QUEIJO ARTESANAL DA SERRA DA CANASTRA, PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "QUEIJO ARTESANAL DA SERRA DA CANASTRA, PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO"

Transcrição

1 QUEIJO ARTESANAL DA SERRA DA CANASTRA, PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO ANA ALICE SILVEIRA CORRÊA 1 SUELY SANI PEREIRA QUINZANI 2 VINICIUS MARTINI CAPOVILLA 3 1 HISTÓRIA DO QUEIJO O queijo é um dos alimentos mais antigos da história da humanidade. De acordo com Harbutt (2010) existem evidências de fabricação de queijo desde o ano a.c. que teria sido descoberto por acaso. Atribui-se sua descoberta a um mero acidente, restos de leite que ficaram aquecidos junto ao fogo e guardados num saco feito com o estômago de um animal teriam coalhado, o que causou a separação ou coagulação dos sólidos, a coalhada, e do líquido, o soro. Desta forma, descobriu-se que um alimento valioso, o leite, poderia ser conservado em forma de queijo e que o coalho encontrado no estômago do animal produtor de leite era o elemento coagulador. Harbutt (2010) explica que hoje, cerca de anos depois, faz-se queijo no mundo inteiro com todos os tipos de leite, ou seja, de rena na Lapônia, de búfalo na Austrália e até de iaque no reino do Butão. De acordo com a autora, embora o leite tenha mais ou menos o mesmo gosto em todo mundo, a diversidade de texturas, sabores e aromas dos queijos é quase infinita e é possível fazer praticamente qualquer queijo em qualquer lugar do mundo. Hoje, o tamanho, a forma e o leite dos queijos são determinados por fatores externos, tradições 1 Formada em gastronomia, Cozinheiro Chefe Internacional pelo Senac, Formada em Confeitaria Profissional pelo Senac, Pós graduada em Docência do Ensino Superior pelo Senac, Pós graduada em Cozinha Brasileira pelo Senac, formada em Letras pela Faculdade N.S.Medianeira, formada em Análise de Sistemas pela IBM Brasil. 2 Advogada, formada em Direito pela Universidade de São Paulo; formada em gastronomia pelo Centro Universitário Nossa Sra do Patrocínio; pós graduada em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário Nossa Sra do Patrocínio; pós graduada em Cozinha Brasileira pelo Senac São Amaro, sommelier em vinhos pelo Senac Águas de São Pedro e ABS-SP. 3 Pós Graduado em Cozinha Brasileira pelo SENAC-SP, Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Formado em Tecnologia em Gastronomia pelo SENAC SP, é sócio proprietário da Saperian, agencia que trabalha gastronomia pelo viés cultural. Ministrou palestras sobre ingredientes nacionais na Fundación Alicia, Barcelona - Espanha. Hoje atua na implantação de uma Escola de Gastronomia e Hospitalidade junto ao Governo do Estado do Acre, no desenvolvimento de viagens enogastronômicas pela empresa Degustadores Sem Fronteiras, na produção do programa de TV Fominha, para o canal GNT, e dos eventos externos da chef Ana Luiza Trajano.

2 2 históricas e o terreno. As nuances de textura e sabor são determinadas pela matéria-prima, ou seja, tipo e raça do animal, solo, clima e microclima, e ainda, pela inventividade do queijeiro. De acordo com a autora, o clima, o solo e seus minerais determinam a flora que cresce no lugar, determinando o sabor do leite. O animal e seus hábitos de pastagem e sua raça também influenciam com os teores de gordura das vacas de diferentes raças e o microclima dá o toque final. Bolores e fermentos pequeninos e coloridos levados pelo vento tratam de caracterizar a coalhada, oferecendo desta forma a mágica do queijo (HARBUTT, 2010). Porém, A habilidade do queijeiro é fundamental para a fabricação de um queijo de qualidade. De acordo com Leandro (2011), sem as habilidades de um queijeiro, de nada adiantam cuidados com a escolha do leite, da água, das instalações e dos fermentos lácteos. 2 O QUEIJO DE MINAS No Brasil, o queijo de Minas é parte da nossa cultura e sobre tudo do mineiro. O Estado de Minas Gerais possui atributos únicos que diferenciam este queijo, culturalmente, do resto do país. Trazido pelos colonizadores portugueses, o queijo de Minas conquistou uma produção artesanal peculiar que envolve técnica, arte e inventividade, impondo-se como valor cultural. A Serra da Canastra é uma das cinco micro regiões mineiras produtoras do queijo tipo Serra da Canastra (Figura 01), cuja tradição e cultura está enraizada no dia a dia da comunidade. O queijo é um elemento cultural na alimentação, ao lado de tradições como a cachaça e o consumo da carne de porco fazendo parte diariamente da composição alimentar da região. O ofício de queijeiro é exemplificado nas palavras de Pires (2013, p.148) como: habilidades de paciência na lida com os insumos do queijo, de cuidados enfadonhos na manipulação da massa, de meticulosa medição de ingredientes, persistência e delicadeza na capacidade de percepção de reações mínimas do conjunto de microrganismos presentes no queijo. Outras habilidades importantes são pontualidade calculada pela altura do sol, cuidados de higienização pessoal e da queijaria, capacidade de solidão para proceder ao ritual quase em retiro, de senso estético para a garantia da plasticidade do produto, vocação para o ofício, o que faz com que o queijeiro faça de cada queijo uma peça de arte, sempre igual e diferente.

3 3 Figura 1 - Mapa das microrregiões produtoras de queijo artesanal de Minas Gerais Fonte: Blog do Queijo Minas Artesanal 4 A Serra da Canastra é uma cadeia montanhosa localizada no centro-sul do estado de Minas Gerais, nas proximidades dos municípios de Delfinópolis, Sacramento e São Roque de Minas. Está a cerca de 310 quilômetros de distância de Belo Horizonte e a cerca de 530 quilômetros de São Paulo. A Serra da Canastra tem o formato de baú, daí a origem do nome, pois canastra é um tipo de baú antigo. O Rio São Francisco nasce próximo a cachoeira D Anta no Parque Nacional da Serra da Canastra, a 14 quilômetros antes de sua queda principal. O parque protege um cenário de beleza rara em biodiversidade, com vegetação de transição entre a borda da mata Atlântica e o Cerrado, com predomínio de campos de altitude que abrigam espécies da fauna e flora do cerrado brasileiro. Os primeiros habitantes da região foram os índios Cataguases, que apesar da fama de ferozes foram dizimados pelos brancos no século XVII. Depois vieram os negros fugidos que 4 Disponível em < Acesso em 20 jun

4 formaram quilombos na Serra da Canastra. O mais conhecido foi Pai Inácio que dizem ter sido tão grande e importante quanto o de Palmares (SERRA DA CANASTRA, 2011). Num dos munícipios visitado na região, São Roque de Minas, com produtores de queijos artesanais premiados, a vida econômica se baseia na produção do queijo de canastra há 300 anos. O rebanho bovino desse município é de aproximadamente 50 mil cabeças, sem uma raça definida. Lá, encontra-se a mistura de raças leiteiras Caracu, Giroranda e Holandesa, originando o que os produtores de queijo denominam gado de pé chato, ou seja, um gado leiteiro oriundo da própria região. A segunda maior atividade em importância é o café, cuja área de plantio cresceu muito nos últimos anos. Município com atividade essencialmente agrícola de subsistência familiar, possui uma população rural, que em 1970 representava quase 77% do total dos moradores e passou a representar 56% em 1991 e 41% no ano de São Roque de Minas possui uma população de habitantes de acordo com o censo de 2000 e apesar do perfil agrícola a cidade passa por um êxodo rural expressivo como a maioria dos municípios brasileiros. 5 O queijo da Canastra é uma tradição alimentar advinda da colonização, quando a pecuária foi introduzida no Brasil nos primeiros anos da colonização. O gado era proveniente das Ilhas de Cabo Verde e foi introduzido na Bahia e em Pernambuco por Tomé de Souza. Inicialmente, destinava-se a suprir a alimentação da população vinculada à atividade da cana de açúcar. De acordo com Pires (2013), no século XVII, os baianos e pernambucanos instalaram uma verdadeira saga de currais, espalhando fazendas de gado ao longo do Rio São Francisco. O caminho dos currais do Rio São Francisco foi construído para comercialização do gado que descia ao interior mineiro e era também, a rota das fazendas de gado ao porto de Salvador. Pode-se dizer que o século XVII corresponde a um período de expansão dos currais de gado pelo sertão do país, que se acentua no século XVIII e nessas circunstâncias a pecuária se apresenta como uma atividade econômica complementar. Com o declínio da atividade açucareira no Nordeste, os colonizadores ávidos por riquezas, partem para as regiões mineiras do Brasil Central e na região central do sudeste, hoje, atual estado de Minas. Essa atividade de 5 < parque-nacional-da-serra-da-canastra/55361-parque-nacional-da-serra-da-canastra/5146/5044>; < Acesso em 20 jun

5 mineração intensifica a criação de gado, como base de sobrevivência nas minas que enfrentavam dificuldades de abastecimento alimentar. Pires (2013), ainda, determina que registros históricos relatam que o gado bovino e equino era trazido da Bahia e de Pernambuco e também de territórios castelhanos, atual Argentina. O gado do Nordeste vinha seguindo o Rio São Francisco, e o dos territórios castelhanos ficava nos currais do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e depois era levado até Sorocaba, no interior de São Paulo, onde os tropeiros comercializavam os animais e as mercadorias destinadas ao abastecimento da região mineradora. No século XVII, com a descoberta das minas, trataram logo de abrir caminhos para o abastecimento deste novo e promissor mercado de consumo. O paulista Alferes Antônio Gonçalves Figueira, fundador da Fazenda de Montes Claros e de várias outras da região, teria começado a abertura de estradas para Serro Sabará e Pitangui, passando a alimentar as minas com o gado dos currais. Saindo no norte mineiro, este histórico caminho possuía diversas variantes e bifurcações, tanto para o lato norte (produtor) quanto para o lado sul (consumidor). Partindo dos currais, com saídas de Tremedal (Monte Azul), Morrinhos (Matias Cardoso) e Rio Pardo, este caminho passava por Santa Maria, Peixe Brabo, Tapera (de onde saía uma bifurcação para Goiás), Boa Vista (Bocaiúva), Itacambira, santa Cruz do Morro, Remanso, Tijuco (Diamantina) e finalmente da vila do Príncipe (Serro), de onde continuava através da antiga Estrada Real, até a Capital de Vila Rica e os demais destinos do gado sertanejo (PEREIRA, 2003, p.216). Esta confluência de dados, tradição alimentar, memória gustativa, terroir, gado específico de criação local, qualidade da matéria prima e o savoir faire, determinam a qualidade de um produto superior em nosso país, que lhe valeu no ano de 2001 o seu reconhecimento pelo IPHAN como patrimônio cultural e imaterial brasileiro e sua posterior Indicação Geográfica. O queijo Minas Artesanal é considerado o mais antigo e tradicional queijo fabricado no Brasil. De acordo com Ribeiro (1958) este queijo tem origem na Serra da Estrela, em Portugal. De acordo com o autor, o coalho dessa receita portuguesa original era obtido com o emprego de extrato vegetal de flores e brotos de cardo. Em terras brasileiras e mineiras essas plantas (cardo leiteiro) não floresciam em nossos campos e os portugueses nos tempos coloniais, coagulavam o leite com o bucho de porco, salgado e seco em fumeiro. A partir do legado português e com os fatores diferenciais de gado, solo, e microclima, o processo de produção artesanal do queijo Minas se desenvolve como técnica, ciência e arte de combinar tempo, temperatura e peso das mãos, manejo de utensílios, monitoramento da qualidade do leite, limpeza e higienização rigorosa de utensílios, controle de microrganismos naturais, dosagem de coagulante, sal e ponto de cura, surgindo este patrimônio cultural. 5

6 6 3 INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DO QUEIJO DE MINAS As Indicações Geográficas (IG) são instrumentos públicos, normas, que valorizam certas características provenientes de determinadas áreas geográficas. São referimentos geográficos, áreas delimitadas, utilizadas para designar produtos agrícolas e alimentos que representem uma ou mais qualidades relacionadas à zona de produção. São seus pressupostos, ser originário de determinada região, local ou país; ter qualidades ou características que se devam essencial e exclusivamente ao meio geográfico, devendo-se incluir a estes fatores naturais, os humanos, que incluem o saber fazer e a tradição e cuja produção, transformação e elaboração ocorrem na área geográfica delimitada. Com esta indicação de procedência, este queijo transmite para o consumidor que o adquire garantias de um queijo artesanal, de qualidade superior, cuja procedência é a Serra da Canastra e direcionado sobre tudo a consumidores que sabem o que estão adquirindo. O instrumento legal que assegura a preservação do Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil é o seu registro no livro de celebrações, de Formas de Expressão, dos Saberes e Lugares. Como o método de fazer artesanal é reconhecido por passar de geração em geração, este queijo assim teve seu reconhecimento, pois o mineiro desenvolveu um saber próprio da produção do queijo, tornando-se uma tradição marcante em sua cultura. Apesar dos queijos fabricados nas cinco micro regiões mineiras terem aparência e sabor específicos, em todos os locais usa-se o leite cru, a adição de pingo, um fermento lácteo natural recolhido a partir do soro que drena do próprio queijo, maneira pela qual se transfere para o produto as características de solo, clima e vegetação da região (terroir). Esta especificidade territorial é bem destacada pelo produtor Luciano Carvalho Machado, da Chácara Esperança, em Medeiros. Como pode se observar na figura 2, ele inscreve seu queijo entre cinco variáveis: 1. Solo e Água; 2. Produtor; 3. Clima; 4. Animais; 5. Alimentação Animal

7 7 Figura 2 - Terroir nacional explicado pelo produtor Luciano Fonte: Arquivo pessoal (2013) Ou seja, em sua simplicidade de raciocínio, o sr. Luciano caracterizou as variáveis que diferem seu produto de outros artesãos do queijo. Características de dependem fortemente do processo de produção. A fabricação deste queijo artesanal, é simples e se dá por coagulação enzimática. É feito diariamente, logo após a ordenha porque a temperatura do leite entre 37 e 38 C facilita a coagulação e a separação dos sólidos. De acordo com o vídeo O Mineiro e o Queijo 6, após a coagulação, todo queijo se inicia com o sinal da cruz feita pela lira, um instrumento próprio para a quebra da massa após sua coagulação em aproximadamente 40 minutos. Em dois dos produtores visitados na região, premiados pela excelência da qualidade dos queijos produzidos, as vacas não são mais ordenhadas no período vespertino. Isso se deve a manutenção do equilíbrio ambiental da própria propriedade, permitindo a amamentação dos bezerros. Além disso, também estão reduzindo a produção de queijos, elevando a qualidade e poupando o trabalho excessivo, muitas vezes dada à idade dos produtores, como é o caso do Sr. José Baltazar da Silva Zé Mário da Fazenda Campo do Meio em São Roque de Minas. O processo de fabricação do queijo da Canastra obedece aos seguintes procedimentos: Tabela 1 - Modo artesanal de fazer queijo de Minas ETAPA CARACTERÍSTICAS 6 < Acesso em 20 out

8 8 Obtenção do Leite Elaboração do Queijo Maturação do Queijo Acabamento Estético do Queijo Feito através de ordenha manual (Sr. Luciano) ou mecânica (Sr. Zé Mário) das vacas em curral coberto e piso de alvenaria, coagem do leite em tecido sintético lavado e desinfetado; deve-se acondicionar o leite em vasilhas apropriadas de metal ou plástico. Deve ser elaborado na queijaria. Esta deve estar em conformidade com a Lei do Queijo, ser em alvenaria e estar adequada às Boas Práticas para a fabricação do queijo artesanal. A elaboração do queijo segue este processo: Adição do coalho industrial; Adição do PINGO, que é o fermento lácteo natural do queijo. De acordo com o produtor Sr. Luciano, o pingo é o DNA do queijo. Ele traz a marca do queijo feito no dia anterior e no dia de hoje. O pingo difere entre os produtores e é um diferencial entre os queijeiros; Corte da massa, após atingir o ponto (utilização da lira ou de uma pá); Mexedura; Retirada do soro e da massa; Formato - massa é colocada em formas plásticas com 130 a 150mm de diâmetro. O queijo obtido pela forma maior recebe no local a denominação de Real. A diferença está apenas no tamanho; Espremedura para a retirada do soro; Primeira salga, feita com sal grosso, por um período de 6 a 12 horas; Viragem do queijo e segunda salga, no outro lado do queijo, por mais 12 horas; Após 48 horas o queijo é retirado da forma e colocado em prateleiras. De 5 a 10 dias. A lei do Queijo Artesanal pede 22 dias para a cura do queijo, prazo para que as bactérias não se tornem nocivas para a ingestão humana. Grosagem ou ralação (Serro) feito com ralo inoxidável e espátula ou acabamento sem grosagem com lixas (Canastra e Serra do Salitre) Fonte : IPHAN 7 Figura 3 - Queijo da Serra da Canastra 7 < titucional>. Acesso em 20 mai

9 9 Fonte: ORENSTEIN (2013) A figura 3 acima mosta à esquerda o queijo feito de leite cru é curado por 30 dias. Tem aparência mais amarelada, consistência mais firme e sabor mais intenso. À direita mostra o queijo também produzido com leite cru, com aparência mais esbranquiçada e consistência mais branda. Figura 4 - Pingo, ou fermento lácteo Fonte: Arquivo pessoal (2013)

10 10 Esta produção de queijo da Serra da Canastra tem particularidades muito especiais. Tanto na Europa, quanto em Minas Gerais, utiliza-se o coalho industrial, para uma visível padronização da produção, imposta por lei no Brasil. Já na Europa o fermento também é padronizado e igual para todos os produtores de uma cooperativa, ao contrário do pingo, individual de cada produtor. Isto é uma extrema vantagem e privilégio dos queijos da Serra da Canastra, mais um fator único de terroir entre os produtores. Esta característica única de produtor para produtor se afirma na Indicação Geográfica Serra da Canastra, pequenos terroirs são identificados, tal qual acontece com os vinhos. Os descritores aromáticos do queijo da Canastra superam 50 aromas, advindos das diferenças exaltadas por Luciano em seu gráfico de estrela, demonstrado na Figura 2. Há ainda a atuação dos veterinários com funções e cuidados obrigatórios por lei. Os veterinários que suprem cada fazenda têm uma função primordial no equilíbrio da produção queijeira, uma vez que estão atentos às doenças relacionadas ao gado com vacinas de aftosa e brucelose além dos cuidados com a mastite do úbere que pode comprometer a qualidade do leite. O queijo da Canastra sofre de problemas políticos e pressões das grandes indústrias em razão da sua fabricação se dar com leite cru. A lei sanitária de 1952 define que os produtos de leite e derivados que entram no mercado devem passar por um processo de pasteurização. Por questões sanitárias e avanços tecnológicos, os processos artesanais de produção de queijo se conflitam no que Pires (2013) determina de guerra do queijo, entre o imperialismo higiênico e os países europeus produtores de queijos artesanais, em especial a França. Os Estados Unidos, interessados em ampliar seus espaços no mercado internacional de queijos, vêm tentando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleça a proibição de consumo de queijos produzidos com leite cru e pejorativamente chamados de queijos de risco. O certo é que, segundo informações correntes, não existe nenhum caso registrado de intoxicação por fungos provenientes dos queijos. Tais fungos apenas afetam a cor, o sabor e a textura dos queijos como estabelece a autora. Pires (2013) também estabelece que as técnicas artesanais de produção são sucessivamente ameaçadas por campanhas sanitaristas, conceitos e padrões incompatíveis com as técnicas tradicionais tais como, formas plásticas vêm substituindo as tradicionais, de madeira; bombões de polietileno em estilo semidescartáveis se impõem aos latões de leite;

11 11 bancas de madeira são substituídas por bancas de ardósia; cochos curtidos são substituídos por recipientes de plástico para o depósito do soro; coalhos naturais quase não existem mais. Para tanto devemos aplicar as experiências francesas na preservação e variedades de seus queijos, conciliando os cuidados sanitários com as técnicas tradicionais. A França, além de preservar técnicas tradicionais de 365 queijos feitos à partir de leite cru, também preserva a tradição vinícola da pisa das uvas, as antigas técnicas de obtenção do foie gras e do boule, o inimitável pão caseiro francês. Para a lei federal de 1952, queijo Minas é denominação genérica que engloba o queijo artesanal produzido a partir do leite cru. Porém, de acordo com Pires (2013) a espécie artesanal envolve ingredientes comuns ao queijo Minas com variações (leite cru, coalho, microrganismos e sal) e apresenta-se como um concentrado de gordura e proteína, de consistência firme, sabor e cor próprios e massa uniforme, marcada ou não por olhaduras mecânicas. A chamada Lei do Queijo, uma conquista dos produtores mineiros, Lei Estadual n de 31 de janeiro de 2002, que dispõe sobre o processo de produção do queijo artesanal em Minas Gerais, conceitua Queijo Minas Artesanal o confeccionado conforme a tradição histórica e cultural da região do Estado onde for produzido, a partir do leite integral de vaca fresco e cru, retirado e beneficiado na propriedade de origem, que apresente consistência firme, cor e sabor próprios, massa uniforme, isenta de corantes e conservantes, com ou sem olhaduras mecânicas. A lei sanitária federal brasileira impunha um mínimo de 60 dias de maturação para um queijo artesanal ser vendido fora de seu Estado de origem. De acordo com Bruno Cabral, mestre queijeiro, por este motivo, o trafico de queijo no Brasil é muito forte e mistura queijos de altíssima qualidade com queijos de baixíssima qualidade. Isso não é bom para a imagem do queijo brasileiro. 8 Porém desde meados de 2013, o Ministério da Agricultura flexibilizou a venda dos queijos artesanais de qualquer Estado com menos tempo de maturação desde que haja estudos que comprovem sua qualidade. Isto se deve ao fato de os produtores mineiros terem conseguido a aprovação de uma nova norma que equipara e reconhece a Inspeção Estadual à Federal (SIF, Serviço de Inspeção Federal). Esta nova normatização significa, na prática, que 8 Disponível em < Acesso em 20 mai

12 os produtores que tiverem o selo do Instituto Mineiro Agropecuário poderão vender seus queijos frescos e curados no Brasil inteiro. 9 Essa benesse da lei é bem vinda entre produtores e consumidores e fez com que surgisse em São Paulo a primeira loja especializada em queijos artesanais brasileiros que vende mais de 80 tipos de queijos de seis Estados brasileiros. O fato é que nem o leite e nem o tempo de maturação podem ser alterados no processo desses queijos artesanais. De acordo com Harbutt (2010) o leite cru é imprescindível e insubstituível, pois, de outra forma estaria sendo modificada a identidade e a personalidade de um queijo. Já na questão da maturação, a autora estabelece que o processo de maturação é a arte e a ciência da queijaria, já que ele traz à tona a característica do leite e os sabores peculiares atribuídos à pastagem. Um bom affineur pessoa que cuida do amadurecimento dos queijos pode tratar até o queijo mais simples para que expresse cada nuance de sabor. Os queijos artesanais variam de um dia para outro, dependendo da pastagem, da estação, das condições na sala de queijos e do queijeiro. Portanto, à diferença do vinho, o queijo dá uma safra diferente todo dia, e é precisamente isso que o torna tão extraordinário e maravilhoso (HARBUTT, 2010, p.7). Hoje, junto com o reconhecimento pelo IPHAN e a criação da Lei do Queijo, os produtores se associarão para um melhor desempenho profissional e comercialização do produto. Com a criação de um entreposto para cura e comercialização do Queijo Canastra, o produto chegará identificado com as letras do produtor para ser comercializado com um maior valor agregado. Só em Medeiros em Minas Gerais, onde fica a sede da associação fabrica-se em média 100 toneladas de queijo. Este trabalho identificou a necessidade de uma maior valorização do produto comercializado. Fica evidenciada a necessidade de maior apoio governamental para incremento, desenvolvimento e pesquisa para o desenvolvimento deste produto agrícola. Relatos da dura vida no campo, da falta de mão de obra e o atual desinteresse das novas gerações pela fabricação artesanal do queijo provocam o êxodo rural. Os filhos dos atuais produtores interessam-se pouco em dar continuação ao fabrico do queijo. Conhecem a técnica, mas preferem estudar e trabalhar na cidade. A principal razão para isso se deve à pouca valorização do produto. Independente das visitas realizadas em produtores que têm a venda de seus produtos consolidada a um preço elevado, a maior parte dos produtores de queijo Minas ainda enfrenta restrição aos valores de seus produtos. O valor pago por litro de leite na região é de 85 centavos. Para a 12 9 Disponível em < Acesso em 20 mai

13 13 produção de um quilograma de queijo, utiliza-se 10 litros de leite. Assim, apenas com matéria prima, um queijo já custa R$ 8, Nos entrepostos os produtores conseguem vender seus queijos à 8 reais o quilo. Portanto o queijo manipulado vale menos que a venda do leite puro. Contudo as mudanças na realidade da produção queijeira de Minas Gerais já estão acontecendo, a começar pela Legislação de 2002, legalizando o queijo no Estado de Minas Gerais. O próximo passo é a implantação dos entrepostos, realidade iminente que propões a legalização dos queijos Minas em outros Estados do país. Conforme Bruno Cabral, três entrepostos já estão quase prontos: o da Serra da Canastra em Medeiros, o de Araxá e o do Cerrado (Alto Paranaíba). Por fim. a última etapa de valorização deste queijo no país é a promoção perante o consumidor; trabalho que Bruno Cabral, Mestre Queijeiro, Fernando Oliveira da loja A Queijaria, Ana Luiza Trajano chef do Brasil a Gosto, entre outros já vem promovendo. Esta união dos profissionais da Gastronomia em prol de maior prestígio ao uso e consumo deste produto é imprescindível para a manutenção desta cultura gastronômica. Outra discussão que demanda atenção diz respeito aos entrepostos. De fato poucos produtores terão acesso, ao menos inicialmente, aos entrepostos. Os motivos para isso são variados. Por outro lado, os produtores com acesso, vislumbram a valorização do preço de venda, um espaço adequado para a maturação de seus queijos e a possibilidade de venda destes queijos para outros Estados. Entretanto temem que os queijos sejam padronizados, ou seja, gostariam que seus queijos fossem diferenciados por produtor, mantendo a questão territorial. Certamente o entreposto é uma aposta duvidosa, uma vez que aos olhos do produtor pode ser positiva, mas que muitos fatores podem incidir sobre suas produções. O governo percebe nos entrepostos uma possibilidade de maior arrecadação de impostos, inexistente na venda informal dos produtores até hoje. Os pontos negativos deste espaço certamente estão no rígido controle que o governo pode fazer na produção destes artesãos. Apenas após o funcionamento do entreposto de Medeiros os produtores da região terão a capacidade de compreender se o investimento foi válido, agregando ou não novos produtores em busca da valorização deste produto. A priori, os produtores contam com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado de Minas Gerais (Emater-MG) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), além das cooperativas e do Sistema Ocemg (Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais), que irão 10 O valor do litro do leite foi obtido em pesquisa de campo em são roque de Minas em junho de 2013.

14 14 custear os exames feitos nos animais (brucelose e tuberculose), além de análises do queijo e da água (Globo Rural, 2013). Outro fato muito interessante que esta pesquisa ressalta, é a influência da mulher, normalmente da esposa do produtor na produção queijeira. Nas visitas feitas a Medeiros e São Roque de Minas, notou-se que a arte da fabricação do queijo pertence às esposas dos produtores. Elas são peças fundamentais e atuam de forma a valorizar o trabalho de seus maridos no campo com o trato dos animais, ordenha e limpeza dos equipamentos. A união do casal é a mola mestre deste serviço, que valoriza os saberes e fazeres da mulher na manutenção desta atividade secular. Pode-se notar nas visitas o interesse e carinho em fabricar o queijo, cuja atividade faz parte do cotidiano atarefado dessas mulheres, que envolve a divisão de sua jornada de trabalho nas queijarias e nos afazeres do lar. CONCLUSÃO Este artigo nos direciona a algumas conclusões: Primeiramente, o queijo da Serra da Canastra necessita de maior valorização para a preservação de uma tradição reconhecida a nível nacional. Esta maior valorização se sentirá, sobretudo, no engajamento das novas gerações de produtores que poderão manter o interesse nessa tradição além da manutenção de uma atividade de subsistência essencialmente familiar. Atualmente existe o êxodo rural com os mais jovens abdicando da vida na roça. Em segundo lugar, há a necessidade de maior adequação da lei à realidade do produtor do queijo da Serra da Canastra, visando a perpetuação deste patrimônio cultural, construído com conhecimento, técnica e tradição. Em terceiro lugar, há a necessidade de aumentar a oferta de mão de obra qualificada, visando melhorar a qualidade do produto e sua produtividade. E, para finalizar, a gastronomia pode e deve valorizar a utilização deste insumo em preparações e divulgação, pois a união de quem faz a matéria prima e de quem cozinha, é uma união de responsabilidade. O queijo artesanal da Serra da Canastra tem que permanecer disponível e ao alcance dos brasileiros e da humanidade e deve ser reconhecido como um item especial na história da alimentação no Brasil.

15 15 REFERÊNCIAS GLOBO RURAL. Queijos de Minas terão centros de maturação. Disponível em: < Acesso em 27 jul HARBUTT, J.. O livro do queijo. São Paulo: Globo, LEANDRO, J.J. QUEIJOS: do campo à mesa. São Paulo: Melhoramentos, ORENSTEIN, J. Liberdade (do queijo da Canastra) ainda que tardia. Disponível em < Acesso em 17 jun PEREIRA, E.C. Guia do Serro: a capital do norte na Minas colonial. Rio de Janeiro: Ed. Papel Virtual, PIRES, M.C.S. Memória e arte do queijo do Serro: o saber sobre a mesa. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, RIBEIRO, J.A. A evolução da tecnologia queijeira. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v.13, p.27-30, SERRA DA CANASTRA. São Roque de Minas. Disponível em: < Acesso em 28 jun

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO É claro que o Brasil não brotou do chão como uma planta. O Solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, a porção do espaço sob domínio,

Leia mais

Cadeia Produtiva do Leite. Médio Integrado em Agroindústria

Cadeia Produtiva do Leite. Médio Integrado em Agroindústria Médio Integrado em Agroindústria A importância da cadeia do leite A cadeia do leite e de seus derivados desempenha papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda, se igualando

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Data: ABN. Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados

Data: ABN. Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados Veículo: Assunto: Data: ABN 28/09/2012 Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados http://www.abn.com.br/editorias1.php?id=71860 Que o Brasil há muitos anos produz cafés de qualidade excepcional

Leia mais

PECUÁRIA SUSTENTÁVEL: NOVO OU ANTIGO PARADIGMA DA PRODUÇÃO ANIMAL? Entrevista a Rodrigo Paniago 1 por Paulo Hellmeister Filho 2

PECUÁRIA SUSTENTÁVEL: NOVO OU ANTIGO PARADIGMA DA PRODUÇÃO ANIMAL? Entrevista a Rodrigo Paniago 1 por Paulo Hellmeister Filho 2 entrevistas PECUÁRIA SUSTENTÁVEL: NOVO OU ANTIGO PARADIGMA DA PRODUÇÃO ANIMAL? Entrevista a Rodrigo Paniago 1 por Paulo Hellmeister Filho 2 PERGUNTA (P.). O que é realmente a Pecuária Sustentável? RESPOSTA

Leia mais

Você sabia. As garrafas de PET são 100% recicláveis. Associação Brasileira da Indústria do PET

Você sabia. As garrafas de PET são 100% recicláveis. Associação Brasileira da Indústria do PET Você sabia? As garrafas de PET são 100% recicláveis Associação Brasileira da Indústria do PET O Brasil é um dos maiores recicladores de PET do mundo A reciclagem é uma atividade industrial que gera muitos

Leia mais

Respostas das questões sobre as regiões do Brasil

Respostas das questões sobre as regiões do Brasil Respostas das questões sobre as regiões do Brasil Região Norte 1. Qual a diferença entre região Norte, Amazônia Legal e Amazônia Internacional? A região Norte é um conjunto de 7 estados e estes estados

Leia mais

O consumidor deve estar atento às informações do rótulo?

O consumidor deve estar atento às informações do rótulo? Os consumidores têm o direito de conhecer as características e a composição nutricional dos alimentos que adquirem. A legislação nacional estabelece algumas normas para registro dessas informações na rotulagem

Leia mais

gestão da qualidade no agronegócio do leite Prof. Dr. Luís Fernando Soares Zuin

gestão da qualidade no agronegócio do leite Prof. Dr. Luís Fernando Soares Zuin gestão da qualidade no agronegócio do leite Prof. Dr. Luís Fernando Soares Zuin hoje e futuro o produto que possui qualidade está no mercado, se não possui, não está no mercado! introdução padrões de qualidade

Leia mais

INOVAÇÃO NA AGRICULTURA, AGRO-INDÚSTRIA E FLORESTA

INOVAÇÃO NA AGRICULTURA, AGRO-INDÚSTRIA E FLORESTA Os Queijos São Gião Sociedade Agro-Pecuária de Vale do Seia, Lda Seia, 04 de abril de 2014 Organização: Apoio Institucional: Agenda 1. Os Queijos São Gião - o que fazemos? 2. As oportunidades e ameaças

Leia mais

A atividade agrícola e o espaço agrário. Prof. Bruno Batista

A atividade agrícola e o espaço agrário. Prof. Bruno Batista A atividade agrícola e o espaço agrário Prof. Bruno Batista A agropecuária É uma atividade primária; É obtida de forma muito heterogênea no mundo países desenvolvidos com agricultura moderna, e países

Leia mais

O ENOTURISMO. Conceito:

O ENOTURISMO. Conceito: Conceito: O conceito de enoturismo ainda está em formação e, a todo o momento, vão surgindo novos contributos; Tradicionalmente, o enoturismo consiste na visita a vinhas, estabelecimentos vinícolas, festivais

Leia mais

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café ED 2180/14 15 maio 2014 Original: espanhol P Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café 1. O Diretor Executivo apresenta seus cumprimentos e, em nome da Colômbia, encaminha aos Membros

Leia mais

Palestra: História da Cana-de. de-açúcar no Centro-Oeste Professora: Ana Paula PROJETO: PRODUÇÃO DO AÇÚCAR ORGÂNICO NA JALLES MACHADO S/A

Palestra: História da Cana-de. de-açúcar no Centro-Oeste Professora: Ana Paula PROJETO: PRODUÇÃO DO AÇÚCAR ORGÂNICO NA JALLES MACHADO S/A Palestra: História da Cana-de de-açúcar no Centro-Oeste Professora: Ana Paula PROJETO: PRODUÇÃO DO AÇÚCAR ORGÂNICO NA JALLES MACHADO S/A ORIGEM DA CANA-DE-AÇÚCAR A cana-de de-açúcar é uma planta proveniente

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Colégio Senhora de Fátima

Colégio Senhora de Fátima Colégio Senhora de Fátima A formação do território brasileiro 7 ano Professora: Jenifer Geografia A formação do território brasileiro As imagens a seguir tem como principal objetivo levar a refletir sobre

Leia mais

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações R E A L I Z A Ç Ã O A P O I O COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Leia mais

Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil

Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil Revista Ovinos, Ano 4, N 12, Porto Alegre, Março de 2008. Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil João Garibaldi Almeida Viana 1 Os ovinos foram uma das primeiras espécies de animais domesticadas

Leia mais

O TERRITÓRIO BRASILEIRO. 6. Fronteiras Terrestres

O TERRITÓRIO BRASILEIRO. 6. Fronteiras Terrestres O TERRITÓRIO BRASILEIRO 6. Fronteiras Terrestres Até o começo do século XVII, os colonizadores se concentraram em cidades fundadas na região litorânea do Brasil, principalmente no Nordeste. A principal

Leia mais

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - AJUDAS AO RENDIMENTO 2010

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - AJUDAS AO RENDIMENTO 2010 1 CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - AJUDAS AO RENDIMENTO 2010 1. A partir de hoje, dia 18 de Fevereiro e até 8 de Maio, todos os agricultores da Madeira e Porto Santo podem candidatar-se aos 21,3 M de ajudas ao

Leia mais

LUGARES E PAISAGENS DO PLANETA TERRA

LUGARES E PAISAGENS DO PLANETA TERRA LUGARES E PAISAGENS DO PLANETA TERRA AS ÁGUAS DE SUPERFÍCIE Os rios são cursos naturais de água doce. Eles podem se originar a partir do derretimento de neve e de geleiras, de um lago ou das águas das

Leia mais

Considerações sobre Sistemas de Avaliação e

Considerações sobre Sistemas de Avaliação e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia FMVZ Campus de Botucatu Departamento de Produção Animal Considerações sobre Sistemas de Avaliação e Tipificação de Carcaças André démendes Jorge Zootecnista

Leia mais

Empresa. Cliente. Ramo de Atividade. Logomarca. Localização

Empresa. Cliente. Ramo de Atividade. Logomarca. Localização Empresa Cliente Razão Social: Barraco Resto Bar LTDA. Fantasia: (Barraco) Ramo de Atividade Comércio de Bebidas e Petiscaria Logomarca Localização Avenida das Esmeraldas 609 Marília/SP Cidade de Marília

Leia mais

O manipulador de alimentos tem que conferir todas as informações do rótulo?

O manipulador de alimentos tem que conferir todas as informações do rótulo? Os consumidores têm o direito de conhecer as características e a composição nutricional dos alimentos que adquirem. A legislação nacional estabelece algumas normas para registro dessas informações na rotulagem

Leia mais

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO Por que é importante dar preferência aos produtos orgânicos? Os sistemas de produção orgânica se baseiam em princípios da agroecologia e, portanto, buscam

Leia mais

PROJETO DE INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº, DE DE DE 2009

PROJETO DE INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº, DE DE DE 2009 PROJETO DE INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº, DE DE DE 2009 O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos FEIJÃO OUTUBRO DE 2015

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos FEIJÃO OUTUBRO DE 2015 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos FEIJÃO OUTUBRO DE 2015 CALENDÁRIO AGRÍCOLA - FEIJÃO Safra 1ª - Safra das Águas 2ª - Safra da Seca 3ª - Safra de Inverno Principais Regiões Sul, Sudeste,

Leia mais

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas De origem européia, a oliveira foi trazida ao Brasil por imigrantes há quase dois séculos, mas somente na década de 50 foi introduzida no Sul de Minas Gerais.

Leia mais

SOLUÇÕES FORTLEV PARA CUIDAR DA ÁGUA TANQUES

SOLUÇÕES FORTLEV PARA CUIDAR DA ÁGUA TANQUES SOLUÇÕES FORTLEV PARA CUIDAR DA ÁGUA TANQUES MUITO MAIS TECNOLOGIA E VERSATILIDADE PARA CUIDAR DA ÁGUA A FORTLEV é a maior empresa produtora de soluções para armazenamento de água do Brasil. Campeã em

Leia mais

Comparação do ganho de peso e desempenho de bezerras alimentadas com leite de descarte e leite normal durante a fase de aleitamento

Comparação do ganho de peso e desempenho de bezerras alimentadas com leite de descarte e leite normal durante a fase de aleitamento Comparação do ganho de peso e desempenho de bezerras alimentadas com leite de descarte e leite normal durante a fase de aleitamento Vinicius Emanoel Carvalho 1, Thiago Paim Silva 1, Marco Antônio Faria

Leia mais

Do lixo ao valor. O caminho da Logística Reversa

Do lixo ao valor. O caminho da Logística Reversa Do lixo ao valor O caminho da Logística Reversa O problema do lixo A sociedade, hoje, vive com um grande desafio: o lixo. Calcula-se que, por dia, no Brasil, são gerados 1 Kg de resíduos por habitante.

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os Desempenho da Agroindústria em 2004 Em 2004, a agroindústria obteve crescimento de 5,3%, marca mais elevada da série histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003),

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

PORTAS E JANELAS: A LIGAÇÃO DA CASA COM O MUNDO

PORTAS E JANELAS: A LIGAÇÃO DA CASA COM O MUNDO PORTAS E JANELAS: A LIGAÇÃO DA CASA COM O MUNDO É dito no ditado popular que os olhos de uma pessoa são as janelas de sua alma, trazendo este pensamento para uma residência, podemos entender que as janelas

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI N o 6.036, DE 2013 Dispõe sobre a restrição do uso de agentes aromatizantes ou flavorizantes em bebidas alcoólicas e da outras providências. Autora:

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 CAP. 02 O território brasileiro e suas regiões.( 7º ano) *Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal (DF), organizados em regiões. * As divisões

Leia mais

O princípio da segmentação é criar grupos de clientes (ou potenciais clientes) com características comuns.

O princípio da segmentação é criar grupos de clientes (ou potenciais clientes) com características comuns. SEGMENTAÇÃO Segmentar o mercado ou a base de clientes é fundamental para a criação de um planejamento de marketing eficiente. Uma empresa não pode desenvolver um produto ou um serviço se não souber a quem

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

O USO DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL: O CASO DA CARNE DO PAMPA GAÚCHO

O USO DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL: O CASO DA CARNE DO PAMPA GAÚCHO 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 O USO DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL: O CASO DA CARNE DO PAMPA GAÚCHO Andréia Moreira da Fonseca Boechat 1, Yony Brugnolo Alves

Leia mais

Conscientização da qualidade do leite e prevenção da mastite nas comunidades rurais de Bambuí

Conscientização da qualidade do leite e prevenção da mastite nas comunidades rurais de Bambuí Conscientização da qualidade do leite e prevenção da mastite nas comunidades rurais de Bambuí Clara Costa Zica Gontijo¹; Brenda Veridiane Dias¹; Silvana Lúcia dos Santos Medeiros² ¹Estudante de Zootecnia.

Leia mais

Café Sustentável. Riqueza do Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento CAPA. MA-0005-Cafe_sustentavel_200x200_NOVO.

Café Sustentável. Riqueza do Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento CAPA. MA-0005-Cafe_sustentavel_200x200_NOVO. 12 MA-0005-Cafe_sustentavel_200x200_NOVO.indd 12-1 CAPA 1 30.10.09 16:08:10 Data (M/D/A): 10/30/09 Contato: (61) 3344-8502 Formato (F): 200x200 mm Formato (A): 400x200 mm Data (M/D/A): 10/30/09 Ministério

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br. Marketing Ambiental Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. O que temos visto e ouvido falar das empresas ou associado a elas? Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br 2 3 Sílvia

Leia mais

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com 7 DICAS IMPERDÍVEIS QUE TODO COACH DEVE SABER PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com As 7 dicas imperdíveis 1 2 3 Identificando seu público Abordagem adequada

Leia mais

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências Nome: Ano: 5º Ano 1º Etapa 2014 Colégio Nossa Senhora da Piedade Área do Conhecimento: Ciências da Natureza Disciplina:

Leia mais

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE 4.1 - Tabela de Temporalidade Como é cediço todos os arquivos possuem um ciclo vital, composto pelas fases corrente, intermediária e permanente. Mas como saber quando

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II BRASIL REGIONALIZAÇÕES QUESTÃO 01 - Baseado na regionalização brasileira, apresentados pelos dois mapas a seguir, é INCORRETO afirmar que: Mapa I Mapa II A B D C a. ( ) O mapa II apresenta a divisão do

Leia mais

PRODUTOR ORGÂNICO: PARCEIRO DA NATUREZA NA PROMOÇÃO DA VIDA

PRODUTOR ORGÂNICO: PARCEIRO DA NATUREZA NA PROMOÇÃO DA VIDA PRODUTOR ORGÂNICO: PARCEIRO DA NATUREZA NA PROMOÇÃO DA VIDA A natureza trabalha o tempo todo para promover a Vida. Podemos notar isso facilmente observando o que se passa à nossa volta, com plantas nascendo

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

EFEITOS DO LEITE LONGA VIDA NO MERCADO DE SÃO PAULO

EFEITOS DO LEITE LONGA VIDA NO MERCADO DE SÃO PAULO EFEITOS DO LEITE LONGA VIDA NO MERCADO DE SÃO PAULO Sebastião Teixeira Gomes 1 1. INTRODUÇÃO Este documento representa a contribuição da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP), através

Leia mais

Boas práticas na manipulação do pescado

Boas práticas na manipulação do pescado Boas práticas na manipulação do pescado O Brasil tem uma grande variedade de pescados e todas as condições para a produção deste alimento saudável e saboroso. Para que o pescado continue essa fonte rica

Leia mais

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE.

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE. O nosso negócio é o desenvolvimento ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE Ano 4 200 Nº 20 O nosso negócio

Leia mais

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES A valorização comercial dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios que, ou pela sua origem ou pelos seus modos particulares

Leia mais

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem 1) COMO FUNCIONA? O PROBLEMA OU SITUAÇÃO ANTERIOR Anteriormente, todos os resíduos recicláveis ou não (com exceção do papelão), ou seja, papel, plásticos, vidros,

Leia mais

COMPRAR GATO POR LEBRE

COMPRAR GATO POR LEBRE PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 2013 POR JM CAVALO POR VACA É A VERSÃO ATUAL DE COMPRAR GATO POR LEBRE O consumo da carne de cavalo é encarado, ainda, com uma certa conotação

Leia mais

Informação sob embargo até dia 30/11 às 9hs... Cana-de-açúcar avança em áreas prioritárias. para a conservação e uso sustentável do Cerrado

Informação sob embargo até dia 30/11 às 9hs... Cana-de-açúcar avança em áreas prioritárias. para a conservação e uso sustentável do Cerrado Informação sob embargo até dia 30/11 às 9hs Instituto Sociedade, População e Natureza... Cana-de-açúcar avança em áreas prioritárias para a conservação e uso sustentável do Cerrado (Mapas elaborados pelo

Leia mais

Ensino Fundamental II

Ensino Fundamental II Ensino Fundamental II Valor da prova: 2.0 Nota: Data: / /2015 Professora: Angela Disciplina: Geografia Nome: n o : Ano: 9º 3º bimestre Trabalho de Recuperação de Geografia Orientações: - Leia atentamente

Leia mais

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO Agropecuária É o termo utilizado para designar as atividades da agricultura e da pecuária A agropecuária é uma das atividades mais antigas econômicas

Leia mais

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL APRESENTAÇÃO Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL Introdução SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - SGA Definição: Conjunto de ações sistematizadas que visam o atendimento

Leia mais

Processamento de bacalhau salgado seco

Processamento de bacalhau salgado seco Outubro 2007 LEAL Processamento Geral de Alimentos Processamento de bacalhau salgado seco Trabalho elaborado por: João Vaz n.º 20503003 Bruno Lopes n.º 20503026 Joana Sousa n.º 20603070 Introdução Quando

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

QUEIJO COLONIAL DE LEITE CRU HISTÓRIA E TRADIÇÃO SECULAR

QUEIJO COLONIAL DE LEITE CRU HISTÓRIA E TRADIÇÃO SECULAR QUEIJO COLONIAL DE LEITE CRU HISTÓRIA E TRADIÇÃO SECULAR -VALDIR MAGRI. -PRODUTOR DE QUEIJOS COLONIAIS. - MUNICIPIO SEARA SC. -MEMBRO DO GT DOS QUEIJOS NACIONAL -MEMBRO DO GT QUEIJOS COLONIAIS OESTE SC.

Leia mais

Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários

Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários Segmentos dentro da porteira: Produção agrícola Produção pecuária Segmentos depois da porteira: Agroindústria Canais

Leia mais

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual Diadema Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2013 PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual de Diadema Responsáveis: João Paulo

Leia mais

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa.

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa. Mais Questões Isildo M. C. Benta, Assistência Técnica Certificada de Sistemas Solares Quanto poupo se instalar um painel solar térmico? Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 Institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da

Leia mais

Biodiversidade em Minas Gerais

Biodiversidade em Minas Gerais Biodiversidade em Minas Gerais SEGUNDA EDIÇÃO ORGANIZADORES Gláucia Moreira Drummond Cássio Soares Martins Angelo Barbosa Monteiro Machado Fabiane Almeida Sebaio Yasmine Antonini Fundação Biodiversitas

Leia mais

PAC 01. Manutenção das Instalações e Equipamentos Industriais

PAC 01. Manutenção das Instalações e Equipamentos Industriais PAC 01 Página 1 de 8 PAC 01 Manutenção das Instalações e Equipamentos Industriais PAC 01 Página 2 de 8 1. Objetivo----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------03

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas O PERFIL DA CACHAÇA CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SETOR No mercado de cachaça, existem dois tipos da bebida: a caninha industrial e a cachaça artesanal de alambique. A primeira possui teor alcoólico de 38%

Leia mais

AFINAL, O QUE É O TERROIR?

AFINAL, O QUE É O TERROIR? AFINAL, O QUE É O TERROIR? Jorge Tonietto 1 Se eu não tivesse morado na França, escrever sobre terroir seria certamente mais fácil: eu teria menor consciência da complexidade do termo. É que o terroir

Leia mais

O Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens

O Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens O Acordo de Haia Relativo ao Registro Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens Publicação OMPI N 911(P) ISBN 92-805-1317-X 2 Índice Página Introdução 4 Quem pode usufruir

Leia mais

O Mercado como instrumento de conservação da Mata Atlântica. Consumo Responsável, Compromisso com a Vida!

O Mercado como instrumento de conservação da Mata Atlântica. Consumo Responsável, Compromisso com a Vida! Mercado Mata Atlântica Reserva da Biosfera da Mata Atlântica O Mercado como instrumento de conservação da Mata Atlântica Consumo Responsável, Compromisso com a Vida! Apresentação O Programa "Mercado Mata

Leia mais

Catálogo de Natal 2015 Período de compras de 24 de Novembro a 31 de Dezembro

Catálogo de Natal 2015 Período de compras de 24 de Novembro a 31 de Dezembro Catálogo de Natal 2015 Período de compras de 24 de Novembro a 31 de Dezembro Adega de Portalegre A frescura e a elegância em grandes vinhos com grandes prémios Na Serra de S. Mamede, nascem grandes vinhos

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

Programa de Gestão Econômica, Social e Ambiental da Soja Brasileira SÃO PAULO SP 22 / 05 / 2013

Programa de Gestão Econômica, Social e Ambiental da Soja Brasileira SÃO PAULO SP 22 / 05 / 2013 Programa de Gestão Econômica, Social e Ambiental da Soja Brasileira SÃO PAULO SP 22 / 05 / 2013 SOJA BRASILEIRA A soja é a principal cultura agrícola do Brasil - 28 milhões de ha (25% da área mundial plantada)

Leia mais

Cesta básica tem alta em janeiro

Cesta básica tem alta em janeiro 1 São Paulo, 11 de fevereiro de 2008. NOTA À IMPRENSA Cesta básica tem alta em janeiro Em janeiro, o preço dos gêneros alimentícios essenciais apresentou alta em 15 das 16 capitais onde o DIEESE Departamento

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

MANUAL INFORMATIVO PARA ORDENHA MECÂNICA BPA 34 3818-1300 34 9684-3150. bpa@cemil.com.br REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MANUAL INFORMATIVO PARA ORDENHA MECÂNICA BPA 34 3818-1300 34 9684-3150. bpa@cemil.com.br REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ilustra BPA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Normativa nº 51 18/09/2002. Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do

Leia mais

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014 GEOGRAFIA QUESTÃO 1 A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-se geralmente através de valores estatísticos. As características da população estudadas pela

Leia mais

Desenvolvimento dos projetos de ações ambientais pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIPAC Bom Despacho

Desenvolvimento dos projetos de ações ambientais pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIPAC Bom Despacho Desenvolvimento dos projetos de ações ambientais pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIPAC Bom Despacho Engenharia Ambiental e Sanitária Coordenador do Curso: Prof. Marcelo Drummond

Leia mais

Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado

Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado * Rodrigo Alberto Correia da Silva O mercado brasileiro de produtos para a saúde sofre por conta da publicação

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES Barbara Christine Nentwig Silva Professora do Programa de Pós Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social /

Leia mais

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes.

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Por Palmira Santinni No Brasil, nos últimos anos, está ocorrendo um significativo aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Catálogo de Natal 2014 Período de compras de 25 de Novembro a 31 de Dezembro

Catálogo de Natal 2014 Período de compras de 25 de Novembro a 31 de Dezembro Catálogo de Natal 2014 Período de compras de 25 de Novembro a 31 de Dezembro Adega de Portalegre A frescura e a elegância em grandes vinhos com grandes prémios 1 2 Na Serra de S. Mamede, nascem grandes

Leia mais

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Objetivos Diferenciar as diversas formas de armazenamento Compreender o que é e como definir a porcentagem de agregação Conhecer a possibilidade da utilização de

Leia mais

CEASAMINAS UNIDADE GRANDE BELO HORIZONTE OFERTA DE ALHO EM AGOSTO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS

CEASAMINAS UNIDADE GRANDE BELO HORIZONTE OFERTA DE ALHO EM AGOSTO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS Alho As perspectivas do mercado de alho na CeasaMinas Grande BH foram totalmente concretizadas no mês de agosto. Esta característica pode ser creditada principalmente ao bulbo nacional, pois quanto ao

Leia mais

Pecuária. Resfriamento do Leite e Coleta a Granel

Pecuária. Resfriamento do Leite e Coleta a Granel 1 de 5 10/17/aaaa 08:32 Pecuária Resfriamento do Leite e Coleta a Granel Resfriamento do Leite e Nome Coleta a Granel Produto Informação Tecnológica Data Abril - 2000 Preço - Linha Pecuária Informações

Leia mais

GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA QUÍMICA

GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA QUÍMICA GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA QUÍMICA Maria de Fátima Soares Ribeiro Monografia apresentada para a conclusão do Curso de Gestão Empresarial para a Indústria Química GETIQ pela Escola de Química da

Leia mais

AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM Procedimento pré-estabelecido para seleção, retirada, preservação, transporte e preparação das porções a serem removidas do lote como amostras, de uma maneira tal que o tratamento matemático dos testes

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, estratégias de segmentação e posicionamento. Análise do potencial de demanda. Definição da missão. liderança.

Leia mais

Os microrganismos e suas funções

Os microrganismos e suas funções ós na ala de Aula - Ciências 6º ao 9º ano - unidade 3 essa unidade, as atividades propostas visam colaborar para desenvolver novas perspectivas sobre a fermentação, processo realizado por fungos e bactérias.

Leia mais