabilidade da instituição financeira que deverá documentar as suas operações dentro das regras contábeis legalmente aceitas e determinações exaradas pelo Banco Central do Brasil BACEN. A validade jurídica da DES-IF será garantida através de certificação digital. O objetivo do desenvolvimento da DES-IF, Declaração Eletrônica de Serviços de Instituições Financeiras é a implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico. Este sistema visa corrigir a situação atual onde cada ente tributante estabelece e exige informações e dados em modelos e conceitos diferenciados, com desenvolvimento tecnológico e formas especificas para as instituições. 3 Esta situação além de gerar um enorme desembolso financeiro para o atendimento de toda a gama de informações solicitadas por cada ente tributante cria também diversos transtornos e aumenta significativamente a possibilidade de incorreções e erros nas informações apresentadas. Por este motivo este modelo nacional permite uma racionalização e padronização das obrigações tributárias e que deverá ser adotado progressivamente pelos municípios.
6 QUADRO DE MELHORIAS E BENEFÍCIOS ALMEJADOS COM O SISTEMA Beneficiário Benefícios Diminuição do uso de papel. Para a sociedade: Contribuir com a preservação do meio ambiente através da eliminação da emissão de documentos fiscais em papel. Redução dos custos de desenvolvimento, treinamento e manutenção de sistemas. Simplificação de obrigações acessórias e redução dos custos de cumprimento das obrigações pela eliminação da diversidade de declarações. Para as instituições: Dispensa da emissão de Nota Fiscal de Serviço. Redução da interferência fiscal no ambiente operacional e administrativo das instituições. Simplificação e redução de obrigações acessórias, com a possibilidade de eliminação de redundâncias pela aderência ao SPED. Redução dos custos de aquisição, impressão, guarda e envio de documentos fiscais. 4 Possibilidade de aumento da competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das obrigações acessórias (redução do Custo-Brasil ).
7 AS VANTAGENS DE CONTRATAÇÃO PARA O PARCEIRO PÚBLICO Os Editais de Contratações de Serviços Públicos nem sempre conseguem combinar a melhor técnica pelo menor preço, inviabilizando o objetivo real que é o incremento de receitas via ISSQN de bancos. Pois muitas vezes quem ganha um certame licitatório, não dispõe de tecnologia, técnicos, profissionais e expertise para aferir, e auxiliar o Município na arrecadação, recuperação e incremento de receitas através das instituições financeiras. Assim, o Parceiro Público com a OSCIP, ainda pode escolher a modalidade de parceria se com fulcro na Lei 9.790/99, ou na 8.666/93 e ou ainda com a combinação de ambas. Desta forma os trabalhos de implantação e efetiva melhoria na arrecadação apresentará um dinamismo muito maior. Traduzindo-se em recursos financeiros para a administração Pública. Os valores pagos pelas Prefeituras costumam ser abaixo da expectativas. PAPEL DAS OSCIPs 5 Gerência e gestão compartilhada. Implantação de software e metodologia de trabalho capaz de auditar o ISSQN de Inst. financeiras. Recuperação dos valores sonegados dos últimos 5 (cinco) anos. Incremento de receitas em mais de 100% nos valores mensais após a implantação do software. Metas e resultados com controle efetivo do custo/benefício. Avaliação de resultados mensalmente
8 Porquê INCREMENTAR pela OSCIP? Maior mobilidade de opções de contratação, agilidade e tempo economizado. Agilidade na pactuação de interesses na implantação e gestão da política pública de Incremento de Receitas próprias. Implantação da tecnologia eficiente e moderna de apuração da DESIF. Melhor funcionalidade e corpo técnico altamente especializado e qualificado desde a apuração do crédito até as vias judiciais se for o caso. Total Gerenciamento, manutenção, operação, prevenção e ampliação do sistema através de software de alta tecnologia. Plenas garantias legais e institucionais, além da fiscalização diuturna de rotinas e procedimentos. Compatibilidade com todas as ferramentas de Notas Fiscais Eletrônicas de Serviços. Possibilidade de contratação de empresas, consultorias, assessorias e ou profissionais qualificados. Méritos apurados pelo desempenho e não pela função. SERVIÇOS COMPLEMENTARES 6 Elaboração de Minutas de Decretos e Legislação tributária municipal. Parametrização do sistema de acordo com o CTN a LC 116/2003 e o Código Tributário Municipal. Disponibilização de ambiente de treinamento e toda a orientação técnica para os servidores municipais Transferência de tecnologia para o município.
9 MODALIDADES LEGAIS DE CONTRATAÇÃO DE OSCIPs Estabelecidos pela Legislação Federal (Leis 9.790/99 e 8.666/93). Estabelecimento de Termo de Parceria, com base na Lei 9.790/99 combinada com o Decreto 3.100/99. Parceria com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, qualificadas pelo Ministério da Justiça, que detenham prévia capacitação e experiência em assessoramento e consultoria em estudos e pesquisas que melhorem a eficiência da administração pública, de acordo com o seu Estatuto Social. Este arcabouço jurídico necessita em alguns Estados de Leis ou Decretos Municipais que disciplinem a parceria. Como é o caso dos Municípios dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia por exemplo. Estes diplomas legais se casam com o artigo 24 incisos XIII e ou XXIV, e ainda pelo artigo 25 da Lei 8.666/93 e suas alterações também denominada de Lei das Licitações. 7 Na implantação e no gerenciamento, do INCREMENTAR e outros incumbidos à OSCIP os profissionais técnicos deverão estar integralmente a cargo dessa entidade para sua execução, devendo ela responder também pela gestão e implementação de todas as ações de que constituem o programa, devendo a Secretaria de Fazenda, neste caso, fornecer à entidade, em disponibilidade outros profissionais integrantes de seus quadros funcionais e equipamentos necessários à execução do programa, nos termos do que autorizar a legislação e for pactuado no Termo de Parceria Podendo-se valer também da contratação de terceiros nos moldes legais.
10 O SISTEMA INCREMENTAR - MÓDULO ISSBANCOS ISSBAN Software especializado em fiscalização de ISS nas instituições financeiras. O ISSBAN foi desenvolvido com o objetivo de aperfeiçoar a administração tributária em relação às instituições financeiras em funcionamento nos municípios. O sistema possibilita ao município fiscalizar com precisão as declarações emitidas pelos bancos comerciais. Com o ISSBAN os procedimentos manuais de declaração e emissão das guias para recolhimento do ISS são substituídos por um sistema aplicativo especializado que trata os dados do ISSQN, de acordo com a legislação tributária municipal, e especificamente ao que foi definido pela LC Nº 116/2003. O ISSBAN permite que as instituições financeiras cadastradas no município enviem as declarações via Internet, emitindo as guias de pagamento do ISS próprio e retido na fonte, e disponibilizando facilidades para o controle e fiscalização nos dados informados. A arquitetura do ISSBAN considera um serviço Web, implementado em plataforma Java, disponível aos bancos via acesso seguro com certificação digital. O sistema inclui dois módulos: Módulo para uso pela prefeitura Deve ser utilizado pelos profissionais responsáveis e habilitados a realizar atividades de fiscalização e validação dos dados informados pelos bancos. 8 Módulo para uso pelos bancos Deve ser utilizado pelos profissionais dos bancos habilitados a realizar o registro das informações relativas aos serviços bancários efetuados em cada período. O registro considera o uso das contas definidas pela COSIF, constantes em anexo da LC Nº 116/2003.
11 QUADRO DEMONSTRATIVO DE OPCIONAIS DO ISSQN BANCOS INICIAR FLUXOS MÓDULO PREFEITURA MÓDULO DE BANCOS CADASTRO DE USUÁRIO DO MUNICÍPIO E AGÊNCIAS BANCÁRIAS RECEBER DECLARAÇÃO DE ISS PRÓPRIO E RETIDOS NA FONTE LISTAR DCLARAÇÕES PARA HOMOLOGAÇÃO FAZER DECLARAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO EMITIR RELATÓRIO DE COMPORTAMENTO DA RECEITA CADASTRO DE USUÁRIO DAS AGÊNCIAS BANCÁRIAS LANÇAMENTO DE MOVIMENTO PREENCHER VALORES DE CONTAS COSIF APPRESENTADOS PELO SOFTWARE TRANSMITIR DADOS / EMISSÃO DE DAM DE PAGAMENTO RECEBIMENTO DE PROTOCLO FINALIZAR SESSÃO RETIFICAÇÃO DE DECLARAÇÃO EMISSÃO DE RELATÓRIOS DESTAQUES FINALIZAR SESSÃO Facilidade de uso devido à interface visual construída para auxiliar o usuário nas suas tarefas baixo custo de propriedade, pois não requer que o cliente adquira produtos como alguns bancos de dados, o que teria um custo considerável por estação e nãorequer que a Prefeitura mantenha um (DBA) Analista de Banco de Dados); Facilidade de treinamento em todos os seus módulos; Bom tempo no atendimento de solicitações de relatórios e novas funções; Impressão de relatórios em qualquer tipo de impressora; Visualização de todos os Relatórios na Tela; Desenvolvido com a linguagem de programação JAVA; Acompanhamento nas declaraçãoes mensais e semestrais enviadas pelas Instituições Financeiras; Relatório conclusivo de indícios de sonegação, comportamento da da receita, entre outros; Auxílio na abertura de processo administrativo fiscal.
12 NECESSIDADE DE TECNOLOGIA PARA FISCALIZAR BANCOS Uma das maiores dificuldades da Fiscalização Tributária Municipal é a de fiscalizar as instituições financeiras, para fins de homologar os recolhimentos espontâneos do Imposto Sobre Serviços ISS. Os principais motivos das dificuldades encontradas pelo Fisco Municipal são os seguintes: a) Banco não emite documento fiscal, impossibilitando o acompanhamento pela emissão de tais documentos; b) Nem toda receita da instituição financeira é tributável pelo ISS, impossibilitando, assim, o exame da base de cálculo através da receita bruta lançada no Resultado mensal; c) O Plano de Contas COSIF, instituído pelo Banco Central, não é, geralmente, adotado nas Agências, sendo apenas aplicado após a consolidação e efetuado pela Matriz; d) A diversidade de agências espalhadas por todo o País exige fiscalização de quase todos os Municípios brasileiros, muitos deles sem a adequada estrutura técnica que possibilite o adequado exercício da função de fiscalizar; e) Por conta de tal diversidade, o critério de calcular e de recolher o imposto fica, muitas vezes, sob a responsabilidade da gerência local, cada uma decidindo ao seu talante o valor que deve recolher e, pior, o que não deve. A piorar, a maioria dos Municípios não estabelece em suas leis obrigações acessórias aos Bancos, tipo relatórios mensais de receitas discriminadas por espécie de serviço, que, além de facilitar a tarefa do Fisco, passaria ao Banco a responsabilidade de assumir a autoria das informações fornecidas. Sendo assim, e com vistas a auxiliar a Fiscalização Municipal, apresentamos, abaixo, a relação de contas de receitas sujeitas ao ISS, seguindo o teor do Plano de Contas do Banco Central para Instituições Financeiras COSIF. 10 O Plano Contábil das Instituições Financeiras é normatizado pelo Banco Central do Brasil, com o intuito de uniformizar os registros das operações bancárias, a fim de facilitar o acompanhamento do sistema financeiro, visando a avaliação do desempenho e conseqüente controle das instituições. Receitas auferidas em operações de arrendamento mercantil (Leasing):
13 VANTAGENS DO SISTEMA INCREMENTAR BANCOS SOLUÇÃO TECNOLÓGICA PARA MUNICÍPIOS Portanto o Instituto Véritas, coloca à disposição dos MUNICÍPIOS MINEIROS, uma ferramenta tecnológica, para controle e fomento da arrecadação do ISS gerado por Bancos e Instituições Financeiras em geral (INCREMENTAR MÓDULO BANCOS). Dentro das Normativas LC116/2003 e nos padrões DESIF, da ABRASF. Trata-se de avançado sistema de coleta, processamento e armazenamento de informações fiscais constituído por um conjunto integrado de ferramentas específicas denominado INCREMENTAR Módulo Bancos, destinado à verificação, apuração e controle sistematizados do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza incidente sobre operações efetuadas por INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. O Sistema será disponibilizado aos MUNICÍPIOS através de acesso, via internet, para download do MÓDULO CONTRIBUINTE, sem qualquer investimento por parte do MUNICÍPIO em infra-estrutura de equipamentos, rede e sistemas. Com apoio técnico do Instituto Véritas, o MUNICÍPIO deverá estabelecer normas, no âmbito do Executivo, adotando uma nova metodologia de controle da arrecadação de ISS do setor financeiro. 11 A SOLUÇÃO ISSBancos não é uma mera declaração eletrônica, distinguindo-se dos programas de gestão de arrecadação on line disponíveis no mercado. Além de focar especificamente o segmento das Instituições Financeiras, utiliza um sofisticado programa de críticas e trabalha com módulos que interagem entre si, para possibilitar a formação de um banco de dados consistente, observando as rotinas e técnicas de auditoria das fiscalizações não-informatizadas.
14 O PROGRAMA INCREMENTAR Módulo operações com Cartões de Crédito e Débito. No Brasil, a Emenda Constitucional n 18, de 1965, introduziu a oneração do chamado VALOR AGREGADO, já existente na Europa, com a criação de dois novos impostos: ICM e ISS. A competência tributária do primeiro foi concedida às unidades federativas e a do segundo, aos entes municipais. Aqui, o ISS se apresenta como um tributo incidente sobre a circulação econômica de determinados serviços, pressupondo-se, para tanto, um prestador (vendedor do bem imaterial), um tomador e um preço incidente sobre a operação de transferência do mesmo. Sendo imposto que incide sobre a circulação de riqueza intangível, o ISS pode recair em qualquer etapa econômica da circulação, da produção ao consumo de bens. Releva observar, por ser relevante, que o conceito de serviço para fins de ISS é eminentemente econômico. E ainda que a ciência econômica classifica os bens suscetíveis de utilidade em duas classes distintas: bens materiais ou corpóreos (que têm extensão corpórea no espaço, como o produto e a mercadoria) e bens imateriais ou incorpóreos (sem extensão corpórea). 12 O ISS no Brasil incide sobre operações que tenham por objeto a prestação de serviços onerosos a terceiros, seja por empresa, seja por profissional autônomo. E essa incidência somente produz o imposto se o serviço estiver previsto na legislação (numerus clausus).
15 O QUE PREVÊ A LEGISLAÇÃO SOBRE O ISSQN SOBRE OPERAÇÕES COM CARTÕES A esse respeito, a Lei Complementar n 116/03 prevê: Art. 1 - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. 1 - O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. 2 - Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. 3 - O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. 4 - A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado. A PREVISÃO DO ISS INCIDENTE SOBRE AS OPERAÇÕES COM CARTÕES 13 A previsão da incidência do ISS sobre as operações de cobrança dos valores dos cartões de crédito se encontra nos itens e da Lista Anexa à Lei Complementar n 116/03 que dizem: Serviços relacionados a cobranças (...) por conta de terceiros, (...) Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres.
16 FATORES GERADORES DO ISSQN SOBRE OPERAÇÕES COM CARTÕES OS FATOS GERADORES DO ISS INCIDENTE SOBRE OPERAÇÕES COM CARTÕES DE CRÉDITO/DÉBITO O Código Tributário Nacional assim define o que é fato gerador: Art Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Isto posto, sobressai inquestionável, então, que há dois fatos geradores de ISS nas operações realizadas com cartões: PRIMEIRA HIPÓTESE serviço de cobrança do valor bruto da operação do usuário e posterior repasse do valor líquido ao vendedor, previsto neste item da Lista Anexa à LC 11.03: Serviços relacionados a cobranças (...) por conta de terceiros, (...). SEGUNDA HIPÓTESE serviço de cobrança das taxas anuais do usuário, prevista neste dispositivo da Lista Anexa à LC 11/03: Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres.
17 BASE DE CÁLCULO DO ISSQN INCIDENTE SOBRE OPERAÇÕES COM CARTÕES A BASE DE CÁLCULO DO ISS INCIDENTE SOBRE AS OPERAÇÕES COM CARTÕES A base de cálculo de qualquer tributo é o critério escolhido pelo legislador como apto a dimensionar o fato gerador do mesmo. No caso do ISS, a hoje vigente Lei Complementar n 116/03 esclarece: Art. 7. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. Não faz muito tempo, a 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça assim decidiu acerca da base de cálculo do ISS: RESP /MG - RECURSO ESPECIAL 2003/ Fonte DJ DATA: 31/05/2004 PG:00216 Relator Min. DENISE ARRUDA (1126) Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA - 04/05/ (...) a base de cálculo do ISS é o preço integral do serviço prestado. Por conseguinte, a base de cálculo do ISS incidente sobre as operações com cartões tem duas vertentes: PRIMEIRA HIPÓTESE - o valor da comissão cobrada periodicamente pelas administradoras aos usuários, a título de fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção do respectivo cartão; 15 SEGUNDA HIPÓTESE - o valor da comissão (pelo serviço prestado) cobrada do favorecido pela cobrança (tomador) realizada junto ao comprador do bem ou serviço.
18 O LOCAL DE COBRANÇA DO ISSQN SOBRE CARTÕES O direito ao ISS é da Fazenda Pública do local onde ocorrem prestações de serviço ao TOMADOR, incidente sobre a COBRANÇA DAS VENDAS realizadas com cartões. Ele se baseia no chamado princípio constitucional da territorialidade das leis que diz que um ente público não pode recolher tributos gerados em territórios alheios. É axiomático que, em face do pacto federativo advindo da Constituição Federal, o chamado pode vinculante de uma norma jurídica apenas poderá ensejar os efeitos colimados até os limites geográficos da pessoa política que a editou. Assim, a lei federal por todo o território brasileiro; as estaduais dentro de suas fronteiras regionais; e as municipais nos limites internos de seus espaços geográficos. À nitidez, a prestação do SERVIÇO DE COBRANÇA DA COMPRA FEITA COM CARTÃO tem por destinatário o estabelecimento que vende o bem ou o serviço (tomador), desimportando onde reside ou é cobrado o comprador do mesmo. A questão do local onde deve ser recolhido o ISS gerado nas operações de cobrança das vendas com cartões também é despicienda de dúvida, eis que é assim tratada com perfeição na Lei Complementar 116/03: Art. 3º. O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no local: 16 I do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do 1o do art. 1o desta Lei Complementar.
19 Por conseguinte, é induvidoso que o ISS deve ser recolhido no local onde o tomador do serviço (vendedor do bem e/ou do serviço) realizou a operação e não no do paraíso fiscal onde a arrendadora mercantil formalizou sua sede virtual para obter ilegal economia fiscal. Também se mostra relevante ter presente que consta da Lei Complementar n 116/03 este dispositivo esclarecedor (que alberga as prestações realizadas por estabelecimentos clandestinos, ou seja, os não-inscritos na Fazenda local e que operam sem alvará): Art. 4 - Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. 17
20 A SONEGAÇÃO DO ISSQN INCIDENTE SOBRE AS OPERAÇÕES COM CARTÕES ELISÃO FISCAL é uma manobra lícita que todo contribuinte pode utilizar para reduzir ou evitar o pagamento de determinado tributo. O exemplo típico do uso dessa possibilidade permitida pela lei se dá na elaboração da declaração ao imposto de renda, quando o casal pode optar por declarar em conjunto ou separadamente ao fito de pagar o menor valor ao Fisco. Se tiver o contribuinte de se valer de algum artifício que contenha fraude e/ou simulação para reduzir o débito tributário, ele estará praticando a EVASÃO FISCAL, sinônimo de sonegação. Rememorados esses conceitos básicos, importa agora observar como as administradoras de cartões costumam agir para reduzir sua carga tributária em relação ao ISS: a) funcionam de modo clandestino (sem inscrição e sem alvará), realizando cobranças para quem comercializa bens e/ou serviços através de cartões; b) não declaram à Fazenda local as prestações de serviço de cobrança que realizam em favor de tomadores sediados no território; c) em razão dos procedimentos antes descritos, não recolhem o ISS gerado ao ente titular do território. 18 Fica simples de concluir, por conseguinte, que essas operações levadas a cabo com tais artifícios não constituem ELISÃO FISCAL, porém EVASÃO FISCAL, porquanto, para obter a economia fiscal, maculam o negócio jurídico com a fraude.
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