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1 ALAN GUIMARÃES AZEVEDO SUBMARINO NUCLEAR NACIONAL: defesa oculta e desenvolvimento para o Brasil Trabalho de Conclusão de Curso Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra, como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia. Orientador: CMG (RM1) Caetano Tepedino Martins Rio de Janeiro 2016

2 2016 ESG Este trabalho, nos termos de legislação que resguarda os direitos autorais, é considerado propriedade da ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA (ESG). É permitida a transcrição parcial de textos do trabalho, ou mencioná-los, para comentários e citações, desde que sem propósitos comerciais e que seja feita a referência bibliográfica completa. Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do autor e não expressam qualquer orientação institucional da ESG. (Assinatura) Biblioteca General Cordeiro de Farias Azevedo, Alan Guimarães Submarino Nuclear Nacional: defesa oculta e desenvolvimento para o Brasil / Alan Guimarães Azevedo. Rio de Janeiro: ESG, f.: il. Orientador: CMG (RM1) Caetano Tepedino Martins Trabalho de Conclusão de Curso Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), Amazônia Azul. 2. Submarino. 3. Propulsão Nuclear. 4. Estratégia. I. Título

3 RESUMO Esta monografia é dedicada à análise do valor estratégico do submarino com propulsão nuclear brasileiro, visando levar o leitor a refletir sobre os motivos que levaram a Marinha do Brasil a perseguir o objetivo de construí-lo. A metodologia adotada comportou uma pesquisa bibliográfica e documental, a fim de buscar referenciais teóricos, além da experiência do autor como oficial submarinista. O campo de estudo foi conduzido sob o enfoque de três vertentes: Evolução da Arma Submarina, Defesa Marítima do Brasil e Desenvolvimento Nacional, excluindo-se a pesquisa das possíveis especificações técnicas de projeto, requisitos de sistemas e as habilidades e competências requeridas da tripulação do futuro submarino nuclear nacional. No capítulo referente a primeira vertente foram abordadas as características básicas, potencialidades e as formas de emprego do submarino na guerra naval, em cada estágio de seu desenvolvimento, de modo a esclarecer a importância desse meio, em especial daqueles dotados de propulsão nuclear e, sobretudo assinalar as mudanças que promoveu na estratégia naval. No capítulo atinente a segunda e terceira vertentes foi evidenciado o valor estratégico do submarino com propulsão nuclear brasileiro para a defesa de nossos interesses marítimos, em especial na vasta região do Atlântico Sul denominada pela Marinha do Brasil de Amazônia Azul, bem como para o Desenvolvimento Nacional. Neste último capítulo merece destaque o Programa Nuclear da Marinha e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos. Ambos se complementam, a fim de reunir as condições necessárias à conquista da posse do submarino nuclear nacional. A conclusão ressalta que a capacidade de construir e, sobretudo projetar uma arma dessa magnitude, eleva o Brasil a outro patamar de conhecimento e garante, em todos os seus estágios, consideráveis retornos para a sociedade. Projeta, além de enorme ganho estratégico para a MB, um fortalecimento sensível do Poder Nacional, tal como o experimentado por outros países que já passaram por desafio similar. Palavras-chave: Amazônia Azul. Submarino. Propulsão Nuclear. Estratégia.

4 ABSTRACT This monograph is dedicated to the analysis of the strategic value of the Brazilian nuclear-propelled submarine, aiming to cause the reader to reflect on the reasons that caused the Brazilian navy to decide to construct it. The methodology used consisted of bibliographic and documental research, in order to search for theoretical references, as well as the experience of the author as an official submariner. This field study was conducted with emphasis on three areas: evolution of the submarine branch; maritime defense of Brazil and national development, excluding the research of possible technical specifications of the project; systems requirements and the abilities and competencies required for the crew of the future national nuclear submarine. The section reference the first area discusses the basic characteristics, potential and methods of employment, of the submarine in the navy in each stage of its development in order to clarify the importance of that asset, especially those related to nuclear propulsion and, above all, to point out the changes that it promoted in naval strategy. The section that discusses the second and third areas provides evidence of the strategic value of the nuclear-propelled submarine for the defense of our maritime interests, especially in the vast region of the South Atlantic, known as the Blue Amazon by the Brazilian Navy, as well as for national development. The Navy`s Nuclear Program and the Submarine Development Program are highlighted in the final section. Both programs complement each other in order to combine the conditions necessary to obtain a national nuclear submarine. The conclusion highlights that the capacity to construct, and above all, deploy a weapon of this magnitude elevates Brazil to another level of knowledge and guarantees, in all of its stages, considerable returns to society. In addition to the enormous strategic gain for the Brazilian Navy, it displays a sensible strengthening of National Power, such as that experienced by other countries that already experienced similar challenges. Keywords: Blue Amazon. Submarine. Nuclear Propulsion. Strategy.

5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 O submersível Turtle FIGURA 2 O submersível Hunley FIGURA 3 Os submersíveis da Classe F FIGURA 4 O submarino alemão Tipo XXI FIGURA 5 O submarino nuclear USS Nautilus FIGURA 6 Instalação propulsora nuclear típica de um submarino FIGURA 7 Limites das águas jurisdicionais brasileiras FIGURA 8 A Amazônia Azul FIGURA 9 O ciclo do combustível nuclear FIGURA 10 O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)... 30

6 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABACC AIEA AJB AMRJ CEA CIRM CLPC CNUDM CTMSP DBM EBN END EUA HMS ICBM INB LABGENE LCM LEPLAC MAGE MB MT NUCLEP ONU PAEMB PC PND PNM PNRM PROSUB Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares Agência Internacional de Energia Atômica Águas Jurisdicionais Brasileiras Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro Centro Experimental de Aramar Comissão Interministerial para os Recursos do Mar Comissão de Levantamento da Plataforma Continental Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo Doutrina Básica da Marinha Estaleiro e Base Naval Estratégia Nacional de Defesa Estados Unidos da América His Majesty's Ship (Navio de Sua Majestade) Intercontinental Ballistic Missile (Míssil Balístico Intercontinental) Indústrias Nucleares do Brasil Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica Linhas de Comunicações Marítimas Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica Marinha do Brasil Mar Territorial Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. Organização das Nações Unidas Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil Plataforma Continental Política Nacional de Defesa Programa Nuclear da Marinha Política Nacional para Recursos do Mar Programa de Desenvolvimento de Submarinos

7 PWR S-BR SCCC SN-BR SSBN SSGN SSN TNP U-Boats UF6 UFEM UO2 USEXA USS ZC ZEE Pressurized Water Reactor (Reator de Água Pressurizada) Submarino convencional brasileiro baseado no modelo do submarino francês Scorpene Sistema Comum de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares Submarino com propulsão nuclear brasileiro Submarino de propulsão nuclear lançador de mísseis balísticos Submarino de propulsão nuclear lançador de mísseis de cruzeiro Submarino de propulsão nuclear de ataque Tratado sobre a Não-Proliferação Nuclear Unterseeboot (Submarinos alemães) Hexafluoreto de urânio Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas Dióxido de urânio Usina de Hexafluoreto de Urânio United States Ship (Navio dos Estados Unidos da América) Zona Contígua Zona Econômica Exclusiva

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A EVOLUÇÃO DA ARMA SUBMARINA O SUBMERSÍVEL O SUBMARINO CONVENCIONAL MODERNO O SUBMARINO NUCLEAR O SUBMARINO NUCLEAR NACIONAL CONTRIBUIÇÃO PARA A DEFESA MARÍTIMA DO BRASIL CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL O Programa Nuclear da Marinha O Programa de Desenvolvimento de Submarinos CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO - ILUSTRAÇÕES... 39

9 8 1 INTRODUÇÃO É o valor militar que justifica o submarino e define sua importância como arma de guerra. Tenente Engenheiro Naval Emílio Julio Hess O propósito de dotar a Armada brasileira com uma nova arma para a Guerra Naval que fosse capaz de operar submersa remonta ao início do desenvolvimento do submarino na virada do século XIX. Países como os Estados Unidos da América (EUA) e França já construíam engenhos dessa natureza, ainda que primários. Apenas em 1914, com a incorporação dos primeiros submersíveis encomendados à Itália, no âmbito do Programa de Construção Naval de 1904, a Marinha do Brasil (MB) entrou para o grupo de armadas capazes de empregar a nova tecnologia. Eram os F, como ficaram conhecidos os submersíveis da classe Foca F1, F2 e F3. Assim, em 17 de julho de 1914 foi criada a Flotilha de Submersíveis, com sede na Ilha de Mocanguê Grande, em Niterói. O Capitão-de- Fragata Filinto Perry foi seu primeiro comandante. (FUNDAÇÃO..., 2014). Em 1928, a Flotilha de Submersíveis passou a se chamar Flotilha de Submarinos. No ano seguinte, foi incorporado o Submarino-de-Esquadra Humaytá, da classe Balilla, também, construído nos estaleiros daquele país. Em 1933, os F foram desativados e a Flotilha, extinta. (FUNDAÇÃO..., 2014). A partir de 1937, foram recebidos os submarinos da classe Perla ou T Tupy, Tymbira e Tamoyo, da mesma origem dos seus antecessores. Apesar de serem maiores que os F, possuíam limitações operacionais similares. A incorporação dos T motivou o renascimento da Flotilha. (FUNDAÇÃO..., 2014). A partir da década de 1950, abandonamos a linha italiana e passamos a incorporar submarinos cedidos pelo governo dos EUA. Nesta época, recebemos dois submarinos da classe Fleet Type, empregados na Segunda Guerra Mundial, que possuíam grande raio de ação. Na década seguinte, recebemos mais dois submarinos daquela classe, cuja a principal diferença dos anteriores era o aumento da capacidade de detecção sonar. Em 1963, a Flotilha de Submarinos passou a se chamar Força de Submarinos. (FUNDAÇÃO..., 2014).

10 9 Na década de 1970, foram incorporadas mais sete unidades de uma nova classe norte-americana, conhecidos como Guppy ou no Brasil, classe Guanabara que trouxeram novas tecnologias, com destaque para o sistema de esnorquel 1, que possibilita renovar o ar ambiente e recarregar as baterias em imersão. Em 1973, passamos a incorporar uma série de três submarinos da classe Humaitá construídos em estaleiros situados na Inglaterra, cujo projeto era baseado na classe Oberon, uma evolução da classe Porpoise. Eram silenciosos e dispunham de moderno sistema de direção de tiro computadorizado com torpedos de duplo emprego 2 guiados a fio. Segundo Wiemer (2010) o processo de obtenção destes meios incluiu a transferência de conhecimentos avançados relativos à doutrina de emprego operativo de submarinos, bem como de novos conceitos de manutenção planejada de sistemas e equipamentos. (FUNDAÇÃO..., 2014). Atualmente, a MB possui cinco submarinos, sendo quatro da classe Tupi Tupi, Tamoio, Timbira e Tapajó e, o Tikuna, que veio a constituir uma classe única, incorporando uma série de melhorias e modificações em relação aos da classe Tupi. O primeiro foi incorporado à Armada em 1989 e foi construído no estaleiro Howaldtswerke Deutsche Werft, em Kiel, Alemanha, baseado no modelo IKL , projeto da empresa alemã Ingineur Kontor Lübeck, amplamente testado e aprovado por diversas marinhas do mundo. Os demais foram construídos no Brasil, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e incorporados à MB entre 1994 e Cabe destacar que um programa de modernização destes meios navais vem sendo aplicado, colocando-os no mesmo patamar dos modernos submarinos convencionais existentes no mundo. Tais programas incluem principalmente o sistema de direção de tiro integrado a torpedos pesados de duplo emprego de última geração, sistema sonar, sistema MAGE 3, sistema de comunicações exteriores, sistema de navegação inercial e sistemas auxiliares. (FUNDAÇÃO..., 2014). 1 Esnorquel é um sistema de admissão de ar e descarga de gases dos motores diesel de um submarino. É composto por um mastro que é içado, numa profundidade próxima à superfície, para possibilitar a aspiração de ar atmosférico para a renovação do ar ambiente, bem como para a combustão dos motores e de um sistema de exaustão desses gases abaixo d água, de forma evitar que a fumaça seja observada na atmosfera. Assim, os geradores acoplados aos motores diesel carregam as baterias que são a fonte de energia para a propulsão elétrica do submarino convencional submerso. O advento desta inovação tecnológica ampliou o poder de ocultação da arma submarina, deixando de ser, apenas, um mero submersível. (Nota nossa). 2 Torpedos de duplo emprego podem ser lançados contra navios de superfície ou submarinos. (Nota nossa). 3 Sistema MAGE significa Sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica. É composto por um equipamento e antena capaz de buscar, interceptar, localizar, registrar e analisar emissões radar. (Nota nossa).

11 10 A qualidade de nossos submarinos e seus tripulantes pôde ser verificada durante a participação em diversas operações com outros países, tais como: Deployment, Lynked-Seas, Atlasur, Unitas, Fraterno, entre outras. Além disso, são realizados frequentes destaques de nossos oficiais submarinistas em submarinos de marinhas amigas, inclusive nos nucleares, e vice-versa, bem como diversos intercâmbio de cursos, em especial, para a habilitação ao comando de submarinos convencionais. Cabe destacar que, em 1979, foi criado o Programa Nuclear da Marinha (PNM), visando à consecução de dois objetivos: a capacitação para a produção do combustível nuclear, já conquistado, e o desenvolvimento da planta propulsora nuclear para emprego em submarinos, sendo este um objetivo a ser concluído. (BRASIL, 2016a). Posteriormente, em 2008, foi constituído o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) decorrente do Acordo estratégico entre o Brasil e a França na área de submarinos, visando a que num futuro próximo a MB se torne capacitada a projetar e construir seus próprios submarinos, em especial os nucleares, de maneira a contribuir com a defesa e o desenvolvimento nacional. (BRASIL, 2014a). É nesse contexto que se pretende desenvolver a presente monografia, que tem como propósito evidenciar o valor estratégico do submarino nuclear nacional, o que motivou a MB a perseguir o objetivo de construí-lo. O binômio defesa versus desenvolvimento sob a ótica da posse do submarino com propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) permite que este trabalho seja conduzido sob o enfoque de três vertentes: Evolução da Arma Submarina, Defesa Marítima do Brasil e Desenvolvimento Nacional. O primeiro capítulo se dedica a abordar as características básicas, potencialidades e as formas de emprego do submarino na guerra naval, em cada estágio de seu desenvolvimento, de modo a esclarecer a importância desse meio, em especial daqueles dotados de propulsão nuclear e, sobretudo assinalar as mudanças que promoveu na estratégia naval. O segundo capítulo trata das outras duas vertentes em separado, porém igualmente relevantes no escopo do entendimento do significado do valor estratégico do futuro SN-BR traduzido em sua contribuição eficaz para a garantia da defesa da nossa soberania e de nossos interesses marítimos, particularmente, na Amazônia Azul, bem como para o Desenvolvimento Nacional. Neste último capítulo merece destaque o PNM e PROSUB. Ambos se complementam, a fim de reunir as

12 11 condições necessárias à conquista da posse do submarino nuclear nacional. A conclusão ressalta que a capacidade de construir e, sobretudo projetar uma arma dessa magnitude, eleva o Brasil a outro patamar de conhecimento e garante, em todos os seus estágios, consideráveis retornos para a sociedade. Projeta, além de enorme ganho estratégico para a MB, um fortalecimento sensível do Poder Nacional, tal como o experimentado por outros países que já passaram por desafio similar.

13 12 2 A EVOLUÇÃO DA ARMA SUBMARINA O submarino provoca na mente do inimigo uma sensação preocupante de onipresença. Contra-Almirante (Ref.º) Oscar Moreira da Silva 2.1 O SUBMERSÍVEL Os primeiros esboços de uma embarcação que pudesse navegar submersa encontram-se em obras do gênio italiano Leonardo da Vinci ( ). Entretanto, somente, durante o período da Guerra de Independência Americana ( ) que o sonho do emprego do submarino como arma de guerra começou a se tornar realidade. Coube ao então aluno, da Universidade de Yale, David Bushnell, projetálo e construí-lo. Tratava-se de um submersível fabricado em madeira de carvalho e batizado de Turtle Tartaruga (FIG.1), apesar de ter o formato de uma noz. O engenho destinava-se a colocar minas com carga explosiva sob o casco dos navios inimigos. Nesse intuito era manobrado, verticalmente e horizontalmente, por apenas um tripulante, por intermédio de uma combinação de manivelas e um tanque, que quando alagado permitia o mergulho e quando esgotado, voltar à superfície. Em 1776, este primitivo submarino fracassou na tentativa de instalar um artefato explosivo no casco da fragata britânica HMS 4 Eagle, nau capitânia, fundeada nas proximidades da Ilha de Manhattan, que participava do bloqueio naval ao porto de Nova Iorque. (LAFAYETTE, 2003). Todavia, seu êxito foi alcançar a quilha do navio alvo sem ser percebido. Em 1864, durante a Guerra de Secessão Americana ( ), o submersível confederado Hunley (FIG. 2), batizado com o nome do seu inventor, tornou-se o primeiro engenho submarino a destruir um navio de guerra ao afundar o vapor federalista USS 5 Housatonic, que realizava operação de bloqueio ao porto de Charleston. O Hunley podia navegar numa profundidade de cinco metros, mas tinha que voltar à superfície, a cada 25 minutos, a fim de que fosse renovado o ar para 4 HMS - Her Majesty s Ship, navio de sua Majestade. (Nota nossa). 5 USS - United States Ship, navio dos Estados Unidos da América. (Nota nossa).

14 13 respiração da tripulação. A propulsão era obtida pelo esforço de oito homens atuando num eixo de manivelas e o armamento consistia num explosivo preso na ponta de uma haste fixada ao casco. (LAFAYETTE, 2003). Esse fato histórico assinala uma nova dimensão no confronto naval, apesar do Hunley não ter, também, sobrevivido. Em 1880, o inglês Whitehead inventa um artefato que veio a se tornar o armamento por excelência do submarino: o torpedo autopropulsado. Dessa forma, o ataque sob o alvo poderia ser feito à distância, com menor exposição da plataforma submarina e com maior capacidade destrutiva, possibilitando sua evasão com segurança da área de engajamento, após o lançamento da arma. (CIMINELLI, 1993). A virada do século XIX marcou o início de grande progresso no projeto e construção de submersíveis. A produção passou a ser realizada em série, destacando-se o engenho norte-americano Holland III e o francês Narval. O primeiro foi lançado em 1898 e deslocava cerca de 70 t. Navegava com um motor a gasolina na superfície e com um motor elétrico em imersão. O segundo, lançado em 1899, utilizava propulsão a vapor e elétrica e deslocava cerca de 200 t. Em paralelo, os alemães inovaram, adotando em seus projetos o motor a diesel, tornando a propulsão na superfície satisfatória. (LAFAYETTE, 2003). A partir de então, diversas nações se dedicaram na construção de submersíveis. O motor diesel combinado com baterias e motor elétrico passou a ser o padrão empregado. Na mesma época, projetos e experimentos de modelos submersíveis foram realizados também, no Brasil, pelas mãos dos oficiais de Marinha: Luís Jacinto Gomes (1892), Luís de Mello Marques (1901) e do Tenente Engenheiro Naval Emílio Júlio Hess (1905). Lamentavelmente, nenhum desses projetos foi materializado em face da escassez de recursos orçamentários. (OBINO, 2001). Entretanto, em 1914 foram incorporados à MB três submersíveis da classe F (FIG. 3) construídos no estaleiro da Fiat-Saint Giorgio, em La Spezzia, Itália. A Primeira Guerra Mundial ( ) acelerou a evolução da arma submarina quando teve, então, sua efetividade comprovada. Os U-Boats 6 alemães quase levaram a Grã-Bretanha ao colapso econômico cortando as suas linhas de abastecimento no Atlântico. 6 U-Boats - unterseeboot, submarinos alemães. (Tradução nossa).

15 14 Durante a Segunda Guerra Mundial ( ) a flotilha de U-Boats, comandada pelo Almirante Karl Doenitz, contabilizou, nos anos de 1940 e 1941, o afundamento de aproximadamente quatorze milhões de toneladas, entre navios mercantes e de guerra aliados. Assim, como na Primeira Guerra, a estratégia de desgaste econômico consistia em interromper as linhas de suprimentos vitais para o Reino Unido. Segundo Doenitz, a tonelagem dos navios mercantes afundados deveria superar o total dos navios a serem construídos. Inseria-se nesta estratégia a destruição da frota britânica de petroleiros, a fim de infligir a escassez de combustível para as belonaves da Marinha Real, o que seria tão eficaz quanto afundá-las. Entretanto, a quantidade insuficiente de U-Boats para uma batalha decisiva 7 e a multiplicação dos escoltas, meios aéreos, o surgimento do radar e de outras inovações técnicas aliadas provocaram um declínio irreversível da ofensiva submarina germânica no Atlântico. (COUTAU-BEGÁRIE, 2010). No final da guerra, a Alemanha investiu numa nova configuração para seus U-Boats: o Tipo XXI (FIG. 4), um submarino diesel-elétrico com um deslocamento aproximado de t em imersão e com dois motores elétricos alimentados por dois grupos motores-geradores à diesel. O projeto comtemplava, ainda, baterias com maior capacidade de carga e autonomia e um casco mais resistente e hidrodinâmico, possibilitando atingir maiores profundidades e velocidades. Seu sistema de combate incluía sensores de detecção aperfeiçoados, além de 23 torpedos ou 17 torpedos mais 12 minas e seis tubos de lançamento com rápida disponibilidade de recarga. O sistema de esnorquel, de concepção holandesa, foi acrescido ao projeto, a fim de possibilitar o carregamento das baterias e a renovação do ar ambiente em imersão. (LAFAYETTE, 2003). Estima-se que poucos U-Boats Tipo XXI se tornaram operacionais até à rendição da Alemanha, por falta de materiais para sua produção. Observa-se que os U-Boats antecessores ao Tipo XXI, apesar de terem sido empregados numa destruidora campanha submarina irrestrita em ambos os conflitos, não possuíam um sistema de esnorquel, por conseguinte, permaneciam a maior parte do tempo na superfície, tornando-se muito vulneráveis aos ataques aliados. Em termos de estágio tecnológico estavam mais para submersíveis avançados do que para submarinos convencionais, propriamente ditos. 7 Batalha decisiva significa Batalha naval na qual as perdas e avarias sofridas são de tal monta que incapacitam quem as sofreu para qualquer ação posterior. (BRASIL, 1981, p. 20).

16 15 No Pacífico, os submarinos Fleet Type norte-americanos, uma versão copiada e aprimorada do Tipo XXI alemão, lograram êxito ao aplicar a estratégia de desgaste sobre a economia do Japão ao devastar praticamente a totalidade de sua frota mercante. Ao mesmo tempo, foram utilizados em apoio à sua força naval para destruir ou neutralizar os meios navais nipônicos. (LAFAYETTE, 2003). Assim, o emprego da arma submarina nas duas guerras mundiais resultou, não apenas, em imensos danos econômicos e materiais impostos ao oponente, mas sobretudo promoveu profundas mudanças na estratégia naval. 2.2 O SUBMARINO CONVENCIONAL MODERNO No pós-guerra, os submarinos de propulsão diesel-elétrica ou convencionais tiveram seus projetos baseados na concepção do Tipo XXI alemão. Desde então, passaram a incorporar o inventário do Poder Naval da maioria das marinhas. (MILLER; JORDAN, 1987). Os aprimoramentos tecnológicos introduzidos ampliaram suas capacidades de ocultação, mobilidade e poder de fogo. Entretanto, pode-se afirmar que mesmo com suas capacidades aperfeiçoadas, sucessivamente, aliadas a uma tripulação bem adestrada, o submarino convencional, incluindo o mais moderno em serviço, ainda, possuirá algumas restrições notadamente relevantes. A principal delas é a total dependência do ar atmosférico, indispensável tanto para a recarga das baterias quanto para a renovação do ar ambiente. Na condição de esnorquel estará vulnerável devido à exposição de mastros, à elevação do ruído irradiado e ao calor gerado abaixo d água, proveniente da alta temperatura dos gases de descarga dos motores. Tal exposição favorece sua detecção visual, radar, acústica, térmica e magnética pelo oponente. Nesse contexto, a fim de mitigar essa indiscrição, a operação em esnorquel é programada para ser executada em curtos períodos de tempo, preferencialmente, à noite ou em condições de baixa visibilidade durante o dia, bem como em áreas marítimas fora do controle do inimigo. Outra não menos relevante restrição do submarino convencional diz respeito a condição de desenvolver altas velocidades, somente, por curtos períodos de tempo. A razão desta limitação está associada ao fato das baterias elétricas, fonte primária de energia para a propulsão submersa, descarregarem com maior rapidez a proporção que são utilizadas maiores velocidades do meio. Dessa forma, os

17 16 submarinos convencionais operam em baixas velocidades na maior parte do tempo, a fim de manterem uma reserva de bateria para ser empregada quando uma situação tática exigir. Essa baixa mobilidade, associada a dependência do ar atmosférico, implica que sejam empregados segundo uma estratégia de posição, sendo, portanto, oportunos para operarem em áreas marítimas específicas, denominadas áreas focais de navegação, isto é, os locais onde é intenso o fluxo de navios mercantes, como nas proximidades das entradas e saídas de portos, canais ou cabos a serem contornados ou em zonas de patrulha situadas ao longo da provável derrota 8 de uma Força Tarefa inimiga ou de uma unidade adversária. Assim, o emprego dos submarinos convencionais segundo uma estratégia de posição compensa sua baixa mobilidade inerente, possibilitando maiores chances de êxito contra os alvos de interesse. (LIBERATTI, 2002). 2.3 O SUBMARINO NUCLEAR Ao final da Segunda Guerra Mundial, os principais vencedores (EUA, ex- União Soviética e Reino Unido) deram início às pesquisas para o desenvolvimento da energia nuclear aplicável à propulsão de navios de superfície e submarinos. Coube aos EUA, o pioneirismo do projeto e o lançamento ao mar do primeiro submarino nuclear do mundo, o USS Nautilus, em 1954 (FIG. 5). As poucas nações que o sucederam, ao disporem de submarinos nucleares, contam com um efetivo instrumento de elevado poder dissuasório. Atualmente, somente, cinco países no mundo constroem e operam submarinos com propulsão nuclear EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Submarino nuclear é a denominação dos submarinos dotados de sistema de propulsão nuclear e, é o que diferencia este tipo de submarino de um convencional. (BRASIL, 1981). Cabe assinalar que a propulsão nuclear nada tem a ver com as armas nucleares. Aquela constitui emprego pacífico da energia nuclear, enquanto estas são artefatos destinados à explosão nuclear. Nesse sentido, o termo nuclear não possui relação com o armamento do submarino, mas sim com seu sistema de geração de energia empregado na propulsão. Essa fonte abundante de energia é 8 O termo derrota é a [...] representação gráfica da projeção, na superfície terrestre, da trajetória desejada ou percorrida por uma aeronave ou navio. O mesmo que rota. (BRASIL, 1981, p. 41).

18 17 produzida num reator nuclear tipo PWR Pressurized Water Reactor ou Reator de Água Pressurizada, que segundo Guimarães (1999) está presente em mais de 95% dos submarinos nucleares já construídos e na maioria das usinas nucleares de geração de energia elétrica em operação no mundo. A instalação propulsora nuclear típica de um submarino (FIG. 6) compreende dois circuitos termo hidráulicos em ciclo fechado, utilizando a água como fluido de trabalho. No circuito primário (sistema de resfriamento do reator) a água é mantida na fase líquida a temperatura elevada devido à alta pressão, ou seja, é um circuito fechado de água pressurizada que recebe calor gerado pelas reações nucleares de fissão no reator. Esta água radioativa e aquecida é bombeada para um trocador de calor, denominado gerador de vapor, retornando resfriada ao reator para ser reaquecida. No circuito secundário, que constitui um ciclo fechado de água de baixa pressão, não contaminada, o calor removido do primário no gerador de vapor é convertido em vapor. Este vapor irá acionar as turbinas principais para movimentar o eixo propulsor e os turbo geradores para suprir a demanda elétrica de bordo. Após produzir trabalho nas turbinas, o vapor é convertido em líquido no condensador e novamente bombeado para o gerador de vapor. (GUIMARÃES, 1999). O processo de conversão da energia nuclear em outras formas de energia, isto é, para atender a propulsão (energia mecânica) e a demanda elétrica de bordo (energia elétrica) não necessita de oxigênio. Esse fator associado à produção de desse elemento, vital para a respiração da tripulação, por intermédio de eletrólise da água do mar, processo que demanda grande quantidade de energia elétrica para separar o oxigênio da água, capacita o submarino de propulsão nuclear operar independentemente do ar atmosférico e por tempo quase ilimitado, o que o torna um verdadeiro submarino. (LIBERATTI, 2002). Assim, a propulsão nuclear possibilita a exploração plena da capacidade de ocultação do submarino, que em essência é a característica que o torna uma ameaça relevante. Dispondo de uma fonte quase inesgotável de energia, diferentemente dos submarinos convencionais, o nuclear é dotado de grande mobilidade, ou seja, a possibilidade de desenvolver altas velocidades, por tempo praticamente ilimitado. Desta forma, possui habilidade para operar segundo uma estratégia de movimento. (LIBERATTI, 2002). Nessa qualidade, é apropriado para varrer extensas zonas de patrulha, cruzar imensas distâncias e alcançar com rapidez áreas marítimas ou alvos de interesse.

19 18 Outra importante característica intrínseca e notável dos submarinos nucleares é a sua ampla autonomia. Atualmente, existe uma nova geração de reatores instalados a bordo que não precisam de reabastecimento de combustível nuclear ao longo de toda a vida útil do submarino, ou seja, cerca de quarenta anos. (LIBERATTI, 2002). Essa abundante fonte de energia possibilita ao submarino permanecer por longo tempo na área de operação ou atuar afastado da sua base de apoio em terra durante o tempo necessário ao cumprimento da missão. Caso não haja problemas de manutenção, o fator limitador é a resistência psicofísica da tripulação e a necessidade de reabastecimento de alimentos ou de reposição do armamento. Normalmente, os submarinos nucleares operam com rodízio de suas tripulações em períodos de tempo específicos. À vista do acima exposto, a superioridade do submarino nuclear é resultante de seu sistema de propulsão, cuja fonte de energia é proveniente de um reator nuclear que assegura este meio permanecer submerso e desenvolver altas velocidades por tempo praticamente ilimitado. Possuidor, portanto, de elevada mobilidade, autonomia e capacidade de ocultação é apto para varrer extensas áreas marítimas e alcançar pontos ou alvos de interesses distantes. Da análise das possíveis desvantagens de emprego dos submarinos nucleares evidencia-se a restrição em operar em locais de águas rasas, onde os convencionais podem atuar. Essa questão é devido ao maior deslocamento 9, via de regra, daqueles em relação a estes. Além disso, mesmo dispondo de excelente mobilidade, os nucleares não poderão desenvolver altas velocidades em águas rasas, sob o risco de colidirem com o fundo ou denunciarem sua presença, caso se exponham involuntariamente na superfície. (BRASIL, 1996). Segundo Guerra (1997), os submarinos nucleares podem ser agrupados em três classes distintas: Submarino de Propulsão Nuclear Lançador de Mísseis Balísticos (SSBN), cuja missão é permanecer oculto, exercendo o poder de retaliação nuclear, isto é, de revidar o ataque nuclear do país inimigo; Submarino de Propulsão Nuclear Lançador de Mísseis de Cruzeiro (SSGN), cuja missão é atacar forças navais ou objetivos terrestres estratégicos com elevado poder de destruição; e 9 O termo deslocamento significa o peso de uma embarcação, flutuando em águas calmas, o qual é idêntico ao peso do volume de água deslocada pela parte imersa do casco. (INSTITUTO..., 2001).

20 19 Submarino de Propulsão Nuclear de Ataque (SSN), cuja tarefa primária é atacar e destruir navios e submarinos inimigos. Seu armamento principal é o torpedo, podendo, também, ser armados com mísseis antissuperfície e minas.

21 20 3 O SUBMARINO NUCLEAR NACIONAL O projeto e construção, por brasileiros, do submarino com propulsão nuclear insere o País em um tabuleiro diferenciado nas relações internacionais, afirmando a vocação do Brasil de ator global. O arrasto colateral do projeto conduzirá, ainda, o País a grau tecnológico superior. Almirante-de-Esquadra Bento Costa Lima de Albuquerque Junior 3.1 CONTRIBUIÇÃO PARA A DEFESA MARÍTIMA DO BRASIL O Brasil é um país de dimensões continentais com cerca de 8,5 milhões de km² de área terrestre que faz fronteira com nove países sul-americanos e um departamento ultramarino francês. A leste é contornado por uma costa de aproximadamente 7,5 mil km, da foz do rio Oiapoque à foz do arroio Chuí. Adjacente a este extenso litoral, o País possui jurisdição sobre uma ampla área marítima, cujo uso e limites (FIG. 7) são regulamentados por critérios estabelecidos na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), celebrada em 10 de dezembro de 1982, em Montego Bay, na Jamaica. Este Acordo Internacional, por intermédio do Decreto nº 1.530, de 22 de junho de 1995, entrou em vigor para o Brasil em 16 de novembro de 1994, respaldando o direito de explorar os recursos naturais da massa líquida, do solo e subsolo no interior das fronteiras marítimas estabelecidas. (BRASIL, 1995). O Brasil fixou em 12 milhas náuticas a largura do seu Mar Territorial (MT), medidas a partir de linhas de base 10, e em consonância com o limite máximo da largura permitida na supracitada Convenção. Nesta faixa de mar é válida a aplicação de nossas leis e está assegurada a navegação inofensiva 11 de qualquer país. Segue-se uma Zona Contígua (ZC) ao nosso MT e de igual largura, em que não temos soberania plena, mas temos alguns direitos, como, por exemplo, o de fazer valer nossa legislação tributária, aduaneira, sanitária e o de perseguição. (ORGANIZAÇÃO..., 1985). 10 A linha de base adotada como referência para medir a largura do mar territorial é a linha de baixamar ao longo da costa, tal como indicada nas cartas marítimas de grande escala, reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro. (ORGANIZAÇÃO..., 1985, p. 37). 11 Navegação inofensiva é aquela que não afeta a segurança do Estado costeiro. No Brasil recebe a denominação de passagem inofensiva. (ORGANIZAÇÃO..., 1985).

22 21 Respeitando o contido na Parte V da Convenção, o Brasil estabeleceu sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE) em 200 milhas náuticas de largura, contadas a partir das linhas de base das quais se mede a largura do seu MT. Nesta ZEE, o País tem direito de soberania sobre a exploração dos recursos naturais, vivos ou não vivos e de jurisdição referente à colocação e utilização de ilhas artificiais, instalações e estruturas; investigação científica marinha; proteção e preservação do meio marinho. (ORGANIZAÇÃO..., 1985, p. 67). O Artigo 76 da Parte VI da CNUDM prevê que a Plataforma Continental (PC 12 ) dos Estados costeiros poderá ser estendida até uma distância de 350 milhas marítimas das linhas de base, nos casos em que o bordo exterior da margem continental 13 exceda as 200 milhas náuticas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do MT. (ORGANIZAÇÃO..., 1985). Para cumprir, portanto, o desafio de estabelecer o limite exterior da nossa PC, ou seja, determinar a área marítima, além das 200 milhas náuticas, onde o Brasil exercerá os direitos exclusivos de soberania para efeitos de exploração de seus recursos naturais existentes, foi instituído pelo Decreto nº , de 15 de setembro de 1989, o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC). (BRASIL, 1989). Ressalta-se que o total da área marítima reivindicada corresponde a cerca de 960 mil km² distribuídos ao longo da costa brasileira. Em 2007, após exame da nossa proposta, a Comissão de Levantamento da Plataforma Continental (CLPC) da Organização das Nações Unidas (ONU) discordou sobre uma área marítima equivalente a 190 mil km² do total pleiteado. A partir desta análise, o governo brasileiro optou pela obtenção de dados adicionais para fundamentar a proposta original, integralmente. Assim, o LEPLAC, coordenado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar 14 (CIRM), manteve suas atividades visando formular uma nova proposta de limite exterior da PC, a ser oportunamente encaminhada à CLPC da ONU. (BRASIL, 2015). 12 A PC compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até a distância de duzentas milhas náuticas das linhas de base [...]. (ORGANIZAÇÃO..., 1985, p. 81). 13 A margem continental compreende o prolongamento submerso da massa terrestre do Estado costeiro, sendo constituída pelo leito e subsolo da PC, pelo talude e pela elevação continental. (ORGANIZAÇÃO..., 1985, p. 81). 14 A Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) foi criada, por Decreto, em 1974, com a finalidade de assessorar o Presidente da República na consecução da Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM). (BRASIL, 1974).

23 22 Em síntese, a nossa ZEE compreende uma região aproximada de 3,6 milhões de km² de extensão de águas jurisdicionais brasileiras 15 (AJB), onde a soberania do Estado brasileiro é exercida em diferentes graus, que somada aos cerca de 960 mil km² de extensão da PC reivindicados junto à ONU, perfaz um total de 4,5 milhões de km². Essa vasta região atlântica estratégica é equivalente em dimensões, biodiversidade, riquezas e vulnerabilidades à nossa Amazônia Verde, o que justifica a Marinha designá-la de Amazônia Azul (FIG. 8). (BRASIL, 2013). Vale destacar que a nossa costa contempla 17 estados, 16 capitais e cerca de 80 portos e terminais organizados, entre públicos e privados. Nessa extensa região litorânea concentram-se 80% da população e 85% do parque industrial, são produzidos cerca de 90% do PIB e consumidos 85% da energia elétrica gerada no País. Cabe acrescentar que cerca de 95% do nosso comércio exterior flui por via marítima, tendo alcançado, conforme dados atualizados em 2015, valores da ordem de 362 bilhões de dólares, entre exportações e importações e que as produções de petróleo e de gás natural na Amazônia Azul atingem mais de 90% e 70% da produção nacional, respectivamente. Estima-se que as promissoras reservas do Présal venham incrementar, significativamente, a prospecção dessas riquezas, em especial nas Bacias de Santos e Campos. Soma-se a essa intensa atividade econômica desenvolvida na região costeira e marinha brasileira, as atividades de pesca, turismo, esportes náuticos, gestão ambiental e científica. (BRASIL, 2013). Nesse contexto, a Política Nacional de Defesa (PND), que é o documento condicionante de mais alto nível do planejamento de ações destinadas à defesa nacional coordenadas pelo Ministério da Defesa (BRASIL, 2012a, p. 11), define que a Defesa Nacional é [...] o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase no campo militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas. (BRASIL, 2012a, p. 15). Adiante, ela assinala que: A natural vocação marítima brasileira é respaldada pelo seu extenso litoral e pela importância estratégica do Atlântico Sul. (BRASIL, 2012a, p. 24). Nesse sentido, a PND considera o Atlântico Sul uma das 15 Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) constitui [...] e espaços marítimos, nos quais o Brasil, exerce jurisdição, em algum grau, sobre atividades, pessoas, instalações, embarcações e recursos naturais vivos e não vivos, encontrados na massa líquida, no leito ou no subsolo marinho, para os fins de controle e fiscalização, dentro dos limites da legislação internacional e nacional. Esses espaços marítimos compreendem a faixa de 200 milhas marítimas contadas a partir das linhas de base, acrescida das águas sobrejacentes à extensão da Plataforma Continental (PC) além das 200 milhas marítimas, onde ela ocorrer. (BRASIL, 2014b, p. 95).

24 23 áreas prioritárias para a Defesa Nacional e destaca que: A Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar abre a possibilidade de o Brasil estender os limites da sua Plataforma Continental e exercer o direito de jurisdição sobre os recursos econômicos em uma área de cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, região de vital importância para o País, uma verdadeira Amazônia Azul. Nessa imensa área, incluída a camada do pré-sal, estão as maiores reservas de petróleo e gás, fontes de energia imprescindíveis para o desenvolvimento do País, além da existência de grande potencial pesqueiro, mineral e de outros recursos naturais. (BRASIL, 2012a, p. 24, grifos do autor). Ademais, esta Política reforça a importância de garantir a defesa continental, aeroespacial e marítima do Brasil. Para tal, institui como orientação estratégica, entre outras: O País deve dispor de meios com capacidade de exercer vigilância, controle e defesa: das águas jurisdicionais brasileiras; do seu território e do seu espaço aéreo, incluídas as áreas continental e marítima. Deve, ainda, manter a segurança das linhas de comunicações marítimas e das linhas de navegação aérea, especialmente no Atlântico Sul. (BRASIL, 2012a, p. 31). À vista do acima exposto, cabe assinalar que a razão primária da existência da Marinha do Brasil (MB) é contribuir para a garantia da defesa da soberania e dos interesses marítimos do Brasil. Segundo a Doutrina Básica da Marinha (DBM) para o cumprimento de sua missão, a Marinha deverá estar pronta a realizar as quatro Tarefas Básicas do Poder Naval, a saber: negação do uso do mar ao inimigo; controle de áreas marítimas; projeção de poder sobre terra; e contribuição para a dissuasão. (BRASIL, 2014b). A negação do uso do mar consiste em impedir o estabelecimento do controle de uma de área marítima pelo inimigo ou a exploração de tal controle, bem como simplesmente seu uso. (LIBERATTI, 2002). Nessa Tarefa, o submarino se destaca particularmente de propulsão nuclear, em função da exploração plena das capacidades de ocultação, autonomia e mobilidade, visando a destruição da força naval oponente e, ou ao ataque das Linhas de Comunicações Marítimas (LCM). O controle de área marítima, fixa ou móvel, ainda que temporário, compreende a capacidade de assegurar o seu uso no interesse do País, negando-o, ao mesmo tempo, ao inimigo. O submarino como instrumento desta Tarefa poderá assumir papel secundário ao negar o uso do mar, pois o esforço principal será

25 24 exercido pela força naval de superfície na área marítima a ser controlada, como por exemplo a região de plataformas de petróleo e gás na ZEE brasileira. (LIBERATTI, 2002). A projeção do poder sobre terra significa empregar o Poder Naval contra objetivos terrestres, a partir do mar. Nessa Tarefa, os submarinos podem atuar lançando mergulhadores de combate para ações em terra ou mísseis sobre alvos terrestres (LBERATTI, 2002). Por fim, a contribuição para a dissuasão consiste na disponibilidade de um Poder Naval capaz de desestimular o inimigo a uma eventual opção bélica. (LIBERATTI, 2002). Nessa Tarefa, o submarino em especial de propulsão nuclear assume elevada importância estratégica dissuasória caracterizada pela possibilidade da exploração plena de suas capacidades de ocultação, mobilidade e autonomia. Portanto, a simples posse desse meio naval nuclear contribui, decisivamente, para a defesa dos interesses marítimos nacionais. Observa-se que a seleção e a priorização dessas Tarefas decorrem da Estratégia Nacional de Defesa (END). Nesse sentido, a END, que propicia a execução da PND, evidencia como prioridade para o Poder Naval brasileiro a Tarefa de negação do uso do mar. A seguir, diz a END: a negação do uso do mar ao inimigo é a que organiza, antes de atendidos quaisquer outros objetivos estratégicos, a estratégia de defesa marítima do Brasil (BRASIL, 2012a, p. 67) e complementa: Para assegurar a tarefa de negação do uso do mar, o Brasil contará com força naval submarina de envergadura, composta de submarinos convencionais e de submarinos de propulsão nuclear. O Brasil manterá e desenvolverá sua capacidade de projetar e de fabricar tanto submarinos de propulsão convencional, como de propulsão nuclear. Acelerará os investimentos e as parcerias necessários para executar o projeto do submarino de propulsão nuclear. Armará os submarinos com mísseis e desenvolverá capacitações para projetá-los e fabricá-los. Cuidará de ganhar autonomia nas tecnologias cibernéticas que guiem os submarinos e seus sistemas de armas, e que lhes possibilitem atuar em rede com as outras forças navais, terrestres e aéreas (BRASIL, 2012a, p. 70). Nesse contexto, o Livro Branco da Defesa Nacional, em harmonia com a PND e a END, esclarece que a construção e a operação do submarino brasileiro de propulsão nuclear, previsto no Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil (PAEMB), contribuirá para a defesa e preservação dos interesses nacionais marítimos, em especial no Atlântico Sul e ainda possibilitará a proteção das rotas

26 25 comerciais; a manutenção da livre navegação; a proteção de recursos naturais na plataforma continental; e o desenvolvimento tecnológico. (BRASIL, 2012b, p. 71). Sobre a questão nuclear, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 veda o uso da desta energia para fins que não sejam exclusivamente pacíficos, de acordo com o contido na alínea a, inciso XXXIII do Artigo 21: Compete à União: [...] XXIII explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional. (BRASIL, 1988, art. 21). Na política externa, o governo brasileiro reafirmou o compromisso de uso pacífico da energia nuclear. Nesse intuito, foram assinados e colocados em vigor Atos Internacionais, dentre os quais cabe citar: o Acordo Bilateral com a Argentina de Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear; o Acordo Quadripartite; o Tratado de Tlatelolco; e o Tratado sobre a Não-Proliferação Nuclear (TNP). O primeiro Acordo foi celebrado em 18 de julho de 1991 e, entre outras providências, criava a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), organismo independente, cuja missão é verificar se os materiais nucleares pertencentes aos dois países estão sendo utilizados para fins exclusivamente pacíficos. Para o cumprimento dessa missão foi estabelecido o Sistema Comum de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (SCCC), que regulamentou os procedimentos de salvaguardas adotados pelo Brasil e Argentina. Um aspecto relevante para a MB está contido no Artigo III do presente Acordo: Nada do que dispõe o presente Acordo limitará o direito das Partes a usar a energia nuclear para a propulsão ou a operação de qualquer tipo de veículo, incluindo submarinos, uma vez que ambas são aplicações pacíficas da energia nuclear. (AGÊNCIA..., 1991a, Art. III). Em adição ao Acordo Bilateral, o Brasil, a Argentina, a ABACC e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) firmaram o Acordo Quadripartite, em Viena, em 13 de dezembro de 1991, garantindo à comunidade internacional que todas as atividades e materiais nucleares a serem desenvolvidos nos territórios desses dois

27 26 países não serão aplicados na produção de armas atômicas. (AGÊNCIA..., 1991b). Em setembro de 1994, o Brasil ratificou o Tratado para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e Caribe, mais conhecido como o Tratado de Tlatelolco. Por este Tratado, os signatários se comprometem a utilizar a energia nuclear para fins exclusivamente pacíficos e a proibir o uso, fabricação e produção, de toda e qualquer arma nuclear em seus territórios. (BRASIL, 1994). Decorridos quatro anos, o Brasil aderiu ao TNP por meio do Decreto n 2.864, de 7 de dezembro de (BRASIL, 1998). Pelo TNP, o Brasil se compromete a não desenvolver ou adquirir armas nucleares, conforme o contido no Artigo II do presente Acordo: Cada Estado não-nuclearmente armado, Parte deste Tratado, comprometese a não receber a transferência, de qualquer fornecedor, de armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, ou o controle, direto ou indireto, sobre tais armas ou artefatos explosivos; a não fabricar, ou por outros meios adquirir armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, e a não procurar ou receber qualquer assistência para a fabricação de armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares. (BRASIL, 1998, Art. II). Atualmente, 189 países e Taiwan, que a ONU reconhece como território chinês, são signatários do referido Acordo. Apenas Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte não o ratificaram. (COSCELLI; GODOY; 2010). Cabe ressaltar que os compromissos entre os Estados membros do TNP são assimétricos quando relacionados com o direito de posse de armas nucleares, a despeito desse Tratado preconizar a não proliferação de artefatos explosivos atômicos, o desarmamento e o uso pacífico da tecnologia nuclear. Tal fato, representa um perturbador desequilíbrio de poder no jogo político internacional. Desde 1997, os Estados Partes do TNP podem aderir ao Protocolo Adicional, que prevê procedimentos de fiscalização mais rigorosos e restrições mais severas aos países que almejam o pleno domínio da tecnologia nuclear. O documento foi ratificado por 93 países, todavia as potências nucleares não são obrigadas a permitir inspeções em suas instalações de produção de material nuclear. Cabe assinalar que o Brasil, a par desta assimetria de direitos, entre os Estados armados e não armados nuclearmente, permite o monitoramento remoto, via sensores eletrônicos e câmeras de televisão, de suas instalações de produção de combustível nuclear, incluindo até inspeções periódicas por agentes da AIEA em

28 27 uma Organização Militar, como o Centro Experimental de Aramar (CEA), em Iperó, no interior de São Paulo. Contudo, o governo brasileiro vem rejeitando a adesão ao Termo Aditivo proposto pela ONU, a fim de preservar o segredo industrial das nossas ultracentrífugas de enriquecimento de urânio desenvolvidas pela MB e aplicadas no processo de produção do combustível nuclear tanto para alimentar os reatores das usinas de Angra I e II quanto o reator do futuro submarino com propulsão nuclear brasileiro (SN-BR). Essas ultracentrífugas apresentam elevado rendimento, qualidade superior e baixo custo de manutenção em relação aos equipamentos similares fabricados em outros países. (COSCELLI; GODOY, 2010). Ademais, a postura pacífica do Estado brasileiro, claramente, expressa em nossa Constituição e nos demais Acordos supramencionados, assegura que em nosso território não será admitido o desenvolvimento, a realização de testes, o armazenamento e a aquisição de armas nucleares. Assim, o nosso Poder Naval não poderá dispor, em seu inventário, de submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos de longo alcance e de alto poder de destruição em massa. Tais meios, os SSBN, são empregados pelas potências nucleares como parcelas da Estratégia de Deterrência 16 ou de dissuasão nuclear com o propósito de desencorajar uma eventual opção militar nuclear inimiga. Dessa forma, torna-se evidente que o SN-BR terá a mesma natureza de um SSN dotado de armamento convencional, ou seja, sua característica operacional predominante será o ataque. 3.2 CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL O Programa Nuclear da Marinha O Programa Nuclear da Marinha (PNM) vem sendo executado desde 1979 e consiste, atualmente, em dois grandes projetos: o Projeto do Ciclo do Combustível Nuclear e o Projeto do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (LABGENE). (BRASIL, 2016a). O produto dessas tecnologias se traduz na geração de energia elétrica, quer para complementar a matriz energética brasileira, quer para a propulsão de submarinos. 16 A Estratégia de Deterrência ou de dissuasão nuclear possui os seguintes vetores que constituem a chamada tríade da deterrência : os SSBN, as aeronaves dotadas de bombas nucleares e os mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) com ogivas nucleares. (Nota nossa).

29 28 O Projeto do Ciclo do Combustível (FIG. 9) tem como propósito a fabricação do combustível nuclear, a partir do processo de transformação do mineral de urânio. O domínio completo do ciclo, já conquistado, tem início na prospecção, mineração e beneficiamento, onde o urânio é extraído do minério e transformado num sal ou concentrado de cor amarela conhecido como yellow cake. No Brasil, estas atividades são realizadas no município de Caetité, na Bahia, pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). (BRASIL, 2016b). Cabe ressaltar que o nosso País ocupa a posição de sétima maior reserva geológica de urânio do mundo com ocorrências, principalmente, nos Estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e Paraná. É relevante mencionar que foram prospectados, até então, apenas 25 % do território nacional. (INDÚSTRIAS..., 2016a). Segue-se a conversão, por intermédio da dissolução do yellow cake em ácido nítrico, dessa forma, obtendo-se o Hexafluoreto de Urânio (UF6) que possibilita o enriquecimento isotópico do urânio. A produção desse gás em escala para suprir as necessidades da MB depende do término da construção da Usina de Hexafluoreto de Urânio (USEXA), situada no CEA, em Iperó, no Estado de São Paulo. (BRASIL, 2016b). O processo de enriquecimento isotópico consiste no aumento da concentração do isótopo físsil de urânio-235 de 0,7%, conforme encontrado na natureza, para cerca de 4%, valor usado em reatores nucleares comerciais para geração de energia. O enriquecimento é realizado por meio de ultracentrífugas, onde o isótopo de urânio-238 de maior peso se concentra na parede do equipamento e o material de menor peso, isótopo físsil, fica concentrado no centro. Sucessivamente, de uma ultracentrífuga para outra, o urânio prossegue num processo de enriquecimento em cascata. No final do processo, o urânio enriquecido é recolhido e aplicado na próxima etapa do ciclo do combustível. (BRASIL, 2016b). Diante de tal capacidade, a MB vem produzindo e fornecendo cascatas de ultracentrífugas para as INB, localizada em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, a fim de que esta fábrica possa implantar uma planta de enriquecimento isotópico de urânio em escala industrial. A primeira fase do empreendimento compreende o total de dez cascatas contratadas ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), visando obter a quantidade de urânio enriquecido para a produção de combustível nuclear para o suprimento de 100% das necessidades do reator de Angra I e 20% de Angra II. (INDÚSTRIAS..., 2016b).

30 29 Após o enriquecimento, o gás UF6 é reconvertido em material sólido sob a forma de pó de dióxido de urânio ou UO2, que é empregado na fabricação de pastilhas, a serem montadas em tubos de liga de zircônio formando um conjunto de varetas, que constitui o elemento combustível dos reatores de potência do tipo PWR. (BRASIL, 2016b). O Projeto do LABGENE destina-se ao desenvolvimento de capacitação tecnológica no projeto, construção, comissionamento, operação e manutenção de reatores nucleares do tipo PWR. (BRASIL, 2016c). Esse Laboratório, que está sendo construído pela MB, no CEA, será um protótipo em terra de uma instalação propulsora nuclear naval que permitirá a validação experimental de seus sistemas, equipamentos e componentes, bem como a implementação de procedimentos de sua operação, a fim de replicá-la no futuro SN-BR. O arraste tecnológico, de tal empreendimento com tecnologia dual (militar e civil), vem propiciando os seguintes benefícios econômicos e sociais, entre outros: Geração de energia elétrica limpa, pois não emite gás poluente para atmosfera e não contribui para o efeito estufa; Nacionalização de processos e equipamentos, com o consequente substancial incremento de registros de patentes; Inovações para a indústria nacional, com a participação de universidades e institutos de pesquisa; Independência externa de tecnologias sensíveis, tais como, o desenvolvimento de sensores inerciais (giroscópios e acelerômetros) e fibra de carbono, com emprego em substituição ao titânio usado nos pesados dutos submarinos da Petrobrás. Já os giroscópios e acelerômetros são utilizados em plataformas inerciais para navegação e estabilidade de navios, submarinos e plataformas de petróleo; Desenvolvimento da Indústria Nacional de Defesa, citando como exemplo, o desenvolvimento de materiais cerâmicos com emprego alternativo em proteção balística de alto desempenho e leveza; Formação e qualificação de pessoal, bem como a geração de empregos diretos e indiretos, em diversos níveis de capacitação; e Inserção do Brasil no seleto grupo de países que dominam a tecnologia nuclear. (BRASIL, 2016d).

31 O Programa de Desenvolvimento de Submarinos A luz dos Atos celebrados entre o Brasil e a França, em 23 de dezembro de 2008, com destaque para o Plano de Ação firmado pelos respectivos Presidentes, prevendo a cooperação na área de defesa e o Acordo estratégico, com transferência de tecnologia, segundo métodos e processos franceses, na área de submarinos, firmado pelos respectivos Ministros de Defesa, foi concebido o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) que se destina ao desenvolvimento e a produção compartilhada de quatro submarinos convencionais baseados no modelo da classe Scorpene (S-BR), bem como a assistência ao projeto do SN-BR, sem contemplar o propulsor nuclear e sistemas associados, já em desenvolvimento exclusivo pela MB, no âmbito do PNM. (BRASIL, 2014a). A capacidade de construir o submarino nuclear nacional e, sobretudo projetar uma arma dessa magnitude, o PROSUB juntamente com o PNM, eleva o Brasil a outro patamar de conhecimento e garante, em todos os seus estágios, consideráveis benefícios para a sociedade, em face da alta tecnologia obtida e capacitação de pessoal, tais como: A nacionalização de sistemas e equipamentos para submarinos, proporcionando a produção de inúmeros componentes de alto valor agregado e com aplicação em outros setores industriais; O fomento ao desenvolvimento de diversos setores da indústria nacional, com destaque para a Base Industrial de Defesa e a Indústria Naval; e A geração de impostos e de, aproximadamente, 9 mil empregos diretos e 32 mil indiretos, por um longo prazo, em diversos níveis de qualificação. (FUNDAÇÃO..., 2014). Além dos cinco submarinos, o Programa (FIG. 10) abrange a construção de um Complexo de Estaleiros e Base Naval (EBN) e uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) às margens da Baía de Sepetiba no município fluminense de Itaguaí. As inaugurações da UFEM, em março de 2013, e do Prédio Principal do Estaleiro de Construção, em dezembro de 2014, assinalam a conclusão das duas primeiras etapas de construção desse complexo e os primeiros passos desse salto tecnológico a ser desfrutado pelo País, que fortalecerá, sobremaneira, o nosso Poder Nacional. (BRASIL, 2014a).

32 31 A previsão para o lançamento do primeiro S-BR é em julho de 2018 e dos demais em setembro de 2020, dezembro de 2021 e dezembro de 2022, respectivamente. Os cascos resistentes dos submarinos estão sendo fabricados nas instalações da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (NUCLEP). As atividades de fabricação e instalação das estruturas leves, assim como as atividades de equipagem serão executadas na UFEM e as fases de união das seções e testes finais serão realizadas no Estaleiro de Construção. A produção do SN-BR está prevista para iniciar em 2020 devendo ser concluída em 2027, quando então este meio naval passará por testes e provas de cais e de mar para ser incorporado ao Setor Operativo da MB. (CARVALHO, 2016). O custo total do Programa equivale a cerca de R$ 23,5 bilhões, dos quais parte será financiada com recursos oriundos de operação de crédito externa e o restante será custeado diretamente pelo Tesouro Nacional. (BRASIL, 2014a). Dessa forma a construção do SN-BR, decorrente deste amplo Programa estratégico do Estado Brasileiro complementado pelo PNM, ambos planejados e em execução pela MB, concorrerá, significativamente, para a expansão tecnológica, industrial, econômica e social do País, bem como sua posse representará substancial incremento ao Poder Naval, capaz de contribuir, em larga escala, com seu efeito dissuasório, para a proteção de nossos interesses marítimos.

33 32 4 CONCLUSÃO A virada para o século XX assinalou o surgimento da combinação propulsora motor e eletricidade aplicada ao submarino. Tal fato representa um marco na evolução deste meio naval que deixou de ser movimentado pela energia humana, como os pioneiros Turtle e Hunley, passando a incorporar a propulsão diesel-elétrica ou convencional como padrão. O transcurso das duas guerras mundiais registrou um acentuado avanço tecnológico da arma submarina, bem como evidenciou a eficácia de seu emprego. A campanha submarina alemã durante os primeiros anos desses conflitos quase levou a Grã-Bretanha ao colapso econômico cortando as suas linhas de abastecimento no Atlântico. Já no Pacífico, durante a Segunda Guerra, os submarinos norteamericanos lograram êxito ao empregar a estratégia de desgaste sobre a economia do Japão. No pós-guerra, o projeto e a construção dos novos submarinos, tanto no Ocidente como no Oriente, tiveram seus projetos baseados no modelo alemão Tipo XXI. Tais aprimoramentos ampliaram as características de ocultação, mobilidade e poder de destruição desses meios. Entretanto, mesmo com suas capacidades aperfeiçoadas, o submarino convencional moderno depende da energia das baterias para se deslocar em imersão e do ar atmosférico para recarregá-las durante os períodos de esnorquel. Cabe mencionar que a operação do esnorquel torna o submarino vulnerável, pois favorece sua detecção pelo inimigo face à exposição de mastros, a elevação do ruído irradiado e a energia térmica dissipada abaixo d água pela descarga de gases dos motores. A despeito desta vulnerabilidade, o submarino convencional, não deixou de ser o condicionador do combate, pois a incerteza de sua presença exige uma força naval de superfície adversária considerável. O Brasil não ficou alheio a essas tecnologias, visto que a MB adquiriu sólida experiência na operação de submarinos, ao longo de 102 anos, com a criação da nossa Força de Submarinos em 17 de julho de Desde então, constaram do inventário do nosso Poder Naval: três submersíveis e quatro submarinos construídos na Itália, todos incorporados entre 1914 e 1937; onze submarinos de origem norteamericana recebidos entre 1957 e 1973 e três de origem britânica da década de Atualmente, a MB possui cinco submarinos de projeto alemão, sendo um construído na Alemanha e quatro no Brasil, incorporados entre 1994 e 2005.

34 33 Todavia, o submarino convencional opera na maior parte do tempo em baixas velocidades para economizar a energia da bateria, reservando a operação em altas velocidades em situações de emergência ou quando a situação tática exigir. Essa baixa mobilidade, associada à dependência do ar atmosférico, implica normalmente que seja adequado empregá-lo segundo uma estratégia de préposicionamento ou de posição. Na década de 1950, os EUA lançaram o USS Nautilus, o primeiro submarino nuclear do mundo, que constituiu um salto tecnológico no processo evolutivo da arma submarina. As poucas nações que o sucederam, ao disporem de submarinos nucleares, contam com um efetivo instrumento de elevado poder dissuasório estratégico. O submarino nuclear é dotado de um sistema de propulsão, definitivamente, independente do ar atmosférico, advindo de um reator nuclear naval, em vez da propulsão diesel-elétrica que reduz sensivelmente o poder combatente do submarino. Essa fonte quase inesgotável de energia assegura ao submarino permanecer submerso e desenvolver altas velocidades por tempo praticamente ilimitado. Possuidor, portanto, de elevada mobilidade, autonomia e capacidade de ocultação é apto para ser empregado em áreas de vasta extensão, ou seja, segundo uma estratégia de movimento. Assim, a posse do SN-BR e seus sucessores serão capazes de contribuir, decisivamente, para a dissuasão, bem como para negar o uso do mar a qualquer força inimiga que se arrisque atuar em áreas marítimas de interesse do País. Aliada a responsabilidade de garantir os interesses nacionais dos 4,5 milhões de Km² da Amazônia Azul, assim denominada em virtude das dimensões, da biodiversidade, das inestimáveis riquezas e da relevância estratégica equivalente ao da Amazônia Verde, justifica a motivação da MB vencer o desafio de construí-lo. Enfim, a razão primária da existência da Marinha é contribuir para a garantia da defesa da soberania e dos interesses marítimos do Brasil. Nesse sentido, a estratégia naval brasileira aderente a END atribui como prioridade dispor de submarinos convencionais e, em especial, de propulsão nuclear, a ser obtido por intermédio do PNM e do PROSUB. A despeito do fato da MB estar capacitada a construir e, sobretudo, empregar operativamente submarinos convencionais, projetar, construir e operar submarinos com propulsão nuclear representará um salto

35 para o Brasil, tanto de desenvolvimento, como de dissuasão. 34

36 35 REFERÊNCIAS AGÊNCIA BRASILEIRO-ARGENTINA DE CONTABILIDADE E CONTROLE DE MATERIAS NUCLEARES ABACC. Acordo entre a República Federativa do Brasil, a República Argentina, a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para a Aplicação de Salvaguardas. Viena, 1991a. Disponível em: < Acesso em: 8 abr Acordo entre a República Federativa do Brasil e a República da Argentina para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear. Brasília, DF, 1991b. Disponível em: < Acesso em: 8 abr BRASIL. Comando da Marinha. Centro de Comunicação Social da Marinha CCSM. A Amazônia Azul. Brasília, DF, Disponível em: < Acesso em: 11 ago Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB): O projeto e a construção do Submarino de Propulsão Nuclear (SN-BR). Brasília, DF, 2014a. Disponível em: < Acesso em: 11 ago BRASIL. Comando da Marinha. Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo CTMSP. Programa Nuclear da Marinha. Brasília, DF, 2016a. Disponível em: < Acesso em: 9 ago Programa Nuclear da Marinha: Ciclo do Combustível Nuclear. Brasília, DF, 2016b. Disponível em: < Acesso em: 9 ago Programa Nuclear da Marinha: Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica. Brasília, DF, 2016c. Disponível em: < Acesso em: 9 ago Programa Nuclear da Marinha. Brasília, DF, 2016d. Disponível em: < Acesso em: 9 ago BRASIL. Comando da Marinha. Estado-Maior da Armada. EMA-320B: Glossário de vocábulos e expressões básicas de uso na Marinha. Brasília, DF, Doutrina Básica da Marinha DBM. Brasília, DF, 2014b.

37 36 BRASIL. Comando da Marinha. Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira. Brasília, DF, Disponível em: < Acesso em: 4 maio BRASIL. Comando da Marinha. Serviço de Relações Públicas da Marinha. A arma submarina. Brasília, BRASIL. Constituição (1988). Brasília, DF: Senado Federal, Disponível em: < 8.pdf>. Acesso em: 10 abr Decreto n 1.246, de 16 de setembro de Promulga o Tratado para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Tratado de Tlatelolco), concluído na Cidade do México, em 14 de fevereiro de 1967, e as Resoluções números 267 (E-V), de 3 de julho de 1990, 268 (XII), de 10 de maio de 1991, e 290 (VII), de 26 de agosto de 1992, as três adotadas pela Conferência Geral do Organismo para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe - OPANAL, na Cidade do México. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, Disponível em: < setembro publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 10 abr Decreto n 1.530, de 22 de junho de Declara a entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, concluída em Montego Bay, Jamaica, em 10 dez Brasília, DF: Presidência da República, Disponível em: < Acesso em: 10 abr BRASIL. Decreto n 2.864, de 7 de dezembro de Promulga o Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares, assinado em Londres, Moscou e Washington, em 1º de julho de Brasília, DF: Presidência da República, Disponível em: < Acesso em: 10 abr Decreto n , de 12 de setembro de Cria a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, Disponível em: < Acesso em: 10 abr Decreto n , de 15 de setembro de Aprova o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, Disponível em: < Acesso em: 27 abr

38 37 BRASIL. Ministério da Defesa. Política Nacional de Defesa. Estratégia Nacional de Defesa. Brasília, DF, 2012a. Disponível em: < Acesso em: 20 abr Livro Branco de Defesa Nacional. Brasília, DF, 2012b. CARVALHO, Ricardo Lindgren de. Programa de Desenvolvimento de Submarinos PROSUB. Itaguaí: CNI, CD-ROM. CIMINELLI, Roberto. Evolução e perspectivas dos submarinos convencionais e nucleares: estudo comparativo. O Periscópio. Niterói, n. 47, p. 3-8, COSCELLI, João; GODOY, Roberto. Saiba mais sobre o Tratado de Não- Proliferação Nuclear (TNP). O Estado de S. Paulo [online], São Paulo, 12 abr Seção Internacional. Disponível em: < Acesso em: 20 abr COUTAU-BEGÁRIE, Hervé. Tratado de estratégia. Rio de Janeiro: Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. 100 anos da Força de Submarinos do Brasil. FGV Projetos Rio de Janeiro: FGV Projetos, Publicado em parceria com a Marinha do Brasil e Força de Submarinos. GUERRA, Yapery Tupiassu de Britto. Submarino Nuclear: opção inteligente da Marinha do Brasil. São Paulo: Coordenadoria de Comunicação e Eventos da FIESP/CIESP, GUIMARÃES, Leonam dos Santos. Síntese de doutrina de segurança para projeto e operação de submarinos nucleares f. Tese (Doutorado em Engenharia) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL INB. Urânio: reservas. 2016a. Disponível em: < Acesso em: 09 ago Combustível: FCN Enriquecimento. 2016b. Disponível em: < Acesso em: 09 ago INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, dez Versão 1.0, 1 CD-ROM. LAFAYETTE, Rogério Vianna. Aula inaugural do Curso de Aperfeiçoamento de Submarinos para Oficiais - CASO. O Periscópio, Niterói, n. 57, p. 3-15, 2003.

39 38 LIBERATTI, Wellington. Aula inaugural do Curso de Aperfeiçoamento de Submarinos para Oficiais CASO. O Periscópio. Niterói, n. 56, p. 3-14, MILLER David; JORDAN John. Modern submarine warfare. London: New York: Salamander Books, OBINO, José Luiz Feio. Aula inaugural do Curso de Aperfeiçoamento de Submarinos para Oficiais - CASO. O Periscópio. Niterói, n. 55, p. 3-5, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar. Rio de Janeiro: Diretoria de Hidrografia e Navegação, [1985]. Versão em língua portuguesa com anexos e ata final da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. WIEMER, Fernando Eduardo Studart. Aula inaugural do Curso de Aperfeiçoamento de Submarinos para Oficiais CASO. O Periscópio, Niterói, n. 63, p. 3-9, 2010.

40 39 ANEXO - Ilustrações FIGURA 1 O submersível Turtle Fonte: < Acesso em: 06 out

41 40 FIGURA 2 O submersível Hunley Fonte: < Acesso em: 06 out

42 41 FIGURA 3 Os submersíveis da Classe F Fonte: < Acesso em: 06 out Fonte: < Acesso em: 06 out

43 42 FIGURA 4 O submarino alemão Tipo XXI Fonte: < Acesso em: 06 out Fonte: < Acesso em: 06 out

44 43 FIGURA 5 O submarino nuclear USS Nautilus Fonte: < Acesso em: 06 out

45 44 FIGURA 6 Instalação propulsora nuclear típica de um submarino Fonte: Acesso em: 06 out

46 45 FIGURA 7 Limites das águas jurisdicionais brasileiras Fonte: < Acesso em: 06 out

47 46 FIGURA 8 A Amazônia Azul Fonte: < Acesso em: 06 out

48 47 FIGURA 9 O Ciclo do Combustível Nuclear Fonte: < Acesso em: 06 out

49 48 FIGURA 10 O Programa de Desenvolvimento de Submarinos O projeto e a construção dos Estaleiros e Base Naval (EBN) e da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), ambas instalações sediadas na cidade de Itaguaí (RJ), sendo que a última está em plena operação. A construção de quatro submarinos com propulsão convencional (S-BR). O projeto e a construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear (SN-BR), sendo que o desenvolvimento da planta propulsora nuclear está sob responsabilidade da Marinha. Fonte: < Acesso em: 06 out

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