DESEMPENHO DE ESTUDANTES EM INSTRUMENTOS DE ATENÇÃO E FUNÇÕES EXECUTIVAS: ANÁLISE DO EFEITO DA IDADE

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1 DESEMPENHO DE ESTUDANTES EM INSTRUMENTOS DE ATENÇÃO E FUNÇÕES EXECUTIVAS: ANÁLISE DO EFEITO DA IDADE Performance of students in attention and executive functions instruments: analysis of age effect Rendimiento de los alumnos en instrumentos de atención y funciones ejecutivas: análisis del efecto de la edad Danielle Ghirotti Coelho Ricardo Franco de Lima Renata Eliane Ims Gleize Urias da Silva da Fonseca Sylvia Maria Ciasca Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Endereço para contato Departamento de Neurologia/ FCM/ UNICAMP Caixa Postal CEP , Campinas-SP, Brasil ricardolima01@yahoo.com.br (RF Lima) Danielle Ghirotti Coelho Psicóloga, especialização em Reabilitação aplicada à Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP). Ricardo Franco de Lima Graduação em Psicologia (Universidade São Francisco - Itatiba), aprimoramento profissional em "Psicologia clínica em neurologia infantil" (FCM/UNICAMP), especialista em Neuropsicologia (Conselho Federal de Psicologia). Mestre e doutorando em Ciências Médicas (Saúde Mental - FCM/UNICAMP). Renata Eliane Ims Psicóloga, especialização em Neuropsicologia aplicada à Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP). Gleize Urias da Silva da Fonseca Psicóloga, especialização em Neuropsicologia aplicada à Neurologia Infantil, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (FCM-UNICAMP). Sylvia Maria Ciasca Neuropsicóloga. Livre Docente em Neurologia Infantil. Departamento de Neurologia (FCM-UNICAMP). Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

2 Resumo O objetivo do trabalho foi obter evidências de validade de instrumentos para avaliar atenção e Funções Executivas, verificando os efeitos da sexo e idade sobre o desempenho, assim como a correlação entre seus escores. Participaram 166 crianças sem queixas escolares e rebaixamento intelectual, de ambos os sexos (46% meninos e 54% meninas) e idade entre 7-10 anos (M=8,53; DP=1,16). A amostra foi avaliada individualmente por meio dos testes: Teste de Cancelamento (TC), Teste de Trilhas A/B (TMT - A/B), Teste Cor-Palavra de Stroop (SCWT), Teste de Fluência Verbal (FAS) e Torre de Londres (ToL). Os resultados não evidenciaram diferenças entre sexos. Foram obtidas diferenças na idade, principalmente em idades distantes como 7 e 9 anos e 7 e 10 anos e obteve-se correlações significativas entre diferentes escores dos instrumentos utilizados. Considera-se os instrumentos investigados mostraram evidências de validade relacionadas ao desenvolvimento com efeito da idade, assim como relações entre os seus escores. Palavras chave: Testes psicológicos, Validade do teste, Atenção, Funções executivas. Abstract The aim of study was to obtain evidence of validity of instruments to measure attention and Executive Functions, verifying the effects of genders and age on performance as well as the correlation between their scores. Participated 166 children with no learning difficulties and intellectual problem, of both genders (46% boys and 54% girls) and aged between 7-10 years (M=8,53; DP=1,16). The sample was measured individually through the tests: Cancellation Test (TC), Trail Making Test A/B (TMT-A/B), Stroop Color Word Test (SCWT), Verbal Fluency Test (FAS) and Tower of London (ToL). The results showed no differences between genders. Differences in age were obtained, mainly between distant ages (7-9 years and 7-10 years) and were significant correlations between scores of different instruments. It is considered that instruments showed evidence of validity related to development with the effect of age, as well as relations between their scores. Keywords: Psychological testing, Test validity, Attention, Executive functions. Resumen El objetivo fue obtener evidencia de la validez de los instrumentos para evaluar la atención y funciones ejecutivas, la comprobación de los efectos del genero y la edad sobre el rendimiento, así como la correlación entre sus resultados. Participaron 166 niños sin dificultades de aprendizaje y problema intelectual, de ambos sexos (46 % niños y 54 % niñas) y edades comprendidas entre 7-10 años (M=8,53, DP=1,16). La muestra fue evaluada individualmente por medio de pruebas: Prueba de cancelación (TC), Trail Making Test (TMT - A/B), Stroop Color Word Test (SCWT), Verbal Fluency Test (FAS) y Tower of London (ToL). Los resultados no mostraron diferencias entre los sexos. Las diferencias de edad se obtuvieron principalmente en edades distantes como 7 y 9 años y de 7 a 10 años y obtuvieron correlaciones significativas entre las puntuaciones de los diferentes instrumentos. Se considera los instrumentos investigados mostraron evidencia de validez relacionada con el desarrollo, con el efecto de la edad, así como las relaciones entre sus puntuaciones. Palabras clave: Puebras psicológicas, Validez, Atención, Funciones ejecutivas. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

3 Introdução A avaliação neuropsicológica trata-se de um procedimento sistemático para investigar o funcionamento cerebral por meio de dados obtidos em diferentes fontes, tais como características do desenvolvimento, observações clínicas e desempenho em instrumentos validados e normatizados (Ustárroz, 2007; Lezak, Howieson, Bigler, & Tranel, 2012). A análise dos parâmetros psicométricos de um determinado instrumento é realizada por estudos que visam obter evidências de validade e fidedignidade. Particularmente, as evidências de validade podem ser baseadas: (i) no conteúdo do teste; (ii) em sua estrutura interna; (iii) no processo de resposta; (iv) na relação com variáveis e critérios externos e; (v) nas consequências da testagem (AERA, APA, & NCME, 1999). No entanto, em nosso contexto são escassos os instrumentos de avaliação dos domínios cognitivos, como a atenção e Funções Executivas (FE) destinados à população infantil e que apresentem propriedades psicométricas adequadas. Do ponto de vista conceitual, a atenção pode ser definida como a capacidade do indivíduo responder predominantemente aos estímulos que lhe são significativos (Raz & Buhle, 2006). Classificando a atenção quanto ao processamento envolvido, temos quatro subdivisões: seletiva, sustentada, alternada e dividida (Sternberg, 2000; Raz & Buhle, 2006). A atenção seletiva refere-se à emissão de uma resposta após um estímulo específico, neste caso ignoram-se os outros estímulos do ambiente (Gazzaniga, Ivry, & Mangun, 2006). A atenção sustentada é a capacidade de manter o foco em determinados estímulos por um período de tempo, após selecioná-lo como alvo de seu interesse (Sternberg, 2000). A atenção alternada refere-se à capacidade de substituir um estímuloalvo inicial por outro e depende da memória operacional e do controle inibitório Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

4 (Sternberg, 2000; Gil, 2002). A atenção dividida é a capacidade de dividir o foco entre duas ou mais tarefas independentes executando-as simultaneamente (Gil, 2002). Por sua vez, as FE podem ser definidas como conjunto de habilidades cognitivas que auxiliam o indivíduo na realização de tarefas de forma independente, organizada, eficaz e socialmente adaptada. Essas funções capacitam o indivíduo a tomar decisões, avaliar e adequar seus comportamentos e estratégias, visando a resolução de um problema ou atingir uma meta (Gazzaniga et al., 2006). Há diferentes modelos cognitivos para as FE e dentre as habilidades que os compõem, podemos destacar a flexibilidade mental, controle inibitório, planejamento e fluência (Miyake et al., 2000; Zelazo & Müller, 2002). Diferentes instrumentos para avaliar a atenção e FE têm sido citados na literatura. Para a atenção podemos destacar instrumentos que utilizam o paradigma de cancelamento de estímulos alvos, como o Teste de Atenção por Cancelamento (TAC) que avalia a modalidade visual da atenção seletiva, alternada e dividida (Capovilla & Dias, 2008; Hazin et al., 2012) e os Testes de Cancelamento (TC Figuras Geométricas e Letras em Fileira) que avaliam a atenção sustentada visual (Lima, Travaini, & Ciasca, 2009; Simão, Lima, Natalin, & Ciasca, 2010). Para avaliar os componentes das FE são encontrados instrumentos semelhantes, porém com estímulos ou versões diferentes: (i) Teste das Trilhas (Trail Making Test - TMT) avalia flexibilidade cognitiva; (ii) Teste Cor-Palavra de Stroop (Stroop Color Word Test - SCWT) avalia controle inibitório; (iii) Torre de Londres (Tower of London - ToL) avalia planejamento; (iv) Teste de Fluência Verbal (FAS) avalia fluência e velocidade de acesso lexical (Capovilla & Dias, 2008; Lima, Salgado-Azoni, & Ciasca, 2013). Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

5 Dentre as evidências de validade descritas para os instrumentos citados, destacamse aquelas obtidas nas relações com critérios externos, tais como o sexo, nível de escolaridade (Capovilla & Dias, 2008; Seabra & Dias, 2010; Hazin et al., 2012; Dias & Seabra, 2014), faixa etária (Lima et al., 2009; Dias & Seabra, 2012; Dias & Seabra, 2014) e as correlações entre os escores (Seabra & Dias, 2010). As justificativas para a obtenção destas fontes de validade são pautadas nas evidências empíricas de que os domínios cognitivos, como a atenção e FE, seguem a trajetória do desenvolvimento infantil (Zelazo, Craik, & Booth, 2004; Rueda et a., 2004; Prencipe et al., 2011). A realização deste tipo de estudo por diferentes grupos de pesquisa no país permite a disponibilização posterior dos instrumentos para uso clínico. Capovilla e Dias (2008) realizaram estudo com 407 estudantes da 1ª a 4ª série do ensino fundamental de uma escola pública e idades entre 6 e 15 anos. Foram utilizados o Teste de Atenção por Cancelamento (TAC) e o Teste de Trilhas (TT - Partes A e B), para avaliar a atenção e as médias das notas escolares (português, matemática, ciências, história e geografia). Os resultados mostraram efeito da escolaridade com aumento sucessivo nos escores do TAC da 2ª a 4ª série. No TT-A foi verificado aumento da 1ª a 3ª série e o TT-B discriminou somente a 4ª série das demais. Além disto, foram encontradas correlações significativas entre os escores do TAC e TT e o desempenho escolar. Em um segundo estudo, Seabra e Dias (2010) investigaram novamente os efeitos da escolaridade sobre o desempenho no TAC e TT-B, porém em estudantes da 5ª a 8ª séries. Foram avaliados 255 estudantes com idades entre 10 e 17 anos de uma escola pública. Foi observado que o escore total do TAC foi o que melhor discriminou a 5ª e 8ª séries, isto é, as séries inicial e final do ensino fundamental. Dentre as partes deste Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

6 instrumento, a parte 3 foi a que mais discriminou a 5ª em relação a 7ª e 8ª séries. O TT - B discriminou a 5ª e a 6ª séries da 8ª série. Adicionalmente, as autoras obtiveram correlações negativas e significativas entre os escores do TAC e TT-B, sugerindo haver relação entre a atenção e a flexibilidade mental. Hazin et al. (2012) também investigou o desempenho de 524 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 16 anos, cursando o ensino fundamental das redes pública e privada no TAC. Foram observadas diferenças entre os escores considerando as variáveis tipo de escola e nível de escolaridade. O mesmo não ocorreu para a variável sexo. Desta maneira, estudantes das escolas particulares obtiveram melhor desempenho no TAC, assim como os escores foram capazes de diferenciar sucessivamente os anos escolares, principalmente nos três primeiros anos do ensino fundamental. Ampliando o escopo de instrumentos para as FE, Dias, Menezes e Seabra (2013) avaliaram grupo de 572 crianças e adolescentes, de ambos os sexos e idades entre 6 e 14 anos. Além do TAC e TT-A/B, as autoras também utilizaram o Teste de Memória de Trabalho Auditiva, Teste de Memória de Trabalho Visual, Teste de Geração Semântica, Teste de Stroop Computadorizado, Torre de Londres e Teste de Fluência Verbal. Houve diferenças de desempenho em relação ao sexo no teste de memória de trabalho visual, com melhor desempenho dos meninos e no teste de fluência verbal, com melhor desempenho das meninas. Quanto à idade foi observada progressão de desempenho em todos os instrumentos, porém sem diferenças entre as faixas etárias maiores. Nas tarefas mais simples, como o TAC houve diferenças de idade, principalmente até 11 ou 12 anos. Em tarefas mais complexas, como na memória operacional o desempenho apresentou aumento mais contínuo até as faixas etárias mais velhas. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

7 Estudos prévios também têm sido conduzidos com as versões dos instrumentos utilizadas no presente estudo com amostras não clínicas e clínicas. Estes estudos têm investigado algumas fontes de evidências de validade baseadas em critérios (nível escolar, comparação com amostras clínicas) e na relação com outros instrumentos (principalmente de desempenho escolar.) No estudo de Lima et al. (2009) foram avaliadas 36 crianças sem dificuldades de aprendizagem, de ambos os sexos, faixa etária entre 7 e 10 anos, cursando da 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. Foram utilizados o TC, TMT-A/B, SCWT e ToL. Os resultados revelaram diferenças significativas entre as séries nos escores de tempo do SCWT, TC-FG, TC-LF e TMT-A/B. O mesmo efeito não foi observado sobre o desempenho na ToL. Além disto, foram observadas correlações entre diferentes escores e os resultados nos subtestes de leitura, escrita e aritmética do Teste de Desempenho Escolar (TDE). Em outro trabalho, Fonseca et al. (no prelo) avaliaram 151 crianças sem queixas de dificuldades de aprendizagem, de ambos os sexos, entre 7 a 11 anos, cursando do 2º ao 5ª ano. Também foram usados os TC, TMT-A/B, SCWT, ToL e foi acrescentado o FAS. Os resultados revelaram efeito do nível escolar no desempenho dos instrumentos, com melhora progressiva. Também foram obtidas correlações dos escores com os subtestes do TDE, mesmo quando controlada a variável idade. Com amostras clínicas, estes instrumentos também tem se revelado sensíveis para diferenciar grupos com desenvolvimento típico e grupos critério que apresentam queixas de dificuldades na atenção (Simão, Lima, Natalin, & Ciasca, 2010) e com Dislexia do Desenvolvimento (Lima et al., 2013). Considerando a relevância e necessidade de termos instrumentos validados e disponíveis para serem utilizados na avaliação de crianças em idade escolar, o presente Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

8 estudo objetivou obter evidências de validade para testes de atenção e FE: (i) baseada na relação com critérios (sexo e idade); (ii) baseada na relação entre seus escores. Método Participantes Participaram do estudo 166 crianças sem queixas escolares e rebaixamento inteelctual, de ambos os sexos, sendo 76 meninos (46%) e 90 meninas (54%), com faixa etária entre 7 e 10 anos (M=8,53; DP=1,16) e cursando do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. Da amostra total (n=166), 43 (26%) cursavam o segundo ano, 41 (25%) o terceiro ano, 40 (24%) o quarto ano e 42 (25%) o quinto ano. Não houve diferenças significativas entre a idade média do sexo masculino (M=8,70; DP=1,06) e feminino (M=8,38; DP=1,15) [t(166)=1,12; p=0,068], conforme indicou os resultado do teste Mann-Whitney. Para a seleção dos participantes foram considerados os critérios de inclusão: ter sido indicado pelos professores por não apresentar dificuldades de aprendizagem e/ou atenção; apresentar o desempenho intelectual dentro do esperado conforme os resultados do Desenho da Figura Humana - DFH-III (Wechsler, 2003), isto é, com percentil da figura total acima de 25; apresentar desempenho escolar compatível com o esperado para sua faixa etária, conforme resultados do Teste de Desempenho Escolar TDE (Stein, 1994). Foram considerados critérios de exclusão: apresentar deficiência auditiva ou visual não corrigida; fazer uso de medicamentos psicoativos; apresentar alguma patologia ou condição neurológica, conforme relato dos pais. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

9 Instrumentos Desenho da Figura Humana DFH-III (Wechsler, 2003). Instrumento normatizado para a população brasileira, destinado à crianças de 5 à 12 anos e que avalia o desenvolvimento cognitivo-intelectual baseando-se na análise das diferentes características dos desenhos de uma figura masculina e feminina realizados pela criança. Para cada item a pontuação pode variar de 0 à 1 e o escore bruto total é obtido pela soma de todos os pontos. A partir do escore bruto é obtido o percentil e classificação: deficiente, fronteiriço, abaixo da média, média, acima da média, superior e muito superior. Teste de Desempenho Escolar TDE (Stein, 1994). Instrumento normatizado para a população brasileira destinado à escolares da 1ª à 6ª séries do Ensino Fundamental (correpondente ao 2ª-7º ano, conforme a atual classificação de escolaridade). Os subtestes do TDE avaliam atributos elementares das habilidades escolares de leitura, escrita e aritmética, com itens de nível crescente de dificuldade. Com base na soma dos pontos de acertos é calculado o escore bruto de cada subteste e o escore bruto total. Estes dados são convertidos em classificações (superior, médio e inferior), por meio de tabela que considera o resultado esperado por ano escolar. Teste de Cancelamento TC (Lima et al., 2009) em duas versões: (i) Figuras Geométricas (TC-FG): constitui uma folha com uma sequência randômica de figuras geométricas simples e a criança deve assinalar todos os círculos encontrados o mais rápido que puder; (ii) Letras em Fileira (TC-LF): constitui uma folha com letras distribuídas de forma randômica e a criança deve assinalar todas as letras A o mais rápido que puder. Para a avaliação do desempenho são utilizados os critérios: (i) Tempo Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

10 de execução expresso em segundos; (ii) Erros - soma dos erros cometidos por omissão e adição. Teste das Trilhas (Trail Making Test TMT-A/B) (Lima et al., 2009). A Parte A é composta por uma folha com círculos numerados de 1 a 25, distribuídos aleatoriamente e a criança deve traçar uma linha conectando a seqüência numérica o mais rápido que puder. O desempenho é avaliado em termos de Tempo de Reação, expresso em segundos e Erros. A Parte B é composta por círculos com números e letras. A criança deve traçar uma linha ligando os círculos de maneira alternada, por exemplo: 1-A-2-B- 3-C, seguindo as ordens numérica e alfabética corretas. O desempenho é avaliado em termos de tempo (em segundos) e erros representados pela soma dos erros de sequência e de alternância. Teste Cor-Palavra de Stroop (Stroop Color Word Test SCWT) (Lima et al., 2009). São utilizadas quatro cores (vermelho, amarelo, azul e verde) com 24 estímulos em cada uma das três partes: (i) Cartão Cores (C): composto por quadrados pintados nas quatro cores dispostas em ordem randômica, no qual a criança deve nomear o mais rápido possível; (ii) Cartão Palavras (P): composto por nomes de cores impressos nas cores correspondentes (situação congruente), no qual a criança deve dizer o nome das cores o mais rápido possível; (iii) Cartão Cor-Palavra (CP): composto nomes de cores, porém impressos em cores incongruentes, por exemplo, a palavra Verde impressa na cor azul (situação incongruente). Novamente a criança deve dizer a cor e não nomear a palavra o mais rapidamente possível. O desempenho é medido por escores de tempo (em segundos) e de erros para cada um dos cartões Teste de Fluência Verbal - FAS (Lezak et al., 2012; Mello, 2003). Foram utilizadas duas categorias do FAS: (i) Fonológica (FVF): a criança deve dizer o maior Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

11 número de palavras que comecem com as letras F, A e S em um minuto; (ii) Semântica (FVS): a criança deve dizer o maior número de palavras nas categorias animais, frutas e materiais escolares em um minuto. Os escores são expressos pela soma do número de palavras expressas em cada uma das categorias. Torre de Londres (Tower of London TOL) (Lima et al., 2009). É constituído por uma base de madeira com três pinos verticais equidistantes e quatro discos coloridos (azul, preto, amarelo e branco) do mesmo tamanho, com um furo no centro para o encaixe nos pinos. No total são 10 itens com grau crescente de dificuldade em função do número de movimentos necessários para alcançar a posição final. Para cada item, o experimentador coloca os círculos numa posição inicial e apresenta uma posição final que a criança deve reproduzir utilizando o menor número possível de movimentos. Considera-se um movimento cada vez que o círculo é retirado do pino e colocado em outro. São permitidas três tentativas para a resolução do problema. A resposta é considerada correta quando a solução é alcançada com o número mínimo exigido de movimentos. Os escores podem variar de 1, 2 e 3 pontos, conforme tenham sido atingidas na terceira, segunda ou primeira tentativas, respectivamente. O escore total é obtido pela somatória dos pontos de cada item, podendo variar de 0 a 30. Como critério de interrupção do teste é a obtenção de escore 0 em duas figuras seguidas. Procedimentos Após a aprovação do projeto Comitê de Ética (Protocolo nº ) foram realizados contatos com escolas de ensino fundamental de uma cidade do interior de São Paulo/ SP. Foram obtidos os consentimentos das unidades escolares para realização da pesquisa mediante carta de apresentação e autorização. Os pesquisadores Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

12 participaram de reunião para apresentar a pesquisa aos professores e solicitaram que indicassem as crianças de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Foi marcada reunião com os pais das crianças selecionadas para explicação sobre o projeto, seus aspectos éticos, assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Em seguida, foram marcados encontros com as crianças para administração dos instrumentos. As avaliações foram realizadas individualmente, em sala determinada para esta finalidade em duas sessões com duração de uma hora cada. Após o término das avaliações foram marcadas sessões de devolutiva com os pais para comunicação dos resultados, assim como entrega de relatório. Posteriormente, foi marcada reunião com a equipe escolar para apresentação dos resultados do trabalho realizado. Por fim, foi realizada a tabulação e análise estatística dos dados. Análise dos dados Os dados foram analisados por meio do Programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão Foram conduzidas análises descritivas e para as análises inferenciais foram utilizados testes não paramétricos, considerando os resultados da análise de distribuição e homogeneidade dos dados (Kolmogorov-Smirnov). Para comparação das médias entre os sexos foi conduzido Teste de Mann-Whitney, complementando pela análise de magnitude de efeito (Cohen s d). Para verificar efeito da idade sobre o desempenho nos instrumentos foi usado teste Kruskall-Wallis e, em seguida, Mann-Whitney para verificar quais grupos explicavam as diferenças significativas obtidas. A análise da correlação entre os instrumentos foi realizada por meio do coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

13 Resultados Para a seleção da amostra foram administrados o DFH-III e o TDE. No DFH-III a amostra apresentou desempenho com classificação média (52%), acima da média (32%), superior (10%) e muito superior (6%). No TDE foram obtidos resultados totais dentro da média (68%) e superior (32%) conforme a previsão para a idade. Não houve diferenças estatisticamente significativas na comparação dos escores entre os sexos e as magnitudes de efeito foram pequenas (Tabela 1). Tabela 1 Análise descritiva e inferencial dos escores em função dos sexos Escores Sexo N M DP Valor do p* d** TMT-A Masculino 76 48,22 18,36 tempo Feminino 90 49,71 17,33 0,402 0,08 TMT-A Masculino 76 0,26 0,79 erros Feminino 90 0,10 0,34 0,437-0,29 TMT-B Masculino ,88 45,45 tempo Feminino ,91 47,64 0,717-0,04 TMT-B Masculino 76 0,41 1,06 erros total Feminino 90 0,44 1,12 0,762 0,03 TC-FG Masculino 76 85,82 18,99 tempo Feminino 90 91,02 24,58 0,258 0,23 TC-FG Masculino 76 1,22 2,66 erros total Feminino 90 1,16 2,86 0,772-0,02 TC-LF Masculino ,57 41,01 tempo Feminino ,31 47,34 0,655 0,02 TC-LF Masculino 76 4,29 5,20 erros total Feminino 90 4,18 6,00 0,518-0,02 SCWT-C Masculino 76 19,20 5,46 tempo Feminino 90 19,59 4,88 0,273 0,08 SCWT-C Masculino 76 0,14 0,42 erros Feminino 90 0,14 0,41 0,950 0,00 SCWT-P Masculino 76 14,43 4,03 tempo Feminino 90 15,31 5,02 0,318 0,19 Masculino 76 0,03 0,16 SCWT-P Feminino 90 0,08 0,40 erros Feminino 90 18,82 3,68 0,521 0,15 *Teste de Mann-Whitney; **Cohen s d; M: Média; DP: Desvio Padrão Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

14 Tabela 1 continuação Escores Sexo N M DP Valor do p* d** SCWT-CP Masculino 76 36,18 11,70 tempo Feminino 90 37,60 9,91 0,175 0,13 SCWT-CP Masculino 76 1,76 1,99 erros Feminino 90 1,71 2,13 0,653-0,02 FAS Masculino 56 22,91 5,73 fonológica Feminino 59 21,76 7,10 0,220-0,17 FAS Masculino 56 33,39 6,62 semântico Feminino 59 34,88 6,69 0,352 0,22 ToL Masculino 76 18,57 3,61 0,974 0,07 De forma a verificar efeito da idade sobre o desempenho nos instrumentos, foi conduzido o Teste Kruskall-Wallis e, em seguida, o Teste de Mann-Whitney para investigar quais grupos explicavam as diferenças significativas obtidas. De acordo com a Tabela 2, observamos que somente no escores de erros do TMT-B e erros do SCWT- CP não houve diferenças entre as idades. Para os demais escores, diferenças significativas estiveram presentes. Em geral, nos escores de tempo do TC-FG, TC-LF, SCWT (C, P e CP) houve diminuição das médias e nos escores do FAS e ToL as médias apresentam aumento em função da idade. A fim de verificar possíveis relações entre os escores dos instrumentos foi conduzida análise de correlação de Spearman (Tabela 3). Foram obtidas correlações significativas entre diferentes escores. As correlações foram significativas e positivas entre os escores de tempo e erros. Correlações significativas e negativas ocorreram entre o FAS e o ToL e os outros escores. As magnitudes obtidas variaram entre baixas e moderadas. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

15 Tabela 2 Estatística descritiva e inferencial dos escores dos instrumentos e inferencial dos escores dos instrumentos em função da idade Escores Idade N M DP Mín. Máx. TMT-A tempo TMT-A erros TMT-B tempo TMT-B erros total TC-FG tempo TC-FG erros total TC-LF tempo TC-LF erros total SCWT-C tempo ,92 18, ,68 14, ,56 18, ,19 18, ,23 0, ,44 0, ,05 0, ,00 0, ,08 44, ,68 47, ,35 47, ,26 30, ,27 0,72 0,00 3, ,59 1,16 0,00 4, ,56 1,53 0,00 6, ,29 0,71 0,00 2, ,95 22, ,80 24, ,23 19, ,24 14, ,22 4,36 0,00 19, ,73 1,18 0,00 6, ,28 2,82 0,00 16, ,55 1,21 0,00 5, ,98 47, ,15 43, ,81 46, ,31 24, ,25 7,94 0,00 31, ,22 3,84 0,00 15, ,84 4,67 0,00 21, ,74 4,29 0,00 18, ,62 5, ,71 5, ,44 5, ,02 4, Valor de p a Diferenças entre as idades b 0,006** 7>8; 7>10 0,014* <0,01** 7>10; 8>9; 8>10 7>10; 8>10; 9>10 0,003** 7<8; 7<9 <0,01** 7>9; 7>10; 8>10; 9>10 0,077 7>10 <0,01** 7>9; 7>10; 8>9; 8>10 <0,01** 7>8; 7>9; 7>10 <0,01** 7>9; 7>10; 8>9; 8>10 Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

16 Tabela 2 continuação Escores Idade N M DP Mín. Máx. SCWT-C erros SCWT-P tempo SCWT-P erros SCWT-CP tempo SCWT- CP Erros FAS fonológica FAS semântico ToL ,13 0, ,20 0, ,07 0, ,19 0, ,08 4, ,34 5, ,47 2, ,93 3, ,12 0, ,02 0, ,07 0, ,00 0, ,60 13, ,85 9, ,53 9, ,26 6, ,38 2, ,56 1, ,16 1, ,88 2, ,07 5, ,52 5, ,85 7, ,33 6, ,15 5, ,84 7, ,55 6, ,07 5, ,58 3, ,56 4, ,21 3, ,40 3, Valor de p a Diferenças entre as idades b 0,417 ns <0,01** 7>9; 7>10; 8>9; 8>10 0,011* 7>10 <0,01** 7>8; 7>9; 7>10; 8>10 0,484 ns <0,01** <0,01** 7>9; 7>10; 8>10 7>9; 7>10; 8>9; 8>10 <0,01** 7>9; 7>10 a Kruskall-Wallis; b Mann-Whitney; *p<0,05; **p<0,01; N: número; M: média; DP: desvio padrão; Mín.: mínimo; Máx.: máximo; ns.: não significativo. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

17 Tabela 3 Matriz de correlação entre os escores dos instrumentos de atenção e Funções Executivas (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15) (16) (17) (1) TA_t 1 (2) TA_e 0,03 1 (3) TB_t 0,59 ** 0,04 1 (4) TB_e -0,04 0,10 0,23 ** 1 (5) T1_t 0,47 ** 0,06 0,46 ** 0,07 1 (6) T1_e 0,11 0,13 0,12 0,07 0,02 1 (7) T2_t 0,42 ** 0,13 0,53 ** 0,03 0,56 ** -0,01 1 (8) T2_e 0,04 0,12 0,14 0,15 * -0,01 0,47 ** -0,04 1 (9) S1_t 0,16 * 0,16 * 0,33 ** 0,23 ** 0,35 ** 0,24 ** 0,32 ** 0,33 ** 1 (10) S1_e -0,06 0,05 0,04 0,16 * -0,04 0,12-0,02 0,09 0,05 1 (11) S2_t 0,17 * 0,12 0,23 ** 0,16 * 0,29 ** 0,13 0,28 ** 0,26 ** 0,73 ** -0,11 1 (12) S2_e 0,05 0,03 0,15 * 0,10 0,11 0,19 * 0,02 0,17 * 0,22 ** 0,13 0,19 * 1 (13) S3_t 0,30 ** 0,21 ** 0,35 ** 0,14 0,46 ** 0,30 ** 0,32 ** 0,20 ** 0,48 ** 0,11 0,45 ** 0,21 ** 1 (14) S3_e 0,14 0,06 0,18 * 0,06 0,08 0,25 ** 0,10 0,21 ** 0,07 0,24 ** 0,03 0,09 0,38 ** 1 (15) FAF 0,11-0,02-0,04-0,08 0,02-0,15-0,03-0,16-0,34 ** 0,13-0,36 ** -0,18 * -0,19 * 0,11 1 (16) FAS -0,03 0,13 0,21 0,05 0,07 0,10 0,13 0,18 0,36 ** -0,06 0,33 ** 0,16 0,23 * 0,20 0,07 1 (17) ToL -0,11-0,07-0,16 * -0,25 ** -0,11-0,24 ** -0,10-0,27 ** -0,29 ** 0,02-0,25 ** -0,20 ** -0,15 * -0,09 0,34 ** -0,01 1 TA_t: Trilhas-A tempo; TA_e: Trilhas-A erros; TB_t: Trilhas-B tempo; TB_e: Trilhas-B erros; T1_t: Cancelamento-Figuras Geométricas tempo; T1_e: Cancelamento- Figuras Geométricas erros; T2_t: Cancelamento-Letras em Fileira tempo; T2_e: Cancelamento-Letras em Fileira erros; S1_t: Stroop-Cores tempo; S2_e: Stroop-Cores erros; S2_t: Stroop- Palavras tempo; S2_e: Stroop- Palavras erros; S3_t: Stroop-Cor-Palavra tempo; S3_e: Stroop-Cor-Palavra erros; FAF: Fluência Verbal- Fonológica; FAS: Fluência Verbal-Semântica; *p<0,05; **0,01. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

18 Discussão O presente estudo foi realizado com o intuito de obter evidências de validade de instrumentos para avaliar a atenção e FE baseadas na relação com critérios (sexo e idade) e na relação entre seus escores. Inicialmente verificamos que não houve diferenças de desempenho entre os sexos. Resultado similar também foi obtido no estudo de Hazin et al. (2012) utilizando instrumento de atenção baseado no paradigma de cancelamento de estímulos (TAC) e em outros trabalhos que avaliram componentes distintos das FE, como o controle inibitório (SCWT) (Daniel, Pelotte, & Lewis, 2000). Por outro lado, diferenças de gênero foram encontradas por Dias et al. (2013) no FAS e em teste de memória operacional visual. Apesar dos resultados contraditórios, a versão que utilizamos para o FAS foi diferente do estudo de Dias et al. (2013) e não utilizamos instrumento para memória operacional. Além disto, em outros instrumentos (TT, SCWT e ToL) as autoras também não encontraram diferenças entre os sexos. Sugere-se que, do ponto de vista clínico, esta variável pode não ser relevante para estudos futuros e normativos. Entretanto, estudos com amostras maiores e equilibradas quanto à distribuição dos sexos precisam ser realizados para maior esclarecimentos deste aspecto. Em relação aos efeitos da idade, os resultados deste estudo apontaram diferenças significativas nos escores, com exceção dos erros do SCWT-C e SCWT-CP. Conforme hipotetizado, com a progressão da faixa etária houve diminuição sistemática nos escores de tempo do TC-FG, TC-LF, SCWT-C, SCWT-P, SCWT-CP e aumento nos escores do FAS e da ToL. Em outros escores (TMT-A tempo e erros, TMT-B tempo e erros, TC-FG/ LF erros, SCWT-P erros) também foram encontradas diferenças entre as faixas etárias, Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

19 porém elas ocorrem de forma menos sistemática. No TMT-A, as crianças de 7 anos apresentaram maior escore de tempo em relação às crianças de 8 e 10 anos. Com relação ao número de erros no TMT-A as crianças de 7 e 8 anos também obtiveram escores maiores quando comparadas às crianças de 9 e 10 anos. No escore de tempo do TMT-B também houve diferenças entre as idades de 7, 8 e 9 quando comparadas às crianças de 10 anos, sendo que as primeiras apresentaram tempo maior para a realização do teste. No escore de erros do TMT-B as crianças de 7 anos tiveram menos erros que as crianças de 8 e 9 anos. Nos escores de erros dos TC, houve diferenças somente entre as faixas etárias extremas: 7 e 10 anos para TC-FG e 7 e 8, 9, 10 para o TC-LF. Dentre os escores de erros do SCWT, somente o cartão Palavra apresentou diferenças significativas entre idades. No entanto, somente entre as idades extremas de 7 e 10 anos isto foi observado. Os nossos achados estão condizentes com estudos prévios realizados por outros autores e que obtiveram efeitos significativos da idade (Dias & Seabra, 2012; Dias & Seabra, 2014) e nível de escolaridade (Duncan, 2006; Capovilla & Dias, 2008; Seabra & Dias, 2010; Hazin et al., 2012; Dias & Seabra, 2014) sobre o desempenho atencional e no funcionamento executivo. Além disto, aumentam o escopo de evidências de validade para as versões utilizadas, uma vez que, até o presente momento, foram conduzidos estudos que investigaram somente os efeitos da escolaridade (Lima et a., 2009; Fonseca et al., no prelo) e comparações com amostras clínicas (Simão et al., 2010; Lima et al., 2013). Do ponto de vista psicométrico, a obtenção do efeito da idade sobre os escores trata-se de uma importante evidência de validade (AERA, APA, & NCME, 1999), uma vez que esta variável pode representar diferentes aspectos do desenvolvimento. O que Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

20 sustenta esta premissa é que os instrumentos investigados avaliam funções cognitivas que são desenvolvidas com a progressão das faixas etárias (Zelazo et al., 2004; Rueda et at, 2004; Prencipe et al., 2011). Isto se deve a fatores do neurodesenvolvimento (maturação de circuitos corticais, principalmente de áreas frontais) (Fuster, 2002), assim como influências externas, como por exemplo, aumento das demandas ambientais quando a criança é inserida no processo de escolarização. Estudos posteriores podem ser conduzidos para investigar quais as trajetórias de desenvolvimento dos diferentes domínios cognitivos aqui investigados. Considerando o segundo objetivo do estudo foram realizadas correlações entre os escores dos instrumentos. Tal investigação também é uma importante fonte de evidência de validade, pois fornece dados sobre as variâncias compartilhadas entre os escores (AERA, APA, & NCME, 1999). Na análise intra-testes foram encontradas correlações positivas e significativas, com magnitudes que variaram de baixas à moderadas, principalmente entre os escores de tempo dos testes de atenção sustentada visual (TC-FG e TC-LF) e FE (TMT-A/B e SCWT-C/P/CP). Apesar da variação nos materiais estímulos (ex. TC com figuras geométricas dispostas aleatoriamente ou letras dipostas de forma organizada em fileiras), as correlações obtidas eram esperadas, pois cada instrumento, teoricamente, avalia um construto e utilizam a mesma maneira para aferir o desempenho (escores de tempo). Podemos sugerir que tais relações podem ser mediadas pela velocidade de processamento dos estímulos visuais, representadas pelas medidas de tempo (Sarter, Givens, & Bruno, 2001). Apesar de presentes, as correlações entre os escores de erros foram menos frequentes. Com base nas relações encontradas, estudos futuros podem utilizar procedimentos estatísticos para analisar a estrutura interna de cada instrumento. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

21 Na análise inter-testes também foram obtidas correlações positivas e significativas, com magnitudes variando de baixas à moderadas entre os escores de tempo em atenção sustentada visual (TC-FG e TC-LF) e outras medidas de tempo das FE referentes à flexibilidade (TMT-A, TMT-B) e controle inibitório (SCWT). Os modelos cognitivos descritos por diferentes autores definem as FE como um construto multidimensional. Porém, os autores divergem ao considerar quais componentes fazem parte das FE. A título de exemplo podemos citar o modelo de Miyake et al. (2000) que utilizaram análises fatoriais, cujos resultados extraíram os componentes de flexibilidade cognitiva, memória operacional e controle inibitório. Por outro lado, Zelazo e Müller (2002) subdividem as FE em quentes e frias, com maior ou menor participação de componentes afetivos. Observamos que tais modelos não incluem a atenção, e seus diferentes subtipos, como um dos componentes das FE. Desta foram, os resultados parecem sugerir que os instrumentos podem avaliar construtos distintos, porém semelhantes. Os escores do FAS correlacionaram-se de maneira negativa e significativa com os escores de tempo do SCWT, apresentando magnitudes moderadas. Tais relações são compreensíveis quando consideramos que o escore do FAS representa o número de palavras evocadas no período de um minuto. Conforme indica o trabalho de Dias e Seabra (2014) o controle inibitório é um dos componentes executivos que explicam o desempenho no FAS, principalmente em grupos de crianças mais velhas. Adicionalmente, o escore da ToL correlacionou-se de maneira negativa e significativa com os escores de tempo e erros do TMT-B, escores de erros do TC-FG e LF, escores de tempo e erros do SCWT-C e SCWT-P e escore de tempo do SCWT-CP. Também devemos ressaltar que o escore da ToL representa o número total de acertos, Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

22 justificando a direção da correlação ter sido negativa. Tais relações podem ser interpretadas em termos de possíveis influências das habilidades de atenção (TC), flexibilidade (TMT-B) e controle inibitório (SCWT) sobre o planejamento investigadas em estudos prévios com outras versões da ToL (Welsh, Satterlee-Cartmell, & Stine, 1999; Dias & Seabra, 2012). Por fim, correlações positivas e significativas foram encontradas entre a ToL e a categoria fonológica do FAS. Tais resultados são menos esperados, do ponto de vista, teórico, uma vez que estes instrumentos parecem avaliar processos cognitivos distintos que exigem respostas motoras ou verbais. Entretanto, as correlações podem ser explicadas pelos modelos cognitivos das FE que a consideram como um conceito multidimensional, isto é, com fatores distintos e inter-relacionados (Miyake et al., 2000; Zelazo & Müller, 2002). Apesar disto, é relevante que estudos posteriores possam incluir outras formas de tratamento dos dados, como análise fatorial e de regressão, para esclarecer a organização dos escores em fatores, assim como as variáveis preditivas para o desempenho nos instrumentos aqui investigados. Algumas limitações do presente estudo podem ser mencionadas do forma a direcionar investigações futuras. Em primeiro lugar a ampliação do número de participantes em cada faixa etária e sexo poderia auxiliar na investigação das trajetórias distintas de desenvolvimento de cada domínio cognitivo, bem como em novas comparações entre os sexos. Em segundo lugar, é conveniente a realização de análise fatorial para investigar o agrupamento dos escores e possíveis relações com modelos teóricos descritos na literatura. Estas análises supracitadas permitiriam obter outras fontes de evidências de validade para os instrumentos baseadas na relação com variável externa (idade) e na estrutura interna. Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

23 Considerações Finais A proposta deste estudo foi buscar dois tipos de evidências de validade para instrumentos de atenção e FE a partir do desempenho de estudantes de 7 a 10 anos e sem queixas de dificuldades de aprendizagem. A primeira fonte de evidência foi baseada na relação dos instrumentos com critérios externos, no caso sexo e idade. Não foram encontrados efeitos do sexo sobre o desempenho, porém os escores foram sensíveis para detectar mudanças de desempenho em função da progressão de idade. A segunda fonte de evidências foi baseada na relação entre os escores. Foram obtidas correlações significativas intra e inter-testes. Referências AERA, APA, & NCME (1999). Standards for educational and psychological testing. Washington, DC: AERA. Capovilla, A.G.S., & Dias, N.M. (2008). Desenvolvimento de habilidades atencionais em estudantes da 1ª a 4ª série do ensino fundamental e relação com rendimento escolar. Revista Psicopedagogia, 25(78), Daniel, D.B., Pelotte, M., & Lewis, J. (2000). Lack of sex differences on the Stroop Color-Word Test across three age groups. Perceptual and Motor Skills, 90 (2), Dias, N.M., Menezes, A., & Seabra, A.G. (2013). Age differences in executive functions within a sample os Brazilian children and adolecents. Spanish Journal of Psychology 16(e9), Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

24 Dias, N.M., & Seabra, A. G. (2012). Executive demands of the Tower of London task in Brazilian teenagers. Psychology & Neuroscience, 5(1), Dias, N.M., & Seabra, A.G. (2014). The FAS fluency test in Brazilian children and teenagers: executive demands and the effects of age and gender. Arquivos de Neuropsiquiatria, 72(1), Fonseca, G.U.S., Lima, R.F., Ims, R.E., Coelho, D.G., & Ciasca, S.S. (no prelo). Evidências de validade para instrumentos de atenção e funções executivas e relação com desempenho escolar. Temas em Psicologia, 23(4). Fuster, J.M. (2002). Frontal lobe and cognitive development. Journal of Neurocytology 31(3-5), Gazzaniga, M.S., Ivry, R.B., & Mangun, G.R. (2006). Neurociência cognitiva. Porto Alegre: Artmed. Gil, R. (2002). Neuropsicologia. São Paulo: Editora Santos. Hazin, I., Falcão, J.T.R., Garcia, D., Gomes, E., Cortez, R., Maranhão, S., Menezes, T., & Dias, M.G.B.B. (2012). Dados normativos do Teste de Atenção por Cancelamento (TAC) em estudantes do ensino fundamental. Psico (RS), 43(4), Lezak, M.D., Howieson, D.B., Bigler, E.D., & Tranel, D. (2012). Neuropsychological assessment (5 th ed.). New York: Oxford University Press. Lima, R.F., Salgado-Azoni, C.A., & Ciasca, S.M. (2013). Attentional and executive deficits in Brazilian children with Developmental Dyslexia. Psychology 4(10A), Revista Sul Americana de Psicologia, v2, n2, Jul/Dez,

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