5 METODOLOGIA DE ESTUDO: INSTRUMENTOS PARA A PRODUÇÃO DA CIÊNCIA

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1 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Unidade II 5 METODOLOGIA DE ESTUDO: INSTRUMENTOS PARA A PRODUÇÃO DA CIÊNCIA A metodologia de estudo pressupõe o mínimo de organização, uma vez que o tempo dispensado aos estudos deve ser muito bem aproveitado. É necessário criar um ritmo de estudo e seguir rigorosamente o horário estipulado para essa atividade. O processo de aprendizagem parte do geral para o particular. Primeiramente devem ser consultadas as obras de assuntos genéricos para depois se passar, gradativamente, para a leitura de trabalhos específicos sobre o tema escolhido. Atenção especial deve ser dada à coleta e seleção de dados a partir da realidade a ser estudada e problematizada. Outro elemento essencial é a forma de armazenamento desse material. Em ambos os casos, na organização sistemática da leitura ou dos dados coletados, é necessário registrar tudo o que se leu, ouviu e descobriu. A seguir, vamos apresentar algumas possibilidades de registro e alguns instrumentos possíveis de serem aplicados na produção do conhecimento científico. 5.1 Leitura e processo de leitura Quem não sabe ler cientificamente as obras escritas tampouco saberá tomar boas anotações (CERVO; BERVIAN, 2002). A produção do conhecimento científico deve partir da premissa de que o pesquisador tem conhecimento do que foi produzido cientificamente a respeito do objeto escolhido para a pesquisa. Portanto, um dos principais instrumentos para se chegar a esse conhecimento é a leitura. Ela deve ser feita a partir de um levantamento bibliográfico sobre o tema em questão, localizando fontes de informações dos mais variados tipos. A pesquisa bibliográfica abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema do estudo: desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, monografias e teses até o conteúdo de meios de comunicação, como o rádio e gravações audiovisuais. A finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritas, publicadas ou gravadas. 37

2 Unidade II As fontes primárias são constituídas pela bibliografia que propicia o embasamento teórico sobre tema escolhido para a pesquisa. Já as fontes secundárias compreendem a bibliografia complementar, aquela que serve de apoio ao assunto estudado. De todo tipo de estudo deve fazer parte a pesquisa bibliográfica, mesmo que ele se baseie em outro tipo de pesquisa, como a de campo, a documental ou outra. A leitura informativa é composta de quatro fases, que são as seguintes: Pré leitura: tem como objetivo auxiliar o pesquisador na seleção de documentos que contêm dados que poderão ser utilizados na fundamentação do trabalho e fornecer uma visão global do assunto focalizado. Quando se trata de livro, deve se percorrer o capítulo introdutório e o final; quando se trata de um capítulo de livro, deve se ler o primeiro e o último parágrafo. Em se tratando de revistas semanais ou jornais, geralmente as ideias principais se encontram no título do artigo e das partes, mas, quando se trata de artigos científicos, deve se ler o artigo na íntegra, para uma boa compreensão do assunto (CERVO; BERVIAN, 2002). Observação O título de um texto deve passar a ideia geral, ou seja, se o texto fala sobre a epidemiologia do uso de álcool, o título deve informar o assunto, a população verificada e o local, por exemplo: O uso de álcool entre uma população de adolescentes no interior de São Paulo. Leitura seletiva: selecionar é eliminar o dispensável para fixar se no que realmente é interessante. Para que se possam escolher os dados e informações, é indispensável definir os critérios de seleção, no caso, os objetivos do estudo. Observação Exemplo de critérios de inclusão: buscar textos publicados nos últimos dez anos; que estejam publicados apenas na língua portuguesa e disponíveis na base de dados Scielo. Leitura crítica ou reflexiva: é a fase de estudo, de reflexão, que envolve análise, comparação, diferenciação, síntese, julgamento e apropriação das informações lidas e selecionadas. 38 Leitura interpretativa: nesta fase, o pesquisador deve extrair as afirmações e conclusões do autor e relacioná las com os propósitos do seu estudo. É realizada, então, a integração racional dos dados.

3 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Leitura analítica: propõe se a entender o texto de forma aprofundada, crítica e ampla, desenvolvendo elaboração de esquemas que auxiliarão na obtenção de instrumentos intelectuais para a sua compreensão. Essa leitura requer que o pesquisador faça resenhas, resumos, relatórios de tudo o que ler e/ou assistir (seminários, aulas, congressos etc.). Processos para execução: Leitura de textos para entrar em contato com o assunto e o autor análise textual. Compreensão da mensagem e estabelecimento de conexões com o tema, buscando desenvolver esquemas para o entendimento análise temática. Interpretação das informações principais do texto; associações com outros autores e outras ideias. análise interpretativa. Levantamento do problema do texto: qual a questão trabalhada pelo autor? problematização. Revisitação da mensagem do texto por intermédio de reflexão sobre o tema abordado. Esquema de leitura analítica: Análise textual Preparação do texto Visão de conjunto Busca de esclarecimento Vocabulário Doutrinas Fatos Autores Esquematização do texto Análise temática Compreensão da mensagem do autor Tema Problema Tese Raciocínio Ideias secundárias Análise interpretativa Interpretação da mensagem do autor Situação filosófica e influências Pressupostos Associação de ideias Críticas Problematização Levantamento e discussões de problemas relacionados com autor/mensagem Síntese Reelaboração da mensagem com base na reflexão pessoal Figura 10 39

4 Unidade II Lembrete O processo de leitura inicia se pela leitura superficial, ou seja, a pré leitura, a qual vai designar a importância do texto para o leitor; também conhecida como leitura na qual o indivíduo folheia o texto. 5.2 Instrumentos aplicados à leitura interpretativa Apontamentos e anotações É importante que o pesquisador anote as principais ideias, os dados, as informações e as afirmações dos documentos estudados. Esse procedimento, conhecido como apontamentos e anotações, será utilizado na fundamentação científica do trabalho e também para fazer as citações. A principal diferença entre apontamento e anotação é que o primeiro refere se à transcrição das palavras textuais extraídas de um documento, e a anotação refere se às reflexões e ideias que o pesquisador teve durante a leitura. Ambos os procedimentos irão facilitar a redação do trabalho. Para tanto, utiliza se como forma de organizar esses dados importantes coletados dos textos o fichamento Fichamento É um procedimento prático que sintetiza o conteúdo dos documentos estudados durante a pesquisa bibliográfica. Baseia se na organização das ideias do autor de forma resumida e sistematizada. O fichário tem como finalidade facilitar a vida do pesquisador no momento de redigir seu trabalho. Os tipos de fichamento mais conhecidos são: bibliográfico, de leitura, temático e biográfico. ESTRUTURA DO FICHAMENTO Cabeçalho Assunto Referência Autoria, Título, Local de publicação, Editora e Ano de publicação Corpo 40

5 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação FICHAS Referência Corpo Exemplo de fichamento Figura 11 Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p ) segundo capítulo. TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, O trabalho da autora baseia se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos feministas, como relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia ( ) e o ano de 1975, que foi considerado o Ano Internacional da Mulher. A autora trabalha, ainda, assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade. Fonte: Tipos... ( ). Observação O fichamento é importante para que o estudante consiga organizar sua leitura, pois ele facilita a identificação da obra, além de reunir o conhecimento do conteúdo lido, o que deixa menos trabalhosa a elaboração das citações, a inserção de possíveis críticas a um texto ou tema e o embasamento do trabalho que está sendo realizado. 41

6 Unidade II Fichamento bibliográfico Esse tipo de fichamento facilita a localização de uma determinada obra e deve conter os seguintes itens: sobrenome e nome do autor; título; subtítulo (se houver); edição; local de publicação; editora e data de publicação. As fichas devem ser arquivadas em ordem alfabética. Por exemplo: MATTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. 2. ed. São Paulo: Saraiva, NADÓLSKIS, Hêndricas. Normas de comunicação em língua portuguesa. 23. ed. São Paulo: Saraiva, p. Exemplo de fichamento bibliográfico: TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, A obra insere se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza se de fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano de A autora descreve em linhas gerais todo o processo de lutas e conquistas da mulher. Fichamento de leitura Fonte: Tipos... ( ). Também conhecido como fichamento de resumo, esse tipo de fichamento deve conter um resumo sucinto e preciso das obras. As fichas podem ser iniciadas pela bibliografia do autor ou pelo assunto referente à pesquisa. Seguem dois exemplos: Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p ). Segundo capítulo. TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, O trabalho da autora baseia se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos feministas, como relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia ( ) e o ano de 1975, que foi considerado o Ano Internacional da Mulher. A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade. Fonte: Tipos... ( ). 42

7 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Pesquisa bibliográfica Fases 4.2 ANDRADE, Maria Margarida de. Fases da pesquisa bibliográfica. In:. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2 ed. São Paulo: Atlas, p As fases da pesquisa bibliográfica são: 1. Escolha e delimitação do tema; 2. Identificação das fontes (consulta a catálogos, fichários, abstracts); 3. Localização das informações: leitura (prévia, seletiva, analítica, interpretativa); 4. Documentação fichamentos (resumos, transcrições, apreciações, indicações); 5. Seleção do material desejado; 6. Planejamento do trabalho; 7. Redação das partes; 8. Revisão e redação final; 9. Organização da bibliografia. Exemplo de ficha de resumo tipo sumário: Pesquisa bibliográfica Fases 4.2 ANDRADE, Maria Margarida de. Fases da pesquisa bibliográfica. In:. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, p Em uma pesquisa bibliográfica, devem se respeitar as seguintes fases: Qual tema será pesquisado? Qual enfoque será dado para esse tema? Escolher o tema e delimitação, para que ele não fique muito amplo. Escolhido e delimitado, o próximo passo será fazer levantamento bibliográfico. Quem escreve sobre o assunto? Em quais documentos procurar? Encontrados e selecionados os autores, a próxima etapa será a leitura e organização dos documentos coletados (fichamento, resenha, resumos...). Chegou a hora de organizar e planejar o trabalho que será feito. Terminada essa parte, teremos a redação e a organização da bibliografia. 43

8 Unidade II Fichamento temático Trata das fichas mais importantes, as que contêm os apontamentos das obras estudadas. Eles resultarão em citações diretas e indiretas que poderão ser utilizadas na redação final do trabalho. Exemplo: Epistemologia Conceituação Segundo Lalande, trata se de uma filosofia das ciências, mas de modo especial, pois é essencialmente o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, destinado a determinar sua origem lógica (não psicológica), seu valor e seu alcance objetivo. Para o autor, ela se distingue, portanto, da teoria do conhecimento, a qual serve, contudo, como introdução e auxiliar indispensável. Para Japiassu, H. F., [...] para a epistemologia, no sentido bem amplo do termo, podemos considerar o estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento, de seu funcionamento e de seus produtos intelectuais.. Fichamento biográfico São fichas que contêm informações sobre autores e dados a respeito de sua formação e de sua área de atuação. Fichamento de citações Transcrição textual: reprodução fiel das frases que se pretende usar na redação do trabalho. Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p ). Segundo capítulo. TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, [...] uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a instauração da República (p. 30). [...] na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa de honra (p. 132). [...] a mulher buscou com todas as forças sua conquista no mundo totalmente masculino (p. 43). Fonte: Tipos... ( ). No fichamento de citações, são escolhidas as frases ou os trechos principais do texto ou livro, as que traduzirão o pensamento do autor e/ou o que traduz a sua ideia sobre o tema. Como ela será 44

9 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação retirada literalmente do texto, deverá apresentar se com aspas. Não se esqueça de identificar o livro no cabeçalho e, após cada citação, a página. Para cada livro, use quantas fichas forem necessárias; porém, todas deverão estar identificadas (cabeçalho com as referências do livro) e numeradas. Exemplos: F1 TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, [...] uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a instauração da República (p. 30). (Segue com as citações numerando as fichas.) Elaboração de trabalhos de graduação Técnica de sublinhar 5.1 ANDRADE, Maria Margarida de. Técnicas para elaboração de trabalhos de graduação. In:. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, p. 23. Sublinhar é a técnica indispensável não só para elaborar esquemas e resumos, mas também para ressaltar as ideias importantes de um texto, com as finalidades de estudo, revisão ou memorização do assunto ou mesmo para utilizar em citações. Ficha analítica É a que contém comentários, análises, críticas e anotações pessoais sugeridas pela leitura. Como passo preparatório para a redação, essa ficha tem especial importância, porque, ao fazê la, o leitor exercita a reflexão e registra as próprias impressões a respeito da questão em estudo. 45

10 Unidade II Elaboração de trabalhos de graduação Técnica de sublinhar 5.1 ANDRADE, Maria Margarida de. Técnicas para elaboração de trabalhos de graduação. In:. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, p Uma falha muito comum nas escritas de alunos é a cópia literal dos textos nos trabalhos escolares, não desenvolvendo a habilidade de reflexão e interpretação dos textos lidos. Uma forma de desenvolver a habilidade de identificar a ideia central em um texto é utilizar marcadores como Post it, identificando trechos e páginas ou grifando partes significativas do texto. Muitos alunos encontram dificuldade em encontrar a ideia principal, alegando que todo o texto é importante Definição dos instrumentos de pesquisa Após a escolha e delimitação do assunto, da revisão bibliográfica, da definição dos objetivos, da formulação do problema e das hipóteses e da identificação das variáveis, deve se definir quais instrumentos serão utilizados na pesquisa para a coleta de dados. Compõem esses instrumentos: a observação; a entrevista; o questionário; o formulário. A elaboração e a organização dos instrumentos de investigação é uma etapa importante no planejamento da pesquisa. Normalmente, as obras sobre pesquisa científica fornecem esboços que servem de orientação para a confecção de questionários, formulários, roteiros de entrevistas, entre outros instrumentos de pesquisa. Deve ser feita a adequação metodológica conforme as características da pesquisa que está sendo realizada. 5.4 A internet como ferramenta de pesquisa Os documentos eletrônicos, como os divulgados pela internet, são um recurso técnico da atualidade. Não ficam disponíveis por muito tempo, e as fontes nem sempre são confiáveis. Essas questões devem

11 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação ser levadas em consideração pelo pesquisador, principalmente quando se trata de um trabalho de cunho científico. 5.5 Coleta e seleção de dados Figura 12 Essa é a etapa do trabalho em que se inicia a aplicação dos instrumentos e das técnicas de pesquisa para efetuar a coleta de dados. Geralmente é a fase que toma mais tempo e é a mais cansativa; exige do pesquisador paciência, perseverança e atenção, pois o registro dos dados deve ser realizado com critério. Para a realização da coleta de dados existem vários procedimentos que podem variar de acordo com o tipo de investigação. Em geral, as técnicas de pesquisa são: Coleta documental: instrumento por meio do qual se obtêm dados a partir de fontes primárias. São eles documentos que servirão para posterior elaboração de informações, como fotografias, cartas, documentos oficiais, artigos. 47

12 Unidade II Figura 13 Observação: deve se ter conhecimento prévio do que será observado e, ao mesmo tempo, manter a mente aberta para a ocorrência de eventuais situações inesperadas. Registrar as informações por meio de fotos e/ou vídeos e confeccionar o relatório assim que terminar a observação (não confie na memória). Entrevista: identificar quem deve ser entrevistado; elaborar um plano para a entrevista; elaborar as questões previamente; realizar um pré teste para correção de possíveis erros; diante do entrevistado, estabelecer uma relação amigável; procurar ser objetivo e anotar tudo na hora (não confie na memória). Questionário: importante instrumento de coleta de dados; a linguagem deve ser a mais simples e direta possível; deve conter: carta de explicação (proposta da pesquisa); itens de identificação, itens sobre as questões. Formulário: é um misto entre o questionário e a entrevista. Geralmente as respostas são mais complexas. Medidas de opiniões e de atitudes: técnica que se caracteriza pela mensuração das respostas por meio de escalas. Ex.: classificação por pontos, classificação direta, classificação por intensidade etc. Observação As escalas servem para o pesquisador medir o quanto o indivíduo é favorável ou desfavorável, ou, por exemplo, medir sintomas, como dor; geralmente enumeradas de 1 a

13 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Exemplo: Escala de faces: 0 (Sem dor) (Dor máxima) Figura 14 Escala numérica Sem dor Dor máxima Técnicas mercadológicas: utilizadas em sistemas econômicos e sociais, por empresas comerciais com e sem fins lucrativos. Muito utilizada em campanhas governamentais. Ex.: vacinação e eleição. Testes: o objetivo dessa técnica de pesquisa é obter informações que possam ser transformadas em dados quantitativos. Sociometria: técnica de pesquisa que tem como finalidade a observação e a análise das relações interpessoais e socioafetivas de diferentes grupos (de alunos, por exemplo). Apesar de sua eficácia, não é muito utilizada atualmente. Análise de conteúdo: para tal análise, identifique o local da coleta e registre os documentos da forma mais apropriada: fotografias, vídeos, reproduções xerográficas (quando autorizado); finalmente, estabeleça critérios para a organização dos documentos coletados. História de vida: é um instrumento de pesquisa qualitativa que tem por objetivo obter dados da experiência particular de quem está sendo questionado, com a finalidade de compreender uma dada realidade. A observação poderá ser utilizada como procedimento científico quando servir a um objetivo formulado em pesquisa, ser sistematicamente planejada e submetida a verificação e controles de validade e precisão. Tem como vantagens possibilitar meios diretos e satisfatórios para uma ampla variedade de fenômenos, exigir menos do pesquisador do que outras técnicas, além de permitir a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes comportamentais típicas. Porém, possui algumas limitações ligadas ao que está sendo observado, pois podem se gerar impressões favoráveis ou desfavoráveis no observador. Além disso, os fatos presenciados pelo pesquisador são imprevisíveis, a duração dos acontecimentos é variável e muitos aspectos da vida cotidiana particular podem não ser acessíveis para o pesquisador, o que, muitas vezes, interfere em sua tarefa (GIL, 2007). 49

14 Unidade II Tipos de observação: Segundo os meios utilizados: observação não estruturada (assistemática); observação estruturada (sistemática). Segundo a participação do observador: observação não participante; observação participante. Segundo o número de observações: observação individual; observação em equipe. Segundo o local de realização: observação efetuada na vida real (trabalho de campo); observação efetuada em laboratório (LAKATOS; MARCONI, 2009). Instrumentos da observação: Checklist de observação: registram se os aspectos do objeto de estudo. Caderno de anotação ou diário de campo: registra se qualquer outro tipo de informação útil para pesquisa. Conversações informais com as pessoas (GIL, 2007). Critérios para elaboração de um sistema de observação: Não deve interferir no comportamento das pessoas a serem observadas, nem mudá lo. Observar de forma objetiva e correta. Deve convencer as pessoas da necessidade e importância da observação. 50 Deve demonstrar tolerância e respeito (GIL, 2007).

15 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Para Gil (2007, p. 101), a observação tem como critério a simplicidade e deve ser participativa e/ou participativa sistemática. Na observação simples, o pesquisador deve ter uma posição totalmente neutra em relação à comunidade, observando espontaneamente os fatos apresentados. Ela é considerada informal, com exigência mínima de controle na obtenção de dados (GIL, 2007, p. 101), mas deve se ter certo cuidado em relação à interpretação, pois ela exige que o pesquisador tenha um conhecimento prévio a respeito da cultura do grupo que está observando e faça um registro diário do que presenciou. Na observação participativa o pesquisador tem conhecimento e participação ativa na vida da comunidade, assumindo se como parte integrante do grupo. Pode ser natural, quando o pesquisador faz parte do grupo, ou artificial, quando ele se coloca dentro do grupo para a pesquisa. A observação sistemática, por sua vez, tem um objetivo determinado, e o pesquisador não observa tudo, mas sim um aspecto específico do grupo, elaborando um plano antecipadamente. A entrevista é muito utilizada no campo social; áreas que trabalham diretamente com o problema humano utilizam se dessa técnica para responder ao questionamento inicial. Pedagogos, psicólogos, assistentes sociais e sociólogos, por vezes, valem se dessa técnica de coleta de dados e busca de uma solução ou orientação do problema apresentado. Deve ser uma conversa orientada, que forneça dados importantes para a pesquisa. Nos últimos anos, tornou se um dos instrumentos mais utilizados por pesquisadores de ciências sociais. Critérios para elaboração e realização da entrevista: planejar a entrevista delineando cuidadosamente o objetivo a ser alcançado; obter conhecimento prévio acerca do entrevistado, sempre que possível; marcar o local e o horário para a entrevista com antecedência; criar condições apropriadas para a entrevista, por exemplo, escolher um local agradável para realizá la; escolher o entrevistado de acordo com a familiaridade dele com o assunto tratado; fazer uma lista de questões, destacando as mais importantes; assegurar um número suficiente de entrevistados; antecipar as principais perguntas ao entrevistado, a fim de garantir os dados mais relevantes da pesquisa. A entrevista possibilita que se conheça o entrevistado com mais profundidade, desde que a técnica seja eficiente e tenha sido testada antes. Todavia, pode apresentar algumas limitações quanto: à falta de motivação do entrevistado para responder as perguntas que lhes são feitas; 51

16 Unidade II à forma inadequada de compreender o significado das perguntas; ao fornecimento de respostas falsas, determinadas por razões conscientes ou inconscientes; à inabilidade do entrevistado para responder adequadamente, em virtude de insuficiência vocabular ou de problemas psicológicos; à influência exercida pelo aspecto pessoal do entrevistador sobre o entrevistado; à influência das opiniões pessoais do entrevistador sobre a resposta do entrevistado; e aos custos com o treinamento de pessoal e a aplicação das entrevistas. Existem alguns tipos de entrevista, e sua escolha sempre dependerá dos objetivos e recursos de sua pesquisa. Entrevista informal: o menos estruturada possível; obtenção de uma visão geral do problema pesquisado; recomendada nos estudos exploratórios. Entrevista focalizada: enfoca um tema específico; objetiva explorar a fundo alguma experiência vivida em condições precisas. Entrevista por pautas: certo grau de estruturação; pontos de interesse do investigador; as pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si. Entrevista estruturada: relação fixa de perguntas; a ordem e a redação das perguntas são invariáveis para todos os entrevistadores; possibilita o tratamento quantitativo dos dados (análise estatística, respostas padronizadas); A condução de uma entrevista eficaz pode depender de alguns fatores importantes: 52 Estabelecimento do contato inicial: para se ter uma boa entrevista, o entrevistador deve desenvolver uma postura empática, uma conversa amistosa e explicar a finalidade de sua visita,

17 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação qual o propósito da pesquisa; é fundamental explicar a importância da colaboração do grupo ou da comunidade pesquisada para o desenvolvimento de seu trabalho. Formulação das perguntas: só devem ser feitas perguntas diretamente quando o entrevistado estiver pronto para dar a informação desejada e na forma precisa. As perguntas devem ser feitas de modo que não conduzam à recusa em responder, nem devem provocar algum negativismo. Deve se sempre realizar uma pergunta de cada vez, e elas sempre devem esclarecer bem as respostas. Ou seja, enquanto o pesquisador não conseguir a resposta correspondente ao significado da pergunta, deve propor a mesma questão de maneira diferente, para que clarifique as respostas, ou para que elas não fiquem implícitas, assim como convém manter na mente as questões mais importantes, até que se tenha a informação adequada sobre elas. Após uma questão ser respondida, deve ser abandonada em favor da seguinte, lembrando que sempre deve ser garantida a confidencialidade da informação recolhida, por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo entrevistado. Observação O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE deve estar de acordo com as normas da Resolução 196/96 e só pode ser aplicado numa pesquisa após ser avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CEP. Devem se estimular as respostas completas: Poderia contar um pouco mais a respeito? Qual a causa, no seu entender? Qual a sua ideia em relação a esse ponto? Qual é o dado que lhe parece mais exato? Respostas como não sei Entendo que esse é um problema que geralmente não preocupa muito as pessoas, mas gostaria que me falasse um pouco mais a respeito disso. O registro das respostas: além de ser mantida a atenção na revelação, pelo entrevistado, da resposta pertinente ao estudo e de estimulá lo para que alcance essas respostas, deve ser dada a devida atenção ao registro dessas respostas. Para isso, o entrevistador deve desenvolver, ao longo da sua coleta de dados, algumas técnicas importantes: dispor o formulário sobre a mesa ou superfície lisa; 53

18 Unidade II situar na mesma linha visual o formulário e o entrevistado, para poder observar a um e ao outro sem grandes movimentos, centrando a atenção no informante; começar a anotar somente depois que o entrevistado começar a responder; usar ponto de exclamação (!) quando o tom da resposta assim o pedir; anotar alguns aspectos e atitudes do entrevistado que possuam algum significado útil; utilizar as mesmas palavras do entrevistado e evitar resumir ou parafrasear as respostas (FONSECA, 2009). O questionário é o instrumento mais utilizado para coletar dados, pois possibilita medir com melhor precisão o que se deseja. Todo questionário deve ser de natureza impessoal para assegurar uniformidade na avaliação de uma situação. Dentre as vantagens encontram se cinco itens que Gil (2007, p. 122) elenca: a) Possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio; b) Implica menores gastos com pessoal, já que o questionário não exige o treinamento dos pesquisadores; c) Garante o anonimato das respostas; d) Permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais conveniente; e) Não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistado. Gil (2007, p. 122) ressalta que o questionário também apresenta limitações em sua abrangência, sendo interessante o pesquisador ter consciência dessa natureza: a) Exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação; b) Impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as instruções ou perguntas; 54

19 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação c) Impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas; d) Não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam no devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da amostra; e) Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos; f) Proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os itens podem ter significados diferentes para cada sujeito pesquisado. Portanto, o autor destaca o fato de que todos os instrumentos de coleta de dados terão pontos positivos e negativos na execução, dependendo da disponibilidade, do objetivo e da proposta do pesquisador. Os questionários podem ser compostos de perguntas fechadas ou abertas. As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, codificação e análise. As perguntas abertas, embora possibilitem coletar dados mais ricos e variados, apresentam maior dificuldade para sua codificação e análise. Processos para elaboração de questionários: dividir o assunto em temas; de cada tema, extrair um número x de perguntas; os temas escolhidos devem estar de acordo com os objetivos gerais e específicos; deve ser limitado em extensão e finalidade: ter de 20 a 30 perguntas e demorar cerca de 30 minutos; as questões devem ser codificadas tabulação; ter identificação de pessoa ou organização patrocinadora da pesquisa; deve estar acompanhado de instruções definidas e notas explicativas; devem ser observados o aspecto material e a estética. 55

20 Unidade II Exemplo: Questionário sobre o levantamento dos fatores internos de influência do relacionamento entre os funcionários e a empresa Vida profissional 1. Sinto orgulho de trabalhar nesta empresa. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 2. Sinto orgulho da minha atividade nesta empresa. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 3. Acho que a empresa me oferece um bom plano de carreira. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 4. Costumo indicar esta empresa como alternativa de emprego para meus amigos e parentes. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 5. Eu me preocupo com o futuro desta empresa. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 6. Considero que estou obtendo sucesso na minha carreira e na minha vida profissional. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 7. Gostaria que meus filhos trabalhassem nesta empresa. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 8. Dependo apenas dos meus próprios esforços para obter o sucesso profissional e de carreira na empresa. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 9. Os cursos e treinamentos que fiz são suficientes para o exercício das minhas atividades. ( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim 56 Fonte: Pesquisa..., [s.d.].

21 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação As perguntas do questionário podem ser classificadas, quanto à forma, como perguntas abertas, fechadas ou de múltipla escolha, podendo estas últimas serem perguntas com mostruário, de estimação ou de avaliação. Se classificadas de acordo com o objetivo, poderão ser: perguntas de fato; perguntas de ação; perguntas de/sobre intenção; perguntas índice ou perguntas teste. No que se refere à escolha das perguntas: devem ser incluídas apenas as relacionadas ao problema pesquisado; as respostas não devem ser obtidas de forma mais precisa por outros procedimentos; devem se levar em conta as implicações das perguntas com os procedimentos de tabulação e análise de dados; devem ser incluídas apenas as perguntas que possam ser respondidas sem maiores dificuldades; devem ser evitadas perguntas que penetrem na intimidade das pessoas. Quanto à classificação das perguntas, elas podem ser: Abertas: são as que permitem ao informante responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões. Ex.: Qual é a sua opinião sobre a venda da Companhia da Vale do Rio Doce? Fechadas ou dicotômicas: são aquelas em que o informante escolhe sua resposta entre duas opções: sim e não. Ex.: Você é favorável ou contrário à reeleição para o presidente da República? 1. Favorável ( ) 2. Contrário ( ) Os candidatos devem ou não formar um partido político? 1. Sim ( ) 2. Não ( ) 57

22 Unidade II Resultados de experiência realizada para testar os efeitos de perguntas expressos de forma positiva e negativa: Forma A: Você acha que os USA deveriam permitir discursos públicos contra a democracia? Forma B: Você acha que os USA deveriam proibir discursos públicos contra a democracia? Resultados: Deveriam permitir: 21% ; deveriam proibir: 39%. Não deveriam permitir: 62%; não deveriam proibir: 46%. Não deram opinião: 17%; não deram opinião: 16%. De múltipla escolha: são perguntas fechadas, mas que apresentam uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. Ex.: Quais são as principais causas da inflação no Brasil? 1. Procura de produtos maior do que a oferta. ( ) 2. Correção monetária. ( ) 3. Aumento dos custos (matéria prima, salários). ( ) 4. Manutenção de margem de lucro por empresas que têm certo poder monopolístico (indústria de automóveis). ( ) 5. Expansão do crédito maior do que o crescimento das poupanças. ( ) 6. Aumento correspondente dos salários sem correspondente aumento da produção. ( ) (MARCONI; LAKATOS, 2006, p. 206). Saiba mais Para saber mais sobre pesquisa de clima organizacional, acesse: < de clima organizacional/modelo de questionario de pesquisa de clima para organizacoes publicas/>. 58

23 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação O formulário é uma lista informal, destinada à coleta de dados resultantes de observações ou indagações, que é preenchida pelo próprio investigador. Destaca se sua importância pela possibilidade de comportar perguntas mais complexas, bem como apresentar garantia de uniformidade na interpretação dos dados e dos critérios. Concluída a coleta de dados, passa se à codificação e à tabulação dos resultados (gráficos, mapas e quadros estatísticos). Após a finalização da coleta de dados, o pesquisador deve realizar uma verificação crítica para detectar possíveis falhas ou erros, evitando informações confusas ou incompletas que possam prejudicar o resultado da pesquisa. A análise e a interpretação dos dados são atividades distintas, porém elas estão estreitamente relacionadas. A análise procura evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. A interpretação dos dados busca dar um significado mais amplo às respostas, associando as a outros conhecimentos. Ela representa, em geral, a exposição do verdadeiro significado do material apresentado em relação aos objetivos propostos. 6 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA O projeto de pesquisa é uma intenção, um planejamento, ou seja, a organização sistemática e racional dos procedimentos de pesquisa. Ao planejar, o pesquisador deve levar em consideração os fatores que interferirão no desenvolvimento do projeto. 6.1 Elementos que compõem o projeto de pesquisa Capa. Elementos pré textuais ou preliminares: folha de rosto; folha de aprovação; folha de dedicatória; folha de agradecimento; folha de epígrafe; sumário; lista de tabelas e gráficos; resumo; abstract. 59

24 Unidade II Elementos textuais: introdução: escolha do tema; justificativa da escolha do tema; formulação do problema; objetivos gerais e específicos; conceituação e relevância; indicação da estrutura do trabalho. desenvolvimento: exposição do tema; fundamentação teórica; argumentação e discussão; metodologia do trabalho; conclusão. Elementos pós textuais: referências bibliográficas; apêndice; anexo; glossário ou índice. Segundo Dias e Traldi (1998, p. 40), o capítulo da metodologia é facultativo: O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método adotado para o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar se um capítulo exclusivamente para esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na introdução. Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho (como nos estudos que se utilizam de métodos quantitativos envolvendo amostragem ou tabulação de dados), a opção pelo destaque da metodologia em capítulo separado da introdução dá ao trabalho uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo. 60

25 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Descreveremos, a seguir, cada uma das partes citadas, possibilitando aos leitores o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas. Capa: no alto da página: nome da instituição/departamento; abaixo da instituição: nome do autor; no centro da página: título do trabalho; à direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores; no rodapé da página: local/data. Exemplo: Como colocar o autor ou autores (ordem alfabética): Adriana Aparecida SILVA Andréa SANGIULIANO Luciana Souza ANDRÉ Sebastiana ALBUQUERQUE margens: superior 3 cm; inferior 2 cm; esquerda 3 cm; direita 2,5 cm. Instituição e curso Autor(es) UNIP Universidade Paulista Educação a Distância Curso: Pedagogia Nome: Título A Representação do Negro no Livro Didático Local e ano São Paulo 2013 Figura 15 61

26 Unidade II 6.2 Elementos pré textuais São textos que antecedem a introdução do trabalho, compostos por capa, folha de rosto, folha de aprovação, dedicatória, e agradecimento, epígrafe, sumário e lista de tabelas e gráficos. É a parte que identifica o trabalho. Folha de rosto Igual à capa, com o detalhe sobre a natureza do trabalho. Observe o modelo a seguir: Universidade Paulista UNIP Fulano de Tal Utilizando o jogo e a brincadeira no processo de desenvolvimento das crianças de 3 a 4 anos Trabalho Monográfico - Curso de Graduação Licenciatura em Pedagogia apresentado à comissão julgadora da UNIP INTERATIVA, sob a orientação do professor... Recuo à direita da folha São Paulo 2013 Figura 16 Atrás da folha de rosto deverá ser incluída a ficha catalográfica do trabalho, sendo a única folha que terá algo escrito no verso. Folha de aprovação A folha de aprovação conterá o nome dos professores que irão compor a banca examinadora (os professores que avaliarão o trabalho de curso). 62

27 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Banca Examinadora Local 2013 Figura 17 Folha de dedicatória e folha de agradecimentos Essa parte é opcional. O pesquisador colocará uma mensagem para as pessoas queridas ou que acompanharam sua trajetória. A folha de agradecimento é dedicada àqueles que efetivamente participaram e contribuíram para que o trabalho acontecesse. Professor, orientador, algum órgão de financiamento ou a instituição que lhe permitiu fazer a pesquisa, abrindo as portas para o pesquisador. Folha de epígrafe É opcional e será destinada a um texto significativo para o autor. Poderá ser um poema, uma frase ou o trecho de um livro. A epígrafe poderá abrir cada capítulo do trabalho, porém deve se ter certo cuidado, pois ela representará aquele capítulo. Não pode ser uma escolha aleatória, e sim algo que dê significado ao que será encontrado naquela parte da pesquisa. Sumário São os títulos de cada capítulo com suas respectivas paginações. Deve se ter cuidado com a formatação e a estética. O computador tem uma ferramenta que faz o sumário. 63

28 Unidade II Sumário Resumo...3 Introdução...4 Capítulo I: nome do capítulo (Indicar cada uma das seções do trabalho)...8 Capítulo II: nome do capítulo (Indicar cada uma das seções do trabalho)...23 Capítulo III: nome do capítulo (Indicar cada uma das seções do trabalho)...48 Considerações finais...54 Referências bibliográficas...59 Anexos...62 Figura 18 Obedecendo às normas da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, a numeração deve começar a contar a partir da folha de rosto, porém aparecerá apenas na introdução, ou seja, no texto propriamente dito. Lista de tabelas e gráficos É destinada a apresentar, em ordem crescente, as figuras do trabalho, conforme elas se apresentam ao longo do texto, com o número da página. Toda figura deve ter um título. Veja o exemplo seguinte: Lista de Figuras Figura 1 Porta de conexão com o mundo...27 Figura 2 Relações sujeito/profissão Figura 3 Relação ser humano/escolhas...36 Figura 4 Influências na formação da criança Figura 5 Homem transcendental...49 Figura 6 Infinito...49 Figura 7 Yang e Yin: futuro e passado...53 Figura 8 Organização da representação dos objetos...64 Figura 9 Frestas de uma janela: a esperança...67 Figura 10 A ilha: o eu interior...71 Figura 11 Os símbolos na formação do homem...75 Figura 12 O nascimento do novo homem...80 Figura 13 Porta dos sentidos

29 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Figura 14 Os sentidos na conexão com o mundo...87 Figura 15 O homem em ascensão...89 Figura 16 Transcendência do ser humano Figura 17 Espelhos dos sentidos...96 Figura 18 Olhos, porta do conhecimento...98 Resumo Essa é uma página importante do trabalho monográfico, pois, num primeiro momento, ela convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com aproximadamente trezentas palavras, em que o autor apresenta uma síntese do conteúdo abordado, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deu sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa fornecer ao leitor elementos que lhe permitam decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para seu próprio contexto. O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por meio de frases, e nunca em tópicos enumerados. Após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras chave sugeridas pelo autor como referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico: Resumo (1) Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de diferentes segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e seu interesse tem se modificado em relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz respeito à língua portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém com o telespectador uma relação de poder, produz e reproduz valores, transmitindo textos persuasivos de alta qualidade, legitimando verdades, saberes, discursos e cristalizando-os, no imaginário coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em relação à veracidade discursiva. Em se tratando do sistema educacional brasileiro, há um grande abismo e muita resistência em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como possíveis eventos pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro profissional. // (2) Assim sendo, este trabalho procura analisar o universo imaginário dos alunos de ensino médio de uma escola da rede pública, focalizando questões concernentes à linguagem midiática. // (3) Os passos metodológicos iniciaram se com o levantamento do hábito televisual dos alunos, seguidos de audiência, discussões, análise e debate sobre o funcionamento discursivo da novela Malhação Rede Globo de Televisão, de forma a oportunizar reflexões à luz da Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as relações entre sujeito, discurso, saber e poder. // (4) Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, que se divide nas seguintes seções: Introdução onde a problemática e os objetivos são apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas onde são apresentadas as referências 65

30 Unidade II teóricas sobre Análise do Discurso e Análise da Conversação; A Caminhada seção que apresenta a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos dados e encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso seção que apresenta a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; e Algumas Considerações seção que encerra o trabalho, apresentando algumas conclusões e possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas e mais aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema. Palavras chave: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática. Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com //. Eles mostram a organização do resumo: trecho 1 contextualização do tema discutido na monografia; trecho 2 propósito do trabalho; trecho 3 metodologia utilizada no processo de pesquisa; trecho 4 organização do documento monográfico. Abstract Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das key words. Ao se elaborar um projeto de pesquisa, deve se pensar no tema, na formulação do problema, nos objetivos da pesquisa, nas hipóteses e na sua fundamentação teórica ou conceitual os quais fazem parte dos elementos textuais. 1ª Fase: a determinação do problema a) Selecionar o assunto. b) Definir e formular o problema da pesquisa. c) Reunir e selecionar a documentação sobre o assunto problema a ser pesquisado. d) Elaborar a revisão da literatura sobre o problema da pesquisa. 2ª Fase: a organização da pesquisa a) Descrever o objeto (ou problema) da pesquisa em relação a um referencial teórico. b) Formular as hipóteses de trabalho. c) Determinar a fórmula de experimentação ou descrever os métodos escolhidos para coletar ou completar os dados. 66 d) Construir os instrumentos necessários à coleta de dados.

31 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação e) Definir a população da pesquisa ou da experimentação. f) Planificar a coleta de dados. 3ª Fase: a execução da pesquisa de campo a) Estabelecer um programa de trabalho. b) Coletar os dados. c) Analisar os resultados. 4ª Fase: a redação do texto a) Redigir o texto preliminar, explicando o fenômeno observado. b) Redigir o texto definitivo, incorporando ao texto indicações e críticas pertinentes. 6.3 Escolha do tema A primeira etapa no processo de elaboração de uma monografia é a definição do tema. Ele é escolhido segundo as inclinações, possibilidades, aptidões e tendências de quem realizará o trabalho científico, investigado cientificamente. É preciso ficar claro que o tema deve ser preciso, bem-determinado e específico para que a pesquisa possa ser desenvolvida. Escolhido o tema, deve se procurar conhecer o que a ciência sabe sobre ele, para não correr o risco de apresentar como novo algo que já é conhecido. É importante ter em mente a relevância do assunto, as áreas controvertidas ou obscuras, a natureza e a extensão da contribuição para a área do conhecimento. Ao escolher um tema de pesquisa, devem se levar em consideração alguns fatores determinantes: Interesse do pesquisador: toda pesquisa deve partir da realidade e das inquietações provocadas no pesquisador. Elementos sociais, culturais, históricos, psicológicos e econômicos são fatores que podem interferir no levantamento do tema para a pesquisa. Relevância: a partir do que se conhece e se leu sobre o estado da ciência produzida até então sobre o tema escolhido, pode se definir sua relevância. No entanto, também é possível estabelecer se a pesquisa é relevante ou não a partir da análise de determinada realidade. Viabilidade: ao se propor efetuar uma pesquisa, deve-se fazer um questionamento sobre as possibilidades de sua realização tendo em vista o material disponível para a coleta de dados e o levantamento bibliográfico ou documental. Também é necessário analisar o tempo disponível para a sua elaboração e as condições espaciais, institucionais e financeiras. 67

32 Unidade II Delimitação do tema: para que haja a delimitação do tema, o pesquisador deve pensar em três dimensões essenciais: recorte temporal, recorte espacial e problema. Observação Após a escolha do tema, o autor deve realizar a introdução ao assunto, abordando: conceitos, terminologias, dados epidemiológicos, contexto do problema temático (em termos gerais); parte inicial e sucinta. 6.4 Formulação do problema Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou indagação. O problema é uma questão de ordem teórica ou prática não resolvida e que é objeto de discussão. É importante ter em mente que nem todo problema é passível de tratamento científico. O problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis (GIL, 2002). O problema pode ser determinado por razões de ordem prática ou intelectual. 6.5 Enunciado das hipóteses O que são hipóteses? Uma vez formulado o problema, o segundo passo é oferecer uma possível solução. A essa proposição dá se o nome de hipótese, que deve ser testada para confirmar ou não sua validade, isto é, se soluciona ou não o problema proposto Como elaborar hipóteses? De acordo com Aranha (2003, p. 156), a hipótese é suposição sobre algo, vem de hypó, debaixo de, sob, e thésis, proposição [...], e é a explicação provisória dos fenômenos observados. É a interpretação antecipada que deverá ser ou não confirmada. Diante da interrogação sugerida pelos fatos, a hipótese propõe uma solução. E qual é a fonte da hipótese? Até o momento não se conhecem normas específicas para a elaboração das hipóteses. O pesquisador deve recorrer à literatura disponível sobre o assunto e, além disso, deve ter noções básicas sobre o tema para poder formular hipóteses que possam servir como orientação no decorrer da investigação científica. Para a formulação de uma hipótese é necessário observar os seguintes procedimentos: enquadramento da hipótese em um sistema conceitual do referencial teórico; conhecimento dos procedimentos metodológicos da pesquisa científica; 68

33 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação observações analíticas das hipóteses em função das suas variáveis. Ao elaborar as hipóteses, dispondo as em alternativas, o pesquisador pode encontrar diversas constatações com condições favoráveis; no entanto, deve selecionar as mais eficazes. As hipóteses podem originar se também da comparação de outros estudos, pesquisas ou teorias. Nesse caso, elas conduzem, geralmente, a conhecimentos mais amplos que aquelas decorrentes da simples observação. A hipótese, quando tem base em pesquisas já realizadas, contribui para a constatação de que as relações seguem uma certa constância. Já a hipótese que parte de teorias é mais atraente por possibilitar fazer relações mentais e trazer conhecimentos de outras áreas, na busca da solução do problema. Gil (2007) ressalta que em algumas situações a hipótese surgiu da intuição do pesquisador e produziu resultados interessantes para a ciência. Aranha (2005) colabora nesse caminho de descoberta da hipótese ao afirmar que há várias formas de se chegar à sua confirmação. Uma delas é pela reelaboração da observação inicial, e a outra, pela experiência. Ambas requerem um olhar para a pesquisa buscando a resposta da pergunta (questionamento) e confirmação ou refutação da hipótese inicial. Quanto ao pesquisador, ele elabora sua hipótese com base em seus conhecimentos científicos sobre o assunto pesquisado; dito de outra forma, é uma alternativa derivada da reflexão e da experimentação. Na formulação das hipóteses devem ser omitidos termos que refletem subjetividade ou exageros, como bom, ruim, interessante, muitos e outros. As hipóteses não podem ser resultado de invenção arbitrária nem de observação leviana dos fatos observados. Devem ser razoáveis, consistentes, compatíveis com o conjunto de conhecimentos já existentes e passíveis de experimentação por meio de etapas metodológicas Classificação das hipóteses 1. Casuísticas. 2. Frequência de acontecimentos. 3. Associação entre variáveis. 4. Dependência entre duas ou mais variáveis. 6.6 Definição do objetivo O objetivo é, em resumo, o propósito da pesquisa. Por essa razão, deve ser formulado de maneira muito clara e objetiva. O objetivo indica o que se pretende conhecer, medir ou provar no decorrer da investigação e, além disso, demonstra a contribuição que se tenciona dar com a pesquisa, A pesquisa 69

34 Unidade II científica atingirá seu objetivo se, ao concluir o trabalho, o pesquisador puder dar uma resposta ao problema formulado. Lembrete O objetivo geral: o que se pretende alcançar. Verbos generalistas: analisar; relacionar; descobrir; demonstrar etc. Objetivos específicos: passos para alcançar o objetivo geral. Verbos específicos: organizar, identificar, dividir, classificar, distinguir, relatar etc. Há dois tipos de objetivos: o geral e os específicos. O geral indica o que se pretende alcançar, e os específicos são os que descrevem os desdobramentos do objetivo geral; assim, estes devem ser tratados como questões da investigação que levarão a alcançar o objetivo geral. 6.7 Justificativa da pesquisa A justificativa destaca a importância do tema abordado, do ponto de vista teórico, metodológico ou empírico, levando em consideração o estágio atual da ciência, suas divergências e a contribuição que se pretende proporcionar ao pesquisar o problema abordado. A justificativa da pesquisa deve esclarecer e convencer o leitor sobre a importância do tema selecionado para levar a efeito a pesquisa. Observação A justificativa deve responder à questão: Por que a realização deste estudo? (Lacuna do saber, problema vivenciado ou relatado, dúvida existente.) 6.8 Introdução Lembrete Na justificativa não se deve fazer referência a autores exceto caso ela se deva à aplicação/validação de uma teoria/método já existente. A introdução, considerada de pouca importância, requer uma atenção especial, pois dela constará todo o seu propósito da pesquisa. Ela poderá tanto trazer o leitor para o trabalho como afastá lo. Você, pesquisador, deverá deixar de duas a três páginas e dedicar se a apresentar o seu trabalho de forma convidativa. 70

35 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Nessa seção deverá aparecer a justificativa, a relevância da pesquisa, o problema encontrado, a hipótese levantada, os objetivos que pretende atingir, a metodologia que utilizará, bem como o apoio bibliográfico e o que o leitor encontrará em cada capítulo. Segundo Machado (2001), a justificativa não é a motivação que levou à pesquisa, e sim uma situação encontrada em um determinado lugar. É descrever o porquê do trabalho e para que essa pesquisa servirá. Não devemos esquecer que entender ou conhecer mais sobre o assunto não justifica uma pesquisa, e sim uma leitura aprofundada sobre o tema ou assunto desejado. A pesquisa é algo maior que entender: é mudar, explicar, transformar, implantar, solucionar, discutir algum problema. Na introdução, encontraremos o tema do trabalho com base teórica, o que possibilitará ao leitor uma visão crítica e ampla do problema contextualizado; o fechamento do tema o delimitará e gerirá outros questionamentos e/ou desvios no caminho da pesquisa. No objetivo geral, o pesquisador deve trazer algo mais abrangente e com uma perspectiva de alcance a médio e longo prazo (está relacionado ao tema). No objetivo específico, algo mais imediato e palpável (relacionado ao assunto). A justificativa descreve a importância desse assunto dentro de um contexto, ou seja, como essa pesquisa contribuirá para a sociedade. Portanto, é necessário que o pesquisador traga dados que o respaldem e apoiem nesse caminho. É importante embasar-se em alguns teóricos, a fim de auxiliar na discussão e no preenchimento da lacuna encontrada que justificou a pesquisa. A metodologia consiste em apresentar o caminho que o pesquisador percorrerá, qual método e tipo de pesquisa realizará. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais, os textos da introdução de trabalhos monográficos e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos em primeira pessoa (eu/ nós). É importante, no entanto, que tal aspecto seja discutido com o orientador do trabalho. Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o texto na voz passiva foi observado, foi elaborado, na terceira pessoa do singular, com o pronome se, ou por meio de expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há ainda a opção de desenvolver o texto na primeira pessoa do plural, considerando se que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno (no caso de um aluno apenas) e por seu orientador. Ao desenvolver o texto na primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou de posicionar se como pertencente a um grupo com determinadas convicções e posicionamentos teóricos. 71

36 Unidade II 6.9 Desenvolvimento O desenvolvimento é a parte mais longa da pesquisa, pois trará discussão com teóricos sobre o tema pesquisado. É a parte mais importante, o coração da pesquisa. Ele se dividirá em capítulos e subcapítulos, conforme a necessidade da pesquisa. Os capítulos ficarão separados do texto anterior, ou seja, cada capítulo em uma página, mas os subcapítulos poderão ficar na mesma página, pois subentende se que ele dará continuidade ao assunto do capítulo. Cada capítulo será identificado com algarismo romano seguido do título em caixa-alta (letra maiúscula) e negrito. Os subcapítulos, como o título, deve ter a primeira letra maiúscula e ser identificado com algarismo arábico. Veja exemplo: Figura Revisão bibliográfica A revisão bibliográfica é a base do trabalho, onde o trabalho está apoiado. Na revisão, encontraremos os teóricos que discutiram e pesquisaram sobre o tema. Trata-se de uma parte que requer articulação do pesquisador, domínio da escrita, pois este deverá dialogar com os autores e trazer citações importantes para sustentar a sua hipótese. O diálogo entre o pesquisador e os diferentes autores deve estar pautado por estudos e pesquisas, fazendo, sempre que possível, relações entre os teóricos e a sua pesquisa. O pesquisador deve tentar trazer o seu objetivo para a discussão, fazendo que o leitor revisite a sua proposta de trabalho, o que atribuirá significado aos autores ali presentes.

37 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação 6.11 Metodologia Para entender melhor a fase de elaboração do projeto de pesquisa, deve se ter em mente que todo processo metodológico precisa ser pensado a partir do objeto da pesquisa. Isso significa que se deve formular um plano, um caminho para se chegar ao objetivo proposto. Assim, a metodologia de pesquisa adotada deve partir da discussão teórica do tema, das definições dos conceitos a serem discutidos, da identificação do objeto de pesquisa, do tipo de pesquisa que se propõe realizar e dos instrumentos de pesquisa que serão adotados para a coleta de dados. Observação Essa parte do projeto descreve o tipo de pesquisa, o público-alvo, o instrumento utilizado, as normas éticas (termo de consentimento/ autorização, sigilo dos nomes), o período de coleta de dados e o responsável pela pesquisa e análise dos dados. Lembrete Para pesquisa social (pessoas), utilizam se materiais e casuística. Nunca se esqueça de anexar todos os documentos do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos CEPEH, no final do projeto. Na metodologia, deverá estar claro todo o caminho percorrido pelo pesquisador, com a escolha do instrumento e como aconteceu a pesquisa, sem deixar nada para trás. Neste capítulo o leitor deve ter contato com a trajetória e, mesmo não conhecendo o trabalho, ele deverá ser capaz de entender o que aconteceu e como foi feita a pesquisa. Itens importantes deste capítulo: descrição de onde a pesquisa aconteceu, detalhadamente; sujeitos envolvidos: quem foi pesquisado e como foi escolhido; procedimento: como foram coletados os dados entrevista, documentos, observação, etc.; análise dos dados: espaço para discussão sobre os dados coletados, fazendo relação com teóricos. Em trabalhos documentais, este capítulo não se faz necessário, pois apenas houve leitura de textos e/ou documentos. 73

38 Unidade II 6.12 Cronograma de pesquisa Como a pesquisa se desenvolve em várias etapas, é preciso fazer a previsão do tempo necessário para se passar de uma fase para outra, e como algumas são desenvolvidas simultaneamente, é necessário fazer o seu registro. Disso se deduz que é preciso definir um cronograma que indique com clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases. É claro que o cronograma de pesquisa corresponde apenas a uma estimativa do tempo, pois diversos imprevistos podem alterar o prazo estipulado. Lembrete O cronograma é uma tabela em que serão descritas as etapas da execução do projeto, assim como itens mínimos. Deve conter: encaminhamento do projeto ao CEPEH, coleta de dados, análise dos dados, elaboração do artigo e defesa. Contudo, à medida que o trabalho for desenvolvido organizadamente, que o pesquisador adquirir maior domínio sobre o assunto e que os recursos necessários estiverem disponíveis, o cronograma terá grandes chances de ser observado. Segue modelo de cronograma: Quadro 2 Fases da pesquisa (atividades) Jan Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. 1. Escolha do tema, formulação do problema X 2. Levantamento bibliográfico X X X 3.Documentação X X X X X X 4. Formação do MTR (marco teórico de X X X X X referência) 5. Elaboração do projeto e do orçamento X X 6. Escolha da população e amostra X 7. Elaboração dos instrumentos de coleta de dados X X X 74

39 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação 8. Pré teste e revisão da metodologia 9. Coleta de dados, trabalho de campo 10. Análise de dados, teste da hipótese X X X X 11. Redação do relatório X X X X Fonte: Salomon (2001, p. 224). Lembrete Toda pesquisa deve ter um início e um fim; independentemente de os resultados serem positivos ou negativos, são resultados Recursos Observação As agências de fomento à pesquisa, ou seja, as agências que financiam pesquisas, sejam estas de iniciação científica, mestrado ou doutorado, sempre determinam um tempo de execução. Assim, é necessário detalhar os passos pertinentes à pesquisa no cronograma em tempo hábil às normas das agências, senão o pesquisador corre o risco de perder seu financiamento. Nessa etapa devem ser elencados os recursos humanos, materiais, institucionais e econômicos que serão necessários para realizar a pesquisa. Mesmo que nem todos os itens venham a ser empregados, é necessário que se faça uma estimativa Referências bibliográficas A Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, fundada em 1940, é responsável pela normalização dos produtos brasileiros. Regula os mais variados ramos da atividade, como o científico, o industrial, o comercial, o agrícola, o de serviços e outros. A norma que regula as referências bibliográficas é a NBR 6023: ago 2000, que substituiu a NBR 6023:1989. Além da ABNT, existem outras normas internacionais, como as citadas a seguir: DIN Deutsches Institut für Normung; ISO International Organization for Standardization; 75

40 Unidade II ISBN International Standard Book Numbering (livros); ISSN International Standard Serial Number (periódicos). NBR 6023:2000 Informação e documentação referências e elaboração Especifica os elementos a serem incluídos em referências. Fixa a ordem dos elementos das referências. Estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação do documento. Orienta a preparação e a compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos, para a inclusão em bibliografia, resumos, resenhas e outros. Mais adiante, detalharemos melhor como organizar as referências bibliográficas. Quadro 3 Pesquisa Elementos Dados de identificação Objeto Objetivos Justificativa Revisão bibliográfica Metodologia Cronograma Orçamento Referências Significação Quem fará? O que será feito? Com que finalidade? Por que será feito este trabalho? Com que fundamentos teóricos? Como será feito? Em que período de tempo? Com que recursos? Com que fontes de consulta? 7 OS MÉTODOS CIENTÍFICOS PARA APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS A apresentação de resultados de um trabalho monográfico, ou de outro trabalho científico, deve seguir algumas etapas, que começam antes mesmo de sua elaboração. Para que os dados sejam dispostos de maneira coerente e clara, o pesquisador deve, antes de tudo, organizar os objetivos do problema proposto e os métodos como os dados serão colhidos. Esse processo impõe uma organização sistemática de trabalho, uma aplicação metódica à pesquisa e o conhecimento de algumas técnicas de trabalho científico. Por isso, a fluente transformação do sujeito que investiga e do objeto da pesquisa não deve dispensar o esforço de organizar um trabalho complexo, munindo se dos instrumentos disponíveis e estabelecendo um programa de longa duração para vencer hesitações, eliminar dúvidas e resolver problemas. 76

41 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação 1ª Fase: a determinação do problema; 2ª Fase: a organização da pesquisa; 3ª Fase: a execução da pesquisa de campo; 4ª Fase: a redação do texto. Após a realização dessas etapas, os dados deverão ser organizados conforme o tipo de pesquisa realizada. São basicamente dois os tipos de pesquisa, e cada um deles envolve uma série características peculiares. Uma fase importante para se seguir com o trabalho é fazer o levantamento amostral, que posteriormente irá auxiliar na apresentação dos resultados. 7.1 Etapas do levantamento amostral Segundo Moreira (2004), podem se estabelecer para o levantamento amostral as seguintes etapas: estabelecimento de objetivos para a coleta de dados; elaboração do projeto de pesquisa; preparação de um instrumento de coleta de dados; administração e pontuação do instrumento; análise de dados; comunicação dos resultados ao público interessado. Um bom levantamento amostral apresenta as seguintes características: objetivos específicos; questões bem-formuladas; um bom projeto de pesquisa; uma boa escolha da população ou amostra; instrumentos projetados e construídos com qualidade; uma análise apropriada; 77

42 Unidade II uma comunicação precisa dos resultados; recursos razoáveis. Algumas possibilidades de medição de um levantamento amostral: atitudes, preferências, crenças, comportamentos, previsões e fatos. Dessas possibilidades, surgem os tipos de levantamentos amostrais, baseados, principalmente, em questionários, os quais podem ser subdivididos em: questionário pelo correio; questionário com a presença física do entrevistador; questionário por telefone; questionário passado a um grupo de representantes ao mesmo tempo; questionário tipo drop off (o pesquisador vai até a casa ou o trabalho do pesquisado); questionário on line. Todos esses tipos de questionários apresentam vantagens e, consequentemente, desvantagens que devem ser avaliadas conforme a característica da pesquisa. Deve se estar atento para o fato de que nenhum desses tipos de levantamento amostral é livre de erros. Podem ocorrer: erros de cobertura, erros de amostragem, erros de medição e erros da falta de resposta, dentre outros. 7.2 Modalidades e metodologias de pesquisas Magalhães (2005) esclarece que, sendo o método um caminho a seguir, uma meta a ser alcançada, que traz um olhar de espaço aberto para qualquer pessoa ir adiante, deve ser racional, possibilitando a passagem e o entendimento de todos. Metodologia, asim como descrita, torna-se uma ciência por si só, aprimorando o que está contido no senso comum, ou seja, comprovando e verificando o conhecimento emprírico. Severino (2007) complementa afirmando que ciência consiste em um método e apoia se em teorias, desenvolvendo, no ser humano, um conhecimento organizado e adquirido por intermédio de pesquisas e práticas embasadas. Aranha (2005, p. 180) destaca que: [...] desde muito tempo, os assuntos referentes ao comporamento humano eram objeto de estudo da filosofia, mas com o desenvolvimento das ciências da natureza, desejou se estender a eles o rigor do método, fazendo nascer as ciencias humanas. 78

43 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Vale distinguir a ciência da natureza da ciência humana, sendo a primeira relacionada ao estudo do que está fora do indivíduo física, química, biologia, geologia e geografia física e a segunda tem como objeto o próprio sujeito economia, psicologia, sociologia, história, geografia humana, linguística e etnologia. Essa diferença existente entre as duas, traça uma maneira específica de se pesquisar os objetos, trazendo a possibilidade de várias modalidades de pesquisa a serem praticadas, de acordo com o objetivo a ser atingido. Considerando que a pesquisa científica é a transformação de informações, pode se inferir que o papel do pesquisador é o de planejar a coleta de dados, das informações, com a finalidade de encontrar uma solução para o problema de pesquisa, além de processar essas informações e, por fim, de obter os resultados da pesquisa, que também são informações. Analogamente, a pesquisa científica pode ser comparada a um jogo que deve obedecer às regras existentes as quais por vezes, requerem alguém que as explique aos jogadores e os acompanhe na primeira rodada ou jogada. O trabalho acadêmico, por ter algumas regras complexas, necessita que o aluno tenha um acompanhamento, para que o caminho seja traçado e percorrido dentro de certas regras e rigor inerentes à pesquisa. Quanto à classificação dos tipos de pesquisa científica existentes, não há consenso. Muitos autores as classificam em função das próprias ciências, isso porque a pesquisa científica exige métodos e técnicas que devem adequar se a cada área da ciência. Assim, pode haver pesquisas teóricas, metodológicas, práticas e empíricas. Segundo o ponto de vista adotado por Moreira (2004), podem ser reconhecidos dois tipos fundamentais de pesquisa empírica: a experimental e a não experimental, que subdividem-se em: pesquisa experimental; pesquisa experimental em laboratório; pesquisa experimental em campo; pesquisa não experimental (estudo de campo); pesquisa não experimental quantitativa; pesquisa não experimental qualitativa. Esse processo impõe a organização sistemática do trabalho, a aplicação metódica à pesquisa e o conhecimento de algumas técnicas de trabalho científico Pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa Para conhecermos os métodos científicos, faz se necessário entender como surgiu a pesquisa quantitativa. Aranha (2005) nos possibilita entender o conceito de ciência configurado na Idade Média. 79

44 Unidade II 80 A partir do século XVII, Galileu estabeleceu uma nova maneira de se investigar, tendo, posteriormente, outros aprimoramentos científicos. A ciência aspira pela objetividade ao tentar superar as conclusões subjetivas marcadas pela nossa sensibilidade ou idiossincrasias. [...] as atividades de cada cientista, como menbro de uma comunidade intelectual, estão sujeitas a críticas dos demais. Isto é possível porque os cientistas trabalham com hipóteses testáveis, que podem ser submetidas à experimentação de modo a ser confirmadas ou rejeitadas. [...] fundamentadas pelo controle dos fatos (ARANHA, 2005, p. 172). A autora nos apresenta a ciência objetiva com rigor, clareza e precisão que aumenta com a aplicação da matemática que transforma qualidades em quantidades e a utilização de instrumentos de medidas (idem, p. 173). Severino (2007) nos apresenta uma explicação diferente: para ele, o nosso conhecimento era o dos fenômenos, ligado a uma relação funcional entre as coisas, no fazer e no ter resultado, ou seja, atingir os resultados de uma determinada ação causa e efeito que só poderiam ser medidos mediante a utilização da matemática, a quantificação dos resultados obtidos para a certificação da ação. Tanto Aranha (2005) quanto Severino (2007) explicam o surgimento da ciência quantitativa, auxiliando nos na compreensão e diferenciação entre pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa. A pesquisa quantitativa tem como característica básica seguir uma metodologia de trabalho hipotético-dedutiva, ou seja, o pesquisador inicia sua investigação a partir de uma referência rigidamente estruturada, a partir da qual formula hipóteses a respeito dos fenômenos que pretende pesquisar. Das hipóteses, é gerada uma lista de consequências. A partir dessa lista, dá se a coleta de dados ou informações passíveis de serem convertidas em números. Esses dados numéricos são analisados à luz da estatística e/ou de outras técnicas matemáticas. Dessa conversão, é possível a verificação da ocorrência ou não das consequências, para então aceitar ou não as hipóteses levantadas. O tipo mais comum de pesquisa quantitativa é o levantamento amostral. Esse método consiste na medição de variáveis por meio de questionários, aos quais o público selecionado responde. O levantamento amostral é usado para descrever, comparar ou explicar fatos, atitudes, crenças e comportamentos. Levantamento amostral corresponde a uma parte de toda a população estudada, que contempla um conjunto de características de interesse para a investigação pretendida. A diferença entre uma amostra da pesquisa quantitativa e uma amostra da pesquisa qualitativa é que na primeira verifica se a quantidade de acontecimentos de uma determinada situação, por exemplo, enquanto a qualitativa verificará com profundidade pequenas amostras, ou seja, por que essa determinada situação se repete. Quando se quer estudar em grande quantidade, trabalhar com a totalidade da população torna a pesquisa muito extensa ou demorada, o que muitas vezes a inviabiliza, necessitando se de um

45 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação levantamento amostral. Ex.: no Censo, não se pesquisa a população como um todo, mas uma parte significativa dela. Percebe se, portanto, que a amostra é uma fração da população pesquisada, haja vista que, muitas vezes, coletar dados do todo levaria muito tempo ou mesmo geraria um gasto financeiro muito grande, já que demandaria contratar, capacitar e supervisionar um grande número de pesquisadores. Veja a seguir um exemplo: 1. Com que idade começou a fumar? a 12 anos 13 a 18 anos 19 a 21 anos acima de 21 Figura 20 Como não se pode entrevistar toda a população fumante, apropria se de uma amostra significativa. Esse gráfico pode ser trabalhado em uma pesquisa quantitativa e qualitativa, tendo como diferencial o objetivo da pesquisa. Exemplo de aplicação Tente elaborar com esse gráfico um objetivo de pesquisa qualitativa e quantitativa. Observação Uma pesquisa quantitativa não será apropriada nem terá custo razoável para compreender porquês se não houver uma explicação sobre os dados coletados. As questões devem ser diretas e facilmente quantificáveis, e a amostra deve ser grande o suficiente para possibilitar uma análise estatística confiável (ETHOS, 2011). 81

46 Unidade II Saiba mais Instituto Ethos de Pesquisa Saiba mais sobre pesquisa acessando o link a seguir: < Quando o homem era considerado um objeto puramente natural, seu conhecimento deixava escapar importantes aspectos relacionados com sua condição específica de sujeito, mas, para garantir essa especificidade, o método experimental matemático era ineficaz (SEVERINO, 2007). Então, surge a necessidade de uma nova abordagem de pesquisa, a pesquisa qualitativa. Saiba mais SANTOS FILHO, J. C. Pesquisa quantitativa versus pesquisa qualitativa: o desafio paradigmático. São Paulo: Cortez, p SÁNCHEZ GAMBOA, S. Quantidade qualidade: para além de um dualismo técnico e de uma dicotomia epistemológica. In: SANTOS FILHO, J. C.; SÁNCHEZ GAMBOA, S. Pesquisa educacional: quantidade qualidade. São Paulo: Cortez, 1995, p A pesquisa qualitativa trabalha exclusivamente com dados qualitativos. Pode se concluir que as informações coletadas pelo pesquisador não são expressas por números; caso sejam, representam um papel menor nas análises e conclusões. Além das informações contidas nas palavras, orais ou escritas, a pesquisa qualitativa utiliza como dados passíveis de investigação outras linguagens: fotografias, filmes, desenhos, pinturas, esculturas, músicas etc. A pesquisa qualitativa utiliza se, portanto, de palavras oral ou escrita, sons, imagens e símbolos. Nas ciências humanas, duas tendências filosóficas aparecem como opostas: o positivismo e o interpretacionismo. Da corrente interpretacionista, destaca se o interacionismo simbólico, desenvolvido por George Herbert Mead e Herbert George Blumer, sendo entendido como o estudo dos modos pelos quais as pessoas enxergam o sentido das situações que vivem e dos modos segundo os quais elas conduzem suas atividades, em contatos com outras pessoas, numa base cotidiana (MOREIRA, 2004, p. 47). Três premissas sustentam, de acordo com Moreira (2004), o interacionismo simbólico, segundo a teoria de Blumer: 82

47 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação 1. Os seres humanos agem com relação às coisas na base dos sentidos que essas coisas têm para eles. 2. O sentido de tais coisas aparece a partir da interação social que cada um tem com seus semelhantes. 3. Esses sentidos são gerenciados e modificados por meio de um processo interpretativo usado pela pessoa ao lidar com as coisas que encontra (MOREIRA, 2004, p. 49). A pesquisa qualitativa focaliza o ser humano como agente cuja visão de mundo é o que realmente interessa. Para a execução dessa tarefa, a pesquisa recebe colaboração das ciências sociais, da psicologia, da antropologia, da pedagogia, da filosofia, entre outras. Da filosofia, pode se destacar na pesquisa empírica a fenomenologia ou o método fenomenológico Classificação das pesquisas com base em seus objetivos A classificação das pesquisas partindo do critério Objetivos Gerais podem ser feita assim: exploratória, descritiva e explicativa. Pesquisa exploratória Tem como objetivo a familiarização entre pesquisador e o problema estudado. Possui base intuitiva, pois busca trazer à tona o problema para que se possa construir uma hipótese. A flexibilidade está presente na trajetória da descoberta das causas do problema. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Embora o planejamento da pesquisa exploratória seja bastante flexível, na maioria dos casos assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso (GIL, 2007, p. 41). Pesquisa descritiva Aqui, o objetivo gira em torno de descrever o fenômeno estudado traçando relações entre as possíveis situações que levaram àquele contexto. Dessa forma, podem se descrever, por exemplo, a atuação da comunidade de uma escola X e todas as variáveis possíveis que levam a população a agir de determinada forma. Para descrever essa comunidade, o pesquisador contará com a observação sistemática e com questionário. Outro exemplo de pesquisa descritiva seria pesquisar um grupo de homens que trabalham em uma empresa Y ou o atendimento de um determinado setor da Universidade Z. São incluídas nesse grupo as pesquisas que têm por objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população. Também são descritivas aquelas que visam descobrir a existência de associações entre variáveis, como as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político partidária e nível de rendimentos ou de escolaridade (GIL, 2007). 83

48 Unidade II Observação As pesquisas descritivas são, juntamente com as exploratórias, as que geralmente os pesquisadores sociais realizam, preocupados com a atuação prática, e são também as mais solicitadas por organizações como instituições educacionais, empresas comerciais, partidos políticos etc. Pesquisas explicativas Essa pesquisa utilizará o método experimental, que buscará desvendar os fatos que fizeram parte do problema levantado, trazendo à discussão as causas que desencadearam o fenômeno descrito. A complexidade se encontra no risco de se cometerem erros na interpretação dos fenômenos. Nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências sociais, mas, em algumas áreas, sobretudo da psicologia, as pesquisas revestem se de elevado grau de controle, chegando mesmo a ser chamadas quase experimentais (GIL, 2007). Observação A maioria das pesquisas explicativas pode ser classificada como experimental e ex post facto Classificação das pesquisas com base nos procedimentos técnicos utilizados Para analisar os fatos do ponto de vista empírico, para confrontar a visão teórica com os dados da realidade, torna se necessário traçar um modelo conceitual e operativo da pesquisa. Na literatura cientifica, esse modelo recebe o nome de delineamento, ou seja, sinopse, plano. Delinear requer planejar todo o caminho a ser percorrido pelo pesquisador, tendo claro o tempo que o pesquisador dedicará a cada etapa da pesquisa. Ela expressará todo o desejo e o percurso, fazendo que se entenda como se desenvolverá a pesquisa. O elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados; assim, podem ser definidos dois grandes grupos de delineamento: aqueles que se valem das chamadas fontes de papel e aqueles cujos dados são fornecidos por pessoas (GIL, 2007). Pesquisa bibliográfica: é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza se de dados ou de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registradas. Os textos tornam se fontes 84

49 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos (SEVERINO, 2007). As fontes bibliográficas existem em grande número e podem ser assim classificadas, de acordo com Gil (2007, p. 44): De leitura corrente Obras Literárias Obras de Divulgação Livros De referência informativa remissiva Dicionários Enciclopédias Anuários Almanaques Fontes bibliográficas Publicações periódicas Jornais Revistas Impressos Diversos Figura 21 Pesquisa documental: tem como fonte documentos no sentido amplo, ou seja, não só documentos impressos, mas, sobretudo, outros tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, gravações, documentos legais. Nesses casos, os conteúdos dos textos ainda não tiveram nenhum tratamento analítico, são ainda matéria prima, a partir da qual o pesquisador vai desenvolver sua investigação e análise (SEVERINO, 2007). Pesquisa experimental: consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto (GIL, 2007), ou seja, toma o próprio objeto em sua concretude como fonte e o coloca em condições técnicas de observação e manipulação experimental nas bancadas e pranchetas de um laboratório, onde são criadas condições adequadas para seu tratamento. Para tanto, o pesquisador seleciona determinadas variáveis e testa suas relações funcionais, utilizando formas de controle. 85

50 Unidade II Figura 22 Lembrete Variável é a característica de interesse medida em cada elemento da amostra ou população. Pode ser classificada em numérica ou não numérica. Exemplo: sexo, raça, quantidade de filhos, escolaridade, idade etc. Variável independente Variável dependente Problema de pesquisa Definir o conteúdo do referencial teórico. Elaborar os objetivos. Definir operacionalmente as variáveis. Identificar o tipo de pesquisa adequado. Idealizar a coleta e o tratamento de dados. Figura 23 86

51 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Exemplo: Problema de pesquisa: Qual a relação (influência) entre o que uma pessoa come e o que engorda? Variáveis Variável independente: comer. Variável dependente: engordar. Definição operacional (medição, avaliação): VI = pratos, kg, calorias, nº de vezes, tipo de alimento VD = kg, cintura, massa muscular Pesquisa ex post facto: nesse tipo de pesquisa, o estudo é sempre realizado após a ocorrência de variações na variável dependente no curso natural dos acontecimentos, e o propósito básico desse tipo de pesquisa é o mesmo da pesquisa experimental: verificar a existência de relações entre variáveis. A diferença entre essas duas modalidades é que a pesquisa ex post facto não dispõe de controle sobre a variável independente. O que o pesquisador procura fazer é identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar sobre elas, como se estivessem submetidas a controles (GIL, 2007). Saiba mais POLIT, D. F.; BECK, C. T.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, p GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, p Lembrete Variável dependente é aquela que o investigador pretende avaliar e depende da variável independente. Variável independente é aquela que integra um conjunto de fatores e condições experimentais que são manipulados e modificados pelo investigador. 87

52 Unidade II Estudo de corte: acontece em grupos com características semelhantes que serão acompanhados por um determinado tempo. Ele pode ocorrer na análise de um determinado grupo em um tempo passado ou com um grupo atual. Por exemplo, estudar o comportamento das mulheres da década de 40 do século XX, ou seja, retrospectivo passado, necessitando de um arquivo organizado de documentos, ou estudar o comportamento das mulheres da segunda década do século XXI, prospectivo presente, necessitando de um acompanhamento por um determinado tempo. A pesquisa de levantamento requer questionamentos sobre comportamentos que se deseja estudar, para depois ser feita a análise quantitativa dos dados obtidos. Na maioria dos levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes da população estudada. Antes, seleciona se, mediante procedimentos estatísticos, uma amostra significativa de todo o universo, que é tomada como objeto de investigação. As conclusões obtidas com base nessa amostra são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro, que é obtida mediante cálculos estatísticos (GIL, 2007). Lembrete População é um conjunto de unidades individuais, que podem ser pessoas ou resultados experimentais, com uma ou mais características comuns, que se pretende estudar. Amostra é um subconjunto de elementos pertencentes a uma população. Saiba mais GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, p Entre as principais vantagens do levantamento estão: a possibilidade de conhecer a realidade do grupo com a análise dos dados obtidos; a economia de tempo, já que, com uma equipe capacitada e treinada em levantamento dos dados, a tabulação poderá ser feita em um período curto de tempo e o pesquisador poderá agrupar um número maior de pessoas (quantidade): As desvantagens encontram se nos dados coletados, pois as pessoas responderão mediante a percepção que têm delas mesmas e que pode ser distorcida e não condizer com a realidade. 88

53 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação A omissão também está entre as desvantagens, pois as pessoas podem não falar tudo o que sentem ou sobre o que foi perguntado, por não entenderem a pergunta ou por não desejarem se expor. Se não forem bem-elaboradas as perguntas, o pesquisador poderá ter respostas superficiais, sem aprofundamento, mostrando uma fotografia do caso, e não uma tendência ou dinâmica. Observação Considerando as vantagens e limitações dos estudos do tipo levantamentos, pode se dizer que estes se tornam muito mais adequados para estudos descritivos do que para os explicativos. Pesquisa de campo: o interesse da pesquisa de campo está voltado para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, entre outros campos, ou seja, o objeto/fonte é abordado em seu meio ambiente próprio. A coleta dos dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo diretamente observados, sem intervenção e manuseio por parte do pesquisador. Abrange desde os levantamentos (surveys), que são mais descritivos, até estudos mais analíticos (SEVERINO, 2007). O estudo de campo tem como foco um grupo, e a pesquisa é realizada utilizando se da observação direta das ações e atividades. Pode se elaborar um questionário, fazer entrevistas, para facilitar a compreensão das ocorrências no grupo. O pesquisador estará presente na pesquisa, pois ela demanda uma interpretação da observação realizada no local, buscando entender as regras, as crenças e a história do grupo. Figura 24 O estudo de campo traz vantagens e desvantagens para o pesquisador. 89

54 Unidade II Nas vantagens, encontramos pesquisa mais econômica e resultados mais claros, pois é desenvolvido em um local que possibilita observação minuciosa e participação de um número maior de pessoas. Como desvantagem, temos o tempo que o pesquisador utiliza para a elaboração da coleta, interpretação e análise, tendo de tomar certo cuidado com a subjetividade na interpretação dos dados coletados. Estudo de caso: é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados (GIL, 2007). Para tanto, a pesquisa concentra se no estudo de um caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos (SEVERINO, 2007). A coleta dos dados e sua análise geralmente se dão da mesma forma que nas pesquisas de campo, portanto, o caso escolhido deve ser significativo e bem representativo, de modo que seja adequado para fundamentar uma generalização para situações análogas, autorizando inferências. Os dados devem ser coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa de campo. Devem ser trabalhados mediante análise rigorosa e apresentados em relatórios qualificados. Fases para um estudo de caso: 1ª fase: elaboração de um projeto de pesquisa consistente, objetivando clareza de definições e justificativas relativas aos objetivos, tema e problema contextualizado. 2ª fase: elaboração de um protocolo de estudo, cujo objetivo é a sistematização do processo de registro do material coletado. 3ª fase: tratamento do material coletado e seu registro, para viabilizar sua análise de conteúdo. 4ª fase: elaboração do relatório de pesquisa, indicando claramente seus objetivos, recursos metodológicos, caracterização da(s) unidade(s) de estudo(s), discussão do material coletado e apresentação dos resultados. Saiba mais ANDRÉ, M. E. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Líber Livro, YIN, R.K. Estudo de caso. Porto Alegre: Bookman Artmed, Os propósitos da utilização de estudos de caso no âmbito das ciências são: investigar situações da vida cotidiana; preservar o objeto estudado, sem descaracterizá lo; observar e descrever a situação no 90

55 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação contexto em que se apresenta; formular hipóteses e analisar as causas do objeto na buscar de solução. Nessa pesquisa, o pesquisador tem envolvimento com o objeto pesquisado. Pesquisa ação: pode ser definida como uma colaboração [...] entre o pesquisador profissional e os atores sociais na definição dos objetivos, na construção das questões da pesquisa, no aprendizado das habilidades de pesquisa, na definição do conhecimento e dos esforços, na condução da pesquisa, na interpretação dos resultados e na aplicação do que foi aprendido, a fim de produzir uma mudança social positiva (CHIZZOTI, 2011, p. 85). O autor destaca que essa é uma pesquisa que tem por objetivo uma mudança no comportamento de um grupo. As fases da pesquisa ação necessitam ser destacadas: definição: consiste em determinar qual o problema que se pretende resolver, sendo necessário ter mais informações a respeito deste; formulação do problema: momento em que se necessita de documentos para se decidir quanto às ações; implementação da ação: deve conter o plano de ação e as negociações com os demais participantes; execução: precisa ser acompanhada e registrada a todo momento, com o envolvimento de todos os participantes; avaliação: trata se do momento em que se analisa se o trabalho está atingindo seu objetivo e, se necessário, apresenta-se nova proposta de trabalho; continuidade da ação: consiste no relatório de tudo o que foi realizado, além de uma discussão partilhada, de forma que se amplie a compreensão da situação. A pesquisa ação é aquela que, além de compreender, visa intervir na situação, com vistas a modificá la. O conhecimento visado articula se a uma finalidade intencional de alteração da situação pesquisada. Assim, ao mesmo tempo que realiza um diagnóstico e a análise de uma determinada situação, a pesquisa ação propõe, ao conjunto de sujeitos envolvidos, mudanças que levem a um aprimoramento das práticas analisadas (SEVERINO, 2007). 91

56 Unidade II Saiba mais BARBIER, R. A pesquisa ação. Brasília: Líber Livro, THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa ação. 14. ed. rev. e aum. São Paulo: Cortez, Pesquisa participativa: é definida da seguinte maneira: [...] conceito elástico, obrigando concepções e práticas de investigação sob diferentes nomes, que partem de premissas similares e revelam diferentes aspectos do processo participativo com a finalidade de orientar a prática (CHIZZOTI, 2011, p. 90). Embora tenha sua origem na pesquisa ação, diferencia se desta, pois, na pesquisa ação, o conhecimento adquirido pode ser usado para mudar a opinião do outro, ao passo que a participativa tem uma visão mais democrática, levando em consideração a história de cada participante fundamentando se em uma ética e uma concepção alternativa da produção popular do conhecimento, segundo a qual as pessoas comuns são capazes de compreender e transformar sua realidade (CHIZZOTI, 2011, p. 90). Severino (2007) contribui na conceituação quando menciona a interação do pesquisador no grupo, agindo como se pertencesse a este, observando, registrando e analisando todas as manifestações vivenciadas. A pesquisa participativa surge de uma concepção humanista na qual tanto o pesquisador quanto a comunidade ou grupo a ser pesquisado trabalham juntos, na busca de uma solução para o problema levantado. É uma ação que ocorre, geralmente, em grupos pouco favorecidos. Pesquisa etnográfica: visa compreender, na sua cotidianidade, os processos do dia a dia em suas diversas modalidades. Trata se de um mergulho no microssocial, olhado com uma lente de aumento. Aplica métodos e técnicas compatíveis com a abordagem qualitativa. Utiliza se do método etnográfico, descritivo por excelência (SEVERINO, 2007). Observação A pesquisa etnográfica também é conhecida como pesquisa social, observação participante, pesquisa interpretativa e pesquisa analítica. Etnologia Etno origina se do grego etnoe, termo para designar os outros povos que não eram gregos persas, latinos, egípcios. A palavra grega elenoe designava o povo grego, e etnoe, todos os outros povos. A parte log(o) da palavra significa saber sobre, estudo científico sobre. Portanto, etnologia é 92

57 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação o termo para o estudo sistemático ou científico sobre o outro, o estudo comparativo sistemático da variedade de outros povos diferentes do nosso. Etnologia é o ramo da antropologia cultural que estuda a cultura dos povos naturais; é o estudo e o conhecimento, sob o aspecto cultural, das populações primitivas. Etnografia Grafia vem do grego graf(o), que significa escrever sobre, escrever sobre um tipo particular, um etn(o) ou uma sociedade em particular. Antes de investigadores iniciarem estudos mais sistemáticos sobre determinada sociedade, eles escreviam todos os tipos de informações sobre os outros povos por eles conhecidos. Etnografia é a especialidade da antropologia cujos fins são o estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião, e manifestações materiais de suas atividades; é parte ou disciplina integrante da etnologia. Saiba mais LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 5. ed. são Paulo: EPU, p. MATTOS, C.L.G. A abordagem etnográfica na investigação científica. Disponível em: < etnogr_para%20monica.htm>. Acesso em 1º abr PEIRANO, M. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, Análise de conteúdo: Análise de conteúdo se caracteriza pela análise das respostas obtidas nos questionamentos, trabalha os dados coletados na busca de identificar o que realmente está sendo dito sobre o tema pesquisado. Trabalha se o texto que está oculto nas respostas obtidas. É uma entre as diferentes formas de interpretar o conteúdo de um texto que se desenvolveu, adotando normas sistemáticas de extrair os significados temáticos ou os significantes lexicais por meio dos elementos mais simples de um texto. Consiste em relacionar a frequência da citação de alguns temas, palavras ou ideias em um texto para medir o peso relativo atribuído a um determinado assunto pelo seu ator (CHIZZOTI, 2011, p. 114). Consiste em analisar e entender o que está contido em um texto ou uma resposta dada em um questionário. Procura conteúdo significativo nas mensagens. Portanto, essa pesquisa envolve a análise do conteúdo das mensagens, os enunciados dos discursos, a busca do significado das mensagens. 93

58 Unidade II Saiba mais BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, FRANCO, M. Análise do conteúdo. Brasília: Plano, Resumo dos tipos de pesquisas Gera conhecimento (sem finalidades imediatas) Conhecimento a ser utilizado em pesquisas aplicadas ou tecnológicas Pesquisa básica Pesquisa exploratória Pesquisa descritiva Pesquisa explicativa Quanto à natureza Quanto aos objetivos Quanto aos procedimentos Pesquisa aplicada Gera produtos e/ou processos (com finalidades imediatas) Utiliza os complementos gerados pela pesquisa básica + tecnologias existentes Estudo de caso Pesquisa-ação Pesquisa participante Pesquisa ex-post facto Figura 25 Pesquisa bibliográfica Pesquisa documental Pesquisa experimental Pesquisa operacional Pesquisa científica Quanto à natureza Pesquisa básica ou fundamental Pesquisa aplicada ou tecnológica Quanto aos objetivos Pesquisa exploratória Pesquisa descritiva Pesquisa explicativa Quanto aos procedimentos Pesquisa experimental Pesquisa operacional Estudo de caso Pesquisa em laboratório e/ou Figura 26 Pesquisa em campo 94

59 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Observação A elaboração de uma pesquisa é um processo em que, a partir de uma necessidade, escolhe-se um tema e gradativamente definem se o problema e as formas de solucioná lo Técnicas de pesquisa As técnicas de pesquisa são os procedimentos operacionais que servem de medição prática para a realização das pesquisas. Como tais, podem ser utilizadas em pesquisas conduzidas mediante diferentes metodologias e fundadas em diversas epistemologias. Obviamente, precisam ser compatíveis com os métodos e os paradigmas epistemológicos adotados. Lembrete A palavra epistemologia deriva das palavras gregas episteme, que significa ciência, e logia, que quer dizer estudo, podendo ser definida, em sua etimologia, como o estudo da ciência. Documentação é toda forma de registro e sistematização de dados e informações, colocando os em condições de análise por parte do pesquisador. Pode ser tomada em três sentidos fundamentais: como técnica de coleta, organização e conservação de documentos; como ciência que elabora critérios para a coleta, organização, sistematização, conservação e difusão dos documentos; no contexto da realização de uma pesquisa, é a técnica de identificação, levantamento, exploração de documentos-fonte do objeto pesquisado e registro das informações retiradas dessas fontes e que serão utilizadas no desenvolvimento do trabalho. Figura 27 95

60 Unidade II Lembrete Documento, em ciência, é todo objeto (livro, jornal, estátua, escultura, edifício, ferramenta, túmulo, monumento, foto, filme, vídeo, disco, CD etc.) que se torna suporte material de uma informação. Questionários são usados nas pesquisas de campo quantitativas. Construir um questionário consiste em traduzir os objetivos (geral e específico) em questões específicas. As respostas a essas questões é que irão proporcionar os dados requeridos para testar as hipóteses ou esclarecer o problema da pesquisa, ou seja, é um conjunto de questões sistematicamente articuladas que se destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a opinião destes sobre assuntos em estudo. Trazemos a seguir dois modelos de questionários para melhor ilustrar o que estamos discutindo. 1. Você utiliza qual meio de comunicação para ficar informado sobre a sociedade atual? ( ) TV ( ) Revista ( ) Rádio 2. Com que frequência realiza essa leitura? ( ) 1 vez ao dia ( ) 3 vezes ao dia ( ) 1 vez na semana 3. Qual sua emissora de televisão preferida? 4. A qual telejornal assiste com mais frequência? 5. Qual seu jornal preferido? ( ) Internet ( ) Jornal impresso ( ) Não busca informações ( ) 2 vezes ao dia ( ) em vários momentos do dia ( ) 1 vez no mês 6. Você prefere buscar informações em materiais impressos ou on-line? 7. Quando um assunto lhe interessa você busca outras fontes de informação ou apenas as fontes básicas do cotidiano? Figura 28 96

61 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Questões 1. Você observa as estrelas no céu, nas noites de lua cheia? 2. Você viu o nascer do sol pelo menos uma vez nos últimos 6 meses? 3. Você separa o seu lixo para coleta seletiva? 4. Você cultiva mudas de plantas com frequência? 5. Você sabe localizar a constelação do Cruzeiro do Sul? 6. Você desliga as luzes quando não há ninguém nos ambientes? 7. Você fecha a torneira da pia ao se barbear ou escovar os dentes? 8. Você tomou banho de cachoeira este ano? 9. Você reutilizou uma embalagem de algum produto nos dois últimos meses? 10. Você sabe de onde vem a água que você bebe? Nome: Nome: Nome: Nome: Idade: Idade: Idade: Idade: Profissão: Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Profissão: Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Profissão: Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Profissão: Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Figura 29 O interacionismo simbólico adota como técnicas de pesquisa a observação participante, a entrevista e o método da história de vida. Observação participante: ou ativa caracteriza se por uma efetiva participação do observador na rotina da comunidade; o observador assume, pelo menos até certo ponto, o papel de um membro do grupo (GIL, 2007, p. 103), justificando, dessa forma, o fato de ser uma observação participante. A observação como técnica pode apresentar se de duas maneiras diferentes, denominadas natural e artificial. Na primeira, o observador pertence à comunidade; na segunda, ele se integra à comunidade para realizar a pesquisa. 97

62 Unidade II Etnografia, como vimos, é a descrição de um determinado grupo ou cultura. Chizzotti (2011, p. 66) nos traz a origem da etnografia ao relatar que as etnografias primitivas procuravam descrever a origem da cultura ocidental e os elos remotos que a prendiam a uma cadeia de seres pristinos. As descobertas das Américas e o comércio com o Oriente foram consequências do conhecimento de como cada grupo vivia. O relato etnográfico é um dos produtos da observação participante, que consiste em relatos detalhados sobre o cotidiano das vidas dos sujeitos da pesquisa. A qualidade desse estudo dependerá da qualidade das notas de campo tomadas pelo pesquisador, que deverá participar das práticas, rituais, hábitos e concepções do grupo sem tecer opiniões, mas sim aproximar se dele para conhecer amplamente o espaço e os costumes do que está sendo pesquisado. Entrevista: é uma técnica na qual o entrevistador formula algumas perguntas objetivando obter dados para análise posterior. É muito utilizada nas pesquisas que envolvem problemas humanos. Deve se ter alguns cuidados na elaboração das questões para que o pesquisado entenda e responda a elas adequadamente. Como vantagem, podemos pensar no âmbito que a entrevista alcança e em que pode ser classificada e qualificada. Pode ser aplicada com pessoas não alfabetizadas e oferece flexibilidade, pois o entrevistador estará presente, podendo explicar e observar expressões corporais. Como desvantagem, encontramos a necessidade de motivar o entrevistado para que ele não minta em suas respostas por estar de frente com o entrevistador, ou mesmo o fato de o entrevistador não estar preparado para conduzir a entrevista e comprometer o seu resultado. As entrevistas podem ser classificadas como: entrevista estruturada (fechada), entrevista não estruturada (aberta) e entrevista semiestruturada (parcialmente aberta). História de vida: é o relato de experiência de uma pessoa que pode ser oral ou escrito. A história de vida utiliza como método de pesquisa: entrevista aberta, documentos (diários, cartas, relatos autobiográficos, documentos etc.) registros públicos e registros privados. Existem três possibilidades de se desenvolver a metodologia de história de vida: 1. a história de vida abrangente, a qual toma a vida do sujeito na sua totalidade; 2. a história de vida tópica, a qual considera apenas um segmento da vida do sujeito; 3. a história de vida editada, na qual o papel do pesquisador é fornecer explicações sociológicas, comentários e questionamentos a respeito do material coletado. 98

63 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Algumas características da pesquisa qualitativa podem ser: a) foco na interpretação em vez de na quantificação: geralmente, o pesquisador qualitativo está interessado na interpretação que os próprios participantes têm da situação sob estudo; b) ênfase na subjetividade, em vez de na objetividade: aceita se que a busca de objetividade é um tanto quanto inadequada, já que o foco de interesse é justamente a perspectiva dos participantes; c) flexibilidade no processo de conduzir a pesquisa: o pesquisador trabalha com situações complexas, que não permitem a definição exata e a priori dos caminhos que a pesquisa irá seguir; d) orientação para o processo, e não para o resultado: a ênfase está no entendimento, e não num objetivo predeterminado, como na pesquisa quantitativa; e) preocupação com o contexto, no sentido de que o comportamento das pessoas e a situação ligam se intimamente na formação da experiência; f) reconhecimento do impacto do processo de pesquisa sobre a situação de pesquisa: admite se que o pesquisador exerce influência sobre a situação de pesquisa e é por ela também influenciado; g) a fonte direta de dados, na investigação qualitativa, é o ambiente natural, constituindo o investigador o instrumento principal; h) a investigação qualitativa é descritiva; i) os investigadores qualitativos interessam se mais pelo processo do que simplesmente pelos resultados ou produtos; j) a indução é a forma pela qual os investigadores qualitativos tendem a analisar os seus dados; k) na abordagem qualitativa, o significado é de suma importância. Para cada uma dessas formas de organização de dados, podemos utilizar diferentes formas de apresentação. Os resultados encontrados podem ser descritos na forma de texto. Saiba mais < travessias/ed_004/artigos/educacao/pdfs/um%20apanhado%20 TE%D3RICO CONCEITUAL.pdf> < pesq/arquivos/c03 art06.pdf> 99

64 Unidade II 7.3 Formas de apresentação dos resultados Texto Essa forma de apresentação é utilizada geralmente para descrição de dados de pesquisas realizadas por meio de entrevistas, questionários e formulários, devendo constar detalhadamente a transcrição das respostas obtidas. Entretanto, recomenda se, mesmo para resultados apresentados de outras maneiras, a utilização de um texto explicativo para cada resultado encontrado. É a forma mais usual de se apresentarem resultados, pois deixa claro para o leitor aquilo que o autor pretende informar. Segue um exemplo: Esta pesquisa não possui caráter comparativo entre os profissionais, mostrando apenas as atuações do Enfermeiro em diferentes áreas. Através da Tabela, podemos observar o tempo de graduação discriminado por área pesquisada, em que o tempo de atuação dos enfermeiros em Hospitais variou de 1 a 8 anos, enfermeiros que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF) de 2 a 6 anos, enfermeiros que atuam em Ambulatório de 3 a 26 anos, sendo que o ano do término da graduação variou de 1980 a Tabelas A forma de apresentação de resultados em tabelas é, sem dúvida, uma das mais usuais em trabalhos científicos para a apresentação de dados estatísticos. Esses dados podem ser analisados de diferentes maneiras, e sua apresentação ilustra de maneira bem clara a intenção do autor. Como já dito, as tabelas devem ser precedidas por um texto explicativo e conter um enunciado e uma legenda, para que o leitor, ao observá-las, compreenda com clareza quais dados estão sendo apresentados e o que significa cada uma das variáveis apresentadas. A utilização da tabela ou de um gráfico dependerá do objetivo que o pesquisador pretende alcançar. A tabela tem como facilidade a melhor visualização e o fato de os dados estarem mais completos. Normalmente, em trabalhos monográficos, os pesquisadores optam por tabelas. Observação As tabelas devem ser utilizadas para apresentar dados. São um elemento gráfico que sintetiza informações. Devem ser usadas tabelas quando for importante apresentar valores precisos, e não apenas tendências, e quando a quantidade de dados for muito grande, exigindo que sejam sumarizados. 100

65 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Para se construir uma tabela, é necessário estar atento a alguns pontos: ela deve ser clara o suficiente para que a pessoa, ao lê la, não busque auxílio em textos; a apresentação deve ser simples e não conter informações desnecessárias. pode ser apresentada abaixo de um texto para complementá lo ou simplificar a informação disposta, ou estar nos anexos de um trabalho, quando o texto for muito longo; todas as casas devem ser preenchidas, sem deixar lacunas; se necessário, pode ser apresentada em duas ou mais colunas, com informações de dados diferentes, porém correlacionados; Unidade da Federação Taxas de promoção, repetência, evasão e distorção idade-série Ensino Fundamental Taxa de promoção Taxa de repetência Taxa de evasão Taxa de distorção idade-série 1995/ / / / / / Brasil 64,5 73,6 30,2 21,6 5,3 4, ,7 Minas Gerais 69,1 79, ,4 4,9 6,3 37,4 33,5 Espirito Santo 68,4 79,6 23,9 15,9 5,6 4,5 36,3 30,6 Rio de Janeiro 73,3 71,4 20,3 24,2 6,5 4,4 42,7 36,5 São Paulo 75,7 89,3 18,8 7,3 5,6 3,4 30,5 19,1 Figura 30 deve ter um tamanho que não chame a atenção mais do que o necessário, pois serve para facilitar o entendimento de um texto, e não para ocupar espaço; necessita de um título, que, por sua vez, deve fazer parte de um sumário de tabelas; os dados apresentados devem ser ordenados de maneira que se leiam em sentido horário. Finalmente, não se pode esquecer que uma tabela deve seguir uma coerência na sua apresentação, sem repetições. Observação Dados com números repetitivos ou em quantidade pequena dispensam apresentação em tabela; apenas devem ser citados. Exemplo: de cinquenta pais entrevistados, todos concordaram que a escola é um espaço privilegiado no processo de ensino-aprendizagem. 101

66 Unidade II Elementos essenciais da tabela Toda tabela é apresentada de maneira que facilite a compreensão da sua leitura e deve conter alguns elementos, como número, título, cabeçalho e coluna, que mostrem as casas existentes. As tabelas são compostas por elementos essenciais representados por número, título, cabeçalho, colunas indicadoras e casas. Além desses elementos, podem ser acrescidos outros complementares, como fontes e notas. O número só deverá aparecer se houver mais de uma tabela, sendo indicado após a palavra tabela e no sumário. Exemplo: Tabela 1 Título da tabela: Crianças de 5 a 7 anos que brincam de carrinho Sexo Nº % Feminino Masculino Total Fonte: de onde foi retirada (ex.: IBGE). Tabela 2... Tabela 3... Título: deve representar o conteúdo existente na tabela, aparecendo sempre após o número. Tabela 1 Concepção de escola de 50 pais do Ceará. Tabela 2 Número de cachorros maltratados em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais em Cabeçalho: indica o conteúdo de cada coluna da tabela. 102

67 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Tabela 2 Título Cabeçalho Fonte Distribuição da população por faixa etária microrregião de Santana de Parnaíba Município anos População Percentual de 18 a 24 Itapevi ,15 Jandira ,94 Osasco ,41 Pirapora do Bom Jesus Santana de Parnaíba , ,74 Total ,17 Fonte: IBGE (2001). Casas Colunas Coluna indicadora: repartição vertical, enquanto as casas são as repartições horizontais, como visto no exemplo anterior. Algumas observações importantes: Evite siglas que dificultem o entendimento. Cabeçalho centralizado. A palavra número pode ser abreviada com N maiúscula (Nº). Números totalizantes em negrito. Todas as casas devem ser preenchidas Elementos complementares da tabela Alguns elementos podem ser acrescidos na tabela, como fonte e notas. Fonte: indica de onde os dados foram retirados e são colocados junto à tabela. A fonte indica a instituição responsável pelos dados. Notas e chamadas: alguns dados sobre a tabela que devem ficar abaixo da fonte. São esclarecimentos do conteúdo existente na tabela que devem ter sua inicial grafada em letra maiúscula seguida de dois-pontos. 103

68 Unidade II Tipos de tabela Tabela de simples entrada: composta por uma coluna indicadora onde se dispõe a classificação do que se deseja e por outra coluna onde aparecem os valores observados do fenômeno do estudo. Exemplo: Tabela 3 Resultado do teste de Cooper dos acadêmicos da UFSC, realizado em 2005 Distância (m) Número de alunos I I I I I I I I I I Total 802 Tabela de dupla entrada: para a apresentação de dois atributos, em que existem duas ordens de classificação. Uma em forma de coluna indicadora (vertical). Outra horizontal. Exemplo: Tabela 4 Resultado de um programa de condicionamento, em duas tietagens, dos acadêmicos do CDS/UFSC, realizado em Efeitos Melhora Permaneceu Piora Total Qualidade física Resist. aeróbica Velocidade Coordenação Impulsão Força Quadros Os quadros são definidos como arranjo predominante de palavras dispostas em linhas e colunas, com ou sem indicação de dados numéricos. Diferenciam se das tabelas por apresentarem um teor

69 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação esquemático e descritivo, e não estatístico. A apresentação dos quadros é semelhante à das tabelas, exceto pela colocação dos traços verticais em suas laterais e na separação das casas. Exemplo: Quadro X Principais bases de dados bibliográficas de interesse para a área de saúde pública disponíveis para acesso na Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da USP, em 2002 Nome da base Instituição responsável/abrangência Período LILACS REPIDISCA MEDLINE Sociological abstratcs Human nutrition ERIC PubMED FSTA PsycInfo BIREME (Sistema latino-americano e do Caribe de informação em ciência da saúde) divulga a literatura convencional e não convencional em ciências da saúde, gerada na América Latina e no Caribe. Rede Pan-Americana de informação e documentação em engenharia sanitária e ciências do ambiente, com sede no Peru, divulga todo tipo de literatura na área de meio ambiente, engenharia sanitária, ecologia etc. National Library of Medicine (NLM), com referências e resumos de artigos de periódicos em medicina e áreas afins. Compilada pelo Sociological Abstractes Inc., contém referências bibliográficas e resumos de diferentes tipos de documentos em sociologia e disciplinas correlativas, incluindo teses. Produzida pela CABI (Commmowealth Agricultural Bureau International), com referências e resumos da literatura em nutrição humana. Educational Resources Information Center, produzida pelo US Department of Education, indexa artigos de peródicos da área de educação. Inclui, além da base MEDLINE, outros registros incluídos no Index Medicus ( Old Medicine ) Food Science and Technology Abstracts, produzida pelo International Food Information service, USA, cobre todas as áreas de ciências de alimentos, tecnologia de alimentos, nutrição humana, biotecnologia, toxicologia, embalagem e engenharia. Produzida pela American Psyvhological Association - APA, com citações e resumos de artigos e outros tipos de documentos no campo de psicologia e disciplinas relacionadas. Década de 1980 em diante Década de 1970 em diante 1966 em diante 1974 em diante 1982 em diante em diante em diante Disponível em: Acesso em: 1 abr Ilustrações Figura 31 Figuras (organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos, fotografias, gráficos, mapas, plantas e outros) constituem unidade autônoma e explicam ou complementam visualmente o texto, portanto, devem ser inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem. Sua identificação deverá aparecer na parte inferior precedida da palavra designativa (figura, desenho etc.), seguida de seu número de ordem de ocorrência, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda e da fonte, se necessário. 105

70 Unidade II Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), gráficos, mapas etc. devem ser tratados como figuras e numerados sequencialmente com uma listagem no pré texto. O título deve ser colocado na parte inferior da figura. Exemplo de fonte para a figura: Fonte: Dryden e Vos, p Figura 32 Estrutura bacteriana 106 Figura 33 Salmonella typhimurium Figura é também denominação genérica atribuída aos gráficos, fotografias, gravuras, mapas, plantas, desenhos ou demais tipos ilustrativos, quando presentes na tese. Quando a figura for representada apenas por gráficos, a denominação poderá ser feita por essa palavra (gráfico). Os gráficos representam dinamicamente os dados das tabelas, sendo mais eficientes na sinalização de tendências.

71 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação 0,008 Risco acumulado 0,006 0,004 0,002 0, Tempo Evitáveis Não evitáveis Figura 34 Ao pensar na representação dos dados obtidos, não misture quadro, tabela e gráficos: escolha uma forma de apresentação. Assim, você terá um trabalho mais limpo, sem poluição de tipo de informação. Gráfico também é uma maneira de apresentação dos dados e pode facilitar a visualização ou a compreensão de informações mais complexas. O gráfico pode ser apresentado em forma de coluna ou barra; de linha, ou segmento; e de setor circular, ou pizza. A escolha está ligada ao tipo de informação ou à preferência do pesquisador. O gráfico de barra pode ser horizontal (barras) ou vertical (colunas), sendo apresentado conforme o exemplo a seguir. 80% 70% Teste do consumo consciente 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Rio de Janeiro Brasília Florianópolis Recife São Paulo Aceitaram Rejeitaram Não responderam Rejeitaram ou não responderam Figura

72 Unidade II São Paulo Recife Aceitaram Florianópolis Rejeitaram Brasília Não responderam Rio de Janeiro 0% 20% 40% 60% 80% Rejeitaram ou não responderam Figura 36 Gráfico de linha ou segmento é mais utilizado em pesquisa longitudinal, quando se pretende mostrar o crescimento ou não do fenômeno estudado. Pode ter linhas contínuas ou marcadores de dados, como o ilustrado a seguir. 87,0% 83,1% 78,6% 79,9% 75,4% 71,2% 65,6% 59,0% 53,6% 53,0% 54,0% 13,0% 16,9% 21,4% 20,1% 24,6% 28,8% 34,4% 41,0% 46,4% 47,0% 46,0% Matrículas em escolas especializadas em classes especiais Matrículas em escolas regulares/classes comuns Ministério da Educação Figura 37 Evolução da política de inclusão nas classes comuns do ensino regular Gráfico setor circular (pizza): sua base é um círculo, por isso muitos o conhecem como pizza, sendo utilizado para comparar a parte com o todo, ressaltando a participação de uma parte com a outra (proporção). 108

73 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Continentes participantes da Copa do Mundo de 1970 Asiático 6% Africano 6% Americano 31% Europeu 57% Figura Argumentação e discussão dos resultados A argumentação e a discussão requerem do pesquisador um nível de conhecimento e poder de convencimento. Para Gil (2007, p. 164), A argumentação deve apoiar se em dados e provas, e não em considerações e opiniões pessoais. Todos os dados apresentados devem estar apoiados em teóricos e com argumentos claros e diretos, validando a pesquisa e os dados apresentados. Para que não haja dúvidas e deslizes, o pesquisador deve ser claro nas colocações e trazer opiniões contrárias à que ele está colocando, assim sua pesquisa ganhará mais força ao ser comparada, confrontada e argumentada. A clareza das ideias é um ponto muito importante, pois a ambiguidade desqualifica uma pesquisa. O vocabulário deve ser adequado, evitando repetições de palavras e duplo sentido. Não se esqueça de que você não estará presente para tirar as possíveis dúvidas. Portanto, garanta que o leitor entenderá o que pretende escrever e defender, sem deixar margem para críticas a respeito da sua escrita e explicação. Cada palavra utilizada deve ser direta e não ter tom muito forte, pois isso caracteriza a pesquisa como inflexível e impositiva. O dicionário comum de significados e o de sinônimos são muito importantes para evitarmos termos inadequados, repetitivos e evasivos. Nesse sentido, é importante ressaltar o acompanhamento de um professor no processo de construção do trabalho monográfico, para garantir, entre outras coisas, a clareza na pesquisa; precisão; coerência nas ideias apresentadas, dentro de uma sequência em que o leitor consiga acompanhar a evolução do trabalho; concisão, assegurando a compreensão do leitor, expressando as ideias com o menor número de palavras possível para que o texto não se torne cansativo e prolixo. A simplicidade é o mais difícil de conseguir na escrita de uma pesquisa. 109

74 Unidade II A discussão é uma parte importante, pois o pesquisador poderá colocar a sua opinião a respeito dos resultados e desenvolver o seu raciocínio, mostrando não apenas conhecimento, mas também domínio do assunto trabalhado. É a etapa de ligar todo o trabalho, estabelecer relações e associação entre os dados coletados e as teorias trazidas para fundamentar. É nesse momento que as tabelas e os gráficos entram para ilustrar, demonstrar números obtidos. Portanto a discussão é uma das partes mais importantes do trabalho científico. Ao elaborá la, devem se considerar alguns pontos: Aproveite a discussão para comparar métodos de análise de dados e os seus respectivos resultados. Observe se os dados obtidos representam a sua população geral ou se são características particulares da amostra estudada. Verifique se os dados obtidos podem variar para melhor ou pior no transcorrer do tempo, devendo ser apontadas as mudanças que supostamente podem ocorrer. Determine se outros métodos poderiam ter sido mais úteis na obtenção de resultados, lembrando que mesmo os resultados negativos (que demonstram algo contrário ao esperado) devem ser discutidos, apontando possíveis futuros aprofundamentos para verificação. Discuta se os recursos disponibilizados foram suficientes e de fácil acesso. Lembrete Todo trabalho científico preza pela sua reprodutibilidade, ou seja, deverá poder ser repetido para confirmação dos dados. Aponte vantagens do seu trabalho em relação aos dos demais pesquisadores. Abra frente para novas pesquisas; lembre se de que a ciência evolui a partir de dados bem-discutidos. Compare os resultados da pesquisa com outros da literatura, ressaltando os pontos de semelhança/ diferença, e de metodologias. 7.6 A apresentação da conclusão Para escrever as conclusões de sua monografia, o autor deve ter à mão os resultados que obteve de sua pesquisa juntamente com as análises que fez para cada um deles e os objetivos específicos do trabalho. 110

75 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Fundamentalmente, o autor deve tomar a precaução de não citar nenhum autor na conclusão, já que isso é matéria do marco teórico, ou seja, não pode apoiar o que diz citando um autor externo, selecionado em sua bibliografia; o que deve fazer é referir à seção de marco teórico, em que está a base teórica que serve de suporte a sua conclusão, e, se isso requerer de um autor que não aparece em seu texto, então deverá incluí lo. Tendo esse cuidado para iniciar a apresentação das conclusões, é recomendável iniciar com um parágrafo introdutório, em que o estudante possa ter o mecanismo de abertura para começar a expor suas ideias; por exemplo, poderia ser um parágrafo como o seguinte: Uma vez aplicado o instrumento de coleta de dados, sendo esses processados e obtida a informação que disso se gerou conjuntamente com as respectivas análises, obtiveram se resultados que permitem ao pesquisador apresentar o [...] conjunto de conclusões. A conclusão não é uma ideia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao trabalho, tampouco um resumo dele (GUIDIN, 2003). É a retomada dos pontos levantados na introdução para um fechamento do trabalho. Para Rother (2005), ela deve ser fundamentada nos resultados, contendo deduções lógicas que correspondem aos objetivos do tema proposto, e às expectativas propostas pelo autor na introdução do trabalho. É a resposta da pergunta da pesquisa, que pode tanto negar as hipóteses do início do trabalho como confirmá las. De acordo com a ABNT (2002), é a parte final, que tem como característica ser breve, demonstrar o pensamento do autor, deixando a sua marca, recapitulando brevemente os resultados e esclarecendo se o objetivo foi atingido ou não, como também se o resultado obtido foi satisfatório. É importante ressaltar que deve ser breve, objetiva e demonstrar a personalidade do autor. É aqui que o aluno deve fazer uso dos objetivos específicos (para o caso das pesquisas controladas por objetivos, nas quais se formulam hipóteses e se trabalham com estas, comum em monografias de graduação), pois se devem realizar as conclusões com base nos objetivos específicos (ou hipóteses). Quanto ao número, o aluno deve apresentar tantas conclusões quantos forem os objetivos específicos propostos em seu trabalho. Quanto à forma, o aluno deve ser muito claro em relação a assinalar que tal conclusão está referida a tal objetivo; ademais, deve ser enfático, seguro no que afirma e, de fato, deve apresentá la como uma sentença. Como um exemplo, suponhamos que um dos objetivos específicos do TCC seja: Identificar as causas do absentismo trabalhista na empresa X, e que os resultados das medições feitas para esse objetivo foram os seguintes: 111

76 Unidade II Quadro 4 Permissões não remuneradas 10% Doença ou repouso 15% Férias 10% Acidentes 5% Contingências 3% Causas injustificadas 60% A conclusão para esse objetivo poderia ser a seguinte: No que tange à identificação das causas do absentismo trabalhista produzido na empresa X, objeto de estudo da presente monografia, pôde se identificar que elas, organizadas de menor a maior incidência, de acordo com os resultados obtidos, são as seguintes: contingências, acidentes, permissões remuneradas, férias, doenças ou repouso e causas injustificadas, sendo esta última a que maior peso quantitativo tem, ao reportar se para ela uma incidência de 60%, valor até quatro vezes acima da causa de absentismo mais próxima a ela: doenças ou repouso (15%). Os resultados obtidos para as causas de absentismo permitem concluir que o processo de gestão de recursos humanos que se desenvolve dentro da empresa apresenta debilidades, pois, tal como se indicou na teoria, o absentismo injustificado geralmente se associa à desmotivação no trabalhador, clima organizacional inadequado e à participação dos demais fatores que afetam tanto a organização como o trabalhador, provocando sua ausência no trabalho. Observe que essa conclusão menciona claramente o objetivo associado e dá os resultados gerais que conduziram as medições a esse objetivo, apresentando o que conclui o pesquisador a respeito, o qual se apoiou na teoria da gestão de recursos humanos, que se encontra nas bases teóricas da monografia. 7.7 A linguagem da monografia Considerando se as diferentes partes que compõem o texto monográfico, é importante ressaltar que a linguagem presentifica se de diferentes e bem-marcadas formas, influenciando a qualidade e a validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem caminha por entre diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a descrição, a análise e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando essas tais partes da monografia Linguagem expositiva A linguagem expositiva caracteriza se, nas monografias, pelo discurso teórico presente tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. 112

77 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Linguagem descritiva Essa função objetiva não impede, entretanto, que seja permeada de elementos analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se concretiza o que não é pouco desde a seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo como distingue esses dados objetivos das suas próprias interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado puro, podemos chamar de objetiva aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador, e subjetiva aquela linguagem que expressa reflexões pessoais, opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente fundamentadas, e não confundidas com afirmações que apenas denunciam reações afetivas de agrado ou desagrado (BRANDÃO, 2001, p. 30). A linguagem descritiva caracteriza se, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os procedimentos, que vão desde a escolha do corpus para estudo e/ou coleta de dados até os critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor Linguagem analítica A linguagem analítica caracteriza se, nas monografias, pelo uso da explicação e da argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação ao objetivo da monografia. É possível dizer que a linguagem analítica presentifica se com maior intensidade no capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de vista do autor do trabalho à luz dos fundamentos teóricos selecionados Linguagem crítica A linguagem crítica caracteriza se, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões do autor após o exaustivo questionamento a que submeteu os dados coletados ou o corpus de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31): É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir para o avanço das ideias em relação a determinado campo do saber, apresentando reflexões originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para aspectos ou setores ainda não considerados. 113

78 Unidade II 7.8 Revisão do trabalho: entendendo seus dados e discussões Ao terminar um trabalho monográfico, o autor deve estar atento aos detalhes de cada parte que o compõe. Para isso, deve fazer uma revisão detalhada de cada item e verificar se não há erros de dados, digitação ou concordância, a fim de entregar um trabalho com o menor número possível de erros. A importância de um revisor externo se dá porque, quando observamos demais nosso próprio trabalho, passam despercebidos detalhes importantes, ao passo que o revisor fará essa análise com mais atenção. 7.9 Dicas importantes para antes de começar passos da pesquisa Dependendo de tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá caracterizar se como pesquisa analítico bibliográfica somente, ou pesquisa de campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É importante, nesse sentido, atuar eticamente, em especial quando a atividade envolver seres humanos, levando em consideração o seguinte: Participantes da pesquisa têm o direito de receber informação prévia sobre: o fato de estar fazendo parte de um trabalho acadêmico; a temática envolvida; a duração e a frequência dos encontros etc. Relacionamento entre pesquisador e participantes da pesquisa deve ter caráter formal. Com frequência, escolas, empresas e outras instituições queixam se de que os alunos vão até elas, recolhem materiais e depois desaparecem sem retornar para apresentar as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa, seja um indivíduo ou uma instituição, não só merece como tem o direito de receber um retorno após o término do trabalho. Por exemplo, podem se enviar os resultados da atividade desenvolvida, um especial agradecimento, um exemplar da monografia, convites para assistir à apresentação da pesquisa etc Especificação do corpus Entende se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, o objeto sobre o qual o pesquisador irá deter se: textos, fragmentos etc. Observem os itens a seguir: Corpora A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar. 114 Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma determinada comunidade de poloneses no sul do país tendo como corpus apenas a gravação da conversa de duas ou três pessoas de uma mesma família, pois isso não me permitiria perceber como eles são influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade.

79 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Um corpus pode ser muito extenso, então é possível encontrar nele uma diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado, por exemplo, compor se da fala de um único indivíduo, e então seria possível estudar seu dialeto. Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, incoerências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo linguista em sua análise. Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois dessa forma é possível transcrevê los, e os ruídos que eventualmente aparecem na oralidade podem ser descartados no momento da análise. Materiais construídos São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar armadilhas para o linguista, ou seja, o informante pode descartar enunciados significativos ou apresentar enunciados complexos demais (que fogem ao que se propôs o linguista); ou, ainda, entender as normas ou regras do trabalho de diferentes formas, interferindo nas informações ou nos enunciados que produz. Materiais construídos não dependem da situação real e focalizam apenas o fato linguístico que está sendo analisado Elementos pós textuais De acordo com a ABNT NBR 6029:2006, os elementos pós textuais devem apresentar se na seguinte ordem: posfácio (opcional); referências (que devem seguir as normas); glossário (opcional); apêndice, se houver necessidade e identificado com letras maiúsculas; anexo, se houver necessidade e identificado com letras maiúsculas; índice (opcional) elaborado conforme norma da ABNT; finalmente, o colofão, obrigatório pelas normas da ABNT para livros, é o último elemento impresso e que arremata a obra. Consiste na qualidade de papel usado e no crédito dos envolvidos na tiragem. Figura

80 Unidade II Os elementos pós textuais são as referências de todo o trabalho. Orientam os leitores sempre que há necessidade no decorrer da leitura. Assim, os leitores poderão recorrer à referência, aos anexos etc., sempre que, ao longo da leitura, isso for preciso. Como vimos, é uma exigência não apenas de trabalho monográfico, mas em qualquer publicação. Vale ressaltar a diferença entre referências bibliográficas e bibliografia. A primeira refere se a todas as obras utilizadas na pesquisa (livros e artigos); tudo o que apareceu ou foi citado ao longo do trabalho deverá estar nas referências bibliográficas, para que o leitor possa consultá la caso queira se aprofundar no assunto. Já a bibliografia refere se a todas as obras lidas, não necessariamente citadas, mas que serviram de apoio para a pesquisa. Dados importantes para se colocar nas referências bibliográficas Autor. Título e subtítulo; Edição (número); Imprensa (local: editora e data). Exemplo: MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediações pedagógicas. 15. ed. São Paulo: Papirus, Quando o autor for repetido em diferentes obras, substituir se-à o nome por um traço e seguirá a apresentação normal da obra. Exemplo: ALVES, Rubens. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 4. ed. São Paulo: Papirus, A alegria de ensinar. 6. ed. São Paulo: Papirus, O ano das obras deve obedecer uma ordem cronológica do mais antigo para o mais recente. O espaço deve ser simples entre as linhas e duplo para separar uma obra da outra, além de alinhadas à esquerda. O ponto é usado após o nome do autor, da edição e no final; dois-pontos antes do subtítulo, antes da editora e depois do termo In; a vírgula é usada após o sobrenome dos autores, após a editora, entre o volume e o número; o ponto e vírgula, para separar autores, quando a obra tiver mais de um autor, e o hífen, entre páginas utilizadas (70 79). Citação no texto De acordo com a norma ABNT NBR , citação é uma informação retirada de uma obra tal como esta se apresenta. 116

81 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Exemplo 1: Exemplo 2: Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau brasil e, posteriormente, no trabalho nos engenhos de cana de açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de cacau, nas charqueadas, na exploração das drogas do sertão. Trabalhavam também no serviço doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12). Esclarece Pinsky (2000, p. 61): Distante da imagem de mansidão e conformismo que costumavam lhe atribuir, o negro resistiu e revoltou se contra sua condição de escravo. O jogo de capoeira era uma demonstração de resistência. A citação deve ser apresentada com autor, ano e página utilizados, devendo haver uniformidade na apresentação para melhor organização. Precisamos agora entender as diferentes citações existentes até três linhas e mais de três linhas. Quando estamos escrevendo um texto e citamos um trecho de mais de três linhas da mesma forma como ele está escrito, essa citação terá de ficar abaixo do texto, com recuo e fonte 11. Exemplo: Explica Amaral (2011) que o desembarque acontecia no Brasil, mais especificamente nos portos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente, logo após a chegada eles eram distribuídos para várias regiões brasileiras e realizavam todo tipo de trabalho. Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau brasil e, posteriormente, no trabalho nos engenhos de cana de açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de cacau, nas charqueadas, na exploração das drogas do sertão. Trabalhavam também no serviço doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12). Quando o trecho do texto não ultrapassar as três linhas, poderá ficar no corpo do texto. Exemplo: Relatam Almeida et al. (2005) que o projeto de atração de imigrantes, em razão das novas condições políticas e econômicas, começou a vigorar após Conforme Almeida et al. (2005, p. 35): No plano 117

82 Unidade II internacional, restrições à entrada de estrangeiros na Argentina e nos Estados Unidos e a estagnação econômica na Itália favoreceram o projeto brasileiro. Repare que, quando no meio do texto, a citação vem entre aspas. Quando a frase que se irá utilizar estiver dentro de um texto grande e você não pretender usá la toda, mas partes dela, é aconselhável utilizar [...] para designar que o texto foi cortado. Exemplo: As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com base nos resultados de projetos piloto (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 153). Citação indireta Caracteriza se pelo resumo de uma obra ou trecho lido (parafrasear). Deve apresentar o nome do autor com o ano da obra. Exemplo: De acordo com Teixeira (2009), as imagens e representações que estão nos livros didáticos são fundamentais para o desenvolvimento das crianças em período de aprendizado. Citação de citação Não é muito utilizada, pois recomenda se ler os livros na íntegra; porém, se houver uma obra cujo acesso não é fácil, por ser de uma edição muito antiga, por exemplo, poderá ser apresentada conforme a seguir: Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), no texto jornalístico é convencional apresentar se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser expresso por letras grandes separadas do resto do texto, ou na introdução, no lead Quando a citação se refere à ideia de algum autor citado por outro, deve se empregar a expressão apud entre o nome do autor cuja ideia você pretende utilizar e o autor do livro que você leu. Veja os exemplos a seguir: Exemplo 1: Podemos ver claramente o que se pensava da criança na obra de Ariès (1981), ao apontar que: 118 A ideia de infância está ligada à de dependência; só se sai da infância ao sair dessa condição. A criança pequena era vista como um animalzinho,

83 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Exemplo 2: fonte de diversão e entretenimento para os pais e habitantes do local. O elevado número de mortes de crianças pequenas não era sentido como perda, pois logo outra criança viria, em substituição. Não poderia haver, portanto, preocupação quanto à educação infantil (apud FONTERRADA, 2008, p. 37). Sobre esse período, Bauab (1960, apud ALMEIDA, 2007) também traz seu pensamento ao considerar que esse movimento [...] Ao citar um autor de obra que possui um organizador, deve se empregar a expressão In: Exemplo: Silva In Fulanetto (2007) Obs.: na bibliografia, deverão aparece os dois nomes e a obra. FULANETTO, Ecleide Cunico (2007). A escola e o aluno: relações entre o sujeito aluno e o sujeito professor. São Paulo: Avercamp, SILVA, Lisienne de M. Navarro G. Sujeitos, aprendizagem e experiência. In: FULANETTO, E. C. A escola e o aluno: relações entre o sujeito aluno e o sujeito professor. São Paulo: Avercamp, Para mais de três autores, utiliza se a frase et al. depois do primeiro autor. Veja os exemplos a seguir: GATTI JÚNIOR, Décio et al. A escrita escolar da história: livro didático e ensino no Brasil. Bauru: Edusc; Uberlândia: Edufu, Almeida et al. (2005) discutem o relato histórico do negro no Brasil [...] BARROS, Zelinda dos Santos et al. Educação e relações étnico raciais. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais, As reticências aparecerão quando você, pesquisador, for utilizar apenas uma parte da frase do autor. Elas sinalizarão que a frase tem continuidade, ou que antes dela havia algo escrito: Para Moscovici (1981, p. 181), [...] elas são o equivalente, em nossa sociedade, aos mitos e aos sistemas de crença das sociedades tradicionais; poder se ia mesmo considerá las como versão contemporânea do senso comum. 119

84 Unidade II O ver em geral pressupõe certa passividade e discrição; nesse caso, o olho meio que desatento e espectador passeia sobre a superfície das coisas do mundo e as espelha e registra, com uma conotação de ingenuidade e espontaneidade [...] o olhar é diferente! (GAETA, 2001, p. 223). Observação Sempre que o trecho do texto da citação não for inteiro, ou seja, você for utilizar somente um pedaço da frase, recomenda se colocar reticências entre colchetes. Archangelo (2004, p. 13) nos auxilia no entendimento ao ressaltar que Herdamos perdas, herdamos o fracasso das antigas gerações. Perda da completude presente no interior do útero, que vivenciamos ao nascer, é acompanhada por uma tentativa de nossos pais em supri las [...] Expressões latinas Quadro Expressão latina Abreviatura Significado idem id do mesmo autor ibidem ibid. na mesma obra opere citato op. cit. na obra citada loco citato loc. cit. no lugar citado opere laudato op. laud. na obra citada apud está contido sic junto a, em in está contido et alli et al. e outros sine loco (s.l.) sem local Sistema Autor Data As citações são indicadas pelo sobrenome do autor, seguido da data de publicação do trabalho. Vantagens: identificação imediata de autor e ano da citação, sem recorrer à lista de referências; inclusão ou exclusão de referências da lista geral a qualquer momento. Desvantagem: uma sequência longa de citações interrompe o fluxo de leitura do texto. De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT (2002), os autores devem ser apresentados apenas com as iniciais do sobrenome em letras maiúsculas, se forem citados fora dos parênteses, e com todas as letras em maiúsculas, se forem citados dentro dos parênteses.

85 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Para a adaptação ao Estilo Vancouver, os autores são apresentados somente com as iniciais do sobrenome em letras maiúsculas, nas citações dentro ou fora dos parênteses. Um autor Exemplos: Cunha (2000), pesquisando sobre HIV, sugeriu [...]. (ABNT e Vancouver) ou [...] sobre HIV (Cunha, 2000). (Vancouver) Dois autores Fora dos parênteses, indicam se os sobrenomes dos autores separados pela letra e. Quando citados entre parênteses, os autores são separados por ponto e vírgula (;), conforme a NBR (ABNT, 2002b), e por vírgula (,), adaptação para a Norma de Vancouver. Exemplo: Zanini e Mendes (2001) assinalam que [...] (ABNT e Vancouver) ou [...] (Zanini, Mendes, 2001). (Vancouver) ou [...] (ZANINI; MENDES, 2001). (ABNT) Até três autores Para trabalhos com até três autores, indicam se todos na citação. Exemplo: Nitrini, Caramelli e Mansur (2000) foram os [...] (ABNT e Vancouver) ou [...] (Nitrine, Caramelli, Mendes, 2000). (Vancouver) ou 121

86 Unidade II [...] (NITRINI; CARAMELLI; MENDES, 2000). (ABNT) Mais de três autores Indica se o primeiro autor seguido da expressão latina et al. (abreviação de et alli = e outros). Exemplo: Amaral et al. (2003) propuseram [...] (ABNT e Vancouver) ou [...] (Amaral et al., 2003). (Vancouver) ou [...] (AMARAL et al., 2003). (ABNT) Trabalhos do mesmo autor com coincidência de ano de publicação São diferenciados pelo acréscimo de letras minúsculas após o ano, sem espaço. Exemplo: George (2000a), George (2000b) (ABNT e Vancouver) ou [...] (George, 2000a, 2000b). (Vancouver) ou [...] (GEORGE, 2000a, 2000b). (ABNT) Trabalhos do mesmo autor com diferentes datas de publicação Após a indicação do sobrenome do autor, as datas seguem a ordem cronológica e são separadas por vírgula. Exemplo: [...] sugere Cunha (1999, 2000, 2005) (ABNT e Vancouver) 122 ou

87 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação [...] (Cunha, 1999, 2000, 2005). (Vancouver) ou [...] (CUNHA, 1999, 2000, 2005). (ABNT) Coincidência de sobrenomes de autores e ano de publicação São diferenciados pelo acréscimo das iniciais dos prenomes. Exemplo: Lessa L. (2001) Lessa V. (2001) (ABNT e Vancouver) ou [...] (Lessa L, 2001; Lessa V, 2001). (Vancouver) ou [...] (LESSA, L., 2001; LESSA, V., 2001). (ABNT) Quando houver coincidência também dos prenomes, para diferenciação, deverão ser usados os prenomes completos. Exemplo: Monteiro, João (2003) e Monteiro, Jonas (2003) estudaram [...] (ABNT e Vancouver) ou [...] (Monteiro João, 2003; Monteiro Jonas, 2003). (Vancouver) ou [...] (MONTEIRO, JOÃO, 2003; MONTEIRO, JONAS, 2003). (ABNT) 123

88 Unidade II Citação de vários trabalhos de autores diferentes Vários trabalhos de diferentes autores, quando citados em bloco, podem ser apresentados por ordem alfabética de sobrenome e cronológica. O critério adotado deverá ser seguido ao longo de todo o texto. Para citação de autores fora dos parênteses, deve se indicar o sobrenome do autor apenas com a primeira inicial em maiúscula, em ordem alfabética, seguido do ano de publicação entre parênteses, utilizando se a vírgula (,) para indicar a citação do(s) próximo(s) autor(es). Para indicação do último autor, utiliza se a letra e. Exemplo: Andrade (1999), Batista (2003), Campos (1999) e Guimarães (2005) estudaram a importância [...]. (ABNT e Vancouver) Para citação dos autores entre parênteses, deve(m) se indicar o(s) sobrenome(s) do(s) autor(es) em letras maiúsculas, em ordem alfabética, separados do ano de publicação por uma vírgula, seguidos de ponto e vírgula para iniciar o próximo autor. Na adaptação para o Estilo Vancouver, indicar o sobrenome do autor apenas com a primeira inicial em maiúscula. Exemplo: [...] (Cunha, 1999; Lessa, 2001; Monteiro, 2003). (Vancouver) ou [...] (CUNHA, 1999; LESSA, 2001; MONTEIRO, 2003). (ABNT) Entidades coletivas Podem ser citadas pela respectiva sigla, desde que na primeira vez tenham sido mencionadas por extenso; se necessário, deve ser incluída na lista de siglas. Citadas pela primeira vez Exemplo: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2001 [...] (ABNT e Vancouver) Citadas a partir da segunda vez Exemplo: 124 De acordo com o Relatório da OMS (2001), foi durante [...] (ABNT e Vancouver)

89 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Publicações sem autoria expressa São citadas pela primeira palavra do título, seguida de reticências e do ano de publicação. Exemplo: De acordo com a publicação Controle... (1982), estima se em [...] (ABNT e Vancouver) ou [...] (Controle..., 1982). (Vancouver) [...] (CONTROLE..., 1982). (ABNT) Eventos (congressos, conferências, seminários etc.) Mencionar o nome completo do evento, desde que considerado no todo, seguido do ano de publicação. Exemplo: De acordo com os trabalhos apresentados no Congresso Brasileiro de Enfermagem (2003) [...] (ABNT e Vancouver) ou [...] (Congresso Brasileiro de Enfermagem, 2003). (Vancouver) ou [...] (CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM, 2003). (ABNT) Sistema numérico Nesse sistema, autor, ano da obra e página não são colocados no final de cada citação, mas sim numeradas sequencialmente, e, no final do trabalho, o leitor encontrará a lista de referências pelos números. Encontram se vantagens e desvantagens nesse processo. A vantagem está no fato de o leitor não precisar desviar sua atenção do texto e poder concentrar se na leitura, buscando no final o referencial que desejar. A desvantagem está justamente na questão de deslocamento do leitor para o final do texto, não tendo a informação seguida da citação. Vantagens: não interrompe a leitura do texto e ocupa menos espaço. 125

90 Unidade II Notas de rodapé No decorrer da escrita de um texto acadêmico, o autor/aluno pode deparar se com a necessidade de complementar um conteúdo ou uma ideia que mereça destaque. Para tal, pode ser usado o recurso da nota de rodapé, que deve estar localizada no final da página. Ela complementa trechos escritos, trazendo um apoio crítico para o leitor, tendo como objetivo explicar alguma parte ou termo do texto, trazer uma ideia já discutida anteriormente ou registrar uma referência bibliográfica de citações. Alguns cuidados devem ser resguardados na elaboração das notas de rodapé. Para maior organização, as notas devem ser numeradas de forma sequencial e separadas do texto por uma linha (filete) de 5 cm da margem esquerda, logo no final da página, como dissemos. A letra deve ser menor do que o padrão textual, com espaçamento simples e números um abaixo do outro. No texto, os números que referenciarão as notas deverão vir após a expressão ou palavra a ser explicada ou complementada. Exemplo: Texto No rodapé Figura 40 Figura 41 As notas de rodapé devem constar na página referenciada, sinalizadas por asterisco (*) ou números sequenciais (1, 2, 3, 4). Os asteriscos não são tão usados, porém costumam aparecer quando as observações não são muitas e o autor faz uma simples sinalização de termo. 126

91 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Exemplo de nota de rodapé com asterisco (*): Figura 42 Quanto à numeração, o autor poderá escolher entre numerar as observações a serem acrescentadas por capítulo ou sequencialmente ao longo do texto. O que mais se encontra em trabalhos científicos é a numeração por capítulo. Vamos aprender a inserir a nota de rodapé? Existem dois tipos de nota de rodapé: Figura 43 1) Bibliográfica: utilizada para indicar a obra usada, ou seja, a fonte bibliográfica. Alguns autores optam por não colocar a fonte bibliográfica nas citações, numerando as e fazendo as referências como nota de rodapé. 2) Explicativa: quando o autor irá explicar um termo, uma sentença ou mesmo adicionar um texto para melhor compreensão do contexto da palavra ou do termo citado. 127

92 Unidade II Exemplo: Figura 44 A nota de rodapé deverá ser utilizada sempre que o autor acreditar que deixará o leitor mais esclarecido quanto ao assunto tratado, mas deve ter clareza quanto à necessidade de ter coerência e critérios, para que não se torne extensa e cansativa, tomando o lugar do texto principal. Podemos citar algumas situações importantes para utilizá la: a) Tradução de uma palavra ou o termo no seu original (quando tiver sido traduzida uma frase no texto). 128 Figura 45 b) Fornecer referências do autor de uma dada citação. c) Fornecer o referencial da citação, do texto ou do autor citado. d) Lembrar o leitor sobre algum termo ou assunto tratado anteriormente. e) Fazer uma citação adicional para complemento ao termo ou trecho citado (deve seguir as normas de citações autor, título, ano e página).

93 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação f) Sinalizar aulas ou trabalhos realizados que não foram publicados, como alguma anotação realizada de modo informal ou mesmo quando o autor quiser se colocar. Figura 46 Exemplo de nota de rodapé com texto complementar: Figura

94 Unidade II Figura 48 Regras gerais para a apresentação de notas de rodapé As notas de rodapé se encontram no final da página, com espaçamento simples, seguindo a numeração proposta no texto e com uma linha, separando o texto da nota, de 5 cm. Essa formatação pode ser feita no computador. Os números devem dispor se alinhados, um embaixo do outro. No caso de livros, os dados devem ser referentes a autor, obra e ano, pois o leitor buscará nas referências bibliográficas finais. Quando for indicar um livro para leitura sobre o tema ou termo utilizado, o pesquisador (autor) deverá dar informações suficientes para o leitor poder adquirir a obra, caso esteja interessado. Exemplo: 130 Bibliografia final Figura 49 Traz a listagem dos livros utilizados na elaboração da pesquisa em ordem alfabética, de acordo com o seguinte: Sobrenome do autor, nome. Título da obra: subtítulo (se houver). Local: editora, ano de publicação da obra.

95 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Exemplo: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, Sendo assim, seguem as definições: Autor: pessoa(s) física(s) responsável(is) pela criação do conteúdo intelectual do documento. Autor entidade: instituição(ões) responsável(is) por publicações em que não se distingue autoria pessoal. Capítulo, seção ou parte: divisão de um documento, numerado ou não. Documento: qualquer suporte que contenha informação registrada. Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original ou uma matriz. Editora: casa publicadora responsável pela produção editorial. Monografia: documento constituído de uma só parte. Publicação seriada: publicação em qualquer tipo de suporte, editada em unidades físicas sucessivas e destinada a ser continuada indefinidamente. Referência: conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento. Subtítulo: informações apresentadas em seguida ao título. Suplemento: documento que se adiciona a outro para ampliá lo ou aperfeiçoá lo. Título: palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um documento. Apêndices e anexos Apêndice: é um documento opcional, referente a elementos desenvolvidos no projeto, mas que é apresentado separadamente para facilitar sua compreensão. Fazem parte dele documentos elaborados pelo próprio autor da pesquisa, como questionários, formulários, roteiros de observação e de entrevista, fotografias etc. Anexos: são opcionais também. Constituídos por documentos jornais, recortes de revistas, leis, decretos, estatutos, folhetos, cartazes etc. que, geralmente, não foram produzidos pelo próprio autor do trabalho. Seu objetivo é complementar o trabalho, justificando, esclarecendo ou ampliando algum raciocínio. 131

96 Unidade II 132 Lembrete Apêndices: o que foi elaborado. Anexos: o que é reproduzido. 8 A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NAS DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO Os indicadores de produção científica são instrumentos importantes para a análise da atividade científica e das suas relações com o desenvolvimento econômico e social. Os dados que serão apresentados baseiam se na produção científica brasileira e paulista nos anos de 1998 a A principal fonte de informação utilizada foi a base de dados Science Citation Index Expanded (SCIE), do Institute for Scientific Information (ISI). Foram utilizadas também as bases de dados bibliográficas Pascal e Scielo, ambas multidisciplinares, e também as bases especializadas Medline, Ei Compendex, Inspec e Chemical Abstracts. 8.1 Divulgação científica A divulgação científica tem como objetivo apresentar os resultados de pesquisas em congressos, simpósios, semanas, reuniões, sociedades científicas, a serem publicados em anais e revistas. 8.2 Comunicação científica A comunicação deve trazer novas informações científicas obtidas por meio de pesquisas científicas e deve ser limitada em sua extensão. Geralmente, nos eventos científicos é estipulado um tempo que varia de 10 a 20 minutos para a apresentação oral, que deve ser clara e precisa Aspectos da comunicação científica A comunicação científica deve ter como finalidade fazer que as pessoas pensem e percebam as coisas de forma diferente. Deve ser estruturada de acordo com os padrões estabelecidos para trabalhos científicos. A estrutura do trabalho envolve introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução, deve haver justificativa, objetivos, delimitação, ângulo de abordagem e exposição precisa da ideia central. O desenvolvimento consiste na fundamentação lógica do trabalho e tem como objetivo apresentar as principais ideias; já a conclusão consiste em apresentar de forma sintetizada os resultados da pesquisa, resumo das principais informações ou argumentos (MARCONI; LAKATOS, 2006). A divulgação científica deve preencher os seguintes requisitos: conhecimento suficiente do assunto, exatidão na exposição e referência fiel às fontes, adaptabilidade, linguagem acessível ao promédio do público a que se destina, divulgação e não vulgarização.

97 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Segundo Marconi e Lakatos (2009), a comunicação científica oral obedece a três etapas: Preparação: domínio do que se pretende comunicar. O autor deve estar apto para responder às possíveis perguntas. Apresentação: ler com clareza o que está escrito, tentando prender a atenção dos ouvintes, dando ênfase às palavras chave. Arguição: ficar atento às questões para respondê las de forma adequada. 8.3 Artigos científicos Os artigos científicos tratam de determinada questão científica. Diferenciam se dos outros tipos de trabalhos científicos por conteúdo e dimensão reduzidos. Após o término de qualquer pesquisa, é necessária a divulgação dos resultados por meio de publicação em revistas ou periódicos especializados Estrutura do artigo Marconi e Lakatos (2009) sugerem os seguintes passos para a estruturação de um artigo científico: 1. Preliminares a) título (e subtítulo) do trabalho. b) autores. c) credenciais dos autores. d) local de atividades. 2. Sinopse Trata se da apresentação concisa do artigo. Sua finalidade é dar ao leitor um apanhado do conteúdo integral. 3. Corpo do artigo a) Introdução apresentação de assunto, objetivo, metodologia, limitações e proposição. b) Texto exposição, explicação e demonstração do material. Avaliação dos resultados e comparação com obras anteriores. 133

98 Unidade II c) Comentários e conclusões dedução lógica, fundamentada no texto, de forma resumida. Os autores ressaltam que o corpo do artigo também pode ser subdividido em: introdução, material e método, resultados, discussão e conclusão. 4. Parte referencial a) Bibliografia. b) Apêndices ou anexos (quando houver). c) Agradecimentos. d) Data. 8.4 Tipos de artigos científicos Argumento teórico Esse tipo de artigo requer pesquisa profunda e intensa. É uma forma de documentação mais utilizada por especialistas que pretendem apresentar argumentos favoráveis ou contrários a uma opinião. O roteiro é composto por: exposição da teoria; fatos apresentados; síntese dos fatos e conclusão (MARCONI; LAKATOS, 2006) Artigo de análise Esse tipo de artigo não é muito comum na literatura moderna. Envolve descrição, classificação e definição do assunto, levando em consideração estrutura, forma, objetivo e finalidade do tema. O autor deve fazer uma análise de cada elemento constitutivo do assunto e sua relação com o todo (MARCONI; LAKATOS, 2006) Artigo classificatório É considerada a forma de documentação técnica mais útil. Trata se de classificar aspectos de determinado assunto e explicar as partes. O roteiro tem as seguintes etapas: definição do assunto; explicação da divisão; tabulação dos tipos; e definição de cada espécie Informe científico Entre os tipos de trabalhos científicos existentes, é o mais sucinto e destina-se à descrição de resultados parciais ou totais obtidos por meio de pesquisas de campo, de laboratório ou documentais. Sua principal característica é o relato das atividades da pesquisa desenvolvida, de maneira que a comprovação dos procedimentos, as técnicas e os resultados possam ser repetidos por outro pesquisador interessado. 134

99 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Resenha crítica Trata se da apresentação do conteúdo de uma determinada obra e consiste em leitura, resumo, crítica e formulação de conceito de valor da obra feitos pelo resenhista. A resenha pode ser produzida por estudantes como exercício de compreensão e crítica, ou por cientistas que têm domínio do assunto tratado e capacidade de juízo crítico. A finalidade é informar o leitor sobre o assunto tratado, evidenciando a contribuição do autor, as novas descobertas, os novos conhecimentos e teorias Estrutura da resenha Referência bibliográfica Autor(es) Título (subtítulo) Imprensa (local da edição, editora, data) Número de páginas Ilustração (tabelas, gráficos, fotos etc.) Credenciais do autor Informações gerais sobre o autor Autoridade no campo científico Quem fez o estudo? Quando? Por quê? Onde? Conhecimentos Resumo detalhado das ideias principais De que trata a obra? O que diz? Possui alguma característica especial? Como foi abordado o assunto? 135

100 Unidade II Exige conhecimentos prévios para entendê lo? Conclusão do autor O autor faz conclusões? (Ou não?) Onde foram colocadas? (final do livro ou dos capítulos?) Quais foram? Quadro de referências do autor Modelo teórico Que teoria serviu de embasamento? Qual o método utilizado? Apreciação a) Julgamento da obra Como se situa o autor em relação às: escolas ou correntes científicas, filosóficas, culturais? circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas etc.? b) Mérito da obra Qual a contribuição dada? Ideias verdadeiras, originais, criativas? Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente? c) Estilo Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? Linguagem correta? (Ou o contrário?) 136

101 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação d) Forma Lógica, sistematizada? Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes? e) Indicação da obra A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes? 8.5 Conferência A conferência, em geral, consiste na exposição oral de assunto literário ou científico, mas também pode vir a ser publicada. No caso de exposição oral, deve ser simples, sem minúcia; se escrita, posteriormente poderá ser ampliada e detalhada. O conferencista deve transmitir as ideias essenciais com clareza e ser breve Estrutura Assim como nos outros tipos de trabalhos científicos, a estrutura da conferência deve conter introdução, desenvolvimento ou corpo do trabalho (texto) e conclusão. A introdução, que deve ser breve, consiste na apresentação dos objetivos e do problema a ser tratado. O corpo do trabalho deve apresentar as ideias principais, e a conclusão deve retomar os principais tópicos do texto, procurando deixar o tema central na mente do ouvinte Apresentação O conferencista deve atrair a atenção e o respeito dos ouvintes, não fixando o olhar em uma única pessoa. Durante sua fala, deve evitar cacoetes e tiques, utilizar vocabulário técnico adequado e compreensível, variar o tom de voz e a velocidade de fala, além de articular bem as palavras, transmitindo, assim, confiança e clareza. Em relação ao tempo de apresentação, não deve ultrapassar 30 minutos, considerando que o ideal é utilizar 5 minutos para introdução e 5 minutos para conclusão. Ao final da apresentação, o conferencista deve fazer um resumo dos pontos principais para que as pessoas possam chegar às conclusões almejadas. 8.6 Elaboração de material didático O material didático pode ser: material instrucional específico de uma determinada disciplina (livro texto) ou um produto educacional (jogo ou brinquedo educativo); portanto, pode se elaborar um material impresso ou virtual, com o objetivo de apoio pedagógico, instrucional, ou elaborar material educacional, jogos e brinquedos. 137

102 Unidade II Observe a figura a seguir: Material didático Produto educacional Material instrucional Jogos e brinquedos Livro-texto e livro didático Educação Figura 50 Com a globalização e a tecnologia em alta, a concepção de material didático foi sendo modificada para atender às necessidades e demandas da população em geral. Ele agrega, ao seu objetivo, a formação social e política do ser humano, preparando o para uma cidadania dinâmica, participativa, que lhe permita exercer, de forma consciente, a liberdade de expressão e ação. Nessa dinâmica, o livro didático sai do espaço da sala de aula e começa a ocupar espaços complementares na vida e no cotidiano dos alunos, procurando desenvolver a reflexão e a criticidade nos leitores por intermédio de um texto dialógico e mais próximo do aluno. Com as tecnologias presentes, encontramos hoje livros impressos, audiovisuais e livros textos que dão suporte às atividades da internet. Portanto, o material didático, ao ser elaborado, necessita que o autor pense nos suportes que terá como apoio, os quais permitirão a leitura (livro ou internet) e oportunizarão a efetivação desta (sala de aula, espaço virtual internet), e, diante dessas respostas, elabore um material atrativo e que atenda às expectativas dos leitores alunos. O cenário atual aponta para um crescente interesse pelos livros da internet e pelos audiolivros, o que requer uma formação específica dos autores e um constante repensar sobre os materiais elaborados. Eles devem ser trabalhados de acordo com as especificidades do local e das linguagens, tecendo uma relação afetiva que atraia e motive o aluno à leitura e à compreensão do livro. Escolher o tipo de material a ser elaborado na educação formal ou informal não é uma ação fácil e autônoma, pois dependerá do objetivo do curso, da proposta pedagógica, das condições que serão oferecidas, do público destinado e da análise das possíveis combinações que serão feitas no processo de ensino-aprendizagem. 138

103 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação O livro texto pode ser aplicado a qualquer faixa etária ou nível de escolaridade; já o jogo ou o brinquedo vão precisar uma análise mais detalhada de todo o contexto envolvido: faixa etária, objetivo, espaço físico, público alvo, currículo a ser atendido e disponibilidade dos envolvidos. Para elaboração de jogos e brinquedos, e necessário ter consciência da importância deles para o desenvolvimento do ser humano. Eles fazem parte da prática cultural das sociedades por todo o mundo e em diferentes épocas da história, constituindo um elemento importante no processo de desenvolvimento. A brincadeira inclui o ser humano na sua cultura e nos seus hábitos, facilitando assim a apreensão do conceito de ser um indivíduo na sociedade à qual pertence. Um exemplo que Kishimoto (2003) traz é a existência do arco e da flecha em muitas sociedades como brinquedo, enquanto em algumas culturas indígenas eles são instrumentos de caça e pesca. Dessa forma, entendem se o jogo e o brinquedo como materiais importantes na formação e construção da personalidade do ser humano. Eles podem e devem estar presentes nos diferentes momentos de desenvolvimento do ser humano, fazendo que o aluno reflita sobre sua prática, tendo como exemplo pensar a escrita de uma determinada palavra por intermédio de um jogo, de forma lúdica e prazerosa. Os brinquedos pedagógicos atendem aos avanços da pedagogia e também auxiliam no trabalho com crianças na educação inclusiva, proporcionando interação delas com o objeto de aprendizagem e com o meio no qual serão inseridas. Eles colaboram no desenvolvimento das habilidades motoras, dos sentidos e da noção de espaço e tempo, bem como podem ser trabalhados com adultos em uma dinâmica, como forma de expressão, ou em cursos que comportem a utilização na grade horária e no conteúdo programático. Elaborar um brinquedo ou um jogo requer alguns cuidados, como verificar: faixa etária a ser aplicada; cuidados com as especificidades de cada faixa etária; objetivo do jogo ou da brincadeira; disponibilidade de espaço físico; disponibilidade de tempo para execução; necessidade de capacitação dos professores. material disponível para a elaboração; 139

104 Unidade II 140 O procedimento é o mesmo de um projeto, que deve: definir o que pretende fazer; estabelecer para qual faixa etária se destina; fazer um plano de trabalho e definir como irá fazer o material; planejar como será feita a avaliação do processo da elaboração. Definindo esse primeiro momento, segue se para a etapa da concretização do trabalho a ser efetuado, os propósitos, os objetivos e os problemas que se pretende solucionar com ele. A seguir, parte se para a formalização do material, que deve conter as partes de um projeto de pesquisa com: identificação do brinquedo ou jogo a ser elaborado; justificativa: a importância do material para o desenvolvimento da criança. Essa etapa requer um embasamento teórico, contendo contexto histórico e uma situação que requeira material pedagógico que possibilite solucionar o problema encontrado; objetivo: o que pretende atingir; conteúdo: como o material auxiliará no problema encontrado, o que compõe o material; orçamento: quanto se gastará para a elaboração do material; análise do material; considerações finais: um fechamento a respeito de todas as etapas percorridas; referências bibliográficas; anexos: com fotos do material. Como vimos nesta Unidade, a elaboração de material pedagógico requer pesquisa e disciplina por parte do pesquisador ou do seu autor. É muito importante que o professor faça um teste antes de apresentá lo às crianças, visando evitar que possíveis surpresas possam atrapalhar o seu desenvolvimento, observando se todo o processo está de acordo com o planejado e se ele atingirá de fato o objetivo proposto. É importante ressaltar a necessidade de os professores buscarem constantemente materiais de apoio e estratégias diferentes para o desenvolvimento das competências e habilidades de seus alunos. Os

105 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação jogos vêm complementar os conteúdos previamente desenvolvidos, ou mesmo dar base para um novo conteúdo, conforme a faixa etária ou o objetivo que se pretende atingir. O jogo deve ser utilizado como ferramenta de apoio na prática pedagógica, possibilitando que o aluno desenvolva a criatividade, a reflexão e a autoestima. Resumo Nesta Unidade pudemos entender um pouco sobre o processo de leitura. Para se chegar à interpretação dos dados, vimos que podemos utilizar nos de instrumentos chamados apontamentos e anotações, os quais servem para selecionar o que é realmente importante para o entendimento e as conclusões, ou seja, as ideias e informações indispensáveis. Quando se pensa em realizar uma pesquisa, precisamos definir qual o tipo de instrumento que será utilizado para a coleta dos dados; entre eles, temos: questionário, formulário e escalas. Além desses, a internet é uma ferramenta de busca, mas sempre se deve ter muito cuidado na escolha do site de pesquisa. Outro item importante para a realização da pesquisa é como serão coletados os dados: por meio de entrevista, observação, documental, testes etc. Também devem ser definidos os critérios de inclusão e exclusão dos dados a serem pesquisados. Por exemplo, no caso de um levantamento epidemiológico, definir qual população será pesquisada e os critérios de exclusão a definir. Vimos que o que norteará a pesquisa são os objetivos gerais e os específicos, que devem começar sempre com verbo que expressem ação (verificar, analisar, levantar, discutir, determinar etc.). Além disso, o pesquisador deve realizar a justificativa, ou seja, a situação necessária para a realização de uma pesquisa. O referencial teórico é qualquer livro e/ou texto lido que ajudou na elaboração da escrita. Compreende, em síntese, teóricos tanto clássicos quanto modernos que discutem o tema escolhido pelo pesquisador. O levantamento bibliográfico buscará obras, autores e publicações que discutiram temas pertinentes ao assunto. Ele auxiliará a dar força ao trabalho pesquisado, pois trará as diferentes ideias a respeito da pesquisa. São leituras realizadas que contribuíram para a formação de esquemas do pesquisador. 141

106 Unidade II A metodologia trará o caminho a ser percorrido e como ele acontecerá. Que tipo de pesquisa será feita, qual instrumento para coleta e outros detalhes a respeito do processo de obtenção de dados e de análise destes. O cronograma de execução da pesquisa vai detalhar os passos traçados na metodologia e o período para que sejam executados, identificando o seu percurso num determinado tempo. Em relação à apresentação de resultados de um trabalho monográfico, ou de outro trabalho científico, aprendemos que se devem seguir algumas etapas, que começam antes mesmo de sua elaboração: 1) determinação do problema; 2) organização da pesquisa; 3) execução da pesquisa de campo; 4) redação do texto. Aprendemos que há os seguintes tipos de pesquisa: quantitativa, que traz todas as informações em forma de números que serão classificados e analisados; qualitativa, em que o pesquisador irá descrever os fatos e, por indução, analisará e interpretará os dados coletados. Nos objetivos, encontraremos as pesquisas exploratória, descritiva e explicativa. Nos estudos transversais, o pesquisador buscará estudar um determinado grupo em um contexto histórico, sociológico e psicológico. A pesquisa perpassa pela linha temporal do indivíduo. No estudo de caso-controle, o pesquisador irá estudar um grupo com determinada característica e comparará com outro grupo que não a possui. Este grupo que será analisado é denominado grupo de controle. No estudo de coorte, agrupa se um grande número de sujeitos, faz se a divisão do grupo e analisa se o percurso deles. A pesquisa ação é aquela que, além de compreender, visa intervir na situação, com vistas a modificá la. Pesquisa participante é aquela em que o pesquisador, para realizar a observação dos fenômenos, compartilha a vivência dos sujeitos pesquisados, participando, de forma toda sistemática e permanente, ao longo do tempo da pesquisa, das suas atividades. Pesquisa etnográfica e o estudo das formas costumeiras de viver de um grupo particular de pessoas associadas de alguma maneira, com o objetivo de revelar o cotidiano no qual as pessoas agem e encontrar o significado das suas ações. 142

107 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Análise de conteúdo é a busca exaustiva do significado do conteúdo de mensagens, discursos, textos, entre outras formas de comunicação. Vimos que o método científico é uma ferramenta para aquisição e construção do conhecimento, ou seja, é a forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, para estudá lo ou explicá lo. Estudamos que o problema de pesquisa é sempre um questionamento, uma inquietação do pesquisador. Entre todos os acontecimentos que se apresentam, algo chama sua atenção e o intriga, trazendo um questionamento à tona. A hipótese é sempre uma possível resposta a esse questionamento. É o que o pesquisador acredita responder à questão levantada. A hipótese e a pergunta estão ligadas. Aprendemos as seguintes técnicas de pesquisa: observação, entrevistas e questionários. Para finalizar, é realizada a conclusão do trabalho a qual é definida como o momento em que o autor deve resumir os resultados significativos; sintetizá-los à luz da refutação ou da comprovação das hipóteses; apontar as contribuições que o trabalho alcançou e as limitações encontradas; e reafirmar a ideia principal e os objetivos alcançados, respondendo à problemática levantada. Exercícios Questão 1. Instrumentos de pesquisa são definidos como os meios pelos quais o pesquisador coleta os dados para a pesquisa. A respeito disso, aponte a alternativa correspondente aos tipos de instrumento que podem ser utilizados: A) Fichamento, anotação e questionário. B) Questionário, formulário e leitura. c) Questionário, formulário e entrevista. D) Escalas, entrevista e fichamento. E) Todas as alternativas estão corretas. Resposta correta: alternativa C. 143

108 Unidade II Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: fichamento e anotação são organização das informações, portanto, somente o questionário seria um instrumento de coleta de dados. B) Alternativa incorreta. Justificativa: a leitura faz parte da fase de construção do conhecimento, e não da coleta de dados. C) Alternativa correta. Justificativa: questionário, formulário e entrevista são instrumentos de coleta de dados. D) Alternativa incorreta. Justificativa: escala é um instrumento para medir a intensidade das opiniões; entrevista é uma técnica de coleta e fichamento, uma forma de organização das leituras realizadas. E) Alternativa incorreta. Justificativa: não podem ser todas, já que, em cada alternativa, pelo menos um item não corresponde ao instrumento de coleta de dados. Leitura, anotação e fichamento correspondem às fases de construção do conhecimento, sendo a leitura designada fase de apreensão das ideias, que pode ser apoiada por anotação e fichamento os quais implicam a separação das informações necessárias para o estudo, para que o pesquisador possa definir qual meio será utilizado, a fim de conseguir coletar os resultados, ou seja, quais instrumentos serão mais precisos. Questão 2. A elaboração e a organização dos instrumentos de investigação constituem uma etapa importante no planejamento da pesquisa. No que se refere à observação, assinale a alternativa correta: A) Tem como desvantagem exigir mais do pesquisador do que outras técnicas. B) A observação pode ser classificada como sistemática e assistemática. C) Tem como vantagem a previsão até mesmo de ocorrências espontâneas. D) A observação não deve ser planejada. E) Todas as alternativas estão incorretas. 144

109 Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Resposta correta: alternativa B. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: exige menos do pesquisador, pois requer que ele esteja atento às ações e aos acontecimentos. B) Alternativa correta. Justificativa: a observação é um instrumento de pesquisa que deve ser planejado como qualquer outro, para que esteja de acordo com os objetivos da pesquisa, senão pode interferir nos resultados, mas tem como vantagens exigir menos do pesquisador do que outras técnicas; pode ser sistematizada ou não, porém tem algumas limitações, como a ocorrência espontânea não poder ser prevista, o que impede, muitas vezes, o observador de presenciar o fato. C) Alternativa incorreta. Justificativa: não pode ser prevista, pois as ocorrências são espontâneas, e não programadas. D) Alternativa incorreta. Justificativa: a observação deve ser planejada, como qualquer outro instrumento. O que observar, como e quando são pontos importantes. E) Alternativa incorreta. Justificativa: sendo a alternativa B correta, invalida se a possibilidade de ser a alternativa E a correta. 145

110 Figuras e ilustrações Figura 2 FILE JPG. Disponível em: < pschubert/preview/fldr_2009_05_23/file jpg>. Acesso em: 2 jun Figura JPG. Disponível em: < imagem/ / jpg>. Acesso em: 2 jun Figura 8 MD JPG. Disponível em: < galerias/imagem/ /md jpg>. Acesso em: 2 jun Figura 12 FILE JPG. Disponível em: < mconnors/preview/fldr_2010_01_11/file jpg>. Acesso em: 2 jun Figura 13 FILE JPG. Disponível em: < preview/fldr_2005_08_31/file jpg>. Acesso em: 2 jun Figura 20 FILE JPG. Disponível em: < html?aula=1334>. Acesso em: 2 jun Figura 22 FILE JPG. Disponível em: < seemann/preview/fldr_2009_11_14/file jpg>. Acesso em: 2 jun Figura 24 FILE40232.JPG. Disponível em: < html?aula=40232>. Acesso em: 2 jun

111 Figura 27 FILE JPG. Disponível em: < preview/fldr_2008_11_08/file jpg>. Acesso em: 2 jun Figura 28 FILE10044.JPG. Disponível em: < html?aula=10044>. Acesso em: 2 jun Figura 29 FILE JPG. Disponível em: < html?aula=10044>. Acesso em: 2 jun Figura JPG. Disponível em: < TO=32508&tipo=ob&cp=000000&cb=&n1=&n2=Biblioteca%20Virtual&n3=Temas%20 Educacionais&n4=&b=s>. Acesso em: 2 jun Figura JPG. Disponível em: < Acesso em: 2 jun Figura JPG. Disponível em: < Acesso em: 2 jun Figura JPG. Disponível em: < Acesso em: 2 jun Figura 34 S1679.JPG. Disponível em: < Acesso em: 2 jun Figura JGP. Disponível em: < imagem/ / jpg>. Acesso em: 2 jun

112 Figura JGP. Disponível em: < imagem/ / jpg>. Acesso em: 2 jun Figura JPG. Disponível em: < content&view=article&id=110:ha-uma-data-limite-em-que-o-mec-espera-que-a-maior-parte-dosalunos-com-necessidades-especiais-esteja-incluida-em-escolas-comuns&catid=125&itemid=230>. Acesso em: 2 jun Figura JPG. Disponível em: < Acesso em: 2 jun Figura 42 MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 9. Figura 44 MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 13. Figura 45 MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 22. Figura 46 MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 48. Figura 48 MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p

113 Figura 49 MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 10. Audiovisuais Referências GIORDANO Bruno. Direção: Giuliano Montaldo. Itália: Compagnia Cinematografica Champion, minutos. O ÓLEO de Lorenzo. Direção: George Miller. Estados Unidos: Universal Pictures, minutos. Textuais AMARAL, S. P. História do negro no Brasil. Brasília: Ministério da Educação. Secretária de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais, A PESQUISA de clima organizacional. Disponível em: < Acesso em: 22 jul ANDRÉ, M. E. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Líber Livro, ARANHA, M. L. A. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação referências elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, p. BARBIER, R. A pesquisa-ação. Brasília: Líber Livro, BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, BRANDÃO, R.O. Elementos de metodologia em nível de pós-graduação: área de Letras. São Paulo: Humanitas, BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196/96. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, Disponível em: < res19696.htm>. Acesso em: 20 jun BUNGE, M. La ciencia, su método y su filosofía. Buenos Aires: Sgioveinte, 1974; São Paulo: Avercamp, Cap

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