O Estudo da População Prof. Robert Oliveira Cabral

Transcrição

1 Dinâmica Demográfica O Estudo da População Prof. Robert Oliveira Cabral

2 População Mundial Entrada da Mulher no Mercado de Trabalho Custo dos Filhos para as Famílias Redução da Natalidade (fatores) Avanço médico e dos métodos Contraceptivos População Majoritariamente Urbana

3 População Mundial Expansão da Urbanização e do Saneamento Avanços Farmacêuticos, de diagnósticos e tratamentos médicos Redução da Mortalidade (fatores) Expansão da Assistência Médico-Hospitalar Ampliação do Acesso a Informação

4 Transformação na Estrutura Demográfica dos Países Centrais e Emergentes e suas Consequências * Queda brutal da natalidade. * Ampliação da expectativa de vida. * Ampliação da carga tributária. * Fluxos migratórios crescente (imigrantes). * Ampliação da Xenofobia e do Neonazismo. * Colapso do sistema previdenciário. * Ampliação dos gastos públicos com saúde. * Redução da competitividade dos países centrais (onde as transformações são mais latentes e a fuga de IEDs (empresas).

5 Fatores Responsáveis pela Alta Taxa de Natalidade dos Países Periféricos Acesso restrito a informação e planejamento familiar. Forte influência dos valores religiosos. machismo e população fixada no campo (subsistência). Concentração de terras, capitais e alto grau de exclusão. Perda de mão-de-obra qualificada para os países centrais (drenagem de cérebros).

6 Foto Captada pelo Autor em 05/09/ Setor Jardim América - Goiania - GO

7 Crescimento Vegetativo CV= TN-TM Crescimento Populacional CP= TN-TM+Im-Em

8 Natalidade Vs Fecundidade A taxa de natalidade representa o total de nascimentos num dado ano, multiplicado por 1000 e dividido pela população total no ano e local considerado. N de nascimentos x 1000 população total A taxa de fecundidade, por sua vez, relaciona o número de crianças com menos de 5 anos de idade ao número de mulheres em idade reprodutiva (15 a 44 anos ou 15 a 49 anos ou 20 a 44 anos, dependendo do país).

9 Taxa de Natalidade no Brasil

10 Taxa de Fecundidade no Brasil

11 OBSERVAÇÃO Devemos lembrar que as taxas de fecundidade sofrem variações por encontrarem-se diretamente relacionadas aos fatores culturais (religiosos), econômicos (crises) e políticos (China entre 1979 e 2015).

12 Projeção da Fecundidade no Brasil

13 Urbanização Brasileira Transformações Demográficas

14 Urbanização no Brasil (% por Regiões) Regiões/anos Sudeste 44,5 72,7 90,5 92,9 Centro-Oeste 24, ,7 88,7 sul 29,5 44,3 80,9 84,9 Norte 31,5 45,1 69,9 73,5 Nordeste 26,4 41, ,1 Brasil 36,2 55,9 81,2 84,36 Estatísticas Históricas do Brasil: séries econômicas, demográficas e sociais de 1950 a ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1990, p 36-7; Anuário estatístico do Brasil 2001, Rio de Janeiro: IBGE, 200, p e 2-15

15 BRASIL Urbanização Acompanhada do Envelhecimento e forte queda da Natalidade Ao longo das últimas décadas notamos uma forte acentuação do ritmo de urbanização no Brasil. Mesmo mantendo um alto grau de exclusão ao longo deste processo é visível uma brusca queda da natalidade, interferindo no ritmo de crescimento da população. Dados mais pessimistas demonstram que a retração da população brasileira pode ter início na década de 2030 (duas décadas antes do imaginado).

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17 Densidade Demográfica ou População Relativa Áreas com mais de 1000 hab./km2 País População Área (km²) Densidade Mundo Mônaco , Singapura , Vaticano 921 0, Malta (acesso em 08/01/2017)

18 Densidade Demográfica ou População Relativa Países com menor densidade demográfica: >100 hab./km2 País População Área (km²) Densidade Mundo Austrália Namíbia Mongólia Saara Ocidental (acesso em 08/01/2017)

19 Análise de uma Pirâmide Etária acima de 60 anos Velhos anos Adultos 0-19 anos Jovens

20 Evolução da Estrutura Etária da População Brasileira

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22 Teorias Demográficas

23 Teorias Malthusiana (1802) População cresce em PG Produção de alimentos cresce em PA Consequências Fome, mortalidade, pragas e tensões sociais Thomas Malthus Ações Propostas Controle da natalidade Anacronismo Malthus não percebeu a 1 R.I. e sua influência

24 Teoria Reformista (ou Marxista) Ao analisar a economia da Inglaterra na 1 metade do século XIX, este percebeu a conexão entre miséria e explosão demográfica Conclusões Pobreza e explosão demográfica são consequências do capitalismo Karl Marx Ações Propostas A pobreza e a elevada taxa de natalidade devem ser combatidas com a redução das desigualdades sociais

25 Teoria Neomalthusiana Construída no período da guerra fria, esta teoria tinha por finalidade reduzir a influência dos valores socialistas nos países subdesenvolvidos e retirar a culpa do capitalismo pela explosão demográfica. Conclusões A culpa pela explosão demográfica é dos miseráveis que possuem uma alta taxa de natalidade Robert Macnamara Ações Propostas Promover um forte controle sobre a natalidade da população, especialmente sobre os mais pobres.

26 Teoria Ecomalthusiana No bojo do movimento ambientalista, notamos que uma série de cientistas passaram a associar os impactos ambientais crescentes as altas taxas de natalidade dos países subdesenvolvidos Ações Propostas Promover um forte controle sobre a natalidade da população, especialmente sobre os mais pobres. Conclusões O crescimento da população dos países subdesenvolvidos amplia a pressão sobre os recursos naturais, potencializando os impactos ambientais Jacque Cousteau

27 Teoria da Transição Demográfica Esta teoria foi construída com a finalidade de retirar o discurso ideológico do estudo demográfico. Teoria introduzida inicialmente na Europa e que rapidamente atingiu o mundo inteiro. Possui fortes criticas quanto a sua visão dogmática e detalhada quanto aos fatores associados a redução da natalidade e ampliação da expectativa de vida.

28 Transição Demográfica 60 Natalidade Mortalidade Crescimento Vegetativo fase 2 fase 3 fase 4 fase

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30 Transição Demográfica 1 fase: 2 fase: População majoritariamente rural, onde notamos acesso restrito a informação, métodos contraceptivos e a avanços médico-farmacêuticos. O machismo e a submissão das mulheres também são elementos importantes para o entendimento da 1 fase. Urbanização (e transição) iniciada. Notamos uma brutal queda da mortalidade que é, lentamente, acompanhada pela natalidade. A urbanização oferece hospitais e saneamento que reduzem a mortalidade. No entanto a dificuldade de entrada no mercado de trabalho por baixa qualificação, associada aos custos elevados dos filhos e a independência feminina provocam uma queda na natalidade 3 fase: Urbanização (e transição) concluída. Queda da natalidade e da mortalidade possibilitam um baixo crescimento vegetativo, tendendo a zero 4 fase: Momento onde notamos (em função do envelhecimento da população e uma queda brutal da natalidade) o crescimento vegetativo negativo, visto que a mortalidade supera a natalidade.

31 IDH Índice de Desenvolvimento Humano

32 IDH- Índice de Desenvolvimento Humano Índice criado pela ONU com o intuito de monitorar a qualidade de vida da população em seu respectivo país com base em três dados: Expectativa de Vida PIB per capita Nível de Alfabetização/ Qualificação (tempo de estudo) O IDH estabelece uma medida da qualidade de vida da população em um gráfico de zero (0) até um (1). Quanto mais próximo de zero (0) pior a qualidade de vida. Quanto mais próximo de um (1) melhor a qualidade de vida

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34 Finalidades do IDH Fonte: ONU in:

35 Índice Gini Uma Verdade Inconveniente World Development Indicators: Distribution of income or consumption The World Bank (2014)

36 IDH- Índice de Desenvolvimento Humano Desenvolvimento Humano Muito Alto Desenvolvimento Humano - BRASIL Desenvolvimento Humano Muito Baixo Fonte: Relatório Índice de Desenvolvimento Humano

37 IDH- Índice de Desenvolvimento Humano Alguns Países da América Latina e o Brasil Posição País IDH 40 Argentina 0, Chile 0, Uruguai 0, Bahamas 0, Barbados 0, Antígua e Barbuda 0, Panamá 0, Trinidad e Tobago 0, Cuba 0, Costa Rica 0, Venezuela 0, México 0, Brasil 0, São Cristóvão e Nevis 0, Granada 0, Peru 0, Equador 0,732 Fonte: Relatório Índice de Desenvolvimento Humano

38 FONTES BAUMAN, Zygmunt. Amor Liquido. Ed. Zahar DAMIANI, Amélia. População e Geografia. ed. Contexto. HAESBAERT, Rogério. China: Entre o Ocidente e o Oriente. Ed. Ática. KAMDAR, Mira. Planeta Índia. Ed. Agir. OCKRENT, Christine (Org.). O Livro Negro da Condição das Mulheres. ed. Difel. PIKETTY, Thomas. O Capital no Século XXI. ed. Intrínseca. ROSS, Jurandir S. (Org.). Geografia do Brasil. EDUSP. SALEM, Helena. As Tribos do Mal: O Neonazismo no Brasil e no Mundo. Atual Editora. ZALUAR, Alba & ALVITO, Marcos. Um Século de Favela. ed. Fundação Getulio Vargas. ZIEGLER. Jean. Destruição em Massa: A Geopolítica da Fome. ed. Cortez. Sites Revistas Especializadas Geopolítica Africana. N 43. Segundo trimestre de (revista trimestral).