SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA.

Transcrição

1 Relatório do GT CARREIRA Brasília, 25 e 26 de novembro de 2010 Seções presentes: Manaus, São Paulo, SINDSCOPE, Florianópolis, Natal, Colatina, Barbacena, Sertão, Concórdia, Ceará, Bento Gonçalves, Cuiabá, Rio Verde, Pelotas, Vitória, SINTEF-PB, Frederico Westphalen, Brasília, Uberlândia, Roraima, Pará, Sergipe, Santa Maria, Recife e Rio Pomba. O GT teve início às 09h e 15min do dia 25 de novembro de 2010, na sede do ANDES, SCS, Brasília/DF com aproximadamente 57 (cinqüenta e sete) sindicalizados (as). Foi feita a leitura da pauta e houve os seguintes destaques: onde se lê: Debate sobre o Relatório do Grupo de Trabalho de Racionalização dos Cargos do PCCTAE ; Leia-se: Debate e encaminhamentos sobre o Relatório do Grupo de Trabalho de Racionalização dos Cargos do PCCTAE. Foram acrescentados os pontos: Avaliação das CIS e Diplomas do MERCOSUL, como últimos pontos de pauta dia O item campanha salarial 2011 foi transferido para o dia 26.11, como último ponto de pauta. No último dia 30.09, foi publicada legislação que permite que os (as) servidores (as) dos ex-territórios e escolas militares serem transpostos para a Carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Foi feita uma sugestão de que a pasta de pessoal assuma a questão dos (as) novos (as) servidores (as) do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico das Escolas Militares e ex- Territórios no que condizem as suas inserções na Carreira. Josemar explana o relatório do GT Racionalização. O Relatório apresentado ainda não é definitivo, o mesmo será encaminhado para o pleno da CNS, ainda sem data marcada. Alguns enquadramentos foram mais políticos que técnicos, visando abrandar a tensão criada em períodos de greve naquele momento. No GT racionalização existem dois cargos em que não houve acordo com a FASUBRA: telefonista e eletricista. A justificativa do SINASEFE para que isso aconteça é que já existia uma legislação há época do PUCRCE, que exigia que os servidores que es já possuíssem o ensino médio (antigo 2º grau). Em relação aos cursos de pós-graduação cursados no MERCOSUL, MEC publicou o que Ofício Circular 163/2010/ASSUP/GAB/SETEC/MEC, de , que informa a impossibilidade de progressão funcional para detentores de diplomas obtidos em Instituições estrangeiras não revalidados por Instituição Nacional competente. Comprovadamente já existe mais de 1% da base do SINASEFE fazendo esses cursos de pósgraduação. Várias Universidades já aceitaram os cursos de pós-graduação cursados no MERCOSUL, para todos os fins. O Instituto Sudeste de Minas paga uma parte dos cursos de seus servidores que cursam pós-graduação nos países do MERCOSUL. Portaria MEC 475/87, de que expede Normas Complementares para a execução do Decreto n , em seu artigo 34, na alínea IV - os títulos de Mestre e Doutor, expedidos por curso nacional credenciado pelo CFE, ou, quando estrangeiro, devidamente revalidados, bem como os mesmos títulos, nacionais ou estrangeiros, reconhecidos como válidos, no âmbito da IFE, pelo Conselho Superior competente ainda é válida. O SINASEFE até agora não havia se engajado no processo de defesa de seus militantes, porque não havia até o momento uma posição formal da SETEC contra a aceitação desses diplomas. Após a publicação do referido Ofício Circular, a luta em defesa desses militantes deve ser liderada pelo Sindicato. O relator do PL 4872/2009 é o deputado Pedro Wilson PT/GO. Os participantes do GT fizeram avaliação das Comissões Internas de Supervisão - CIS e Comissão Nacional de Supervisão CNS. A grande maioria dos presentes se manifestou desfavoravelmente a atuação das CIS nos IFs, com membros não eleitos e sim indicados pelos dirigentes máximos das Instituições. Os presentes fizeram uma avaliação positiva das ações da CNS. Constatou-se que muitos dos engessamentos nos trabalhos da mesma são devidos ao descaso do governo com as demandas da Carreira. Após longo debate e avaliação sobre as Comissões Internas de 1

2 Supervisão CIS, nas Instituições Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica foi encaminhado que Foi feito debate sobre a necessidade de modificação da legislação pertinente às Comissões Internas e Supervisão, sendo levada toda polêmica apresentada nesta reunião do GT para discussões na Base da Categoria: O segundo dia do GT iniciou-se as 09h15min do dia 26.11, com o item Reestruturação da Carreira dos Técnico-Administrativos PCCTAE. Foi feita uma explanação sobre a atual Carreira dos TAEs com uma comparação com a proposta elaborada pelo SINDSCOPE visando resgatar os princípios e diretrizes da Carreira e proposta elaborada pela Seção Sindical de Barbacena. As duas propostas diferem somente em um item: ao número de padrões de vencimentos. O debate sobre a Carreira dos Docentes se deu em cima do resgate dos princípios e diretrizes da Carreira: Incorporação da GEDBT e da RT aos vencimentos básicos de cada docente, estabelecendo a diferença salarial entre os mesmos a partir da Titulação e do Regime de Trabalho; Partir do Regime de trabalho de 40 horas para estabelecer as proporções salariais entre estes títulos e regimes de trabalho; Malha salarial com 20 padrões de vencimento para manter o docente incentivado durante toda sua vida funcional pelas progressões a cada 18 meses; Mudança da estrutura anterior acrescentando novos padrões (quatro). Os níveis de classificação são divididos por titulação (níveis de classificação), também subdivididos em quatro padrões: DI (1, 2, 3 e 4), DII (1, 2, 3 e 4), DIII (1, 2, 3 e 4), DIV (1, 2, 3 e 4), DV (1, 2, 3 e 4). No período da tarde do dia 26.11, a Assessoria Jurídica do SINASEFE se fez presente para esclarecimentos sobre Aposentadoria Especial, para quem trabalhou antes do RJU em situação insalubre. O STJ já reconhece para os servidores que adentraram antes do RJU. Em relação a entrada no serviço público após o RJU, é que se encontra o problema. O SINASEFE possui um mandado de injunção (cabe quando há direito adquirido sem regulamentação em lei), já acatado pelo relator no STJ. Orientação Normativa nº 11 Artigos 184 da lei 1.711/52 e 192 da lei 8.112/90, estas vantagens incidem apenas nas parcelas permanentes da remuneração do servidor. ENCAMINHAMENTOS: I Debate e encaminhamentos sobre o Relatório do GT de Racionalização dos Cargos do PCCTAE 1) Defender o relatório parcial do GT Racionalização na CNS. II Diplomas do MERCOSUL 1) Realizar reunião ampliada da Comissão Nacional de Supervisão do SINASEFE sobre Pós- Graduação no Mercosul, no dia 09 de dezembro de 2010, com a participação da Assessoria Jurídica do SINASEFE, para produzir documento de esclarecimento às Bases e de contraponto à posição apresentada pela MEC/SETEC e CAPES, buscando questionar uma série de elementos quanto a esta questão: o direito estabelecido no Decreto e do Congresso Nacional a respeito do Acordo Internacional do Mercosul; 2) Solicitar audiências no MEC, junto ao Relator do Projeto de modificação da LDB (Pedro Wilson PT/GO) e junto ao CONIF, buscando questionar o direito estabelecido no Decreto e do Congresso Nacional a respeito do Acordo Internacional do Mercosul; 3) Solicitar Audiência Pública no Congresso Nacional junto à Representação Parlamentar do Brasil no Mercosul; 4) Divulgar o e o nome do relator do PL (Pedro Wilson) e dos demais parlamentares da Representação Parlamentar do Brasil no Mercosul buscando apoio às nossas proposições e contra as posições apresentadas por SETEC e CAPES; 2

3 5) Que a Comissão Nacional do SINASEFE sobre o Mercosul continue acompanhando as reuniões do Parlasul e possa continuar articulando as nossas demandas junto àquele Fórum; 6) Estudar e realizar ação judicial sobre a admissão automática dos diplomas e certificados do Mercosul, buscando esse direito para os Sindicalizados (as) do SINASEFE que estão sendo impedidos(as) de terem a admissão dos seus títulos. Na reunião do dia 09 de dezembro de 2010 será discutida se esta ação judicial poderá ser em nível nacional, local, ou nas duas esferas; 7) Questionar na audiência com o CONIF qual projeto dos Reitores para o processo de qualificação dos(as) Servidores (as) da nossa Rede. III Avaliação das CIS e CNS 1) Logo após definirmos nossas posições sobre o tema, o SINASEFE irá apresentar essas posições formalmente ao MEC; 2) Encaminhar junto as Seções Sindicais para que garantam até o dia junto aos Reitores que o (a) representante da Instituição no Encontro Nacional das CIS seja alguém que tenha histórico de compromisso com a CIS e a Carreira do PCCTAE. 3) Foi feito debate sobre a necessidade de modificação da legislação pertinente às Comissões Internas de Supervisão, sendo levada toda polêmica apresentada nesta reunião do GT para discussões na Base da Categoria: Em relação à obrigatoriedade da eleição dos membros das CIS, bem como a obrigatoriedade da Instituição em prover essas Comissões de infraestrutura para realizar o seu trabalho, o GT entendeu a necessidade de fazer mais cobranças junto ao Governo e CONIF para que os elementos já contidos na legislação possam ser respeitados e encaminhados; Em relação às mudanças na legislação a partir do grau de representação e como compor essas CIS, foram apontados três caminhos que merecerão apreciação em reunião da CNS/GT Carreira do SINASEFE: a) Foi proposta a composição de 1 CIS por cada Campus das Instituições (Institutos e outras); b) Foi proposta a manutenção de uma CIS por cada Instituição (Institutos e outras), com a criação de um sub comissão por cada Campus dessas Instituições; c) Manter a possibilidade da implantação das duas propostas anteriores, a partir das necessidades de cada Instituição; 4) Em relação às mudanças na legislação sobre atribuições das CIS surgidas durante o GT Carreira, foram pautadas duas questões: a) Que as CIS possam fazer análise das progressões de cada Servidor(a); b) Que as CIS sejam consultadas todas as vezes que o(a) Servidor(a) venha fazer um recurso junto ao Conselho Superior de cada Instituição; 5) Durante o debate também surgiu o posicionamento de que a CNS e a CIS deveriam ser trabalhadas como instrumento do movimento sindical, mas apareceram outras posições que também defenderam a manutenção dessas Comissões no campo institucional. E como o 3

4 debate não foi fechado, esses elementos deverão reaparecer na próxima reunião sobre o tema; 6) Que as Seções Sindicais encaminhem a organização das CIS, conforme legislação nas Instituições de Ensino. IV Reestruturação da Carreira dos Técnico-Administrativos PCCTAE e Docentes TAES: 1) Retomada da Linearidade da Tabela do PCCTAE, com a reestruturação da malha salarial, colocando o primeiro padrão (nível de capacitação I) do nível de classificação subsequente na mesma posição na malha do padrão seis (nível de capacitação I) do nível de classificação anterior. EX: AI / 6 equivalente a BI / 1 (estando na mesma linha da malha salarial); 2) Malha Salarial com 39 ou 43 padrões de vencimento (a depender do debate no próximo GT Carreira), a partir da reestruturação da malha nos moldes do item anterior. 3) Piso de 3 salários mínimos (defesa da FASUBRA e do SINASEFE - na implantação do PCCTAE - como forma de aliança para o processo negocial da Carreira) ou do DIEESE (deliberação do SINASEFE no Congresso de Barbacena); 4) (Re) inclusão na Lei do step linear e constante, com a nossa reivindicação histórica dos 5% (o percentual do step poderá ser trabalhado nas simulações); 5) Racionalização dos Cargos a partir dos encaminhamentos aprovados nos fóruns do SINASEFE. Retomar as nossas deliberações a partir do que ficar definido na próxima reunião da CNS; 6) Criação de um Plano Nacional de Capacitação, com a destinação de verba por parte do governo do equivalente a 1% da folha de pagamento dos TAEs em toda Rede Federal de Ensino; 7) Incentivo à Qualificação de todas as titulações para todos os níveis de classificação; 8) Ficaram para novo debate nas Bases e posterior debate na próxima reunião do GT Carreira, com as devidas simulações e estudos da Base de Dados do Governo Federal sobre a nossa Categoria, dois pontos: - Ampliação da malha salarial para 20 padrões em cada nível de classificação. Manutenção da lógica de incentivo aos TAEs durante a sua vida funcional, a partir das progressões a cada 18 meses; - Acréscimo de 4 níveis de capacitação, por nível de classificação, ampliando para 8 níveis de capacitação; CARREIRA DOCENTE: 1) Incorporação da GEDBT e da RT aos vencimentos básicos de cada docente, estabelecendo a diferença salarial entre os mesmos a partir da Titulação e do Regime de Trabalho; 2) Partir do Regime de Trabalho de 40 horas para estabelecer as proporções salariais entre estes títulos e regimes de trabalho. EX: 20 h equivalendo a 50% do valor do salário base do docente de 40 horas; DE equivalendo a 55% a mais do valor do vencimento básico do docente com 40 h. Já em relação à titulação, a diferença se estabelece com o acréscimo desses percentuais, respectivamente, de aperfeiçoamento (13,5%), especialização (27%), mestrado (52%) e doutorado (75%). E estes percentuais já estariam incluídos nos vencimentos básicos de cada docente, no seu respectivo regime de trabalho; 4

5 3) Mudança na estrutura anterior acrescentando novos padrões (quatro). Os Níveis de Classificação são divididos por titulação (níveis de classificação), também subdivididos em quatro padrões: DI (1, 2, 3 e 4); DII (1, 2, 3 e 4); DIII (1, 2, 3 e 4); DIV (1, 2, 3 e 4); DV (1, 2, 3 e 4). Esta questão poderá ser modificada de acordo com o debate que o GT irá fazer na sua próxima reunião, a ser realizada nos dias 28 e 29 de janeiro de 2011; 4) Uma única carreira para todos os Docentes de todas as Instituições (CEFETs, INES, IBC, Institutos Federais, Colégios de Aplicação, Colégio Pedro II, Ex-Territórios e Instituições de Ensino pertencentes ao Ministério da Defesa). 5) Debater na próxima reunião do GT Carreira a ampliação da malha salarial para 20 padrões em cada titulação, mantendo a lógica de incentivo aos Docentes durante a sua vida funcional a partir das progressões a cada 18 meses. Encaminhamentos Gerais sobre a Carreira Realizar reunião do GT Carreira Nacional do SINASEFE, nos dias 28 e 29 de janeiro de 2011, para discutir o processo de avaliação e desenvolvimentos nas duas Carreiras (Docentes e TAEs) e as estratégias de negociação junto ao Governo, FASUBRA e ANDES; Encaminhar ofício as entidades (FASUBRA e ANDES) para juntos com o SINASEFE construírem a Carreira dos Docentes e Técnico-Administrativos; Encaminhar às bases documento com os princípios da Carreira defendidos pelo SINASEFE; O SINASEFE irá buscar o Banco de Dados da Categoria junto ao Governo, além de apresentar material para que o GT possa trabalhar simulações das tabelas, após o fechamento do debate dos princípios e diretrizes; Que a construção das novas tabelas atenda isonomicamente aos quadros aposentados e ativos da nossa categoria, permitindo, inclusive, que os aposentados possam ser enquadrados no final de carreira nas mudanças que pretendemos; Análise Jurídica da Lei 12014/09; Luta pela retomada dos Anuênios para todos os Servidores (as) e para atender ao tempo de serviço de cada um desses Servidores (as); Ambas as carreiras devem ser garantidas por Políticas de Estado voltadas para a formação continuada como motivação para a Progressão Funcional. A formação dos (as) Profissionais da Educação deve ser entendida na perspectiva social e inserida em Políticas Públicas, tratada como direito e superando as iniciativas individuais para aperfeiçoamento próprio, com oferta de cursos de graduação e pós-graduação aos/as Profissionais de toda Rede Federal de Ensino em Instituições de Ensino Superior Públicas; Encaminhar às Bases a proposta de Carreira do ANDES para conhecimento das mesmas. VI Encontro de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social 1) Encaminhou-se os dias de 30 e para realização do Encontro, na cidade de Brasília/DF. 5