A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

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1 A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte Valdeci dos Santos Júnior Dept. de História NEA UERN Kleberson de Oliveira Porpino (Dept. de Biologia UERN/Dept. de Geologia UFRJ, Bolsista da CAPES) Abrahão Sanderson N. F. da Silva (PPGArq MAE USP, Professor Provisório DHI-UERN, Bolsista do CNPq) Resumo - Este trabalho menciona os resultados da análise de material arqueológico e paleontológico encontrados, em fevereiro de 2007, nos sedimentos de um tanque natural (caldeirão), localizado no sítio Tapuia, município de Santana do Matos, Região Central do Rio Grande do Norte. Foram observados fragmentos ósseos da megafauna extinta e artefatos culturais líticos. As evidências culturais encontradas foram 15 peças de lítico lascado, todas de sílex. O material paleontológico recuperado corresponde a dentes e ossos pós-cranianos de representantes da megafauna da transição Pleistoceno final Holoceno, incluindo: osteodermos isolados de Glyptodon sp. (Glyptodontidae), fragmentos de molariformes, de Eremotherium laurillardi (Megatheriidae) e um molar inferior isolado de Palaeolama major (Camelidae). Os resultados apontam para a predominância de uma cultura lítica de artefatos em sílex e corrobora a presença de 03 espécies de vertebrados fósseis da megafauna extinta, já evidenciadas em outras escavações científicas em tanques naturais na região central do Rio Grande do Norte. Palavras-chave: Arqueologia pré-histórica. Paleontologia. Paleoambiente. Abstract - Abstract 11 The present article brings the results of the analysis made on some archaeological and palaeontological material found in a hole located on a small property called Tapuia 176 Valdeci dos Santos Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino, Abrahão Sanderson N. F. da Silva - A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

2 on the state of Rio Grande do Norte, on february, The pieces of bones that belonged to extinct animals of the local fauna and some artifacts fifteen pieces made of silex rocks - were oberved. The palaeontological material found consisted on some teeth and face bones that belonged to beings from the period that happened between the Pleistocen final and Holocen periods, including bone plates of Glyptodon sp. (Glyptodontidae), pieces of molar teeth of Eremotherium laurillardi (Megatheriidae) and an isolated inferior molar tooth of Palaeolama major (Camelidae). The results lead us to the theory that there was a common use of silex rock atifacts and corroborates the existence of three vertebrate species fossils relates to the extinct fauna, previously discovered through excavations made on natural enviroment, locatedin the central area of Rio Grande do Norte. Keyword - Prehistorical Archeology. Paleontology. Paleo-enviroment Introdução Os tanques naturais são estruturas geológicas comuns no Quaternário continental da região Nordeste do Brasil, onde constituem importantes depósitos de restos da megafauna extinta (OLIVEIRA, 1989; BERGQVIST et al., 1997). Estas estruturas são produzidas pelo aprofundamento das fraturas existentes ao longo da superfície de rochas do embasamento, através de processos físico-químicos de intemperismo (OLIVEIRA; HACKSPACHER, 1989; MABESOONE et al., 1990). O preenchimento sedimentar destas depressões se encontra geralmente compartimentado em duas ou três camadas (SANTOS et al., 2002) e resulta da desagregação mecânica e química das rochas encaixantes e do transporte de material clástico alóctone por enxurradas (OLIVEIRA; HACKSPACHER, 1989). As assinaturas tafonômicas presentes no material paleontológico coletado nestes depósitos sugerem transporte pouco expressivo dos fósseis, havendo evidências da atuação de processos pós-deposicionais, como compactação das camadas e revolvimento, que contribuem para a fragmentação CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

3 do material (OLIVEIRA; HACKSPACHER, 1989; BERGQVIST et al. 1997). Atualmente, os tanques são de grande importância para a fauna e para as populações humanas do interior semi-árido do nordeste brasileiro por constituírem reservatórios naturais de água durante os períodos de estiagem. No Rio Grande do Norte, os tanques naturais são encontrados em vários municípios, ocorrendo em diversos tipos de rochas cristalinas. Entre os mais conhecidos e estudados estão os tanques localizados na região central do estado (CARVALHO et al. 1966; OLIVEIRA et al. 1989). Durante a retirada dos sedimentos de alguns tanques naturais desta região, tanto por iniciativas particulares de fazendeiros locais, como em algumas escavações realizadas por equipes científicas (CARVALHO et al. 1966), foi constatada, além dos fósseis da megafauna, a existência de artefatos culturais. As primeiras referências sobre mamíferos fósseis em tanques naturais da região central do Rio Grande do Norte foram feitas por Moraes (1924), Alvim (1939) e Oliveira e Leonardos (1943), que mencionaram a ocorrência de mamíferos pleistocênicos na fazenda Lágea Formosa, município de São Rafael. Posteriormente, escavações mais sistemáticas (CUNHA, 1962; CARVALHO et al.,1966) e estudos mais aprofundados sobre o material paleontológicocoletado neste sítio (OLIVEIRA 1990; PORPINO et al., 2001) permitiram a identificação dos seguintes táxons: Eremotherium laurilard (LUND, 1842) (Xenarthra,Megatheriidae), Panochthus greslebini Castellanos, 1941(Xenarthra, Glyptodontidae), Pampatherium sp. (Xenarthra,Pampatheriidae), Xenorhinotherium bahiense (CARTELLE; LESSA, 1988) (Litopterna, Macraucheniidae) Toxodon platensis Owen,1840 (Notoungulata, Toxodontidae), Stegomastodon Waringi (HOLLAND, 1920) (=Haplomastodon waringi;proboscidea, Gomphotheriidae), Palaeolama Major Liais, 1872 (Artiodactyla, Camelidae) e espécies indeterminadas de Equinae, Cervidae e Canidae. Ainda no município de São Rafael, restos de mamíferos fósseis 178 Valdeci dos Santos Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino, Abrahão Sanderson N. F. da Silva - A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

4 foram coletados por Oliveira et al. (1989) em tanques situados na fazenda Capim Grosso, compreendendo fragmentos de dentes mandíbulas e ossos pós-cranianos pertencentes a E. laurillardi, S. waringi (=H. waringi) e Toxodon, bem como peças atribuídas com reservas a X. bahiense e Glossotherium (Xenarthra, Mylodontidae). Com relação ao material arqueológico encontrado nessas escavações é mencionada a existência de trituradores e machados (sem informações quanto à matéria-prima utilizada), além de três tipos de cerâmica: um tipo que se apresentava de forma espessa e grosseiramente elaborada, com grãos de quartzo na massa e sem vestígios de ornamentação; um outro tipo era pouco espessa, razoavelmente trabalhada, sem grãos de quartzo na massa e um último tipo apresentava formas grosseiras, com grãos de quartzo e escovada. Foram coletados também três discos de cerâmica perfurados no centro, com diâmetro médio de 4 cm e espessura da ordem de 1 cm (CARVALHO et al., 1966). Neste trabalho são descritos restos de mamíferos pleistocênicos e artefatos culturais líticos recuperados nos sedimentos retirados (refugo) de um tanque natural, no sítio Tapuia, município de Santana do Matos, na região central do Rio Grande do Norte. Área de estudo A área de estudo está localizada no sítio Tapuia, município de Santana do Matos, entre as coordenadas S e W, em cota de 228 m acima do nível do mar. O clima local é do tipo semi-árido, com pluviosidade média anual de 720 mm e a cobertura vegetal predominante é a caatinga hiperxerófila. A geologia da área é caracterizada pela presença de rochas supracrustais de idade neoproterozoica pertencentes ao Grupo Seridó, compreendendo xistos, mármores e filitos, sobrepostas a um embasamento de idade paleoproterozóica, representado por migmatitos, gnaisses, granitos e anfibolitos pertencentes ao Complexo Caicó (CPRM, 2005). CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

5 Do ponto de vista geomorfológico, pode ser observada na área a ocorrência de morros (serrotes) com cotas entre 250 a 400 metros, onde predominam rochas graníticas fragmentadas (SANTOS JR., 2005). Figura 1. Mapa da área da pesquisa Tanque natural no Sítio Tapuia Santana do Matos Região Central do Estado do Rio Grande do Norte. Nesta área ocorre um afloramento granítico residual, situado em um vale entre os serrotes, onde se encontram instalados 23 tanques de dimensões e desenvolvimento bastante desiguais. Os tanques menores e em processo de formação estão representados, respectivamente, por depres- 180 Valdeci dos Santos Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino, Abrahão Sanderson N. F. da Silva - A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

6 sões rasas de poucos metros e caneluras elípticas com poucos centímetros de extensão no seu eixo maior, o qual acompanha as linhas de fratura da rocha encaixante. O tanque maior, de onde foi retirado o material fossilífero e arqueológico estudado, corresponde a uma depressão com 10,90 m de comprimento, 5,30 m de largura e 3,60 m de profundidade. Este tanque foi esvaziado pelo proprietário do sítio Tapuia no ano de 1980 e conseqüentemente as condições originais de acamamento do preenchimento sedimentar são desconhecidas. Material e métodos O material aqui analisado foi coletado no peneiramento do refugo deixado pelas escavações prévias, em uma via de acesso ao tanque principal. As peças paleontológicas se encontram, em sua maioria, bastante fragmentadas e desgastadas, ocorrendo uma grande quantidade de fragmentos indeterminados, de maneira análoga ao que se observa em outros tanques conhecidos (E.G. SANTOS et al., 2002). Após a coleta em campo os fósseis foram preparados mecanicamente e em seguida receberam um número de catálogo, passando a integrar a coleção de paleovertebrados do Laboratório de Sistemática e Ecologia Animal da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). A identificação do material foi efetuada mediante comparação direta com espécimes depositados em coleções científicas (Museu Câmara Cascudo, Natal-RN) ou com figurações e descrições constantes na literatura especializada. As evidências culturais encontradas foram 15 peças de lítico lascado, todas de sílex. Após a seleção do material em campo foi procedida a análise laboratorial em ficha de análise de artefatos líticos (1), auferindose dados como, por exemplo, as medidas das peças (através de paquímetro) e o tipo de retoque aplicado na preparação dos artefatos; além disso, foram feitas fotografias das 15 peças e se elaborou pranchas de três artefatos diagnosticados como raspadores; como última etapa de trabalho o material foi CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

7 inventariado em fichas de curadoria técnica, tombado e acondicionado na reserva técnica do Núcleo de Estudos Arqueológicos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Fauna de mamíferos pleistocênicos Classe Mammalia Linnaeus, 1758 Ordem Cingulata Illiger, 1811 Família Glyptodontidae Gray, 1869 Gênero Glyptodon Owen, 1838 Glyptodon sp. Material referido. UERN V, UERN 012-V, osteodermos de carapaça. Comentários. No sítio Tapuia foram coletados 11 osteodermos de Glyptodontidae, os quais se encontram bastante desgastados. No entanto, em três exemplares mais bem preservados (UERN 001-V, UERN 004-V e UERN 008-V) observa-se um padrão ornamental em roseta composto por uma figura principal central, subcircular e de superfície plana, circunda por uma fileira única de figuras periféricas poligonais. Orifícios pilíferos podem ser observados nas zonas de confluência entre o sulco central e os sulcos radiais que delimitam, respectivamente, a figura principal e as figuras periféricas. A superfície dos osteodermos é fortemente pontuada e enrugada. A morfologia e o tamanho do material conferem com as características diagnósticas do gênero Glyptodon sensu (AMEGHINO, 1889; DUARTE, 1997). Além disso, a presença de uma figura principal plana é concordante com a espécie Glyptodon reticulatus Owen, 1845, em contraste com Glyptodon clavipes Owen, 1839, que apresenta figura central deprimida (DUARTE, 1997). Contudo, o pequeno número de peças e o desgaste superficial dificultam uma atribuição específica conclusiva. 182 Valdeci dos Santos Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino, Abrahão Sanderson N. F. da Silva - A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

8 Ordem Pilosa Flower, 1883 Família Megatheriidae Gray, 1821 Gênero Eremotherium Spillman, 1948 Eremotherium laurillardi (Lund, 1842) Material referido. UERN 014-V, UERN 015-V, UERN 026-V, UERN 027-V, UERN 028-V e UERN 031-V, fragmentos de molariformes. Comentários. E. laurillardi é uma espécie com ampla distribuição geográfica e uma das mais abundantes em depósitos fossilíferos do Quaternário do Nordeste do Brasil (CARTELLE; DEIULLIS, 1995, 2006). No Rio Grande do Norte está representada em todos os tipos de depósitos quaternários conhecidos (PORPINO et al., 2004).Os restos de E. laurillardi coletados no tanque estudado compreendem principalmente fragmentos de molariformes, os quais apresentam morfologia (seção transversal quadrangular, cristas transversais na superfície oclusal) e tamanho concordantes com as descrições e figurações da espécie fornecidas por Cartelle (1992) e Cartelle & DeIuliis (1995; 2006) e com espécimes comparáveis mais completos pertencentes a indivíduos desta espécie observados na coleção do Museu Câmara Cascudo. Ordem Artiodactyla Owen, 1848 Família Camelidae Gray, 1821 Gênero Palaeolama Gervais, 1867 Palaeolama major Liais, Material referido. UERN 040-V, dente molar inferior direito Comentários. Restos de P. major são freqüentes em depósitos do Rio Grande do Norte. Os tanques da Fazenda Lájea Formosa, município de São Rafael, forneceram, até o momento, o maior número de peças referentes a esta espécie para o estado (OLIVEIRA, 1990). O material cole- CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

9 tado consiste de um único dente molar inferior direito bem conservado. As dimensões e o padrão morfológico das cúspides dentárias deste espécime, principalmente a presença de proto e paraestilidos pouco marcados e lofidos labiais em forma de V, são concordantes com as descrições e figurações de Cartelle (1992) e Scherer et al. (2007) para P. major. Os táxons identificados são freqüentes nos depósitos quaternários do estado, incluindo outros tanques geograficamente próximos (Fazenda Lágea Formosa, Porpino et al. 2001; fazenda Capim Grosso, Oliveira et al., 1989) e depósitos cársticos (CARVALHO, 1966; PORPINO, 1999; PORPINO et al., 2004), porém estão representados por um menor número e diversidade de peças, em comparação com os outros jazigos conhecidos. Além disso, as peças coletadas apresentam desgaste superficial e/ou quebras com bordas arredondadas, o que pode indicar transporte ou revolvimento do material no interior do tanque, conforme proposto para outros depósitos similares (BERGQVIST et al. 1997; SANTOS et al. 2002). No entanto, a perda de informações estratigráficas e tafonômicas decorrentes das escavações prévias impedem a proposição de inferências mais detalhadas sobre as condições originais de transporte e deposição do material. Material Arqueológico Em meio ao refugo do tanque foram coletados 15 materiais líticos trabalhados. O trabalho de curadoria técnica deste conjunto evidenciou a presença de um núcleo não esgotado, pois apresenta ainda planos de percussão que possibilitam a obtenção de suportes, 7 lascas trabalhadas, 4 fragmentos e 3 raspadores plano-convexos. A matéria-prima utilizada foi o sílex, tipo de rocha abundante na região e também constante em dois sítios líticos próximos a área onde ocorrem os tanques em Santana do Matos/RN. Desta maneira observa-se que o número de lascas trabalhadas corresponde a 46% do total de peças, enquanto que o número de artefatos reconhecidos em uma tipologia clássica (2) é de 20% (Gráfico 1). Um dos 184 Valdeci dos Santos Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino, Abrahão Sanderson N. F. da Silva - A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

10 motivos para tal ocorrência pode ser, por exemplo, o fato de se tratar de uma indústria de lascas tendo em vista que após a debitagem destas foi realizado trabalho secundário nas bordas, no plano de percussão ou no bulbo. Gráfico 1. Proporção de tipos artefatuais. Por outro lado esta circunstância expõe ainda a repartição destes objetos em conjuntos, o que nos remete mais a uma variabilidade do que a uma variação dado o fato de que no interior destes conjuntos há uma relativa homogeneidade. Todas as lascas apresentam córtex em menos de 2/4 das superfícies, em cinco casos apresentam como modo volumétrico o prisma trapezoidal e as dimensões apresentam medidas que oscilam entre 60X55X24 e 31X29X08 isto em milímetros, estando a maior parte das lascas mais próxima das primeiras medidas; o único item de análise que não apresenta CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

11 muita correspondência entre esses artefatos é o talão, pois este varia bastante: diedro, cortical, facetado e puntiforme. Entre os materiais coletados no refugo do tanque constam 4 fragmentos de lascamento, ou seja, fragmentos de matéria-prima rochosa, normalmente anguloso e sem os atributos que identificam as lascas, os núcleos e os artefatos. São desprendidos de um bloco central durante o processo de lascamento e caracterizam o refugo do processo de produção. (BUENO, 2005, p. 466). Além das lascas, outros três materiais apresentaram modificações secundárias tendo em vista a obtenção de gumes, criando assim uma ou mais partes ativas. Trata-se das peças SMT 001, SMT 002 e SMT 003 (vide exemplo SMT 003 no anexo 1). Estes são raspadores que apresentam córtex em menos de 1/3 das superfícies. Além disto, foram trabalhados unifacialmente, com a formação de 2 gumes compostos por ângulos semi-abruptos e delineados côncava e denticuladamente, os retoques foram feitos de maneira marginal e também invasora, e apresentam as morfologias escaliforme e paralela, a percussão foi feita de maneira direta e também por pressão. A percepção da variabilidade artefatual pode ser representada, enquanto um sistema que envolve várias interações concretas, de forma mais simplificada através do trinômio lugares-artefatos-pessoas. Esse trinômio pressupõe uma relação dinâmica entre esses segmentos, por exemplo, de pessoa para pessoa ou pessoa para artefato, e a partir dele é possível se observar quatro dimensões básicas da variabilidade artefatual (SCHIFFER; SKIBO, 1997), quais sejam a formal, a espacial, a quantitativa e a de propriedades relacionais a qual em alguns casos pode ser entendida como funcional. Os artefatos culturais coletados em meio ao refugo do tanque no sítio Tapuia, município de Santana do Matos-RN, uma vez observados a partir de sua variação formal e inferindo a estes um coeficiente funcional 186 Valdeci dos Santos Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino, Abrahão Sanderson N. F. da Silva - A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

12 podem compor dois grupos: o dos raspadores e o das lascas retocadas. As lascas indicam uma indústria expediente, evidenciando que um instrumento pode existir (para aquele que dele se utiliza, seja humano ou animal) sem que haja adequação da matéria a um padrão formal; de maneira simétrica, padrões formais de objetos (artefatuais) podem surgir independentemente de finalidades técnicas (SIGAUD (1993) Apud FOGAÇA, 2001, p. 122). Os raspadores evidenciam gestos técnicos semelhantes, o que em termos de cadeia operatória, ou seja, de um conjunto de procedimentos que envolvem, entre outros aspectos, a busca por matéria-prima e as técnicas adotadas por um artesão ou por um conjunto desses na preparação de artefatos, faz pensar em uma seqüência de procedimentos formadores de uma atividade artesanal e que são fruto de experiências coletivas tornadas rotineiras devido à tradição de um grupo como resposta a necessidades sociais (FOGAÇA, 2001, p. 109). Justamente devido a esse caráter artesanal é que não podemos esquecer o fato de que durante o lascamento, o artesão mantém a consciência crítica sempre em atividade, julgando cada etapa cumprida e a realizar (FOGAÇA, 2001, p.108). Daí porque algumas vezes a elaboração de designers diferenciados, como no caso da categoria tipológica raspadores, nem sempre pode significar performances ou funções diferentes. Considerações Finais A paleomastofauna preservada no sítio Tapuia, representada por três espécies já identificadas na região central e em outras regiões do estado (Glyptodon sp, E. laurillardi, e P. major ), constitui o primeiro registro de mamíferos fósseis para o município de Santana do Matos. Em relação ao posicionamento geocronológico, as faunas-locais dos tanques e cavernas do nordeste brasileiro têm sido atribuídas ao PleistocenoTardio-Holoceno com base em comparações com as faunas-locais CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

13 das regiões meridionais da América do Sul, melhor conhecidas e datadas (CARTELLE, 1999). Com algumas exceções, a maioria das idades radiométricas obtidas recentemente para a mastofauna de depósitos quaternários de alguns estados nordestinos (AULER et al. 2006) são coincidentes com este intervalo. Assim, em concordância com o modelo proposto por Cartelle (1999) e com a maioria dos resultados das datações radiométricas, optamos por atribuir a fauna do sítio Tapuia ao Pleistoceno Tardio-Holoceno. Quanto ao material arqueológico foi possível observar a formação de dois tipos de conjuntos líticos: um feito com o que se tem à mão e tendo em vista necessidades iminentes e outro que deixa entrever tipos de artefatos feitos de maneira premente e de um modo que, mesmo sem desconsiderar o caráter comportamental dos artesãos, compõem um padrão de gestos técnicos semelhantes (tradicionais talvez). Outro fator verificado foi à presença exclusiva do sílex como matéria prima utilizada na confecção dos artefatos líticos, não sendo detectados artefatos elaborados com o granito, como por exemplo, as lâminas de machados e os almofarizes, muito comuns na região e localizados freqüentemente por agricultores e caçadores locais ao nível de superfície. O número de artefatos analisados é pequeno, mas suscita vários questionamentos, dentre os quais: a presença destes conjuntos de artefatos pode ser projetada para outros tanques naturais na região? E, existe alguma relação destes artefatos com o material fóssil encontrado? Isto posto, cumpre ressaltar o caráter de continuidade dos trabalhos ora desenvolvidos tendo em vista a elucidação não só destes, mas também de outros questionamentos. otas O estudo destes elementos foi orientado pelo modelo de ficha de análise para artefatos líticos constante em: BUENO, Lucas de Melo Reis. Variabilidade tecnológica nos sítios líticos da região do Lajeado, médio Tocantins. Tese de Doutorado. Universidade de São 188 Valdeci dos Santos Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino, Abrahão Sanderson N. F. da Silva - A Megafauna Extinta e os Artefatos Culturais de um Tanque Natural na Região Central do Rio Grande do Norte

14 Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas: Museu de Arqueologia e Etnologia Programa Inter-departamental de Pós-Graduação em Arqueologia. São Paulo: O conceito de tipologia clássica usado neste trabalho é o mesmo presente em FO- GAÇA, 2001: 120, onde se denomina este tipo de tipologia como sendo um gênero de estudo que se limita a triar, dentre os vestígios líticos coletados, os instrumentos retocados e submeter essas peças a classificações hierarquizadas baseadas em critérios morfológicos; normalmente tais grupos recebem denominações com conotação funcional raspador, raspadeira, furador, buril etc que podem eventualmente ser substituídas por códigos que, em última instância, denotam a mesma preocupação funcionalista. REFERÊ CIAS ALVIM, G.F. Jazigos brasileiros de mamíferos fósseis. D PM/DGM otas Preliminares e Estudos. n.18, p. 8-16, AMEGHINO, F. Contribución al conocimiento de los mamíferos fósiles de la República Argentina. Actas de la Academia acional de Ciências. n. 6. p AULER, A.S; PILÓ, L.B.; SMART, P.L.; WANG, X.; HOFFMANN, D.; RICHARDS, D.A.; EDWARS, R.L.; NEVES, W.A.; CHENG, H. U-series dating and taphonomy of Quaternary vertebrates from brazilian caves. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology. v. 240, n.3-4, p BERGQVIST, L.P.; GOMIDE, M.; CARTELLE, C.; CAPILLA, R. Faunas-locais de mamíferos pleistocênicos de Itapipoca/Ceará, Taperoá/Paraíba e Campina Grande/Paraíba. Estudo comparativo, bioestratinômico e paleoambiental. Revista Universidade de Guarulhos Geociências, v. 2, n. 6, p BUENO, Lucas de Melo Reis. Variabilidade tecnológica nos sítios líticos da região do Lajeado, médio Tocantins. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas: Museu de Arqueologia e Etnologia Programa Inter-departamental de Pós- Graduação em Arqueologia. São Paulo: CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

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16 cas Del caparazón de Glyptodon reticulatus Owen, Ameghiniana. v. 3, n. 34,. p FOGAÇA, Emílio. Mãos para o pensamento: a variabilidade tecnológica de indústrias líticas de caçadores-coletores holocênicos a partir de um estudo de caso: as camadas VIII e VII da Lapa do Boquete (Minas Gerais, Brasil / B.P.). Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas: Programa de Pós-Graduação em História, área de concentração: Arqueologia. Porto Alegre: Instrumentos Líticos unifaciais da transição Pleistoceno-Holoceno no planalto central do Brasil: individualidade e especificidade dos objetos técnicos. Canindé. Universidade Federal de Sergipe. n. 3, dez MORAES, L.J. Serras e montanhas do nordeste. Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. n.1.v p OLIVEIRA, A.I.; LEONARDOS, O.H. Geologia do Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura e Serviço de Informação Agrícola p. OLIVEIRA, L.D.D. Considerações sobre o emprego da terminologia da formação cacimbas e caldeirões para os tanques fossilíferos do nordeste do Brasil. In: Anais do 11º Congresso Brasileiro de Paleontologia. Curitiba: UFPR, Importância da ocorrência de Palaeolama major (Liais, 1872) na fazenda Lájea Formosa, São Rafael-RN. In: Anais do 36º Congresso Brasileiro de Geologia. Natal, UFRN: p OLIVEIRA, L.D.D.; DAMASCENO, J.M.; LINS, F.A.P.; WALTER, E.M.; MOREIRA, J.A. Estudo macrofossilífero dos tanques da fazenda Capim Grosso, São Rafael-RN, auxiliado por métodos geofísicos. In: Anais do 11º Congresso Brasileiro de Paleontologia. Curitiba: UFPR, p CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

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18 Canindé. Universidade Federal de Sergipe. n. 4, dez Anexo 1 Prancha da peça SMT 003 CONTEXTO - v.3, n.3, jan-jul/2008, p

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