Procedimento para o julgamento de recursos repetitivos no âmbito do STJ - Anotações à Lei nº /2008 (acréscimo do art. 543-C no CPC) SUMÁRIO

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1 Procedimento para o julgamento de recursos repetitivos no âmbito do STJ - Anotações à Lei nº /2008 (acréscimo do art. 543-C no CPC) Por Fábio Martins de Andrade SUMÁRIO 1. Introdução 2. Anotações às modificações promovidas no procedimento para o julgamento dos recursos repetitivos no âmbito do Superior Tribunal de Justiça 3. Quadro esquemático do trâmite junto ao STJ 4. Análise comparativa em relação ao procedimento para o julgamento dos recursos repetitivos no âmbito do Supremo Tribunal Federal 5. Conclusão. 1. Introdução Este estudo objetiva trazer anotações a cada um dos dispositivos contidos na Lei nº , de , que acresceu o art. 543-C ao Código de Processo Civil, estabelecendo o procedimento para o julgamento de recursos repetitivos no âmbito do Superior Tribunal de Justiça STJ. Além disso, traz um quadro esquemático do trâmite do procedimento contemplado pelo diploma legal e suas conseqüências nos recursos especiais sobrestados nos respectivos tribunais de origem. Para enquadrar o advento da lei anotada ao contexto a ela subjacente, traz-se também trechos da exposição de motivos que acompanhou o seu projeto ao Congresso Nacional e promove-se breve análise comparativa do procedimento contemplado nesta lei e aquele estabelecido para o julgamento dos recursos repetitivos no âmbito do Supremo Tribunal Federal, tal como preconizado pela Lei nº /06, que lhe serviu de inspiração. Ao final, as conclusões são expostas de modo a relembrar os principais aspectos destacados neste estudo.

2 2. Anotações às modificações promovidas no procedimento para o julgamento dos recursos repetitivos no âmbito do Superior Tribunal de Justiça Em foi publicada no Diário Oficial da União a Lei nº /2008, que acrescentou o art. 543-C ao Código de Processo Civil CPC, estabelecendo o procedimento para o julgamento dos recursos repetitivos no âmbito do Superior Tribunal de Justiça. Inicialmente, releva notar que esta lei entrará em vigor 90 dias após a data de sua publicação, isto é, em Contudo, por disposição expressa contida no art. 2º, aplicarse-á aos recursos já interpostos por ocasião de sua entrada em vigor. 2 Esta lei insere-se no contexto da Reforma Infraconstitucional do Poder Judiciário e declaradamente objetiva conferir racionalidade e celeridade ao serviço da prestação jurisdicional. 3 O mecanismo escolhido para atingir os objetivos apontados foi inspirado no procedimento previsto na Lei nº /06, que criou mecanismo simplificando o julgamento de recursos múltiplos, fundados em idêntica matéria, no Supremo Tribunal Federal. 4 1 O 1º do art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, que dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, estabelece que: A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. No mesmo sentido, confira o art. 20 do Decreto nº 4.176/02. Contando-se 90 dias corridos desde a data de publicação da lei ( ) chega-se ao dia , ambos incluídos no cômputo geral. O dia subseqüente à sua consumação integral é o dia Cf. jurisprudência pacífica do STJ, no sentido de que a norma de direito processual, dada sua natureza de ordem pública, tem aplicação imediata e alcança os processos em curso e pendentes de julgamento: STJ 1ª Turma - AgRg no Ag /RS Rel. Min. Denise Arruda j D.J No mesmo sentido: STJ 6ª Turma - AgRg no REsp /CE Rel. Min. Hamilton Carvalhido j D.J ; STJ 6ª Turma - AgRg no REsp /RN Rel. Min. Paulo Medina j D.J De fato, consta expressamente na sua exposição de motivos que: Sob a perspectiva das diretrizes estabelecidas para a reforma da Justiça, faz-se necessária a alteração do sistema processual brasileiro com o escopo de conferir racionalidade e celeridade ao serviço de prestação jurisdicional, sem, contudo, ferir o direito ao contraditório e à ampla defesa. Além disso, releva notar que a iniciativa legislativa partiu de sugestão do Ministro Athos Gusmão Carneiro, ex-membro do STJ. Neste sentido: O presente projeto de lei é baseado em sugestão do ex-membro do Superior Tribunal de Justiça, Ministro Athos Gusmão Carneiro, com o objetivo de criar mecanismo que amenize o problema representado pelo excesso de demanda daquele Tribunal. Submetido ao crivo do Presidente da Corte Superior, a proposta foi aceita e recebeu alguns ajustes, que passaram a integrar a presente redação. Após, sofreu ainda pequenas alterações ao ser analisada pelos órgãos jurídicos do Poder Executivo (Exposição de Motivos nº 40- MJ, ). 4 Colhe-se da exposição de motivos o seguinte trecho: Conforme a redação inserida no diploma processual pela norma mencionada, em caso de multiplicidade de recursos fundados na mesma matéria, a Corte Suprema poderá julgar um ou mais recursos representativos da controvérsia, sobrestando a tramitação dos demais. Proferida a decisão pela inadmissibilidade dos recursos selecionados, será negado seguimento aos demais processos idênticos. Caso a decisão seja de mérito, os tribunais de origem poderão retratar-se ou considerar prejudicados os recursos. Mantida a decisão contrária ao entendimento firmado no Supremo Tribunal Federal, o recurso seguirá para aquela 2

3 Tecidas estas colocações iniciais, importa examinar o teor dos dispositivos contidos na lei estudada. O caput do art. 543-C delimita o objeto da regulamentação legal que ora se analisa. Prevê que: Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, o recurso especial será processado nos termos deste artigo. De plano, excluem-se desta disciplina normativa as situações que não tenham ensejado multiplicidade de recursos e com fundamento em idêntica questão de direito. Alguns poucos recursos especiais interpostos sobre determinada questão de direito não são suficientes para deflagrar o procedimento preconizado no art. 543-C do CPC. Questão delicada e que possivelmente será regulada pela experiência jurisprudencial do próprio STJ diz respeito à eventual quantificação dos múltiplos recursos que ensejarão a adoção do procedimento ora examinado. Em uma etapa inicial, a demanda pela pronta prestação jurisdicional no âmbito do STJ será tão grande que esse problema não existirá. Contudo, uma vez superada esta etapa inicial, e alcançada uma carga de trabalho realizável na Corte, então este problema sobre a quantificação dos múltiplos recursos poderá surgir. Além da multiplicidade de recursos, outro requisito necessário à adoção do procedimento em foco pela Corte é que os múltiplos recursos se fundamentem em idêntica questão de direito. Sabe-se que o STJ não admite o exame de questão de fato nos seus julgamentos, consoante estabelece a Súmula nº 7 e a sua jurisprudência pacífica. 5 Tratando-se de questão de direito, ela deverá servir como fundamento jurídico dos múltiplos recursos. Vale dizer, se os argumentos sustentados em determinado recurso especial discrepar da linha argumentativa predominante e previamente existente nos múltiplos recursos, então o referido REsp não deverá submeter-se ao procedimento previsto no art. 543-C do CPC, ainda que se trate da mesma tese jurídica (matéria sub judice). A lei atribui a competência para deflagrar o procedimento que preconiza tanto para o presidente do tribunal de origem como também para o relator no próprio STJ. Pela dicção da lei, verifica-se que, preferencialmente, incumbirá ao presidente do tribunal de origem. Corte, que poderá cassar a decisão atacada (Cf. Exposição de Motivos nº 40-MJ, ). Em tópico próprio, promover-se-á uma análise comparativa entre o procedimento para julgamento dos recursos repetitivos no âmbito do STJ e no âmbito do STF. 5 Eis o teor da referida súmula: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial. 3

4 Neste sentido, o 1º do art. 543-C do CPC estabelece a regra geral: Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça. Dentre os múltiplos recursos especiais interpostos acerca de determinada questão de direito, o presidente do tribunal de origem escolherá um ou mais recursos representativos da controvérsia, proferirá despacho admitindo-o(s) e o(s) enviará(ão) para o STJ. Os demais recursos, não escolhidos ou subseqüentemente interpostos, ficarão suspensos até a decisão final do STJ. 6 Esta decisão final do STJ consubstancia o seu pronunciamento definitivo, isto é, surgirá com o trânsito em julgado da matéria submetida à apreciação no colegiado competente do Superior Tribunal de Justiça (Seção ou Corte Especial). Uma questão jurídica que poderá surgir na aplicação do procedimento estabelecido pela Lei nº /08 refere-se à discricionariedade conferida ao presidente do tribunal de origem na escolha dos recursos representativos da controvérsia. De fato, que critérios ele deverá utilizar na seleção, admissão e remessa dos recursos representativos da controvérsia? Possivelmente, estes critérios serão cristalizados na experiência jurisprudencial do próprio STJ. Contudo, um bom ponto de partida poderia ser o estabelecimento de normas regimentais, sejam gerais quando emanadas do STJ, sejam específicas quando emanadas dos respectivos tribunais de origem, na forma do 9º do art. 543-C do CPC. 7 Ademais, indagação que poderá surgir diz respeito à amplitude desta seleção levada a cabo pelo presidente do tribunal de origem. Ele se limitará a remeter recursos que efetivamente se fundamentem em idêntica questão de direito ou procederá de maneira mais ampla e 6 Na dicção da exposição de motivos que acompanhou a proposta legislativa: De acordo com a regulamentação proposta, verificando a multiplicidade de recursos especiais fundados na mesma matéria, o Presidente do Tribunal de origem poderá selecionar um ou mais processos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Superior Tribunal de Justiça, suspendendo os demais recursos idênticos até o pronunciamento definitivo dessa Corte (Exposição de Motivos nº 40-MJ, ). 7 Este dispositivo legal remete aos respectivos regimentos internos a regulamentação minuciosa: O Superior Tribunal de Justiça e os tribunais de segunda instância regulamentarão, no âmbito de suas competências, os procedimentos relativos ao processamento e julgamento do recurso especial nos casos previstos neste artigo. 4

5 remeterá recursos que contenham diferentes argumentos (teses jurídicas em sentido estrito) sobre a mesma matéria sub judice? No primeiro caso, ter-se-ia a restrição forçada da atividade do STJ, isto é, seria uma espécie de minimalismo judicial imposta pelo presidente do tribunal de origem e pelo qual a Corte se limitaria a examinar apenas a questão jurídica controvertida. No segundo caso, a hipótese seria inversa, ou seja, abrir-se-ia campo para um possível ativismo judicial no qual a Corte poderia entregar de maneira ampla a prestação jurisdicional pleiteada. Aqui, não seria apenas a tese jurídica em sentido estrito que seria examinada, mas toda a matéria sub judice. Assim, o julgamento pode servir para definir certa questão jurídica controvertida ou para pacificar a orientação em torno de determinada matéria sub judice. De qualquer maneira, é possível que a experiência jurisprudencial do próprio STJ estabeleça alguns parâmetros que deverão ser utilizados pelos presidentes dos tribunais de origem na escolha, admissão e remessa de recursos representativos da questão jurídica controvertida. 8 Pela intenção declarada de assegurar que todos os argumentos sejam levados em conta no julgamento dos recursos selecionados, tal como explicitado na exposição de motivos do projeto, parece que objetiva alcançar preferencialmente a matéria sub judice. 9 Além disso, como a seleção, admissão e remessa dos recursos representativos da controvérsia são realizadas pelo presidente do tribunal de origem, então significa que vários recursos poderão subir ao STJ, desde que oriundos de diferentes tribunais. Grosso modo, cálculos exagerados podem levar às seguintes distorções. Se a controvérsia versar sobre matéria federal, poderá eventualmente ocorrer que os cinco Tribunais Regionais 8 Como afirmado na situação anterior, aqui também um bom ponto de partida pode ser o estabelecimento de normas regimentais, sejam gerais quando emanadas no âmbito do STJ, sejam específicas quando emanadas no âmbito dos respectivos tribunais de origem, na forma do 9º do art. 543-C do CPC. 9 Neste sentido: Para assegurar que todos os argumentos sejam levados em conta no julgamento dos recursos selecionados, a presente proposta permite que o relator solicite informações sobre a controvérsia aos tribunais estaduais e admita a manifestação de pessoas, órgãos ou entidades, inclusive daqueles que figurarem como parte nos processos suspensos. Além disso, prevê a oitiva do Ministério Público nas hipóteses em que o processo envolva matéria pertinente às finalidades institucionais daquele órgão (Exposição de Motivos nº 40-MJ, ). 5

6 Federais enviem ao STJ um ou mais recursos representativos da controvérsia, chegando a um volume total entre dez e vinte recursos à disposição para apreciação pelo STJ. A situação agrava-se exponencialmente se consideramos os tribunais de justiça dos Estados da Federação. Nesta situação, o número de recursos submetidos à Corte poderá ultrapassar as dezenas e chegar até a centena. Nestes casos, em que um número relativamente elevado de recursos especiais ( múltiplos ) suba ao STJ, então o que fazer? Como regra geral, seria necessário estabelecer algum tipo de norma regimental, como por exemplo, a prevenção da relatoria para o Ministro a quem já foi distribuído outro ou mais processos congêneres ou, ainda, centralizar como competência do Presidente o recebimento dos recursos representativos da questão jurídica controvertida para, somente depois, enviá-los para o relator sorteado. O 2º do art. 543-C do CPC dispõe que: Não adotada a providência descrita no 1º deste artigo, o relator no Superior Tribunal de Justiça, ao identificar que sobre a controvérsia já existe jurisprudência dominante ou que a matéria já está afeta ao colegiado, poderá determinar a suspensão, nos tribunais de segunda instância, dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida. Este dispositivo parece colocar a deflagração do procedimento sob exame de maneira primordial na competência do presidente do tribunal de origem e, de forma supletiva, no relator do próprio STJ (quando não tiver ocorrido a primeira hipótese). A dicção do dispositivo analisado não conflita de modo algum ao contrário, conflui com as sugestões colocadas anteriormente. Com efeito, tanto na hipótese da prevenção da relatoria como também na do recebimento pelo Presidente (e posterior remessa ao relator), ambas podem conviver tranquilamente com a norma de que o relator poderá identificar que não existe jurisprudência sobre a questão jurídica controvertida ou decidir afetá-la ao colegiado competente. Ambas as providências lhe incumbem a contrario senso do que consta no 2º do art. 543-C do CPC. Nestes casos, ou naqueles descritos literalmente pelo dispositivo em tela o relator identifica que sobre a controvérsia já existe jurisprudência dominante ou que a matéria já está 6

7 afeta ao colegiado então poderá determinar a suspensão dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida, ainda nos tribunais de segunda instância. Vale dizer, são duas situações alternativas que conduzem à possibilidade de suspender os processos nos tribunais de segunda instância. A primeira relaciona-se ao reconhecimento de que a questão jurídica controvertida já foi pacificada por jurisprudência dominante. O que se entende por jurisprudência dominante? De um lado, resta evidente que súmulas e orientações consolidadas por anos a fio certamente integram a jurisprudência dominante. De outro, o entendimento amplamente debatido e majoritariamente definido pelo órgão competente da Corte sobre determinado assunto em leading case, mesmo que ainda não tenha sido repetido por reiteradas vezes pode e deve ser considerado como jurisprudência dominante. Abre-se um parêntese para justificar este julgamento único como jurisprudência dominante. É que, no julgamento do leading case, pressupõe-se que há efetivo debate entre os Ministros integrantes do órgão jurisdicional, com a ventilação de diversos aspectos relacionados ao tema submetido à apreciação. Neste sentido, e em homenagem ao princípio da celeridade processual e à garantia da razoável duração do processo, não teria qualquer sentido lógico aguardar que esta mesma decisão fosse repetida em diversos outros julgados para que, enfim, se consolidasse como jurisprudência dominante. Acresça-se nesta justificativa o delicado momento histórico que experimentamos, no qual a instabilidade jurisprudencial dos Tribunais Superiores, especialmente do Superior Tribunal de Justiça, recomenda que o objetivo último da prestação jurisdicional (pacificação social dos conflitos) seja alcançado com a urgente definição das relevantes questões submetidas à apreciação judicial. 10 O precedente marcado no leading case não deve ser encarado como um dogma ou verdade imutável. A prova cabal disso é a possibilidade de revisão da tese que o fundamentou. Isto, aliás, vem ocorrendo com muito mais freqüência nos Tribunais Superiores do que seria de se esperar, gerando excessiva insegurança. Neste sentido, o ideal seria um meio-termo, no qual 10 Neste momento de excessiva instabilidade jurisprudencial é vigorosamente recomendável que não ocorra a modificação de orientações consolidadas em leading cases por razões triviais ou insuficientes. Exemplo de razão trivial é a modificação no entendimento da Corte em razão da mudança na sua composição, isto é, por ocasião da aposentadoria de um Ministro e nomeação de outro que tem posição contrária ao seu antecessor sobre determinada matéria jurídica. 7

8 apenas e tão somente com a apresentação de argumentos novos e não ventilados anteriormente é que fosse possível reexaminar questão que fora objeto da consolidação da jurisprudência dominante. Diferente de tudo isso é a hipótese em que um determinado acórdão isolado é pinçado como um precedente de relevo. É preciso distinguir que acórdão isolado não é precedente. Afinal, julgado não é jurisprudência. 11 O entendimento contrário levaria a uma evidente contrafação acerca da orientação da Corte sobre determinada matéria. Concluído o parêntese, retorna-se ao exame das duas situações alternativas que conduzem à possibilidade de suspender os processos nos tribunais de segunda instância, na segunda, em que o relator pode determinar a suspensão dos recursos nos quais a questão jurídica controvertida esteja estabelecida, tem-se a prévia afetação ao colegiado. Aqui, surge uma dúvida. Será legítimo a um segundo relator também levar o seu caso ao colegiado antes do início do julgamento, depois de iniciado, ou não poderá nunca levá-lo? A resposta para estas indagações pode ser prevista no Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. Uma solução neste sentido poderia contemplar a impossibilidade de o segundo relator levar o seu caso ao colegiado depois de iniciado o julgamento, por vedação regimental expressa. Ao contrário, seria legítimo, no entanto, o encaminhamento ao colegiado antes do início do julgamento, desde que providenciada a cópia do relatório para todos os Ministros que teriam condições suficientes para cotejar este caso com outro(s) anteriormente inserido(s) em determinada pauta de julgamentos, na forma do 6º do art. 543-C do CPC. Havendo multiplicidade de recursos especiais, o relator poderá solicitar informações, a serem prestadas no prazo de quinze dias, aos tribunais federais ou estaduais a respeito da controvérsia, na forma do 3º do art. 543-C. Este dispositivo, juntamente com o próximo, pretende munir o relator de dados e informações complementares que possam de alguma maneira influir no julgamento do caso submetido à apreciação. Ambos estabelecem como prazo quinze dias. Aqui, parece que esta solicitação será dirigida para o esclarecimento de dados e informações pontuais que possam influir no julgamento. 11 A expressão é de Pedro Marcos Nunes Barbosa, a quem agradeço pelos comentários críticos deste estudo. 8

9 O 4º do art. 543-C do CPC foi muito generoso quando tratou da figura do amicus curiae. Estabeleceu que: O relator, conforme dispuser o regimento interno do Superior Tribunal de Justiça e considerando a relevância da matéria, poderá admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia. Aqui, verifica-se um duplo requisito: um procedimental (constar no RISTJ) e um substantivo (evidenciar a relevância da matéria). Para a efetiva e crescente aplicação deste dispositivo legal será importante que o RISTJ não limite demasiadamente o requisito procedimental. Caso isto ocorra, o dispositivo regimental será flagrantemente ilegítimo, isto é, inconstitucional e ilegal. Quanto ao requisito substantivo (relevância da matéria), o RISTJ poderia estabelecer com clareza quais seriam as situações e hipóteses capazes de ensejar esta participação como amicus curiae. A possibilidade de manifestação é bem ampla, já que abrange pessoas, órgãos e entidades. Todavia, todos e cada um devem demonstrar sempre o interesse na questão jurídica controvertida. Trata-se de uma faculdade, e não de um dever. É certo que consta na Exposição de Motivos desta lei que o interesse na questão jurídica controvertida deve abranger inclusive aqueles que figurarem como parte nos processos suspensos. Em seguida, o Ministério Público terá vista dos autos pelo prazo de quinze dias, nos termos do 5º do art. 543-C do CPC, nas hipóteses em que o processo envolva matéria pertinente às finalidades institucionais daquele órgão. 12 Transcorrido o prazo para o Ministério Público, cópia do relatório é remetida aos demais Ministros. O passo seguinte é a inclusão em pauta na Seção ou Corte Especial. Releva notar que o julgamento dos recursos repetitivos terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus, consoante dispõe o 6º do art. 543-C. O 7º do art. 543-C estabelece os dois andamentos possíveis dos recursos especiais sobrestados na origem depois de publicado o acórdão do STJ. Se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do STJ, os recursos especiais sobrestados terão seguimento denegado no 12 Evidenciando a preocupação do legislador em dotar o debate principal dos diferentes matizes argumentativos, confira novamente a nota anterior. 9

10 próprio tribunal de origem. Se, ao contrário, o acórdão recorrido divergir da orientação do STJ, os recursos especiais sobrestados serão novamente examinados pelo tribunal de origem. Busca-se, por conseguinte, dar oportunidade de retratação ao tribunal de origem, para que promova à adequação do seu acórdão ao acórdão-paradigma emanado do STJ. Este momento processual que possibilita a retratação do tribunal de origem é importante, na medida em que o acórdão-paradigma do STJ não é e tampouco pretende ser vinculante para os demais órgãos judiciários de segunda instância. Com efeito, o 8º estabelece que, no caso de ser mantida a decisão divergente pelo tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso especial, o qual, uma vez admitido, seguirá seu trâmite normal rumo ao STJ. 13 Por fim, relembre-se que o 9º do art. 543-C do CPC dispõe que: O Superior Tribunal de Justiça e os tribunais de segunda instância regulamentarão, no âmbito de suas competências, os procedimentos relativos ao processamento e julgamento do recurso especial nos casos previstos neste artigo. É de se esperar, nos próximos meses, pronta regulamentação dos referidos procedimentos, a começar pelo STJ. Ademais, o art. 2º estabelece que: Aplica-se o disposto nesta Lei aos recursos já interpostos por ocasião da sua entrada em vigor. Finalmente, o art. 3º traz a cláusula de vigência: Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação ( ). No próximo tópico será apresentado um quadro esquemático do trâmite do procedimento preconizado pela Lei nº /08 junto ao Superior Tribunal de Justiça, especialmente levandose em consideração as possíveis conseqüências em relação aos recursos sobrestados nos tribunais de segunda instância. 13 De maneira explícita, a exposição de motivos da lei sob exame preconiza que: Sobrevindo a decisão da Corte Superior, serão negados os recursos que atacarem decisões proferidas no mesmo sentido. Caso a decisão recorrida contrarie o entendimento firmado no Superior Tribunal de Justiça, será dada oportunidade de retratação aos tribunais de origem, devendo ser retomado o trâmite do recurso, caso a decisão recorrida seja mantida (Exposição de Motivos nº 40-MJ, ). 10

11 3. Quadro esquemático do trâmite junto ao STJ O quadro esquemático abaixo se propõe a facilitar a visualização do trâmite completo do procedimento previsto no novel art. 543-C, introduzido no CPC pela Lei nº /08: REsp REsp REsp Idêntica questão Presidente do Tribunal de origem Admite um ou mais recursos representativos da controvérsia Relator no STJ Matéria já está afeta ao colegiado Identifica que sobre a controvérsia já existe jurisprudência dominante Suspende os demais Encaminha para o STJ Pode determinar a suspensão nos Tribunais de segunda instância Solicita informações Admite manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia 15 dias Vista ao Ministério Público Remessa da cópia do relatório aos demais Ministros Inclusão do processo em pauta na Seção ou Corte Especial Julgamento com preferência Exceções: réu preso e HC Publicação do acórdão Acórdão recorrido coincide com orientação do STJ Acórdão recorrido diverge da orientação do STJ REsp terá seguimento denegado REsp será novamente examinado Mantida a decisão divergente pelo Tribunal de origem Exame de admissibilidade do REsp 11

12 4. Análise comparativa em relação ao procedimento para o julgamento dos recursos repetitivos no âmbito do Supremo Tribunal Federal Como vimos, a inspiração declarada do projeto que resultou na Lei nº /08 foi o mecanismo criado pela Lei nº /06, que cuidou do procedimento simplificando o julgamento de recursos múltiplos, fundados em matéria idêntica, no âmbito do STF. 14 Em razão disso, importa neste ponto promover a análise comparativa entre os dois procedimentos. A Lei nº /06 encontra seu fundamento de validade diretamente em dispositivo constitucional, acrescido pela Emenda nº 45/ Ao contrário, a Lei nº /08 apenas acresce o art. 543-C ao Código de Processo Civil, sem qualquer pretensão de regulamentar qualquer dispositivo constitucional de maneira direta e imediata. Juntamente com a modificação introduzida no art. 543-B do Código de Processo Civil, a Lei nº /06 também acrescentou o art. 543-A, que trata da repercussão geral das questões constitucionais. De maneira diversa, a Lei nº /08 não explicita qualquer intenção de criar uma espécie de repercussão geral no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, tendo apenas utilizado mecanismo semelhante quanto ao procedimento de processamento e julgamento dos múltiplos recursos repetitivos. De maneira rigorosamente semelhante, no âmbito do tribunal de origem (segunda instância), caber-lhe-á selecionar um ou mais recursos representativos de idêntica controvérsia e encaminhá-lo(s) ao Tribunal Superior competente (STF ou STJ), sobrestando os demais até o seu pronunciamento definitivo, consoante dispõem tanto a Lei nº /06 como também a Lei nº /08. A possibilidade de admissão do amicus curiae prevista na Lei nº /08 é explicitamente mais generosa que aquela estabelecida pela Lei nº /06. A apreciação, pelo Tribunal Superior competente, acerca dos feitos selecionados para processamento e julgamento divide-se em dois distintos trâmites. De acordo com a Lei nº 14 Cf. Exposição de Motivos n. 40-MJ, Para aprofundamento de toda a regulamentação da repercussão geral no direito brasileiro, confira: ANDRADE, Fábio Martins de. A Regulamentação da Repercussão Geral das Questões Constitucionais nos Recursos Extraordinários (EC nº 45/2004, Lei nº /2006 e Emenda Regimental do STF nº 21/2007). Revista de Informação Legislativa. Brasília: Senado Federal, ano 45, nº 177, p

13 11.418/06, na hipótese de reconhecimento da inexistência da repercussão geral, esta decisão somente será possível com a manifestação neste mesmo sentido de, pelo menos, dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal, isto é, oito Ministros. Tomada a decisão neste sentido, a Súmula da decisão constará de ata, que será publicada no Diário Oficial e valerá como acórdão. Neste caso, os recursos sobrestados nos tribunais de origem considerar-se-ão automaticamente inadmitidos ou serão indeferidos liminarmente todos os recursos sobre matéria idêntica, salvo revisão da tese, nos termos do RISTF. Por outro lado, na hipótese de reconhecimento da existência da repercussão geral do recurso extraordinário, a Turma assim decidirá por, no mínimo, quatro votos convergentes e será dispensada a sua remessa ao Pleno. Assim, a conseqüência da decisão do Supremo Tribunal Federal acerca da repercussão geral de determinada questão constitucional será que: (a) se os autos ainda estiverem no tribunal de origem e algum recurso extraordinário em caso idêntico for julgado pelo Supremo Tribunal Federal no mérito, então os recursos sobrestados serão apreciados pelos tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se; ou (b) se os autos já estiverem no Supremo Tribunal Federal e for mantida a decisão e admitido o recurso, então poderá cassar ou reformar, liminarmente, o acórdão contrário à orientação firmada. De maneira semelhante, a Lei nº /08 dispõe que se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do STJ, os recursos especiais sobrestados terão seguimento denegado no próprio tribunal de origem. Se, ao contrário, o acórdão recorrido divergir da orientação do STJ, os recursos especiais sobrestados serão novamente examinados pelo tribunal de origem. A Lei nº /06 estabeleceu que ela somente entraria em vigor sessenta dias após a data de sua publicação, para então, aplicar-se aos recursos interpostos a partir do primeiro dia de sua vigência, isto é, 20 de fevereiro de A Lei nº /08, por seu turno, previu que entraria em vigor noventa dias após a data de sua publicação, para então aplicar-se aos recursos já interpostos por ocasião da sua entrada em vigor, ou seja, 07 de agosto de A Lei nº /06 foi prontamente regulamentada com algumas modificações perpetradas no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, motivo pelo qual se reforça ainda mais a possibilidade de que logo haverá modificação no Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, com o intuito de promover à regulamentação necessária à Lei nº /08. 13

14 5. Conclusão Vimos que a Lei nº /08 insere-se no contexto da Reforma Infraconstitucional do Poder Judiciário e que foi inspirada na Lei nº /06 que, além de criar a repercussão geral das questões constitucionais, criou mecanismo simplificando o julgamento de recursos múltiplos, fundados em idêntica matéria, no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Em análise dos dispositivos da lei, anotamos algumas situações que em um primeiro momento de sua aplicação poderão revelar questões jurídicas complexas e que possivelmente serão melhor delineadas pela dicção de modificações regimentais no âmbito do STJ ou por meio de sua experiência jurisprudencial. De fato, exemplos levantados destas questões referem-se: à quantificação dos múltiplos recursos que ensejarão a adoção do procedimento preconizado na lei; ao alcance da expressão idêntica questão de direito ; à discricionariedade conferida ao presidente do tribunal de origem na escolha dos recursos representativos da questão de direito controvertida; ao eventual embaraço causado pela subida ao STJ de vários recursos repetitivos, quando diferentes presidentes dos respectivos tribunais de origem remetam-lhe os feitos selecionados; ao delineamento preciso da expressão jurisprudência dominante ; à generosa possibilidade de admitir amicus curiae nos procedimentos relacionados aos recursos repetitivos, dentre outros. Por meio do quadro esquemático do trâmite do referido procedimento junto ao STJ, e suas conseqüências possíveis, possibilitamos a visualização das diferentes e subseqüentes etapas no caminho que pretende pacificar as relações conflituosas que pendem de solução final do Superior Tribunal de Justiça. Por fim, promovemos à análise comparativa entre o procedimento estudado e aquele preconizado pela Lei nº /06 no âmbito do Supremo Tribunal Federal, ocasião em que destacamos as principais semelhanças e diferenças entre ambos. Pelo exposto, reiteramos que são esperadas modificações regimentais inicialmente no Superior Tribunal de Justiça, seguido por modificações nos respectivos regimentos dos tribunais de segunda instância do País, com o intuito de regulamentar os procedimentos relativos ao processamento e julgamento do recurso especial nos casos repetitivos. 14

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