1 Criação de uma bolsa anual de árvores para oferta
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- Joaquim Miranda Vilalobos
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2 Floresta Comum, Qual o objectivo principal do Floresta Comum? O objectivo? O Floresta Comum, é um programa de incentivo à reflorestação com a floresta autóctone portuguesa. Para a concretização deste objectivo, pretende-se aproveitar as vontades, os meios e as competências existentes no terreno, potenciando a criação de estruturas e redes locais de criação e recuperação da floresta, incentivando a participação da comunidade. A forma? Disponibilização de árvores ou sementes e serviço de aconselhamento técnico prestado a essa rede de instituições. A Missão O Floresta Comum tem como missão promover a produção, angariar e distribuir árvores autóctones, por instituições em todo o território Nacional, incluindo Açores e Madeira, que comprovadamente demonstrem interesse e possuam competências e meios necessários para proceder ao plantio e cuidado de florestas autóctones. Aproveitar árvores onde existem ou poderão vir a ser produzidas, para distribuir onde existe vontade de as plantar. É este o nosso objectivo: fomentar e incentivar a criação de uma floresta com altos índices de biodiversidade e de produção de serviços ecológicos, fazendo chegar os conhecimentos e as árvores às pessoas e instituições que têm disponibilidade e vontade de intervir. O Floresta Comum terá de possuir uma organização logística profissional para: Angariar e organizar a distribuição de árvores; Estabelecer contratos de produção de árvores; Aconselhamento e apoio Técnico; O controlo de qualidade; Angariar e distribuir sementes. Parceiros QUERCUS, AFN, ANMP, ANAFRE, Direcções Regionais dos Açores e Madeira, Associações florestais, ICNB e um de apoio financeiro à coordenação. 1 Criação de uma bolsa anual de árvores para oferta A bolsa de árvores recebe todo o tipo e quantidade de árvores ou arbustos autóctones, desde que a sua origem seja proveniente de sementes portuguesas. Realiza igualmente contratos de produção de árvores com viveiros a preços de custo, ou a aquisição de excedentes de produção. A partir do total destas 3 formas de angariar árvores para integrarem a bolsa de árvores disponíveis, serão anualmente distribuídas de forma gratuita aos projectos e instituições que viram os seus projectos aprovados.
3 Só serão aceitas ofertas em árvores, quando a oferta é directamente oriunda produtor das árvores. Porquê recorrer à produção de árvores para doação? A opção de enveredar em paralelo pela realização de contratos de produção de árvores tem os seguintes fundamentos: 1. Podermos de uma forma activa encomendar o número de árvores e as espécies menos comuns, em função dos objectivos de diversidade biológica e qualidade das plantações; 2 Não ficarmos na dependência das espécies e dos números das árvores doadas. 3 Através da participação em dinheiro, alargar a possibilidade da oferta de árvores a pessoas individuais e entidades que não podem produzir árvores, 5 - Celebrar acordos programa de produção de árvores, viabilizando o funcionamento de viveiros ligados à Administração Pública. Poderá ainda existir a aquisição dos excedentes de produção a preços especiais, evitando a sua destruição. 2 - Agir com as Instituições Locais A abertura de candidaturas à atribuição de árvores e apoio técnico, lançada pelas ANMP e ANFRE, e noutras formas de divulgação, tem como objectivo, a angariação de instituições promotoras, que localmente dinamizem a obtenção de terrenos, meios e competências que permitam realizar as plantações assegurando o seu posterior acompanhamento e manutenção. A essas instituições o Floresta Comum assegura: Fornecimento de árvores ou sementes adequadas ao local e região; Apoio técnico e procura de soluções para encontrar as espécies necessárias para atingir os melhores níveis de biodiversidade e serviços ambientais É importante que cada instituição tenha consciência daquilo que recebe do Programa Floresta Comum para que possa avaliar a importância do serviço de que beneficia e dos benefícios para a região. Para a entrega de árvores e disponibilização do apoio, a instituição promotora assina com a Quercus, um acordo jurídico no âmbito do qual existem direitos e deveres a respeitar. Todas as instituições locais que dinamizaram a plantação e a manutenção as árvores plantadas serão parceiros do projecto.
4 3 - Como suporta a Bolsa de Árvores do Floresta Comum as despesas de funcionamento corrente? As despesas de funcionamento inevitáveis, são suportadas por: Dádivas de materiais e equipamento; Assunção das despesas de exploração por terceiros; Verbas provenientes do Green Cork e de um parceiro financiador ; As árvores que foram recebidas por doação, serão atribuídas ao projecto GreenCork, que contribuirá para a coordenação, através da recolha de rolhas. Existirão parceiros de serviços locais que contribuem com os trabalhos de plantação e manutenção; Existirão parceiros produtores de árvores que oferecem árvores; Contribuição em espécie. Existirá um parceiro financeiro, cujo contributo corresponderá a um lote de árvores plantadas pelo próprio em parceria com a Quercus, e um lote de árvores que integrarão a Bolsa de árvores que serão oferecidas aos projetos aprovados pelo Floresta Comum. 4 - Uma total transparência A busca de árvores deve ser imaginativa numa lógica de luta contra o desperdício de excedentes, incentivando as dádivas, e promovendo a recuperação e funcionamento de novos viveiros nas instituições aderentes. Será registado anualmente o total de árvores por espécies que foram doadas, em separado das que foram produzidas pelo projecto através dos contratos de produção. As árvores que foram recebidas por doação, serão atribuídas ao projecto GreenCork, que contribuirá para a coordenação, através da recolha de rolhas. Para se poder atribuir árvores ao parceiro financiador, e desta forma ele poder usufruir indirectamente da ausência de custos logísticos que foram realizados pelos parceiros locais, é necessário que ele realize uma contribuição para o funcionamento da coordenação e apoio técnico, contribuição essa à qual não corresponderá qualquer árvore. Realizada essa contribuição, o parceiro ou patrocinador exclusivo, poderá ser o financiador de um contrato de produção de árvores para oferta na bolsa. A Quercus possui uma contabilidade organizada e as contas são auditadas anualmente por uma empresa exterior, que garante a sua idoneidade.
5 5 Como pode uma instituição receber árvores? Através da ANMP, e Anafre é enviado um convite a todos os municípios e freguesias para aderirem ao projecto e se candidatarem à oferta de árvores, apresentando o seu projecto de florestação, ou um projecto educativo que inclua a floresta na sua temática, e que venha a necessitar de árvores para a sua execução. Para receber árvores, uma instituição tem antes de mais, de se candidatar, apresentando um projecto de florestação, um projecto educativo que verse sobre o tema da floresta, ou ainda um projecto de Parque Florestal Urbano. É objecto de uma visita de avaliação e se se justificar, é celebrado um acordo de abastecimento gratuito entre a coordenação do Criar Bosques/Quercus. São sublinhados com clareza, os limites do serviço prestado pela coordenação a estas instituições. No primeiro ano o projecto pretende abrir inscrições para requisição de plantas por parte dos municípios, sendo apenas disponibilizadas de acordo com a soma do total de árvores disponibilizadas entre as várias entidades dadoras. Este ano o prazo deverá abrir a 21 de Maio e encerrar em 15 de Setembro. A partir do segundo ano, deverão igualmente submetidos os pedidos de árvores para retancha. Estes pedidos serão prioritários perante os demais pedidos. 6 Condições de oferta de árvores do projecto. No site constará um regulamento das condições da atribuição de árvores para os projectos apresentados, entre as quais terão de constar as seguintes condições: - Assegurar a disponibilidade de terrenos; - Assegurar a preparação dos terrenos e a sua futura manutenção; - Apresentação de indicadores que garantam a sua manutenção; - Assegurar a existência de capacidade técnica; - Assegurar o transporte das plantas do viveiro até à autarquia; - Assegurar localmente a existência de ferramentas para a plantação e manutenção, no caso de haver acção com voluntários; O principal objectivo do projecto será a criação de dinâmicas locais de desenvolvimento e protecção da floresta autóctone, pelo que a oferta de árvores deve ser encarada como um apoio e estimulo ao desenvolvimento de projectos de florestação, e não apenas como uma forma de ter acesso a árvores gratuitas. 7 Sistema critérios de avaliação de aprovação de projecto. Terá de ser criada uma Comissão Técnica de Acompanhamento, na qual terão assento a Quercus, AFN e ANMP, e outros que se venham a considerar relevantes, que analisará as candidaturas, e decidirá os projectos aprovados e o número de árvores a atribuir anualmente a cada projecto. A aprovação de um projecto não implica a entrega de todas as árvores no primeiro ano, podendo na aprovação do projecto ser estabelecido um plano de entregas ao longo de vários anos. Anualmente serão apresentadas quais as prioridades a que serão dadas preferência.
6 Critérios a ter em conta na avaliação de Projectos Florestais: - Qualidade técnica do projecto e do apoio técnico disponível; - Existência prévia de projectos de florestação com espécies autóctones já realizados ou em fase de realização, em que a oferta constituirá o um reconhecimento do trabalho já realizado e um incentivo à sua continuação; - O projecto apresentado prevê inclui árvores de produção própria, uma vertente de sementeira ou aquisição de espécies autóctones raras e de comprovada origem nacional; - Existência de parcerias intermunicipais, e o facto da a área intervencionada ser partilhada por vários municípios; - A terrenos de propriedade pública ou Baldios terão prioridade sobre os terrenos particulares; - Interesse conservacionista do projecto; - Participação de vários parceiros locais; - Existência de uma ou mais equipes de sapadores florestais afectas ao projecto; Existência de um projecto local de recolha de rolhas; - Existência de um sistema de voluntariado para a plantação e manutenção; - Envolvimento da comunidade escolar. Critérios a ter em conta na avaliação de Projectos Educativos: - A temática da floresta está incluída de forma directa na globalidade do projecto educativo; - Envolvimento da comunidade local ou escolar com a floresta a ser plantada e com a sua manutenção e cuidado posterior; - Possibilidade de usufruto pela comunidade local ou escolar da floresta a ser plantada; - Características sócio-ambientais da região a ser intervencionada; - Integração com os restantes objectivos do programa educativo escolar; - Existência de um projecto local de recolha de rolhas de cortiça para reciclagem; Critérios a ter em conta na avaliação de Projectos de Parques Florestais Urbanos: - Envolvimento da comunidade local ou escolar com o Parque a ser plantada e com a sua manutenção e cuidado posterior; - Possibilidade de usufruto pela comunidade local ou escolar da floresta a ser plantada; - Existência de mobiliário Urbano que potencie o uso do parque por parte das populações; - Existência de sinalética relativa às espécies de flora e eventualmente de fauna presentes e com informação relativa à sua importância ecológica; - Localização do Parque no contexto urbano da região; 8 Coordenação e apoio técnico Coordenação Nacional - Assegurar a coordenação entre os vários coordenadores concelhios; - Angariar anualmente o máximo número de árvores para a bolsa de árvores;
7 - Apresentar anualmente uma listagem com o número de árvores e espécies disponíveis; - Em articulação com a AFN, promover a certificação de locais de recolha de sementes, mantendo uma base de dados actualizada sobre esta rede; - Preparar a reunião anual da Comissão de Técnica de Acompanhamento; - Comunicar a distribuição de árvores decidida pela Comissão de Avaliação, de acordo com uma grelha anualmente definida em função dos projectos já aprovados, e das prioridades que estabelecer; - Organizar os projectos por concelhos e assegurar com a autarquias locais a coordenação e implementação dos projectos; - Organizar as marcações para levantamento das plantas; - Promover iniciativas locais; - Produzir um site, com as fichas de inscrição necessárias para a apresentação de projectos, e toda a informação necessária sobre a floresta autóctone onde constará um contador de árvores onde só a coordenação ou os coordenadores locais poderão fazer a inscrição das árvores plantadas; Coordenação Local - Cada concelho aderente deverá indicar um técnico florestal para desempenhar o papel de coordenador concelhio do Floresta Comum ; - Assegurar localmente a coordenação não só dos projectos da iniciativa da autarquia, mas também outros projectos realizados dentro dos limites do concelho; - Dinamizar localmente a certificação e recolha de sementes; - Promover a recuperação de viveiros inactivos, caso se venham a mostrar necessários no âmbito do contratos programa de produção de árvores; - Colaborar nas acções de plantação dentro dos limites do concelho, promover parcerias que viabilizem a implementação das plantações e a criação de uma cultura de envolvimento anual das populações com este com este projecto. - Proceder à inscrição anual das árvores plantadas dentro dos limites do concelho;
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