DIREITO DE REGRESSO NOS CONTRATOS DE FOMENTO MERCANTIL

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CURSO DE DIREITO DIREITO DE REGRESSO NOS CONTRATOS DE FOMENTO MERCANTIL RÔMULO MALLMANN COPETTI Itajaí, Junho de 2007.

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CURSO DE DIREITO DIREITO DE REGRESSO NOS CONTRATOS DE FOMENTO MERCANTIL RÔMULO MALLMANN COPETTI Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Msc. Adilor Danieli Itajaí, Junho de 2007.

3 AGRADECIMENTO Agradeço ao meu pai Jairo por toda a força durante toda minha vida, minha mãe Gisa e minhas irmãs Bruna e Camila, a Deus e a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para que eu alcançasse mais um objetivo na vida.

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus colegas e além de tudo familiares: Maurício, Alcindo e Alceu, pela oportunidade de aprender com vocês o verdadeiro significado de trabalho em equipe.

5 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí, Junho de Rômulo Mallmann Copetti Graduando

6 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pelo graduando Rômulo Mallmann Copetti, sob o título Direito de Regresso nos Contratos de Fomento Mercantil, foi submetida em Data de 25/06/2007 à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Prof. Msc. Adilor Danieli; Prof. Msc. Antônio Augusto Lapa; Profª. Msc. Aparecida Correia da Silva, e aprovada com a nota 9,5. Itajaí, Junho de Professor Msc. Adilor Danieli Orientador e Presidente da Banca Antonio Augusto Lapa Coordenação da Monografia

7 ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANFAC Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil CC/2002 Código Civil Brasileiro de 2002 BACEN Banco Central do Brasil LUG Lei Uniforme de Genebra (Decreto nº /66) LD Lei das Duplicatas (Lei nº /68) LC Lei do Cheque (Lei nº /85) TFR MAS ART. STJ Tribunal Federal de Recursos Ação de Mandado de Segurança Artigo Superior Tribunal de Justiça

8 ROL DE CATEGORIAS Rol de categorias que o Autor considera estratégicas à compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais. Agiotagem Comércio especulativo de empréstimos clandestinos e informais, cobrando juros excessivos com vistas a auferir lucros exagerados ou vantagens exorbitantes. Cedente-faturizado A operação de factoring é um contrato atípico (não tem legislação específica), mas se utiliza de instituto típico, como a cessão de crédito, em que o faturizado (cliente da empresa de factoring) cede ou vende os títulos oriundos de suas operações mercantis para o faturizador (empresa de factoring). Cessionário-faturizador Empresa de factoring que, através da cessão de crédito da operação de fomento mercantil, adquire os créditos do cedente-faturizado. Cessão pro soluto Quando o faturizador adquire os títulos do faturizado, através de cessão de crédito, na operação de fomento mercantil, assumindo a responsabilidade (risco) pela solvência do sacado-devedor. Cessão pro solvendo Quando a responsabilidade do sacado-devedor é assumida, por escrito, pelo faturizado, em face dos títulos cedidos por meio de cessão de crédito na operação de fomento mercantil. Direito de Regresso Direito assegurado, pela lei ou pelo contrato, àquele que pagou a obrigação e que busca ressarcir-se frente aos demais obrigados. Ação ou o direito que se atribui ao credor ou a quem pagou por outrem, de ir buscar deste a quantia ou a importância desembolsada.

9 Endosso Declaração cambial lançada no título cambial à ordem, operando-se, por meio dele, a circulação, a fim de transferi-lo a terceiro. Nas operações de factoring, em que o crédito transferido está geralmente representado por duplicatas ou cheques, é imprescindível o endosso, pois é o meio para transferência do título. Ao endossar, o endossante (sacador-faturizado) transfere ao endossatário o título, em conseqüência, os direitos nele incorporados. Endosso em preto/branco O endosso poderá ser em preto quando o endossante transfere à pessoa expressamente determinada e indicada. O endosso em branco ocorre quando não há referência ou indicação, transferindo-o assim que for o portador. Factor Empresa de factoring, faturizador, cessionário, e endossatário dos títulos adquiridos. Fator Deságio (diferencial ou comissão) entre o valor de face do título cedido e o pagamento feito pela empresa de factoring. Faturização, Fomento Mercantil ou Factoring. Instituto pelo qual um industrial ou comerciante (faturizado) cede à instituição (faturizador), total ou parcialmente, créditos oriundos de vendas efetuadas a terceiros, mediante pagamento de determinada comissão a cargo do cedente. Faturizado Cliente da empresa de factoring, também conhecida como contratante-faturizada, cedente endossante, emitente-sacador dos títulos cedidos na operação de factoring. Jurisprudência

10 Entende-se literalmente que é a ciência do Direito vista com sabedoria, como sábia interpretação e aplicação das leis a todos os casos concretos que se submetam a julgamento da justiça. Sacado-devedor Aquele que adquiriu mercadoria ou serviços do faturizado e, em face do pagamento ser a prazo, contra ele foi sacada duplicata, em que figura como sacado-devedor.

11 SUMARIO RESUMO... XII INTRODUÇÃO...1 CAPÍTULO ASPECTOS GERAIS DO FOMENTO MERCANTIL HISTÓRICO FACTORING NO BRASIL LEGISLAÇÃO PROJETO DE LEI CONCEITO DE FOMENTO MERCANTIL E DE FACTORING DENOMINAÇÃO E ETIMOLOGIA ESPÉCIES DE FOMENTO MERCANTIL CONVENCIONAL MATURITY TRUSTEE MATÉRIA-PRIMA EXPORT, EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO OU IMPORTAÇÃO-EXPORTAÇÃO...24 CAPÍTULO CONTRATO DE FOMENTO MERCANTIL CARACTERÍSTICAS E NATUREZA JURÍDICA REQUISITOS BASICOS DO CONTRATO OBJETO DO CONTRATO DE FOMENTO MERCANTIL PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CESSÃO E ENDOSSO COMPRA DE CRÉDITO (CESSÃO DE CRÉDITO) ENDOSSO TÍTULOS DE CRÉDITO DUPLICATA MERCANTIL CHEQUE...46 CAPÍTULO DIREITO DE REGRESSO CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ACORDO VERBAL RESPONSABILIDADE DA EMPRESA-FATURIZADA NA OPERAÇÃO DE FOMENTO MERCANTIL RESPONSABILIDADE OBRIGATÓRIA CRÉDITO INEXISTENTE...58

12 3.4.2 ANTECIPAÇÃO, PRORROGAÇÃO, DEDUÇÃO OU COMPENSAÇÃO VÍCIO E EVICÇÃO REGRESSO MEDIANTE CLÁUSULA CONTRATUAL PRO SOLVENDO A CESSÃO DE CRÉDITO E SEUS EFEITOS EM RELAÇÃO A INSOLVÊNCIA DO DEVEDOR ENDOSSO E SEUS EFEITOS EM RELAÇÃO À INSOLVÊNCIA DO DEVEDOR TRIBUNAIS E DIREITO DE REGRESSO...74 CONSIDERAÇÕES FINAIS...77 REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS...80 ANEXOS... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

13 RESUMO O presente trabalho tratou da possibilidade do direito de regresso no contrato de fomento mercantil, prática esta cada vez mais comum e corriqueira nas relações comerciais, ou seja, a possibilidade da empresa de factoring cobrar da empresa faturizada o valor de um título não pago pelo cedente. Apresentamos a evolução histórica do instituto do factoring, o qual iniciou na era romana, chegando até os dias atuais. Destaca-se que o factoring não possui legislação específica, no entanto aguarda-se a tramitação no Congresso do Projeto 230, enquanto isto é regido por legislação esparsa e jurisprudência. Neste estudo foram adotados os conceitos mais utilizados, o que não impediu, porém, que outras nomenclaturas utilizadas pelos doutrinadores fossem abordadas durante o trabalho. Após isto, desenvolveu-se o contrato de factoring, dando uma visão panorâmica como um todo, examinando e comentando suas características especiais, e cada um de seus requisitos e objetos. Por fim, faz-se uma análise sobre o direito de regresso no contrato de factoring, por ser uma matéria das mais controvertidas e discutidas, tanto no âmbito comercial como no jurídico, buscando-se delimitar o perfeito enquadramento deste instituto. Neste estudo, utiliza-se a pesquisa bibliográfica, jurisprudencial e as experiências pessoais quanto à prática no dia a dia. Dentro da relevância jurídica, no trabalho aqui apresentado, foi analisado o cabimento do direito de regresso, visto que o factoring é um contrato atípico, e ao ser analisado, acarreta muitas dúvidas, não somente aos que com ele operam, mas também aos juristas que enfrentam grandes dificuldades ao julgarem os processos que envolvem o tema, devido a não haver legislação específica sobre o instituto.

14 INTRODUÇÃO A presente Monografia tem como objeto o estudo do direito de regresso nos contratos de fomento mercantil. O seu objetivo geral é a análise do instituto do fomento mercantil e dos respectivos contratos no direito brasileiro, aprofundando o direito de regresso nestas operações. Para tanto, principia se, no Capítulo 1, tratando das origens históricas do instituto do factoring, abordando-se o conceito e a etimologia do factoring, as características e espécies praticadas no Brasil. No Capítulo 2, tratando especificamente do contrato de fomento mercantil, abordam-se as características e a natureza jurídica do contrato, os requisitos básicos, o objeto do contrato, a prestação de serviços, as espécies de títulos de crédito que podem ser negociados, as modalidades de factoring e as formas de transferência dos créditos, por cessão de créditos e por endosso. No Capítulo 3, tratando do direito de regresso nas operações de fomento mercantil, abordagem sobre as responsabilidades de cada parte do contrato na cessão de crédito, subdividindo-a em responsabilidade obrigatória pelo crédito cedido e responsabilidade opcional pela solvência do devedor, e a necessidade de cláusula pro soluto específica quanto ao direito de regresso. O presente se encerra com as Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos destacados, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre o direito de regresso nos contratos de fomento mercantil. hipóteses: Para a presente monografia foram levantadas as seguintes

15 2 O Fomento Mercantil é uma atividade comercial, que possui elementos específicos da atividade bancária, e funciona basicamente com o desconto de cheques e duplicatas cobrando para isto uma comissão. O Fomento mercantil não possui legislação específica e se baseia principalmente nos institutos do direito civil brasileiro. A empresa de factoring pode cobrar judicialmente os títulos pagos pelo devedor, de quem assinou o contrato, mesmo que não esteja estipulado expressamente. Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, na Fase de Investigação foi utilizado o Método Indutivo, na Fase de Tratamento de Dados o Método Cartesiano, e, o Relatório dos Resultados expresso na presente Monografia é composto na base lógica Indutiva. Nas diversas fases da Pesquisa, foram acionadas as Técnicas, do Referente, da Categoria, do Conceito Operacional e da Pesquisa Bibliográfica. O objeto limita-se à conceituação do instituto e à identificação das espécies praticadas no país, assim como o estudo das principais características, requisitos e elementos dos contratos de fomento mercantil, na lei e na doutrina.

16 CAPÍTULO 1 ASPECTOS GERAIS DO FOMENTO MERCANTIL 1.1 HISTÓRICO A figura do agente mercantil, denominado outrora de factor, já é conhecida desde os primórdios da civilização, devido à necessidade destes povos de efetuarem trocas de mercadorias entre os povos da época, o que desenvolvia plenamente o comércio, que se baseava principalmente no escambo (troca), e que mais tarde evoluiu para a promessa de entrega de mercadorias e pagamento. Remonta dos primórdios da civilização ocidental, através do Código de Hamurabi, o qual consistia em um bloco de pedra onde estavam gravadas as normas e procedimentos que regulamentavam o comércio naquela época. Neste sentido ensina Luiz Lemos Leite 1 : Os romanos que construíram um dos maiores impérios da História, para manter a hegemonia do poder nos territórios conquistados cuidaram de organizar a sua economia explorando as possibilidades comerciais das várias regiões subjugadas. Estabeleceram em pontos estratégicos do seu vasto território a figura do factor agente via de regra, um comerciante próspero e conhecido de determinada região que se encarregava de promover o comércio local, de prestar informações creditícias sobre outros comerciantes, receber e armazenar mercadorias provenientes de outras praças e fazer a cobrança, pela qual recebia em pagamento uma remuneração. Era um autêntico consultor de negócios. Segundo o mesmo autor 2 : O uso milenar das funções de um factor, por comerciantes, era feito com a finalidade de facilitar e garantir bons 1 LEITE, Luiz Lemos. Factoring no Brasil. 7. ed. São Paulo: Atlas, p 28 2 LEITE. ob. cit. p. 28

17 4 negócios. Ainda alerta para um outro ponto histórico: Vale fazer o registro de que, desde as origens da humanidade, na história de todos os povos que desenvolveram suas mais distintas economias, sempre houve uma grande preocupação com o risco do negócio. Fran Martins 3 nos resume brevemente, a importância dos povos antigos, principalmente gregos e romanos, para o que hoje temos como o factoring moderno: A origem da faturização ou factoring remonta a mais longínqua antiguidade quando, na Grécia e em Roma, comerciantes incumbiam agentes (factors), disseminados por lugares diversos, a guarda e a venda de mercadorias de sua propriedade. Posteriormente, o costume se difundiu na Idade Média, principalmente entre os comerciantes dos países mediterrâneos. Evoluiu desse modo, o factoring de um simples contrato de comissão para constituir um contrato em que o factor assume a posição de financiador dos comerciantes, adquirindo os seus créditos, mediante o pagamento dos mesmos em épocas aprazadas, mas, em regra, antes do vencimento. Mediante ao que diz Leite 4, sobre os factors e sua importância como um elo de ligação entre dois povos vizinhos, e até mesmo dentro do próprio império Romano: Os factors, por serem profundos conhecedores do mercado e da tradição creditícia dos comerciantes locais, faziam-se intermediários úteis nas trocas comerciais e no desenvolvimento da economia do Império Romano, desempenhando um papel de essencial importância. Com a expansão, e com a chegada da época dos grandes descobrimentos pelos países europeus, difundiram estes tipos de comércios entre suas colônias, conforme complementa Leite: Veio então a época dos grandes descobrimentos, em que, principalmente, Espanha, Holanda, Inglaterra, Veneza e Portugal 3 MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais. Rio de Janeiro: Forense, p LEITE, ob. cit. p. 28

18 5 lideravam o comércio internacional, com a conquista de seus longínquos territórios ultramarinos. No caso particular de Portugal, estabeleceram-se, em suas colônias da Ásia e África, as factorias empórios, armazéns de mercadorias, enfim, um centro polarizador entre a Metrópole, as colônias e outros povos vizinhos. Para Antonio Carlos Donini 5 : A origem inconteste do factoring, tal qual praticamos na atualidade, remonta a partir do século XVI na Inglaterra, juntamente com os descobrimentos marítimos e a colonização britânica no Novo Mundo, onde os factors atuavam como representantes depositários nas colônias (inclusive Estados Unidos) para interesses britânicos, recebendo e distribuindo as mercadorias importadas, efetuando a cobrança das mesmas e ainda efetuando antecipação ou adiantamentos aos exportadores ingleses. E continua: Mais tarde, com a independência dos Estados Unidos, os factors começaram a empregar seus conhecimentos e sua capacidade econômica em benefício dos fabricantes do seu país, especialmente na indústria têxtil. Com o passar dos anos, estas técnicas de comércio foram se modificando, à medida que a sociedade evoluía, os factors iam agregando serviços distintos, utilizando-se da confiança depositada pelo comprador e vendedor, funcionando como mediador nos negócios de terceiros. Neste sentido nos diz Leite 6 : Com o tempo, os factors prosperaram, passaram a pagar a vista aos seus fornecedores o valor das vendas por estes efetuadas, antes mesmo de os compradores fazê-lo. O factor, a par dos serviços prestados, substituiu o comprador, pagando a vista ao fornecedor, melhorando o padrão de crédito e efetuando a cobrança junto ao comprador final daquela mercadoria. 5 DONINI, Antonio Carlos. Manual do factoring. São Paulo: Klarear, p. 3 6 LEITE. ob. cit. p. 29

19 6 Logo vieram os grandes descobrimentos, e com isso países como Portugal e Espanha passaram a liderar o comércio internacional, através da conquista de territórios ultramarinos. De acordo com a abordagem que nos dá o jurista e professor espanhol Jacob Leonis 7 : Foi em torno de 1960, quando o comércio internacional entrou em uma nova fase de normalidade e em que os grandes bancos americanos irromperam na atividade do factoring, que se registrou a sua introdução nos países da Europa industrializada. ANFAC, Luiz Lemos Leite 8 : Com estas afirmações, complementa o Presidente da Assim, surgiu o sentido moderno do factoring, ou seja, com a venda dos créditos oriundos da venda dos bens, pelos produtores ou fornecedores, os factors, adquiriam o direito de cobrá-los, com seus legítimos proprietários. O factor, que no seu sentido primitivo prestava serviços de comercialização, distribuição e administração, agregou a função de fornecedor de recursos. Através disto, observa-se que o instituto do factoring evoluiu historicamente, tendo como base as figuras dos agentes mercantis. 1.2 FACTORING NO BRASIL Conforme exemplifica Luiz Lemos Leite 9, no Brasil o factoring teve sua primeira aparição no Brasil no final da década de 60, conforme consta no Livro Factoring no Brasil, do presidente da ANFAC: A idéia do factoring no Brasil nasceu em 1968, quando ainda funcionário do Banco Central, examinamos o relatório de inspeção feita em um banco de investimento, de São Paulo, integrante de um conglomerado financeiro. O inspetor, no curso de seu trabalho, deparou-se com a rubrica factoring, rasurada no lugar de Financiamento de Capital de Giro no ativo do balancete desse 7 LEONIS, Jacob. O contrato de factoring. Revista Forense. Rio de Janeiro, v. 253, p LEITE. ob. cit. p LEITE. ob. cit. p. 41

20 7 banco de investimento. Aprofundando sua análise, entendeu que poderia tratar-se de uma mera simulação, à vista da cópia de contrato de abertura de crédito, que juntou em seu relatório. A partir destes fatos iniciaram os estudos sobre o factoring, culminando com a fundação da ANFAC (Associação Brasileira das Empresas de Fomento mercantil) em 11 de fevereiro de 1982, a qual possui finalidade precípua a união das empresas de factoring, divulgando seus objetivos e vantagens às pequenas e médias empresas, que constituem o seu público alvo. Após a criação da ANFAC, foi editada a Circular nº. 703, de 16 de junho de 1982, pela diretoria do Banco Central (BACEN), a qual coibia a prática do factoring no país, sob a alegação de que o factoring invadia a área de atuação das instituições financeiras. Conforme se extrai do texto da Circular nº. 703/82 10 : I - as operações conhecidas por factoring, compra de faturamento ou denominações semelhantes em que, em geral, ocorrem a aquisição, administração e garantia de liquidez dos direitos creditórios de pessoas jurídicas, decorrentes do faturamento da venda de seus bens e serviços apresentam, na maioria dos casos, características e particularidades próprias daquelas privativas de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. A Circular nº. 703/82 ainda exigia a autorização do BACEN para a realização das operações de factoring, e caso tal exigência não fosse atendida, as empresas de fomento mercantil e seus administradores estariam sujeitos às penas previstas no art. 44, 7º da Lei nº /64. Nesse contexto, Donini 11 doutrina: A Circular apresentou várias imperfeições terminológicas, totalmente inadequadas para um texto regulamentar; o direcionamento da norma trouxe outras incógnitas e permitindo 10 BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n.º 703, de 16 de junho de Disponível em: < Acesso em: 15 ago DONINI, Antonio Carlos. Factoring: de acordo com o novo Código Civil, p. 20.

21 8 ilações, com toda a certeza, não pretendidas pela autoridade que a editou. No entanto, em 1986, a 2ª Turma do extinto Tribunal Federal de Recursos (TFR), ao julgar uma Apelação em Mandado de Segurança (AMS), ordenou que fossem arquivados os atos constitutivos de uma empresa de factoring sem que fosse necessária a autorização do BACEN, conforme exigido pela Circular nº. 703/82, dando suporte a outras decisões no mesmo sentido, fazendo com que o BACEN revisse a sua posição 12 : Não pode o Banco Central do Brasil, interferir nas funções de registro comercial, reguladas pela Lei nº /65. Estas funções competem às Juntas Comerciais, sob supervisão e orientação técnica do Departamento Nacional do Registro do Comércio. Não há confundir o registro comercial de firmas com o seu funcionamento. Controle e fiscalização deste, quando implique atividades financeiras, é que cabe ao Banco Central (AMS n.º RS, Rel. Ministro Nilson Naves). Com isso, em 30 de setembro de 1988, foi revogada a Circular nº. 703/82, pela Circular nº , do BACEN, ressaltando-se o não enquadramento das atividades do factoring dentre aquelas tidas como operações típicas de instituições financeiras, conforme a Lei nº /64. A esse respeito, coleta-se trecho de ofício da presidência da ANFAC, enviado ao BACEN, demonstrando a posição da entidade acerca da Circular nº. 703/82 e pedindo o cancelamento desta 13 : Factoring não é operação de mútuo, nem de crédito. Não é empréstimo. Não é desconto. Muito menos compra de faturamento. Factoring é Factoring. Mesmo porque é pacífico e consagrado nesse Banco Central e na jurisprudência dos nossos tribunais que somente com a conjugação dos três pressupostos do caput do artigo 17 da Lei nº /64 coleta, intermediação e aplicação se caracteriza a atividade financeira (Of. PRESI. 509/88, de ). 12 LEITE, Luiz Lemos. Factoring no Brasil, p LEITE. ob. cit. p. 40.

22 9 Deste modo, não havendo a realização desses três pressupostos exigidos para a configuração de atividade financeira, não haveria porque o Banco Central fiscalizar as sociedades de fomento mercantil, e nem mesmo aplicar aos seus administradores as penalidades previstas na Lei nº /64. A necessidade de atender as empresas que necessitavam de capital para trabalhar foi à exposição de idéias do doutrinador Fran Martins 14, que salienta: A introdução do factoring no Brasil é preconizada como um meio de atender às pequenas e médias empresas, na obtenção de capital de giro, sem as dificuldades geralmente observadas no desconto bancário, muitas vezes de difícil acesso aos pequenos comerciantes. E complementando esta idéia de que o factoring foi um bem necessário para as médias e pequenas empresas, nos diz Newton de Lucca 15 : Acresce a tal circunstância que, especialmente nos países pobres, como é o caso do Brasil, onde o crédito disponível não é o suficiente para as necessidades existentes, a seletividade aumenta ainda mais, e a conseqüência óbvia é a de que os recursos bancários são, a par do direcionamento, determinado pelas autoridades monetárias, destinados fundamentalmente às empresas das multinacionais e ás estatais, pouco sobrando, na verdade, para a pequena e média empresa. Sobre a confusão na origem do factoring com a agiotagem e com o Crime de Usura, com a cobrança de juros excessivos, complementa Donini 16 : No Brasil, o surgimento do factoring, naturalmente, confundia-se com agiotagem, pois não se tinha conhecimento e enquadramento adequados dessas atividades. Releva-se, ainda, acrescer que os bancos, visando se protegerem e evitarem riscos dificultava e 14 MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais. Rio de Janeiro: Forense, p LUCCA, Newton de. A faturização no direito brasileiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, p DONINI. ob. cit. p. 4

23 10 ainda dificultam a liberação de recursos, criando mecanismos de seletividade e garantias descabidas, sem contar com enormes burocracias para atender as necessidades das pequenas e médias empresas, não restando alternativa a essas empresas, senão buscar sobrevida no mercado paralelo. Portanto, a origem do factoring no Brasil se deu através do Banco Central do Brasil que regulou e deu suporte para que os empresários pudessem fazer uso do mesmo, como auxílio para as médias e pequenas empresas. A Circular BACEN nº /88 foi, enfim, a normatização competente que estabeleceu os parâmetros das empresas de factoring, revogando a Circular nº. 703/82. Todavia, o BACEN continuava sem poder tutelar as empresas de factoring no Brasil, apenas evitando que suas atividades se confundissem com as das instituições financeiras. 1.3 LEGISLAÇÃO O entendimento doutrinário é de que este instituto não possui legislação específica, porém segundo a Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil 17, ele está assim amparado: I - Legal Instrução Normativa nº 16, de , dispensa a aprovação prévia do Banco Central para o arquivamento de atos constitutivos de empresas de fomento mercantil; Circular de , do Banco Central do Brasil, revoga a Circular nº 703, de , e reconhece ser o fomento mercantil - factoring atividade comercial mista atípica que consiste na prestação de serviços conjugada com a aquisição de direitos creditórios ou créditos mercantis; Resolução de , do Conselho Monetário Nacional, reconhece definitivamente a tipicidade jurídica própria e delimita nitidamente a área de atuação da 17 ANFAC. Cartilha do Factoring. Disponível em < Acesso em: 03 jan

24 11 sociedade de fomento mercantil que não pode ser confundida com a das instituições financeiras, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil que têm por objeto a coleta, intermediação e aplicação de recursos de terceiros no mercado (Art. 17 da Lei 4594 de e Arts. 1º e 16 da Lei 7492/1986); Circular de , do Banco Central do Brasil, permite às instituições financeiras a realização de operações de crédito com empresas de fomento mercantil. II - Operacional: Art. 5º, incisos II e XIII da Constituição Federal. Art. 170 da Constituição Federal COAF Lei 9613 de Resol. Nº 13, de Prestação de Serviços (Art. 594 do Código Civil) Compra e venda (Arts. 481 ao 489 do Código Civil). Cessão de Créditos (Arts. 286 ao 298 do Código Civil). Endosso: Arts. 910, 911 e 914, do Código Civil. Arts. 15 e 16 da Lei Uniforme de Genebra (Dec /66) Art.13, 4º e 18, 2º da Lei 5474/68. Vícios Redibitórios (Arts. 441 ao 446 do Código Civil). Solidariedade Passiva (Arts. 264 e 265 do Código Civil). III - Fiscal: Ato Declaratório 51/94, da Secretaria da Receita Federal. Art. 28, 1º, alínea "c" - 4 da Lei 8981/95, reiterado pelo Art. 15 da Lei 9249/95; Art 58 das Leis 9430/96 e 9532/97. Art. 14, inciso VI, da Lei 9718/98 e Decreto 4494, de Lei /2002 (PIS) e Lei /2003 (PIS/COFINS) Atos Normativos, específicos, para a atividade, da Secretaria da Receita Federal.

25 12 Pode-se concluir então que o factoring mesmo não possuindo uma legislação específica, é amplamente amparado pelo direito civil brasileiro, principalmente na legislação que rege a cessão e o endosso de títulos de créditos no Código Civil. 1.4 PROJETO DE LEI Até o presente momento o que se tem de específico no Brasil, em termos de legislação que vise à regulamentação do factoring, é o Projeto de Lei nº. 230, de 14 de agosto de 1995, de autoria do Senador José Fogaça. O projeto de lei em tramitação, além de definir o instituto, caracterizando-o como atividade mercantil, veda a prática de operações privativas de empresas bancárias, estabelece a forma de remuneração e prevê a criação do Conselho Federal de Fomento Mercantil, a quem caberá a supervisão e a disciplina das atividades relacionadas com o factoring. Outros aspectos são tratados, como o estabelecimento das condições dos negócios relativos à matéria, a aquisição dos direitos mediante cláusula especial de endosso em preto e a garantia do direito das sociedades de voltar-se contra o endossante no caso de exceções e vícios de crédito, ou seja, o direito de regresso, tema desta pesquisa. 1.5 CONCEITO DE FOMENTO MERCANTIL E DE FACTORING Para a compreensão do que é o factoring, é necessário saber o que também não é factoring. Neste prisma, o presidente e fundador da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring (ANFAC), Luiz Lemos Leite 18 ensina: Se você pensa que factoring é empréstimo, desconto de duplicatas ou de cheques, adiantamento de recursos ou compra de duplicatas ou de faturamento, crédito pessoal ou crédito direto ao consumidor, captação de recursos em real ou em dólar, 18 LEITE, Luiz Lemos. Factoring no Brasil. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 36.

26 13 administração de consórcios de veículos ou outros bens, está muito enganado. Para o estudioso Antonio Carlos Donini 19 : Partindo das funções desempenhadas pelo factor no Brasil, a operação de factoring ou fomento empresarial resumem-se em atos que envolvem a compra de crédito, antecipação de recursos não-financeiros (matéria-prima) e prestação de serviços convencionais ou diferenciados, conjugados ou separadamente, a título oneroso entre dois empresários, faturizador e faturizado. E continua Donini: O conceito formulado por respeitados juristas, a propósito, somente define factoring em sua modalidade convencional, instituindo, ademais, condições como direito de regresso, conjugação ou cumulação de cessão de crédito e prestação de serviços, que em nosso sentir, limitam e engessam a prática do fomento mercantil. Nesse sentido é a lição de Arnoldo Wald 20 para quem o contrato de factoring, ou de faturização, consiste na aquisição, por uma empresa especializada, de créditos faturados por um comerciante ou industrial, sem direito de regresso com o mesmo. Para Fran Martins 21 : O contrato de faturização ou factoring é aquele em que um comerciante cede a outro os créditos, na totalidade ou em parte, de suas vendas a terceiros recebendo o primeiro do segundo o montante desses créditos, mediante o pagamento de uma remuneração. Para Orlando Gomes 22, factoring é o contrato por via do qual uma das partes cede à terceiro (o factor) créditos provenientes de vendas 19 DONINI. ob. cit. p WALD, Arnoldo. Curso de direito civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, v.2, p MARTINS. ob. cit. p GOMES, Orlando. Contratos. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 468.

27 14 mercantis, assumindo o cessionário o risco de não recebê-los contra o pagamento de determinada comissão a que o cedente se obriga. do factoring: Arnaldo Rizzardo 23 tem o seguinte conceito sobre o instituto O sentido tradicional de factoring não oferece maiores dificuldades. Pode-se afirmar que se está diante de uma relação jurídica entre duas empresas, em que uma delas entrega à outra um título de crédito, recebendo, como contraprestação, o valor constante do título, do qual se desconta certa quantia, considerada a remuneração pela transação. Silvio de Salvo Venosa 24 leciona que o factoring é: Um negócio jurídico de duração por meio do qual uma das partes, a empresa de factoring (o faturizador ou factor), adquire créditos que a outra parte (o faturizado) tem com seus respectivos clientes, adiantando as importâncias e encarregando-se das cobranças, assumindo o risco de possível insolvência dos respectivos devedores. que o contrato de factoring é: Complementando, elucida a mestre Maria Helena Diniz 25, Aquele em que um industrial ou comerciante (faturizado) cede a outro (faturizador), no todo ou em parte, os créditos provenientes de suas vendas mercantis a terceiros, mediante o pagamento de uma remuneração. E na concepção de Waldirio Bulgarelli 26 : A operação de factoring repousa na sua substância, numa mobilização dos créditos de uma empresa; necessitando de recursos, a empresa negocia os seus créditos, cedendo-os à outra, que se incumbe de cobrá-los, adiantando-lhe o valor desses créditos (conventional factoring) ou pagando-os no vencimento 23 RIZZARDO, Arnaldo. Factoring. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: contratos em espécie. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003, p DINIZ, Maria Helena. Tratado teórico prático dos contratos.4.ed. São Paulo: Saraiva, 1993.p BULGARELLI, Waldirio. Contratos mercantis. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2001, p. 541.

28 15 (maturity factoring); obriga-se, contudo a pagá-los mesmo em caso de inadimplemento por parte do devedor da empresa. factoring é: Segundo o presidente da ANFAC, Luiz Lemos Leite 27, o A prestação contínua de serviços de alavancagem mercadológica, de avaliação de fornecedores, clientes e sacados, de acompanhamento de contas a receber e de outros serviços, conjugados com a aquisição de crédito de empresas resultantes de suas vendas mercantis ou de prestação de serviços realizadas a prazo. Esta definição, que foi aprovada na Convenção Diplomática de Ottawa Maio/88, da qual o Brasil foi uma das 53 nações signatárias. Sobre este ultimo conceito apresentado por Leite, o doutrinador Antônio Carlos Donini 28, nos apresenta uma visão que até então não era atacada por nenhum outro estudioso do Fomento Mercantil, onde nos diz que: Primeiramente, urge esclarecer que o Brasil não é signatário da Convenção de Ottawa, ocorrida entre 9 e 28 de maio de 1988, negociada sob a égide do Unidroit (Instituto para a Unificação do Direito Privado). O Brasil, com efeito, participou das duas convenções (leasing e factoring), mas, ao final, apenas assinou a ata da reunião. O representante do Brasil foi o embaixador Marcos Coimbra, que não possuía carta com poderes para assinar, como signatário, a Convenção de Ottawa. Seguindo o pensamento do doutrinador: Secundariamente, o objetivo da Convenção de Ottawa foi reger os contratos de factoring no âmbito internacional, nada tratando sobre o factoring doméstico dos países. Apenas quando uma empresa de factoring tem, na outra ponta, devedor ou faturizado de outro país, pode-se dizer que deverá ater-se à Convenção de Ottawa. Deve-se ainda lembrar que a atividade do factoring não está relacionada à atividade financeira, conforme ensina Lemos Leite 29 : 27 LEITE. ob. cit. p DONINI. ob. cit. p. 06.

29 16 Factoring não é banco, nem instituição financeira. Banco capta dinheiro, empresta dinheiro e necessita da autorização do Banco Central para funcionar. Factoring presta serviços e compra de créditos. É uma sociedade mercantil. Deste modo, pode-se conceituar o factoring como sendo um negócio jurídico não financeiro pelo qual uma sociedade de fomento mercantil adquire através de uma cessão de crédito, os títulos representativos das vendas mercantis da empresa faturizada, recebendo por isso uma remuneração chamada de fator, responsabilizando-se pela cobrança desses títulos, e assumindo inclusive, o risco pela insolvência dos devedores, além da prestação de serviços e adiantamento de recursos à empresa. 1.6 DENOMINAÇÃO E ETIMOLOGIA Prefere-se o uso da palavra inglesa, como de resto sucede na generalidade dos países. Segundo informa Duarte 30, mesmo na França, onde a lei constrange fortemente o uso público de vocábulos estrangeiros, tentou-se substituí-lo pela palavra affacturage, consagrado oficialmente, ainda assim, não conseguiu banir o uso da expressão factoring. Segundo Donini 31, Factoring é um termo inglês de origem francesa, que remonta ao latim face. Factor é aquele que faz. A utilização de termos anglo-saxônicos no domínio bancário e econômico é bastante freqüente. Cordeiro 32 ensina: Neste sentido, o mestre português Antônio Menezes Ela tem a ver com a mobilidade dos quadros e com a formação anglo-saxônica dominante nos níveis mais elevados. Os restantes, numa osmose lingüística típica, tendem a imitá-los. O uso do 29 LEITE. ob. cit. p DUARTE, Rui Pinto. Escritos sobre leasing e factoring. Portugal: Principia, p DONINI. ob. cit. p CORDEIRO, Antônio Menezes. Da cessão financeira (factoring). Portugal: Lex, p.19.

30 17 inglês permite ainda contatos com culturas diferentes: funciona assim, como um esperanto. com a palavra leasing, que segundo ele: Conforme nos explica Arnaldo Rizzardo 33, é o que ocorre Embora a sistematização brasileira do instituto tenha consagrado à denominação arrendamento mercantil, seu nome histórico e natural é leasing, que acompanha paralelamente, as diversas expressões usadas nos países onde foi o mesmo adotado. Ainda ensina o mesmo autor 34 : A palavra é inglesa, mas tem sua origem no latim, do verbo facere (fazer), de onde é proveniente o substantivo factor (caso nominativo), factoris (caso genitivo), com o significado de aquele que faz, e que para os romanos representava um agente comercial, ou intermediário de comerciante nas trocas de produtos em locais afastados e distantes. Outra forma de denominação do Factoring ou Fomento Mercantil, é a utilização de uma palavra de fácil compreensão, como fez Fábio Konder Comparato 35 em estudo realizado e publicado em 1972, recorrendo a um neologismo cômodo - por faturização, por tratar-sede venda do faturamento de uma empresa. Rizzardo 36 : A palavra faturização, segundo nos ensina Arnaldo É nova e não consta, efetivamente, em nossos dicionários. Provém certamente de fatura, que, em direito mercantil, é o documento representando a venda de mercadorias, pelo qual o vendedor faz conhecer ao comprador as mercadorias vendidas. Faturização, pois advém de fatura, expressando ação ou atividade de quem trabalha com faturas, mas na parte dos valores que elas representam. E complementa: Não parece, pois inapropriada ou 33 RIZZARDO, Arnaldo. Leasing, arrendamento mercantil no direito brasileiro. 2.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p RIZZARDO, Arnaldo. Factoring. 2.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p COMPARATO, Fábio Konder. Factoring. Revista do Direito Mercantil. nº 6, p RIZZARDO. ob. cit. p. 15.

31 18 injustificada, a designação introduzida para manifestar este tipo de operação em nossa realidade jurídica. A expressão faturização foi atacada fortemente por Luz Lemos Leite 37, para quem: infelizmente, no Brasil, pessoas mal-informadas ou desinformadas usam a palavra faturização, ignorando seu radical latino (factor, is). Nesse particular, dá outra breve explicação sobre a utilização de faturização pela ANFAC: Estudiosos do latim, egressos que somos de um seminário, coletamos uma interpretação filosófica da origem etimológica da palavra, visto que a tradução literal nunca poderia ser faturização. Estranha-nos a expressão faturização por não encontrar qualquer razão etimológica que possa justificar seu uso, que, para nós, denota parcos conhecimentos do vernáculo, bem como da sistemática operacional modernamente consagrada pela atividade do factoring em 50 países do mundo. São usadas ainda outras expressões que tentam substituir a palavra factoring, expressões como fomento mercantil e fomento comercial. Como diz Donini 38, a paternalização dessas expressões é reivindicada por Luiz Lemos Leite 39, segundo o qual é: Fruto de experiências vividas em nossa carreira no Banco Central e de sólidos conhecimentos venturosamente adquiridos da língua latina, em anos de seminário tivemos a primazia de lançar a expressão fomento comercial, depois ajustada como fomento mercantil, tradução ideológica do étimo anglo-latino factoring. Ainda coloca em sua obra, Factoring no Brasil 40 : Como temos visto em todas as edições deste livro, a etimologia do factoring é latina, razão porque, em 1982, quando fundamos a ANFAC, traduzimos a palavra para o português como fomento comercial, mais tarde adotou-se a expressão fomento mercantil. 37 LEITE. ob. cit. p DONINI. ob. cit. p LEITE, Luiz Lemos. Informativo Anfac nº 42, de dezembro/2003, janeiro e fevereiro/2004. p LEITE, Luiz Lemos. Factoring no Brasil. 7. ed. São Paulo: Atlas, p 29.

32 19 Alguns doutrinadores comungam a posição de que a denominação mais aceita, para qualquer forma de atividade, é a de factoring, dada a sua generalização e a sua origem histórica, consentindo com Arnaldo Rizzardo 41. Porém, isto não quer dizer que as outras formas de denominação estão erradas. 1.7 ESPÉCIES DE FOMENTO MERCANTIL Conforme ensina Rizzardo 42, não há uma única modalidade de factoring. Outros autores também apontam diversas espécies de factoring praticadas, de acordo com a finalidade e funções exercidas pelo instituto. Neste sentido, Venosa 43 dispõe que o factoring pode tomar várias formas. Não existe uma unanimidade na doutrina quanto à classificação, pois longe está de uma uniformidade terminológica. Deste modo, não é tarefa fácil estabelecer apenas uma classificação para as várias modalidades de factoring praticadas no Brasil, e embora alguns autores possuam classificações semelhantes, algumas são mais complexas, abordando um número maior de espécies, enquanto outras tratam apenas das modalidades mais comuns. Nesse contexto vale lembrar a lição de Donini 44 : A partir das funções desempenhadas pelo factor dirigidas ao mercado interno, importa definir e delinear as distinções a fim de relacionar as modalidades atualmente praticadas, embora, como já escrito alhures, possa haver uma zona cinzenta relativamente a algumas das modalidades. Dentre as classificações existentes, verifica-se que as modalidades mais comuns abordadas são: o conventional factoring, o trustee 41 RIZZARDO. ob. cit. p RIZZARDO. ob. cit. p VENOSA. ob. cit. p DONINI, Antonio Carlos. Factoring: regulação, funções desempenhadas, modalidades e o direito de regresso, p. 732.

33 20 factoring, o export factoring, o maturity factoring e a compra de matéria-prima, as quais serão abordadas em separado no decorrer deste trabalho. No entanto, existem outras modalidades, conforme classificação de Rizzardo 45, como o collection type factoring agreement, o undisclosed factoring, o non notification factoring e o new style factoring, que não serão abordadas a fundo devido à sua pouca ou inexistente aplicação no Brasil Convencional O factoring convencional é a modalidade de factoring mais praticada no Brasil, sendo também denominada por alguns autores de old line factoring 46 ou conventional factoring. Nesta modalidade a cessão de crédito é realizada conjuntamente com a prestação de serviços convencionais, antecipando-se os valores dos títulos negociados através da cessão pro soluto, assumindo o factor os riscos da transação efetuada. Pela compra (cessão) do título é cobrada uma remuneração chamada fator. Para Diniz 47, haverá o conventional factoring se as faturas cedidas forem liquidadas pelo faturizador antes do vencimento. Os créditos negociados serão pagos ao cedente no instante da cessão. Ter-se-á, portanto, o adiantamento dos valores dos títulos. Do mesmo entendimento compartilha Rizzardo 48, ao dispor que no conventional factoring há uma particularidade que logo sobressai: os recursos são adiantados pela empresa faturizadora, ficando ela com os títulos. Na lição de Donini 49, o factoring convencional: É a forma mais tradicional das operações da faturização, sendo oferecida ao faturizado a mais variada gama de serviços e de 45 RIZZARDO. op, cit. p / RIZZARDO, Arnaldo. Factoring, p. 48 e VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: contratos em espécie, p DINIZ, Maria Helena. Tratado teórico e prático dos contratos. v. IV, p RIZZARDO. ob. cit. p DONINI. ob. cit. p. 41.

34 21 contratos, compreendendo, geralmente, os seguintes: aquisição à vista dos créditos com renúncia ao direito de regresso, gestão de tais créditos, notificação da cessão ao devedor etc. Há de se lembrar ainda, que concomitantemente com a cessão de crédito deve haver a prestação de serviços, conforme lembra Lemos Leite 50 : Factoring convencional modalidade que consiste na prestação de serviços, em caráter contínuo, realizada pela sociedade de fomento mercantil, conjugada com a compra de créditos (direitos) ou ativos representativos de vendas mercantis realizadas a prazo, mediante a venda (cessão, alienação) desses direitos, por suas empresas-clientes contratantes. Portanto, o conventional factoring suporta basicamente duas funções: a cessão de crédito e a prestação de serviços convencionais, sendo a modalidade mais típica e completa de factoring Maturity Nessa modalidade de factoring não há a antecipação dos valores dos títulos negociados na cessão de crédito, sendo estes pagos somente no seu vencimento. O termo maturity, do inglês, significa no vencimento, sendo essa modalidade também conhecida como factoring sem financiamento. Sobre esse assunto posiciona-se Venosa 52 : Pelo maturity factoring (faturização de vencimento), a empresa não financia, não adianta numerário, mas encarrega-se da cobrança dos créditos do faturizado, garantindo seu pagamento nos vencimentos, assumindo o risco pelo inadimplemento. 50 LEITE. ob. cit. p DONINI, Antonio Carlos. Factoring: regulação, funções desempenhadas, modalidades e o direito de regresso, p VENOSA. ob. cit. p

35 22 Diniz 53 ensina que no maturity factoring não haverá qualquer adiantamento do valor dos créditos cedidos; exclui-se a atividade de financiamento, embora subsista a gestão e a cobrança das faturas como garantia do pagamento na data do vencimento. E do mesmo entendimento compartilha Newton de Lucca 54, ao prever que no maturity factoring está excluída a atividade de financiamento, subsistindo, entretanto, tanto a gestão e a cobrança das faturas, como a garantia dos pagamentos na data de seus vencimentos. No maturity factoring, conforme ensina Donini 55, o objeto do contrato é a prestação de serviços convencionais. Eventualmente e opcionalmente poderá o faturizador adquirir, através de cessão de créditos, títulos oriundos das operações mercantis da faturizada antecipadamente. Assim, a principal vantagem da empresa-cliente do maturity factoring reside nos casos de inadimplemento do devedor, pois a cessão de crédito é operada pro soluto, assumindo a sociedade de fomento mercantil os riscos da insolvência. Esta modalidade de factoring ainda é pouco praticada no Brasil Trustee confiança. Trustee é a palavra na língua inglesa que significa fidúcia, Nessa modalidade de factoring, a sociedade de fomento mercantil passa a administrar a empresa-cliente, através de uma gestão de negócios, formando-se assim, uma relação de confiança entre factor e cliente. Conforme lição de Lemos Leite 56, o trustee factoring é: 53 DINIZ, Maria Helena. Tratado teórico e prático dos contratos. v. IV, p LUCCA, Newton de. O contrato de factoring. Apud Bittar, Carlos Alberto. Novos contratos empresariais, p DONINI, Antonio Carlos. Factoring: regulação, funções desempenhadas, modalidades e o direito de regresso, p LEITE, Luiz Lemos. Factoring no Brasil, p. 39.

36 23 Operação de prestação de serviços de tesouraria, acompanhamento de contas a receber e a pagar no qual a sociedade de fomento mercantil é mandatária da sua empresacliente contratante para gerenciar suas contas a receber e/ou a pagar. Para Diniz 57, essa modalidade compreende a administração de contas a pagar e receber de sua cliente, que passa a trabalhar com o caixa zero, otimizando sua capacidade financeira. E conforme Donini 58, na operação do trustee factoring, o faturizador passa a dirigir e administrar as contas da faturizada, caracterizando uma parceria, confiando (trustee-fiducia-confiança) a gestão das contas a receber de sua empresa à factoring. No trustee factoring, segundo Rizzardo 59, cria-se uma relação de confiança, de fidúcia entre a empresa de factoring e as empresasclientes, que passam a formar uma parceria, com interesses convergentes no fomento mercantil. E lembra, ainda, Donini 60 : No trustee não ocorre a cessão de crédito, mas o faturizador poderá receber ad valorem dos títulos de crédito (duplicatas e cheques pós-datados) através de endosso-mandato e não por endosso translativo, como ocorre na cessão de crédito. O trustee factoring ainda é pouco difundido no Brasil, e vem procurando expandir seu campo de atuação, conquistando novos setores e parcerias. 57 DINIZ, Maria Helena. Tratado teórico e prático dos contratos. v. IV, p DONINI, Antonio Carlos. Factoring: de acordo com o novo Código Civil, p RIZZARDO, Arnaldo. Factoring, p DONINI, Antonio Carlos. Factoring: regulação, funções desempenhadas, modalidades e o direito de regresso, p. 734.

37 Matéria-Prima Essa modalidade se diferencia das demais porque não tem como objeto a antecipação de recursos financeiros, mas a obtenção de matériaprima, estoque e insumos para a empresa faturizada pela empresa de factoring, que os adquire junto ao fornecedor mediante pagamento à vista, recebendo em troca a exclusividade sobre a venda dos produtos manufaturados ou industrializados a partir dessa matéria-prima. Conforme lição de Lemos Leite 61, essa modalidade de factoring consiste na negociação promovida pela sociedade de fomento mercantil, junto a fornecedores de matéria-prima, insumos ou estoque, para atender à empresa-cliente nas necessidades de desenvolvimento de seus negócios. Diniz 62 dispõe que haverá o factoring de compra de matériaprima se a empresa de factoring fizer a intermediação para seu cliente, negociando diretamente com o fornecedor, visando obter melhor preço de compra. Assim, segundo o autor anteriormente citado, o objeto dessa modalidade é a antecipação de recursos não financeiros à faturizada para aquisição de matéria-prima, por preço certo e determinado. No contexto que se apresenta, aprende-se então, que a vantagem da compra de matéria-prima reside na possibilidade de obtenção da matéria-prima, insumos e estoque pela empresa faturizada a um melhor preço, tornando assim o produto industrializado ou manufaturado mais competitivo no mercado Export, Exportação, Importação ou Importação-Exportação. O export factoring, também conhecido por factoring exportação, factoring importação-exportação ou factoring internacional é aquele 61 LEITE, Luiz Lemos. Factoring no Brasil, p DINIZ, Maria Helena. Tratado teórico e prático dos contratos. v. IV, p. 79.

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