A BACIA DO DOURO: CARACTERIZAÇÃO ECOLÓGICA, USOS DA ÁGUA, PROBLEMAS E DESAFIOS

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1 A BACIA DO DOURO: CARACTERIZAÇÃO ECOLÓGICA, USOS DA ÁGUA, PROBLEMAS E DESAFIOS Rui M. V. CORTES Professor Catedrático, Centro de Estudos em Gestão de Ecossistemas (CEGE), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Quinta de Prados, Edf. Ciências Florestais, Vila Real, rcortes@utad.pt RESUMO Pretende-se neste documento fazer uma síntese dos valores ambientais da Bacia Hidrográfica do Douro (sector português), da sua situação actual em termos de factores de perturbação e grau de alteração das massas de água. Procura-se também analisar como estão as autoridades portuguesas a reagir aos novos desafios impostos pela Directiva Quadro da Água. Neste caso, serão apreciados os esforços de monitorização e caracterização da Bacia, designadamente através dos processos de avaliação do estado ecológico dos ecossistemas aquáticos. Este artigo tenta assim realizar uma súmula, que se pretende esclarecedora, sobre as múltiplas tarefas a desencadear para se agir dum modo integrado na defesa dos valores naturais da Bacia do Douro em face das pressões existentes. 1) RECURSOS HÍDRICOS NATURAIS É sempre útil começar por recordar as diferenças e semelhanças entre Portugal e Espanha no que concerne ás diferentes formas de utilização dos recursos de hídricos da Bacia do Douro. Assim, no que diz respeito aos recursos hídricos superficiais e subterrâneos e respectivas utilizações o Quadro 1 deixa transparecer as diferenças principais entre os dois países. Uma rápida observação permite concluir pelos maiores gastos relativos em regadio no sector espanhol (perto do triplo da situação portuguesa), embora a disponibilidade de recursos seja claramente superior em termos de águas subterrâneas. Um valor de 16% de utilização em função das disponibilidades, apenas para o sector português, torna possível que uma análise menos atenta conclua por um certo desafogo. Situação que é contrariada pelo Quadro 2 que mostra, no caso dum ano seco, a considerável retenção que se verifica no país vizinho, do que resulta uma apreciável diminuição dos caudais naturais. Aliás, no quadro anterior podia-se já constatar que a capacidade total das albufeiras no sector espanhol é quase oito vezes mais elevada do que sector no português, apesar dos escoamentos ser apenas 1,5 vezes superiores. Quadro 1. Valores médios anuais dos recursos gerados e consumidos, numa base comparativa entre Portugal e Espanha. Dados Plano Nacional da Água (INAG, 2001). Portugal (hm 3 ) Espanha (hm 3 ) superficiais subterrâneos superficiais subterrâneos Recursos disponíveis Usos Consumptivos Regadio Indústria Abastecimento Capacidade de

2 armazenamento Produção hidroeléctrica 5,8 TWh (53% do total nacional) 8,3 TWh (25% do total nacional) Quadro 2. Valores dos escoamentos (hm 3 ) para um ano seco em vários trechos do Douro e escoamentos gerados em cada país. Regime hidrológico Miranda Barca d Alva ESPANHA PORTUGAL Foz Natural Actual Mas não é só de quantidade que devemos falar, dado que a qualidade da água é igualmente um valor fundamental. O Relatório da Comissão de Acompanhamento do Convénio Luso- Espanhol (INAG, 2003), que regula a cooperação e troca de informação nas bacias internacionais, evidencia que sistematicamente, na albufeira de Miranda, são ultrapassados os valores máximos admissíveis em termos de parâmetros microbiológicos no que se refere às normas da qualidade da água para recreio com contacto directo, o mesmo acontecendo com as normas para fins piscícolas. Um trabalho actual (Bordalo et al., 2006) mostra que existe uma considerável auto-depuração no sector português, permanecendo a máxima degradação da qualidade da água no sector internacional, o que evidencia a elevada eutrofização das massas de água que entram no território português e a consequente premência duma acção conjunta entre os dois países (ver Quadro 3). Quadro 3. Classes do Índice de Qualidade da Água (em %), realizado com base em 9 parâmetros físico-químicos e microbiológicos, para o período , calculado para três albufeiras localizadas ao longo do Douro. Albufeira Fortemente poluído 10-25% Poluído 26-50% Razoável 51-70% Bom 71-90% Excelente % Miranda Pocinho Crestuma Por sua vez o Quadro 4 dá-nos uma informação sobre a quantificação da contaminação orgânica, expressa segundo quatro parâmetros, a partir de estimativas da poluição pontual e difusa, de acordo com o INAG (2005). Este trabalho foi elaborado com vista á caracterização das Regiões Hidrográficas, pretendendo ainda cumprir o disposto no artº 15º da DQA, ou seja, conhecer as massas de água em risco de não cumprirem os objectivos ambientais. Através do mesmo Quadro pode-se constatar que mais de 50% dos corpos de água (num total de 364) se encontram longe do bom estado ecológico, embora esta informação seja ainda preliminar dado que a delimitação de massas de água (ver também o Cap. 3) e sua caracterização foram

3 realizadas a partir de informação ainda deficitária, a qual está baseada essencialmente na rede de qualidade química. Quadro 4. Cargas orgânicas e nutrientes afluentes á Bacia e substâncias que necessitam de ser monitorizadas. As massas de água são classificadas em função do estado ecológico. Poluentes (ton/ano) CBO CQO N-N total P Classificação das massas de água Não risco Em dúvida Em risco Não risco Em dúvida Em risco (Número de Massas de Água) (%) (%) (%) Substâncias prioritárias Mercúrio Chumbo Composto tributilo de estanho Outros 1-Cloronaftaleno de prata Fosfato tributilo Foi possível identificar já algumas substâncias perigosas a monitorizar no futuro na Bacia, embora estas ocorram apenas no trecho final. A Fig. 1 define a forma de determinar as massas de água em risco, a qual dá conta que o critério prioritário definido na DQA é exactamente o estado dos elementos biológicos. Os elementos biológicos apresentam uma elevada classe de qualidade? Sim As condições físicoquímicas a) Asseguram o funcionamento dos ecossistemas? E b) Os poluentes químicos (não prioritários) cumprem as normais nacionais? Sim As alterações hidromorfológicas comprometem o estado ecológico? Não NÃO EM RISCO Não Não Sim EM RISCO Figura 1. Metodologia aplicada na classificação das massas de água quanto ao risco de não cumprimento dos objectivos ambientais (INAG, 2005)

4 Para esta situação também contribui a actividade industrial, caracterizando-se as empresas por não possuírem sistemas de tratamento específicos, ou os mesmos se reduzirem a tratamento primário, sendo na maior parte dos casos o efluente lançado em fossas sépticas, colectores municipais ou directamente nas linhas de água. Este aspecto observa-se no Quadro 5, devendo-se ter em atenção que a lista se reporta apenas às maiores empresas, pelo que a situação é ainda pior para as de menor significado, em especial as que estão dedicadas à produção de azeite que constituem as de maior número. Estas estão distribuídas pelo sector leste da Bacia, enquanto que as que estão indicadas no Quadro se encontram principalmente na parte ocidental. O panorama é idêntico no que se refere às suiniculturas e encontra-se expresso no Quadro 6, donde ressalta os elevados caudais utilizados e a quase ausência de tratamento. Quadro 5. Empresas industriais mais importantes na Bacia do Douro (nº trabalhadores > 100), caudais utilizados e natureza das descargas (dados INAG) Empresa Metalocar Ferfor Companhia Industrial de Fundição Noé Pereira e Filhos Fábrica de Produtos Estrela Siul Prequel Delphi - Packard. Actividade estruturas de construção metálicas ferramentas mecânicas Fundição de ferro fundido máquinas para as indústrias extractivas e para a construção electrodomésti cos electrodomésti cos electrodomésti cos Fios e Cabos isolados N.º trabalha dores Q m3/dia , ,10 Local de descarga Colector Municipal Colector Municipal 110 5,50 Fossa ,20 Fossa ,36 Rio Tinto ,36 Rio Tinto 133 1, ,00 ETAR de São Miguel da Guarda Subbacia Rio Tâmega Douro Troço Principal Douro Troço Principal Douro Troço Principal Douro Troço Principal Rio Sousa António Fab. de ,00 Fossa Rio Rio Côa Tipo de tratamento Tratamento biológico do efluente

5 Meireles Aveleda A Dias Ramos Rogério Leal & Filhos ICL Dat Schaub Taylor Fonseca Vinhos Companhia das Linhas Coats & Clark, Barbosa e Almeida Manufactura Nacional de Alumínio Groz- Beckert Portuguesa Electrodomésti cos Produção de Vinhos Comuns e Licorosos máquinas e ferramentas para o trabalho de metais margarinas e de gorduras alimentares Indústria da Cortiça com Cozedura e Lavagem Produtos à Base de Carne Produção de Vinhos Comuns e Licorosos Fibras Têxteis branqueamento e tingimento Vidro de Embalagem Loiça Metálica e Artigos de Uso Doméstico Outros Produtos ,00 Rio Sousa , , , ,00 mar , ,00 Ribeira de Franja Linha de água próxima Riacho próximo Colector municipal e Rio Douro Ribeira de Quebrantões ,00 Rio Douro , ,00 Ribeiro do Cal Fossa/linha de água Sousa Rio Sousa Douro - Troço principal Rib. Sul do Douro Douro - troço principal Douro - troço principal Douro - troço principal Douro - troço principal Rib. Sul do Douro Lagonagem, lamas activadas Tanque de retenção, flotação, neutralização, decantação Gradagem equalização, homogenei zação, neutralização decantação primária Tratamento FQ, decantação primária, desidrataçã o de lamas

6 Metálicos Ferreira Guedes e Soares Indústrias Cunha Barros Salvador Caetano - IMVT - AS Moldes Metálicos Fios e Cabos Isolados Veículos Automóveis ,50 Fossa 196 3,92 Rio Douro ,35 Terrenos próprios Rib. Sul do Douro Rib. Sul do Douro Decantação primária Quadro 6. Suiniculturas e sua caracterização em termos produtivos e de eliminação de efluentes (dados INAG). Nome da Empresa Concelho Animais equivalentes Caudal (m 3 /dia) Local de Descarga Agro-Pecuária de POLDRAS Amarante Agro-Pecuária de GRADIM Felgueiras Rio Ovelha Afluente da Ribª da Longra Varanda L.Gama Lamego Topiteú Mirandela Rio Tuela SUINOSBASTO Mondim de Basto Retenção nas lagoas SOAPECUR FERJOSSOMA Sociedade Agro-pecuária da Ribª Délos Resende Espalhamento no solo, retenção de água, rega Stª M. da Feira Ribª de Azenha Stª Marta de Penaguião Rio Corgo Jose Fonseca Afluente da Ribª do tedo Tabuaço Luis Pato da Rocha Tarouca Mâncio Rbª de Tarouca Melo Pinto & Borges Tarouca SOCRAPOL Lusopork Tarouca V. Pouca de Espalhamento no solo Rio Varosa Solo

7 Aguiar Vagal-varandas Vila Real Rio Balsemão Armando Martins de Carvalho Vila Real Rio da Pena Produtiva Vila Real Rio Sôrdo As zonas sensíveis da Bacia são discriminadas no Quadro 6, entendendo-se por este termo a designação genérica de massas de água lênticas eutrofizadas ou em vias de eutrofização, e com utilizações no domínio do abastecimento público. São ainda referenciados os Sítios de Importância Comunitária, isto é zonas designadas para a protecção de habitats ou espécies e que integram a Rede Natura A existência de 14 áreas abrangidas por este tipo de estatuto de conservação atesta bem a importância da Bacia sob o ponto de vista da biodiversidade. Será ainda de acrescentar a zona do Alto Douro Vinhateiro, incluída na lista do Património Universal da UNESCO e que é objecto dum Plano Integrado de Ordenamento do Território (PIOT-ATV). Quadro 6. Zonas sensíveis e habitats incluídos na lista de Sítios da Bacia do Douro (ou partilhados com a Bacia do Tejo). Critério Directiva 91/271/CEE Anexo II-A Eutrofização/ Directiva 75/440/CEE Eutrofização/ Directiva 75/440/CEE Zona sensível Albufeira Torrão Albufeira Carrapatelo do do Eutrofização/ Albufeira de Directiva 75/440/CEE Miranda Eutrofização Albufeira do Pocinho Delimitação da zona e da respectiva área de influência Albufeira do Torrão no rio Tâmega e respectiva bacia hidrográfica Albufeira do Carrapatelo no rio Douro e respectiva bacia hidrográfica até à albufeira da Régua Albufeira de Miranda no rio Douro e respectiva bacia hidrográfica Albufeira do Pocinho no rio Douro e respectiva bacia hidrográfica Código Sítio Área (ha) PTCON0002 Montesinho/Nogueira PTCON0003 Alvão/Marão PTCON0018 Barrinha de Esmoriz PTCON0021 Rios Sabor e Maçãs PTCON0022 Douro Internacional PTCON0023 Morais PTCON0024 Valongo PTCON0025 Serra de Montemuro

8 PTCON0041 Samil PTCON0042 Minas de St. Adrião PTCON0043 Romeu PTCON0059 Rio Paiva PTCON0004 Malcata PTCON0047 Serras da Freita e Arada ) CARACTERIZAÇÃO DOS VALORES NATURAIS: FLORA E FAUNA a) Vegetação aquática e ribeirinha As galerias ripícolas que circundam os afluentes do Douro são de grande importância para a biodiversidade global, derivado do facto de representarem zonas de refúgio para muitas espécies que os troços correspondentes ao Douro regularizado não podem albergar. Com efeito, no rio principal a vegetação ribeirinha é escassa e nunca poderá ter uma estruturação aceitável devido á variação intensa das cotas das albufeiras que não favorecem a colonização por espécies lenhosas. As espécies ripícolas arbóreas mais comuns são os amieiros (Alnus glutinosa), salgueiros (Salix atrocinerea) e choupos (Populus alba). Devido à intensa utilização do solo na área mais intensamente vocacionada para a vinha encontramos aí a presença frequente duma mata ribeirinha antrópica com numerosas exóticas, tais como as acácias (Acacia spp.) e os ailantus (Ailantus altissima). Destacam-se ainda como espécies arbóreas os carvalhos americanos (Quercus rubra), figueiras (Ficus carica) e plátanos (Platanus hybrida), enquanto no sub-bosque dominam as silvas (Rubus ulmifolius), tintureiras (Phytolacca americana), juncos (Juncus spp.), tábuas (Typha latifolia.) e canas (Arundo donax) _(UTAD, 2001) b) Fauna piscícola e pesca desportiva O interesse pela pesca desportiva no Rio Douro é por demais visível: ao longo das margens do Douro encontram-se durante os fins-de-semana centenas de pescadores, a maior parte deles deslocando-se dezenas de quilómetros (os inquéritos realizados evidenciam que as licenças de pesca nacionais ultrapassam as concelhias) para desfrutar o magnífico cenário e as boas condições para a prática da modalidade. As espécies preferidas e que aqui continuam a pautar pela abundância são essencialmente ciprinídeos. Dentro destes, destacamos o barbo (Barbus bocagei), a boga (Chondostroma duriensis), o pimpão (Carassius auratus), carpa (Cyprinus carpio) e escalo (Squalius carolitertii). Encontram-se igualmente espécies de outras famílias e que fazem a delícia dos pescadores, como o achigã (Micropterus salmoides) e a enguia (Anguilla anguilla). Infelizmente, as espécies anádromas, isto é os migradores que se deslocam do mar para desovar nos rios, com o sável (Alosa alosa), savelha (Alosa fallax), truta-marisca (Salmo trutta) e lampreia (Petromyzon marinus), outrora abundantes e que permitiam a manutenção da pesca profissional, são hoje praticamente inexistentes (Cortes, 2003). Existem ainda outras espécies de menor porte, portanto menos desejadas pelos pescadores, mas de grande interesse conservacionista. È o caso do bordalo (Chondostroma alburnoides) e panjorca (C. arcasi), ou da verdemã (Cobitis calderoni). Têm sido ainda referenciadas na albufeira do Carrapatelo e Crestuma-Lever, espécies mais comuns no estuário mas que sobem

9 periodicamente o troço final do Douro, como o muge (Liza ramada), taínha (Mugil cephalus) e peixe-rei (Atherina boyeri), esta cada vez mais abundante, designadamente na albufeira da Régua/ Bagaúste. A fauna piscícola do Rio Douro sofreu alterações radicais com a regularização (Cortes, 2003): a maior parte das espécies típicas sofreu forte diminuição por se adaptar com dificuldade a um novo tipo de ecossistemas constituídos pelas albufeiras, as quais implicaram a destruição dos habitats de desova. O caso é ainda mais evidente com os migradores, devido á sua dificuldade em ultrapassarem os obstáculos constituídos pelas barragens, apesar destas terem instalados dispositivos de transposição por sistemas de comportas em circuito fechado e que se designam por eclusas Borland. Inversamente, as espécies exóticas passaram a dominar. Estas são bem mais tolerantes á degradação das condições ambientais, especialmente as que resultam da contaminação orgânica, sendo igualmente mais euritérmicas, isto é, preferem águas mais quentes ou suportam variações bruscas da temperatura (as quais ocorrem em consequência do regime de exploração hidroeléctrica). O facto das espécies exóticas serem frequentemente predadoras das nossas espécies nativas traduz-se complementarmente por um impacto acrescido. O caso mais paradigmático é a perca-sol, que domina claramente no Rio Douro e na parte terminal dos afluentes mais eutrofizados (embora se estenda já ao longo do Sousa e do Tâmega). Esta espécie induz consequências mais devastadoras do que outras espécies introduzidas, algumas das quais, como o achigã, são até muito apreciadas, havendo mesmo espécies como o góbio (Gobio gobio) ou a gambúsia (Gambusia holbrooki) com impactos relativamente negligenciáveis. As introduções recentes (e sempre clandestinas...) de predadores de elevado porte como o lúcio (Esox lucius) e, mais recentemente, da lucioperca (Sander lucioperca) e dos peixes-gato (Ictalurus punctatus e Ameirus melas), que atingem dimensões consideráveis, vai deprimir ainda mais as espécies nativas e a biodiversidade global, embora sejam espécies relativamente apreciadas pelos pescadores. Por exemplo, em estudos recentes sobre a pesca de competição na albufeira do Carrapatelo, conclui-se que, em termos de biomassa, o pimpão e a perca-sol, ambas exóticas e desinteressantes nesta actividade desportiva, apresentaram valores entre 70 e 80 % dos totais capturados em registos obtidos ao longo dum período de 5 anos! A dominância desta última espécie seria ainda mais evidente quando os resultados são expressos como frequência de captura, devido ao seu reduzido tamanho. Por sua vez, a carpa e a tenca apresentaram apenas valores residuais. Apesar do interesse piscatório que foi mencionado, o número de concessões de pesca é muito escasso e tal deriva da Lei da Pesca apenas permitir estas zonas quando exploradas por entidades oficiais ou associações sem fins lucrativos. c) Outros vertebrados dependentes das zonas ribeirinhas No que se refere aos mamíferos com interesse conservacionista devemos salientar a existência da lontra (Lutra lutra), uma espécie intimamente associada ao meio aquático, com uma alimentação dependente deste meio e que varia de invertebrados bentónicos a peixes. As albufeiras representam apenas habitats de passagem para a espécie, estando o seu biótopo especialmente ligado aos afluentes, especialmente quando as galerias ribeirinhas se encontram bem conservadas. A toupeira de água (Galemis pyrenaicus), micro-mamífero com um importante estatuto de conservação, tem também sido referenciada nos cursos de água de montanha menos perturbados. Os anfíbios são também numerosos (as espécies inventariadas na Bacia do Douro representam ¾ das espécies presentes em Portugal). Têm sido

10 referenciados a salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra), tritão-marmorado (Tritus marmoratus), tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai), sapo-parteiro (Alytes obstetricans), sapo (Bufo bufo), sapo corredor (Bufo calamita), rã verde (Rana perezi), rã-defocinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi), rela (Hyla arborea) e rã-ibérica (Rana iberica). As mais abundantes serão a salamandra-de-pintas-amarelas, o sapo e a râ-verde. Com especial interesse conservacionista, embora de distribuição bem mais localizada, deve referir-se a salamandra lusitânica (Chioglossa lusitanica). Este endemismo é especialmente sensível a variações da qualidade da água e da densidade da vegetação ribeirinha. Uma descrição mais completa encontra-se em UTAD (2001). Apesar dos anfíbios estarem estritamente dependentes do meio aquático os planos de água das albufeiras impõem uma rarefacção notória na sua presença. Na realidade, ao não permitirem o desenvolvimento de vegetação aquática (devido á variação frequente das cotas) fazem diminuir os locais de abrigo. Por outro lado, tem sido apontado o impacto ocasionado pela dominância de espécies piscícolas exóticas nestes meios. Estas são geralmente muito vorazes, e predam frequentemente sobre as suas larvas e juvenis de anfíbios. Além do mais, competem com estes por abrigo e alimento. A preservação da diversidade deste grupo passa em grande parte pela conservação das galerias ripícolas nos afluentes do Douro. Os carvalhais e pomares de regadio assumem um valor intermédio, enquanto que as vinhas, pomares de sequeiro, bosques e matagal mediterrânico apenas podem albergar as espécies marcadamente terrestres. Embora ascenda a cerca de duas dezenas as espécies de répteis aqui presentes, devemos referir como mais dependentes do meio aquático as seguintes: cobra-de-água-viperina (Natrix maura), cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix), cágado mediterrânico (Mauremys leprosa), lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e, provávelmente, cágado-de-cabeça-estriada (Emus orbicularis). A cobra-de-água-viperina é claramente das espécies mais abundantes, até por ter sido favorecida com a construção das barragens (alimenta-se de invertebrados aquáticos e peixes), o mesmo se passando, em termos de biótopo, com o cágado mediterrânico, todavia menos comum. Em termos conservacionistas o destaque vai para esta espécie, juntamente com o lagarto-de-água. A conservação dos corpos de água e galerias ripícolas são especialmente importantes para os répteis mais aquófilos. Todavia, para a generalidade dos répteis, a máxima diversidade está associada aos matagais mediterrânicos ou aos mortórios, especialmente no que concerne aos lacertídeos e colibrídeos. O sector envolvente á foz do rio Tua, devido á alta densidade de matos sobre substrato granítico, tem sido apontado como a área com superior diversidade deste grupo. Os ambientes próximos das linhas de água apresentam também uma elevada diversidade de avifauna, especialmente de passeriformes, em virtude do efeito de bordadura criado pela transição entre o meio aquático e terrestre (Cortes, 2003). Nestes biótopos destacamos as alvéolas (Motacilla sp.), guarda-rios (Alcedo athis), rouxinol-bravo (Cettia cetti) e a garçareal (Ardea cinerea). No entanto, a abundância destas espécies reduz-se nos planos de água artificiais, como são os das albufeiras, ou até onde se estende o seu efeito de regolfo nos afluentes. Só nas zonas envolventes das albufeiras de Carrapatelo, Régua e Valeira referenciam-se 138 espécies de aves (aproximadamente 50 % dos efectivos a nível nacional), cujo número aumento em paisagens em mosaico, com misto de bosques e áreas agrícolas ou matos altos. A sua diversidade aumenta para montante, em resultado do menor grau de intervenção humana. Este facto é particularmente evidente para o grupo das rapinas, que se localizam nas zonas mais escarpadas que limitam as albufeiras e seus afluentes. Não podemos deixar de mencionar, pelo seu interesse conservacionista, o abutre-do-egipto (Neophron

11 percnopterus), a cegonha-preta (Ciconia nigra), a águia-de-bonelli (Hieraaetus fasciatus), o grifo (Gyps fulvus), a águia real (Aquila chrysaetus), o milhafre-real (Milvus milvus), o falcão peregrino (Falco peregrinus), o peneireiro-das-torres (Falco naumanii) e o peneireiro-vilgar (F. tinnunclus). Estas aves saão especialmente frequentes no Parque do Douro Internacional. Por sua vez, no sector mais a jusante da Bacia concentram-se as aves aquáticas tais como os mergulhões, quatro espécies de anatídeos e uma espécie rara _a narceja. É preciso realçar que a grande maioria das espécies de aves com estatuto de conservação estão ligadas a uma paisagem em mosaico constituída por bosquetes e matos, onde nidificam ou encontram refúgio, alternados com espaços abertos onde podem obter alimento. É o caso do gavião, rola, noitibó ou corvo. 3) MONITORIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E RIBEIRINHOS DA BACIA DO DOURO NO ÂMBITO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA (DQA) Começamos por descrever sucessivamente para os ecossistemas aquáticos, as diversas fases realizadas até ao momento com vista à implementação da rede de monitorização ecológica e da definição da situação de referência nesta Bacia (INAG, 2005). O primeiro aspecto considerado teve em conta a definição da tipologia onde vai assentar a rede de monitorização. Foi considerado como mais apropriado para o território nacional o sistema B (Anexo V da DQA), tendo os tipos de rios sido estabelecidos para um conjunto de 10 factores, que na prática se reduzem a 8, dado que a latitude e longitude não tiveram influência prática na divisão criada _Quadro 7. Quadro 7. Variáveis responsáveis pela divisão em tipos de rios na Bacia do Douro de acordo com o Sistema B Factores obrigatórios Factores facultativos Factores Variável Classes Latitude Latitude(º) Uma única classe Longitude Longitude (º) Uma única classe Altitude Altitude (m) Variável contínua Área de drenagem Área (km 2 ) Pequena: 5= A =100; Média: 100 < A = Grande 1000 A = Muito grande: A > Geologia Classes de mineralização Declive médio do S1085 escoamento Escoamento Escoamento Médio Anual (mm) Amplitude térmica do Amplitude térmica do ar Ar (ºC) Temperatura média Temperatura Média do ar Anual (ºC) Precipitação Precipitação Média Anual (ºC) Baixa Mineralização Média Mineralização Elevada Mineralização Variável contínua Variável contínua Variável contínua Variável contínua Variável contínua

12 Coeficiente variação precipitação mensal de da média Variável contínua Paralelamente foram delimitadas as massas de água de superfície, a qual foi apoiada essencialmente nos tipos definidos e seguindo-se o princípio de considerar uma massa de água como uma subunidade duma região hidrográfica com identidade ecológica para a qual possam ser aplicados os objectivos ambientais, evitando-se uma fragmentação excessiva. Para se identificar os diferentes estados ecológicos dentro de cada tipo com vista a definir as massas de água foram utilizados diversos factores a saber: massas de água fortemente modificadas ou artificiais, pressões antropogénicas significativas e dados de monitorização físico-químicos e biológicos. Foram ainda definidas quais as massas de água artificiais e quais as fortemente modificadas. As primeiras incluíram os dois perímetros de rega na Bacia, enquanto que as segundas dizem respeito a rios com intensas alterações hidromorfológicas não permitindo atingir-se no futuro o bom estado ecológico. Nesta bacia tais massas de água são constituídas pelas albufeiras principais e pelos troços a jusante das barragens, ou no caso de estuários por portos importantes. O Quadro 8 apresenta as massas de água obtidas. Como já foi expresso no Cap 1, mais de 50 % destes corpos de água encontram-se em risco. Quadro 8. Distribuição das massas de água de superfície (rios e estuários), incluindo-se as que foram identificadas como artificiais ou fortemente modificadas. Rios transição Massas de água definidas Massas de água fortemente modificadas 6 2 Massas de água artificiais 2 0 Para caracterizar a situação de referência e definir um gradiente de degradação foram seguidos os critérios genéricos contidos em WFD (2003). Foram realizadas 2 campanhas de monitorização nas Primaveras de 2004 e 2005 que abarcaram 92 locais distribuídos pelos diversos tipos de rios considerados (Fig. 2). Foram amostrados os diversos elementos biológicos (peixes, macroinvertebrados, macrófitos, fitobentos e ainda fitoplâncton para o caso particular das albufeiras do Douro). Ao mesmo tempo foi realizada uma caracterização química da água (17 parâmetros) e uma completa avaliação das condições hidromorfológicas do canal fluvial e zona ribeirinha utilizando-se o sistema RHS (Raven, 1998). Os locais que definem a situação de referência foram seleccionados dentro de acordo com os critérios do projecto europeu FAME (2004). Foram assim considerados cinco graus de qualidade/degradação, desde 1- minimamente perturbado a 5- muito perturbado. Estes graus de qualidade foram avaliados a partir das informações existentes (fotografias, fichas de campo, cartas de usos e carta de pressões, além dum conhecimento pericial) para oito variáveis de perturbação, a saber: 1. conectividade fluvial (troço+ segmento) 2. sedimentação (segmento) 3. regime hidrológico (troço) 4. condição morfológica (troço) 5. salinização (troço)

13 6. acidificação e toxicidade (troço) 7. matéria orgânica e nutrientes (troço) 8. estado/condição ripária (segmento) Os locais a partir dos quais são determinadas as condições de referência (tipologia, parâmetros de qualidade) designam-se por locais de calibração. Os locais de calibração, no caso do FAME, são aqueles que apresentaram sempre classificação de 1 ou 2 em cada uma das variáveis de perturbação consideradas. No total dos pontos monitorizados na Bacia 52 encontram-se nestas condições (todavia, tal não pode ser interpretado como constituindo a situação ecológica da Bacia, dado que se procurou que os potenciais locais de referência fossem em número superior aos locais que espelham degradação). Os inventários biológicos realizados permitiram posteriormente validar os tipos de rios definidos pelo critério apresentado no Quadro 6 (permitindo uma redução na zonação inicialmente delineada para a Bacia). Neste momento encontra-se em curso a definição do gradiente de degradação ecológico, compartimentado em 5 classes, o qual é efectuado a partir de métricas específicas para cada comunidade, de modo a permitirem a quantificação desses níveis de perturbação. Para se atingir este objectivo, as métricas ou guilds funcionais estão a ser testados para se conhecer a sua aptidão para expressarem o gradiente de contaminação. Obviamente que estes aspectos não são realizados apenas numa base de bacia hidrográfica, estando a ser concertados numa perspectiva nacional. Fig. 2. Locais amostrados na Bacia do Douro com vista á definição da situação de referência e do gradiente de perturbação.

14 4) PASSADO E FUTURO: A PARTILHA DE RESPONSABILIDADES NA GESTÃO DA BACIA DO DOURO A partilha da Bacia nunca foi um motivo de confronto entre os dois países ibéricos, tendo sido estabelecidos sucessivos acordos sectoriais sob a forma de tratados ou convenções. Destacamos os mais importantes: _1864 (ratificado em 1866 e regulamentado com maior detalhe em 1912) _ estabelecimento de limites fronteiriços e acordos de navegação; _1927 _ convenção para partilha dos recursos hídricos no troço internacional com vista ao aproveitamento hidroeléctrico; _1964 _ convenção que define os direitos ao uso do troço internacional e a partição da energia gerada; _1998 (vigou a partir de 2000)_ convenção sobre a Cooperação para a Protecção e Uso Sustentável da Água nas Bacias Internacionais, também conhecida por Convenção de Albufeira (CA)que abrange todas as bacias partilhadas, e que define a troca de informação entre os países e a distribuição de responsabilidades e gestão conjunta em termos ambientais (impactes ambientais em projectos hidráulicos, situações hidrológicas extremas, caudais ecológicos, qualidade dos recursos hídricos, investigação). Como se vê, apenas o último tratado se debruça sobre os aspectos ambientais, ultrapassando o mero acordo para usos específicos (energia ou navegação). Como consideram Dominguez et al (2004), não está assegurado que ambos os países possam levar a cabo os planos mais ambiciosos de aproveitamentos a partir do meio hídrico definidos nos respectivos Planos de Ordenamento (energia e rega principalmente), especialmente num cenário de alterações climáticas, com a concomitante diminuição dos caudais. Apenas a implementação da DQA poderá ajudar na ultrapassagem dos possíveis conflitos. Um deles é, sem dúvida, a libertação de caudais por parte de Espanha. Com efeito, a CA compromete-se a fazer chegar á fronteira portuguesa cerca de 25% do caudal do Douro (para anos húmidos), valor acordado com base no art. 2º do Convénio de 1964, que regula apenas o uso hidroeléctrico do caudal e de critérios que procuram garantir os usos actuais e previsíveis. No entanto, menciona-se na CA que esses critérios procuram também garantir o bom estado das águas de acordo com as respectivas características ecológicas. Tal como salienta a IBERAQUA (2002), não está de modo algum estudada a quantidade de água necessária para garantir a conservação dos ecossistemas aquáticos, além de que a mesma deve assentar em regimes mensais e não em médias anuais. Neste sentido, houve já várias propostas de afluências mensais para o trecho internacional do Douro, entre as quais a do INAG (2000). Outro aspecto preocupante são os designados períodos de excepção, em que o cumprimento dos caudais mínimos (3.500 hm 3 na barragem de Miranda e 3800 hm 3 na barragem de Saucelle) não é obrigatório e os únicos usos garantidos são os abastecimentos às populações e a manutenção das culturas lenhosas. Acresce a incapacidade da própria comissão que fiscaliza a aplicação da CA em garantir a qualidade apropriada de água que entra em território português, como já se mencionou e que deriva da leitura do Relatório da Comissão de Acompanhamento do Convénio (INAG, 2003). Todos estes factos levam a que a CA necessite duma revisão urgente, aliás em curso, e deva ser articulada com os mecanismos para a implementação da DQA em ambos os países. A prova disso é que no ano de 2005 foi necessário ao Ministro do Ambiente português negociar com o seu congénere espanhol no sentido de evitar uma excessiva redução de caudais afluentes, dado que nas condições climáticas verificadas não haveria lugar a qualquer obrigação das autoridades espanholas.

15 Está também em aberto o modo como será realizada a articulação entre os Planos de Bacia (ou hidrológicos) de Portugal e Espanha. A DQA indica que estes deverão estar subordinados a um único plano global ou, caso tal não seja possível, deverão os países que partilham bacias internacionais envidar esforços coordenados para se atingirem os objectivos da Directiva.com a necessária ligação entre as competentes administrações nacionais (Artigos 3º e 13º). A mais curto prazo, certamente ainda durante este ano, será fundamental uma homogeneização dos processos de monitorização ecológica e química das águas superficiais, os quais entrarão em vigor em Janeiro de 2007, É pois fundamental que exista a necessária coesão na definição dos tipos de rios, massas de água em risco, situação ecológica de referência e classes de degradação, e ainda da malha de locais de amostragem. BIBLIOGRAFIA Bordalo, A. A., Teixeira, R. & Wiebe, W. J., A water quality índex applied to na international shared river basin: the case of the Douro River. Envir.Engeneering. Cortes, R. M. V., O Meio Aquático e Ribeirinho no Alto Douro Vinhateiro. Em: Viver e Saber Fazer: Tecnologias Tradicionais na Região do Douro: Museu do Douro, Régua Dominguez, D., Manser, R. & Ort., C., No problems on Rio Duero (Spain) Rio Douro (Portugal). ETHS-Seminar. FAME, Development, evaluation and implementation of a standardised Fish-based Assessment Method for the Ecological Status of European Rivers ( IBERAQUA (2002) Workshop sobre a Bacia do Douro. EURONATURA, Lisboa. INAG, Plano Nacional da Água. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. INAG (2003). Relatório da Comissão de Acompanhamento do Convénio Luso-Espanhol (2003). Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. INAG, Síntese dos Planos de Bacia Hidrográfica Luso-Espanhóis. Instituto da Água. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. INAG, Relatório síntese sobre a caracterização das regiões hidrográficas prevista na Directiva-Quadro da Água. Instituto da Água. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. Raven, P.J., Holmes, N.T.H., Dawson, F.H., Fox, P.J.A., Everard, M., Fozzard, I.R. & Rouen, K.J., River Habitat Quality. Environment Agency, Bristol, U.K. UTAD, Relatório sobre o Plano Intermunicipal do Alto Douro Vinhateiro, Vila Real. WFD, Guidance Document 10. Rivers and Lakes _Typology, Reference Conditions and Classification Systems.

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