Direito Administrativo (área 4) p/ BACEN

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1 AULA 00: Processo administrativo e sua revisão SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação Cronograma 3 3. Noções Gerais sobre Processo Administrativo Processo Administrativo Federal Lei 9.784/ Lista das questões apresentadas Gabarito das questões apresentadas Apresentação Caríssimo aluno, É com grande prazer que escrevo esta aula demonstrativa de Direito Administrativo para a área de Contabilidade e Finanças do atual concurso do BACEN. Trabalhar no BACEN é um sonho e espero que eu possa, com este curso, ajudar você a realizá-lo! Para quem ainda nunca foi meu aluno, vou me apresentar! Meu nome é Caio de Oliveira e estou há mais de quatro anos envolvido com concurso público e, há dois, com o mercado financeiro. Sou Analista de Mercado de Capitais na Comissão de Valores Mobiliários e, anteriormente, trabalhei três anos como Analista de Comércio Exterior no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ainda, tenho MBA em Finanças pelo IBMEC, sou candidato no CFA Program (fui aprovado no Level II em junho de 2013) e estou no 6º período do Bacharelado em Direito na UERJ. Enfim, vou tentar neste curso aliar minha experiência em concursos, estudo teórico e experiência no serviço público federal. Com seu empenho na leitura das aulas e a minha disposição em responder suas dúvidas, teremos boas oportunidades de aprendizado! Prof. Caio de Oliveira 1 de 44

2 Meu método de estudo é simples e direto, mas não abro mão de lhes ensinar todos os detalhes necessários para que vocês sejam aprovados no concurso! As aulas seguirão, basicamente, a seguinte estrutura: explicação ampla sobre o tema; análise detalhada dos tópicos cobrados normalmente em concursos, com exemplos demonstrativos; apresentação de exercícios já aplicados pelo CESPE e, quando necessário, por outras bancas; resolução dos exercícios. Como vocês podem ver, utilizo uma linguagem simples e busco explicar mesmo o que parece óbvio, mas, como o objetivo é prepararlhe para ser aprovado, alcançaremos gradualmente um sólido conhecimento da matéria. Neste curso, focaremos exclusivamente no Edital do BACEN recentemente publicado. Em relação ao edital com o qual trabalharemos, acredito que ele não apresenta grandes dificuldades. Se você ler atentamente as aulas e fizer os exercícios, não deverá ter muitos problemas. Aquela questãozinha que você errar eventualmente em contabilidade ou estatística, você vai compensar em Administrativo! ;-) Uma última observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de Prof. Caio de Oliveira 2 de 44

3 nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos! 2 Cronograma O cronograma das nossas aulas será o seguinte: Aula Demonstrativa (26/08/2013) Processo administrativo e sua revisão (Lei nº 9.784/1999). Aula 01 (16/09/2013) Penalidades aplicáveis às instituições do Sistema Financeiro Nacional (Lei nº 4.595/1964). Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional: atribuições e estrutura (Lei nº 9.069/1995; Decreto nº /1985 e Decreto nº 1.935/1996). Aula 02 (04/10/2013) Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF): atribuições e estrutura (Lei nº 9.613/1998 e Decreto nº 2.799/1998). Sigilo das operações de instituições financeiras: disposições (Lei Complementar nº 105/2001). Agora, vamos ao que interessa! 3 Noções Gerais sobre Processo administrativo Antes de estudarmos o Processo Administrativo Federal, que é regulado pela Lei 9.784/1999, vamos entender do que se trata o próprio processo administrativo em si. Isso não é um ponto específico do seu edital, mas ajudará na melhor compreensão da nossa disciplina! Mãos à obra então! O procedimento administrativo é a sequência de atividades da Administração, interligadas entre si, que visa alcançar determinado fim previsto em lei. É uma atividade contínua, em que os atos e operações Prof. Caio de Oliveira 3 de 44

4 são colocados numa ordem de sucessão com a finalidade de se alcançar o objetivo predeterminado. Exatamente pelo fato de o procedimento ser constituído pela prática de vários atos e atividades, não somente de administradores públicos como também de administrados e terceiros, sua formalização ocorre, em geral, através de um Processo Administrativo. Este, que é o nosso ponto de estudo na aula, funciona como indicativo das relações jurídicas entre os participantes do procedimento, valendo como instrumento para se atingir o objetivo final da Administração. Para facilitar, devemos entender que o procedimento administrativo é a sequência de atos praticados de forma ordenada para alcançar-se determinado fim da Administração Pública, sendo o Processo Administrativo a sua formalização e indicativo de relação jurídica processual. Quando a lei exige, o procedimento regular é condição de eficácia e validade do ato administrativo final. Assim, processo e procedimento têm clássica diferenciação quanto ao seu conteúdo jurídico: o processo retrata relação jurídica específica, de caráter processual estrito; já o procedimento define puramente o desenrolar dos atos e fatos que configuram o começo, meio e fim do processo realidade que não significa relação jurídica. São conceitos jurídicos que designam fenômenos diversos no mundo do Direito. Alguns autores atuais entendem que talvez a atividade processual seja a maneira mais democrática de se chegar à realização de um ato administrativo. Daí o processo caracterizar-se como instrumento de garantia dos direitos individuais. Ao administrado não será apenas dado o dever de submeter-se aos atos estatais, pois o caminho processual será importante para proteger o direito material (o que se visa obter saúde, educação, segurança pública etc.) dos participantes. Diante disso, entende-se que o processo não merece ser vislumbrado unicamente como rito ou procedimento. Ao serem utilizados tais termos, é imediata a conexão a ideias puramente formais. Prof. Caio de Oliveira 4 de 44

5 Através do processo administrativo não se pretende mera proteção a prazos, publicações, vistas, protocolos e demais burocracias da atividade estatal. O processo é instrumento de participação, proteção, e garantia dos direitos individuais. Ao fim do processo, o cidadão terá convicção de que o ato administrativo é legítimo e perfeito. 4 Processo Administrativo Federal Lei 9.784/ Disposições Gerais e Princípios A lei 9.784/1999 disciplina de forma geral o processo administrativo no âmbito da administração federal. Isto significa que suas disposições são aplicáveis à Administração Pública federal direta e indireta, além de aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando exercerem função administrativa. Portanto, a lei não é nacional, ou seja, ela não determina os atos praticados pelos Estados, municípios e Distrito Federal. De acordo com o que estabelece o artigo 69 da lei, a sua aplicação aos processos administrativos federais tem caráter supletivo ou subsidiário. Para fixarmos este conceito, basta entender que se houver uma outra lei específica sobre algum tipo de processo administrativo federal, esta terá aplicação direta e imediata sobre o assunto, restando à lei 9.784/1999 apenas o papel de responder às questões que ficarem omissas, ou seja, sem solução na lei específica. Um exemplo de lei específica sobre processo administrativo é a lei 8.112/1990, que regula o processo administrativo disciplinar federal (PAD). Ponto importante a ser destacado na lei que estamos estudando são os princípios do processo administrativo. O artigo 2º elenca vários deles, uma parte presente expressamente e outra implicitamente na Constituição Federal, quais sejam: (i) legalidade; (ii) finalidade; (iii) motivação; (iv) razoabilidade; (v) proporcionalidade; (vi) Prof. Caio de Oliveira 5 de 44

6 moralidade; (vii) ampla defesa; (viii) contraditório; (ix) segurança jurídica; (x) interesse público; e (xi) eficiência. Vamos dar uma olhada na lei agora e verificar a relação entre o sentido destes princípios e os critérios a serem observados nos processos administrativos: Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: LEGALIDADE: atuação conforme a lei e o Direito; IMPESSOALIDADE E INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; IMPESSOALIDADE: objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; MORALIDADE: atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; PUBLICIDADE: divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; RAZOABILIDADE/ PROPORCIONALIDADE: adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; MOTIVAÇÃO: indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; SEGURANÇA JURÍDICA: observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; SEGURANÇA JURÍDICA e INFORMALISMO: adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO: garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de Prof. Caio de Oliveira 6 de 44

7 provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; GRATUIDADE DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS: proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; OFICIALIDADE: impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; SEGURANÇA JURÍDICA: interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Vale ressaltar que existem outros princípios, apontados por diversos autores, que também são aplicáveis ao processo administrativo e que, como visto acima, estão pontuados implicitamente na nossa lei. Alguns deles são os seguintes: (i) informalismo a prática dos atos processuais será realizada de forma livre, devendo existir respeito à determinada forma apenas se a lei assim fixar ; (ii) oficialidade também denominado de impulso oficial, determina que o processo administrativo, depois de ter sido iniciado pelo administrado, deve ser levado até a decisão final pela Administração Pública ; (iii) verdade material é necessário que se busque sempre o conhecimento dos fatos efetivamente ocorridos ; e (iv) gratuidade em regra, não existem os ônus presentes no processo judicial. E para vocês perceberem como princípios são importantes em concursos, vamos duas questões agora! (CESPE;TRE-MS;2013) 1 - No processo administrativo, a administração pública tem o poderdever de produzir provas com o fim de atingir a verdade dos fatos, não devendo, por isso, ficar restrita ao que as partes demonstrarem no procedimento. Esse pressuposto, conforme a doutrina pertinente, referese ao princípio da A) Da gratuidade. B) Oficialidade. Prof. Caio de Oliveira 7 de 44

8 C) Lealdade e boa-fé. D) Do informalismo. E) Da verdade material. Direito Administrativo (área 4) p/ BACEN Solução: Letra E. Como acabamos de ver, o princípio da verdade material consiste exatamente em se afirmar que é necessário que se busque sempre o conhecimento dos fatos efetivamente ocorridos. Neste contexto, a própria Administração pode atuar de ofício na busca por provas que demonstrem a realidade do caso. (CESGRANRIO; BACEN 2010) 2 - Em processos administrativos, a exigência de atuação, segundo padrões éticos de boa-fé, e de indicação dos pressupostos de fato e de direito, determinantes da decisão, decorrem, respectivamente, da aplicação dos princípios da (A) impessoalidade e da ampla defesa. (B) publicidade e da proporcionalidade. (C) legalidade e da razoabilidade. (D) moralidade e da motivação. (E) legitimidade e da segurança jurídica. Solução: Letra D. Como vimos, existem vários princípios incidentes no processo administrativo. Uns são explícitos, presentes no próprio texto da lei, outros são implícitos, decorrem da interpretação sistemática das suas regras e de todo o ordenamento jurídico, tendo a Constituição Federal como fonte de irradiação de diversos conceitos e metas. Nesse contexto, os princípios da moralidade e da motivação são, respectivamente, as denominações corretas para as definições destacadas no enunciado da questão. Neste exempli, estes princípios apresentados (moralidade e motivação) são explícitos, presentes no artigo 2º da Lei 9.784/1999. Prof. Caio de Oliveira 8 de 44

9 4.2 Os Direitos dos Administrados Direito Administrativo (área 4) p/ BACEN Seguindo o que dispõe a Lei 9.784/1999 no seu artigo 3º, os administrados, além de outras prerrogativas asseguradas aos mesmos através da constituição Federal e legislação infraconstitucional, detém, perante a Administração, os seguintes direitos: ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. Dos direitos enumerados acima, observamos a presença de vários dos princípios que já comentamos na aula. Logo de início, como exemplo, temos o princípio da publicidade intrínseco ao direito do administrado ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que se enquadre na condição de interessado. Em relação à disposição que entende ser facultado ao administrado apresentar documentos antes da decisão, fica clara a presença do princípio da verdade material. Afinal, a importância dada aos documentos denota a imprescindibilidade dos fatos relatados no processo serem reais. Outro ponto interessante é o direito do administrado ser representado, facultativamente, por advogado, ressalvadas as situações em que a presença deste seja obrigatória em virtude de lei. Aqui, temos a incidência do princípio do informalismo do processo administrativo. Este entendimento é, inclusive, objeto da Súmula Vinculante nº 5, na qual o Prof. Caio de Oliveira 9 de 44

10 STF determina que a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Por fim, vale ressaltar que o direito da duração razoável do processo, presente no artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição, também está presente no processo administrativo. É a ideia de que os processos, tanto judiciais quanto administrativos, devem ser pautados pela celeridade no seu andamento. 4.3 Os Deveres dos Administrados Neste tópico da aula, percebemos que o processo administrativo não é feito apenas de direitos, mas também de deveres aos administrados! Assim, são deveres dos administrados perante a Administração, além de outros previstos na legislação vigente: expor os fatos conforme a verdade; proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; não agir de modo temerário; prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 4.4 Início do Processo O processo administrativo pode iniciar-se de ofício (quando a própria Administração dá o pontapé inicial) ou a pedido de interessado (quando o administrado/terceiro formula um pedido para que o processo se inicie). No último exemplo, O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; identificação do interessado ou de quem o represente; Prof. Caio de Oliveira 10 de 44

11 domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; data e assinatura do requerente ou de seu representante. Faz-se imprescindível destacar que a Administração não pode recusar imotivadamente o recebimento de documentos entregues pelo interessado no processo. Esta prática ocorre em decorrência do princípio da motivação dos atos administrativos, que preceitua a regra de que Administração deve sempre justificar seus atos, apresentando os fundamentos de fato e de direito que corroboraram para a sua decisão. Portanto, caso haja alguma falha no pedido inicial do interessado no processo, ou seja, se não houver algum dos dados elencados acima na formulação escrita apresentada, deve o servidor orientar o interessado quanto à correção de tais erros. Outra regra acerca do início do processo diz respeito ao dever dos órgãos e entidades administrativas de elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. Isto facilitará, por exemplo, quando houver pedidos de uma pluralidade de interessados com conteúdo e fundamentos idênticos. Neste caso, estes pedidos poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. Vamos agora a uma questão! Afinal, para passar é preciso exercitar! (CESPE;CNJ;2013) 3 - Em relação ao processo administrativo no âmbito da administração pública federal, regido pela Lei n. o 9.784/1999, julgue o item abaixo. É defeso à administração recusar imotivadamente o recebimento de documentos. Nesse caso, o servidor deverá orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. Prof. Caio de Oliveira 11 de 44

12 Solução: Certo. Além de Administração ter o dever de sempre motivar os seus atos, dando as razões de fato e de direito que a levaram a tomar determinada decisão, a mesma não pode proibir o recebimento de documentos levados ao processo pelo interessado. Trata-se do princípio da verdade material, que está devidamente assegurado no processo administrativo! Além disso, a lei é expressa em relação a esta regra. 4.5 Os interessados São legitimados como interessados no processo administrativo as seguintes pessoas: pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. Importante apontar que são capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. 4.6 Competência A competência para julgar os processos administrativos é irrenunciável. Ela deve ser exercida pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação (quando o Prof. Caio de Oliveira 12 de 44

13 órgão competente passa este seu dever a outro órgão) e avocação (quando o órgão superior traz para si competência de órgão inferior) legalmente admitidos. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Um exemplo disso é a delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Não podem ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo; a decisão de recursos administrativos; as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Em nome do princípio da publicidade que já vimos acima, o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. Além disso, o ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. Vale destacar ainda que, através do seu poder de autotutela (em que se afirma que a Administração pode rever seus próprios atos), o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Os órgãos e entidades administrativas devem divulgar publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial. Por fim, inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. Prof. Caio de Oliveira 13 de 44

14 matéria! Direito Administrativo (área 4) p/ BACEN Vamos a uma questão agora, para que fiquemos afiados na (CESPE;TRE-RJ;2012) 4 - A decisão de recursos administrativos no âmbito do processo administrativo na administração pública federal não pode ser objeto de delegação. Solução: Certo. Como acabamos de ver, uma das hipóteses em que não pode ocorrer delegação de ato administrativo é exatamente referente ao exercício de decisão de recursos administrativos. As outras situações de impedimento de delegação são: edição de atos de caráter normativo e matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 4.7 Impedimento e Suspeição O impedimento e a suspeição são institutos clássicos de direito processual, que foram devidamente ressaltados na lei de processo administrativo federal. De forma simples e direta, as situações previstas para impedimento ou suspeição do julgador visam assegurar a atuação imparcial do agente público no âmbito do processo administrativo. Aqui temos clara a participação dos princípios da impessoalidade e moralidade. A lei prevê hipóteses de incapacidade subjetiva do agente administrativo em participar do processo, não levando em consideração atribuições próprias do seu cargo, mas questões pessoais do servidor. Este é o significado maior por trás dos exemplos de impedimento e suspeição trata-se de não deixar participar do processo um agente administrativo que, por questões pessoais, não tem a imparcialidade adequada para o caso. Importante destacar ainda que impedimento e suspeição diferenciam-se de acordo com o nível de comprometimento que o servidor ou autoridade tem com o processo. No impedimento há presunção Prof. Caio de Oliveira 14 de 44

15 absoluta de parcialidade do agente, enquanto na suspeição esta presunção é apenas relativa (pode haver prova em contrário desta afirmação). Neste contexto, é impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: tenha interesse direto ou indireto na matéria; tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. De acordo com a lei 9.784/1999, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Em relação à suspeição de autoridade ou servidor, esta pode ser arguida, quando o agente tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. Diante disso, percebe-se que, seguindo o que dispõe a nossa lei, a suspeição é tida como uma faculdade do interessado. Se não for alegada dentro do prazo próprio, ou seja, se não for suscitada tempestivamente, ocorre a preclusão (a perda do direito de agir diante da oportunidade desperdiçada) do direito de invocá-la. Frise-se também que ao servidor não existe a obrigação de se declarar suspeito (o oposto da hipótese de impedimento). Agora, vamos fazer algumas questões para esquentarmos os motores e fixarmos a matéria! (CESPE;INPI;2013) Prof. Caio de Oliveira 15 de 44

16 Com relação a processo administrativo e à Lei 9.784/1999, julgue os itens subsequentes. 5 - A autoridade ou o servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau estão impedidos de atuarem no mesmo processo. Solução: Errado. Como vimos acima, o exemplo da questão é de suspeição da autoridade e não de impedimento! Além disso, a suspeição é arguida facultativamente pelo interessado, ou seja, se não for alegada dentro do prazo próprio, haverá preclusão desse direito. 6 - No processo administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica por advogado ofende a Constituição Federal, pois o contraditório e a ampla defesa são princípios orientadores do processo administrativo. Solução: Errado. Como vimos lá no início da aula, um dos princípios que norteiam o processo administrativo é o informalismo! Segundo este, basta que se adote formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados, para que o processo administrativo esteja ok. Neste contexto, a dispensa do advogado, desde que a lei não determine o contrário, é um dos exemplos de aplicação do mencionado princípio no processo administrativo. (CESPE;TJ-DF;2013) À luz do que dispõe a Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens. 7 - O servidor que estiver litigando judicialmente contra a companheira de um interessado em determinado processo administrativo estará impedido de atuar nesse processo. Prof. Caio de Oliveira 16 de 44

17 Solução: Certo. Como vimos agora em impedimento e suspeição, uma das hipóteses, prevista na nossa lei, em que o servidor estará impedido de participar do processo administrativo, ou seja, quando há incapacidade subjetiva do agente administrativo em participar do processo, é exatamente o exemplo no enunciado desta questão. 8 - O processo administrativo pode ser iniciado a pedido do interessado, mediante formulação escrita, não sendo admitida solicitação oral. Solução: Errado. De acordo com o capítulo referente ao início do processo administrativo, o requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito. Assim, percebe-se que não há uma total vedação para que a formulação do pedido inicial do interessado seja realizada oralmente (a lei pode determinar que desse jeito seja) Forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo Seguindo o princípio do informalismo próprio do processo administrativo, a lei 9.784/1999 determina que os atos do processo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. Entretanto, como exigência, a lei afirma que estes mesmos atos devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. Além disso, o processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas. De qualquer forma, ainda que exista um mínimo de exigências, percebemos a flexibilidade da lei quando, ressalvadas as situações de imposição legal, declara que o reconhecimento de firma somente será exigido se houver dúvida de autenticidade. Ademais, se a autenticação de Prof. Caio de Oliveira 17 de 44

18 documentos exigidos em cópia puder ser feita pelo órgão administrativo, o mesmo trabalho em cartórios fica dispensado mais uma vez. Em relação ao tempo, os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo. Esta é a regra! Entretanto, serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. Quando não houver um prazo determinado/específico, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. Este prazo, contudo, pode ser estendido ao dobro, desde que haja justificação comprovada. Quanto ao lugar dos atos processuais, os mesmos devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização. 4.9 A comunicação dos Atos O capítulo da lei 9.784/1999 referente à comunicação dos atos diz respeito ao instituto processual da intimação. De acordo com o artigo 234 do CPC, intimação é o ato que se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (ou seja, para que tome as providências necessárias). Neste contexto, a nossa lei determina que o órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. A lei determina ainda que a intimação deverá conter: identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; finalidade da intimação; data, hora e local em que deve comparecer; Prof. Caio de Oliveira 18 de 44

19 se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Sempre que seja necessário o comparecimento do interessado à repartição, a intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis. Além disso, a intimação poderá ser efetuada das seguintes formas: pessoal, provada pela ciência no processo, quando houver comparecimento do interessado à repartição; por via postal com aviso de recebimento; por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado; no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, por meio de publicação oficial. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. Aqui temos a presença do princípio da instrumentalidade das formas, que possui o seguinte conceito: a forma estipulada para um ato processual visa essencialmente assegurar que este cumpra os seus fins. Isto significa que, embora tenham existido falhas no ato processual proferido, se o mesmo, ainda assim, atingir a sua finalidade, a irregularidade é sanada, ou seja, a forma é um mero instrumento, sendo a finalidade do ato o que realmente tem valor para o Direito. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Trata-se de observância ao princípio da verdade material, uma vez que não se presume culpa, confissão ou renúncia a Prof. Caio de Oliveira 19 de 44

20 direito pelo simples fato de o particular não atender à intimação. Neste caso, o direito à ampla defesa permanecerá intacto, devendo o interessado, no prosseguimento do processo, exercê-lo. Agora, o mais importante, é sabermos os atos que necessitam ser intimados! Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse Instrução do Processo As atividades de instrução do processo são destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão. Elas são realizadas, de acordo com a lei 9.784/1999, de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias. Com efeito, a Administração, por força do princípio da oficialidade, pode adotar todas as providências necessárias à adequada instrução do processo. Isto, contudo, não impede que o administrado proponha a prática de atos necessários ou úteis ao andamento da instrução, realizando, assim, a impulsão (provocação) do órgão responsável pelo processo. O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do processo. Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. Como podemos observar, durante a instrução, há uma conjugação de esforços para se alcançar a elucidação dos fatos presentes no processo ou através da iniciativa oficial ou da provocação do interessado. Entretanto, é importante destacar que são inadmissíveis no processo Prof. Caio de Oliveira 20 de 44

21 administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. Assim, ainda que um dos objetivos do processo é encontrar a verdade material, esta não pode ser a qualquer custo há que se respeitar o princípio da legalidade sempre. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas. O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais. Outro exemplo em que a consulta pública pode ocorrer é quando, antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, forem necessários debates sobre a matéria do processo. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente reconhecidas. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. O ônus da prova cabe ao interessado quando este alega os próprios fatos. Entretanto, quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Prof. Caio de Oliveira 21 de 44

22 Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, a obtenção dos documentos ou das respectivas cópias (ou seja, o órgão competente será o responsável pela apresentação das provas). O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão (ou seja, nas justificações da decisão). A Administração apenas poderá recusar as provas propostas pelos interessados, mediante decisão fundamentada, quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias (que visam somente atrasar o processo). Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim (com o prazo mínimo de três dias como vimos), mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo. Vale lembrar que, se o prazo aberto ao interessado referir-se à intimação para produção de prova ou realização de diligência, o mesmo deverá ser de no mínimo três dias úteis. Nesta hipótese de arquivamento, faz-se imprescindível destacar, a Administração não teve como suprir a omissão ou entendeu que a matéria não era relevante para tanto. Prof. Caio de Oliveira 22 de 44

23 Quanto aos prazos dos pareceres a serem emitidos pelo órgão competente do processo administrativo, temos as seguintes regras: o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo; se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso; se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. Como garantia do princípio da publicidade, os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. Prof. Caio de Oliveira 23 de 44

24 4.11 O Dever de Decidir Direito Administrativo (área 4) p/ BACEN A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente A Motivação Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; decidam recursos administrativos; decorram de reexame de ofício; deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os Prof. Caio de Oliveira 24 de 44

25 fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito A Desistência e outros casos de Extinção do Processo O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. A desistência ou renúncia, entretanto, atinge apenas aquele que a proferiu. Havendo vários interessados, ocorre o prosseguimento normal do processo para aqueles que decidiram permanecer neste caminho. Desse modo, a desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. Porém, o órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. Agora, para não ver ninguém desanimado, vamos fazer algumas questões! (CESPE;ANAC;2012) A respeito do processo administrativo, regulamentado pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens seguintes. 9 - A autoridade ou servidor que não comunicar o seu impedimento no processo administrativo comete falta grave para efeitos disciplinares. Solução: Certo. Como vimos lá no capítulo de impedimento e suspeição, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Além disso, a lei Prof. Caio de Oliveira 25 de 44

26 determina ainda que a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares No processo administrativo, o comparecimento do interessado de forma espontânea não supre a falta ou a irregularidade da intimação. Solução: Errado. Como vimos no capítulo referente à comunicação dos atos, é dever do órgão competente para apreciação do processo administrativo a realização de intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. Entretanto, ainda que haja irregularidades na intimação feita, se o interessado comparecer à repartição de forma espontânea, o vício é sanado A desistência, ou renúncia, por parte do interessado no processo administrativo, gera automaticamente o arquivamento do processo. Solução: Errado. Como acabamos de ver, não necessariamente a desistência ou renúncia implicam em arquivamento automático do processo. Se houver mais de um interessado, por exemplo, estudamos que haverá prosseguimento normal do procedimento para aqueles que não tomaram a decisão de desistência ou renúncia. Além disso, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige, mesmo que haja renúncia ou desistência por parte do interessado, há também prosseguimento normal do feito Em um processo administrativo, são considerados capazes os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. Solução: Certo. É exatamente o que está lei, letra por letra! Prof. Caio de Oliveira 26 de 44

27 4.14 Anulação, Revogação e Convalidação Direito Administrativo (área 4) p/ BACEN A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Esta regra é derivada do princípio da Autotutela, presente no Direito Administrativo, que determina que a Administração pode sempre rever seus próprios atos. Além disso, trata-se também de respeito aos princípios da legalidade e da moralidade, uma vez que a Administração deve sempre se pautar lei e pelos princípios do Direito. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários tem o prazo decadencial de cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. Considerase exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Aqui temos a possibilidade dos atos administrativos eivados de vício voltarem à validade, tendo em vista que a nulidade era apenas relativa, ou seja, ela podia ser sanada Recurso Administrativo e Revisão Atenção agora, pessoal! Este é um dos pontos mais cobrados em processo administrativo nos concursos! Vamos com tudo nos estudos dos Recursos Administrativos. Não desanimem, estamos chegando ao final da nossa aula! O direito de recurso está ínsito aos princípios do contraditório e da ampla defesa. O interessa deve sempre ter a disponibilidade de recorre Prof. Caio de Oliveira 27 de 44

28 das decisões no processo. Assim, de acordo com a lei 9.784/1999, das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. Vale ressaltar ainda que trata-se de recurso hierárquico, uma vez que a autoridade competente para apreciá-lo é a autoridade hierarquicamente superior a que proferiu a decisão recorrida. Neste contexto, o recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução (não é necessário depositar valores ou oferecer bens em garantia para que o recurso seja admitido). Um ponto importante diz respeito à hipótese de se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado de súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. Vale destacar ainda que o administrado, no caso de entender que houve violação a enunciado de súmula vinculante, poderá ajuizar reclamação perante o STF desde que tenha esgotado as vias administrativas (lei /2006). O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. Quando a lei não fixar Prof. Caio de Oliveira 28 de 44

29 prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. Este prazo poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo (isto significa que a decisão proferida no processo terá efeitos de imediato, não ficando suspensa pela eventual interposição de recurso). No entanto, havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações. Importante explicar que conhecer o recurso implica em se afirmar que estão presentes os requisitos de admissibilidade do mesmo (tais como legitimidade do interessado e verdadeiro interesse de agir), promovendo o seu seguimento. O recurso não será conhecido quando interposto: fora do prazo; perante órgão incompetente; por quem não seja legitimado; após exaurida a esfera administrativa. Sendo o não conhecimento do recurso em razão de ter sido interposto perante órgão incompetente, diz a nossa lei que será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. Isto significa que o administrado terá mais uma vez a chance de interpor de forma correta o recurso. O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão Prof. Caio de Oliveira 29 de 44

30 administrativa (quando há impossibilidade de se apreciar novamente a matéria na via administrativa). Esta regra mais uma vez decorre do poder de autotutela administrativa (da Administração poder rever seus próprios atos), bem como do princípio da verdade material (mesmo o recurso sendo não conhecido, diante da ilegalidade flagrante no caso, a Administração poderá rever sua decisão para que se alcance a justiça). O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Se, através do exercício desses poderes, puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. Como já vimos anteriormente, se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. Se for acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação (que apenas será admitida se todas as instâncias administrativas tiverem sido exauridas) fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. De acordo com este entendimento, o legislador adotou uma regra diferente para a possibilidade de aplicação da chamada reformatio in pejus (reforma em prejuízo do interessado), que é permitida nos recursos administrativos em geral, mas é vedada especificamente na revisão de processos de que resultem sanções. Isto Prof. Caio de Oliveira 30 de 44

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