SERMÃO DE SANTO ANTÔNIO AOS PEIXES, DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA. SOBRE O AUTOR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SERMÃO DE SANTO ANTÔNIO AOS PEIXES, DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA. SOBRE O AUTOR"

Transcrição

1 CURCEP PROFª DRª CAMILA PASQUAL DISCIPLINA: LITERATURA SERMÃO DE SANTO ANTÔNIO AOS PEIXES, DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA. SOBRE O AUTOR Antônio Vieira é o maior representante da prosa barroca no Brasil e o maior orador sacro do Brasil-Colônia. Nascido em Portugal, veio para o Brasil ainda criança e estudou no Colégio dos Jesuítas, em Salvador. IMPORTÂNCIA DO LIVRO Os sermões do Padre Vieira são o melhor exemplo do Barroco Conceptista no Brasil. São textos que usam a retórica, com jogos de ideias e raciocínio lógico, para convencer os leitores pelo raciocínio, mais que pela emoção. No Sermão de Santo Antônio aos Peixes, além de exaltar a necessidade da pregação, Vieira usa a alegoria 1 dos peixes para criticar a exploração do homem pelo homem e, mais especificamente, para condenar a escravidão indígena. INTRODUÇÃO O Sermão de Santo António aos Peixes foi proferido na cidade de São Luís do Maranhão em 1654, na sequência de uma disputa com os colonos portugueses no Brasil. O Sermão de Santo António aos Peixes constitui um documento da surpreendente imaginação, habilidade oratória e poder satírico do Padre António Vieira, que toma vários peixes (o roncador, o pegador, o voador e o polvo) como símbolos dos vícios daqueles colonos. Com uma construção literária e argumentativa notável, o sermão pretende louvar algumas virtudes humanas e, principalmente, censurar com severidade os vícios dos colonos. Este sermão (alegórico) foi pregado três dias antes do Padre António Vieira embarcar ocultamente para Portugal e interceder em favor dos índios. Vieira conseguiu atingir os seus objetivos, a contragosto dos colonos que assim perdiam parte da sua mão de obra barata, que eles exploravam impiedosamente. Todo o sermão é uma alegoria, porque os peixes são uma metáfora dos homens. O texto se divide, portanto, em seis partes. 1º Capítulo I (Exórdio - Parte Introdutória) 2º Capítulo II (Louvores em geral) 3º Capítulo III (Louvores em particular) 4º Capítulo IV (Repreensões em geral) 5º Capítulo V (Repreensões em particular) 6º Capítulo VI (Peroração ou conclusão). Exórdio - Introdução Neste primeiro capítulo, mais conhecido por exórdio (a introdução), o Padre António Vieira expõe o tema e as questões centrais que vai defender, bem como o plano estrutural do seu sermão. Vieira, a partir do conceito predicável Vós sois o sal da terra, em analogia com Santo António [que] foi sal da terra e foi sal do mar, visa criticar a humanidade que está cada vez mais corrupta. Quando ele sugere que a culpa se encontra no sal refere-se aos pregadores que proferem uma coisa e depois agem de outra forma, ou então, afirma que a culpa se 1 Expressão figurada, não real, de um pensamento ou de um sentimento, através da qual um objeto pode significar outro. Filosofia. Modo de interpretação que, usado por pensadores gregos, tinha o intuito de descobrir as ideias que estavam subentendidas, ou expressas de modo figurado, em narrativas mitológicas.. A representação feita por meio de imagens ou ornamentações que explicam o enredo de uma escola de samba. Alegoria da Caverna. Alegoria criada por Platão que afirma ser uma caverna a representação da ignorância humana. 1

2 encontra na terra, referindo-se assim aos ouvintes uma vez que estes não ligam às palavras da verdadeira doutrina. Visto que o Padre Antônio Vieira não obtinha os efeitos desejados da sua pregação decidiu deixar de pregar aos homens e preferiu antes dirigir-se aos peixes, tal como Santo Antônio já o fizera. No princípio, Vieira vai realçar e apreciar as virtudes dos peixes, mas em seguida irá apontar-lhes os defeitos para tentar corrigi-los. Síntese: Neste capítulo, Vieira critica a humanidade, que está cada vez mais corrupta, e os pregadores que, havendo tantos, não conseguem alcançar os seus objetivos. Utiliza as expressões sal para os pregadores e terra para os ouvintes. Exceção para Santo Antônio, que Vieira admira bastante e do qual aborda a história ocorrida com este em Arimino 2, onde pregava aos hereges 3 e foi alvo da tentativa de apedrejamento por parte destes. Exposição Capítulo II Louvor das virtudes dos peixes, em geral Neste capítulo serão criticados os homens por analogia com os peixes, como está expresso nesta passagem irónica: Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Vieira deixa bem claro que este sermão é uma alegoria, referindo-se frequentemente aos homens. Os peixes ora serão, metaforicamente, os índios ora os colonos. Neste capítulo, pois, o pregador pretende repreender os vícios dos homens, opostos às virtudes dos peixes. Louvor das virtudes, em geral : - ouvem e não falam ; - vós fostes os primeiros que Deus criou ; - e nas provisões [...] os primeiros nomeados foram os peixes ; - entre todos os animais do mundo, os peixes são os mais e os maiores ; - aquela obediência, com que chamados acudistes todos pela honra de vosso Criador e Senhor ; - aquela ordem, quietação e atenção com que ouvistes a palavra de Deus da boca do seu servo Antônio. [...] Os homens perseguindo a Antônio [...] e no mesmo tempo os peixes [...] acudindo a sua voz, atentos e suspensos às suas palavras, escutando com silêncio [...] o que não entendiam." - só eles entre todos os animais se não domam nem domesticam Síntese: Vieira inicia a exposição com uma pergunta retórica: Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? e de seguida indica a estrutura do sermão: dividirei, peixes, o vosso Sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreendervos-ei os vossos vícios O resto do capítulo é abordado por Vieira com as virtudes gerais dos peixes. Capítulo III Louvor das virtudes dos peixes, em particular Neste capítulo (considerado por alguns, o 1º momento da confirmação), Vieira continua a elogiar os peixes, mas desta vez os seus louvores aos peixes são individualizados, visam peixes em particular. Vieira utiliza quatro tipos de peixes para comprovar a relação entre o homem e o divino. O Santo Peixe de Tobias, peixe bíblico, grande em tamanho, possui nas suas entranhas um fel 4 que cura da cegueira e um coração que expulsa os demónios («o fel era bom 2 Uma cidade da Itália. 3 É o nome dado ao indivíduo que professa uma heresia, ou seja, que questiona certas crenças estabelecidas por uma determinada religião. É a pessoa que é contrária aos dogmas de uma determinada religião ou seita. 4 Amargo, dissabores da vida. 2

3 para curar da cegueira», «o coração para lançar fora os demónios» ); representa as virtudes interiores, a bondade, e o poder purificador da palavra de Deus. A Rémora, peixe tão pequeno no corpo e tão grande na força e no poder, quando se prende a um navio tem força razoável para segurar ou determinar o seu rumo («se se pega ao leme de uma nau 5 da Índia [ ] a prende e a amarra mais que as mesmas âncoras, sem se poder mover, nem ir por diante.»); expressa a força ou o poder da palavra dos pregadores: a língua de S. António era uma rémora na terra tinha força para dominar as paixões humanas como a soberba, a vingança, a cobiça e a sensualidade (as quatro naus do sermão). O Torpedo origina descargas elétricas que acabam por fazer oscilar o braço do pescador («Está o pescador com a cana na mão, o anzol no fundo e a boia sobre a água, e em lhe picando na isca o torpedo, começa a lhe tremer o braço. Pode haver maior, mais breve e mais admirável efeito?»); simboliza o poder da palavra de Deus, em converter, em fazer o ser humano arrepender-se. O Quatro-olhos contém dois pares de olhos, uns para cima e outros para baixo («e como têm inimigos no mar e inimigos no ar, dobrou-lhes a natureza as sentinelas e deu-lhes dois olhos, que direitamente olhassem para cima, para se vigiarem das aves, e outros dois que direitamente olhassem para baixo, para se vigiarem dos peixes.»); simbolizam a visão, a iluminação: o cristão tem o dever de tirar os olhos da vaidade terrena, olhando para o céu, e sem esquecer o inferno. Síntese Todos estes elogios que o Padre António Vieira tece aos peixes são o contraponto dos defeitos e os vícios dos homens. Os quatro peixes, o Santo Peixe de Tobias, a Rémora, o Torpedo e o Quatro-olhos possuem características que na sua totalidade se podem identificar com as principais virtudes de Santo António. Capítulo IV Repreensão aos vícios dos peixes, em geral Neste capítulo, Vieira repreende os peixes em geral. Vieira critica-os por se comerem uns aos outros (sentido denotativo ou literal) e por serem os grandes que comem os pequenos, mas com os homens passa-se um fenómeno semelhante. Quando morre um homem, logo uma série de pessoas se prepara para o "comer" (sentido denotativo ou figurado), nomeadamente os herdeiros, os testamenteiros, o coveiro, etc. Contudo, os homens não se comem apenas depois de mortos, sendo o mal maior o fato de se comerem em vida. Por exemplo, o homem acusado de crime é "comido" pelo solicitador, pelo advogado, pela testemunha, etc. Entre os homens, além de serem os grandes que "comem" os pequenos, devoram-nos em grande quantidade, não como fazem com qualquer comida, mas como fazem com o pão, que é um alimento de todos os dias. Padre António Vieira alerta os peixes que Deus os pode castigar, tal como castiga os homens, pois poderão encontrar sempre outros peixes maiores que comerão os pequenos. Vieira aconselha os peixes a não se destruírem uns aos outros, pois já basta a perseguição que lhes movem os homens. Os peixes poderão alegar, como fazem os homens, que não têm outro meio de sobrevivência, mas o mar é tão grande que eles poderão se sustentar só com o que ele deita à praia. Após o dilúvio, se os animais se comessem, não se teriam multiplicado, uma vez que só havia dois de cada espécie. Outro defeito dos peixes consiste em deixarem-se tentar por um bocado de pano atado num anzol. Do mesmo defeito padecem os homens e pelo mesmo motivo guerreiam-se uns aos outros. Vieira faz referência às ordens de Cristo, Santiago, Avis e de Malta, cujos hábitos os homens ambicionam envergar. Capítulo V Repreensão aos vícios dos peixes, em particular Neste capítulo, faz-se repreensões aos peixes em particular, que representam os diversos defeitos humanos:. 5 Uma pequena embarcação, usada no velho testamento 3

4 Os Roncadores, peixes pequenos e que emitem um som grave, são sempre facilmente pescados e apesar de serem pequenos têm muita língua («É possível que sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?»). Representam a soberba, a arrogância e o orgulhoso. Encontramos esse comportamento em personagens como S. Pedro, Golias e Pilatos, em contraste com Santo António que tinha saber e poder, mas não se vangloriava. Os Pegadores, pequenos e que se fixam a peixes grandes ou ao leme dos navios («Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram.»). Representam o oportunismo, o parasitismo social e ao servilismo. Uma vez que vivem na dependência dos grandes e morrem com eles. Vieira argumenta que os grandes morrem porque comeram, os pequenos morrem sem terem comido. Na humanidade, encontramos os seguidores de Herodes. Santo António «pegou-se» apenas a Cristo e seguiu-o Os Voadores, peixes de grandes barbatanas que saltam para fora de água como se voassem. Representam o defeito da presunção e da ambição desmedida e desse modo, porque não se contentam com o seu elemento, são pescados como peixes e caçados como aves («Dizei-me, voadores, não vos fez Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves? [...] Contentai-vos com o mar e com nadar, e não queirais voar, pois sois peixes.»). Simão Mago e Ícaro exemplificam-no entre os homens. Por contraste, Santo António tinha sabedoria e poder, mas não se vangloriou. O Polvo, detentor de um «capelo» 6, tentáculos, um corpo mole e podendo camuflar-se, é considerado um hipócrita e traidor, pois utiliza a capacidade mimética (varia a sua coloração e a sua forma, de acordo com o meio em que se encontra) para atacar os peixes desprevenidos («E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa [...] o dito polvo é o maior traidor do mar.»).entre os homens, encontramo-lo em Judas. Mais uma vez, por contraste, Santo António foi sincero e verdadeiro - nunca enganou. O sermão é, pois, todo ele feito de alegorias, simbolizando os vícios dos colonos do Brasil ("peixes grandes que comem os pequenos") em vários peixes: o roncador (o orgulhoso), voador (o ambicioso), pegador (o parasita) e o polvo (o traidor, mais traidor que o próprio Judas). Peroração capítulo VI Neste capítulo, mais conhecido por peroração ou conclusão. o pregador visa um desfecho forte, de modo a impressionar o auditório e levá-lo a pôr em prática os conselhos recebidos. Padre António Vieira despede-se dos peixes, dizendo que, dos animais que Deus tinha escolhido para lhe serem sacrificados, os peixes tinham sido excluídos, porque os outros animais, ao contrário dos peixes, podiam ir vivos aos sacrifícios. Entre os homens, havia muitos que chegavam ao altar com as suas almas mortas pelo pecado e, por isso, era preferível não ser sacrificado a Deus do que ser sacrificado morto. Vieira faz um ato de contrição, reconhecendo que os peixes o excedem em tudo. Os peixes não falam, mas não ofendem a Deus com as palavras, não entendem, mas não ofendem a Deus com o entendimento. Os homens, sendo seres dotados de razão, respondem mal pelas suas obrigações, por isso é melhor ser peixe. Vieira termina com um apelo, pedindo aos peixes para louvarem a Deus. Na última frase, parece que o público real e o ficcional se coincidem, percebendo-se que Vieira se dirige mais aos homens, ao dizer que não pode acabar o sermão em graça, porque os peixes (ou seja, os homens) também não estão em graça. 6 Parte superior do hábito de religiosos, que lhes cobria a cabeça, à maneira de capuz. Pequena capa ou murça us. sobre os ombros pelos doutores em cerimônias acadêmicas, solenidades etc.chapéu de cardeal. 4

5 Recursos estilísticos predominantes O Sermão de Santo António aos peixes é uma alegoria, na medida em que os peixes são a personificação dos homens. O Padre Antônio Vieira toma como ponto de partida uma frase bíblica inconstestavelmente aplicável às condições políticas e sociais da sua época. A pessoa gramatical privilegiada é, obviamente, a segunda, visto que o seu objetivo é persuadir e contar com a aprovação dos ouvintes. Este sermão teve como ouvintes os colonos do Maranhão e tem grande coesão e coerência textual graças à utilização de recursos estilísticos, nomeadamente: a antítese, a apóstrofe, a comparação, o paralelismo, a anáfora, a enumeração, a exclamação retórica, a gradação crescente, a interrogação retórica, a ironia, a metáfora, o paradoxo e o trocadilho. Em suma, o sermão seiscentista obedece à máxima ensinar, deleitar 7 e mover, e o Sermão de Santo António aos Peixes, também obedece a esta estrutura. Conclui-se assim, fazendo um apelo aos ouvintes e louvando-se a Deus, tornando esta última parte do sermão um pouco mais familiar, para que se estabeleça de novo a proximidade entre os ouvintes e o orador. QUESTÕES DE VESTIBULAR 1) Leia o seguinte fragmento extraído do Sermão de Santo Antônio, de Pe. Vieira. "(...) o pão é comer de todos dos dias, que sempre e continuamente se come: isto é o que padecem os pequenos. São o pão cotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e tudo são comidos os miseráveis pequenos, não tendo, nem fazendo ofício em que os não carreguem, em que os não multem, em que os não defraudem, em que os não comam, traguem e devorem (...)" No trecho, observa-se que Vieira: I. constrói a argumentação por meio da analogia, o que constitui um traço característico da prosa vieirana. II. finaliza com uma gradação crescente a fim de dar ênfase à voracidade da exploração sofrida pelos pequenos. III. afirma, ao estabelecer uma comparação entre os humildes e o pão, alimento de consumo diário, que a exploração dos pequenos é aceitável porque é cotidiana. Está(ão) correta(s) apenas a) I. b) I e III. c) III. d) II e III e) I, II e III. 3) O sermão de Santo Antônio ou dos Peixes é um dois mais significativos da arte oratória do Padre Antônio Vieira. O pregador em São Luís do Maranhão, no ano de Com relação a esse sermão, analise as afirmativas abaixo: I. O pregador o fez com o objetivo de encontrar solução para o problema dos índios, barbaramente escravizados pelos colonos; II. O jesuíta finge dirigir-se aos peixes e não aos homens para recriminar a má vida dos espectadores, que se recusavam ao seguir os ensinamentos cristãos; III. O orador critica os pregadores que distorcem a palavra de Deus, utilizando-a com o simples propósito de agradar aos ouvintes do sermão. É correto o que se afirma em: a) II e III b) I e III c) Todas d) I e II e) I 7 provocar deleite, satisfação, prazer (em); deliciar. Experimentar deleitação, prazer, contentamento; regozijar-se. 5

6 3) (UFBA) Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela, que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os Pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina, que lhes dão, a não querem receber; ou é porque o sal não salga, e os Pregadores dizem uma cousa, e fazem outra, ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem: ou é porque o sal não salga, e os Pregadores se pregam a si, e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal. O autor aponta como causa da corrupção na terra: a) a doutrina pregada é fraca ou os homens não lhe são receptivos. b) os pregadores pregam uma falsa doutrina ou a doutrina é ineficiente. c) os homens não são receptivos à doutrina, porque ela é verdadeira. d) a ação dos pregadores não testemunha o que eles pregam. e) os homens tentam imitar os pregadores, seguindo-lhes a doutrina 4) Todas as proposições dizem respeito a Padre Antônio Vieira, exceto: a) As qualidades de Padre Antônio Vieira como orador são incomparáveis. Entre sua vasta produção, destacam-se: Sermão da sexagésima, Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, Sermão de Santo Antônio (aos peixes) e Sermão do mandato. b) Seus sermões estavam a serviço de causas políticas que abraçava e defendia e, por isso, indispôs-se com muita gente. As ideias que Vieira pregava perturbavam o conforto do pensamento, e quanto mais era odiado pela Inquisição, mais a desafiava. c) Vieira teve um pouco de sonhador e profeta, chegando a escrever três obras com esse conteúdo, obras baseadas em textos bíblicos e nos textos e profecias do poeta português Bandarra. Vieira acreditava na ressureição do rei D. João IV, seu protetor, morto em d) Não tendo publicado nenhum livro, produziu, entretanto, inúmeros poemas de caráter religioso, amoroso e satírico. Foi chamado de Boca do Inferno graças à sua irreverente obra satírica. 5) Assinale a alternativa incorreta sobre o Sermão de Santo Antônio aos peixes. a) Sermão alegórico pregado na cidade de São Luís do Maranhão, no ano de Seu ponto de partida está na citação do Evangelho de Mateus, na passagem que diz "Vos estis sal terra' (Vós sois o sal da terra), a propósito dos pregadores. b) Dizendo que a função do sermão é análoga à do sal, isto é, evitar a corrupção, Vieira assim identifica as duas possíveis causas de existência de tanta corrupção na terra: "ou porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar". c) Explicitando as metáforas contidas na citação da alternativa anterior, Vieira levanta as seguintes hipóteses sobre a corrupção que se verifica na terra: "ou o sal salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber". d) Vieira recrimina que os peixes devorem-se mutuamente, mas assinala que entre os homens dá-se o mesmo, piorado: "...vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair, sem quietação, nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão de comer, e como se hão de comer". e) Dirigindo-se aos peixes do mar, Vieira, na verdade, fala aos homens, mostrando-lhes os próprios vícios. Vieira louva nos peixes sua afeição natural pelos humanos, dizendo que o preço desse convívio é a perda da liberdade. 6

7 GABARITO CURCEP PROFª DRª CAMILA PASQUAL DISCIPLINA: LITERATURA SERMÃO DE SANTO ANTÔNIO AOS PEIXES, DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA. SOBRE O AUTOR Antônio Vieira é o maior representante da prosa barroca no Brasil e o maior orador sacro do Brasil-Colônia. Nascido em Portugal, veio para o Brasil ainda criança e estudou no Colégio dos Jesuítas, em Salvador. IMPORTÂNCIA DO LIVRO Os sermões do Padre Vieira são o melhor exemplo do Barroco Conceptista no Brasil. São textos que usam a retórica, com jogos de ideias e raciocínio lógico, para convencer os leitores pelo raciocínio, mais que pela emoção. No Sermão de Santo Antônio aos Peixes, além de exaltar a necessidade da pregação, Vieira usa a alegoria 8 dos peixes para criticar a exploração do homem pelo homem e, mais especificamente, para condenar a escravidão indígena. INTRODUÇÃO O Sermão de Santo António aos Peixes foi proferido na cidade de São Luís do Maranhão em 1654, na sequência de uma disputa com os colonos portugueses no Brasil. O Sermão de Santo António aos Peixes constitui um documento da surpreendente imaginação, habilidade oratória e poder satírico do Padre António Vieira, que toma vários peixes (o roncador, o pegador, o voador e o polvo) como símbolos dos vícios daqueles colonos. Com uma construção literária e argumentativa notável, o sermão pretende louvar algumas virtudes humanas e, principalmente, censurar com severidade os vícios dos colonos. Este sermão (alegórico) foi pregado três dias antes do Padre António Vieira embarcar ocultamente para Portugal e interceder em favor dos índios. Vieira conseguiu atingir os seus objetivos, a contragosto dos colonos que assim perdiam parte da sua mão de obra barata, que eles exploravam impiedosamente. Todo o sermão é uma alegoria, porque os peixes são uma metáfora dos homens. O texto se divide, portanto, em seis partes. 1º Capítulo I (Exórdio - Parte Introdutória) 2º Capítulo II (Louvores em geral) 3º Capítulo III (Louvores em particular) 4º Capítulo IV (Repreensões em geral) 5º Capítulo V (Repreensões em particular) 6º Capítulo VI (Peroração ou conclusão). Exórdio - Introdução 8 Expressão figurada, não real, de um pensamento ou de um sentimento, através da qual um objeto pode significar outro. Filosofia. Modo de interpretação que, usado por pensadores gregos, tinha o intuito de descobrir as ideias que estavam subentendidas, ou expressas de modo figurado, em narrativas mitológicas. Artes. Obra que representa um pensamento abstrato. Brasil. A representação feita por meio de imagens ou ornamentações que explicam o enredo de uma escola de samba. Alegoria da Caverna. Alegoria criada por Platão que afirma ser uma caverna a representação da ignorância humana. (Etm. do latim: allegoria.ae; pelo grego: allegoría) 7

8 Neste primeiro capítulo, mais conhecido por exórdio (a introdução), o Padre António Vieira expõe o tema e as questões centrais que vai defender, bem como o plano estrutural do seu sermão. Vieira, a partir do conceito predicável Vós sois o sal da terra, em analogia com Santo António [que] foi sal da terra e foi sal do mar, visa criticar a humanidade que está cada vez mais corrupta. Quando ele sugere que a culpa se encontra no sal refere-se aos pregadores que proferem uma coisa e depois agem de outra forma, ou então, afirma que a culpa se encontra na terra, referindo-se assim aos ouvintes uma vez que estes não ligam às palavras da verdadeira doutrina. Visto que o Padre Antônio Vieira não obtinha os efeitos desejados da sua pregação decidiu deixar de pregar aos homens e preferiu antes dirigir-se aos peixes, tal como Santo Antônio já o fizera. No princípio, Vieira vai realçar e apreciar as virtudes dos peixes, mas em seguida irá apontar-lhes os defeitos para tentar corrigi-los. Síntese: Neste capítulo, Vieira critica a humanidade, que está cada vez mais corrupta, e os pregadores que, havendo tantos, não conseguem alcançar os seus objetivos. Utiliza as expressões sal para os pregadores e terra para os ouvintes. Exceção para Santo Anônio, que Vieira admira bastante e do qual aborda a história ocorrida com este em Arimino 9, onde pregava aos hereges 10 e foi alvo da tentativa de apedrejamento por parte destes. Exposição Capítulo II Louvor das virtudes dos peixes, em geral Neste capítulo serão criticados os homens por analogia com os peixes, como está expresso nesta passagem irónica: Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Vieira deixa bem claro que este sermão é uma alegoria, referindo-se frequentemente aos homens. Os peixes ora serão, metaforicamente, os índios ora os colonos. Neste capítulo, pois, o pregador pretende repreender os vícios dos homens, opostos às virtudes dos peixes. Louvor das virtudes, em geral : - ouvem e não falam ; - vós fostes os primeiros que Deus criou ; - e nas provisões [...] os primeiros nomeados foram os peixes ; - entre todos os animais do mundo, os peixes são os mais e os maiores ; - aquela obediência, com que chamados acudistes todos pela honra de vosso Criador e Senhor ; - aquela ordem, quietação e atenção com que ouvistes a palavra de Deus da boca do seu servo Antônio. [...] Os homens perseguindo a Antônio [...] e no mesmo tempo os peixes [...] acudindo a sua voz, atentos e suspensos às suas palavras, escutando com silêncio [...] o que não entendiam." - só eles entre todos os animais se não domam nem domesticam Síntese: Vieira inicia a exposição com uma pergunta retórica: Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? e de seguida indica a estrutura do sermão: dividirei, peixes, o vosso Sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreendervos-ei os vossos vícios O resto do capítulo é abordado por Vieira com as virtudes gerais dos peixes. Capítulo III Louvor das virtudes dos peixes, em particular 9 Uma cidade da Itália. 10 É o nome dado ao indivíduo que professa uma heresia, ou seja, que questiona certas crenças estabelecidas por uma determinada religião. É a pessoa que é contrária aos dogmas de uma determinada religião ou seita. 8

9 Neste capítulo (considerado por alguns, o 1º momento da confirmação), Vieira continua a elogiar os peixes, mas desta vez os seus louvores aos peixes são individualizados, visam peixes em particular. Vieira utiliza quatro tipos de peixes para comprovar a relação entre o homem e o divino. O Santo Peixe de Tobias, peixe bíblico, grande em tamanho, possui nas suas entranhas um fel 11 que cura da cegueira e um coração que expulsa os demónios («o fel era bom para curar da cegueira», «o coração para lançar fora os demónios» ); representa as virtudes interiores, a bondade, e o poder purificador da palavra de Deus. A Rémora, peixe tão pequeno no corpo e tão grande na força e no poder, quando se prende a um navio tem força razoável para segurar ou determinar o seu rumo («se se pega ao leme de uma nau 12 da Índia [ ] a prende e a amarra mais que as mesmas âncoras, sem se poder mover, nem ir por diante.»); expressa a força ou o poder da palavra dos pregadores: a língua de S. António era uma rémora na terra tinha força para dominar as paixões humanas como a soberba, a vingança, a cobiça e a sensualidade (as quatro naus do sermão). O Torpedo origina descargas elétricas que acabam por fazer oscilar o braço do pescador («Está o pescador com a cana na mão, o anzol no fundo e a boia sobre a água, e em lhe picando na isca o torpedo, começa a lhe tremer o braço. Pode haver maior, mais breve e mais admirável efeito?»); simboliza o poder da palavra de Deus, em converter, em fazer o ser humano arrepender-se. O Quatro-olhos contém dois pares de olhos, uns para cima e outros para baixo («e como têm inimigos no mar e inimigos no ar, dobrou-lhes a natureza as sentinelas e deu-lhes dois olhos, que direitamente olhassem para cima, para se vigiarem das aves, e outros dois que direitamente olhassem para baixo, para se vigiarem dos peixes.»); simbolizam a visão, a iluminação: o cristão tem o dever de tirar os olhos da vaidade terrena, olhando para o céu, e sem esquecer o inferno. Síntese Todos estes elogios que o Padre António Vieira tece aos peixes são o contraponto dos defeitos e os vícios dos homens. Os quatro peixes, o Santo Peixe de Tobias, a Rémora, o Torpedo e o Quatro-olhos possuem características que na sua totalidade se podem identificar com as principais virtudes de Santo António. Capítulo IV Repreensão aos vícios dos peixes, em geral Neste capítulo, Vieira repreende os peixes em geral. Vieira critica-os por se comerem uns aos outros (sentido denotativo ou literal) e por serem os grandes que comem os pequenos, mas com os homens passa-se um fenómeno semelhante. Quando morre um homem, logo uma série de pessoas se prepara para o "comer" (sentido denotativo ou figurado), nomeadamente os herdeiros, os testamenteiros, o coveiro, etc. Contudo, os homens não se comem apenas depois de mortos, sendo o mal maior o fato de se comerem em vida. Por exemplo, o homem acusado de crime é "comido" pelo solicitador, pelo advogado, pela testemunha, etc. Entre os homens, além de serem os grandes que "comem" os pequenos, devoram-nos em grande quantidade, não como fazem com qualquer comida, mas como fazem com o pão, que é um alimento de todos os dias. Padre António Vieira alerta os peixes que Deus os pode castigar, tal como castiga os homens, pois poderão encontrar sempre outros peixes maiores que comerão os pequenos. Vieira aconselha os peixes a não se destruírem uns aos outros, pois já basta a perseguição que lhes movem os homens. Os peixes poderão alegar, como fazem os homens, que não têm outro meio de sobrevivência, mas o mar é tão grande que eles poderão se sustentar só com o que ele deita à praia. Após o dilúvio, se os animais se comessem, não se teriam multiplicado, uma vez que só havia dois de cada espécie. Outro defeito dos peixes consiste em deixarem-se tentar por um bocado de pano atado num anzol. Do mesmo defeito padecem os homens e pelo mesmo motivo guerreiam-se uns aos outros. Vieira faz referência às ordens de Cristo, Santiago, Avis e de Malta, cujos hábitos os homens ambicionam envergar. 11 Amargo, dissabores da vida. 12 Uma pequena embarcação, usada no velho testamento 9

10 Capítulo V Repreensão aos vícios dos peixes, em particular Neste capítulo, faz-se repreensões aos peixes em particular, que representam os diversos defeitos humanos:. Os Roncadores, peixes pequenos e que emitem um som grave, são sempre facilmente pescados e apesar de serem pequenos têm muita língua («É possível que sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?»). Representam a soberba, a arrogância e o orgulhoso. Encontramos esse comportamento em personagens como S. Pedro, Golias e Pilatos, em contraste com Santo António que tinha saber e poder, mas não se vangloriava. Os Pegadores, pequenos e que se fixam a peixes grandes ou ao leme dos navios («Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram.»). Representam o oportunismo, o parasitismo social e ao servilismo. Uma vez que vivem na dependência dos grandes e morrem com eles. Vieira argumenta que os grandes morrem porque comeram, os pequenos morrem sem terem comido. Na humanidade, encontramos os seguidores de Herodes. Santo António «pegou-se» apenas a Cristo e seguiu-o Os Voadores, peixes de grandes barbatanas que saltam para fora de água como se voassem. Representam o defeito da presunção e da ambição desmedida e desse modo, porque não se contentam com o seu elemento, são pescados como peixes e caçados como aves («Dizei-me, voadores, não vos fez Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves? [...] Contentai-vos com o mar e com nadar, e não queirais voar, pois sois peixes.»). Simão Mago e Ícaro exemplificam-no entre os homens. Por contraste, Santo António tinha sabedoria e poder, mas não se vangloriou. O Polvo, detentor de um «capelo» 13, tentáculos, um corpo mole e podendo camuflarse, é considerado um hipócrita e traidor, pois utiliza a capacidade mimética (varia a sua coloração e a sua forma, de acordo com o meio em que se encontra) para atacar os peixes desprevenidos («E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa [...] o dito polvo é o maior traidor do mar.»).entre os homens, encontramo-lo em Judas. Mais uma vez, por contraste, Santo António foi sincero e verdadeiro - nunca enganou. O sermão é, pois, todo ele feito de alegorias, simbolizando os vícios dos colonos do Brasil ("peixes grandes que comem os pequenos") em vários peixes: o roncador (o orgulhoso), voador (o ambicioso), pegador (o parasita) e o polvo (o traidor, mais traidor que o próprio Judas). Peroração capítulo VI Neste capítulo, mais conhecido por peroração ou conclusão. o pregador visa um desfecho forte, de modo a impressionar o auditório e levá-lo a pôr em prática os conselhos recebidos. Padre António Vieira despede-se dos peixes, dizendo que, dos animais que Deus tinha escolhido para lhe serem sacrificados, os peixes tinham sido excluídos, porque os outros animais, ao contrário dos peixes, podiam ir vivos aos sacrifícios. Entre os homens, havia muitos que chegavam ao altar com as suas almas mortas pelo pecado e, por isso, era preferível não ser sacrificado a Deus do que ser sacrificado morto. Vieira faz um ato de contrição, reconhecendo que os peixes o excedem em tudo. Os peixes não falam, mas não ofendem a Deus com as palavras, não entendem, mas não ofendem a Deus com o entendimento. Os homens, sendo seres dotados de razão, respondem mal pelas suas obrigações, por isso é melhor ser peixe. 13 Parte superior do hábito de religiosos, que lhes cobria a cabeça, à maneira de capuz. Pequena capa ou murça us. sobre os ombros pelos doutores em cerimônias acadêmicas, solenidades etc.chapéu de cardeal. 10

11 Vieira termina com um apelo, pedindo aos peixes para louvarem a Deus. Na última frase, parece que o público real e o ficcional se coincidem, percebendo-se que Vieira se dirige mais aos homens, ao dizer que não pode acabar o sermão em graça, porque os peixes (ou seja, os homens) também não estão em graça. Recursos estilísticos predominantes O Sermão de Santo António aos peixes é uma alegoria, na medida em que os peixes são a personificação dos homens. O Padre Antônio Vieira toma como ponto de partida uma frase bíblica inconstestavelmente aplicável às condições políticas e sociais da sua época. A pessoa gramatical privilegiada é, obviamente, a segunda, visto que o seu objetivo é persuadir e contar com a aprovação dos ouvintes. Este sermão teve como ouvintes os colonos do Maranhão e tem grande coesão e coerência textual graças à utilização de recursos estilísticos, nomeadamente: a antítese, a apóstrofe, a comparação, o paralelismo, a anáfora, a enumeração, a exclamação retórica, a gradação crescente, a interrogação retórica, a ironia, a metáfora, o paradoxo e o trocadilho. Em suma, o sermão seiscentista obedece à máxima ensinar, deleitar 14 e mover, e o Sermão de Santo António aos Peixes, também obedece a esta estrutura. Conclui-se assim, fazendo um apelo aos ouvintes e louvando-se a Deus, tornando esta última parte do sermão um pouco mais familiar, para que se estabeleça de novo a proximidade entre os ouvintes e o orador. QUESTÕES DE VESTIBULAR 1) Leia o seguinte fragmento extraído do Sermão de Santo Antônio, de Pe. Vieira. "(...) o pão é comer de todos dos dias, que sempre e continuamente se come: isto é o que padecem os pequenos. São o pão cotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e tudo são comidos os miseráveis pequenos, não tendo, nem fazendo ofício em que os não carreguem, em que os não multem, em que os não defraudem, em que os não comam, traguem e devorem (...)" No trecho, observa-se que Vieira: I. constrói a argumentação por meio da analogia, o que constitui um traço característico da prosa vieirana. II. finaliza com uma gradação crescente a fim de dar ênfase à voracidade da exploração sofrida pelos pequenos. III. afirma, ao estabelecer uma comparação entre os humildes e o pão, alimento de consumo diário, que a exploração dos pequenos é aceitável porque é cotidiana. Está(ão) correta(s) apenas a) I. b) I e III. c) III. d) II e III e) I, II e III. 3) O sermão de Santo Antônio ou dos Peixes é um dois mais significativos da arte oratória do Padre Antônio Vieira. O pregador em São Luís do Maranhão, no ano de Com relação a esse sermão, analise as afirmativas abaixo: I. O pregador o fez com o objetivo de encontrar solução para o problema dos índios, barbaramente escravizados pelos colonos; II. O jesuíta finge dirigir-se aos peixes e não aos homens para recriminar a má vida dos espectadores, que se recusavam ao seguir os ensinamentos cristãos; 14 provocar deleite, satisfação, prazer (em); deliciar. Experimentar deleitação, prazer, contentamento; regozijar-se. 11

12 III. O orador critica os pregadores que distorcem a palavra de Deus, utilizando-a com o simples propósito de agradar aos ouvintes do sermão. É correto o que se afirma em: a) II e III b) I e III c) Todas d) I e II e) I 3) (UFBA) Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela, que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os Pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina, que lhes dão, a não querem receber; ou é porque o sal não salga, e os Pregadores dizem uma cousa, e fazem outra, ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem: ou é porque o sal não salga, e os Pregadores se pregam a si, e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal. O autor aponta como causa da corrupção na terra: a) a doutrina pregada é fraca ou os homens não lhe são receptivos. b) os pregadores pregam uma falsa doutrina ou a doutrina é ineficiente. c) os homens não são receptivos à doutrina, porque ela é verdadeira. d) a ação dos pregadores não testemunha o que eles pregam. e) os homens tentam imitar os pregadores, seguindo-lhes a doutrina 4) Todas as proposições dizem respeito a Padre Antônio Vieira, exceto: a) As qualidades de Padre Antônio Vieira como orador são incomparáveis. Entre sua vasta produção, destacam-se: Sermão da sexagésima, Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, Sermão de Santo Antônio (aos peixes) e Sermão do mandato. b) Seus sermões estavam a serviço de causas políticas que abraçava e defendia e, por isso, indispôs-se com muita gente. As ideias que Vieira pregava perturbavam o conforto do pensamento, e quanto mais era odiado pela Inquisição, mais a desafiava. c) Vieira teve um pouco de sonhador e profeta, chegando a escrever três obras com esse conteúdo, obras baseadas em textos bíblicos e nos textos e profecias do poeta português Bandarra. Vieira acreditava na ressureição do rei D. João IV, seu protetor, morto em d) Não tendo publicado nenhum livro, produziu, entretanto, inúmeros poemas de caráter religioso, amoroso e satírico. Foi chamado de Boca do Inferno graças à sua irreverente obra satírica. 5) Assinale a alternativa incorreta sobre o Sermão de Santo Antônio aos peixes. a) Sermão alegórico pregado na cidade de São Luís do Maranhão, no ano de Seu ponto de partida está na citação do Evangelho de Mateus, na passagem que diz "Vos estis sal terra' (Vós sois o sal da terra), a propósito dos pregadores. b) Dizendo que a função do sermão é análoga à do sal, isto é, evitar a corrupção, Vieira assim identifica as duas possíveis causas de existência de tanta corrupção na terra: "ou porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar". c) Explicitando as metáforas contidas na citação da alternativa anterior, Vieira levanta as seguintes hipóteses sobre a corrupção que se verifica na terra: "ou o sal salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber". d) Vieira recrimina que os peixes devorem-se mutuamente, mas assinala que entre os homens dá-se o mesmo, piorado: "...vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e 12

13 sair, sem quietação, nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão de comer, e como se hão de comer". e) Dirigindo-se aos peixes do mar, Vieira, na verdade, fala aos homens, mostrando-lhes os próprios vícios. Vieira louva nos peixes sua afeição natural pelos humanos, dizendo que o preço desse convívio é a perda da liberdade. 13

CAMINHOS DO BARROCO. Sermão de Santo António

CAMINHOS DO BARROCO. Sermão de Santo António CAMINHOS DO BARROCO Sermão de Santo António ESTRUTURA CAPÍTULO I INTRODUÇÃO EXÓRDIO CAPÍTULOS III A V DESENVOLVIMENTO LOUVORES REPREENSÕES em geral em particular em geral em particular EXPOSIÇÃO E CONFIRMAÇÃO

Leia mais

Padre António Vieira Sermão de Santo António

Padre António Vieira Sermão de Santo António CAMINHOS DO BARROCO Padre António Vieira Sermão de Santo António SÍNTESE DOS CONTEÚDOS Contextualização histórico-literária Século XVII Desaparecimento do rei D. Sebastião em Alcácer Quibir e consequente

Leia mais

Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em Com sete anos de idade, veio para o Brasil e entrou para a Companhia de

Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em Com sete anos de idade, veio para o Brasil e entrou para a Companhia de Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em 1697. Com sete anos de idade, veio para o Brasil e entrou para a Companhia de Jesus. Por defender posições favoráveis aos índios e

Leia mais

Sermão de S. A.º aos Peixes GUIÃO CAP. I

Sermão de S. A.º aos Peixes GUIÃO CAP. I Sermão de S. A.º aos Peixes GUIÃO CAP. I 1.1. Vós = pregadores. O conceito predicável é um passo das Escrituras que se demonstra irrefutavelmente aplicável às condições da época. 1.2. O sal impede a corrupção

Leia mais

Um olhar sobre o Sermão de Santo António aos Peixes

Um olhar sobre o Sermão de Santo António aos Peixes Um olhar sobre o Sermão de Santo António aos Peixes O Sermão de Santo António aos Peixes parte da lenda medieval segundo a qual o santo, numa das suas pregações em que não consegue ser ouvido pelos homens,

Leia mais

Português 11ºAno. O Essencial sobre a matéria:

Português 11ºAno. O Essencial sobre a matéria: Português 11ºAno O Essencial sobre a matéria: O Sermão de Santo António aos Peixes Cáp.I até ao Cáp.III Análise Sintáctica e Análise Morfológica Breves Exercícios Autor: Sermão de Santo António aos Peixes

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO N. o 2 - Correção

TESTE DE AVALIAÇÃO N. o 2 - Correção 1 TESTE DE AVALIAÇÃO N. o 2 - Correção GRUPO I Compreensão Oral 1. V; V; V; F; F; V; V; V; F; V; V; V; F; V 14 X 1 ponto 14 pontos 2. Tópico/produto apresentado Tese defendida TEXTO 1 Estação de rádio

Leia mais

SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES CAPÍTULO I

SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES CAPÍTULO I SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES CAPÍTULO I EXÓRDIO exposição do plano a desenvolver e das ideias a defender a partir do conceito predicável Vós sois o sal da terra, termina com a invocação a Maria.

Leia mais

SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO [1654], do PADRE ANTÓNIO VIEIRA

SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO [1654], do PADRE ANTÓNIO VIEIRA Conteúdos literários SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO [1654], do PADRE ANTÓNIO VIEIRA OS SERMÕES E A MENSAGEM CATÓLICA NO SÉCULO XVII Nos países do Sul da Europa, o século XVII foi uma época de grande religiosidade,

Leia mais

aula Barroco LITERATURA

aula Barroco LITERATURA aula Barroco LITERATURA As Escolas Literárias Barroco 1601 Arcadismo 1768 Romantismo 1836 Realismo 1881 Naturalismo 1881 Parnasianismo 1882 Simbolismo 1893 Pré-modernismo 1902 Modernismo 1922 Barroco 1601

Leia mais

SERMÃO SEXAGENÁRIO. Artur Ledur Bernardo Barboza Eduardo Oliveira Gustavo Johnson Leonardo Valcarenghi Thomas Ricardo

SERMÃO SEXAGENÁRIO. Artur Ledur Bernardo Barboza Eduardo Oliveira Gustavo Johnson Leonardo Valcarenghi Thomas Ricardo SERMÃO SEXAGENÁRIO Artur Ledur Bernardo Barboza Eduardo Oliveira Gustavo Johnson Leonardo Valcarenghi Thomas Ricardo QUEM FOI PADRE ANTÔNIO VIEIRA? Padre Antônio Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e representa,

Leia mais

PADRE ANTÓNIO VIEIRA

PADRE ANTÓNIO VIEIRA PADRE ANTÓNIO VIEIRA Vida Nasceu em Lisboa no ano de 1608 e quando tinha 6 anos a família Vieira veio para o Brasil, pois seu pai foi convidado a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia.

Leia mais

BARROCO. Vaidade, de Domenico Piola

BARROCO. Vaidade, de Domenico Piola BARROCO Vaidade, de Domenico Piola. HISTORICAMENTE - Realização do Concílio de Trento, entre os anos de 1545 e 1563; - Estabelecimento da divisão da cristandade entre protestantes e católicos; - Reforma

Leia mais

Padre Antônio Vieira

Padre Antônio Vieira Padre Antônio Vieira SERMÕES Os sermões Vieira escreveu cerca de duzentos sermões em estilo conceptista, isto é, que privilegia a retórica e o encadeamento lógico de ideias e conceitos. Estão formalmente

Leia mais

FORMATIVA. Português 11º ano Turma A 1º Período (novembro de 2011) PROPOSTA DE CORREÇÃO Grupo I

FORMATIVA. Português 11º ano Turma A 1º Período (novembro de 2011) PROPOSTA DE CORREÇÃO Grupo I FORMATIVA Português 11º ano Turma A 1º Período (novembro de 2011) PROPOSTA DE CORREÇÃO Grupo I A Está o pescador com a cana na mão, o anzol no fundo e a bóia sobre a água, e em lhe picando na isca o torpedo

Leia mais

História da Igreja. Prof. Dener I Aula 1 I 19/03/2017

História da Igreja. Prof. Dener I Aula 1 I 19/03/2017 História da Igreja Prof. Dener I Aula 1 I 19/03/2017 1. O que é a Igreja? É um edifício construído com pedras vivas. Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes

Leia mais

A ANÁLISE PARA O SERMÃO

A ANÁLISE PARA O SERMÃO UNIDADE 5 O SERMÃO CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES A principal classificação dos sermões é pela estrutura. Há três estruturas básicas em que os sermões geralmente se dividem. Eles podem ser Temáticos (também

Leia mais

SANTO AGOSTINHO - INFLUÊNCIAS

SANTO AGOSTINHO - INFLUÊNCIAS SANTO AGOSTINHO SANTO AGOSTINHO - INFLUÊNCIAS Em Cartago, Santo Agostinho estudou literatura, filosofia e retórica. Sua paixão por filosofia foi despertada pela leitura do livro Hortensius, de Cícero um

Leia mais

3 FERMENTOS QUE INFLUENCIAM NOSSA MENTE

3 FERMENTOS QUE INFLUENCIAM NOSSA MENTE 3 FERMENTOS QUE INFLUENCIAM NOSSA MENTE ANY QUESTIONS? PARA QUE SERVE O FERMENTO? FERMENTO Fermento é aquilo que, mesmo aplicado em pequena quantidade, pela sua influência, impregna totalmente outra coisa,

Leia mais

CONTEÚDOS COBRADOS NA PROVA:

CONTEÚDOS COBRADOS NA PROVA: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Data: /09/18 Ensino Médio Ano/Série: 3º Turma: Valor: 10,0 pts Média: 6,0 pts Assunto: Roteiro de Estudos Autônomos II Etapa Tipo: Aluno(a): Nº: Nota: Professores: PÉRICLES

Leia mais

Bárbara da Silva. Literatura. Aula 12 - Barroco

Bárbara da Silva. Literatura. Aula 12 - Barroco Bárbara da Silva Literatura Aula 12 - Barroco Reforma protestante x contra-reforma Em 1517, na Alemanha, Martinho Lutero provocou uma cisão no seio da Igreja Católica apresentando suas teses sobre os abusos

Leia mais

Dulce Paula Duarte Simões

Dulce Paula Duarte Simões Dulce Paula Duarte Simões Relatório de Atividade Profissional A alegoria como sustentação da mensagem. O Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira, no ensino profissional UMinho 2017

Leia mais

LITERATURA BARROCA NO BRASIL

LITERATURA BARROCA NO BRASIL LITERATURA BARROCA NO BRASIL O que é o Barroco? O Barroco foi um período estilístico e filosófico da História da sociedade ocidental, ocorrido durante os séculos XVI e XVII (Europa) e XVII e XVIII (América),

Leia mais

Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça ( Rm 4:5 )

Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça ( Rm 4:5 ) O justo viverá da fé O justo viverá da fé ou viverá de toda palavra que sai da boca de Deus? Ora, Cristo é a fé que havia de se manifestar ( Gl 3:24 ), o verbo encarnado, portanto, o justo viverá por Cristo

Leia mais

DECLARAÇÃO DE FÉ das Assembleias de Deus. Ministrante: Pastor Professor Alberto

DECLARAÇÃO DE FÉ das Assembleias de Deus. Ministrante: Pastor Professor Alberto DECLARAÇÃO DE FÉ das Assembleias de Deus Ministrante: CAPÍTULO 7 CAPÍTULO 7 Sobre o homem A Constituição Humana O corpo O homem Interior O espírito humano A alma humana O fôlego de vida nos animais Os

Leia mais

PROVA ESCRITA DE PORTUGUÊS

PROVA ESCRITA DE PORTUGUÊS PROVA ESCRITA DE PORTUGUÊS Na prova a seguir, faça o que se pede, usando, caso julgue necessário, as páginas para rascunho constantes desse caderno. Em seguida, transcreva os textos para as respectivas

Leia mais

Escola Secundária Jaime Moniz. Deixis

Escola Secundária Jaime Moniz. Deixis Deixis Nas situações em que um enunciado constrói a sua referência com base num contexto situacional extralinguístico (e não meramente textual), encontramo-nos perante uma situação de deixis. Com efeito,

Leia mais

GREGÓRIO DE MATOS BOCA DO INFERNO

GREGÓRIO DE MATOS BOCA DO INFERNO GREGÓRIO DE MATOS BOCA DO INFERNO Profª Ivandelma Gabriel Características * abusa de figuras de linguagem; * faz uso do estilo cultista e conceptista, através de jogos de palavras e raciocínios sutis;

Leia mais

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS CLÁSSICAS E ROMÂNICAS PLANIFICAÇÃO ANUAL 2018/2019 PORTUGUÊS - 11.º CURSO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA SISTEMAS

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS CLÁSSICAS E ROMÂNICAS PLANIFICAÇÃO ANUAL 2018/2019 PORTUGUÊS - 11.º CURSO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA SISTEMAS DOMÍNIOS/ OBJETIVOS COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL LEITURA ESCRITA EDUCAÇÃO LITERÁRIA GRAMÁTICA DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS CLÁSSICAS E ROMÂNICAS PLANIFICAÇÃO ANUAL 2018/2019 PORTUGUÊS - 11.º CURSO PROFISSIONAL

Leia mais

OS TRÊS OFÍCIOS DE CRISTO

OS TRÊS OFÍCIOS DE CRISTO VASOS DE OURO Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém. 2 Pe. 3:18 CRISTOLOGIA OS TRÊS OFÍCIOS

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BÚZIO ESCOLA BÁSICA 2,3/S DE VALE DE CAMBRA Português 11ºano A professora: Dina Baptista

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BÚZIO ESCOLA BÁSICA 2,3/S DE VALE DE CAMBRA Português 11ºano A professora: Dina Baptista GRUPMENTO DE ESCOLS DO ÚZIO ESCOL ÁSIC 2,3/S DE VLE DE CMR Português 11ºano professora: Dina aptista FICH DE TRLHO SORE Conhecimento Explícito da Língua propósito do estudo do Sermão do Santo ntónio aos

Leia mais

COMENTÁRIO DA PROVA DE LITERATURA

COMENTÁRIO DA PROVA DE LITERATURA DA PROVA DE LITERATURA Parafraseando uma canção da banda brasileira Jota Quest, vivemos esperando por provas melhores. Por provas à altura da instituição Universidade Federal do Paraná, à altura de excelentes

Leia mais

Passo a passo da Oração Pessoal

Passo a passo da Oração Pessoal Passo a passo da Oração Pessoal 1. Para iniciar seu momento de oração pessoal, procure um lugar propício, calmo e silencioso. Prepare seu altar, onde pode ser colocado uma vela junto ao Crucifixo, às imagens

Leia mais

O Texto Dissertativo: Características Gerais

O Texto Dissertativo: Características Gerais O Texto Dissertativo: Características Gerais (...) O sermão há de ser duma só cor, há de ter um só objeto, um só assunto, uma só matéria. Há de tomar o pregador uma só matéria, há de defini-la para que

Leia mais

Jovem, Igreja e Sociedade Paulo Alves

Jovem, Igreja e Sociedade Paulo Alves PASTORES, LOBOS E POODLES Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Mateus 24:24 Porque tais falsos apóstolos

Leia mais

Passo a passo da Oração Pessoal

Passo a passo da Oração Pessoal Passo a passo da Oração Pessoal 1. Para iniciar seu momento de oração pessoal, procure um lugar propício, calmo e silencioso. Prepare seu altar, onde pode ser colocado uma vela junto ao Crucifixo, às imagens

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo de PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo de PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM ENSINO SECUNDÁRIO Ano Letivo de 2018-2019 PLANIFICAÇÃO ANUAL PORTUGUÊS 11º ANO Documentos Orientadores: Programa de Português do Ensino Secundário, Metas Curriculares

Leia mais

Martin Luther King Jr.

Martin Luther King Jr. Martin Luther King Jr. Martin Luther King Jr. "Qualquer um pode ser grande, pois qualquer um pode servir." O maior entre vocês deverá ser servo. Jesus Cristo Mateus 23.11 COMO SER RELEVANTE Mateus 14.13-21

Leia mais

2. p.ext. ret conjunto de regras que constituem a arte do bem dizer, a arte da eloquência; oratória.

2. p.ext. ret conjunto de regras que constituem a arte do bem dizer, a arte da eloquência; oratória. RESUMO CONTEXTUAL APOSTILA UNIDADE 4 Pregação e Práticas Ministeriais por Carlos Xandelly HOMILÉTICA PREGAÇÃO DEFINIÇÃO DISCIPLINA HOMILÉTICA A elaboração de sermões é, ao mesmo tempo, uma ciência e uma

Leia mais

CURSO BÁSICO DE HOMILÉTICA

CURSO BÁSICO DE HOMILÉTICA CURSO BÁSICO DE HOMILÉTICA É o estudo que capacita o mensageiro a preparar e transmitir um sermão baseado na Palavra de Deus. 1 - A importância da homilética na pregação. 2 - A mensagem genuinamente bíblica.

Leia mais

A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ

A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ AS PARABOLAS: A OVELHA PERDIDA Volume 14 Escola: Nome: Professor (a): Data: / / EU SOU O BOM PASTOR; O BOM PASTOR DÁ A SUA VIDA PELAS OVELHAS. 11 NUMERE AS OVELHINHAS

Leia mais

No velho testamento as realizações de Deus e do Espírito são usadas frequentemente de forma intercambiável.

No velho testamento as realizações de Deus e do Espírito são usadas frequentemente de forma intercambiável. A divindade do Espírito Santo vivendopelapalavra.com Por: Helio Clemente O Espírito Santo é representado na Escritura como possuindo a autoridade e os atributos divinos, os Pais da Igreja nunca apresentaram

Leia mais

INTRODUÇÃO - A religiosidade é uma característica intrínseca do ser humano. - Evangelizar é a pregação de Cristo, não de uma religião.

INTRODUÇÃO - A religiosidade é uma característica intrínseca do ser humano. - Evangelizar é a pregação de Cristo, não de uma religião. INTRODUÇÃO - A religiosidade é uma característica intrínseca do ser humano. - Evangelizar é a pregação de Cristo, não de uma religião. I RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE - A religião está presente em todas as

Leia mais

O que são os sacramentos?

O que são os sacramentos? O que são os sacramentos? A palavra sacramento vem da palavra latina sacramentum que significa juramento, e embora não seja encontrada na Escritura, usamo-la porque cada sacramento é uma promessa ou juramento

Leia mais

Sermão do Bom Sucesso das Armas de

Sermão do Bom Sucesso das Armas de Sermão do Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda Bruna Leão Fernanda Matiazo Júlia Terra Marina Gibk Pâmela Simon Sofia Krug Vitória Greco Vitória Milczarski Introdução O sermão é desenvolvido

Leia mais

Cap. 6: PREGAÇÃO PURITANA. PROPOSTA: Tentar ir além do texto. Sugestões de respostas. Debate.

Cap. 6: PREGAÇÃO PURITANA. PROPOSTA: Tentar ir além do texto. Sugestões de respostas. Debate. Cap. 6: PREGAÇÃO PURITANA PROPOSTA: Tentar ir além do texto. Sugestões de respostas. Debate. Introdução As pessoas gostavam muito do sermão puritano. Por quê? (capítulo responde essa pergunta (?); até

Leia mais

FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS DE LINGUAGEM FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras de linguagem figura do latim aspecto, forma, aparência. Exercem papel preponderante na construção do sentido do texto literário. QUAIS AS FIGURAS DE LINGUAGEM MAIS COMUNS?

Leia mais

Passo a passo da Oração Pessoal

Passo a passo da Oração Pessoal Passo a passo da Oração Pessoal 1. Para iniciar seu momento de oração pessoal, procure um lugar propício, calmo e silencioso. Prepare seu altar, onde pode ser colocado uma vela junto ao Crucifixo, às imagens

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Quarta-feira da 23ª Semana do Tempo Comum 1) Oração Ó Deus,

Leia mais

P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L

P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L DEPARTAMENTO: LÍNGUAS ÁREA DISCIPLINAR: 300 - PORTUGUÊS DISCIPLINA: Português CURSO PROFISSIONAL: Téc. de Gestão e Programação de Sist. Informáticos ANO: 2.º - ANO LETIVO:

Leia mais

BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER PERGUNTA 35

BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER PERGUNTA 35 BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER PERGUNTA 35 PERGUNTA 35: Que é regeneração? RESPOSTA: É a obra da livre graça de Deus, pela qual somos conservados pelo Espírito Santo na perseverança da fé em Cristo, adquirindo,

Leia mais

(Inicia 16 de dezembro e termina no dia 24 do mesmo mês)

(Inicia 16 de dezembro e termina no dia 24 do mesmo mês) Novena de Natal (Inicia 16 de dezembro e termina no dia 24 do mesmo mês) Este material foi gentilmente cedido pela "Coleção O Livro Católico" para os colaboradores e amigos. I) Orações específicas de cada

Leia mais

O Evangelismo é a força que move a Igreja! O Discipulado, Consolida. Pág. 1

O Evangelismo é a força que move a Igreja! O Discipulado, Consolida. Pág. 1 O Evangelismo é a força que move a Igreja! O Discipulado, Consolida. Pág. 1 LIÇÃO 8 ARREPENDIMENTO Ponto de partida: O Arrependimento é uma das chamadas Doutrinas da Salvação. É essencial ao evangelho

Leia mais

Exemplo do trabalho Final II

Exemplo do trabalho Final II Christian Preaching College Um novo conceito de educação Exegese Básica Exemplo do trabalho Final II Aluno: Professor: Weslley W. de Oliveira Somerville, 23 de Outubro de 2013 Texto bíblico Mateus 9.9-13

Leia mais

MATERIAL DE ORAÇÃO OITAVA DO NATAL DO SENHOR

MATERIAL DE ORAÇÃO OITAVA DO NATAL DO SENHOR MATERIAL DE ORAÇÃO OITAVA DO NATAL DO SENHOR 2017 Passo a passo da Oração Pessoal 1. Para iniciar seu momento de oração pessoal, procure um lugar propício, calmo e silencioso. Prepare seu altar, onde pode

Leia mais

Polissemia: propriedade de uma só palavra assumir mais de um sentido.

Polissemia: propriedade de uma só palavra assumir mais de um sentido. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO, POLISSEMIA Prof. Daniel Polissemia: propriedade de uma só palavra assumir mais de um sentido. Ex. Rosa: 1. A flor da roseira. 2. Mancha circular e rosada em cada uma das faces. 3.

Leia mais

Barroco Gregório de Matos: o primeiro grande poeta brasileiro. Literatura brasileira 1ª EM Prof.: Flávia Guerra

Barroco Gregório de Matos: o primeiro grande poeta brasileiro. Literatura brasileira 1ª EM Prof.: Flávia Guerra Barroco Gregório de Matos: o primeiro grande poeta brasileiro Literatura brasileira 1ª EM Prof.: Flávia Guerra Contexto Gregório de Matos teve sólida formação cultural. Estudante de Direito em Coimbra,

Leia mais

FORMAÇÃO DE PREGADORES

FORMAÇÃO DE PREGADORES FORMAÇÃO DE PREGADORES Aarão = é o melhor pregador da Bíblia; O melhor pregador é aquele que sabe ouvir; A pregação é a arte de ouvir; O que todo pregador e animador deve ter (e procurar) é o DOM da PALAVRA

Leia mais

Novena de Natal. (Inicia 16 de dezembro e termina no dia 24 do mesmo mês)

Novena de Natal. (Inicia 16 de dezembro e termina no dia 24 do mesmo mês) Novena de Natal (Inicia 16 de dezembro e termina no dia 24 do mesmo mês) I) Orações específicas de cada dia da Novena: Primeiro dia Deus e Salvador das nossas almas, que nascestes entre nós mortais para

Leia mais

O QUE DEUS QUER DE MIM? 09 de Dezembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação. "ELE te declarou, ó homem, o que é bom;

O QUE DEUS QUER DE MIM? 09 de Dezembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação. ELE te declarou, ó homem, o que é bom; O QUE DEUS QUER DE MIM? 09 de Dezembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação "ELE te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR requer de ti, 1 / 6 senão que pratiques a justiça, e ames a

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM 1) Oração Quinta-feira da 29ª Semana do Tempo Comum Deus

Leia mais

O Arrependimento. E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão ( Mt 3:9 )

O Arrependimento. E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão ( Mt 3:9 ) O Arrependimento O arrependimento bíblico não se constitui em uma mudança de atitude promovida pela consciência humana. Uma vida integra diante dos homens diz de outro aspecto da vida cristã, e não do

Leia mais

DECLARAÇÃO DE FÉ das Assembleias de Deus. Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Campinas SP

DECLARAÇÃO DE FÉ das Assembleias de Deus. Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Campinas SP DECLARAÇÃO DE FÉ das Assembleias de Deus Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Campinas SP CAPÍTULO XI NOSSA DECLARAÇÃO DE FÉ Nossa declaração de fé é esta: CREMOS, PROFESSAMOS E ENSINAMOS que a Igreja

Leia mais

Apêndice 2. A Atuação do Homem na Conversão

Apêndice 2. A Atuação do Homem na Conversão 191 Apêndice 2 A Atuação do Homem na Conversão Todos concordam que é necessária uma resposta por parte do homem para que ele receba a graça de Deus. Alguns discordam de que seja necessária uma reposta.

Leia mais

SANTO AGOSTINHO E O CRISTIANISMO

SANTO AGOSTINHO E O CRISTIANISMO SANTO AGOSTINHO SANTO AGOSTINHO E O CRISTIANISMO Aos 28 anos, Agostinho partir para Roma. Estava cansando da vida de professor em Cartago e acreditava que em Roma encontraria alunos mais capazes. Em Milão,

Leia mais

UNIDADE 4 HOMILÉTICA

UNIDADE 4 HOMILÉTICA UNIDADE 4 HOMILÉTICA Uma das atividades mais importantes e significativas no ministério pastoral é a pregação. A pregação é a tarefa primordial da Igreja, e, por conseguinte, do ministro da Igreja. A pregação

Leia mais

HOMILÉTICA FUNDAMENTOS - PEREPAROS 1 FUNDAMENTOS 1.1 PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES BÍBLICOS O SERMÃO TEMÁTICO DEFINIÇÃO

HOMILÉTICA FUNDAMENTOS - PEREPAROS 1 FUNDAMENTOS 1.1 PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES BÍBLICOS O SERMÃO TEMÁTICO DEFINIÇÃO Jörg Garbers HOMILÉTICA FUNDAMENTOS - PEREPAROS 1 FUNDAMENTOS 1.1 PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES BÍBLICOS 1 1.1.1 O SERMÃO TEMÁTICO 1.1.1.1 DEFINIÇÃO "Sermão temático é aquele cujas divisões principais derivam

Leia mais

Lição 10 para 2 de setembro de 2017

Lição 10 para 2 de setembro de 2017 Lição 10 para 2 de setembro de 2017 OS DOIS PACTOS Em Gálatas 4:21-31, Paulo apresenta a oposição entre a salvação pela fé e a salvação pelas obras usando uma alegoria: O filho da livre (Sara), em oposição

Leia mais

Introdução. Nisto sabemos...

Introdução. Nisto sabemos... 17.07.16 Introdução Introdução Nisto sabemos... Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito. 1Jo 4.13 Introdução Deu o Seu Espírito Sabemos que permanecemos nele, e

Leia mais

OS OFÍCIOS DE CRISTO NA CRUZ O PROFETA. vivendopelapalavra.com. Por: Helio Clemente

OS OFÍCIOS DE CRISTO NA CRUZ O PROFETA. vivendopelapalavra.com. Por: Helio Clemente OS OFÍCIOS DE CRISTO NA CRUZ O PROFETA vivendopelapalavra.com Por: Helio Clemente Calvino Institutas, Livro II: Com efeito é preciso notar que o título Cristo diz respeito a estes três ofícios, pois sabemos

Leia mais

LIÇÃO 1 A LEI E A ALIANÇA Êxodo 19

LIÇÃO 1 A LEI E A ALIANÇA Êxodo 19 LIÇÃO 1 A LEI E A ALIANÇA Êxodo 19 1. Antes de entregar a lei, Deus já havia feito uma aliança com o povo. Em Êxodo 19.1-4, Deus lembra o povo do seu pacto, confirmado demonstrado em um fato. Qual é o

Leia mais

RESPONSÁVEL CONSTRUTOR DE SEU PRESENTE SEM ESQUECER SEU PASSADO E DESAFIADOR DO DESTINO

RESPONSÁVEL CONSTRUTOR DE SEU PRESENTE SEM ESQUECER SEU PASSADO E DESAFIADOR DO DESTINO I - IDEAL GREGO DE HOMEM - LIVRE E RESPONSÁVEL CONSTRUTOR DE SEU PRESENTE SEM ESQUECER SEU PASSADO E DESAFIADOR DO DESTINO BUSCA A SABEDORIA PREPARAÇÃO PARA A PROCURA FORMAÇÃO INTEGRAL CORPO E ESPÍRITO

Leia mais

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1º EM Literatura Klaus Av. Dissertativa 21/09/16 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1. Verifique, no cabeçalho desta prova, se seu nome, número e turma estão corretos. 2. Esta

Leia mais

Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem

Leia mais

LIDERANÇA: Cristo, a cabeça. Líderes servos. ORGANIZAÇÃO: A doutrina. A disciplina. MISSÃO.

LIDERANÇA: Cristo, a cabeça. Líderes servos. ORGANIZAÇÃO: A doutrina. A disciplina. MISSÃO. Lição 12 para 22 de dezembro de 2018 Os crentes reconhecem que Cristo é a cabeça da igreja. No entanto, é fundamental que haja certo grau de organização humana para a missão e para a unidade da igreja.

Leia mais

Grupo I. Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos items que se seguem.

Grupo I. Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos items que se seguem. Grupo I Lê atentamente o excerto do Sermão de Santo António que se segue. 5 10 15 20 25 Com os Voadores tenho também uma palavra, e não é pequena a queixa. Dizei-me, Voadores, não vos fez Deus para peixes?

Leia mais

Versão A. GRUPO I (10 X 3 = 30 pontos)

Versão A. GRUPO I (10 X 3 = 30 pontos) Versão A GRUPO I (10 X 3 = 30 pontos) Assinala a única alternativa correta 1.Dizer que a filosofia é uma atividade reflexiva é afirmar que: a) A filosofia é um saber puramente racional. b) A filosofia

Leia mais

Podemos acabar com a seca em nossas vidas! Pra. Ivonne Muniz Fevereiro 2017

Podemos acabar com a seca em nossas vidas! Pra. Ivonne Muniz Fevereiro 2017 Podemos acabar com a seca em nossas vidas! Pra. Ivonne Muniz Fevereiro 2017 Como termina a seca na terra? O ciclo de água começou na terra, não foi no céu! Princípio: Mateus 14:14-19 E, Jesus, saindo,

Leia mais

Capitulo33 O ofício do verdadeiro profeta Ez 33:1 E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

Capitulo33 O ofício do verdadeiro profeta Ez 33:1 E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 1 Capitulo33 O ofício do verdadeiro profeta Ez 33:1 E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Ez 33:2 Filho do homem, fala aos filhos do teu povo, e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra,

Leia mais

Ressurgência: fenômeno oceanográfico É responsável por 40% de todo o oxigênio consumido na Terra

Ressurgência: fenômeno oceanográfico É responsável por 40% de todo o oxigênio consumido na Terra Ressurgência: fenômeno oceanográfico É responsável por 40% de todo o oxigênio consumido na Terra Oxigênio Vida O que pode produzir vida? O que tem poder para fazer perdurar a vida? Ressurgência: Este renovar

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA GRÃO DE MOSTARDA- FERMENTO DA MULHER - Mateus 13,31-35 EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM 1) Oração Segunda-feira da 17ª Semana do Tempo

Leia mais

A 2 3:18 PNEUMATOLOGIA

A 2 3:18 PNEUMATOLOGIA VASOS DE OURO Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém. 2 Pe. 3:18 PNEUMATOLOGIA OS DONS DO

Leia mais

Terceiro Ciclo - Amadurecer. LIÇÃO 8 Discernimento espiritual Texto Básico: 1Corintos

Terceiro Ciclo - Amadurecer. LIÇÃO 8 Discernimento espiritual Texto Básico: 1Corintos Terceiro Ciclo - Amadurecer LIÇÃO 8 Discernimento espiritual Texto Básico: 1Corintos 2.6-16 Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite

Leia mais

Ministério dos leitores PREPARAR PARA PROCLAMAR

Ministério dos leitores PREPARAR PARA PROCLAMAR Ministério dos leitores PREPARAR PARA PROCLAMAR Os fiéis, de acordo com o Livro dos Atos dos Apóstolos, quando se reúnem dominicalmente, no dia do Senhor têm como finalidade primeira escutar a Palavra

Leia mais

Trata-se da primeira reunião entre os gentios. A reunião na casa de Cornélio serve de modelo para as nossas reuniões.

Trata-se da primeira reunião entre os gentios. A reunião na casa de Cornélio serve de modelo para as nossas reuniões. ATOS 10 Trata-se da primeira reunião entre os gentios. A reunião na casa de Cornélio serve de modelo para as nossas reuniões. Nem sempre as reuniões atuais são das melhores: As vezes deficiência do pregador.

Leia mais

ANTES DA MORTE NA CRUZ JESUS SABIA O DIA QUE ELE PRÓPRIO VOLTARÁ? JESUS TEM O MESMO PODER DO PAI OU ESTÁ ABAIXO DELE? O QUE O DIABO NÃO PODE FAZER?

ANTES DA MORTE NA CRUZ JESUS SABIA O DIA QUE ELE PRÓPRIO VOLTARÁ? JESUS TEM O MESMO PODER DO PAI OU ESTÁ ABAIXO DELE? O QUE O DIABO NÃO PODE FAZER? ANTES DA MORTE NA CRUZ JESUS SABIA O DIA QUE ELE PRÓPRIO VOLTARÁ? JESUS TEM O MESMO PODER DO PAI OU ESTÁ ABAIXO DELE? O QUE O DIABO NÃO PODE FAZER? Vez ou outra escuto algum cristão mencionar algo como:

Leia mais

LIÇÃO 01 O que a Bíblia ensina sobre a Trindade? LIÇÃO 02 O que a Bíblia ensina sobre Deus? Missão: Missão Cumprida: 20 pontos.

LIÇÃO 01 O que a Bíblia ensina sobre a Trindade? LIÇÃO 02 O que a Bíblia ensina sobre Deus? Missão: Missão Cumprida: 20 pontos. LIÇÃO 01 O que a Bíblia ensina sobre a Trindade? Leia os textos de referência abaixo e relacionados à referida pessoa descrita: ( ) João 1.1-4,14 ( A ) Deus o Pai ( ) João 14.16, 17,27 ( B ) Jesus o Filho

Leia mais

COMO ORGANIZAR A MENSAGEM. Objetivo: Mostrar como concentrar todas as forças para alcançar o que se pretende

COMO ORGANIZAR A MENSAGEM. Objetivo: Mostrar como concentrar todas as forças para alcançar o que se pretende COMO ORGANIZAR A MENSAGEM Objetivo: Mostrar como concentrar todas as forças para alcançar o que se pretende Um pregador que não se prepara não é espiritual: é desonesto e irresponsável quanto aos dons

Leia mais

2.3. Contexto cultural e literário o barroco nas artes Conceptismo e cultismo... 16

2.3. Contexto cultural e literário o barroco nas artes Conceptismo e cultismo... 16 Índice 1. O autor e a obra... 4 1.1. Informações biográficas... 4 1.2. O missionário... 6 1.3. O diplomata... 7 1.4. O pregador... 7 1.5. O visionário... 9 2. O contexto histórico-literário... 10 2.1.

Leia mais

Aluno(a): Professor(a): Turma: n o : Data: Leia o texto a seguir com atenção.

Aluno(a): Professor(a): Turma: n o : Data: Leia o texto a seguir com atenção. Aluno(a): Professor(a): Turma: n o : Data: Leia o texto a seguir com atenção. LAERTE/ACERVO DO CARTUNISTA Laerte. Classificados. São Paulo: Devir, 2001. p. 45. 1 Nessa tira há uma situação do cotidiano

Leia mais

1ª edição Projeto Timóteo Como Pregar Mensagens Bíblicas Apostila do Orientador

1ª edição Projeto Timóteo Como Pregar Mensagens Bíblicas Apostila do Orientador Como Pregar Mensagens Bíblicas Projeto Timóteo Apostila do Orientador Como Pregar Mensagens Bíblicas Projeto Timóteo Coordenador do Projeto Dr. John Barry Dyer Equipe Pedagógica Marivete Zanoni Kunz Tereza

Leia mais

PENSANDO COMO DEUS PENSA. Deus não pensa como você, mas ele pensa em você o tempo todo!

PENSANDO COMO DEUS PENSA. Deus não pensa como você, mas ele pensa em você o tempo todo! PENSANDO COMO DEUS PENSA Deus não pensa como você, mas ele pensa em você o tempo todo! 2 Meus pensamentos são muito diferentes dos seus, diz o SENHOR, e meus caminhos vão muito além de seus caminhos. Pois,

Leia mais

Para esse fim, o Concílio lembra-nos que é preciso ter em conta o seguinte:

Para esse fim, o Concílio lembra-nos que é preciso ter em conta o seguinte: A Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação divina, diz: Como, porém, Deus na Sagrada Escritura falou por meio dos homens à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura, para

Leia mais

UFPR - 2ª FASE - REDAÇÃO - CURCEP PROFª ANDRÉA ZELAQUETT GÊNEROS TEXTUAIS MAIS COBRADOS

UFPR - 2ª FASE - REDAÇÃO - CURCEP PROFª ANDRÉA ZELAQUETT GÊNEROS TEXTUAIS MAIS COBRADOS UFPR - 2ª FASE - REDAÇÃO - CURCEP PROFª ANDRÉA ZELAQUETT GÊNEROS TEXTUAIS MAIS COBRADOS 1 - RESUMO Resumir as informações mais importantes de um texto com suas palavras, sem copiar e sem acrescentar novas

Leia mais

7ª Conferência Falando de Cristo

7ª Conferência Falando de Cristo 7ª Conferência Falando de Cristo Tema Geral Convivendo neste mundo sem Deus 1 Palestra 4 FEMININA OU FEMINISTA? A Presença do Feminismo na Igreja Evangélica 2 Introdução O movimento feminista é uma das

Leia mais

A DOUTRINA DA MORDOMIA

A DOUTRINA DA MORDOMIA A DOUTRINA DA MORDOMIA Recordando Mordomia administração da casa, dos bens de outrem, serviço Abrange todas as áreas de nossa vida Base da doutrina: O mordomo ou servo não é dono de nada. Tudo é do seu

Leia mais

Quais são os mandamentos de Cristo? Jesus especificou qual o comportamento daqueles que o amam?

Quais são os mandamentos de Cristo? Jesus especificou qual o comportamento daqueles que o amam? A Obediência Hoje, são muitas as mensagens que dizem que o cristão deve servir e obedecer a Cristo dando-lhe o primeiro lugar em suas vidas. Para uns, servir a Cristo é ter uma religião; outros entendem

Leia mais