INFORMATIVO. num. num. nossos clientes. Trataremos da penhora judicial de bens do devedor. Prezado leitor,
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- Micaela de Oliveira Aranha
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1 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 8 05 / 2014 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 2 11 / 2013 INFORMATIVO num Editorial - 8ª Edição Prezado leitor, Nesta edição do Informativo Mensal do Escritório Ribeiro da Luz Advogados, o assunto a ser tratado será a usucapião, algumas de suas espécies e suas características mais importantes. É bastante comum recebermos em nosso escritório uma série de questionamentos e dúvidas a respeito da possibilidade de determinados imóveis possam ser alvo de usucapião, quais os prazos necessários e ainda inúmeras dúvidas sobre o que é preciso para essa consumação. num nossos clientes. Trataremos da penhora judicial de bens do devedor. Diante disso, apresentaremos um recentíssimo acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual é possível observarmos seu posicionamento sobre penhora de contas conjuntas, quando apenas um dos titulares é o verdadeiro devedor. Boa leitura! Equipe Ribeiro da Luz Advogados. Buscaremos discorrer sobre o tema de maneira sucinta e prática, expondo o que os requisitos para a consumação da usucapião, apontando alguns dos tipos existentes, apresentando informações úteis para que os leitores possam compreender melhor o funcionamento deste instituto. Já na parte onde apresentamos decisões importantes, trataremos de outro tema que nos é bastante consultado e gera muitas dúvidas aos 1
2 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 8 05 / 2014 SUMÁRIO Editorial da 8ª Edição; A Usucapião e suas características. Decisão Judicial em Destaque Biblioteca Expediente 2
3 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 8 05/ 2014 ARTIGO A Usucapião e suas características No dia a dia de um advogado, alguns temas são altamente recorrentes por despertarem o interesse e fazerem parte diretamente do cotidiano das pessoas. Dentro dessa realidade, um dos assuntos que mais ressurge é a usucapião. Porém, o fato é que há grande dificuldade de entendimento do tema, dos seus requisitos, da forma de se alegar e do direito produzido após o reconhecimento da sua ocorrência. Assim, consideramos oportuno o presente texto, a fim de encerrar algumas dúvidas e possibilitar um maior entendimento sobre o tema. A usucapião é a forma de se adquirir a propriedade de um bem, seja móvel ou imóvel, através da posse por um período de tempo previsto em lei. Desde já, destaca-se que a posse em questão tem de ser mansa e pacífica. Ou seja, não estará cumprido o requisito caso a posse venha ser de alguma forma contestada ou interrompida. A ideia do legislador é de que o possuidor receba a propriedade do bem que fora abandonado pelo antigo proprietário. Exige ainda a lei que o usucapiente, aquele que se beneficiou da Usucapião, tenha animus domini, ou seja, que aja como dono do imóvel, e isso só é possível com a posse mansa e pacífica daquele bem. O ânimo de dono é de suma importância, pois é o que diferencia a Usucapião de demais figuras jurídicas. Um bom exemplo é que o imóvel alugado, embora haja posse mansa e pacífica por outro que não o proprietário, não pode sofrer usucapião, e isso se dá porque os locatários não têm o ânimo de serem donos. Além disso, é necessário que o bem seja um objeto hábil para sofrer usucapião, ou seja, não pode haver qualquer impedimento para que aquele bem seja usucapido. Importante ressaltar que os bens públicos não podem ser objeto de usucapião. Ninguém pode usucapir uma praça pública por exemplo. 3
4 O fundamento constitucional da Usucapião é o cumprimento da função social da propriedade de determinado bem. Por exemplo, uma casa abandonada pelo proprietário não está cumprindo a sua função que seria moradia. Sendo assim, caso os requisitos estipulados em lei sejam cumpridos pelo usucapiente, este adquirirá a propriedade. A sentença de usucapião tem natureza declaratória, pois apenas reconhece uma situação que já existe. Essa sentença, após seu trânsito em julgado, torna-se imutável. Em virtude dessa natureza declaratória, o STF no enunciado da súmula 237, considera ser possível alegar em sede de defesa a aquisição da propriedade por usucapião. Isso significa dizer que, caso haja uma ação que tente retirar o usucapiente de determinado imóvel, a usucapião poderá ser alegada em matéria de defesa e a propriedade lhe será reconhecida. O legislador estipulou inúmeros tipos de usucapião. Certamente não iremos esmiuçar as características de todos, mas iremos brevemente expor os mais comuns. São elas: USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA Prevista no artigo do Código Civil. Exige a posse mansa e pacífica do imóvel por 15 anos e independe de boa fé ou justo título. Caso o possuidor tenha estabelecido moradia ou elaborado benfeitorias no bem, o prazo é reduzido para 10 anos. USUCAPIÃO ORDINÁRIA Prevista no artigo do Código Civil, esta modalidade exige além da posse mansa e pacífica por 10 anos, e depende de justo título e a boa-fé. Tal prazo poderá cair para 5 anos caso o imóvel tenha sido adquirido onerosamente, com base no registro, e desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA Este tipo de usucapião exige que a área usucapida seja urbana e possua até 250 metros quadrados além de que esteja na posse do usucapiente por 5 anos. Somado a isso, a propriedade deve servir de moradia para este ou sua família, e não poderá o beneficiário desfrutar de nenhum outro bem imóvel. Esses são os tipos de usucapião mais vistos nos casos práticos, todavia, o ordenamento jurídico prevê outras hipóteses. Conforme dito, a Usucapião é uma matéria que ainda engloba certas discussões doutrinárias, mas buscamos através do presente texto, clarear suas características da forma mais simples para a sua compreensão. Havendo qualquer dúvida ou interesse pelo tema, estamos à disposição. Daniel Corrêa Marques Vivacqua Schellemberg 4
5 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 8 05 / 2014 DECISÃO A decisão em destaque do mês é bastante importante pois demonstra o posicionamento do STJ em casos de penhora bancária em contas conjuntas, quando apenas um dos titulares da conta é o devedor. Com o trânsito em julgado da sentença e a vitória de uma das partes, nasce o direito de ver aquela decisão ser cumprida. Caso haja a condenação em pecúnia e não ocorra o adimplemento espontâneo pela parte sucumbente, detém o Juiz inúmeros poderes para ver sua decisão devidamente cumprida. Uma dessas possibilidades é penhora on line, na qual, através de uma sistema chamado BACENJUD, o Juiz pode bloquear a quantia devida diretamente de contas bancárias e investimentos titularizados pelo devedor. O problema surge quando o devedor possui contas conjuntas com outras pessoas, em geral esposas e filhos, as chamadas contas solidárias Nesse tipo de conta, ambos os co-titulares têm o direito de movimentar o valor que quiserem, possuindo uma caraterística de solidariedade entre os correntistas. A decisão escolhida aponta que nos casos de penhora de contas em conjunto na modalidade solidária é facultado ao perdedor da ação judicial, cotitular da conta, comprovar quanto efetivamente lhe pertence. Essa possibilidade existe para que seja resguardado o dinheiro do co-titular que nada tem a ver com a ação judicial. Mas, caso o perdedor não comprove a quantia que realmente possuía naquela conta, reconheceu o STJ que só poderá ser penhorada metade da quantia presente. Entendeu o STJ que tal modalidade de conta, mesmo sendo solidária perante o banco, não é solidária em relações jurídicas. Isso se dá porque o ordenamento jurídico veda a presunção de solidariedade, devendo a mesma decorrer da lei ou de convenção entre as partes. Caso haja maiores dúvidas, estamos à disposição. Segue abaixo a decisão: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALCANCE DE PENHORA DE VALORES DEPOSITADOS EM CONTA BANCÁRIA CONJUNTA SOLIDÁRIA. A penhora de valores depositados em conta bancária conjunta solidária somente poderá atingir a parte do numerário depositado que pertença ao correntista que seja sujeito passivo do processo executivo, presumindo-se, ante a inexistência de prova em contrário, que os valores constantes da conta pertencem em partes iguais aos correntistas. De fato, há duas espécies de contrato de conta bancária: a) a conta individual ou unipessoal; e b) a conta conjunta ou coletiva. A conta individual ou unipessoal é aquela que possui titular único, que a movimenta por si ou por meio de procurador. A 5
6 conta bancária conjunta ou coletiva, por sua vez, pode ser: b.1) indivisível quando movimentada por intermédio de todos os seus titulares simultaneamente, sendo exigida a assinatura de todos, ressalvada a outorga de mandato a um ou a alguns para fazê-lo ; ou b.2) solidária quando os correntistas podem movimentar a totalidade dos fundos disponíveis isoladamente. Nesta última espécie (a conta conjunta solidária), apenas prevalece o princípio da solidariedade ativa e passiva em relação ao banco em virtude do contrato de abertura de conta-corrente, de modo que o ato praticado por um dos titulares não afeta os demais nas relações jurídicas e obrigacionais com terceiros, devendo-se, portanto, afastar a solidariedade passiva dos correntistas de conta conjunta solidária em suas relações com terceiros (REsp SP, Quarta Turma, DJ 16/11/1992). Isso porque a solidariedade não se presume, devendo resultar da vontade da lei ou da manifestação de vontade inequívoca das partes (art. 265 do CC). Nessa linha de entendimento, conquanto a penhora de saldo bancário de conta conjunta seja admitida pelo ordenamento jurídico, é certo que a constrição não pode se dar em proporção maior que o numerário pertencente ao devedor da obrigação, devendo ser preservado o saldo dos demais cotitulares. Além disso, na hipótese em que se pretenda penhorar valores depositados em conta conjunta solidária, dever-seá permitir aos seus titulares a comprovação dos valores que integram o patrimônio de cada um, sendo certo que, na ausência de provas nesse sentido, presumir-se-á a divisão do saldo em partes iguais (AgRg no AgRg na Pet MG, Terceira Turma, DJe 26/11/2009). REsp MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 22/4/
7 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 8 05 / 2014 BIBLIOTECA No mês de Maio, foram adquiridas as seguintes obras: REVISTA DE PROCESSO RePRO Ano 39 nº232 Maio 2014, Coord. Teresa Arruda Alvim Wambier, Editora Revista dos Tribunais. DIREITO DAS SUCESSÕES, Luiz Paulo Vieira de Carvalho, Editora Atlas,
8 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 8 05/ 2014 EXPEDIENTE Publicação Mensal do Escritório Ribeiro da Luz Advogados Projeto Gráfico Smile Design smiledesign@smiledesign.com.br As opiniões aqui manifestadas não são orientações legais e não devem ser assim consideradas. A reprodução de qualquer trecho do Informativo depende de prévia autorização. Idealização e conteúdo desta edição Daniel Corrêa M. V. Schellemberg Distribuição Interna e para clientes e parceiros do Escritório Participe enviando matérias, artigos e sugestões para: camila.gullo@ribeirodaluz.com.br Os artigos que integram este Informativo tem finalidade de mera divulgação de notícias de interesse para o meio jurídico e empresarial, não expressando necessariamente a opinião jurídica do Ribeiro da Luz Advogados. Endereço Rua Senador Dantas, 20 - Grupo 1004 a 1006, Centro - Rio de Janeiro CEP: Telefones: (21) (21) Ribeiro da Luz Advogados 8
INFORMATIVO. num. num. pessoa jurídica seja utilizada como véu protetor de realizações fraudulentas por parte dos sócios ou administradores.
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