BOTULISMO EM CÃES: RELATO DE CASO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "BOTULISMO EM CÃES: RELATO DE CASO"

Transcrição

1 EQUALIS ENSINO E QUALIFICAÇÃO SUPERIOR CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS Felipe Silva Sento Sé BOTULISMO EM CÃES: RELATO DE CASO Salvador/BA 2016

2 2 EQUALIS ENSINO E QUALIFICAÇÃO SUPERIOR CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS Felipe Silva Sento Sé BOTULISMO EM CÃES: RELATO DE CASO Monografia apresentada como requisito para conclusão do Curso de Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, da EQUALIS Ensino e Qualificação Superior, orientado pelo M.V. MSc. Salvador Santana Silva Júnior Salvador/BA 2016

3 3 Felipe Silva Sento Sé BOTULISMO EM CÃES: RELATO DE CASO Monografia apresentada como requisito para conclusão do Curso de Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, da EQUALIS Ensino e Qualificação Superior, orientado pelo M.V. MSc. Salvador Santana Silva Júnior Salvador/BA, de de 20 Salvador Santana Silva Júnior Salvador/BA 2016

4 4 Dedicatória À minha família, que sempre me apoiou, me incentivou e me forneceu a base necessária para que eu seja o que sou hoje.

5 5 AGRADECIMENTOS À Deus, por ter me concedido sabedoria, inspiração, saúde e muita coragem para continuar seguindo em frente sempre pelo caminho certo. À minha companheira Vanessa Rayane pelo apoio e conforto À toda minha família pelo apoio. À todos os professores do curso de Pós graduação da EQUALIS por seus ensinamentos. À todos que contribuíram direta e indiretamente para realização deste trabalho, muito obrigado!

6 6 Ouvi, esqueci. Vi, lembrei. Fiz, aprendi. Confúcio

7 7 RESUMO O botulismo é uma doença rara em cães, resulta da ingestão de comida deteriorada ou carcaças em decomposição contendo a toxina pré - formada produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Os sinais clínicos do botulismo, que se desenvolvem de 7 a 14 dias após a ingestão da toxina. O diagnóstico de rotina é baseado nas manifestações clínicas e histórico do animal. A prova biológica em camundongos é o método de diagnóstico definitivo para a doença. O tratamento do botulismo baseia - se principalmente em medidas de suporte. Os antibióticos quase não tem utilidade, pois a toxina é pré-formada. O animal examinado tinha 4 anos, da raça Cane Corso, 30kg e apresentou incoordenação e que, logo, evoluiu para decúbito. Foi relatado que no dia anterior o animal teve acesso a uma carcaça de um ovino que foi abatido na propriedade. Animal apresentava esquema vacinal em dias, inclusive a anti-rábica com vacinas éticas e controle de ectoparasitas atualizada com o uso de coleira com deltametrina e propoxur e sem presença de carrapatos. Foi coletado amostra de sangue e urina para realização de hemograma e pesquisa de hemoparasitas e urinálise, onde não foram encontrados nenhuma alteração. O animal foi tratado com terapia de suporte de enfermagem e fisioterapia e antibioticoterapia, utilizando se cefalexina 900 mg, BID, durante 14 dias. O animal apresentou retorno dos movimentos inicialmente nos membros torácicos, o que é justificado pela paralisia ser ascendente e obteve cura total em 18 dias, dentro do prazo médio descrito por diversos autores. Palavras-chaves: Botulismo; relato de caso; toxina.

8 8 LISTAS DE TABELAS E ILUSTRAÇÕES Lista de Ilustrações: Figura 1- Clostridium botulinum mostrando a localização subterminal do endósporo...13 Figura 2 - Bloqueio da acetilcolina nos receptores nervosos...15 Lista de Tabelas: Tabela 1 Cuidados de enfermagem e fisioterapia para cães...18

9 9 LISTA DE SÍMBOLOS E SIGLAS Ng nanograma kda unidade de massa atômica kg - Quilograma IM - intramuscular % - Porcentagem mg - miligramas

10 10 SUMÁRIO BOTULISMO EM CÃES RELATO DE CASO INTRODUÇÃO OBJETIVO GERAL REVISÃO DE LITERATURA Botulismo em cães Patogenia Manifestações Clínicas Diagnóstico Diagnóstico Diferencial Tratamento Medidas de controle RELATO DE CASO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 21

11 11 1. INTRODUÇÃO Botulismo animal é visto principalmente em ruminantes, equinos e aves domésticas, especialmente aquáticas. Raramente são afetados suínos, carnívoros e peixes (HIRSH; ZEE, 2003). Clostridium botulinum tipos C e D causam a maioria dos surtos de botulismo nos animais domésticos. Suínos e cães são relativamente resistentes às neurotoxinas, e o botulismo é raro em gatos domésticos (QUINN et al., 2005). O botulismo é uma doença rara em cães, resulta da ingestão de comida deteriorada ou carcaças em decomposição contendo a toxina pré - formada produzida pela bactéria Clostridium botulinum (NELSON & COUTO, 2001); sendo esta uma bactéria gram positiva, anaeróbica, formadora de esporos, saprófita do solo (ETTINGER & FEELDMAN, 1997). Botulismo é uma doença não contagiosa, resultante da ação de potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A doença nos cães ocorre devido à ingestão de alimentos putrefatos ou carcaças decompostas que contenham a toxina botulínica do tipo C. O quadro clínico é de paralisia muscular flácida a partir do bloqueio da liberação do neurotransmissor acetilcolina nas junções neuromusculares. As neurotoxinas de C. botulinum são as mais potentes toxinas biológicas conhecidas. Toxinas pré - formadas nos alimentos, absorvidas no trato gastrointestinal, circulam na corrente sanguínea e agem nas junções neuromusculares dos nervos colinérgicos e nas sinapses autônomas periféricas. Os sinais clínicos do botulismo, que se desenvolvem de sete a 14 dias após a ingestão da toxina, são semelhantes em todas as espécies. Pupilas dilatadas, membranas mucosas secas, diminuição da salivação, flacidez na língua e disfagia são características da doença em animais de criação. Incoordenação e marcha rígida são seguidas por paralisia flácida e decúbito. A paralisia dos músculos respiratórios leva à respiração abdominal (QUINN et al., 2005). O diagnóstico de rotina é baseado nas manifestações clínicas e histórico do animal. A prova biológica em camundongos é o método de diagnóstico definitivo para a doença. O tratamento do botulismo baseia - se principalmente em medidas de suporte. Os antibióticos quase não tem utilidade, pois a toxina é pré-formada (TORTORA, 2003).

12 12 1. OBJETIVO GERAL Reunir informações sobre botulismo em cães, abrangendo todos os seus aspectos permitindo precoce diagnóstico e relatar um caso atendido na clínica ProntoVet em Petrolina-PE.

13 13 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Botulismo em cães Botulismo é uma doença não contagiosa, resultante da ação de potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A doença nos cães ocorre devido à ingestão de alimentos putrefatos ou carcaças decompostas que contenham a toxina botulínica do tipo C. Figura 1- Clostridium botulinum mostrando a localização subterminal do endósporo Fonte: Tortora,G.J.; Funke,B.R.; Case,C.L., (2003). Assim que é ingerida, a toxina é absorvida pelo estômago e parte superior do intestino delgado até os linfáticos, as toxinas atuam nas junções neuromusculares, provocando paralisia funcional motora sem a interferência com a função sensorial induzindo à paralisia da musculatura esquelética através da inibição da liberação da acetilcolina pelas terminações colinérgicas das fibras nervosas (NELSON & COUTO, 2001). Os sinais clínicos observados são paralisia progressiva e ascendente do neurônio motor inferior acometendo nervos cranianos e espinhais. Os cães ficam

14 14 profundamente enfraquecidos perdem o tônus muscular e não apresentam reflexos espinhais, mas não há atrofia muscular. A propriocepção e a percepção da dor são normais, sem hiperestasia. É comum o acometimento extenso de nervos cranianos. Os cães acometidos podem ter sialorréia, tosse e dificuldade de apreender a comida. Pode ocorrer o aparecimento de megaesôfago, então é comum o animal apresentar regurgitação. Em cães gravemente acometidos pode - se observar midríase (NELSON & COUTO, 2001). O botulismo foi descrito pela primeira vez como uma doença clínica do século XIX, quando ficou conhecido como a doença da salsicha (botulus é a palavra latina para salsicha). Um tipo de linguiça vermelha era produzido enchendo-se o estômago de um porco com sangue e carne moída, atando firmemente as aberturas, fervendo por um curto período e defumando sobre uma fogueira. A lingüiça era então armazenada em temperatura ambiente. Esta tentativa de conservação dos alimentos incluía a maioria das exigências para um surto de botulismo. Ela matava as bactérias competidoras, mas permitia que os endosporos de Clostridium botulinum, mais termoestáveis, sobrevivessem, e fornecia as condições anaeróbicas e um período de incubação para a produção da toxina (TORTORA, 2003). Existem sete tipos de C. botulinum classificados de A até G, sendo o tipo C o principal responsável por casos de botulis mo em cães (COLBACHINI et al., 1999; BRUCHIM et al., 2006). As toxinas produzidas pelo C. botulinum são os mais potentes tóxicos conhecidos de origem microbiológica. Resistentes à ação proteolítica, são absorvidas pela mucosa intestinal e agem na placa neuromuscular, causando uma paralisia flácida (LINDSTRÖM e KORKEALA, 2006) Os reflexos dos pares de nervos cranianos I, III e IV estão alterados e pode-se observar, nistagmo vertical e estrabismo. A morte pode resultar da paralisia ou infecção respiratória secundária ou urinária,e a duração da enfermidade dos cães que se recuperam tem variado de 1-3 semanas (GREENE, 1997) O período de incubação da doença varia de algumas horas até 2 dias após a ingestão da toxina. Dependendo da gravidade da intoxicação, os cães apresentam diferentes quadros clínicos, demonstrando desde instabilidade ao moverem-se e fraqueza ascendente simétrica, até prostração profunda e paralisia flácida generalizada e psiquismo inalterado (NAFE, 1988).

15 15 O número de moléculas de toxina botulínica necessárias para causar intoxicação, morbidade e morte de animais e humanos é um assunto intrigante. Por exemplo, quando considerada em termos de células corporais totais, estima-se que ng ou ~ 8x10 10 a 3x10 11 moléculas de neurotoxina botulínica (a massa molecular = 150 kda) é suficiente para produzir uma letalidade em um homem adulto de 70 kg (JOHNSON; MONTECUCCO, 2008 apud LAMANNA, 1959). 2.2 Patogenia Assim que é ingerida, a toxina é absorvida pelo estômago e parte superior do intestino delgado até os linfáticos, as toxinas atuam nas junções neuromusculares, provocando paralisia funcional motora sem a interferência com a função sensorial induzindo à paralisia da musculatura esquelética através da inibição da liberação da acetilcolina pelas terminações colinérgicas das fibras nervosas (NELSON & COUTO, 2001). A toxina é distribuída ao longo dos compartimentos extracelulares, vasculares e extravascular, e qualquer célula que tem terminações nervosas perifericamente e corpos celulares centralmente pode ser considerada um condutor potencial (SIMPSON, 2013) (Figura 2) Figura 2 - Bloqueio da acetilcolina nos receptores nervosos. Fonte: Rosseto, O. et al. (2013)

16 16 A morte pode resultar da paralisia respiratória. A duração da enfermidade nos cães que se recuperam tem variado de uma a três semanas (ETTINGER & FEELDMAN,1997). 2.3 Manifestações Clínicas Os sinais clínicos geralmente ocorrem entre 24 e 48 horas, podendo aparecer em até 6 dias após a ingestão. É observado uma fraqueza ascendente simétrica e progressiva a partir dos membros posteriores para os anteriores, que pode resultar em quadriplegia, paresia e paralisia flácida, acreditando-se que a toxina tenha ação no sistema nervoso central, podendo atuar também no sistema nervoso periférico (CORRÊA & CORRÊA, 1992). No início do curso da moléstia, ou em animais levemente afetados, ambulação pode ser rígida e os membros pélvicos podem ser utilizados de forma sincronizada, como salto de coelho (BRAUND, 1997). A percepção de dor está intacta e não ocorrem atrofia muscular, nem hiperestesia, a função proprioceptiva está normal (NELSON & COUTO 2001). Observa-se frequentemente paralisia facial, disfonia, disfagia e megaesôfago decorrentes do envolvimento do nervo craniano. Também são documentadas constipação e retenção urinária (CHRISMAN et al, 2005). Os reflexos dos membros estão deprimidos, e as respostas dos nervos motores cranianos afetadas, o que causa midríase, redução do tono mandibular, diminuição dos reflexos de engasgamento e salivação excessiva. Pode estar presente megaesôfago. A percepção de dor está intacta e não ocorrem atrofia muscular, nem hiperestesia, a função proprioceptiva está normal (NELSON & COUTO 2001).

17 Diagnóstico O diagnóstico baseia - se nos achados clínicos e/ou na história de ingestão de comida deteriorada. O período de incubação é inferior a seis dias. O botulismo é particularmente provável caso se observe um surto de paralisia neurônio motor inferior em um grupo de cães. A fraqueza dos músculos da face, da mandíbula e da faringe é muito pronunciada no botulismo (NELSON & COUTO, 2001). O diagnóstico confirmatório do botulismo está baseado na descoberta da toxina no soro, fezes, vômito ou amostras de comida que foram ingeridas. O soro deve ser colhido o mais cedo possível quanto ao curso da doença e quando os sinais clínicos são máximos, e ser injetado em camundongos saudáveis, que geralmente ficarão doentes em horas (CHRISMAN, 1985). 2.5 Diagnóstico diferencial A raiva deve ser considerada como diagnóstico diferencial em cães gravemente acometidos, mas em geral, é rapidamente progressiva e associada a anormalidades do estado mental. A fraqueza dos músculos da face, da mandíbula e da faringe é muito mais pronunciada no botulismo do que na polirradiculoneurite aguda ou na paralisia causada pelo carrapato (NELSON & COUTO, 2001). Miastenia grave se apresenta comumente como fraqueza episódica ou induzida por exercícios decorrentes do comprometimento da transmissão da acetilcolina nas junções neuromusculares dos músculos esqueléticos. A intoxicação por aminoglicosídeos (gentamicina, amicacina, e outros) podem causar ou exacerbar um bloqueio da junção neuromuscular.

18 Tratamento Não há tratamento específico para o botulismo. Pode-se utilizar antitoxina específica, porém, para ser eficaz, ela deve ser administrada antes de a toxina botulínica se ligar aos receptores na junção mioneural. A administração da antitoxina tipo C, unidades por via IM, em duas injeções com intervalo de quatro horas, é recomendada, mas essa droga se liga e inativa apenas a toxina circulante, que ainda não penetrou nas terminações nervosas (TAYLOR, 2010). O tratamento do botulismo em cães é baseado na terapia de suporte, incluindo principalmente hidratação, cuidados com a ventilação, manejo da disfagia e da retenção urinária, além de constante reposicionamento para evitar escaras de decúbito. (SILVA, R. O. S. et, al 2008) Se a ingestão recente está sob suspeita, esvaziamento do estômago e lavagens são úteis (HIRSH; ZEE, 1999). Laxantes e enemas podem auxiliar na remoção da toxina não absorvidas (CHRISMAN, 2005). Alguns cuidados de enfermagem com o paciente estão disponíveis na tabela 1: Tabela 1 Cuidados de enfermagem e fisioterapia para cães CUIDADOS DE ENFERMAGEM E FISIOTERAPIA PARA CÃES * Mantenha o animal sobre uma superfície limpa e acolchoada e vire-o para o lado oposto a cada 6 horas. * Monitore quanto a tosse, aumento de ruídos pulmonares e desconforto respiratório duas vezes ao dia (suspeita de pneumonia). * Monitore quanto a febre duas vezes ao dia. * Comprima a bexiga a cada 6 a 8 horas se for incapaz de urinar. * Use enemas ou amolecedores fecais para auxiliar na defecação, se for necessário * Mantenha a pele seca e livre de urina e fezes (aplique pomada repelente de águas em áreas perineais e abdominais caudais. * Pode-se precisar de lágrimas artificiais ou pomada lubrificante oftalmológicas se o reflexo palpebral estiver ausente. * Alimento de alta qualidade e água oferecido manualmente até que o cão consiga manter o decúbito esternal. * Massageie e realiza exercícios de extensão passiva e movimentos dos membros por 15minutos 3 a 4vezes por dia. * Administre banhos de turbilhonamento e permita natação diária. * Auxilie em tentativas de ficar em pé e sustentar o peso 3 a 4 vezes ao dia. * Caminhadas com tipoia podem começar quando algum movimento retornar Fonte: CHRISMAN et al, 2005, p. 212

19 Medidas de controle O botulismo é melhor prevenido pela diminuição do acesso à carne putrefata, não permissão ao consumo de carne crua ou comidas contaminadas e comidas inadequadamente cozidas (KRIEK; ODENDAAL,1994) Vacinar os animais com toxina de Clostridium botulinum tipo C protege, efetivamente contra o tipo C de intoxicação (CLOUB; CLOUGH, 2008). Há imunização disponível apenas para bovinos, caprinos e ovinos. Esses animais devem ser vacinados a partir do quarto mês de vida, revacinando os primovacinados quatro semanas após a primeira vacinação; a partir desse ponto, serão vacinados anualmente (BRASIL, 2002)

20 20 3 RELATO DE CASO O animal examinado tinha 4 anos, da raça Cane Corso, 30kg, que passava a maior parte do tempo em uma chácara na zona urbana de Petrolina, Pernambuco atendido na clínica veterinária ProntoVet no dia 15/03/2016. Animal apresentava esquema vacinal em dias, inclusive a anti-rábica e controle de ectoparasitas atualizada com o uso de coleira com deltametrina e propoxur (Leevre Ourofino). O proprietário relata que o animal apresentou incoordenação e que, logo, evoluiu para decúbito. Foi relatado, inclusive que, no dia anterior o animal teve acesso a uma carcaça de um ovino que foi abatido na propriedade. No exame clínico no dia 15/03/2016 o animal apresentou-se apático, em decúbito lateral, desidratação de 2% TPC de 3 segundos, linfonodos normais, mucosas normocoradas, frequência cardíaca e respiratória normais e temperatura 38,1ºC. Foi coletado amostra de sangue e urina para realização de hemograma e pesquisa de hemoparasitas e urinálise, onde não foram encontrados nenhuma alteração. A suspeita foi de botulismo, devido ao descarte de demais doenças e histórico de ingestão de carcaça apodrecida. Os sinais clínicos observados são sugestivos de botulismo e corroboram com relatos anteriores (DARKE et al., 1976; FARROW et al., 1983; BORS et al., 1988; BRUCHIM et al., 2006). O animal foi tratado com terapia de suporte de enfermagem e fisioterapia e antibioticoterapia, utilizando se cefalexina 900 mg (Celesporin 600mg-Ourofino), BID, durante 14 dias. O animal apresentou retorno dos movimentos inicialmente nos membros torácicos, o que é justificado pela paralisia ser ascendente e obteve cura total em 18 dias, dentro do prazo médio descrito por diversos autores. Mesmo com a troca de decúbito, foram desenvolvidas escaras e feridas de apoio devido ao longo tempo de internamento, que foram tratadas com pomada cicatrizante à base de alantoína e óxido de zinco (Alantol Vetnil)

21 21 CONCLUSÃO: O botulismo em cães pode ser considerado incomum. O risco da doença é maior em animais errantes ou de áreas rurais, que possam ter acesso à comida deteriorada ou carcaças decompostas. O prognóstico é bom quando não ocorrem complicações e animais que se recuperam não apresentam sequelas. 4 RERERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

22 22 BRASIL. Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Instrução Normativa nº 23, de 18 de Março de 2002 BRAUND, K.G. Distúrbios dos nervos periféricos. In: ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. (Ed) Tratado de medicina veterinária, moléstias do cão e do gato. São Paulo: Manole, Vol 1, seção VII, cap.85, p BORS, M.; VALENTINE, B.A.; LAHUNTA, A. Neuromuscular disease in a dog. The Cornell Veterinarian, Ithaca, v.78, n.4, p , BRUCHIM, Y.; STEINMAN, A.; MARKOVITZ, M. et al. Toxicological, bacteriological and serological diagnosis of botulism in a dog. Veterinary Record, London, v.158, n.22, p , CLOUB, D.R; CLOUGH, N.E.C.Correlation of Clostridium botulinum type C antitoxin titers in mink and guinea pigs to protection against type C intoxication in mink. Anaerobe, vol. 14,p , COLBACHINI, L.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; MARQUEZ, L.C. Intoxicação experimental de bovinos com toxina botulínica tipo D. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v.51, n.3, p , DARKE, P.G.; ROBERTS, T.A.; SMART, J.L. Et al Suspected botulism in foxhounds. Veterinary Record, London, v.99, n.6, p.99-99, 1976 DE PAULA, C.L. ; OLIVEIRA, F.C.; PINHEIRO, M.M. ; CAXITO, M.S. ; MORITA, E.L; MEGID, J.. Botulismo em cão: relato de caso. XI CONPAVET, 2011 ETINGER, S. J.; FEELDMAN, E. C.; Tratado de Medicina Interna Veterinária, 4ª ed., vol. 2, São Paulo: Manole, 1997.

23 23 FARROW, B.R.H.; MURRELL, W.G.; REVINGTON, M.L. et al. Type C botulism in young dogs. Australian Veterinary Journal, Kingston, v.60, n.12, p , HIRSH, D.C.; ZEE, Y.C. Os clostridios. In:. Microbiologia Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p JOHNSON, E.A.; MONTECUCCO, C. Botulism. In: ENGEL, A.G. (Ed). Handbook of clinical neurology. 3.ed. Elsevier, p KAHENA PEREIRA ALVES. Botulismo em cães: Uma doença da junção neuromuscular. PORTO ALEGRE monografia KRIEK, N.P.J.; ODENDAAL, M.W. Botulism. In: COETZER, J.A.W.; THOMSON, G.R., TUSTIN, R.C. Infectious Diseases of Livestock. Oxford Press, Cape Town, p LINDSTRÖM, M.; KORKEALA, H. Laboratory diagnostics of botulism. Clinical Microbiology Reviews, Washington, v.19, n.2, p , 2006 NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais, 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, NAFE, L.A. Selected Neurotoxins. Veterinary Clinics of North American: Small Animal Practice, St. Louis, v.18, n.3, p , QUINN, P.J., et. al. Gênero Clostridium. In:. Microbiologia veterinária e doenças infecciosas. Porto Alegre: Artmed, cap. 16, p REENE, C.E. Moléstias bacterianas. In: ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Tratado de medicina interna veterinária. 4.ed. São Paulo: Manole,. cap.6. p ROSSETTO, O. et al. Botulinum neurotoxins. Toxicon, v. 67, p , fev

24 24 SALVARANI, R de S. ALVES, M. L. SUZUKI, É. Y. ZAPPA, V. BOTULISMO EM CÃES - RELATO DE CASO Revista Científica Eletrônica de Meedicina Veterinária Ano VI Número 10 Janeiro de 2008 SIMPSON, L. The life history of a botulinum toxin molecule. Toxicon, vol. 68, p , março TAYLOR, S.M. Doença dos nervos periféricos e da junção neuromuscular. In: NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, parte 9, cap. 71, p TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Doenças microbianas do sistema nervoso. In:. Microbiologia. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, parte 4, cap. 22, p

25 25

26 26

BOTULISMO EM CÃES - RELATO DE CASO

BOTULISMO EM CÃES - RELATO DE CASO BOTULISMO EM CÃES - RELATO DE CASO SALVARANI, Renata de Sá ALVES, Maria Luiza SUZUKI, Érika Yuri Discentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FAMED - Garça - São Paulo ZAPPA, Vanessa Docente

Leia mais

BOTULISMO EM DOIS CANINOS: RELATO DE CASO 1 BOTULISM IN TWO DOGS: CASE REPORT

BOTULISMO EM DOIS CANINOS: RELATO DE CASO 1 BOTULISM IN TWO DOGS: CASE REPORT BOTULISMO EM DOIS CANINOS: RELATO DE CASO 1 BOTULISM IN TWO DOGS: CASE REPORT Jéssica Wizbicki De Oliveira 2, Hellen Fialho Hartmann 3, Cristiane Elise Teichmann 4, Roberta Carneiro Da Fontoura Pereira

Leia mais

Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública

Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública 70 Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública Botulismo em cão atendido no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá Relato de caso (Botulism in dog assisted at the Veterinary Hospital

Leia mais

caracterizada pela complexidade epidemiológica.

caracterizada pela complexidade epidemiológica. BOTULISMO ALIMENTAR 1 DTA: caracterizada pela complexidade epidemiológica.... um único caso da doença deve ser considerado um SURTO da doença. Maio Junho Produto Industrializado RJ Maio RJ Junho MG MG

Leia mais

Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Vigilância Epidemiológica do Botulismo

Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Vigilância Epidemiológica do Botulismo Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar Vigilância Epidemiológica do Botulismo Descrição Botulismo Doença neurológica Instalação súbita

Leia mais

IMPORTÂNCIAS DAS BACTÉRIAS

IMPORTÂNCIAS DAS BACTÉRIAS Cultura bacteriana A N T I B I O G R A M A IMPORTÂNCIAS DAS BACTÉRIAS * NA ECOLOGIA Ciclo do nitrogênio e decompositoras * NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCEA Vinagre, Queijos, Coalhadas, Iogurtes etc. * NA INDÚSTRIA

Leia mais

Doenças Transmitidas por Alimentos. Prof.: Alessandra Miranda

Doenças Transmitidas por Alimentos. Prof.: Alessandra Miranda Doenças Transmitidas por Alimentos Prof.: Alessandra Miranda Origem das Doenças Biológica Química Físicas Grupos Vulneráveis Crianças de 0 a 5 anos Mulheres grávidas Doentes e pessoas com baixa imunidade

Leia mais

BOTULISMO AGENTE ETIOLÓGICO:

BOTULISMO AGENTE ETIOLÓGICO: BOTULISMO O Botulismo é uma doença paralítica grave, causada pela liberação de neurotoxinas protéicas pelo Clostridium botulinum, bactéria anaeróbia obrigatória, gram-positiva, formadora de esporos subterminais,

Leia mais

CLOSTRIDIOSES EM AVES

CLOSTRIDIOSES EM AVES CLOSTRIDIOSES EM AVES Instituto Biológico Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola Greice Filomena Zanatta Stoppa CLOSTRIDIOSE Infecções provocadas por toxinas ou bactérias do gênero

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA BOTULISMO EM CÃES: UMA DOENÇA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR KAHENA PEREIRA ALVES PORTO ALEGRE 2013/1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Leia mais

Epidemiologia e microbiologia básica: Clostridium botulinum

Epidemiologia e microbiologia básica: Clostridium botulinum Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar Epidemiologia e microbiologia básica: Clostridium botulinum Greice Madeleine

Leia mais

Surto de Botulismo associado a tofu em conserva, RP, 2018

Surto de Botulismo associado a tofu em conserva, RP, 2018 Surto de Botulismo associado a tofu em conserva, RP, 2018 Dr Daniel Cardoso de Almeida e Araujo DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE RIBEIRÃO

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina VET171 Semiologia Veterinária

Programa Analítico de Disciplina VET171 Semiologia Veterinária 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Veterinária - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal Períodos

Leia mais

15/10/2009. Taxonomia: Família Clostridiacea. Gênero Clotridium ~ 150 espécies. Significado clínico: doenças neurotrópicas C. tetani (tétano) e C.

15/10/2009. Taxonomia: Família Clostridiacea. Gênero Clotridium ~ 150 espécies. Significado clínico: doenças neurotrópicas C. tetani (tétano) e C. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE BACTERIOLOGIA VETERINÁRIA Clostridium INTRODUÇÃO Taxonomia: Família Clostridiacea Gênero Clotridium ~ 150 espécies. PROF. RENATA F. RABELLO 2 o SEMESTRE/2009 Significado

Leia mais

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA)

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA) Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Departamento de Medicina Veterinária Preventiva Disciplina de Saúde Pública DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA) Francielle Liz Monteiro

Leia mais

Carbúnculo ou antraz Bacillus anthracis

Carbúnculo ou antraz Bacillus anthracis Carbúnculo ou antraz Bacillus anthracis CARBÚNCULO OU ANTRAZ (EM INGLÊS, ANTHRAX) É UMA DOENÇA INFECCIOSA AGUDA PROVOCADA PELA BACTÉRIA BACILLUS ANTHRACIS O NOME DA DOENÇA VEM DO GREGO, ANTHRAX, QUE QUER

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina VET375 Clínica Médica de Cães e Gatos

Programa Analítico de Disciplina VET375 Clínica Médica de Cães e Gatos Catálogo de Graduação 016 da UFV 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Veterinária - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: 6 Teóricas Práticas Total Duração em semanas:

Leia mais

Botulismo: o que é e como evitar a intoxicação alimentar que pode levar à morte

Botulismo: o que é e como evitar a intoxicação alimentar que pode levar à morte Botulismo: o que é e como evitar a intoxicação alimentar que pode levar à morte bbc.com/portuguese/geral-48341184 Image caption Conservas em mau estado e embalagens duvidosas - você saberia reconhecê-los?

Leia mais

Febre maculosa febre carrapato

Febre maculosa febre carrapato A febre maculosa, também conhecida como febre do carrapato é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é intracelular obrigatória e tem como vetor biológico o carrapato

Leia mais

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES RAIVA

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES RAIVA RAIVA O que é? A Raiva é uma enfermidade infecto-contagiosa causada por um RNA vírus, da família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus, que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC) de mamíferos provocando encefalomielite

Leia mais

CLOSTRIDIOSES. Clostridioses. Clostridioses. Clostridioses. Clostridioses. Clostridioses CLOSTRIDIOSE 22/06/2011. Solo. Vegetais Água.

CLOSTRIDIOSES. Clostridioses. Clostridioses. Clostridioses. Clostridioses. Clostridioses CLOSTRIDIOSE 22/06/2011. Solo. Vegetais Água. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DISCIPLINA: HIGIENE ANIMAL DOCENTE: JEAN BERG ALVES DA SILVA CLOSTRIDIOSES PRELECIONISTA: MANUELLA DE OLIVEIRA CABRAL ROCHA Etiologia Clostridium ssp. Mais de 150

Leia mais

[ERLICHIOSE CANINA]

[ERLICHIOSE CANINA] [ERLICHIOSE CANINA] 2 Erlichiose Canina A Erlichiose Canina é uma hemoparasitose causada pela bactéria Erlichia sp. Essa bactéria parasita, geralmente, os glóbulos brancos (neste caso, Erlichia canis)

Leia mais

DRA. DOLORES GONZALEZ FABRA

DRA. DOLORES GONZALEZ FABRA DRA. DOLORES GONZALEZ FABRA MÉDICA RESPONSÁVEL PELA DERMATOCOSMIATRIA DA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC. SERVIÇO DO PROF. LUIZ HENRIQUE C. PASCHOAL Musculatura de Expressão Facial x Toxina Botulínica Dra

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina VET340 Doenças Bacterianas

Programa Analítico de Disciplina VET340 Doenças Bacterianas 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Veterinária - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: 5 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 3 5

Leia mais

GONORRÉIA SÍFILIS PNEUMONIA TÉTANO TUBERCULOSE FEBRE TIFÓIDE BOTULISMO MENINGITE MENINGOCÓCICA CÓLERA HANSENÍASE DIFTERIA e COQUELUCHE

GONORRÉIA SÍFILIS PNEUMONIA TÉTANO TUBERCULOSE FEBRE TIFÓIDE BOTULISMO MENINGITE MENINGOCÓCICA CÓLERA HANSENÍASE DIFTERIA e COQUELUCHE GONORRÉIA SÍFILIS PNEUMONIA TÉTANO TUBERCULOSE FEBRE TIFÓIDE BOTULISMO MENINGITE MENINGOCÓCICA CÓLERA HANSENÍASE DIFTERIA e COQUELUCHE Gonorréia É causada pelo gonococo (Neisseriagonorrhoeae), bactéria

Leia mais

Clostridioses em Bovinos

Clostridioses em Bovinos Clostridioses em Bovinos Capacitação Continuada de Técnicos da Cadeia Produtiva do Leite Várzea Grande, 4 de outubro de 2011 Pedro Paulo Pires pedropaulo@cnpgc.embrapa.br O grupo de infecções e intoxicações

Leia mais

Estudo de segurança do Trissulfin SID (400 mg) administrado em gatos jovens e adultos pela via oral durante 21 dias consecutivos.

Estudo de segurança do Trissulfin SID (400 mg) administrado em gatos jovens e adultos pela via oral durante 21 dias consecutivos. Estudo de segurança do Trissulfin SID (400 mg) administrado em gatos jovens e adultos pela via oral durante 21 dias consecutivos. (Resumo de dados) O estudo foi conduzido no gatil da Fazenda Experimental

Leia mais

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1 Denominações Correspondentes: Doenças Transmitidas por Água e Alimentos (DTAs) Doenças Veiculadas por Água e Alimentos Enfermidades Veiculadas por Água e Alimentos

Leia mais

OTOTOXICIDADE DO AMINOGLICOSÍDEO

OTOTOXICIDADE DO AMINOGLICOSÍDEO OTOTOXICIDADE DO AMINOGLICOSÍDEO ALMENARA, Fabrício S. RIBEIRO, Letícia MATSUNO, Roldy M.S. LOPES, Romulo M.Gomes OLIVEIRA, Tatiane Santos PEREIRA, Daniela mello Docente Veterinária FAMED Garça RESUMO

Leia mais

Bacterioses: Aula Programada Biologia. Prof. : Chico Pires

Bacterioses: Aula Programada Biologia. Prof. : Chico Pires : Aula Programada Biologia Prof. : Chico Pires Difteria (crupe) Agente Etiológico: Corynebacterium diphtheriae Forma de transmissão: Pelo ar contaminado e pela saliva Sintomas: Inflamação das tonsilas

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Caxumba = Parotidite Infecciosa aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares,

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Tétano Acidental: causa: ação exotoxinas produzidas pelo bacilo tetânico = provoca hiperexcitabilidade do sistema nervoso

Leia mais

TÉTANO EM CORDEIRO RELATO DE CASO

TÉTANO EM CORDEIRO RELATO DE CASO 69 ISSN: 23170336 TÉTANO EM CORDEIRO RELATO DE CASO KILIAN, S. 1 ; CORREA, E. B. 2 Resumo: O presente trabalho relata um caso de tétano em um cordeiro, macho, Dorper, com 12 dias de vida, submetido a pastejo

Leia mais

Profilaxia da Raiva Humana

Profilaxia da Raiva Humana GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Leia mais

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Soroprevalência

Leia mais

ASSISTA AO VÍDEO DO PRIMEIRO MINUTO AO 22 MINUTO E RESPONDA ÀS SEGUINTES PERGUNTAS:

ASSISTA AO VÍDEO DO PRIMEIRO MINUTO AO 22 MINUTO E RESPONDA ÀS SEGUINTES PERGUNTAS: TÍTULO: TUDO SOBRE: BACTÉRIAS DURAÇÃO: 60 min GRAU: 5-8, 9-12 MATÉRIAS: FÍSICA, BIOLOGIA E QUÍMICA DESCRIÇÃO Parece que estamos falando de um roteiro de filme de terror quando o assunto é o ataque de bactérias

Leia mais

Doenças causadas por bactérias

Doenças causadas por bactérias Doenças causadas por bactérias Meningite Agente etiológico: Neisseria meningitidis (meningococo). Inflamação das meninges (membranas que cobrem o cérebro e a medula). Sintomas Febre; Dor de cabeça; Rigidez

Leia mais

Estudo de segurança do Trissulfin SID (400 mg e 1600 mg) administrado em cães adultos e filhotes pela via oral durante 21 dias consecutivos.

Estudo de segurança do Trissulfin SID (400 mg e 1600 mg) administrado em cães adultos e filhotes pela via oral durante 21 dias consecutivos. Estudo de segurança do Trissulfin SID (400 mg e 1600 mg) administrado em cães adultos e filhotes pela via oral durante 21 dias consecutivos. (Resumo de dados) O estudo foi conduzido no Canil Experimental

Leia mais

SISTEMA NERVOSO neurônio dendrito, corpo celular, axônio e terminações do axônio sinapses

SISTEMA NERVOSO neurônio dendrito, corpo celular, axônio e terminações do axônio sinapses SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO Responsável pela maioria das funções de controle de um organismo, integrando todos os sistemas, coordenando e regulando as atividades corporais. Unidade funcional:neurônio.

Leia mais

Vigilância Sanitária de Alimentos. Bactérias causadoras de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)- II

Vigilância Sanitária de Alimentos. Bactérias causadoras de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)- II Vigilância Sanitária de Alimentos Bactérias causadoras de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)- II Clostridium perfringens Intestino Microbiota normal Solo Água Produto cárneo Clostridium perfringens

Leia mais

Imagem da Semana: Tomografia computadorizada (TC)

Imagem da Semana: Tomografia computadorizada (TC) Imagem da Semana: Tomografia computadorizada (TC) Imagem 01. Tomografia computadorizada de tórax/mediastino sem contraste: corte axial. Imagem 02. Tomografia computadorizada de tórax/mediastino sem contraste:

Leia mais

Clostridiose Alimentar (C. perfringens)

Clostridiose Alimentar (C. perfringens) CLOSTRIDIOSE ALIMENTAR (C. botulinum) Clostridiose Alimentar (C. perfringens) Nomes populares Clostridium perfringens Agente causador Clostridium perfringens Espécies acometidas Aves e mamíferos. Sintomas

Leia mais

Professora Especialista em Patologia Clínica UFG. Rua 22 s/n Setor aeroporto, CEP: , Mineiros Goiás Brasil.

Professora Especialista em Patologia Clínica UFG. Rua 22 s/n Setor aeroporto, CEP: , Mineiros Goiás Brasil. 1 OCORRÊNCIA DE CASOS DE CINOMOSE DIAGNOSTICADOS NO MUNICÍPIO DE MINEIROS-GO Juciene Silva Oliveira 1, Marinara Lemos 1, Emília da Costa Garcia 1, Karla Irigaray Nogueira Borges 2 1 Acadêmicas do Curso

Leia mais

DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C.

DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C. BOTULISMO CID 10: A 05.1 DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C. Marcon CARACTERÍSTICAS GERAIS DESCRIÇÃO Doença

Leia mais

AVALIAÇÃO E CONTROLE DA TEMPERATURA

AVALIAÇÃO E CONTROLE DA TEMPERATURA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM 1 AVALIAÇÃO E CONTROLE DA TEMPERATURA Prof. Dra. Vanessa de Brito Poveda 2017 OBJETIVOS 2 Conceituar temperatura corporal; Identificar os parâmetros de normalidade

Leia mais

TECIDO NERVOSO (parte 2)

TECIDO NERVOSO (parte 2) TECIDO NERVOSO (parte 2) Profª Patrícia Mendes Disciplina: Histologia Geral e Embriologia Curso: Medicina Veterinária www.faculdadevertice.com.br Propagação do impulso nervoso A membrana do axônio permite

Leia mais

9º ano em AÇÃO. Assunção contra o mosquito!

9º ano em AÇÃO. Assunção contra o mosquito! Paz e Bem 9º ano em AÇÃO Assunção contra o mosquito! Informações sobre o mosquito Mosquito doméstico Hábitos Reprodução Transmissão vertical DENGUE Transmissão: principalmente pela picada do mosquito

Leia mais

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1 Denominações Correspondentes: Doenças Transmitidas por Água e Alimentos (DTAs) Doenças Veiculadas por Água e Alimentos Enfermidades Veiculadas por Água e Alimentos

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva. Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva. Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) A nossa comida é segura? Segurança de Alimentos = Alimentos sem Perigos à Saúde do Consumidor

Leia mais

Comunicado72 ISSN

Comunicado72 ISSN Comunicado72 ISSN 1517-8862 Técnico Dezembro/2004 Seropédica/RJ O Botulismo dos Bovinos e o seu Controle Jürgen Döbereiner 1 Iveraldo Dutra 2 O botulismo é uma intoxicação não febril, geralmente fatal,

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Veterinária Disciplina de Doenças metabólicas DOENÇAS METABÓLICAS

Universidade Federal de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Veterinária Disciplina de Doenças metabólicas DOENÇAS METABÓLICAS Universidade Federal de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Veterinária Disciplina de Doenças metabólicas DOENÇAS METABÓLICAS Lourdes Caruccio Hirschmann Julho, 2016 Transtornos relacionados ao metabolismo

Leia mais

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS Colégio Energia Barreiros 1º Ano Professor João DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS Arboviroses (transmitidas por artrópodes) DENGUE Agente etiológico: flavivírus; Vetor: mosquito Aedes aegypti (principal); Transmissão:

Leia mais

AVALIAÇÃO E CONTROLE DA TEMPERATURA

AVALIAÇÃO E CONTROLE DA TEMPERATURA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM 1 AVALIAÇÃO E CONTROLE DA TEMPERATURA Prof. Dra. Vanessa de Brito Poveda 2018 OBJETIVOS 2 Conceituar temperatura corporal; Identificar os parâmetros de normalidade

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Nos EUA,

Leia mais

Carteira de VETPRADO. Hospital Veterinário 24h.

Carteira de VETPRADO. Hospital Veterinário 24h. Carteira de Carteira de VETPRADO Hospital Veterinário 24h www.vetprado.com.br Esquema de VacinaçãoGatos V5 Panleucopenia - Rinotraqueíte - Calicivirose Clamidiose - Leucemia Felina 90Dias 111Dias Raiva

Leia mais

REABILITAÇÃO FÍSICA EM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA NA FASE AGUDA

REABILITAÇÃO FÍSICA EM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA NA FASE AGUDA 90 REABILITAÇÃO FÍSICA EM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA NA FASE AGUDA Cristiana Gomes da Silva Orientação: Fisioterapeuta Serginaldo José dos Santos Orientação Metodológica: Prof. Ms. Heitor Romero Marques

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO DISICIPLINA FISIOLOGIA HUMANA Período 2º PROFESSOR (a) Alexandre Batista

Leia mais

Pesquisa Institucional desenvolvida no Departamento de Estudos Agrários, pertencente ao Grupo de Pesquisa em Saúde Animal, da UNIJUÍ 2

Pesquisa Institucional desenvolvida no Departamento de Estudos Agrários, pertencente ao Grupo de Pesquisa em Saúde Animal, da UNIJUÍ 2 ESTUDO RETROSPECTIVO DE CASOS CLÍNICOS EM BOVINOS ATENDIDOS NOS ESTÁGIOS CLÍNICOS EM MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIJUÍ 1 RETROSPECTIVE STUDY OF CLINICAL CASES IN BOVINE ANIMALS DURING CLINICAL STAGES IN VETERINARY

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N 53/2012 Altera a Resolução nº 65/2007 e a Portaria PRG/G/nº 01/2012 que fixam a composição

Leia mais

Exercícios de Coordenação Nervosa

Exercícios de Coordenação Nervosa Exercícios de Coordenação Nervosa 1. Observe a estrutura do neurônio abaixo e marque a alternativa correta: Esquema simplificado de um neurônio a) A estrutura indicada pelo número 1 é o axônio. b) A estrutura

Leia mais

Patologia Clínica e Cirúrgica

Patologia Clínica e Cirúrgica V e t e r i n a r i a n D o c s Patologia Clínica e Cirúrgica Prolapso Retal Definição É uma enfermidade caracterizada pela protrusão de uma ou mais camadas do reto através do ânus. Ele pode ser parcial

Leia mais

Sistema Nervoso Central e Periférico

Sistema Nervoso Central e Periférico Sistema Nervoso O sistema nervoso é responsável por coordenar todas as funções do organismo, desde jogar futebol e assistir a um filme até piscar os olhos ou chorar. As informações vêm de todas as partes

Leia mais

Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase

Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase Projeto: Atualização em Farmacologia Básica e Clínica Curso: Farmacologia Clínica do Sistema Nervoso Autônomo Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase Prof. Dr. Gildomar

Leia mais

DTA ESTAFILOCÓCICA. Intoxicação alimentar típica causada por enterotoxinas estafilocócicas;

DTA ESTAFILOCÓCICA. Intoxicação alimentar típica causada por enterotoxinas estafilocócicas; INTRODUÇÃO: Intoxicação alimentar típica causada por enterotoxinas estafilocócicas; Principal espécie envolvida nos surtos é Staphylococcus aureus; Na legislação de alimentos: Estafilococos de Grupo Coagulase

Leia mais

PLANO DE CURSO 2. EMENTA:

PLANO DE CURSO 2. EMENTA: PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Fisiologia e Biofísica Professor: Rafaell Batista Pereira E-mail: rafaell.pereira@fasete.edu.br Código: Carga Horária:

Leia mais

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Fisiologia e Biofísica

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Fisiologia e Biofísica PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Fisiologia e Biofísica Professor: Rafaell Batista Pereira E-mail: rafaell.pereira@fasete.edu.br Código: Carga Horária:

Leia mais

Zoonoses SALMONELOSE ETIOLOGIA ETIOLOGIA ETIOLOGIA 17/06/2011. Salmonelose Leptospirose Tuberculose

Zoonoses SALMONELOSE ETIOLOGIA ETIOLOGIA ETIOLOGIA 17/06/2011. Salmonelose Leptospirose Tuberculose Zoonoses Salmonelose Leptospirose Tuberculose SALMONELOSE EDINAIDY SUIANNY ROCHA DE MOURA MENEZES É uma doença infecciosa provocada por um grupo de bactérias do gênero Salmonella, que pertencem à família

Leia mais

POSTEC. Apsen Farmacêutica S.A. Pomada

POSTEC. Apsen Farmacêutica S.A. Pomada POSTEC Apsen Farmacêutica S.A. Pomada POSTEC hialuronidase + valerato de betametasona APSEN FORMA FARMACÊUTICA Pomada APRESENTAÇÕES Pomada com 2,5 mg de valerato de betametasona e 150 UTR de hialuronidase

Leia mais

BOTULISMO. Doença da Vaca Caída Doença da Mão Dura Mal das Palhadas Mal do Alegrete Brabeza (do latim botulus=salsicha) BOTULISMO

BOTULISMO. Doença da Vaca Caída Doença da Mão Dura Mal das Palhadas Mal do Alegrete Brabeza (do latim botulus=salsicha) BOTULISMO BOTULISMO Doença da Vaca Caída Doença da Mão Dura Mal das Palhadas Mal do Alegrete Brabeza (do latim botulus=salsicha) BOTULISMO Trata-se de uma intoxicação causada pela ingestão de neurotoxinas (BoNTs)

Leia mais

Leandro Nagae Kuritza Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR

Leandro Nagae Kuritza Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR Leandro Nagae Kuritza Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR Doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium spp. Clostridium botulinum Botulismo; Clostridium perfringens Enterite necrótica; Clostridium

Leia mais

BOTULISMO. A notificação de um caso suspeito é considerado surto e emergência de saúde pública.

BOTULISMO. A notificação de um caso suspeito é considerado surto e emergência de saúde pública. BOTULISMO Aspectos Gerais É uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Há três formas de botulismo: botulismo

Leia mais

ESPOROTRICOSE EM FELINOS DOMÉSTICOS

ESPOROTRICOSE EM FELINOS DOMÉSTICOS ESPOROTRICOSE EM FELINOS DOMÉSTICOS MONTEIRO, Héllen Renata Borges TANENO, Joyce Costa Discentes da Faculdade de Zootecnia e Medicina Veterinária de Garça SP, FAMED/FAEF, UNITERRA hellen_monteiro@zipmail.com.br

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA PÓS DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS E COLONOSCÓPIOS DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE SÃO PAULO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO:

Leia mais

ESTUDO RETROSPECTIVO DE 81 AFECÇÕES POR PROTEUS MIRABILIS E PROTEUS VULGARIS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO (2003 A 2013)

ESTUDO RETROSPECTIVO DE 81 AFECÇÕES POR PROTEUS MIRABILIS E PROTEUS VULGARIS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO (2003 A 2013) 1 ESTUDO RETROSPECTIVO DE 81 AFECÇÕES POR PROTEUS MIRABILIS E PROTEUS VULGARIS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO (2003 A 2013) RETROSPECTE STUDY OF PROTEUS MIRABILIS AND PROTEUS VULGARIS INFECTIONS IN LIVESTOCK (2003

Leia mais

Orientações para Notificação / Investigação de casos suspeitos de Sarampo (CID 10: B05)

Orientações para Notificação / Investigação de casos suspeitos de Sarampo (CID 10: B05) PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE PROMOÇÃO, ATENÇÃO PRIMÁRIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE COORDENAÇÃO DE ÁREA PROGRAMÁTICA 5.1 DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Leia mais

Gastroenterite. Karin Aula 04

Gastroenterite. Karin Aula 04 Gastroenterite Karin Aula 04 A gastroenterite é uma infecção da mucosa do tubo digestivo do estômago e do intestino. A gastroenterite pode frequentemente provocar uma forte desidratação. É uma infecção

Leia mais

ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO

ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes

Leia mais

Coordenação Nervosa Cap. 10. Prof. Tatiana Outubro/ 2018

Coordenação Nervosa Cap. 10. Prof. Tatiana Outubro/ 2018 Coordenação Nervosa Cap. 10 Prof. Tatiana Outubro/ 2018 Função Responsável pela comunicação entre diferentes partes do corpo e pela coordenação de atividades voluntárias ou involuntárias. Neurônios A célula

Leia mais

Tetania da. Lactação e das. Pastagens

Tetania da. Lactação e das. Pastagens Tetania da Lactação e das Pastagens Tetania da Lactação e das Pastagens Hipomagnesemia Conjunto de fatores: Desequilíbrio da ingestão e excreção de Mg Estresse - esteróides endógenos Cátions com ação neuromuscular

Leia mais

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico M.Sc. Prof.ª Viviane Marques Fonoaudióloga, Neurofisiologista, Mestre em Fonoaudiologia, Doutoranda em Psicnálise, Saúde e Sociedade. O acidente vascular

Leia mais

Doenças do Sistema Nervoso

Doenças do Sistema Nervoso SISTEMA NERVOSO Doenças do Sistema Nervoso Alzheimer degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais frequente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar,

Leia mais

Concurso: Clínica Médica de Animais de Produção Edital Nº 08 de 19 de fevereiro de 2018

Concurso: Clínica Médica de Animais de Produção Edital Nº 08 de 19 de fevereiro de 2018 Concurso: Clínica Médica de Animais de Produção Edital Nº 08 de 19 de fevereiro de 2018 Área: Clínica e Cirurgia Animal (Código CNPq 5.05.01.00-3) Subárea: Clínica Veterinária (CNPq 5.05.01.06-2) Titulação:

Leia mais

Toxina Botulínica & Preenchimento Orofacial

Toxina Botulínica & Preenchimento Orofacial Toxina Botulínica & Preenchimento Orofacial Introdução Na nova área de estética orofacial, tal como acontece em outras áreas da odontologia, diagnóstico e planejamento são indispensáveis para a excelência

Leia mais

ESTUDO RETROSPECTIVO DE 267 AFECÇÕES POR PROTEUS MIRABILIS E PROTEUS VULGARIS EM CÃES (2003 A 2013)

ESTUDO RETROSPECTIVO DE 267 AFECÇÕES POR PROTEUS MIRABILIS E PROTEUS VULGARIS EM CÃES (2003 A 2013) 1 ESTUDO RETROSPECTIVO DE 267 AFECÇÕES POR PROTEUS MIRABILIS E PROTEUS VULGARIS EM CÃES (2003 A 2013) RETROSPECTE STUDY OF PROTEUS MIRABILIS AND PROTEUS VULGARIS INFECTIONS IN DOGS (2003 TO 2013) MÁRCIO

Leia mais

A incidência do Botulismo no Brasil, entre 1999 e 2008

A incidência do Botulismo no Brasil, entre 1999 e 2008 SALGUEIRO, P. V. B.; DOMINGUES, P. S. T. A Incidência do Botulismo no Brasil entre 1999 e 2008 / Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP / Journal of Continuing Education

Leia mais

Pneumonia (Pneumonia Humana) (compilado por Luul Y. Beraki)

Pneumonia (Pneumonia Humana) (compilado por Luul Y. Beraki) Pneumonia (Pneumonia Humana) (compilado por Luul Y. Beraki) Pneumonia A pneumonia é uma inflamação do pulmão. Comumente ocorre em todas as faixas etárias. É a principal causa de morte entre idosos e pessoas

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

Bacterioses. Prof. Wbio

Bacterioses. Prof. Wbio Bacterioses Prof. Wbio Toxinas produzidas por cinaobactérias Microcistinas hepatotóxicas ( encontradas em várias espécies em todo o planeta); Nodularin - primeira toxina descoberta de cianobactéria causou

Leia mais

Prof. Diogo Mayer Fernandes Clínica Cirúrgica Medicina Veterinária Faculdade Anhanguera de Dourados

Prof. Diogo Mayer Fernandes Clínica Cirúrgica Medicina Veterinária Faculdade Anhanguera de Dourados Prof. Diogo Mayer Fernandes Clínica Cirúrgica Medicina Veterinária Faculdade Anhanguera de Dourados CONCEITOS E DEFINIÇÕES HÉRNIAS ABDOMINAIS INTERNAS Passagem de conteúdo abdominal por um orifício interno

Leia mais

12/03/2018 GRANDES ANIMAIS

12/03/2018 GRANDES ANIMAIS 1 2 3 GRANDES ANIMAIS Manutenção da Vida Volume : 45% células sangüíneas 55% plasma Células : hemácias, leucócitos, plaquetas Plasma : 90% água 1% (potássio, sódio, ferro, cálcio) 7% (albumina, imunoglobulinas,

Leia mais

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO Controle do funcionamento do ser humano através de impulsos elétricos Prof. César Lima 1 Sistema Nervoso Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Perceber e

Leia mais

SISTEMA NERVOSO. Prof.ª Leticia Pedroso

SISTEMA NERVOSO. Prof.ª Leticia Pedroso SISTEMA NERVOSO Prof.ª Leticia Pedroso SISTEMA NERVOSO Formado por bilhões de NEURÔNIOS, células especializadas, que transmitem e recebem mensagens interligando os centros nervosos aos órgãosgerando impulsos

Leia mais

Fluidoterapia. Vias de Administração. Fluidoterapia. Fluidoterapia. Fluidoterapia. Fluidoterapia. Enteral Via oral Via intra retal

Fluidoterapia. Vias de Administração. Fluidoterapia. Fluidoterapia. Fluidoterapia. Fluidoterapia. Enteral Via oral Via intra retal Vias de Administração Enteral Via oral Via intra retal Parenteral Via Subcutânea Via Intramuscular Via endovenosa Via Intra Óssea Via Intra Cardíaca Via Intra Traqueal Via Epidural Via Subaracnóidea Via

Leia mais

Fisiologia Animal. Sistema Nervoso. Professor: Fernando Stuchi

Fisiologia Animal. Sistema Nervoso. Professor: Fernando Stuchi Fisiologia Animal Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi Sistema Nervoso Exclusivo dos animais, vale-se de mensagens elétricas que caminham pelos nervos mais rapidamente que os hormônios pelo sangue.

Leia mais

Alterações no Trato Urinário

Alterações no Trato Urinário Alterações no Trato Urinário PPCSA Profª Daniele C D Zimon Profª Adriana Cecel Guedes Aparelho Urinário Rim Infecções do Trato Urinário As infecções do trato urinário (ITUs) são causadas por micoorganismos

Leia mais

CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA CAROLINE CELA GERON¹, FLÁVIA NESI MARIA¹ ¹Residentes do H.V. da Universidade Estadual do Norte do Paraná

CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA CAROLINE CELA GERON¹, FLÁVIA NESI MARIA¹ ¹Residentes do H.V. da Universidade Estadual do Norte do Paraná 1 CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA CAROLINE CELA GERON¹, FLÁVIA NESI MARIA¹ ¹Residentes do H.V. da Universidade Estadual do Norte do Paraná RESUMO: A ceratoconjuntivite infecciosa bovina é considerada

Leia mais

Músculo esquelético. Dinâmica da contração muscular. Biofísica 2018 / Ciências Biológicas / FCAV UNESP

Músculo esquelético. Dinâmica da contração muscular. Biofísica 2018 / Ciências Biológicas / FCAV UNESP Músculo esquelético Dinâmica da contração muscular Biofísica 2018 / Ciências Biológicas / FCAV UNESP Vias de comunicação do sistema nervoso Transmissão Via aferente Processamento SNC Transmissão Via eferente

Leia mais

CÉLULAS NERVOSAS NEURÔNIO. O tecido nervoso é constituído de dois tipos de células: neurônio e neuróglia (células da glia)

CÉLULAS NERVOSAS NEURÔNIO. O tecido nervoso é constituído de dois tipos de células: neurônio e neuróglia (células da glia) CÉLULAS NERVOSAS O tecido nervoso é constituído de dois tipos de células: neurônio e neuróglia (células da glia) NEURÔNIO Corpo celular local onde estão presentes o núcleo, o citoplasma e estão fixados

Leia mais

Sarampo. Transmissão Sintomas Tratamento Vacinação e Prevenção

Sarampo. Transmissão Sintomas Tratamento Vacinação e Prevenção Sarampo Transmissão Sintomas Tratamento Vacinação e Prevenção O que é O Sarampo é uma doença grave, causada por vírus e extremamente contagiosa. Como ocorre a transmissão: De forma direta, de pessoa para

Leia mais