Intervenção Vocacional no âmbito dos Estágios Curriculares dos alunos do Ensino Profissional
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- Bianca Pedroso Azeredo
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1 Intervenção Vocacional no âmbito dos Estágios Curriculares dos alunos do Ensino Profissional Vítor Gamboa Departamento de Psicologia e Ciências da Educação, Universidade do Algarve
2 Intervenção Vocacional e Ensino Profissional A intervenção de carreira tem tido um papel determinante nas questões associadas à preparação dos jovens para o mercado de trabalho (Savickas, 1999; Watts, 1996); Refira-se o trabalho pioneiro de Frank Parsons (1909), quando procurou apoiar os jovens estudantes nos processos de transição para o mundo do trabalho (Baker, 2009; Swanson & Fouad, 1999).
3 Intervenção Vocacional e Ensino Profissional Em Portugal, a intervenção vocacional em contexto escolar surge associada aos cursos Técnico-Profissionais (Abreu, 2003); Nos últimos anos, surgem diversas referências à importância da intervenção vocacional, no âmbito dos cursos profissionalizantes (e.g., Dec. Lei 74/2004, CQEP Portaria nº 135-A/2013); GAAIRES (2007; 2009) destacam a insuficiência de psicólogos educacionais com formação em orientação.
4 Intervenção Vocacional e Ensino Profissional Expectativas relativamente à intervenção vocacional Apoiar a integração dos alunos no novo ciclo de estudos; Favorecer as aprendizagens (ex. apoio psicopedagógico); Facilitar a transição para o mundo do trabalho (ex. competências de empregabilidade),
5 Intervenção Vocacional e Ensino Profissional Expectativas relativamente à intervenção vocacional Impacto positivo nos seus diferentes níveis: imediato, intermédio e distal (Killeen, 1996); Retorno Social: Competitividade (ajustamento, desemprego,)
6 Transição Escola Mundo do Trabalho Desenho Curricular dos Cursos Profissionais O estágio constitui a principal estratégia de conexão entre a escola e a realidade ocupacional (Griffiths & Guile, 2004; Guile, 2002; Leney & Green, 2005);
7 Transição Escola Mundo do Trabalho Finalidades (Billett, 2005; Petherbridge, 1997; Watts, 1996) Facilitar a transição para o mundo do trabalho, Desenvolver competências técnicas, Alargar conhecimentos relativos à realidade ocupacional, Gerar alternativas profissionais, Testar a preferência vocacional,
8 Transição Escola Mundo do Trabalho Spokane (1991) integra as experiências de estágio nas modalidades distais de recolha de informação para a tomada de decisão de carreira.
9 Transição Escola Mundo do Trabalho Linn, Ferguson e Egart (2004) consideram surpreendente o facto de os psicólogos de orientação raramente recorrerem à formação em contexto de trabalho (ex. estágios curriculares), enquanto modalidade de intervenção para a promoção do desenvolvimento vocacional.
10 Transição Escola Mundo do Trabalho Experiência de Estágio - Desenvolvimento Vocacional Modelos teóricos (e.g., Lent, Brown & Hackett, 1994; Mitchell & Krumboltz, 1996; Savickas, 2005; Super, 1957; Vondracek, Lerner & Schulenberg, 1986); Estudos empíricos (e.g., Brooks et al., 1995; Carless & Prodan, 2003; Creed & Patton, 2003; Gamboa, Paixão & Jesus, 2013).
11 Qualidade do Estágio Supervisão (Gamboa, et al., 2013; Knight, 1996; Mael et al., 1997; Stoltenberg, 2005); Clareza das instruções, treino recebido, suporte social (Brooks et al., 1995; Lent, 2004; Loughlin & Barling, 1998); Autonomia (Barling et al., 1995; Feldman & Weitz, 1990; Ryan & Deci, 2000); Diversidade de tarefas e oportunidades de aprendizagem (Feldman & Weitz, 1990; Loughlin & Barling, 1998; Stern et al., 1990).
12 Transição Escola Mundo do Trabalho Os alunos do Ensino Profissionalizante (35.80% /Ensino Secundário) Nível socioeconómico baixo (Alves et al., 2001; Gamboa, 2011; Vieira, 2000); Trajetórias escolares marcadas por algum insucesso (Alves et al., 1996; GEPE, 2008); Pretendem ingressar de imediato no mercado de trabalho (Cabrito, 1994, Gamboa, 2000; GEPE, 2008); Grupo com uma crescente heterogeneidade interna (Azevedo, 2000; Gamboa, Paixão & Jesus, 2014; GEPE, 2008)
13 Transição Escola Mundo do Trabalho Gamboa, Paixão, & Jesus (2014). Vocational profiles and internship quality among portuguese VET students. International Journal for Educational and Vocational Guidance, 1, Cluster 1 (N = 109, 31.50%) exploração adiada, decisão comprometida; Cluster 2 (N = 48, 13.87%) exploração evitante, orientada para o self; Cluster 3 (N = 121, 34.97%) exploração sistemática, decisão e compromisso adiados; Cluster 4 (N = 68, 19.65%) exploração confiante;
14 Transição Escola Mundo do Trabalho Gamboa, Paixão, & Jesus (2014). Vocational profiles and internship quality among portuguese VET students. International Journal for Educational and Vocational Guidance, 1, (T1-T2) - Os agrupamentos de alunos apresentaram diferentes padrões de interação com a qualidade do contexto de estágio; Alguns dos alunos beneficiam essencialmente das dimensões supervisivas e da autonomia experimentada, enquanto outros parecem ser particularmente sensíveis às oportunidades de aprendizagem.
15 Transição Escola Mundo do Trabalho O resultado da experiência de estágio depende da interação que se estabelece entre o estagiário, com tudo o que ele transporta para esta nova situação de aprendizagem, e as oportunidades oferecidas pelo contexto.
16 Desenhar a intervenção vocacional No âmbito de uma estratégia global de promoção da Qualidade das Experiências de Estágio; Num quadro de colaboração com os demais agentes educativos; Considerando que os alunos podem influenciar a natureza (resultado) das suas experiências de trabalho / aprendizagem; Adotando os princípios da diferenciação na organização das experiências de estágio.
17 Desenhar a intervenção vocacional Facilitar a organização subjetiva da experiência de estágio Preparação Acompanhamento Qualidade do Estágio Avaliação / Balanço
18 Desenhar a intervenção vocacional (Preparação) Orientação para o Futuro (e.g., Savickas, 1999): Favorecer a antecipação das exigências associadas ao desempenho do papel de estagiário, assinalando as descontinuidades existentes entre o contexto escolar e o contexto de estágio. Visitas de estudo, Job-shadowing, Exploração orientada de material informativo relativo às instituições de acolhimento, Entrevistas a profissionais, Oficinas (ex., Gestão de Carreira) Avaliação e Orientação de Carreira,
19 Desenhar a intervenção vocacional (Acompanhamento) Controlo, Curiosidade, Confiança (e.g., Savickas, 2005) : Favorecer a reflexividade (negociação), a curiosidade e a abertura à experiência 1. Oferece diversas oportunidades de aprendizagem; 2. Encoraja a responsabilidade, a autonomia e a iniciativa; 3. Promove o desenvolvimento de competências profissionais; 4. Promove relações sociais (verticais e horizontais); 5. Proporciona suporte técnico e emocional; 6. Assegura a reflexão 7. [reuniões, visitas e análise documental: relatórios, diários, cadernetas]
20 Desenhar a intervenção vocacional Avaliação (Debriefing) (e.g., Flum & Blustein, 2000; Krumboltz & Worthington, 1999; Watts, 1996): Favorecer a reflexão que está na base da reconstrução e reorganização da experiência de estágio, 1. Promover a partilha da experiência de estágio com colegas e professores, colocando a experiência individual num contexto mais alargado; 2. Integrar a experiência de estágio no projeto de vida / carreira; 3. Preparar novas etapas novas experiências de aprendizagem. (transições pósestágio). 4. [consulta psicológica vocacional, reuniões, sessões de trabalho para apresentação dos relatórios de estágio]
21 Intervenção Vocacional e Ensino Profissional is the purpose to learn about the workplace or in the workplace (Smith & Harris, 2000)
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