UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV

Transcrição

1 Língua Portuguesa Questão 01 A questão 01 diz respeito à leitura e interpretação textual. A alternativa correta é a (E), visto que, conforme o autor, a verdadeira saúde coletiva é entendida como propiciar condições sociais, culturais, e econômicas para gerar modos de vida não-doentes (linhas 20-21). A alternativa (D) está equivocada por estar em consonância com a resposta (1) do texto, à qual o autor não se mostra favorável. A verdadeira saúde coletiva só seria inatingível se fosse impossível propiciar condições sociais, culturais, e econômicas à população para gerar modos de vida não doentes. Em seu texto, o autor se coloca contrário à associação da saúde com bens e serviços de consumos, vez que acredita que mesmo se todos nós pudermos consumir objetos saudáveis, a doença continuará a existir e a nos ameaçar como espécie animal (linhas 38-39). Contudo, ele acredita que é possível alcançar a verdadeira saúde coletiva se forem propiciadas à população condições sociais, culturais, e econômicas para gerar modos de vida não doentes. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

2 Língua Portuguesa Questão 02 A questão 02 diz respeito à leitura, item 11 do Programa. A alternativa correta é a (C), vez que o autor utiliza as aspas para mostrar discordância com a ideia de que bens/serviços de consumo contêm saúde. O autor elabora sua argumentação, apresentando inicialmente a ideia dominante: a que " associa a saúde a bens/serviços de consumo" (linha 02). Para detalhar tal ideia, ao mesmo tempo em que mostra discordância com ela, o autor usa dois recursos: (1) deixa evidente que não é a fonte dessa ideia: "Segundo essa ideia..." (linha 03), ou seja, não é ele quem diz, é o que a ideia prega. (2) marca com aspas a expressão "contêm saúde", para deixar claro que ele não pensa assim. Para ele, esses produtos não contêm saúde, ou melhor, não devem ser associados à saúde. O autor chega a ser irônico, sem, contudo, deixar de marcar isso na linguagem, quando, por exemplo, afirma na frase seguinte que "Esses bens e serviços, assim caracterizados, se consumidos, produziriam nos indivíduos estados de bem-estar, através da transferência da saúde que está nos produtos para o corpo das pessoas" (linhas 04-06). O emprego da forma verbal no futuro do pretérito exime o autor do conteúdo de sua fala: ele diz produziriam e não produzem. Por fim, mais adiante no texto, o autor reforça sua divergência quando novamente marca com aspas a expressão "objetos saudáveis" (linhas 25-26). A alternativa (A) está errada porque não há transcrição de outrem. O autor fala do que apregoa a ideia, não do que afirma uma pessoa específica. Não se trata, portanto, de uma transcrição de fala de outrem. As alternativas (B) e (E) também estão incorretas, pois as aspas não expressam, nesse caso, nem um realce para a importância da saúde, nem para o valor dos bens de consumo. Ambas alternativas contrariam a argumentação do autor e são inconcebíveis no contexto como justificativa para o emprego das aspas pelo autor. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Língua Portuguesa Questão 03 A questão 03 diz respeito à leitura e interpretação textual. A alternativa correta é a (E), vez que na resposta (4) o autor apresenta contra-argumentos às outras respostas. As demais alternativas estão erradas. A alternativa (D), por exemplo, está errada porque a resposta (4) não é a única em que há trecho argumentativo. Na resposta (1), o autor, apesar de não assumir o discurso, também apresenta uma série de argumentos, como se vê no trecho: Os que defendem essa posição (...) poderiam esgrimir os seguintes argumentos: (a) o homem é o que é; (b) as doenças sempre existiram e sempre existirão, são fatalidades como a fome e o frio; (c) não há como criar sistemas sociais e culturais não geradores de doença; (d) o único jeito é se proteger das doenças pelo consumo de objetos saudáveis (remédios, iogurtes, cirurgias, alimentos diet, planos de saúde etc.). (linhas 22-26). A resposta (4), por outro lado, é a única é que o autor apresenta contra-argumentos às outras respostas, principalmente aos argumentos da resposta (1), como se vê no trecho: Fica na terra, em cada um de nós, na medida em que admitamos: (a) que as doenças não são uma fatalidade: a maioria das que atingem o grosso da população podem ser eliminadas se nós estivermos coletivamente dispostos para tanto; (b) que, ao só defendermos a saúde de cada um com remédios, iogurtes, camisinhas, estamos salvando nossa pele como indivíduos, mas cevando a doença; (c) que o Estado não fará o trabalho por nós porque ele não é uma entidade abstrata, fora de nós, mas a expressão concreta da nossa consciência ou falta de consciência; (d) que, mesmo se todos nós pudermos consumir objetos saudáveis, a doença continuará a existir e a nos ameaçar como espécie animal; (e) que, enfim, a eliminação das doenças não é um problema tecnológico, mas de vontade coletiva. (linhas 32-40). Para além disso, durante todo o texto, o autor elabora sua argumentação na direção da tese da resposta (4). Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Língua Portuguesa Questão 05 A questão 05 diz respeito ao tópico 4.1 reconhecimento dos termos da oração. A alternativa correta é a (A), pois o núcleo do sujeito sintático da expressão grifada em O que se chama erroneamente de saúde coletiva, envolvendo o acesso generalizado ao consumo dos chamados bens e serviços de saúde, deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica (linhas 14-16) é o pronome o. Há, no período mais de uma oração. O sujeito sintático da oração principal, cujo núcleo é a forma verbal passiva deve ser chamado é o "O", classificado na gramática tradicional como pronome demonstrativo (=aquilo): "O (=aquilo) deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica". Como é naturalmente vago semanticamente, esse pronome normalmente é determinado por uma oração adjetiva, no caso, "que se chama erroneamente de saúde coletiva". Esta oração é introduzida por um pronome relativo que exerce a função de sujeito da forma "chama-se". Portanto, a alternativa (B) é falsa, vez que o pronome que exerce a função de sujeito da oração subordinada adjetiva que se chama erroneamente de saúde coletiva e não da oração principal, foco da questão. Cumpre ainda esclarecer que a função sujeito está sempre ligada a um verbo, razão de, no enunciado, focalizar-se a forma verbal, entendida como núcleo da oração. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

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6 Língua Portuguesa Questão 06 A questão 06 diz respeito ao tópico 3.1. identificação, pela função sintática. da classe das palavras A alternativa correta é a (D), visto que, no trecho Se a saúde vira responsabilidade individual do consumidor de saúde e a chamada saúde como dever do Estado acaba se confundindo com a democratização do acesso individual aos bens e serviços médicos... (linhas 17-19), o segundo se funciona como parte integrante do verbo confundir. Conforme o dicionário Houaiss, o verbo confundir pode funcionar como verbo transitivo direto, bitransitivo ou pronominal. Nesse caso o verbo funciona como pronominal. As demais alternativas são falsas. A alternativa (C), por exemplo, está incorreta porque afirma que o primeiro se é expletivo e o segundo funciona como pronome. Enquanto o segundo se é parte integrante do verbo confundir, o primeiro classifica-se como conjunção. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

7 Língua Portuguesa Questão 07 A questão 07 diz respeito ao tópico 3.1. identificação, pela função sintática, da classe das palavras. A alternativa correta é a (D), visto que, no trecho a voz anônima que 1 adverte, nos maços de cigarro, que 2 fumar é prejudicial à saúde (linha 30), a primeira forma tem função de sujeito do verbo advertir. As demais alternativas são falsas. A alternativa (A), por exemplo, está incorreta porque afirma que a segunda forma introduz oração subjetiva. Realmente a segunda forma introduz uma oração, mas não subjetiva. A oração introduzida pela segunda forma classifica-se como oração subordinada substantiva objetiva direta. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

8 Língua Portuguesa Questão 10 A questão 10 trata de gramática, item 2.1, e exige que o candidato reconheça qual palavra está grafada conforme o Novo Acordo. É correta a alternativa (B). A palavra ideia está grafada conforme o Novo Acordo Ortográfico (Decreto Nº , de 29 de setembro de 2008), que aboliu o acento dos ditongos abertos oi e ei das paroxítonas. As demais alternativas são falsas por apresentarem palavras grafadas contrariamente ao que recomenda o Novo Acordo. Na alternativa (D), por exemplo, a palavra bem estar deveria ser grafada com hífen, conforme o VOLP: Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa: bem-estar. Alegou-se que não houve "adaptação" porque a palavra "ideia" em uma das ocorrências no texto (linha 01) aparece sem o acento, já adaptada, portanto. Tal argumento não invalida a questão, vez que a habilidade requerida diz respeito ao reconhecimento da grafia da palavra conforme o Novo Acordo Ortográfico: pede-se tão somente "assinale a alternativa que adapta corretamente a grafia da palavra ao Decreto...". Ou seja: assinale a alternativa cuja palavra está grafada conforme o Novo Acordo. Não se remete o candidato a linhas do texto, exatamente porque, para respondê-la corretamente, não há necessidade de se conhecer a grafia anterior, apenas a do Novo Acordo. Note-se ainda que a palavra ideia aparece grafada no texto em duas outras ocorrências, linha 3 e linha 8, conforme a ortografia vigente em 1992, o que constituiria, na verdade, pista para identificação da alternativa correta para um candidato que tivesse algum domínio das regras do Novo Acordo, o que precisamente é requerido na questão. Noutras palavras, a questão, por tratar exclusivamente de grafia, e não de leitura, é autônoma, passível de ser respondida sem que o candidato volte ao texto, bastando para isso reconhecer a palavra grafada conforme o Novo Acordo. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

9 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Língua Portuguesa Questão 11 A questão 11 diz respeito à leitura e interpretação textual. A alternativa correta é a letra (B), visto que a autora afirma explicitamente, no texto, que o problema da saúde no Brasil não é decorrente apenas da falta de médicos, como se pode ver no seguinte trecho: No Quênia, assim como no Brasil, faltam médicos em localidades afastadas dos grandes centros. No nosso país, não faltam só médicos, como repetimos tantas vezes nesta coluna. Falta tudo: equipamentos, estrada, segurança (...) (linhas 04-06). As demais alternativas são falsas. A alternativa (E), por exemplo, está errada porque afirma que, conforme a autora, no Quênia, exames realizados com aplicativos de celular foram um sucesso. Na verdade, o que a autora afirma é que um pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres está testando um novo aplicativo, que transforma o celular em uma espécie de consultório oftalmológico de bolso, em 5 mil pessoas no Quênia, como se pode ver no trecho Um novo aplicativo transforma o celular em uma espécie de consultório oftalmológico de bolso. Segundo a notícia publicada ontem, um pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres está testando a novidade em 5 mil pessoas no Quênia (linhas 01-03). Desse modo, não podemos afirmar que conforme a autora, exames realizados com aplicativos de celular foram um sucesso no Quênia, pois a realização de exames por celular ainda está sendo testada. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

10 Língua Portuguesa Questão 13 A questão 13 trata de leitura, item 2.1. É correta a alternativa (A). No trecho "essa é mais uma discussão produtiva..." (linhas 13-14), com o termo "essa" a autora se refere à possibilidade do emprego da tecnologia móvel como alternativa ao problema da falta de médicos. Trata-se de uma anáfora que retoma a ideia apresentada no parágrafo anterior, como se depreende da leitura do texto: "A popularização dos celulares e as novas tecnologias móveis deveriam estar no radar de quem traça as políticas de saúde no país. Esses dispositivos podem reduzir custos e alcançar quem nunca terá a chance de estar diante de um médico de carne e osso, sempre que precisar. Com recursos móveis e aplicativos confiáveis, até mesmo enfermeiros ou profissionais de saúde de nível técnico poderiam ir até o paciente, fazer os exames e enviá-los aos médicos localizados a quilômetros de distância. Como quase sempre política vira politicagem e as autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha, essa é mais uma discussão produtiva que deixa de ser feita" (linhas 07-14). Trata-se de uma anáfora encapsuladora, em que a expressão resume "as proposições do discurso, empacotando-as numa expressão referencial" (CAVALCANTE, 2003, p.115). As demais alternativas são falsas. A alternativa (B) é falsa, pois o pronome não se refere a "aumento da popularização dos celulares e das novas tecnologias em regiões como o Quênia". O pronome se refere à discussão produtiva que deixa de ser feita, no caso, a discussão sobre a possibilidade de se empregar tecnologia móvel como uma alternativa para o problema da falta de médicos. Não há, no texto, proposta de discutir o aumento da popularização dos celulares e novas tecnologias. A alternativa (D) é falsa, pois, como já argumentamos, o pronome essa, ligado à discussão produtiva que deixa de ser feita, refere-se às ideias apresentadas como sugestão no parágrafo antecedente. O que a autora está dizendo no trecho em análise é que as sugestões apresentadas no parágrafo anterior (usar tecnologia móvel em localidades sem médicos) não serão discutidas porque "quase sempre política vira politicagem e as autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha". Por fim, a alternativa (E) também é falsa pelos motivos já apresentados: a discussão produtiva a que a autora se refere não é sobre o aspecto apresentado como uma das causas para que a discussão deixe de ser feita (política virar politicagem), mas sobre o emprego da tecnologia como alternativa ao problema da falta de médicos, tema do texto. Por fim, o uso do "mais" não significa que há duas discussões apontadas no texto. Trata-se de uma crítica ao fato de haver muitas discussões que não são feitas, a discussão sobre o emprego da tecnologia é apenas mais uma discussão que deixa de ser feita, porque "quase sempre política vira politicagem" e porque "autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha". Portanto, as alternativas (D) e (E) apontam causas para que essa discussão produtiva (a do emprego da tecnologia na saúde) deixe de ser feita. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

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12 Língua Portuguesa Questão 15 A questão 15 aborda Leitura e diz respeito ao item 3 do Programa: Identificação do significado de palavras recorrendo ao contexto. A alternativa correta é o item (E), vez que, no trecho E também por confortar, entender, ter empatia... (linha 24), a expressão ter empatia tem como significado "identificar-se com o outro", como esclarece a seguinte acepção do dicionário Houaiss: capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc.. As demais alternativas são falsas. A alternativa (A), por exemplo, está incorreta porque, no trecho em destaque na questão, a expressão que significa consolar o outro é confortar e não ter empatia. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

13 Língua Portuguesa Questão 16 A questão 16 diz respeito ao objetivo principal do texto, item 7 do Programa. A alternativa correta é a letra (C), que apresenta o seguinte objetivo principal: mostrar como as novas tecnologias móveis podem ser úteis à saúde. Depreende-se esse objetivo da leitura do texto todo, em especial, do terceiro parágrafo, quando a autora faz sugestões de como a tecnologia poderia ser bem empregada para solucionar a falta de médicos em algumas localidades distantes. O penúltimo parágrafo também comprova isso, ao listar algumas aplicações da tecnologia referente à saúde: "Com um celular na mão e uns aplicativos espertos, as pessoas monitoram quantos passos deram a cada dia, controlam os nutrientes de cada refeição, checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa. (...)" (linhas 18-20). As demais alternativas são falsas. A alternativa (D), por exemplo, está incorreta porque o objetivo principal do texto não é exaltar a superioridade dos médicos em relação às novas tecnologias. Realmente, no final do texto, a autora afirma não acreditar que as novas ferramentas tecnológicas substituam o médico, mas ela não ressalta a superioridade dos médicos em relação às novas tecnologias, nem a superioridade das novas tecnologias em relação aos médicos. Ela defende, na verdade, que há uma complementaridade entre médicos e novas tecnologias. Prova disso é que, em certas passagens, ela ressalta a utilidade das novas tecnologias e em outras a dos médicos e ainda afirma que os médicos podem orientar o paciente na escolha de aplicativos de qualidade, como podemos ver nos trechos abaixo: "A popularização dos celulares e as novas tecnologias móveis deveriam estar no radar de quem traça as políticas de saúde no país. Esses dispositivos podem reduzir custos e alcançar quem nunca terá a chance de estar diante de um médico de carne e osso, sempre que precisar. Com recursos móveis e aplicativos confiáveis, até mesmo enfermeiros ou profissionais de saúde de nível técnico poderiam ir até o paciente, fazer os exames e enviá-los aos médicos localizados a quilômetros de distância". (linhas 07-11) "Não acredito que essas ferramentas substituam o médico. Ele continuará sendo fundamental para orientar o paciente na escolha dos aplicativos de qualidade (sim, há muita porcaria por aí) e na interpretação dos resultados. O médico continuará sendo o responsável por fazer diagnóstico e orientar o tratamento. E também por confortar, entender, ter empatia tudo o que a máquina não é capaz de fazer." (linhas 21-24). Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

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15 Língua Portuguesa Questão 18 A questão 18 trata de leitura, item 11. É correta a alternativa D. O item até empregado na frase "checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e (inclusive) até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa" (linhas 19-20) assume valor de inclusão e é classificada como palavra denotativa. O mesmo valor é encontrado na frase "Faltam equipamento, médicos e até (inclusive) condições de ir ao centro de saúde". Nas demais alternativas, até assume outros valores e por isso são falsas. Na alternativa (A), é uma preposição que indica limite de espaço. Já nas alternativas (B), (C) e (E) indica limite de tempo. Em (C), por exemplo, é uma preposição que expressa limite de tempo: "Muito ainda terá de ser feito, até as máquinas substituírem uma consulta", ou seja, "até que isso aconteça...", "até que as máquinas substituam uma consulta". Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

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17 Língua Portuguesa Questão 18 A questão 18 trata de leitura, item 11. É correta a alternativa D. O item até empregado na frase "checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e (inclusive) até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa" (linhas 19-20) assume valor de inclusão e é classificada como palavra denotativa. O mesmo valor é encontrado na frase "Faltam equipamento, médicos e até (inclusive) condições de ir ao centro de saúde". Nas demais alternativas, até assume outros valores e por isso são falsas. Na alternativa (A), é uma preposição que indica limite de espaço. Já nas alternativas (B), (C) e (E) indica limite de tempo. Em (C), por exemplo, é uma preposição que expressa limite de tempo: "Muito ainda terá de ser feito, até as máquinas substituírem uma consulta", ou seja, "até que isso aconteça...", "até que as máquinas substituam uma consulta". Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

18 Língua Portuguesa Questão 19 A questão 19 aborda gramática, item 4.1. É correta a alternativa (A). Embora posposto, o termo "médicos" exerce função sintática de sujeito do verbo intransitivo faltar, como indica a concordância verbal no plural. As demais alternativas são falsas, por apontarem outras funções sintáticas não aplicáveis ao caso. A alternativa (B), por exemplo, é falsa, pois o termo médicos não é objeto direto. Em primeiro lugar, por o verbo ser intransitivo neste caso (cf. Dicionário de Regência Verbal, Celso Pedro Luft). Em segundo lugar, por o verbo está na 3ª pessoa do plural concordando com o nome posposto, evidenciando-se tratar-se este de sujeito e não de objeto, vez que o verbo concorda com o sujeito e não com o objeto. Por fim, destaque-se ainda que não há abonação culta do verbo faltar como transitivo direto. Há, na linguagem popular, seu uso como impessoal na terceira pessoa do singular: "Falta recursos", interpretando-se, por essa ausência de concordância, o termo posposto como objeto, o que não é possível na frase em análise vez que a concordância verbal caracteriza indiscutivelmente o nome posposto como sujeito. A alternativa (C) também é falsa, pois médicos não funciona como adjunto adnominal, porque é substantivo que atua como núcleo e não como determinante. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.

19 Língua Portuguesa Questão 20 A questão 20 trata de Leitura, item 1.3: relação de comparação e contraste. É exigido que o candidato, ao comparar os dois textos usados na prova, reconheça um aspecto comum aos dois. É correta a alternativa D: ambos falam da responsabilidade do estado perante a saúde coletiva. No texto 1, isso pode ser visto em mais de um trecho, por exemplo em: " a chamada saúde como dever do Estado acaba se confundindo com a democratização do acesso individual aos bens e serviços médicos..." (linhas 18-19). Também o texto faz mais de uma referência a isso, como no trecho: " Se dos governos podemos esperar poucas soluções coletivas e inteligentes para a saúde..." (linha 15). As demais alternativas são falsas por se aplicarem a apenas um dos textos. As alternativas (A) e (E), por exemplo, se aplicam apenas ao texto 1. Já as alternativas (B) e (C) se aplicam apenas ao texto 2. No que diz respeito à alternativa (C), cumpre esclarecer que, embora o texto 1 fale de tecnologia, não defende o emprego da tecnologia, como faz o texto 2. Ao falar, por exemplo, que "A evolução tecnológica e o consumismo em saúde geram, por sua vez, a idéia correspondente de que não é preciso que uma sociedade seja saudável para que cada um de nós o seja" (linhas 08-09), o autor discute a ideia dominante com a qual ele não concorda, como fica evidente no trecho: "que, enfim, a eliminação das doenças não é um problema tecnológico, mas de vontade coletiva. (linhas 39-40). Portanto, a alternativa (C) é falsa por se aplicar, como já dissemos, apenas ao texto 2. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.