DIREITO CONSTITUCIONAL

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1 Márcio André Lopes Cavalcante Julgados excluídos por terem menor relevância para concursos públicos ou por terem sido decididos com base em peculiaridades do caso concreto: EP 23 AgR/DF; ADI 1798/BA; ADI 2294/RS; ADI 251/CE; RE /RS; ARE RG-ED/RJ; Inq 3752/DF. Leia-os ao final. ÍNDICE Direito Constitucional Emenda parlamentar a proposições legislativas de iniciativa privativa do chefe do Executivo. Análise do art. 102, I, f, da CF/88. Recurso contra a prova oral nos concursos da magistratura. Direito Administrativo Impossibilidade de concessão de aumentos para servidores com base no princípio da isonomia. Contratação pela Administração Pública sem concurso público e ausência de efeitos trabalhistas. Direito Penal Princípio da insignificância e condenação anterior por lesão corporal. Art. 89 da Lei 8.666/93. Direito Previdenciário Necessidade de prévio requerimento administrativo para a concessão de benefício previdenciário na vida judicial. DIREITO CONSTITUCIONAL Emenda parlamentar a proposições legislativas de iniciativa privativa do chefe do Executivo O parlamentar poderá apresentar emendas em um projeto de lei que seja de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo? Em outras palavras, o projeto de lei que trata sobre uma das matérias do art. 61, 1º da CF/88 e que esteja tramitando no Parlamento poderá ser alterado pelos parlamentares? SIM. É possível que haja emenda parlamentar em um projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, desde que cumpridos dois requisitos: a) haja pertinência temática (a emenda não trate sobre assunto diferente do projeto original); e b) a emenda não acarrete aumento de despesas (art. 63, I, da CF/88). Diante disso, o STF considerou inconstitucional a emenda apresentada por parlamentar a uma PEC de iniciativa do Governador que instituía o teto do funcionalismo estadual. A emenda do Deputado previa exceções ao teto de forma que acabava criando despesas, o que viola o art. 63, I, da CF/88 aplicável ao processo legislativo estadual com base no princípio da simetria. STF. Plenário. ADI 5087 MC/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2014 (Info 756). Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 1

2 Projetos de lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo A CF/88 prevê que determinados projetos de lei que tratam sobre certas matérias somente poderão ser propostos pelo chefe do Poder Executivo. Essa relação de assuntos está no 1º do art. 61 da CF/88 e é importante que você conheça por ser cobrada com frequência nas provas: Art. 61 (...) 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. O 1º do art. 63 acima transcrito fala em Presidente da República e não em Governador. Apesar disso, podemos aplicar esse dispositivo também no caso de projetos de lei apresentados na Assembleia Legislativa? SIM. Essa regra é aplicada também no âmbito estadual por força do princípio da simetria. Segundo o princípio ou regra da simetria, o legislador constituinte estadual, ao elaborar as normas da Constituição estadual sobre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e sobre as regras do pacto federativo, deverá observar, em linhas gerais, o mesmo modelo imposto pela Constituição Federal, a fim de manter a harmonia e independência entre eles. Ex: a CE não pode estabelecer que o projeto de lei para a criação de cargos na Administração Pública estadual seja de iniciativa parlamentar. Tal previsão violaria o princípio da simetria, já que iria de encontro ao modelo federal imposto pelo art. 61, 1º, I, b, da CF/88. O princípio da simetria não está previsto de forma expressa na CF/88. Foi uma criação pretoriana, ou seja, idealizado pela jurisprudência do STF. Alguns Ministros invocam como fundamento normativo para a sua existência, o art. 25 da CF e o art. 11 do ADCT, que determinam aos Estados-membros a observância dos princípios da Constituição da República. As regras de processo legislativo previstas na CF/88 são normas de reprodução obrigatória pelos Estadosmembros, ou seja, estão submetidas ao princípio da simetria. O parlamentar poderá apresentar emendas em um projeto de lei que seja de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo? Em outras palavras, o projeto de lei que trata sobre uma das matérias do art. 61, 1º da CF/88 e que esteja tramitando no Parlamento poderá ser alterado pelos parlamentares? SIM. É possível que haja emenda parlamentar em um projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, desde que cumpridos dois requisitos: a) haja pertinência temática (a emenda não trate sobre assunto diferente do projeto original); e b) a emenda não acarrete aumento de despesas (art. 63, I, da CF/88). Assim, nos projeto de lei de iniciativa do Chefe do Executivo, o parlamentar pode até propor emendas, mas estas deverão respeitar as restrições trazidas pelo art. 63, I, da CF/88. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 2

3 Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, 3º e 4º; Obs: os 3º e 4º tratam sobre os projetos de lei orçamentária e da LDO; nesses dois casos é possível que a emenda parlamentar acarrete aumento de despesas. Veja um precedente antigo do Supremo nesse sentido: (...) A atuação dos integrantes da Assembleia Legislativa dos Estados-membros acha-se submetida, no processo de formação das leis, à limitação imposta pelo art. 63 da Constituição, que veda - ressalvadas as proposições de natureza orçamentária - o oferecimento de emendas parlamentares de que resulte o aumento da despesa prevista nos projetos sujeitos ao exclusivo poder de iniciativa do Governador do Estado ou referentes à organização administrativa dos Poderes Legislativo e Judiciário locais, bem assim do Ministério Público estadual. (...) O poder de emendar - que não constitui derivação do poder de iniciar o processo de formação das leis - qualifica-se como prerrogativa deferida aos parlamentares, que se sujeitam, no entanto, quanto ao seu exercício, às restrições impostas, em numerus clausus, pela Constituição Federal. (...) Revela-se plenamente legítimo, desse modo, o exercício do poder de emenda pelos parlamentares, mesmo quando se tratar de projetos de lei sujeitos à reserva de iniciativa de outros órgãos e Poderes do Estado, incidindo, no entanto, sobre essa prerrogativa parlamentar - que é inerente à atividade legislativa -, as restrições decorrentes do próprio texto constitucional (CF, art. 63, I e II), bem assim aquela fundada na exigência de que as emendas de iniciativa parlamentar sempre guardem relação de pertinência ( afinidade lógica ) com o objeto da proposição legislativa. Doutrina. (...) STF. Plenário. ADI 2681 MC, Rel. Min. Celso De Mello, julgado em 11/09/2002. Os Deputados poderão apresentar uma proposta de emenda constitucional tratando sobre algum dos assuntos mencionados no art. 61, 1º da CF/88? NÃO. O STF entende que, se houver uma emenda constitucional tratando sobre alguma dos assuntos listados no art. 61, 1º da CF/88 essa emenda deve ter sido proposta pelo chefe do Poder Executivo. Assim, é incabível que os parlamentares proponham uma emenda constitucional dispondo sobre o regime jurídico dos servidores públicos, por exemplo (art. 61, 1º, II, c ). Se isso fosse permitido, seria uma forma de burlar a regra do art. 61, 1º da CF/88. Em suma, matéria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode ser regulada por emenda constitucional de origem parlamentar (STF. Plenário. ADI 2.966, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em 06/04/2005). Se o chefe do Executivo enviar uma PEC tratando sobre um dos temas do 1º do art. 61 da CF/88, os parlamentares poderão propor emendas alterando essa proposição? SIM, desde que: c) haja pertinência temática (a emenda não trate sobre assunto diferente do projeto original); e d) não acarrete aumento de despesas (art. 63, I, da CF/88). Perceba, portanto, que incidirão as mesmas restrições que haveria caso tivesse sido proposto um projeto de lei. Feitos esses esclarecimentos, vejamos o que foi julgado pelo STF: O Governador de determinado Estado enviou à ALE uma proposta de emenda à Constituição Estadual (PEC) fixando o teto remuneratório aos servidores públicos estaduais, ou seja, matéria que se enquadra no art. 61, 1º, II, a. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 3

4 Os Deputados apresentaram uma emenda a essa PEC prevendo, em um parágrafo, que determinadas verbas estariam fora do teto do funcionalismo. A PEC foi aprovada, inclusive com a alteração inserida pela emenda parlamentar. O STF entendeu que o parágrafo inserido pela emenda parlamentar é inconstitucional por violar o art. 63, I, da CF/88. Isso porque a emenda parlamentar aumentou despesas. Segundo afirmou o Min. Relator Teori Zavascki, ao criar hipóteses de exceção à incidência do teto remuneratório do serviço público estadual e, consequentemente, exceder o prognóstico de despesas contemplado no texto original do projeto encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo estadual, a Assembleia Legislativa atuou em domínio temático sobre o qual não lhe seria permitido interferir, de modo a configurar abuso de poder legislativo. Análise do art. 102, I, f, da CF/88 Segundo o art. 102, I, f, da CF/88, compete ao STF processar e julgar as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. O STF confere interpretação restritiva a esse dispositivo e entende que, para se caracterizar a hipótese do art. 102, I, f, da CF/88 é indispensável que, além de haver uma causa envolvendo União e Estado, essa demanda tenha densidade suficiente para abalar o pacto federativo. Em outras palavras, não é qualquer causa envolvendo União contra Estado que irá ser julgada pelo STF, mas somente quando essa disputa puder resultar em ofensa às regras do sistema federativo. STF. 1ª Turma. Rcl 12957/AM, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 26/8/2014 (Info 756). A situação concreta foi a seguinte: Na cidade de Manaus existe um monumento natural chamado de Encontro das Águas e que consiste na confluência (encontro) do rio Negro (que tem águas pretas) com o rio Solimões (que tem coloração barrenta). Trata-se de um importante ponto turístico da cidade porque as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturarem por uma extensão de mais de 6 km, gerando um belo e interessante visual. Veja abaixo uma imagem do fenômeno: Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 4

5 Em 2008, iniciou-se um projeto para a construção de um Terminal Portuário nas proximidades do Encontro das Águas. O Governo do Estado e a autarquia ambiental estadual (IPAAM) foram favoráveis ao projeto por não vislumbrarem danos ambientais ao Encontro das Águas. O IPHAN (autarquia federal), por sua vez, a partir de uma ação civil pública do MPF, declarou o tombamento do Encontro das Águas e, por concluir que o novo porto iria afetar esse patrimônio histórico natural, determinou a paralisação das obras. A continuidade ou não das obras e a validade ou não do tombamento ficaram sendo discutidas na vara ambiental federal de Manaus. De um lado, estava o MPF e o IPHAN, e de outro a empresa responsável pelo projeto do porto, o Estado do Amazonas e o IPAAM. O juiz federal determinou a anulação do tombamento por vícios formais. Contra essa decisão, o Procurador Geral da República propôs uma reclamação no STF alegando que o juiz federal usurpou a competência da Corte considerando que se estava diante de um conflito federativo, o que atrai a hipótese do art. 102, I, f, da CF/88: Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; O STF concordou com o pedido? SIM. A 1ª Turma julgou procedente a reclamação e determinou ao juiz federal da vara ambiental do Amazonas que remeta ao STF as três ações que tratam sobre o tema para serem julgadas pela Corte Constitucional. O STF, inicialmente, afirmou que, para se caracterizar a hipótese do art. 102, I, f, da CF/88 é indispensável que, além de haver uma causa envolvendo União e Estado, essa demanda tenha densidade suficiente para abalar o pacto federativo. Em outras palavras, não é qualquer causa envolvendo União contra Estado que irá ser julgada pelo STF, mas somente quando essa disputa puder resultar em ofensa às regras do sistema federativo. Confira: Diferença entre conflito entre entes federados e conflito federativo: enquanto no primeiro, pelo prisma subjetivo, observa-se a litigância judicial promovida pelos membros da Federação, no segundo, para além da participação desses na lide, a conflituosidade da causa importa em potencial desestabilização do próprio pacto federativo. Há, portanto, distinção de magnitude nas hipóteses aventadas, sendo que o legislador constitucional restringiu a atuação da Corte à última delas, nos moldes fixados no Texto Magno, e não incluiu os litígios e as causas envolvendo Municípios como ensejadores de conflito federativo apto a exigir a competência originária da Corte. (STF. Plenário. ACO AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/10/2010). Mero conflito entre entes federados Trata-se da disputa judicial envolvendo União (ou suas entidades) contra Estado-membro (ou suas entidades). Em regra, é julgado pelo juiz federal de 1ª instância. Conflito federativo Trata-se da disputa judicial envolvendo União (ou suas entidades) contra Estado-membro (ou suas entidades) e que, em razão da magnitude do tema discutido, pode gerar uma desestabilização do próprio pacto federativo. É julgado pelo STF (art. 102, I, f da CF/88). No caso concreto, a 1ª Turma do STF entendeu que, além do mero conflito entre entes federados, havia verdadeiro conflito federativo, o que justifica o deslocamento da competência para o STF. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 5

6 Recurso contra a prova oral nos concursos da magistratura Cabe recurso administrativo contra a prova oral nos concursos da magistratura? Depende: Se o recurso tiver por objetivo impugnar os critérios de correção aplicados pelo examinador para as respostas dadas (discutir o acerto das respostas): NÃO Se o recurso tiver por objetivo impugnar alguma questão que esteja fora do conteúdo programático ou suscitar outras violações formais ao edital ou à Resolução: SIM. STF. 2ª Turma. MS 32042/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 26/8/2014 (Info 756). Resolução 75/2009-CNJ Os concursos públicos para ingresso na carreira da magistratura são regidos pela Resolução 75/2009 do Conselho Nacional de Justiça, que traz regras sobre todas as etapas do certame, inclusive sobre a prova oral. Prova oral Segundo a Resolução, a prova oral deverá ser prestada em sessão pública, na presença de todos os membros da Comissão Examinadora, sendo examinado um candidato por vez. A prova oral deverá ser gravada em áudio ou por qualquer outro meio que possibilite a sua posterior reprodução. Os temas e disciplinas que serão perguntados na prova oral são os mesmos das provas discursivas e serão agrupados em pontos que serão sorteados 24 horas antes da arguição. Vedação do 1º do art. 70 O 1º do art. 70 da Resolução traz a seguinte regra: 1º É irretratável em sede recursal a nota atribuída na prova oral. É preciso ter cautela para evitar uma interpretação rápida e equivocada dessa previsão. Para entender melhor esse dispositivo, vejamos o seguinte exemplo: João e Pedro estavam fazendo concurso para juiz de direito. Ambos foram reprovados na prova oral por terem tirado nota 5,9 (o mínimo é 6) na prova de Direito Penal. João apresentou recurso alegando que as respostas dadas por ele ao examinador de Direito Penal foram todas corretas ou, pelo menos, deveriam receber nota acima de 6. Pedro, por sua vez, recorreu argumentando que uma das perguntas feitas pelo examinador de Direito Penal (e que ele não soube responder) foi sobre um crime que não estava dentro do ponto a ele sorteado para a prova oral. Logo, segundo Pedro, essa pergunta deveria ser anulada e os pontos das demais questões serem redistribuídos, o que faria com que sua nota aumentasse. Os recursos administrativos interpostos pelos candidatos poderão ser conhecidos? O recurso de João não poderá ser conhecido pela comissão, mas o de Pedro sim. O recurso de João encontra realmente óbice no 1º do art. 70 da Resolução, mas o de Pedro não. É preciso entender a correta interpretação da regra do 1º do art. 70. O que a Resolução veda é que o candidato recorra contra o juízo de mérito feito pelo examinador sobre as respostas apresentadas pelo examinando. Os critérios de avaliação das respostas e a nota atribuída a cada uma delas estão dentro da independência do avaliador e não podem ser questionadas no recurso. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 6

7 De outro lado, é plenamente possível que o candidato recorra contra a prova oral caso esta descumpra as regras do edital ou da Resolução, como na hipótese em que o examinador formula perguntas que não estão no programa sorteado para aquele candidato. Isso pode ser objeto de recurso considerando que se trata do controle da própria legalidade do ato. Esse foi o entendimento da 2ª Turma do STF no MS 32042/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 26/8/2014 (Info 756). Como explica a Min. Cármen Lúcia: O entendimento externado na decisão impugnada, segundo o qual a irretratabilidade da nota atribuída ao candidato no exame oral redundaria no não cabimento de recurso administrativo, não prospera. Essa proposição, se admitida, equivaleria à irreversibilidade, pela via administrativa, de todos os atos praticados pela comissão examinadora do concurso, não apenas aqueles relacionados ao mérito das questões formuladas e à valoração das respostas apresentadas pelos candidatos, que, por certo, justificam essa proteção. Seria criado, com isso, campo fértil para a prática de toda sorte de irregularidades e abusos, pois, escudada na pretensa irrecorribilidade de seus atos e na soberania de sua avaliação, poderia a comissão examinadora favorecer candidatos ou mesmo praticar graves perseguições. Não é isso, contudo, que se tem presente. (...) Ressalte-se que a inquirição sobre pontos jurídicos diversos daqueles atribuídos previamente por sorteio frustra a previsibilidade dos candidatos, desestabilizando-os e colocando-os em situação de desigualdade em relação aos demais. Não se pode, portanto, a pretexto de assegurar a independência da comissão examinadora do concurso, desviar o olhar da ilegalidade apontada. Em suma: cabe recurso contra a prova oral nos concursos da magistratura? Depende: Se o recurso tiver por objetivo impugnar os critérios de correção aplicados pelo examinador para as respostas dadas (discutir o acerto das respostas): NÃO ( 1º do art. 70 da Resolução n. 75/2009-CNJ). Se o recurso tiver por objetivo impugnar alguma questão que esteja fora do conteúdo programático ou suscitar outras violações formais ao edital ou à Resolução: SIM. DIREITO ADMINISTRATIVO Impossibilidade de concessão de aumentos para servidores com base no princípio da isonomia O Poder Judiciário não tem poder para conceder aumentos para servidores regidos pelo regime estatutário com base no princípio da isonomia. Súmula 339-STF: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. STF. Plenário. RE /RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 28/8/2014 (repercussão geral) (Info 756). Imagine a seguinte situação adaptada: A Lei 2.377/1995, do Município do Rio de Janeiro, concedeu gratificação a servidores lotados e em exercício na Secretaria Municipal de Administração. João, servidor que estava lotado em outra Secretaria, ajuizou ação pedindo que fosse reconhecido seu direito de também receber a referida gratificação, com base no princípio da isonomia. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 7

8 O pedido do servidor deve ser aceito? NÃO. Esse pedido, caso fosse deferido, violaria o princípio da reserva legal, prevista no art. 37, X, da C/88 segundo o qual a remuneração dos servidores públicos somente pode ser fixada por lei específica. Além disso, o STF tem entendimento sumulado no sentido de que o Poder Judiciário não tem poder para conceder aumentos para servidores regidos pelo regime estatutário com base no princípio da isonomia: Súmula 339-STF: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Contratação pela Administração Pública sem concurso público e ausência de efeitos trabalhistas Importante!!! É nula a contratação de pessoal pela Administração Pública sem a observância de prévia aprovação em concurso público, razão pela qual não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos em relação ao empregado eventualmente contratado, ressalvados: o direito de ele receber os salários referentes ao período trabalhado; e o direito de ele levantar os depósitos do FGTS (art. 19-A da Lei 8.036/90). STF. Plenário. RE /RS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 28/8/2014 (repercussão geral) (Info 756). Regra do concurso público O art. 37, II, da CF/88 estabelece que, para a pessoa assumir um cargo ou emprego na administração pública, ela precisa antes ser aprovada em concurso público: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) II a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Caso uma pessoa assuma cargo ou emprego público sem concurso público (fora das hipóteses permitidas pela Constituição), qual será a consequência? O 2º do art. 37 determina que: o ato de investidura seja declarado nulo; e a autoridade responsável pelo ato seja punida, nos termos da lei (ex: improbidade). Imagine agora a seguinte situação: João foi contratado, sem concurso, para trabalhar em uma autarquia pública estadual (emprego público). Quando mudou a direção dessa autarquia, o novo diretor declarou que esse contrato de trabalho era nulo e dispensou o funcionário. João procurou a Justiça do Trabalho e ajuizou reclamação trabalhista contra essa autarquia pedindo sua reintegração ao emprego ou, subsidiariamente, o pagamento de todas as verbas trabalhistas referentes ao período em que laborou (aviso prévio, gratificação natalina, férias, adicional etc.). Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 8

9 João poderá ser reintegrado ao emprego público? NÃO, considerando que o contrato de trabalho que tinha com a autarquia era nulo, por violação ao art. 37, II, da CF/88. João terá direito a receber todas as verbas trabalhistas que ele está pleiteando? NÃO. Ele terá direito apenas a duas verbas: Verba Fundamento 1) O saldo de salário pelo número de horas Princípio que veda o enriquecimento sem causa do trabalhadas. Poder Público. Como ele trabalhou, tem direito de ser ressarcido por isso. 2) Os valores referentes aos depósitos do FGTS. Art. 19-A da Lei nº 8.036/90. Obs: João não terá direito a receber as demais verbas trabalhistas como 13º salário, férias acrescidas de 1/3, FGTS acrescido de 40%, adicionais legais etc. O TST também adota esse entendimento? SIM, está expresso na súmula 363: Contratação de Servidor Público sem Concurso Efeitos e Direitos A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. Vejamos o que diz o art. 19-A da Lei nº 8.036/90: Art. 19-A. É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, 2º, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário. (Incluído pela Medida Provisória nº , de 2001) Discussão sobre a constitucionalidade desse entendimento: Como vimos acima, a pessoa contratada sem concurso público tem direito apenas aos salários do período trabalhado e ao levantamento do FGTS. Esse entendimento era bastante questionado tanto pelos trabalhadores como pela Fazenda Pública. De um lado, os trabalhadores defendiam a tese de que tinham direito às demais verbas trabalhistas. De outro, a Fazenda Pública afirmava que o art. 19-A da Lei nº 8.036/90 seria inconstitucional por violar o art. 37, II e 2º da CF/88. Para ela, se a CF/88 determinou que o ato de contratar sem concurso é nulo, não poderia a lei prever a produção de efeitos, como o pagamento do FGTS. O STF acatou a tese dos trabalhadores ou a tese da Fazenda Pública? NÃO. Nenhuma das duas. Tese dos trabalhadores de que seriam devidas outras verbas Para o STF, não é possível reconhecer a existência de vínculo empregatício nem conceder ao contratado os respectivos direitos trabalhistas porque o art. 37, 2º, da CF/88 atribui às contratações sem concurso uma espécie de nulidade jurídica qualificada, cuja consequência é não só o desfazimento imediato da relação, mas também a punição da autoridade responsável. Daí afirmar-se que o dispositivo impõe a ascendência do concurso no cenário do direito público brasileiro, cuja prevalência é garantida mesmo diante de interesses de valor social considerável, como aqueles protegidos pelas verbas rescisórias nos contratos por tempo indeterminado, considerado inexigíveis em face da nulidade do pacto celebrado contra a Constituição, assinalou o Min. Teori Zavascki. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 9

10 Assim, o único efeito jurídico válido, nessas circunstâncias, é o direito aos salários correspondentes aos serviços efetivamente prestados e a possibilidade de recebimento dos valores depositados na conta vinculada do trabalhador no FGTS. Este último, inclusive, só passou a ser admitido após a introdução, em 2001, do artigo 19-A na Lei 8.036/1990, que regulamenta o FGTS, contendo previsão expressa nesse sentido. STF. Plenário. RE /RS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 28/8/2014. Tese da Fazenda Pública de que o art. 19-A seria inconstitucional O STF, em apertado julgamento, entendeu que o art. 19-A da Lei nº 8.036/90 não afronta a CF/88. Isso porque mesmo sendo declarada a nulidade da contratação, nos termos do 2º do art. 37 da CF/88, é certo que este fato jurídico existiu e produziu efeitos residuais. O STF tem levado em consideração a necessidade de se garantir a fatos nulos, mas existentes juridicamente, os seus efeitos. Não é possível aplicar, neste caso, a teoria civilista das nulidades, de modo a retroagir todos os efeitos desconstitutivos dessa relação. Se houver irregularidade na contratação de servidor sem concurso público, o responsável, comprovado dolo ou culpa, deve responder regressivamente, nos termos do art. 37 da CF/88, de forma que não haja prejuízo para os cofres públicos. STF. Plenário. RE /RR, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 13/6/2012. Em suma: É nula a contratação de pessoal pela Administração Pública sem a observância de prévia aprovação em concurso público, razão pela qual não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos em relação aos empregados eventualmente contratados, ressalvados os direitos à percepção dos salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/1990, ao levantamento dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS. DIREITO PENAL Princípio da insignificância e condenação anterior por lesão corporal É possível a aplicação do princípio da insignificância para réus reincidentes ou que respondam a outros inquéritos ou ações penais? Em regra NÃO. No entanto, o STF reconheceu a aplicação do princípio a um réu que praticou um furto de 16 reais, mesmo já tendo sido condenado por lesão corporal anteriormente. Entendeu-se que é possível aplicar o princípio da insignificância mesmo havendo essa condenação, porque a contumácia de infrações penais que não têm o patrimônio como bem jurídico tutelado pela norma penal (a exemplo da lesão corporal) não pode ser valorada como fator impeditivo à aplicação do princípio da insignificância. STF. 2ª Turma. HC /MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 26/8/2014 (Info 756). É possível a aplicação do princípio da insignificância para réus reincidentes ou que respondam a outros inquéritos ou ações penais? Em regra NÃO. É a posição que atualmente prevalece, sendo adotada pela 5ª Turma do STJ e pelo STF. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 10

11 (...) A reiteração delitiva, comprovada pela certidão de antecedentes criminais do paciente, impossibilita a aplicação do princípio da insignificância. (...) (STF. 1ª Turma. HC , Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 22/04/2014). (...) Sentenciados reincidentes na prática de crimes contra o patrimônio. Precedentes do STF no sentido de afastar a aplicação do princípio da insignificância aos acusados reincidentes ou de habitualidade delitiva comprovada. (...) (STF. 2 Turma. HC , Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 25/02/2014). "o princípio da insignificância não foi estruturado para resguardar e legitimar constantes condutas desvirtuadas, mas para impedir que desvios de condutas ínfimas, isoladas, sejam sancionados pelo direito penal, fazendo-se justiça no caso concreto. Comportamentos contrários à lei penal, mesmo que insignificantes, quando constantes, devido a sua reprovabilidade, perdem a característica de bagatela e devem se submeter ao direito penal" (STF. 1ª Turma. HC /RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21/05/2010). Caso concreto Apesar do entendimento acima exposto, em um caso concreto o STF aplicou o princípio da insignificância mesmo o réu já tendo em seus antecedentes uma condenação transitada em julgado. No caso concreto, o réu estava sendo acusado da prática de furto (art. 155 do CP), em virtude de ter subtraído um engradado com 23 garrafas de cerveja e 6 de refrigerante, todos vazios, avaliados em 16 reais. O Tribunal de Justiça havia negado a aplicação do princípio da insignificância sob o argumento de que ele já tinha uma condenação anterior, com trânsito em julgado, pela prática de lesão corporal (art. 129 do CP). Mesmo já possuindo essa condenação, o STF concluiu que poderia ser aplicado o princípio da insignificância, considerando a chamada teoria da reiteração não cumulativa de condutas de gêneros distintos. O que significa isso? É possível aplicar o princípio da insignificância mesmo havendo essa condenação, porque a contumácia de infrações penais que não têm o patrimônio como bem jurídico tutelado pela norma penal (a exemplo da lesão corporal) não pode ser valorada como fator impeditivo à aplicação do princípio da insignificância. Apesar de esta ter sido a decisão do STF nesse caso concreto, é importante ressaltar que existem inúmeros precedentes da Corte afirmando que não é possível a aplicação do princípio da insignificância para réus reincidentes ou que respondem a outros inquéritos ou ações penais. Art. 89 da Lei n /93 O STF julgou denúncia contra ex-prefeito pela prática do delito previsto no art. 89 da Lei n /93. Para ser válida, a contratação direta de escritório de advocacia por inexigibilidade de licitação precisa atender aos seguintes requisitos: a) é necessário que se instaure um procedimento administrativo formal; b) deverá ser demonstrada a notória especialização do profissional a ser contratado; c) deverá ser demonstrada a natureza singular do serviço; d) deverá ser demonstrado que é inadequado que o serviço a ser contratado seja prestado pelos integrantes do Poder Público (no caso, pela PGM); e e) o preço cobrado pelo profissional contratado deve ser compatível com o praticado pelo mercado. Sendo cumpridos esses requisitos, não há que se falar em crime do art. 89 da Lei n /93. STF. 1ª Turma. Inq 3074/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 26/8/2014 (Info 756). Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 11

12 A Lei de Licitação (Lei n /93) prevê alguns tipos penais. No caso julgado pelo STF, estava sendo analisada a prática ou não do crime previsto no art. 89: Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público. Antes de analisarmos o que foi decidido, vejamos algumas noções sobre este tipo penal: OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO Regra: obrigatoriedade de licitação Como regra, a CF/88 impõe que a Administração Pública somente pode contratar obras, serviços, compras e alienações se realizar uma licitação prévia para escolher o contratante (art. 37, XXI). Exceção: contratação direta nos casos especificados na legislação O inciso XXI afirma que a lei poderá especificar casos em que os contratos administrativos poderão ser celebrados sem esta prévia licitação. A isso, a doutrina denomina contratação direta. Resumindo: a regra na Administração Pública é a contratação precedida de licitação. Contudo, a legislação poderá prever casos excepcionais em que será possível a contratação direta sem licitação. LEI Nº 8.666/93 A Lei de Licitações e Contratos prevê três grupos de situações em que a contratação ocorrerá sem licitação prévia. Trata-se das chamadas licitações dispensadas, dispensáveis e inexigíveis. Vejamos o quadro comparativo abaixo: Dispensada Dispensável Inexigível Art. 17 Art. 24 Art. 25 Rol taxativo Rol taxativo Rol exemplificativo A lei determina a não realização da licitação, obrigando a contratação direta. Ex: alienação de bens imóveis provenientes de dação em pagamento. A lei autoriza a não realização da licitação. Mesmo sendo dispensável, a Administração pode decidir realizar a licitação (discricionariedade). Como a licitação é uma disputa, é indispensável que haja pluralidade de objetos e pluralidade de ofertantes para que ela possa ocorrer. Assim, a lei prevê alguns casos em que a inexigibilidade se verifica porque há impossibilidade jurídica de competição. Ex: compras de até reais. Ex: contratação de artista consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública para fazer o show do aniversário da cidade. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 12

13 PROCEDIMENTO DE JUSTIFICAÇÃO Mesmo nas hipóteses em que a legislação permite a contratação direta, é necessário que o administrador público observe algumas formalidades e instaure um processo administrativo de justificação. CRIME DO ART. 89 Se o administrador público... Dispensar a licitação fora das hipóteses previstas em lei; Inexigir (deixar de exigir) licitação fora das hipóteses previstas em lei; ou Deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade (as formalidades estão previstas especialmente no art. 26 da Lei).... ele praticará o crime previsto no art. 89 da Lei nº 8.666/93. CASO CONCRETO JULGADO PELO STF Imagine a seguinte situação: O réu, na época prefeito de Joinville (SC), contratou diretamente, mediante inexigibilidade de licitação, determinado escritório de advocacia para que este prestasse consultoria jurídica e propusesse ação judicial para a retomada dos serviços de abastecimento de água e esgoto do Município. O Ministério Público entendeu que não havia singularidade no objeto do contrato, pois o trabalho jurídico tinha natureza ordinária e não seria dotado de complexidade que justificasse a contratação de profissional com notória especialização a justificar a inexigibilidade de licitação. O STF concordou com a denúncia? NÃO. O STF rejeitou a denúncia por ausência de justa causa (art. 395, III, do CPP). O Min. Relator Roberto Barroso explicou que, para ser válida, a contratação direta de escritório de advocacia por inexigibilidade de licitação precisa atender aos seguintes requisitos: a) é necessário que se instaure um procedimento administrativo formal; b) deverá ser demonstrada a notória especialização do profissional a ser contratado; c) deverá ser demonstrada a natureza singular do serviço; d) deverá ser demonstrado que é inadequado que o serviço a ser contratado seja prestado pelos integrantes do Poder Público (no caso, pela PGM); e e) o preço cobrado pelo profissional contratado deve ser compatível com o praticado pelo mercado. Na situação concreta, o relator entendeu que todos esses requisitos foram cumpridos: O procedimento formal foi regularmente observado, inclusive com a oitiva do Procurador-Geral do Município. Houve publicação no Diário Oficial com um resumo do ato justificativo de inexigibilidade. As provas dos autos demonstram que estava presente a notória especialização, pois o escritório contratado já havia atuado em serviços de advocacia relacionados com a concessão de saneamento básico de diversos Municípios e Estados-Membros. A causa jurídica envolvida não era trivial, havendo certo grau de sofisticação, razão pela qual a hipótese era de singularidade do objeto. Por fim, concluiu que o preço cobrado pelo escritório foi módico, uma vez que o serviço envolvia a retomada de uma concessão de valor vultoso e a ação judicial certamente se prolongaria por muito tempo. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 13

14 DIREITO PREVIDENCIÁRIO Necessidade de prévio requerimento administrativo para a concessão de benefício previdenciário na via judicial Importante!!! O STF decidiu que, em regra, o segurado/dependente somente pode propor a ação pleiteando a concessão do benefício previdenciário se anteriormente formulou requerimento administrativo junto ao INSS e este foi negado. Para que proponha a ação pleiteando a concessão do benefício previdenciário, é preciso que, antes, tenha ocorrido uma das três situações abaixo: 1) O interessado requereu administrativamente o benefício, mas este foi negado pelo INSS (total ou parcialmente); 2) O interessado requereu administrativamente o benefício, mas o INSS não deu uma decisão em um prazo máximo de 45 dias; 3) O interessado não requereu administrativamente o benefício, mas é notório que, sobre esse tema, o INSS tem posição contrária ao pedido feito pelo segurado. STF. Plenário. RE /MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/8/2014 (repercussão geral) (Info 756). A grande maioria das ações propostas contra o INSS objetivando benefícios previdenciários é de competência dos Juizados Especiais Federais (JEF). No JEF, em 1ª instância, o autor não precisa de advogado e não paga custas. Diante disso, é muito comum que o segurado, sem que antes requeira administrativamente o benefício previdenciário em um dos postos do INSS, opte por já ajuizar direto uma ação no JEF pedindo a concessão da aposentadoria, por exemplo. A prática acima explicada é admitida? O segurado ou dependente pode ingressar com a ação judicial pleiteando a prestação previdenciária mesmo sem ter feito previamente requerimento administrativo no INSS? Formaram-se duas correntes principais sobre o tema: SIM É DESNECESSÁRIO o prévio requerimento administrativo como condição para a propositura de ação que vise à concessão de benefício previdenciário. O autor pode procurar direto o Judiciário sem antes ter requerido o benefício no INSS. Para essa primeira corrente, exigir prévio requerimento administrativo viola o princípio da inafastabilidade da jurisdição, previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88. NÃO Em regra, é INDISPENSÁVEL o prévio requerimento administrativo para que o segurado/dependente possa ajuizar a ação pleiteando o benefício previdenciário. Se o interessado propõe a ação sem que tenha havido prévio requerimento administrativo, não há, em regra, interesse de agir (uma das condições da ação) já que havia a possibilidade de seu pedido ter sido atendido pelo INSS na via administrativa. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 14

15 Essa ERA a posição até então majoritária no STJ (AgRg no AREsp /RS) e no STF (RE AgR). Em situações excepcionais, seria permitida a ação judicial mesmo sem prévio requerimento administrativo. Havia julgados da 2ª Turma do STJ nesse sentido: AgRg no AREsp /AL. É a posição institucional da DPU. É a tese da Procuradoria Federal. Qual entendimento prevaleceu? Qual é a posição do STF? O que vigora hoje em dia? O STF decidiu que, em regra, o segurado/dependente somente pode propor a ação pleiteando a concessão do benefício previdenciário, se anteriormente formulou requerimento administrativo junto ao INSS e este foi negado. Caso seja ajuizada a ação sem que tenha havido prévio requerimento administrativo e sem que este pedido tenha sido indeferido, deverá o juiz extinguir o processo sem resolução do mérito por ausência de interesse de agir, considerando que havia a possibilidade de o pedido ter sido atendido pelo INSS na via administrativa. Para o STF, a exigência de que seja feito prévio requerimento administrativo NÃO viola o princípio da inafastabilidade da jurisdição. O art. 5º, XXXV, da CF/88 estabelece que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Ora, se não houve pedido administrativo anterior e negativa por parte do INSS no prazo legal, não está caracterizada nenhuma lesão ou ameaça de direito. Em seu voto, o Min. Relator Luís Roberto Barroso afirmou: Não há como caracterizar lesão ou ameaça de direito sem que tenha havido um prévio requerimento do segurado. O INSS não tem o dever de conceder o benefício de ofício. Para que a parte possa alegar que seu direito foi desrespeitado é preciso que o segurado vá ao INSS e apresente seu pedido. Para que proponha a ação pleiteando a concessão do benefício previdenciário é preciso que, antes, tenha ocorrido uma das três situações abaixo: 1) O interessado requereu administrativamente o benefício, mas este foi negado pelo INSS (total ou parcialmente); 2) O interessado requereu administrativamente o benefício, mas o INSS não deu uma decisão em um prazo máximo de 45 dias; 3) O interessado não requereu administrativamente o benefício, mas é notório que, sobre essa matéria, o INSS tem posição contrária ao pedido feito pelo segurado. É o caso das situações em que a matéria está pacificada no âmbito da autarquia por meio de instrução normativa ou súmula administrativa. Ex: existe uma instrução normativa do INSS proibindo a renúncia à aposentadoria e consequentemente vedando a desaposentação. Logo, o segurado poderá ajuizar a ação pedindo a desaposentação mesmo que não tenha feito prévio requerimento administrativo. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 15

16 No procedimento administrativo realizado no INSS, se o requerimento do benefício previdenciário é negado, existe a possibilidade de o interessado interpor recurso administrativo contra essa decisão. Antes de ajuizar a ação judicial, o segurado precisa interpor esse recurso administrativo e aguardar o seu julgamento? Em outras palavras, é necessário que o interessado esgote todas as instâncias administrativas para ajuizar a ação? NÃO. O Min. Luís Roberto Barroso esclareceu que a exigência do prévio requerimento administrativo não significa o exaurimento de todas as instâncias administrativas. Em suma, ele não precisa recorrer administrativamente antes de ajuizar a ação. Assim, negado o benefício, não há impedimento ao segurado para que ingresse no Judiciário antes que eventual recurso seja examinado pelo INSS. A exigência do prévio requerimento administrativo vale tanto para os casos em que a parte quer a concessão inicial do benefício como também para as hipóteses de revisão do benefício que já é recebido? NÃO. O STF afirmou que a exigência de prévio requerimento administrativo só existe para as ações que buscam a concessão inicial do benefício. Em regra, para a propositura de ação pleiteando a revisão do benefício não se exige o prévio requerimento administrativo. Como funciona no caso de ação judicial pedindo a REVISÃO de benefício previdenciário? EM REGRA: NÃO há necessidade de prévio requerimento administrativo para que o segurado ingresse judicialmente com pedido de REVISÃO de benefício previdenciário já recebido. Isso porque se o INSS já examinou a situação daquele segurado e forneceu o benefício naqueles moldes, essa é a posição oficial da autarquia. Além disso, se a Administração Pública mudar de entendimento sobre alguma interpretação jurídica da legislação previdenciária, ela tem o dever de fazer a revisão de todos os benefícios de ofício. Ex: o INSS muda seu posicionamento administrativo e passa a entender que as pessoas que se aposentaram até determinado ano têm direito a um cálculo diferenciado. A autarquia deverá aplicar, de ofício, esse novo cálculo para todos os que estiverem na mesma situação. Se não fizer isso, já estará violando o direito do segurado, podendo ele ajuizar a ação, sem prévio pedido de revisão administrativa. EXCEÇÃO: Antes de ajuizar a ação pedindo a revisão do benefício previdenciário, o segurado precisará formular requerimento administrativo se essa revisão é baseada em novos fatos que não haviam sido examinados pelo INSS. Ex: a aposentadoria foi concedida pelo INSS sem que o segurado tenha apresentado à autarquia determinado comprovante de que ele trabalhou durante 5 anos em condições insalubres. Após já estar aposentado, o segurado encontrou esse documento. Caso esse tempo seja computado, o valor dos proventos será aumentado. Antes de ajuizar a ação pedindo a revisão da aposentadoria, o segurado deverá formular pedido administrativo ao INSS considerando que é necessária a apreciação dessa matéria de fato, que não poderia ter sido feita de ofício pela autarquia. Repercussão geral A decisão do STF foi tomada no dia 27/08/2014, pelo Plenário da Corte, no RE /MG. Como foi proferida sob a sistemática da repercussão geral, todos os processos sobrestados aguardando uma posição do STF deverão agora voltar a tramitar, adotando o entendimento da Corte. O STJ que tinha posição majoritária em sentido contrário provavelmente irá realinhar seu posicionamento. Isso porque, apesar de os julgados proferidos em repercussão geral não terem efeitos vinculantes, na prática, eles acabam tendo uma enorme força e os Tribunais em geral têm seguido o que é decidido. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 16

17 Votos vencidos Ficaram vencidos os Ministros Marco Aurélio e Cármem Lúcia, que entenderam que a exigência de prévio requerimento junto ao INSS para o ajuizamento de ação representa restrição à garantia de acesso universal à Justiça. QUADRO RESUMO: AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO CONCESSÃO de benefício previdenciário Para que a ação judicial proposta seja conhecida é necessário que fique comprovado que: a) o autor requereu administrativamente o benefício, mas este foi negado pelo INSS (total ou parcialmente); b) o autor requereu administrativamente o benefício, mas o INSS não deu uma decisão em um prazo máximo de 45 dias; c) o benefício pleiteado trata de matéria sobre a qual o INSS tem posição manifestamente contrária ao pedido feito pelo segurado. Logo, EM REGRA, é indispensável o prévio requerimento administrativo do benefício no INSS. Obs: não é necessário o esgotamento da via administrativa (o segurado não precisa interpor recurso administrativo contra a negativa do pedido). REVISÃO de benefício previdenciário REGRA: NÃO há necessidade de prévio requerimento administrativo. EXCEÇÃO: será necessário prévio requerimento administrativo se o pedido envolver apreciação de matéria de fato. Desdobramentos O STF fixou que a regra deve ser a exigência do prévio requerimento administrativo. No voto, o Min. Luís Roberto Barroso fez menção a existência de exceção no caso de o INSS ter posição manifestamente contrária ao pedido do segurado. É possível, no entanto, que, com o tempo, outras exceções acabem sendo aceitas pela jurisprudência. Exemplo: em diversos Municípios do interior da Amazônia não existe posto de atendimento do INSS. Em tais casos, me parece ser possível o ajuizamento da ação pleiteando o benefício previdenciário mesmo sem prévio requerimento administrativo. Isso porque não é razoável exigir que a parte viaje para outra cidade, algumas vezes bem distante, para dar entrada no pedido junto ao INSS. A simples ausência de posto de atendimento na localidade já representa uma violação ao direito do segurado aos benefícios previdenciários, podendo ele, por consequência lógica, valer-se do Poder Judiciário. Modulação dos efeitos Antes do julgamento do STF, inúmeras ações foram propostas sem prévio requerimento administrativo. Tais processos estavam sobrestados aguardando a decisão do Supremo em sede de repercussão geral. Isso porque o STF poderia decidir que o prévio requerimento não era necessário, situação em que essas ações poderiam continuar tramitando normalmente. De outro modo, o Supremo poderia decidir, como efetivamente o fez, que o prévio requerimento é, em regra, indispensável. Informativo 756-STF (09/09/2014) Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante 17

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