A USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA

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1 A USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA Jair Soares de Oliveira Segundo 1 - UFRN RESUMO No presente trabalho, elabora-se um estudo teórico-descritivo de base documental no intuito de verificar quanto aos contornos do cabimento da utilização da usucapião como meio de defender a propriedade. Sob tal aspecto, busca-se delimitar, quer por meio de exceção substancial indireta quer por reconvenção, se a usucapião pode ser alegada pelo réu como matéria de defesa de seus bens, e tudo isto consubstanciado em análise da legislação pertinente, bem como de doutrina e jurisprudência no âmbito do ordenamento jurídico brasileiro. De início, apresenta-se as categorias de usucapião relacionadas pela doutrina segundo o direito posto, além de relacionar quis os meio de defesa do réu admitidos em nosso sistema processual civil. Segue-se o trabalho com a discussão com relação à matéria, tendo em conta a doutrina nacional pertinente e algumas decisões representativas do entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao final da análise, e tendo em conta as considerações tecidas ao longo do trabalho, aponta-se para a plena possibilidade/viabilidade da usucapião ser utilizada pelo réu como alegação em matéria de defesa, e isto, tanto para obstar a reivindicatória (por exceção substancial indireta) quanto para obter a declaração do domínio apta ao registro imobiliário (por reconvenção). Palavras-chave: Usucapião. Exceção substancial indireta. Reconvenção. 1 INTRODUÇÃO O tema proposto para o presente trabalho a usucapião como matéria de defesa há muito vem sendo discutido no âmbito de nossos tribunais. Em que pese a matéria estar aparentemente pacificada, podemos perceber que, sob alguns aspetos, o assunto demanda ainda uma elaboração hermenêutica de modo a prover solução adequada aos pontos controvertidos. No início, iremos abordar a usucapião em seus conceitos básicos, estabelecendo uma classificação que será apresentada junto aos dispositivos normativos atinentes. Na sequência, apresentaremos uma boa amostragem da construção jurisprudencial sobre o tema, sempre com base nas decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF). 1 Graduando do Curso de Direito da UFRN. Integrante do Projeto Cine Legis, da UFRN. Membro de Grupo de Pesquisa sobre o STF, da UFRN. Editor da Revista FIDES. jair.ufrn@hotmail.com

2 2 Ao final, será apresentado posicionamento com relação a essa problemática, tendo como base o desenvolvimento do tema ao longo do assunto e, bem assim, a base normativa que diz respeito ao tema. 2 USUCAPIÃO A usucapião é forma originária de aquisição da propriedade, ou seja, essa propriedade não deriva de ninguém, inexiste a transmissão da propriedade. As espécies de usucapião, conforme anota Arthur Rios (2010, p ), são em número de oito: (a) usucapião extraordinária (art. 1238, caput, do CC); (b) usucapião extraordinária reduzida (art. 1238, parágrafo único, do CC); (c) usucapião constitucional rural (art. 191 da CF, c.c. art do CC); (d) usucapião constitucional urbana (art. 183 da CF, c.c. art do CC); (e) usucapião ordinária (art. 1242, caput, do CC); (f) usucapião ordinária reduzida (art. 1242, parágrafo único, do CC); (g) usucapião do estatuto (art. 10 da Lei /2001); (h) usucapião judicial ( 4º e 5º do art do CC). Usucapião extraordinária. Com prazo de 15 anos para imóveis urbanos ou rurais, exigindo-se posse com animus domini, sem interrupção nem oposição, independentemente de título e boa-fé. CC. Art [caput]. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Usucapião extraordinária reduzida. Com prazo de 10 anos para imóvel urbano ou rural, exigindose posse com aninus domini, sem interrupção nem oposição, independentemente de título e boa-fé. CC. Art Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. Usucapião constitucional rural. Com prazo de 5 anos para imóvel rural, exigindo-se posse com aninus domini, sem interrupção ou oposição, independentemente de título e boa-fé, e aplica-se caso o possuidor não seja proprietário de outro imóvel rural ou urbano e a área de terra rural não seja superior a 50 hectares, a qual deve ser tornada produtiva por seu trabalho ou de sua família, nela estabelecendo sua moradia. CF. Art Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

3 3 Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. CC. Art Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Usucapião constitucional urbana. Com prazo de 5 anos para imóvel urbano, exigindo-se posse com animus domini, sem interrupção nem oposição, independentemente de título e boa-fé, e aplicase caso o possuidor não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural e a área urbana não seja superior a 250 metros quadrados, e seja para sua moradia ou de sua família. CF. Art Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. CC. Art Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1 o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2 o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Usucapião ordinária. Com prazo de 10 anos para imóvel urbano ou rural, exigindo-se posse com animus domini, sem interrupção nem oposição, com justo título e boa-fé. CC. Art [caput]. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Usucapião ordinária reduzida. Com prazo de 5 anos para imóvel urbano ou rural, exigindo-se posse com animus domini, sem interrupção nem oposição, com justo título e boa-fé, se houver adquirido onerosamente com base em registro imobiliário cancelado posteriormente, e no imóvel tenha estabelecido sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. CC. Art

4 4 Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. Usucapião do estatuto. Com prazo de 5 anos para imóvel urbano, exigindo-se posse com animus domini, sem interrupção nem oposição, e sem que o possuidor seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, e a área não seja superior a 250 metros quadrados, sendo ocupados por população de baixa renda, para fins de habitação e com a formação de condomínio coletivo. Lei nº /2001. Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. 1 o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas. 2 o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis. 3 o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas. 4 o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio. Usucapião judicial. Com prazo de 5 anos para imóvel urbano ou rural, exigindo-se posse com animus domini, sem interrupção nem oposição e de boa-fé, e constituir-se de extensa área, ocupada por considerável número de pessoas de baixa renda, e estas houverem nela realizado, em conjunto ou separadamente, obras consideradas pelo juiz como de relevante interesse social e econômico. CC. Art o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. 5 o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.

5 5 Perceba-se dos oito casos de incidência de usucapião que todos apresentam requisitos de posse (mansa e pacífica, e com animus domini) e de tempo (variável, mas sem interrupção). Assim, na usucapião há dois elementos básicos: posse e tempo (SALLES, 1991, p. 26). Seria, então, a usucapião o modo de aquisição originária da propriedade 2, pelos detentores com animus domini da posse mansa e pacífica durante o tempo previsto em lei para aquisição, e observados os demais requisitos legais. Sobre esse ponto, assim tem se manifestado nossos tribunais. CIVIL E PROCESSUAL - USUCAPIÃO EXTRAORDINARIA - MATERIA DE PROVA. I - NÃO VINGA A ALEGAÇÃO DE USUCAPIÃO COMO DEFESA EM REIVINDICATORIA QUANDO NA INSTRUÇÃO PENDE DUVIDAS SOBRE O TEMPO E O ANIMUS DOMINI, MORMENTE, QUANDO, NA INICIAL, PROVOU-SE O DOMINIO. II - MATERIA DE PROVA NÃO SE REEXAMINA EM ESPECIAL. III - RECURSO NÃO CONHECIDO (Superior Tribunal de Justiça. REsp /GO, Rel. Min. Waldemar Zveiter, Terceira Turma, julgado em 22/09/1992, DJ 30/11/1992 p ) 3. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - IMPRESCRITIBILIDADE - USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA DE DEFESA - AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS - JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE - DESNECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA - CORRETA APLICAÇÃO DO art. 330, I DO CPC - ÔNUS DA PROVA - REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA E FUNDAMENTAÇÃO RECURSAL DEFICIENTE - SÚMULAS 07/STJ E 284/STF - INCIDÊNCIA. I - O direito de propriedade é perpétuo, extinguindo-se somente pela vontade do dono, ou por disposição expressa de lei, nas hipóteses de perecimento da coisa, desapropriação ou usucapião. Neste último caso, a perda da propriedade se opera em decorrência da prescrição aquisitiva[ 4 ], mas não em função do prazo estabelecido no art. 177 do Código Civil. II - O usucapião extraordinário (art. 550 do CCB) dispensa a prova do justo título e da boa fé; e se consuma no prazo de 20 (vinte) anos ininterruptos, sem que haja qualquer oposição por parte do senhorio. A ação de anulação de escritura pública, ajuizada contra os possuidores, antes que se completasse o lapso para a prescrição aquisitiva, torna evidente o intuito do proprietário em molestar a ocupação mansa e pacífica do imóvel. 2 Neste sentido: SALLES, 1991, p. 28. Em sentido contrário: Caio Mário da Silva Pereira, instituições de direito civil, v No mesmo sentido: Reivindicatoria. Usucapião alegado em defesa. Acordão que afirma não haver sido demonstrado o ânimo de possuir como seu. Matéria de fato que não pode ser reexaminada no especial (Superior Tribunal de Justiça. REsp /CE, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, Terceira Turma, julgado em 05/05/1998, DJ 22/06/1998 p. 76). 4 De acordo com Benedito Silvério Ribeiro (1992, p 181), a princípio, falar-se em prescrição aquisitiva é algo que desvirtua da lógica e da realidade. Reconhece, no entanto, que esse uso inapropriado tem bases históricase a aceita com ressalva de não poder ser utilizada no sentido estrito (RIBEIRO, 1992, p. 181). Comenta Benedito Silvério Ribeiro (1992, p. 181) que Toda confusão originou-se da não-separação dos institutos, a começar pela unicidade de conceito do código francês, seguindo-se o italiano, o chileno e o argentino.

6 6 III - Dispondo o juiz de elementos aptos a formar sua convicção, desnecessária se torna a extensão do procedimento instrutório. Neste contexto, o antecipado julgamento da lide, além de oportuno, contribui para a Economia Processual. IV - Descabe conhecer do recurso especial quando a recorrente dificulta a apreensão do exato sentido da controvérsia, conduzindo a fundamentação recursal para o reexame do substrato fático coligido no processo. V - Recurso especial não conhecido. (Superior Tribunal de Justiça. REsp /AC, Rel. Min. Waldemar Zveiter, Terceira Turma, julgado em 18/10/1999, DJ 29/11/1999 p. 158, grifos nossos) Desta forma, inexiste, portanto, transmissão entre proprietário anterior e o novo (SALLES, 1991, p. 28). É neste sentido que nos diz Serpa Lopes (citado por RIBEIRO, 1992, p. 159) ao afirmar que há compatibilidade entre a existência da propriedade originária advinda da usucapião e a propriedade provada pelo registro imobiliário, podendo ambas coexistirem, dada a negligência do proprietário legítimo. Comenta Benedito Silvério Ribeiro (1992, p. 157) que há duas linhas para justificar a usucapião: a linha subjetiva fundamenta a usucapião no ânimo de renúncia de direito de propriedade, ou seja, seria a passividade do proprietário que ensejaria a usucapião por quem detém a posse; já para a linha objetiva, a essência do instituto centra-se na utilidade social da propriedade, o que poderíamos estender à sua função social. Bem é verdade, contudo, que o início da teorização atributiva de função ao direito de propriedade a função social da propriedade distancia-se no tempo em relação às origens da usucapião. Tanto que a funcionalização do direito de propriedade, conhecida como função social da propriedade, veio a lume após a Revolução Industrial inglesa do séc. XVIII sobretudo a partir da doutrina de Duguit (cf. HANNA, 2006, p ), e o instituto da usucapião já contava com previsão na Lei das Doze Tábuas, em 305 d.c. (RIBEIRO, 1993, p ). Isto seria, a bem dizer, aparenta ser um empecilho teórico a que a fundamentação da usucapião aproxime-se da linha objetiva. Ocorre que, no entanto, na contemporaneidade a linha objetiva é a que prevalece para embasar o instituto (RIBEIRO, 1992, p. 158), valendo como mote para o interesse social, o interesse da coletividade. Ocorre a usucapião devido o proprietário do bem deixar sua propriedade abandonada 5, em prejuízo de sua função social, e sem sequer preocupar-se de opor resistência a que outra pessoa tome a posse com ânimo de dono. Tal demonstra que o proprietário originário já não se importa de manter sua propriedade e isto vai justificar a aquisição originária por quem cumprir os requisitos estabelecidos em lei para configurar a usucapião da propriedade. 5 Interessante notar que a usucapião pode também incidir sobre o bem de família, desde que caracterizado o abandono. Vejamos decisão nesse sentido: REIVINDICATÓRIA. USUCAPIÃO COMO DEFESA. ACOLHIMENTO. POSSE DECORRENTE DE COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA. JUSTO TÍTULO. BEM DE FAMÍLIA. A jurisprudência do STJ reconhece como justo título, hábil a demonstrar a posse, o instrumento particular de compromisso de venda e compra. O bem de família, sobrevindo mudança ou abandono, é suscetível de usucapião. Alegada má-fé dos possuidores, dependente do reexame de matéria fático-probatória. Incidência da Súmula n. 7-STJ. Recurso especial não conhecido (Superior Tribunal de Justiça. REsp /SP, Rel. Min. Barros Monteiro, Quarta Turma, julgado em 15/09/2005, DJ 24/10/2005 p. 327).

7 7 3 DEFESAS DO RÉU Os meios de defesa colocados à disposição do réu para opor-se à pretensão do autor da demanda são a contestação e as exceções processuais (MARINONI; ARENHART, 2008, p. 133). Vez que estas últimas as exceções nos interessam mais de perto, passaremos a uma breve apresentação de sua classificação. Para tanto, utilizamo-nos da doutrina de Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart. Para Marinoni e Arenhar (2008, p ), tais exceções seriam as Defesas (exceções) processuais e as Defesas (exceções) materiais, onde as primeiras visam apenas a dificultar ou impedir o exame da relação substancial, por meio da indicação de vício ou defeitos que serviriam a impedir ou dificultar e retardar a análise da questão principal; já as exceções materiais (também chamadas exceções substanciais; e assim as denominaremos), são as defesas por excelência, as que visam impugnar o mérito da causa. Para efeito do desenvolvimento do presente artigo, iremos nos utilizar da subdivisão apresentada por Maninoni e Arenhart (2008, p ) onde dividem as exceções substanciais em diretas (negação do fato constitutivo do direito do autor) e indiretas (apresentação de fato novo, que amplia o conteúdo da demanda, e é capaz de alterar ou impedir o direito do autor). No caso da exceção substancial caracterizada pela alegação de usucapião como matéria de defesa, tal exceção constituiria stricto senso uma exceção substancial indireta, mas doravante será denominada apenas exceção substancial. Quanto à reconvenção, não se trata propriamente de defesa processual, mas sim de ação própria contraposta à ação originária que tem início nos autos do mesmo processo, e onde o réu da ação inicial passa a ser autor dessa nova ação (MARINONI; ARENHART, 2008, p. 146). 4 USUCAPIÇÃO COMO DEFESA NA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA Antes de adentrar propriamente na discussão pormenorizada da matéria em âmbitos doutrinário e jurisprudencial, fazemos registro de que o Supremo Tribunal Federal, em 13 de dezembro de 1963, aprovara a Súmula nº 237 onde diz textualmente: o usucapião pode ser arguido em defesa. E, como lastro dessa súmula, foram utilizados os seguintes precedentes: RE , RE , RE , RE e RE USUCAPIAO OPOSTO COMO DEFESA INDEPENDENTEMENTE DE SENTENÇA DECLARATORIA. ART. 550 DO CÓDIGO CIVIL. POSSE AD USUCAPIONEM SEM LASTRO DE PROVA. DESCABIMENTO DO RECURSO (Supremo Tribunal Federal. RE 10544, Rel. Min. Orosimbo Nonato, Segunda Turma, julgado em 22/09/1950, DJ , p ). 7 Actio Communi dividundo. Art. 280, nº II do Código de Processo Civil. Código Civil, art Arts. 161 e 166 do mesmo Código. Interrupção e renúncia de prescrição. Usucapião, extremos. Art. 223, único do Cód. de Proc. Civil. Descabimento do recurso (Supremo Tribunal Federal. RE 18241, Rel. Min. Orozimbo Nonato, Segunda Turma, julgado em 23/10/1951, DJ , p.??). 8 SERVIDAO APARENTE DE CAMINHO; DESTINAÇÃO DE PROPRIETARIO E USUCAPIAO. OPONIBILIDADE DESTE EM EXCEÇÃO, EMBORA AINDA NÃO RECONHECIDO POR SENTENÇA JUDICIAL

8 8 Tal súmula constitui, portanto, ponto base para a verificação de seu cabimento. Mas, passando propriamente à problematização da matéria, e já falando a cerca da alegação de usucapião como matéria de defesa, colhemos da doutrina de Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald (2009, p ) que: Esta alegação é na verdade uma exceção de domínio, um meio de paralisar a pretensão do autor. Lembre-se que no campo das defesas indiretas de mérito também chamadas exceções substanciais, encontra-se aquela que faculta ao réu alegar a usucapião. Destarte, mesmo nos casos em que o possuidor com prazo aquisitivo já consumado tenha descurado em ajuizar ação de usucapião pelo rito especial dos arts. 941 e segs. do Código de Processo Civil, não ficará impedido de demonstrar os seus requisitos cumulativos em defesa, obstando, assim, o êxito da pretensão contra si dirigida, desde que se desincumba do ônus da prova (art. 333 do CPC). Ou seja, o proprietário não pode reivindicar um bem quando o seu domínio já não lhe pertença. Esta é a tônica imposta ao conteúdo da defesa. E isto é decorrência lógica dos fatos, e não propriamente da verdade registral. Aqui, quem detém a posse e dado o lapso temporal e demais requisitos está apto a adquirir o domínio por usucapião, tem o direito de sobrepujar o direito do proprietário que descurou de sua propriedade. Isto, mesmo que, efetivamente, a ação de usucapião não tenha ainda sido impetrada. Art. 859 do Cód. Civil. Prioridade de transcrição. Art. 524 do Cód. Civil. Carta de arrematação. Usucapião. Pode ser oposto como defesa independentemente de sentença anterior, que o declare. Justo título. (RE 8952, Rel. Min. Orozimbo Nonato, Segunda Turma, julgado em 06/07/1948, DJ , p.??, COLAC vol , p ) Há, contudo que se observar o momento propício para adentrar tal ação. Isto é o que nos esclarece Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald (2009, p. 325): [...] o réu deve impreterivelmente observar o princípio da eventualidade, alegando a usucapião na contestação, sob pena de preclusão, em face da inexistência do outro momento processual para apresentação da exceção substancial. Não se aplica aqui o art. 193 do Código Civil, pois, como bem invoca JEFFERSON CARÚS GUEDES, é evidente a distinção entre a prescrição extintiva ou liberatória que pode ser (Supremo Tribunal Federal. RE 22656, Rel. Min. Nelson Hungria, Primeira Turma, julgado em 28/05/1953, DJ , p ). 9 Recurso extraordinário. Apreciação de provas. Usucapião. Não conhecimento do recurso (Supremo Tribunal Federal. RE 10819, Rel. Min. Lafayette De Andrada, Segunda Turma, julgado em 06/06/1947, DJ , p.??). 10 Art. 859 do Cód. Civil. Prioridade de transcrição. Art. 524 do Cód. Civil. Carta de arrematação. Usucapião. Pode ser oposto como defesa independentemente de sentença anterior, que o declare. Justo título (Supremo Tribunal Federal. RE 8952, Rel. Min. Orozimbo Nonato, Segunda Turma, julgado em 06/07/1948, DJ , p.??).

9 9 alegada em qualquer grau de jurisdição da prescrição aquisitiva, que será imediatamente alegada, importando o silêncio do réu em renúncia tácita. Justiça: Foi neste sentido, por exemplo, a seguinte decisão da Terceira Turma do Superior Tribunal de Ação demarcatória. Usucapião como matéria de defesa. Momento em que pode ser alegada. 1. A prescrição extintiva pode ser argüida em qualquer fase do processo, mas a prescrição aquisitiva somente tem pertinência como matéria de defesa se argüida na contestação, momento próprio para tanto, sob pena de preclusão. 2. Recurso especial não conhecido. (Superior Tribunal de Justiça. REsp /PR, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, Terceira Turma, julgado em 14/11/2006, DJ 12/02/2007 p. 259). 11 Interessante, também, registrar o acórdão onde a procedência da ação reivindicatória impede ação de usucapião que lhe é posterior, dadas razões de segurança jurídica a resguardar a coisa julgada. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE USUCAPIÃO. EXISTÊNCIA DE SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO QUE JULGOU PROCEDENTE REIVINDICATÓRIA MOVIDA PELOS RECORRIDOS CONTRA OS RECORRENTES. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA COM BASE NO ART. 474 DO CPC. 1. O Art. 474 do CPC sujeita aos efeitos da coisa julgada todas as alegações que poderiam ser argüidas como matéria de defesa. 2. A sentença de procedência do pedido reivindicatório faz coisa julgada material e impede que em futura ação se declare usucapião, em favor do réu, assentado em posse anterior à ação reivindicatória. (Superior Tribunal de Justiça. REsp /DF, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, Terceira Turma, julgado em 05/10/2006, DJ 27/11/2006, p. 272) Vamos dar por superado este primeiro ponto de que a usucapião pode ser alegada em exceção substancial e passar a uma discussão que chama ainda mais a atenção. Iniciemos com a apresentação de um julgado da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, da lavra do Min. Carlos Alberto Menezes Direito: 11 Em sentido idêntico: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. TEMA DA EXCEÇÃO DE DOMINIO. ARTIGOS 505 DO CODIGO CIVIL E 923 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL. MANTENÇA DA SUMULA 487 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. USUCAPIÃO LEMBRADO EM DEFESA, MAS APENAS EM GRAU RECURSAL. PRECLUSÃO DA MATERIA. IMPERTINENCIA DA INVOCAÇÃO AO ARTIGO 162 DO CODIGO CIVIL. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO (Superior Tribunal de Justiça. REsp 3.767/GO, Rel. Min. Athos Carneiro, Quarta Turma, julgado em 26/03/1991, DJ 07/10/1991 p ).

10 10 AÇÃO REIVINDICATÓRIA. USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA. IMPOSSIBILIDADE, NESSES CASOS, DE DECLARAÇÃO DE AQUISIÇÃO DE DOMÍNIO. 1. Dúvida não há sobre a possibilidade da argüição de usucapião como matéria de defesa. Todavia, nesse caso, o magistrado, acolhendo a argüição da defesa, não pode emitir julgado declarando a aquisição do domínio, mas, apenas, julgar improcedente o pedido de reivindicação. 2. Quando o Tribunal, corretamente, afasta a declaração de aquisição de domínio pelo reconhecimento do usucapião, em ação reivindicatória, deve enfrentar o mérito da apelação. 3. Recurso especial conhecido e provido. (Superior Tribunal de Justiça. REsp /PE, Rel. Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, Terceira Turma, julgado em 04/08/1998, DJ 21/09/1998 p. 158, grifos nossos). Se, por um lado, a procedência da alegação de usucapião como exceção substancial não seria capaz de atribuir o domínio ao réu da ação reinvidicatória; por outro, poderia ser constituído o reú no domínio do bem caso ele optasse por reconvir? Para o deslinde, vejamos o que nos informa a doutrina: A diferença fundamental entre a posição do réu que suscita a exceção substancial para aquele que propõe a reconvenção reside que naquela ele apenas assume uma postura defensiva, enquanto a reconvenção amplia o objeto da lide, pois em uma única sentença (art. 318, CPC) o juiz julgará a pretensão deduzida pelo autor contra o réu, como também decidirá se a pretensão conexa deduzida pelo réu contra o autor será ou não procedente. A resposta requer, então, a aferição de uma questão árdua: é possível pela via da reconvenção a instauração de litisconsórcio entre quem já era parte da demanda principal e um terceiro, estranho à relação processual? Vale dizer, em um processo envolvendo A e B, será possível ao réu B oferecer reconvenção contra A e C? (FARIAS; ROSENVALD, 2009, p. 326). Isto se impõe devido no caso dessa provável reconvenção o réu da ação principal ter de reconvir contra o proprietário autor da principal e mais os confinantes e o Poder Público. Todavia, com base do posicionamento de Alexandre Freitas Câmara (citado por FARIAS; ROSENVALD, 2009, p. 326), tem-se que há sim possibilidade de ser oposta a reconvenção para fins de declaração da aquisição do domínio com base na usucapião, e a ratio disto está no princípio da economia processual, além do que, a reconvenção é subjetivamente mais ampla, haverá caráter reconvencional apenas para o autor da principal o proprietário e, para os demais, a ação reconvencional terá caráter originário (FARIAS; ROSENVALD, 2009, p. 326) Em sentido contrário, Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart (2008, p. 147) entendem pela não possibilidade de a reconvenção abranger terceira pessoa, haja vista o tumulto indesejável que geraria ao processo, além de o art. 315 do CPC indicar a reconvenção ao autor.

11 11 Daí o Enunciado nº 315 da IV Jornada de Direito Civil, do Conselho da Justiça Federal, o qual segue nessa orientação, in verbis: 315 Art O art do Código Civil permite que o possuidor que figurar como réu em ação reivindicatória ou possessória formule pedido contraposto e postule ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel, valendo a sentença como instrumento para registro imobiliário, ressalvados eventuais interesses de confinantes e terceiros 13 e PERSPECTIVAS E COMENTÁRIOS À GUISA DE CONSIDERAÇÕES FINAIS Superados os principais aspectos, percebemos a plena viabilidade de alegação da usucapião como matéria de defesa (exceção substancial indireta), além da igual possibilidade de que a usucapião venha ser alegada por meio de reconvenção, onde, neste caso específico, poderá o réu da reivindicatória obter o reconhecimento do domínio do bem no judiciário para efeitos de registro imobiliário. Ocorrendo, no entanto, a desídia desse mesmo possuidor em não apresentar alegação de usucapião em tempo oportuno (na defesa), este terá de sofrer a perda do direito de utilizar da usucapião como forma de defender a sua posse. Em que pese maior ou menor divergência na doutrina ou jurisprudência sobre tal alegação de usucapião como matéria de defesa, percebemos que, à luz de todo o exposto, deve-se ter sempre em mente a possibilidade de o possuidor com animus domini cuja posse seja mansa e pacífica possa usucapir a propriedade à vista do cumprimento dos requisitos legais, mesmo que esse possuidor não tenha entrado na justiça antes da impetração da ação reivindicatória do proprietário legítimo, bastando, para tanto, que observe o tempo e o meio adequados a afastar a pretensão desse proprietário e a assegurar a nova propriedade em benefício do possuidor que a usucapiu. REFERÊNCIAS FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. 6. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, HANNA, Munira. As propriedades como forma concretizadora de um (re)pensar a propriedade Dissertação (Mestrado em Direito) Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em 13 Disponível em: < Acesso em: 21 jun Na Lei nº 6.969/1981 temos a seguinte previsão: Art. 7º A usucapião especial poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para transcrição no Registro de Imóveis. Tal norma é inadequada devido não resguardar o direito de terceiros que deveria obrigatoriamente participar da demanda. Assim, de acordo com essa norma do art. 7º, os confinantes que deveriam participar em litisconsórcio necessário não são chamados a participar.

12 12 Direito, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo. Disponível em: < Acesso em: 21 jun MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de processo civil. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, v. 2 [Processo de Conhecimento]. RIOS, Arthur. Manual de direito imobiliário. 3. ed. atual. Curitiba: Juruá, [3ª reimpressão] SALLES, José Carlos de Moraes. Usucapião de bens imóveis e móveis. São Paulo: Revista dos Tribunais, RIBEIRO, Benedito Silvério. Tratado de usucapião. São Paulo: Saraiva, 1992, v. 1.

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