TÉCHNE: ENTRE A ARTE E A TÉCNICA. Antônio Jackson de Souza Brandão (PUC/SP) 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TÉCHNE: ENTRE A ARTE E A TÉCNICA. Antônio Jackson de Souza Brandão (PUC/SP) 1"

Transcrição

1 TÉCHNE: ENTRE A ARTE E A TÉCNICA Antônio Jackson de Souza Brandão (PUC/SP) 1 Resumo Este artigo pretende discutir o conceito de téchne e seu emprego desde os gregos até nossos dias, buscando responder as perguntas: a técnica e a arte são indissociáveis, ou se complementam? Qual o papel do lógos nessa relação? Palavras-chave téchne, arte, lógos, fotografia, filosofia grega Abstract This article intends to argue the concept of téchne and its use since the Greeks until our days, seeking to answer the questions: the technique and art are inseparable, or complement each other? What is the role of the lógos on this relationship? Keywords téchne, art, lógos, photography, Greek philosophy O emprego/acepção de algumas palavras é tão comum em determinados períodos históricos que traçar um juízo claro a seu respeito por aqueles que convivem com elas se torna um trabalho difícil, afinal o emprego e a definição que têm são demasiados claros para seus contemporâneos. No entanto, essa banalidade hodierna pode se tornar um entrave para aqueles que, a posteriori, quiserem como nós fazer delas um objeto de estudo. Exemplo disso encontramos na palavra grega ηέτση (téchne). Entre os vários fatores que possam convergir para que essa dificuldade ocorra, pode-se destacar a polissemia assumida pelo termo no correr dos tempos. Dessa forma, um dos critérios mais utilizados para se fazer a distinção entre suas várias acepções é recorrer a sua origem etimológica. Evidentemente, não se pretende aqui traçar um critério diacrônico de um termo como téchne que demandou muitos estudos não só dos especialistas linguistas como também dentro do âmbito da filosofia; entretanto, ser-nosá profícuo fazer uma pequena digressão para que possamos chegar a compreender o 1 Antônio Jackson de Souza Brandão é mestre e doutor em Literatura e fotografia pela Universidade de São Paulo (USP), sua área de pesquisa é a recepção imagética de textos extemporâneos, atualmente é Diretor da JackBran Consultoria e membro participante do CISC/PUCSP, jackbran@jackbran.pro.br

2 porquê da dificuldade em se empregar esse termo em uma sociedade extremamente tecnicista como a nossa. Ao se restringir este artigo ao campo imagético, é possível exemplificar a ηέτση a partir da fotografia. Feito isso, duas palavras podem vir à mente: técnica e tecnologia, de forma especial agora com o advento da era digital e das das inúmeras possibilidades que o processo fotográfico abriu no campo da reprodutibilidade e da manipulação imagética. Essas duas palavras estão inseridas em um campo sígnico cuja origem é o termo grego ηέτση. Apesar de este termo remontar à Antiguidade, podemos ser levados a tomar dois juízos: primeiro, sermos impelidos a acreditar que a técnica seja resultado exclusivo do atual progresso nos campos intelectual e científico, ou seja, que é recente, um membro estranho e desprendido da evolução humana (não no sentido ipsis litteris darwiniano, mas no de progresso); segundo, que a ηέτση e as experiências artísticas 1 pouco teriam em comum ou que não seria possível conciliá-las por estarem em campos opostos do fazer humano. Tal procedimento, porém, corresponderia ao conceito de anacronismo que, num primeiro momento, poderia desqualificar uma possível interrelação imagética entre literatura e fotografia, afinal esta seria uma expoente da técnica 2, aquela da expressão artística. Diante de tal assertiva, esquece-se, no entanto, de que o liame entre arte e técnica praticamente não existe, pelo menos etimologicamente, já que a palavra arte do latim ars corresponde à grega ηέτση que foi, muitas vezes, traduzida simplesmente por técnica. Segundo Manuel Antônio de Castro, a tradução de ηέτση para ars foi especialmente problemática, pelo menos no que se refere à poética, já que essa tradução põe todo o acento na téchne. Daí se entendeu a arte como a téchne poetiké, mas o principal não estava mais na poíesis, como essência do agir, mas nos conhecimentos técnicos do fazer poesia, em que o fazer diz respeito às formas, à unidade orgânica. (Cf.: Castro, 2006) Não se pode, portanto, esquecer de que o campo semântico em que a téchne está inserida é vasto, pois além de possuir muitas acepções (entre elas, a de técnica que empregamos hoje sem, contudo, ter a mesma conotação), está muito entremeada no todo

3 humano, afinal a quase totalidade da história do homem, sua existência, sua libido, seu pathos primordial são abarcados por ela. (Cf.: Craia, 2003, p.16) Essa multiplicidade semântica decorre das modificações que o termo sofreu na Grécia antiga, devido aos avanços da sociedade e da filosofia gregas; que, de uma sociedade agrícola e pré-socrática, torna-se o o berço da racionalidade ocidental com a filosofia platônica e aristotélica. Havia, naquele primeiro momento, uma sociedade de caráter produtivo, voltada ao mundo do trabalho, principalmente na Grécia arcaica. É possível ver que, naquele momento, segundo L. Bonilla (Cf. Bonilla, apud Garcia, 1997) havia uma grande consideração pelo trabalho. O trabalho agrícola ainda possuía um caráter religioso e moral: os agricultores eram queridos pelos deuses, pois enfrentavam as diversidades climáticas e tinham de se submeter diretamente às benesses divinas, portanto a agricultura não era uma mera ηέτση humana. Outra era a visão em relação ao trabalho do artesão, visto como inferior, afinal este exercia suas atividades em casa e não dependia dos deuses, mas de sua própria ηέτση. Algumas cidades gregas, inclusive, chegaram a privar-lhes os direitos de cidadania. No entanto, por volta do século VI a.c., o interesse primordial dos filósofos gregos desviou-se desse mundo naturalista, cosmológico (período pré-socrático) para o da compreensão do homem, do seu comportamento e de sua moral, em que o interesse pela natureza integra-se com o do espírito; a ηέτση não só assiste ao progresso material como também buscava sua própria razão de ser, modificando-se o conceito de saber técnico, cujas primícias foram o aparecimento da pólis e a filosofia de Platão e Aristóteles. Para Platão, por exemplo, ηέτση possuía um duplo sentido: arte e ciência. Não é possível, portanto, encontrar uma distinção sistemática entre epistéme (epistéme) e ηέτση (enquanto arte) por serem atividades humanas ordenadas e regradas. Quando o filósofo escreveu seus diálogos, as técnicas 3 no mundo helênico estavam se desenvolvendo num ritmo crescente tanto de alcance quanto de complexidade, constituindo-se, inclusive, como nova e específica modalidade de saber. Vários fatores contribuíram para essa revolução como os progressos da matemática e da medicina, bem como a constituição da pólis, que fez emergir uma nova mentalidade que se destaca pelas formas de organização e dependentes das inovações técnicas. Dessa forma, a origem da pólis está intimamente ligada à criação da ηέτση com

4 a qual se concebe a politéia 4 grega. Essa nova forma de rearranjo das relações políticas e sociais se opõe à individualidade familiar, já que nessa nova forma de aglomeração humana necessitava-se de instituições novas (tribunais, assembleias, teatros), com as quais os cidadãos teriam atribuições próprias. Surge, dessa forma, a reflexão filosófica e o pensamento técnico como saber específico. (Cf.: Araújo, p. 17) A téchne pressupõe que seu detentor ηετσίηης (technítes), o artífice, detenha uma επιζηήμη (epistéme) não baseada nos dotes da natureza, a θύζις 5 (phýsis), o que torna possível sua transmissão a quem não detém essa técnica. Isso pressupõe, evidentemente, que tal conhecimento não tenha sido adquirido da mera empiria 6, já que para o saber epistêmico é necessária a utilização do λόγος (lógos). Para Platão, portanto, o είδος 7 (eîdos) não só permeia a επιζηήμη quanto a própria ηέτση, afinal, não basta ao futuro artista (ηετσίηης) ter somente o conceito, a ideia do que pretende fazer, o είδος, mas deve deter a ηέτση para concretizá-lo. Evidencia-se, portanto, que aquilo que chamamos de arte será resultado de um vislumbrar da obra είδος na mente do ηετσίηης (artífice) que, por meio da ηέτση os processos necessários para sua execução e transmitidos via λόγος chegará ao resultado pretendido. Enquanto para Platão arte e ciência eram correlatas, Aristóteles distinguia os dois termos, e será justamente esse o critério epistemológico que perdurará na cultura ocidental durante séculos. O estagirita nos diz que ηέτση [arte] é semelhante à επιζηήμη, pois ηέτση remete a um fazer adquirido por meio da empiria, afinal todo o conhecimento teórico dever estar embasado na experiência. Y la experiencia (έμπειρίας empiria] parece, en cierto modo, semejante a la ciencia [επιζηήμη] y al arte [ηέτση], pero la ciencia y el arte llegan a los hombres a través de la experiencia. Pues la experiencia hizo el arte ( ). Nace el arte cuando de muchas observaciones experimentales surge una noción universal sobre los casos semejantes. (Aristóteles, 1987, pp. 4-5) Por meio da experiência, verifica-se que uma determinada droga tem o poder de curar certa enfermidade; quando, a partir dessa verificação empírica, empregamos esse conhecimento a todas as pessoas, a empiria torna-se ηέτση. Esta, portanto, não se vale mais da mera observação, mas das causas e dos efeitos que essa proporciona na vida

5 prática e, devido a isso, pode ser ensinada. É essa sua qualidade de ensinabilidade que a torna tão próxima à επιζηήμη. Essa querela, portanto, estende-se até nossos dias e, em virtude de tal pluralidade conceitual não se chegou a um consenso suficientemente teórico acerca da técnica e suas implicações, principalmente no campo da filosofia. Estamos de tal maneira entranhados na e com a técnica que não nos damos conta de que por seu meio o homem não apenas criou instrumentos e meios para auxiliá-lo e maximizar sua aparente limitação, como também para que tivesse prazer frente àquilo que chamamos de estético: um poema, uma estátua, um quadro, um monumento; acabamos transformando aquilo que críamos ser o real numa realidade virtual: A técnica é uma realidade tão poderosamente real visível, palpável, audível, ubíqua que a verdadeira realidade deixou de ser natural ou sobrenatural: a indústria é nossa paisagem, nosso céu e nosso inferno. Um templo maia, uma catedral medieval ou um palácio barroco eram alguma coisa mais do que monumentos: pontos sensíveis do espaço e do tempo, observatórios privilegiados de onde o homem poderia contemplar o mundo e o transmundo como um todo. Sua orientação corresponde a uma visão simbólica do universo; a forma e a disposição de suas partes abriam uma perspectiva plural, verdadeira encruzilhada de caminhos visuais: para cima e para baixo, na direção dos quatro pontos cardeais. Pontos de vista total sobre a totalidade. Essas obras não só eram uma visão do mundo, como estavam feitas segundo a sua imagem: eram uma representação da figura do universo, sua cópia ou seu símbolo. A técnica se interpõe entre nós e o mundo. (Paz, 2005, pp ) A técnica, na acepção hodierna, vai além da conceitualização grega, não podendo ser considerada simplesmente decorrência da téchne, mas seu desdobramento em várias outras leituras da realidade que nos cerca, além da ruptura daquilo que considerávamos ininterruptível como a negação do mundo como imagem. Paz acrescenta que justamente devido a esse desaparecimento a técnica foi possível:

6 As obras do passado eram réplicas do arquétipo cósmico no duplo sentido da palavra: cópias do modelo universal e resposta humana ao mundo (...). Símbolos do mundo e diálogo com o mundo: o primeiro por ser reprodução da imagem do universo; o segundo por ser o ponto de interseção entre o homem e a realidade exterior. Essas obras eram uma linguagem: uma visão do mundo e uma ponte entre o homem e tudo que o rodeia e sustém. As construções da técnica fábricas, aeroportos, planos de energia e outros grandiosos conjuntos são absolutamente reais, mas não são presenças; não representam: são signos da ação e não imagens do mundo. (...) Não são obras, mas instrumentos(...). (ibidem, pp ) Essa implicação leva-nos a traçar um paralelo com uma das grandes descobertas/invenções do século XIX: a imagem fotográfica. A câmera como nova técnica proporcionou ao homem ver o que não via ou ver com outros olhos aquilo que acreditava conhecer e ver; enfim, ter uma nova visão de mundo, segundo Proust (Cf.: Brassaï, 2005, p. 49), ou conhecer o que se esconde nos detalhes, nas minúcias, usando as palavras de Benjamim. (Cf.: Benjamim, 1991, p. 222) No entanto, ainda falta à arte fotográfica não só uma teoria/filosofia abrangente como também uma tradição de crítica fotográfica. (Cf.: Sontag, 1986, p. 125) Isso se tornou imperativo, ainda mais agora com a facilidade dos meios digitais para captar e reproduzir as imagens. Para demonstrar, por exemplo, a aparente (ou não) dicotomia inerente a esse meio técnico de reprodutibilidade, basta inferir sobre a pseudofacilidade de sua decodificação, ao se constatar como as pessoas se comportam frente às imagens fotográficas, quando inquiridas sobre a facilidade ou não para interpretá-las ou compreendê-las. Normalmente, respondem assertivamente. Flusser, por sua vez, nos diz que essas imagens são mais fáceis de serem decifradas só na aparência: Le trahison des images, de René a Magritte, 1929

7 Ontológicamente, las imágenes tradicionales significan fenómenos; las imágenes técnicas significan conceptos. Descifrar imágenes técnicas implica la lectura de su posición. Con todo, es difícil descifrar las imágenes técnicas, pues aparentemente no necesitan ser descifradas. Su significado parece grabarse automáticamente sobre sus superficies como en las huellas digitales donde lo significado (el dedo) es la causa y la imagen (la huella) es el efecto. Parece como si el mundo significativo en las imágenes técnicas fuera la causa de ellas (...). el mundo refleja la luz solar y otras ondas luminosas que son captadas por superficies sensitivas por medio de procesos ópticos, químicos y mecánicos y el resultado es una imagen técnica. (...) Parece que aquello que vemos al contemplar las imágenes técnicas no son símbolos que necesiten descifrarse, sino indicios del mundo al que significan, y que podemos percibir este significado a través de ellas, aunque sea indirectamente. (Flusser, 1990, pp ) Magritte já nos dissera isso em seu pseudo-emblema 8 Trahison des images: o óbvio é que vemos na fig. 1 a representação mimética de um objeto ausente, apesar de se poder afirmar que se vê, efetivamente, um cachimbo, quando estaríamos vendo tinta, plasticamente ordenada em uma superfície, dando-nos a impressão de vermos o que, efetivamente, não estamos vendo. Assim, teríamos, no continuum de configurações estéticas que coincidem com a modernidade, um fervilhar de investidas na relação entre imagem e texto, que culminaria em Magritte, com a proposta de uma não-relação que se afirma na presença dos elementos verbais e pictóricos, levando ao ápice o processo de separação entre representação plástica e linguística. (Almeida, 2006, p. 92)

8 O que nos importa não é o fato de ser ou não verdadeiro, mas o de nos atingir, fazer com que nos deixemos levar por sua efração, assim como em relação ao λόγος: seu contato virtual deixa-nos sequelas, atinge-nos: Toda palavra é física, afeta imediatamente o corpo. (Deleuze, 2003, p. 90) Se assim somos tocados pelo λόγος imaginemos quando este está junto à imagem, ainda mais a fotográfica com sua aparente realidade! Além dessa sua pseudorrealidade, pode-se, com a imagem fotográfica, destacar e aprofundar a própria noção de belo dada por Aristóteles na Poética, para quem o belo reside na extensão e na ordem, razão por que não poderia ser belo um animal de extrema pequenez (pois se confunde a visão reduzida a um momento quase imperceptível), nem de extrema grandeza (pois a vista não pode abarcar o todo, mas escapa à visão dos espectadores a unidade e o todo (...). (Aristóteles, 1996, p. 38) A fotografia nos permite jogar com a extensão, aumentando o diminuto ou diminuindo o avantajado, de forma que possamos à moda dos gregos e seu ideal de proporção vinculado à matemática, à ordem e à simetria favorecer aquilo que chamamos, hoje, de prazer estético dado pelas ηέτσαι [artes] não utilitárias como a música, pintura, escultura e poesia, cuja busca é o saber em si mesmo 9. Dizemos ηέτσαι, evidentemente, porque a arte (ηέτση) para Aristóteles tinha uma acepção diversa da que temos hoje, possuía um sentido genérico; tanto poderia ser uma ηέτση lógica, moral, retórica ou poética. O sentido de belas-artes que temos hoje só surge em 1753 com a obra Aesthetica do filósofo alemão Alexander von Baumgarten, período em que vários estudos surgiram para sistematizar os vários gêneros artísticos e a arte começa a preterir o conceito de μίμηζις (mimese), dominante até então. Referência Bibliográficas ALMEIDA, Júlia de. Entre texto e imagem: título e quadro. In Alceu, v. 6, n. 12, Rio de Janeiro, 28-41, ARAÚJO, R. O solo histórico da noção de téchne e a reflexão de Platão na República, in: ΗΤΠΝΟ - Téchne nº 4, São Paulo, EDUC, ARISTÓTELES. ΑΡΙΣΟΣΕΛΟΤ ΣΑ ΜΕΣΑ ΣΑ ΦΤΙΚΑ: Aristotelis Metaphysica: Metafísica de Aristóteles. Madrid, Gredos, 1987.

9 . Os pensadores: Aristóteles. São Paulo, Nova Fronteira, BENJAMIM, Walter. Sociologia (org. Flávio R. Kothe) 2ª ed. São Paulo, Ática, BRANDÃO, Antônio Jackson S Iconofotologia do Barroco alemão. Tese de doutorado apresentada à Universidade de São Paulo, BRASSAÏ. Proust e a fotografia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., CRAIA, Eladio C. Pablo. Gilles Deleuze e a questão da técnica, 2003, Tese (Filosofia), Unicamp, Campinas. FLUSSER, Vilém. Hacia una filosofía de la fotografía. México, Trillas-Sigma, GARCIA, Alicia Olabuenaga. De la Tecnica a la Techne. In A Parte Rei. Revista de Filosofía nº 1, Madrid, NUSSBAUM, Martha C.. La fragilidade del bien: Fortuna y ética en la tragedia y la filosofía griega. Madrid, Visor, PAZ, Octavio. Signos em rotação. São Paulo, Perspectiva, SONTAG, Susan. Ensaios sobre fotografia. Lisboa, Publicações Dom Quixote, O artista poderia e deveria, inclusive, prescindir da técnica devido a seu gênio criador. 2 Cujo dever seria, segundo Baudelaire, meramente o de servir às ciências e às outras artes, como já havíamos visto. 3 As técnicas industriais (artesania) produzem objetos, são produtivas; as intelectuais (matemática, astronomia) obtêm resultados por meio de aquisições intelectivas, são, portanto, teoréticas; as corporais (ginástica) possibilitam um estado físico não externo ao agente. (Cf. Araújo, p. 21) 4 A constituição do Estado, o modo de vida dos cidadãos na Grécia antiga. 5 Consiste na natureza ou maneira de ser de uma coisa, ou seja, sua forma, sua condição natural, sua substância. 6 A empiria terá uma conotação negativa para Platão, que a considerará privada de racionalidade (αλογος). 7 O eîdos corresponde à ideia, ao conceito mental de alguma coisa. 8 Utilizo pseudo pelo fato de Magritte, ao utilizar a representação linguística juntamente com a pictórica, o faz não em vista da interrelação/complementaridade sígnica como nos emblemas, mas da sua completa separação e divisão, com a condição de o enunciado contestar a identidade da figura (Almeida, 2006, p. 91) 9 É interessante o que nos diz Nussbaum a respeito das várias ηέτσαι: descubrimos varios tipos. En primer lugar están las téchnai claramente productivas, como la zapatería y la edificación ( ).Un segundo grupo de artes, como la medicina, se distingue por la presencia de un fin vago, por ejemplo, la salud, que el lego puede considerar deseable y hacia el cual, como producto, se orienta la actividad del médico.( ) Por último están las artes cuyos fines son puramente internos: la danza, la flauta, el ejercicio atlético. Aquí no existe producto alguno; lo que se valora es la actividad en sí. Sin embargo, dado el carácter riguroso, preciso y enseñable de estas prácticas, no se duda en otorgarles el título de téchnai. (Nussbaum, 1995, pp )

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

Paula Almozara «Paisagem-ficção»

Paula Almozara «Paisagem-ficção» Rua da Atalaia, 12 a 16 1200-041 Lisboa + (351) 21 346 0881 salgadeiras@sapo.pt www.salgadeiras.com Paula Almozara «Paisagem-ficção» No âmbito da sua estratégia internacional, a Galeria das Salgadeiras

Leia mais

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural CONHECIMENTO DA LEI NATURAL Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural O que é a Lei Natural? Conceito de Lei Natural A Lei Natural informa a doutrina espírita é a

Leia mais

Mito, Razão e Jornalismo 1. Érica Medeiros FERREIRA 2 Dimas A. KÜNSCH 3 Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, SP

Mito, Razão e Jornalismo 1. Érica Medeiros FERREIRA 2 Dimas A. KÜNSCH 3 Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, SP Mito, Razão e Jornalismo 1 Érica Medeiros FERREIRA 2 Dimas A. KÜNSCH 3 Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, SP Resumo Este trabalho tem como objetivo relacionar os temas mito, razão e jornalismo. Com uma

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

Profª Drª Maria Aparecida Baccega

Profª Drª Maria Aparecida Baccega Profª Drª Maria Aparecida Baccega http://lattes.cnpq.br/8872152033316612 Elizabeth Moraes Gonçalves - UMESP Alguns dados de currículo Livre Docente em Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da

Leia mais

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO Bernardo Goytacazes de Araújo Professor Docente de Filosofia da Universidade Castelo Branco Especialista em Filosofia Moderna e Contemporânea

Leia mais

Filosofia - Introdução à Reflexão Filosófica

Filosofia - Introdução à Reflexão Filosófica Filosofia - Introdução à Reflexão Filosófica 0 O que é Filosofia? Essa pergunta permite muitas respostas... Alguns podem apontar que a Filosofia é o estudo de tudo ou o nada que pretende abarcar tudo.

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 2. Direito como objeto de conhecimento. Conforme pudemos observar nas aulas iniciais

Leia mais

MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL

MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO E INFORMAÇÃO Prof. Gustavo Fernandes Ambrosio Emails: gus_ambrosio@yahoo.com.br gusambrosio@hotmail.com Objetivo do curso Será enfocado o tema

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

edgar allan poe a filosofia da composição p r e fá c i o pedro süssekind t r a d u ç ã o léa viveiros de castro

edgar allan poe a filosofia da composição p r e fá c i o pedro süssekind t r a d u ç ã o léa viveiros de castro edgar allan poe a filosofia da composição p r e fá c i o pedro süssekind t r a d u ç ã o léa viveiros de castro sumário 9 prefácio. A lição aristotélica de Poe [Pedro Süssekind] 17 A filosofia da composição

Leia mais

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO Karen Ramos Camargo 1 Resumo O presente artigo visa suscitar a discussão acerca dos processos de trabalho do Serviço Social, relacionados

Leia mais

Dia_Logos. café teatral

Dia_Logos. café teatral café Café Teatral Para esta seção do Caderno de Registro Macu, a coordenadora do Café Teatral, Marcia Azevedo fala sobre as motivações filosóficas que marcam esses encontros. Partindo da etimologia da

Leia mais

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 1.1 Introdução... 2 1.2 Estrutura do IP... 3 1.3 Tipos de IP... 3 1.4 Classes de IP... 4 1.5 Máscara de Sub-Rede... 6 1.6 Atribuindo um IP ao computador... 7 2

Leia mais

- Tudo isto através das mensagens do RACIONAL SUPERIOR, um ser extraterreno, publicadas nos Livros " SO EM DESENCANTO ". UNIVER

- Tudo isto através das mensagens do RACIONAL SUPERIOR, um ser extraterreno, publicadas nos Livros  SO EM DESENCANTO . UNIVER TIRE ALGUMAS DE SUAS DUVIDAS SOBRE CULTURA RACIONAL - O que é CULTURA RACIONAL? R - A Cultura Racional é a cultura do desenvolvimento do raciocínio. A cultura natural da Natureza. É o conhecimento da origem

Leia mais

Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles. Profa. Ms. Luciana Codognoto

Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles. Profa. Ms. Luciana Codognoto Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles Profa. Ms. Luciana Codognoto Períodos da Filosofia Grega 1- Período pré-socrático: (VII e VI a.c): início do processo de desligamento entre

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 15 NOVOS MINISTROS RIO DE JANEIRO,

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

Palestrante: José Nazareno Nogueira Lima Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA

Palestrante: José Nazareno Nogueira Lima Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA A ÉTICA NA POLÍTICA Palestrante: Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA A origem da palavra ÉTICA Ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram

Leia mais

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual Adriana Cristina Lázaro e-mail: adrianaclazaro@gmail.com Milena Aparecida Vendramini Sato e-mail:

Leia mais

Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação

Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Conhecimento e Ciência: tipos de conhecimentos Professora: Sueli Andrade Disciplina: Metodologia do Trabalho Científico Ciência e Conhecimento

Leia mais

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID BARROS, Raquel Pirangi. SANTOS, Ana Maria Felipe. SOUZA, Edilene Marinho de. MATA, Luana da Mata.. VALE, Elisabete Carlos do.

Leia mais

Breve Histórico do Raciocínio Lógico

Breve Histórico do Raciocínio Lógico Breve Histórico do Raciocínio Lógico Enquanto muitas culturas tenham usado complicados sistemas de raciocínio, somente na China, Índia e Grécia os métodos de raciocínio tiveram um desenvolvimento sustentável.

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

O NÚMERO DE OURO E SUA RELAÇÃO COM A BELEZA E HARMONIA DOS OBJETOS. GT 10 - Docência em Matemática: desafios, contextos e possibilidades

O NÚMERO DE OURO E SUA RELAÇÃO COM A BELEZA E HARMONIA DOS OBJETOS. GT 10 - Docência em Matemática: desafios, contextos e possibilidades O NÚMERO DE OURO E SUA RELAÇÃO COM A BELEZA E HARMONIA DOS OBJETOS GT 10 - Docência em Matemática: desafios, contextos e possibilidades Marília Lidiane Chaves da Costa marilialidiane@gmail.com Izamara

Leia mais

I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS

I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS A principal preocupação de Descartes, diante de uma tradição escolástica em que as espécies eram concebidas como entidades semimateriais, semi-espirituais, é separar com

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

FILOSOFIA. Fernando Pessoa FILOSOFIA

FILOSOFIA. Fernando Pessoa FILOSOFIA Fernando Pessoa FILOSOFIA FILOSOFIA Se há um assunto eminentemente filosófico é a classificação das ciências. Pertence à filosofia e a nenhuma outra ciência. É só no ponto de vista mais genérico que podemos

Leia mais

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) -

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) - EXERCICÍOS DE FILOSOFIA I O QUE É FILOSOFIA, ETIMOLOGIA, ONDE SURGIU, QUANDO, PARA QUE SERVE.( 1º ASSUNTO ) Questão (1) - Analise os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA em relação ao significado

Leia mais

BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR

BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR APRESENTAÇÃO Nosso objetivo é inaugurar um espaço virtual para o encontro, o diálogo e a troca de experiências. Em seis encontros, vamos discutir sobre arte, o ensino da

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

A FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO EM DIREITOS HUMANOS PARA A EDUCAÇÃO

A FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO EM DIREITOS HUMANOS PARA A EDUCAÇÃO A FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO EM DIREITOS HUMANOS PARA A EDUCAÇÃO Resumo Jaderson Felisberto Valério 1 - PUCPR Reginaldo Rodrigues da Costa 2 - PUCPR Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e

Leia mais

Filosofia O que é? Para que serve?

Filosofia O que é? Para que serve? Filosofia O que é? Para que serve? Prof. Wagner Amarildo Definição de Filosofia A Filosofia é um ramo do conhecimento. Caracteriza-se de três modos: pelos conteúdos ou temas tratados pela função que exerce

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

A TEORIA DA PROPOSIÇÃO APRESENTADA NO PERIÉRMENEIAS: AS DIVISÃO DAS PRO- POSIÇÕES DO JUÍZO.

A TEORIA DA PROPOSIÇÃO APRESENTADA NO PERIÉRMENEIAS: AS DIVISÃO DAS PRO- POSIÇÕES DO JUÍZO. A TEORIA DA PROPOSIÇÃO APRESENTADA NO PERIÉRMENEIAS: AS DIVISÃO DAS PRO- POSIÇÕES DO JUÍZO. Ac. Denise Carla de Deus (PIBIC/CNPq/UFSJ 2000-2002) Orientadora: Prof. Dra. Marilúze Ferreira Andrade e Silva

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

VII Congresso Latino-Americano de Estudos do Trabalho. O Trabalho no Século XXI. Mudanças, Impactos e Perspectivas.

VII Congresso Latino-Americano de Estudos do Trabalho. O Trabalho no Século XXI. Mudanças, Impactos e Perspectivas. VII Congresso Latino-Americano de Estudos do Trabalho. O Trabalho no Século XXI. Mudanças, Impactos e Perspectivas. GT 18 - Psicología Social Del Trabajo en América Latina: Identidades y procesos de subjetivación,

Leia mais

Resenha do livro Sobre fotografia, de Susan Sontag

Resenha do livro Sobre fotografia, de Susan Sontag Resenha do livro Sobre fotografia, de Susan Sontag Este trabalho, realizado no âmbito do curso de pósgraduação em Fotografia da Universidade Cândido Mendes, tem como finalidade comentar o livro Sobre

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

O excesso da imagem e a questão do ouvir. A Era da Iconofagia. Erika Ventura Gross Nicolle Brandão Simão

O excesso da imagem e a questão do ouvir. A Era da Iconofagia. Erika Ventura Gross Nicolle Brandão Simão O excesso da imagem e a questão do ouvir. A Era da Iconofagia. Erika Ventura Gross Nicolle Brandão Simão A cultura do ouvir e a Sociedade da imagem Mundo da visualidade O valor do som é menor que o valor

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA Sumaya Mattar Moraes Mestranda na Área de Linguagem e Educação da FEUSP Esta pesquisa coloca em pauta

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG). ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA PRESENTES EM UMA INSTITUIÇÃO FILÁNTROPICA E MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Vamos começar nossos estudos e descobertas????????

Vamos começar nossos estudos e descobertas???????? Aula 07 RESUMO E RESENHA Vamos iniciar nossos estudos???? Você já deve ter observado que pedimos que leia determinados textos e escreva o que entendeu, solicitamos que escreva o que o autor do texto quis

Leia mais

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio 1. Substitua as palavras destacadas e copie as frases, tornando os fragmentos abaixo mais elegantes, além de mais próximos à língua padrão e à proposta

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Colégio Cenecista Dr. José Ferreira MATEMÁTICA E MÚSICA ESTRUTURA MUSICAL EM ESCALA MATEMÁTICA Área de Concentração: Matemática, Ciências Naturais e Teoria Musical Disciplina de Concentração: Matemática

Leia mais

Prefeitura Municipal de Santos ESTÂNCIA BALNEÁRIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO

Prefeitura Municipal de Santos ESTÂNCIA BALNEÁRIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO Prefeitura Municipal de Santos ESTÂNCIA BALNEÁRIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO Subsídios para implementação do Plano de Curso de Educação Artística Ensino Fundamental Educação de Jovens

Leia mais

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS Kely-Anee de Oliveira Nascimento Universidade Federal do Piauí kelyoliveira_@hotmail.com INTRODUÇÃO Diante

Leia mais

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum?

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum? A Busca Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas em livros e filmes podemos encontrar uma trama em comum? Alguém, no passado, deixouse

Leia mais

LEGADOS / CONTRIBUIÇÕES. Democracia Cidadão democracia direta Olimpíadas Ideal de beleza Filosofia História Matemática

LEGADOS / CONTRIBUIÇÕES. Democracia Cidadão democracia direta Olimpíadas Ideal de beleza Filosofia História Matemática LEGADOS / CONTRIBUIÇÕES Democracia Cidadão democracia direta Olimpíadas Ideal de beleza Filosofia História Matemática GEOGRAFIA, ECONOMIA E POLÍTICA Terreno montanhoso Comércio marítimo Cidades-estado

Leia mais

Apresentação. Oque é Marca. Multimedia Branding Designer

Apresentação. Oque é Marca. Multimedia Branding Designer Oque é Marca Marca é toda representação simbólica de uma entidade, individuo ou elemento. Uma pegada, uma impressão digital, ou mesmo o meu ou seu nome podem ser caracterizados como marca. Quando nos referimos

Leia mais

LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS

LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS Driely Xavier de Holanda Kátia Fabiana Lopes de Goes Valmira Cavalcante Marques Regina Celi Mendes Pereira Universidade Federal da Paraíba

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito. Aula 03. Prof. Milton Correa Filho

CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito. Aula 03. Prof. Milton Correa Filho CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito Aula 03 E Prof. Milton Correa Filho 1.Motivação: O que é o que é (Gonzaguinha) -Dialógo de Antigona 2.Apresentação dos slides 3.Tira duvidas 4.Avisos

Leia mais

Émile Durkheim 1858-1917

Émile Durkheim 1858-1917 Émile Durkheim 1858-1917 Epistemologia Antes de criar propriamente o seu método sociológico, Durkheim tinha que defrontar-se com duas questões: 1. Como ele concebia a relação entre indivíduo e sociedade

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

4. O Comunicador da Sustentabilidade

4. O Comunicador da Sustentabilidade 4. O Comunicador da Sustentabilidade Segundo o professor Evandro Ouriques da Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a formação dos jornalistas deve passar necessariamente

Leia mais

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo 2010 Parece, a muitos de nós, que apenas, ou principalmente, o construtivismo seja a ideia dominante na Educação Básica, hoje. Penso, ao contrário, que, sempre

Leia mais

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES EDIMIR DOS SANTOS LUCAS GIUBERTI FORNACIARI SARAH NADIA OLIVEIRA

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES EDIMIR DOS SANTOS LUCAS GIUBERTI FORNACIARI SARAH NADIA OLIVEIRA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES EDIMIR DOS SANTOS LUCAS GIUBERTI FORNACIARI SARAH NADIA OLIVEIRA LIBERDADE ANTIGA E LIBERADE MODERNA LINHARES 2011 EDIMIR DOS SANTOS LUCAS GIUBERTI FORNACIARI SARAH

Leia mais

VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO

VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO Franscimere Cordeiro de Souza franscimere@gmail.com Nayara Katiucia de Lima Domingues Dias nanalima1923@hotmail.com Maria Geralda de Almeida

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

GESTÃO COLETIVA NO AMBIENTE DIGITAL

GESTÃO COLETIVA NO AMBIENTE DIGITAL GESTÃO COLETIVA NO AMBIENTE DIGITAL CONTEXTO A gestão coletiva de direitos autorais é uma das formas com que os autores podem garantir de maneira efetiva os seus direitos. Disciplinada no ordenamento jurídico

Leia mais

Novas possibilidades de leituras na escola

Novas possibilidades de leituras na escola Novas possibilidades de leituras na escola Mariana Fernandes Valadão (UERJ/EDU/CNPq) Verônica da Rocha Vieira (UERJ/EDU/CNPq) Eixo 1: Leitura é problema de quem? Resumo A nossa pesquisa pretende discutir

Leia mais

Como surgiu o universo

Como surgiu o universo Como surgiu o universo Modelos para o universo Desde os tempos remotos o ser humano observa o céu, buscando nele pistas para compreender o mundo em que vive. Nessa busca incansável, percebeu fenômenos

Leia mais

Globalização e solidariedade Jean Louis Laville

Globalização e solidariedade Jean Louis Laville CAPÍTULO I Globalização e solidariedade Jean Louis Laville Cadernos Flem V - Economia Solidária 14 Devemos lembrar, para entender a economia solidária, que no final do século XIX, houve uma polêmica sobre

Leia mais

Introdução a Sociologia. 1º ano do EM Professor: Fabiano Rodrigues

Introdução a Sociologia. 1º ano do EM Professor: Fabiano Rodrigues Introdução a Sociologia 1º ano do EM Professor: Fabiano Rodrigues O que é a Sociedade? O que é a Sociologia? O que podemos aprender com a Sociologia? O que estudamos em Sociologia? Estudamos a nós mesmos.

Leia mais

Ensaio sobre o Conceito de Paisagem

Ensaio sobre o Conceito de Paisagem Ensaio sobre o Conceito de Paisagem Raphael Oliveira Site: http://oliraf.wordpress.com/ Venho, por este meio, deixar-vos um pequeno artigo sobre o conceito de Paisagem. Como sabem, a Paisagem é uma das

Leia mais

Cap 1 A teoria e a prática da Educação. Ramiro Marques

Cap 1 A teoria e a prática da Educação. Ramiro Marques Cap 1 A teoria e a prática da Educação Ramiro Marques Aristóteles dedica um espaço importante de A Política ao tema da educação, preocupando-se com a discussão de vários assuntos: fim pacífico da Educação,

Leia mais

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA III EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL Giovani Cammarota

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Piaget diz que os seres humanos passam por uma série de mudanças previsíveis e ordenadas; Ou seja, geralmente todos os indivíduos vivenciam todos os

Piaget diz que os seres humanos passam por uma série de mudanças previsíveis e ordenadas; Ou seja, geralmente todos os indivíduos vivenciam todos os Teoria cognitivista Piaget utilizou os princípios conhecidos como o conceito da adaptação biológica para desenvolver esta teoria; Ela diz que o desenvolvimento da inteligência dos indivíduos acontece à

Leia mais

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do sumário Introdução 9 Educação e sustentabilidade 12 Afinal, o que é sustentabilidade? 13 Práticas educativas 28 Conexões culturais e saberes populares 36 Almanaque 39 Diálogos com o território 42 Conhecimentos

Leia mais

CONSTELAÇÕES FAMILIARES: O CAMPO DOS RELACIONAMENTOS, SEUS ASPECTOS DIFERENCIADOS E SEUS EFEITOS

CONSTELAÇÕES FAMILIARES: O CAMPO DOS RELACIONAMENTOS, SEUS ASPECTOS DIFERENCIADOS E SEUS EFEITOS 1 CONSTELAÇÕES FAMILIARES: O CAMPO DOS RELACIONAMENTOS, SEUS ASPECTOS DIFERENCIADOS E SEUS EFEITOS Peter Theodor Spelter Tsuyuko Jinno Spelter RESUMO O que se torna visível através das Constelações Familiares

Leia mais

A tecnologia e a ética

A tecnologia e a ética Escola Secundária de Oliveira do Douro A tecnologia e a ética Eutanásia João Manuel Monteiro dos Santos Nº11 11ºC Trabalho para a disciplina de Filosofia Oliveira do Douro, 14 de Maio de 2007 Sumário B

Leia mais

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES Karem Nacostielle EUFRÁSIO Campus Jataí karemnacostielle@gmail.com Sílvio Ribeiro DA SILVA

Leia mais

Estética, Filosofia, Cultura e outras Linguagens. Felipe Szyszka Karasek

Estética, Filosofia, Cultura e outras Linguagens. Felipe Szyszka Karasek Estética, Filosofia, Cultura e outras Linguagens Felipe Szyszka Karasek Arte x obras de arte. Como distinguir obras de arte de outras coisas que não são arte? Para estar em um terreno artístico é necessário

Leia mais

Caracterização Cronológica

Caracterização Cronológica Caracterização Cronológica Filosofia Medieval Século V ao XV Ano 0 (zero) Nascimento do Cristo Plotino (204-270) Neoplatônicos Patrística: Os grandes padres da igreja Santo Agostinho ( 354-430) Escolástica:

Leia mais

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES FUNÇÕES O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico de função é o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça

Leia mais

A Alienação (Karl Marx)

A Alienação (Karl Marx) A Alienação (Karl Marx) Joana Roberto FBAUL, 2006 Sumário Introdução... 1 Desenvolvimento... 1 1. A alienação do trabalho... 1 2. O Fenómeno da Materialização / Objectivação... 2 3. Uma terceira deterninação

Leia mais

LUDICIDADE: INTRODUÇÃO, CONCEITO E HISTÓRIA

LUDICIDADE: INTRODUÇÃO, CONCEITO E HISTÓRIA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO SILMARA SILVEIRA ANDRADE LUDICIDADE: INTRODUÇÃO, CONCEITO E HISTÓRIA Assunção, Paraguay Maio 2015 INTRODUÇÃO Q uando uma criança ingressa na

Leia mais

A Música na Antiguidade

A Música na Antiguidade A Música na Antiguidade Josemar Bessa A palavra música deriva de arte das musas em uma referência à mitologia grega, marca fundamental da cultura da antigüidade ocidental. No entanto muitos estudiosos

Leia mais

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER Duas explicações da Origem do mundo palavra (a linguagem verbal) associada ao poder mágico de criar. Atributo reservado a Deus. Através dela ele criou as

Leia mais

Observatórios Virtuais

Observatórios Virtuais UNIVASF: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE SÃO FRANCISCO TRABALHO DE ASTROFÍSICA ALUNO: PEDRO DAVID PEDROSA PROFESSOR: MILITÃO CURSO: MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA Observatórios Virtuais

Leia mais

A criança e as mídias

A criança e as mídias 34 A criança e as mídias - João, vá dormir, já está ficando tarde!!! - Pera aí, mãe, só mais um pouquinho! - Tá na hora de criança dormir! - Mas o desenho já tá acabando... só mais um pouquinho... - Tá

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - INSTITUTO DE ARTES ESCOLA DE ARTES VISUAIS DO PARQUE LAGE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - INSTITUTO DE ARTES ESCOLA DE ARTES VISUAIS DO PARQUE LAGE UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - INSTITUTO DE ARTES ESCOLA DE ARTES VISUAIS DO PARQUE LAGE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DA ARTE - TURMA 2015 PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EMENTAS DOS CURSOS Arte

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

Bases Matemáticas. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. v. 2013-7-31 1/15

Bases Matemáticas. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. v. 2013-7-31 1/15 Bases Matemáticas Aula 2 Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2013-7-31 1/15 Como o Conhecimento Matemático é Organizado Definições Definição: um enunciado que descreve o significado de um termo.

Leia mais

Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico.

Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico. Introdução Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico. A confecção do experimento permitirá também a observação da dispersão

Leia mais