RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO
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- Lívia Salazar Leão
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1 RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO 4ª edição revista e ampliada
2 1ª edição ª edição ª edição ª edição 2014
3 JÚLIO CÉSAR BEBBER Juiz do Trabalho. Doutor em Direito do Trabalho. RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO 4ª edição revista e ampliada
4 R EDITORA LTDA. Todos os direitos reservados Rua Jaguaribe, 571 CEP São Paulo, SP Brasil Fone (11) Projeto de capa: FÁBIO GIGLIO Impressão: ORGRAFIC Março, 2014 Versão impressa - LTr ISBN Versão digital - LTr ISBN Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bebber, Júlio César Recursos no processo do trabalho / Júlio César Bebber. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo : LTr, Direito do trabalho Brasil 2. Recursos (Direito) 3. Recursos (Direito) Brasil I. Título CDU :331(81) Índice para catálogo sistemático: 1. Brasil : Recursos : Direito processual do trabalho :331(81)
5 Dedicatória A maior virtude de um vencedor é a persistência. Aquele que desiste da caminhada por nela encontrar obstáculos, ou não está apaixonado pelo que busca ou sufoca seu desejo e aniquila sua paixão pelo medo de se machucar. E como dissera Diderot, tentar destruir nossas paixões é o máximo da loucura. Que nobre objetivo é o do zelote que se tortura como um louco para não desejar nada, não amar nada, não sentir nada, e que, se tiver sucesso, terminará um completo monstro. Uma vez mais, então, aos meus queridos e amados sobrinhos: Renata, Guilherme, Caroline e Diogo. Um beijo a vocês.
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7 SUMÁRIO PARTE I TEORIA GERAL CAPÍTULO 1 REMÉDIOS PROCESSUAIS DESTINADOS À IMPUGNAÇÃO DOS PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS 1.1. Noções gerais Limites à impugnação Remédios processuais Classificação dos remédios destinados à impugnação CAPÍTULO 2 CONCEITO, FINALIDADE E NATUREZA JURÍDICA DOS RECURSOS 2.1. Noções gerais Conceito Finalidade Natureza jurídica CAPÍTULO 3 CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS 3.1. Noções gerais Quadro de classificações Quanto ao fim pretendido pelo recorrente Quanto à iniciativa Quanto ao órgão recursal Quanto ao poder sobre os efeitos da decisão Quanto aos efeitos Quanto à independência Quanto ao órgão julgador Quanto à matéria submetida ao conhecimento do órgão recursal
8 Quanto à modalidade Quanto à fundamentação Recurso total e parcial Recursos ordinários e extraordinários Recursos ordinários Recursos extraordinários Recursos de fundamentação livre e vinculada CAPÍTULO 4 DIREITO INTERTEMPORAL 4.1. Noções gerais Direito intertemporal e normas processuais Direito intertemporal e recurso CAPÍTULO 5 PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS SUJEITOS A IMPUGNAÇÃO POR RECURSO 5.1. Noções gerais Classificação e conceitos dos pronunciamentos judiciais Sentença Adequação do conceito de sentença Classificação das sentenças quanto à eficácia Acórdão Decisão interlocutória Despacho Característica fundamental do despacho Despacho, despacho de mero expediente e ato ordinatório Critério para identificação dos pronunciamentos judiciais Sentença aparente ou falsa sentença Pronunciamentos judiciais sujeitos a recurso Despacho Decisão interlocutória Irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias Exceções à irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias Irrecorribilidade absoluta de decisões interlocutórias Decisão interlocutória com forma de ato ordinatório
9 Sentença Parte da sentença impugnável Sentenças irrecorríveis ordinariamente CAPÍTULO 6 JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 6.1. Noções gerais Juízo de admissibilidade e juízo de mérito Juízo de admissibilidade precedência cronológica e lógica Preliminares e mérito do recurso Competência para o juízo de admissibilidade Juízo de admissibilidade positivo e negativo Juízo de admissibilidade e juízo de mérito linguagem técnica Reexame do juízo de admissibilidade positivo proferido no órgão a quo Não vinculação do primeiro juízo de admissibilidade positivo Não vinculação do primeiro juízo de admissibilidade negativo em parte Juízo de admissibilidade do agravo por instrumento Exame do mérito do recurso no juízo de admissibilidade Admissibilidade e julgamento do mérito pelo relator isoladamente Importância da distinção: juízo de admissibilidade juízo de mérito Juízo de admissibilidade e preclusão Natureza jurídica do pronunciamento jurisdicional de admissibilidade Efeitos da declaração de inadmissibilidade do recurso Decisão que conclui pelo não conhecimento, mas julga o mérito Juízo de retratação Juízo de cassação Classificação dos pressupostos recursais CAPÍTULO 7 PRESSUPOSTOS RECURSAIS INTRÍNSECOS 7.1. Noções gerais Recorribilidade Adequação (ou cabimento) Previsão recursal Adequação stricto sensu
10 7.4. Legitimação para recorrer Partes Terceiros intervenientes Assistentes Preposto Autoridade coatora Terceiro Ministério Público do Trabalho Legitimidade para a causa e legitimidade recursal Capacidade Interesse em recorrer Parte vencida Vencedor Fundamentos da sentença Contradição entre a ementa e o voto Cumulação de pedidos mediatos Terceiro prejudicado Autoridade coatora Juiz Perito Advogado Ministério Público do Trabalho Inexistência de súmula impeditiva Pressuposto recursal exclusivo do primeiro juízo de admissibilidade Pressuposto recursal ou juízo de mérito Recursos atingidos Súmulas dos tribunais de superposição Súmulas impeditivas e o processo do trabalho Súmulas impeditivas como um dos fundamentos da decisão Não incidência CAPÍTULO 8 PRESSUPOSTOS RECURSAIS EXTRÍNSECOS 8.1. Noções gerais Tempestividade Prazos
11 Intempestividade A. Comprovação da tempestividade Contagem do prazo A. Contagem do prazo para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público B. Contagem do prazo para a União contribuições sociais Suspensão e interrupção da contagem do prazo Intimação pela publicação da decisão no diário eletrônico Intimação por meio eletrônico Privilégio de prazo Administração Pública Privilégio de prazo Ministério Público Privilégio de prazo Defensor Público Privilégio de prazo Litisconsortes Recesso forense Protocolo integrado (descentralizado) Recurso interposto via Correio Recurso interposto por fac-símile Recurso interposto por correio eletrônico Recurso interposto por meio eletrônico Recurso interposto em Vara do Trabalho diversa Horário de expediente Prova da tempestividade Regularidade formal Motivação pertinente A. Decisão assentada em (múltiplos) fundamentos jurídicos Razões recursais posteriores à interposição do recurso Razões recursais na petição de interposição do recurso Complementação das razões recursais Recurso por fotocópia Representação Alcance do jus postulandi Limites do jus postulandi Estagiário de direito A. Mandato verbal Mandato verbal substabelecimento Procuração em fotocópia Urgência na interposição do recurso Situações relacionadas à representação
12 8.5. Depósito Finalidade Exigibilidade Recursos que exigem depósito Valor do depósito recursal Valor da condenação Limites do valor do depósito recursal A. Agravo de instrumento Agravo de petição Ação rescisória Litisconsórcio passivo Litisconsórcio ativo Forma do depósito recursal Autenticação da guia de depósito Diferença ínfima Complementação do depósito Comprovação do depósito recursal Não exigibilidade do depósito recursal Dispensa do depósito recursal Horário de expediente do órgão arrecadador Depósito valor de multas impostas pelo Juízo Exigibilidade Depósito das multas e depósito da condenação Justiça gratuita Forma do depósito das multas e sua comprovação Preparo Regime financeiro Custas processuais stricto sensu Sistema das custas processuais Sistema do preparo Exigibilidade Litisconsórcio ativo Diferença ínfima Complementação das custas processuais Acréscimo das custas em recurso Inversão da sucumbência Comprovação do preparo
13 Justo impedimento ao recolhimento e à comprovação Não exigibilidade do preparo Justiça gratuita Horário de expediente Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do poder de recorrer Aceitação da decisão Aceitação expressa ou tácita Limites temporais Renúncia ao poder de recorrer Renúncia expressa ou tácita Limites temporais Recurso principal e recurso adesivo Desistência do recurso Limites temporais Recurso principal e recurso adesivo Disposições comuns CAPÍTULO 9 INEXISTÊNCIA E NULIDADES 9.1. Noções gerais Regularidade do procedimento Sistema da legalidade das formas e sua importância Normas processuais Sistema das nulidades processuais Plano da existência Plano da validade Sistematização das nulidades Características básicas das nulidades Vícios na sentença Plano da eficácia Regras moderadoras do sistema das nulidades processuais Princípio da instrumentalidade das formas processuais Princípio da transcendência Manifesto prejuízo A. Transcendência e instrumentalidade das formas
14 Prejuízo e inexistência Nulidades absolutas Prejuízo e validade Princípio da convalidação Primeira oportunidade para falar nos autos Protesto em audiência Primeira oportunidade para falar em audiência Fundamentação da arguição de nulidade Princípio da proteção Princípio do aproveitamento dos atos processuais Atividade saneadora das nulidades nos tribunais Decisões ultra, extra e citra petitum CAPÍTULO 10 EFEITOS DOS RECURSOS Noções gerais Efeito devolutivo Adiamento da coisa julgada (efeito obstativo) Razão da limitação do conhecimento Devolução gradual e imediata Devolução própria e imprópria (efeito regressivo) Extensão (horizontalidade) Profundidade (efeito translativo) Fatos novos Documento novo Efeito translativo Exceção ao efeito devolutivo Contraditório necessário Translatividade Matérias de ordem pública Matérias dispositivas não apreciadas Fundamentos jurídicos invocados pelas partes Matérias dispositivas não apreciadas (desde que não haja necessidade de instrução probatória) Decorrências da transferência dos 3º e 4º do art. 515 do CPC Noção da transferência dos 3º e 4º do art. 515 do CPC
15 Limite à translatividade Translatividade e contradição lógica Temas relacionados à translatividade Recursos extraordinários e translatividade Remessa necessária e translatividade Indeferimento da petição inicial e translatividade Relação de emprego e translatividade Prescrição e translatividade Efeito suspensivo Recursos trabalhistas Suspensão dos efeitos da sentença Limites à suspensividade (dimensão objetiva) Efeito diferido Efeito expansivo Efeito substitutivo Efeito de cassação CAPÍTULO 11 PRINCÍPIOS DOS RECURSOS Noções gerais Funções dos princípios Princípio da recursividade A. Princípio da identidade física do juiz Princípio do duplo grau de jurisdição Duplo exame Garantia ao duplo grau Fundamentos invocados para justificar o duplo grau Fundamento adequado para justificar o duplo grau Duplo grau de jurisdição obrigatório Princípio da taxatividade dos recursos Princípio da correspondência dos recursos Princípio da unirrecorribilidade Exceção ao princípio da unirrecorribilidade Interposição de mais de um recurso Princípio da fungibilidade dos recursos
16 Breve histórico Erro grosseiro dúvida objetiva Observância do prazo do recurso correto Denominação incorreta Princípio da consumação Princípio da variabilidade dos recursos Recurso adesivo Recurso adesivo e expressa aceitação da decisão Recursos independente e adesivo Recurso independente não recebido e recurso adesivo Princípio da não complementaridade Princípio da dialeticidade Princípio da voluntariedade Princípio da proibição da reformatio in pejus Breve histórico Reformatio in pejus e fundamentos do recurso Reformatio in pejus e efeito translativo Princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias Princípio da colegialidade das decisões nos tribunais Decisões monocráticas nos tribunais Reserva de plenário CAPÍTULO 12 PROCEDIMENTO RECURSAL NOS TRIBUNAIS Noções gerais Providências iniciais Distribuição Relator Revisor Providências preliminares ao julgamento Sessão de julgamento Acórdão Publicação do acórdão Ordem de julgamento Ordem de análise no juízo de admissibilidade Ordem de análise no juízo de mérito Reconsideração de voto
17 PARTE II RECURSOS EM ESPÉCIE CAPÍTULO 13 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Fungibilidade Efeitos Procedimento Embargos protelatórios Embargos de declaração à decisão embargada Erro material CAPÍTULO 14 RECURSO DE REVISÃO Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Pressupostos recursais especiais Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente CAPÍTULO 15 RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO Noções gerais Previsão legal
18 15.3. Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Pressupostos recursais especiais Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente Processamento do recurso destrancado Processamento do agravo nos autos principais A. Amplitude do julgamento do agravo no juízo ad quem B. Agravo de instrumento (interposto em TRT) em recursos da competência do TST C. Agravo (de instrumento) em embargos (em recurso de revista) Agravo de instrumento em recurso extraordinário A. Agravo de instrumento em recurso extraordinário de matéria repetitiva Agravos retido e por instrumento no processo civil linhas gerais Agravo retido Agravo de instrumento CAPÍTULO 16 RECURSO ORDINÁRIO DECISÃO DE VARA DO TRABALHO Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente
19 16.8. Procedimento do recurso nas demandas de procedimento sumaríssimo Procedimento do recurso contra indeferimento da petição inicial Procedimento do recurso contra julgamento improcedente de plano CAPÍTULO 16-A RECURSO ORDINÁRIO ACÓRDÃO DE TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO EM DEMANDA INDIVIDUAL DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA 16-A.1. Noções gerais A.2. Previsão legal A.3. Objeto A.4. Competência para julgamento A.5. Admissibilidade A.5.1. Pressupostos recursais intrínsecos A.5.2. Pressupostos recursais extrínsecos A.6. Efeitos A.7. Procedimento A.7.1. Processamento no juízo de interposição A.7.2. Processamento no juízo competente CAPÍTULO 17 RECURSO DE AGRAVO DE PETIÇÃO Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente Agravo de petição por instrumento Demandas de alçada Sentença de liquidação
20 CAPÍTULO 18 RECURSO DE REVISTA Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Pressupostos recursais especiais Transcendência Razões fundamentadas exclusivamente em matéria de direito Razões fundamentadas em divergência jurisprudencial na interpretação de dispositivo de lei federal Razões fundamentadas em divergência jurisprudencial na interpretação de dispositivo de lei estadual, convenção ou acordo coletivo de trabalho, sentença normativa e regulamento empresarial Razões fundamentadas em violação literal de disposição de lei federal Razões fundamentadas em afronta direta e literal de dispositivo da Constituição Federal Razões fundamentadas em afronta a princípios A. Razões fundamentadas em contrariedade à súmula e à orientação jurisprudencial do TST Pressupostos recursais nas demandas de procedimento sumaríssimo Pressupostos recursais nas execuções Prequestionamento Conceito A. Caracterização B. Localização C. Localização do prequestionamento para o TST Atividade da parte dirigida ao prequestionamento Atividade julgadora dirigida ao prequestionamento Prequestionamento explícito Embargos de declaração com função prequestionadora Embargos de declaração e matéria nova (pós-questionamento) Expressa referência ao dispositivo legal no acórdão impugnado
21 Expressa referência ao dispositivo legal nas razões de recurso Decisão que adota os fundamentos da sentença (per relationem) Violação ocorrida no acórdão impugnado Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente Salto de grau de jurisdição em recurso de revista Temas polêmicos Recurso da União nas contribuições sociais Recurso de revista de acórdão com efeito de decisão interlocutória Recurso de revista e ônus da prova Reexame do quantum fixado para compensar o dano moral Prequestionamento e voto vencido Divergência com Súmula de TRT Contrariedade à Súmula vinculante Contrariedade à firme jurisprudência do TST CAPÍTULO 19 RECURSO DE EMBARGOS Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Pressupostos recursais especiais Razões fundamentadas exclusivamente em matéria de direito Razões fundamentadas em divergência jurisprudencial Razões fundamentadas em contrariedade à Súmula do TST e do STF e à orientação jurisprudencial do TST Embargos em causas de procedimento sumaríssimo e em processos em fase de execução Embargos nas hipóteses da Súmula TST n Efeitos
22 19.9. Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente Salto de grau de jurisdição em recurso de embargos CAPÍTULO 20 RECURSO ORDINÁRIO ACÓRDÃO DE TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO EM DEMANDA TRABALHISTA COLETIVA ESPECÍFICA (DISSÍDIO COLETIVO) DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente CAPÍTULO 21 RECURSO DE EMBARGOS INFRINGENTES Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Efeitos Procedimento CAPÍTULO 22 RECURSO DE AGRAVO INTERNO Noções gerais Previsão legal
23 22.3. Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Efeitos Procedimento Particularidades procedimentais Multa Embargos de declaração recebidos como recurso de agravo interno CAPÍTULO 23 AGRAVO REGIMENTAL Noções gerais Previsão Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Efeitos Procedimento Particularidades procedimentais CAPÍTULO 24 RECURSO EXTRAORDINÁRIO Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Pressupostos recursais especiais Repercussão geral Razões fundamentadas exclusivamente em matéria de direito Razões fundamentadas em violação direta e literal de dispositivo da Constituição Federal Razões fundamentadas em violação a princípio constitucional
24 24.6. Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente Procedimento na hipótese de multiplicidade de recursos No juízo recorrido No STF Honorários advocatícios CAPÍTULO 25 RECURSO DE EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Pressupostos recursais especiais Razões fundamentadas exclusivamente em matéria de direito Razões fundamentadas em divergência jurisprudencial Efeitos Procedimento CAPÍTULO 26 RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL Noções gerais Previsão legal Objeto Competência para julgamento Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Efeitos Procedimento Processamento no juízo de interposição Processamento no juízo competente
25 CAPÍTULO 26-A RECURSOS NO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO 26-A.1. Processo judicial eletrônico A.2. Regência A.3. Particularidades A.3.1. Comunicação dos atos processuais A.3.2. Prazo A.3.3. Assinatura dos recursos A.3.4. Juntada do recurso aos autos A.3.5. Documentos A Tamanho máximo do arquivo A Ordenação dos documentos A Documentos irrelevantes ou impertinentes A Publicidade dos documentos A.3.6. Relator e revisor A.3.7. Inclusão em pauta A.3.8. Ata da sessão de julgamento A.3.9. Agravo regimental A Recurso de agravo de instrumento A Recursos de agravo interno A Recursos no TST PARTE III ASSUNTOS CONEXOS CAPÍTULO 27 RECURSO ADESIVO Noções gerais Previsão legal Denominação Natureza jurídica Finalidade Admissibilidade Pressupostos recursais intrínsecos Pressupostos recursais extrínsecos Objeto, competência para julgamento, efeitos e procedimento
26 CAPÍTULO 28 REMESSA NECESSÁRIA Noções gerais Previsão legal Natureza jurídica Finalidade Privilegiados Inconstitucionalidade Sentença e acórdão Decisão contrária à Administração Pública Dispensa da remessa necessária Efeito translativo pleno Impossibilidade da reformatio in pejus Remessa necessária em decisão monocrática Decisão remissiva Remessa necessária e recurso de revista CAPÍTULO 29 CORREÇÃO PARCIAL Noções gerais Breve nota histórica Previsão Objeto Natureza jurídica Competência para julgamento Admissibilidade Efeitos Procedimento CAPÍTULO 30 INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO PREVENTIVO DE JURISPRUDÊNCIA Noções gerais Incidente de uniformização de jurisprudência Obrigatoriedade da uniformização da jurisprudência nos TRTs Legitimidade
27 Momento e forma para suscitar o incidente Procedimento Incidente de uniformização preventivo de jurisprudência Legitimidade Relevante questão de direito Momento e forma para suscitar o incidente Procedimento CAPÍTULO 31 PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO E PROTESTO Pedido de reconsideração Protesto CAPÍTULO 32 RECLAMAÇÃO Noções gerais Cabimento Processamento CAPÍTULO 33 RECURSO PARCIAL, FORMAÇÃO GRADUAL DA COISA JULGADA E CAPÍTULOS DE SENTENÇA Noções gerais Capítulos de sentença Estrutura formal (orgânica) da sentença Estrutura substancial da sentença Conceito de capítulos de sentença Classificação dos capítulos de sentença Quanto à natureza Quanto à autonomia Quanto à independência Recurso parcial Recurso parcial e coisa julgada Recurso parcial e efeito devolutivo Recurso parcial e efeito translativo Nulidades em recurso
28 33.4. Formação gradual da coisa julgada Súmula TST n. 100, II Súmulas TST n. 285 e STF ns. 292 e CAPÍTULO 34 ABUSO DO DIREITO DE RECORRER Noções gerais Probidade processual Direito de recorrer Abuso do direito de recorrer Repressão ao abuso do direito de recorrer CAPÍTULO 35 TST SÚMULAS, PRECEDENTES NORMATIVOS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS Noções gerais Composição do TST Funcionamento do TST Competência do TST Incidente de uniformização de jurisprudência no TST Súmulas do TST Precedentes normativos e orientações jurisprudenciais Modificação e revogação de Súmula, Precedente Normativo e Orientação jurisprudencial Referências bibliográficas
29 PARTE I TEORIA GERAL A grandeza do amor está na impossibilidade de sua catalogação, cristalização, definição, congelamento em fórmulas, formas e fôrmas. Ele é tão amplo, misterioso e profundo que sempre está além de onde o colocamos. Sempre surpreende. Sempre é mais. É outro. Aparece diferente. Aumenta na hora de acabar. Diminui na hora de existir. De vez em quando, coincide. Enfada, se permanece. Assusta, se ameaça partir. Cansa na constância. Desanima na inconstância. Cresce, porém, na constância. Vive de um estranhamento. Mas é carregado de afinidade. Artur da Távola
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31 Capítulo 1 REMÉDIOS PROCESSUAIS DESTINADOS À IMPUGNAÇÃO DOS PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS 1.1. Noções gerais Apesar de afirmar que os atos do juiz consistirão em sentença, decisão interlocutória e despachos, o art. 162 do CPC não esgota o rol dos atos processuais que o juiz poderá praticar, uma vez que ele também preside audiências (CLT, 659, I; CPC, 446, I), interroga partes e testemunhas (CLT, 820; CPC, 446, II) e realiza inspeção judicial (CPC, 440) entre tantos outros atos. Como espécie do gênero atos processuais praticados pelo juiz, há os pronunciamentos judiciais, estes sim enumerados no art. 162 e em outros dispositivos do CPC, os quais interessam ao presente estudo, uma vez que podem ser objeto de impugnação por meio de recurso. Ao mesmo tempo em que classifica os pronunciamentos judiciais, o ordenamento jurídico processual, então, coloca à disposição dos interessados os remédios processuais adequados para impugná-los Limites à impugnação Ao colocar à disposição dos interessados os remédios processuais adequados para impugnar os pronunciamentos judiciais, o ordenamento jurídico também estabelece um sistema de freios com o escopo de impedir insurgências sucessivas e perpétuas. Daí a razão de haver limites de ordem: a) quantitativa. Limita-se o número total de remédios processuais passíveis de utilização pelos interessados (CLT, 893; CPC, 496); b) qualitativa. Limitam-se as matérias pertinentes a cada remédio processual. Os recursos de natureza excepcional, v. g., voltam-se unicamente ao aperfeiçoamento do direito objetivo, ou seja, da própria lei; c) temporal. Limita-se o tempo destinado à insurgência do interessado. Faz-se essa limitação mediante a fixação de prazo que, como regra, encontra seu termo fatal com o advento da coisa julgada. Há, então, por assim dizer, um sistema de freios e contrapesos à utilização de remédios para impugnar pronunciamentos judiciais, com efeitos intra e extraprocessuais. 31
32 1.3. Remédios processuais A impugnação dos pronunciamentos judiciais ultrapassa o quadro dos recursos. Ao lado destes, há vários outros instrumentos (de natureza heterogênea) concedidos pelo sistema legal para insurgência às resoluções do órgão judiciário. (1) Ao conjunto desses instrumentos denominamos remédios. Apesar das críticas, valho-me do vocábulo remédios, tomando por empréstimo as lições de Carnelutti, (2) com escopo de indicar o gênero do qual os recursos constituem espécie. Com isso, resta claro, como já afirmado, que nem toda impugnação aos pronunciamentos judiciais se dá por meio de recursos. (3) 1.4. Classificação dos remédios destinados à impugnação A classificação dos remédios destinados à impugnação não obedece a critérios ou a razões de ordem científica. Repousa, como é da essência da maioria dos critérios de classificação, no arbítrio do classificador que busca, com o método eleito, melhor compreender os fenômenos que estuda. Daí por que não há consenso na doutrina. Os autores que exploram a matéria apresentam um quadro de classificação segundo a ótica particular pela qual examinam o tema. Entre as várias classificações existentes, pela didática que oferece, prefiro, com pequena alteração, a sugerida por Manoel Antonio Teixeira Filho, (4) que sistematiza os remédios processuais destinados à impugnação dos pronunciamentos judiciais da seguinte forma: a) recursos. O vocábulo recurso é proveniente do latim recursus. O prefixo re dá a ideia de retorno, de voltar, tornar, fazer novamente, e o substantivo cursus dá a ideia de curso, caminho. Recorrer (recurrere), portanto, tem o sentido de voltar para o lugar de onde saiu e repetir o percurso. (5) Daí dizer-se que, por meio do recurso, se busca, em regra dentro da mesma relação jurídica processual, provocar o reexame da decisão com o escopo de invalidá-la, reformá-la ou completá-la, no todo ou em parte (infra, n. 2.2); (6) (1) Todo recurso é um meio de impugnação, mas nem todo meio de impugnação se constitui num recurso. O mandado de segurança, a ação rescisória, são meios de impugnação, lato sensu: mas a ninguém ocorreria chamá-los recursos (MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário e recurso especial. 5. ed. São Paulo: RT, 1998, RPC v. 3, p. 31). (2) CARNELUTTI, Francesco. Instituzioni del processo civile italiano. 5. ed. Roma: Foro Italiano, v. I, p (3) De par com os recursos, prevê a lei processual determinadas ações também destinadas a pedir revisão de atos decisórios. É o que se dá com a ação rescisória e o mandado de segurança contra atos jurisdicionais (MARQUES, José Frederico. Manual de direito processual civil. Campinas: Bookseller, v. III, p. 147). (4) De acordo com o jurista paranaense, os remédios processuais destinados à impugnação dos pronunciamentos judiciais são: recursos, ações autônomas de impugnação, medidas saneadoras, providências corretivas, providências ordenadoras do procedimento, atos protectivos de direitos (TEIXEIRA FILHO, Manoel Antonio. Sistema dos recursos trabalhistas. 9. ed. São Paulo: LTr, p. 51-4). (5) MONTEIRO, João. Theoria do processo civil e comercial. 4. ed. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, p (6) Transposta essa ideia de volta ao passado para a prática jurídica, tem-se o exato sentido do desejo do recorrente, que pretende, com seu ato, uma restitutio in integrum, como um ritorno da capo na 32
33 b) demandas autônomas de impugnação. As demandas autônomas têm por escopo impugnar as resoluções judiciais mediante a inauguração de uma nova relação jurídica processual. A ação rescisória, o mandado de segurança, a ação anulatória e o habeas corpus, por exemplo, são autênticas demandas autônomas de impugnação; (7) Podemos identificar dois fatores principais que distinguem as demandas autônomas de impugnação dos recursos: na demanda autônoma, inaugura-se nova relação jurídica processual, na qual é veiculada a impugnação; no recurso, porém, a impugnação é veiculada endoprocessualmente (internamente), uma vez que o recurso nada mais é do que modalidade ou extensão do direito de ação (infra, n. 2.4); a demanda autônoma de impugnação pode, ou não, estar voltada à desconstituição da coisa julgada; (8) o recurso, porém, só pode ser manejado se ainda não houver trânsito em julgado. Além disso, uma das consequências da interposição de recurso é exatamente a de retardar a ocorrência da coisa julgada. c) medidas saneadoras. As medidas de saneamento são adotadas na própria relação jurídica processual e têm por escopo corrigir o pronunciamento judicial mediante a correção de falhas de locução formal. Os embargos de declaração, em que se busca eliminar omissões, obscuridades ou contradições, constituem medida de saneamento; A diferença medular entre medidas saneadoras e recursos está em que nestes objetiva-se invalidar, reformar ou completar o pronunciamento judicial. Já nas medidas saneadoras, o escopo é de correção de falhas de locução formal que pode, por conta disso, provocar o esclarecimento e/ou a integração da decisão e, acidentalmente, a infringência. Há quem inclua as medidas saneadoras entre os recursos. Essa junção, entretanto, não se justifica. partitura onde se espelha sua posição processual. Ou seja, o caráter de infringência ao julgado, típico dos recursos propriamente ditos..., revela o objetivo de atacar a decisão guerreada (por nulidade ou por error in judicandi, in procedendo), propiciando a recondução da situação processual as seu estágio anterior, isto é: como ela estava, antes do julgado que veio contrariar o interesse do recorrente (MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário e recurso especial. 5. ed. São Paulo: RT, 1998, RPC v. 3. p. 15). (7) José Afonso da Silva classifica os meios impugnativos em meios de impugnação ordinários e extraordinários, os quais correspondem, respectivamente, aos recursos e às ações autônomas de impugnação. Segundo ele, recursos em sentido técnico prolongam a relação jurídica processual estabelecida com a citação inicial, e os segundos meios de impugnação extraordinários verdadeiras ações-meios, em geral, têm como objetivo anular a decisão, dando origem a uma relação processual distinta da ação, e têm como lide a própria sentença impugnada (SILVA, José Afonso da. Do recurso extraordinário. São Paulo: RT, p. 95-6). (8) Há ações de impugnação que pressupõem coisa julgada material (rescisória) e há as que se mostram cabíveis na hipótese de inexistência de coisa julgada (mandado de segurança) (ASSIS, Araken de. Manual do recursos. São Paulo: RT, p. 37). 33
34 Os recursos, que etimologicamente traduzem o percorrer novamente o mesmo caminho, trazem consigo a ideia da restitutio in integrum (restituição integral), ou seja, pressupõem, necessariamente, a ideia de infringência ao julgado (reforma total ou em parte; anulação), não sendo as medidas saneadoras vocacionadas a esse objetivo. A infringência nas medidas saneadoras, como já ressaltado, somente ocorrerá acidentalmente. d) providências corretivas. São aquelas destinadas à correção de erro material existente no pronunciamento judicial. Exemplo dessa classe de remédios processuais são os requerimentos (simples) de que tratam os arts. 833 e 897-A, parágrafo único, da CLT, e 463, I, do CPC; A diferença fundamental que há entre a medida saneadora e a providência corretiva é a de que, na primeira, se busca o saneamento de falhas de locução formal e, na segunda, o saneamento de correção de erro material. e) providências ordenadoras do procedimento. São requerimentos formulados com escopo de corrigir erros de procedimento do magistrado na condução do processo. A correção parcial (impropriamente denominada de correição parcial) é típica providência ordenadora do procedimento, destinada que é à correção de pronunciamentos que supostamente tenham acarretado inversão tumultuária no procedimento ou atentado contra a ordem processual. 34
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