UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS Curso de Graduação em Engenharia Civil LEONARDO GERLACH DONATTI PRODUTIVIDADE DE MÃO DE OBRA E CONSUMO DE MATERIAIS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS UM ESTUDO DE CASO Ijuí/RS

2 LEONARDO GERLACH DONATTI PRODUTIVIDADE DE MÃO DE OBRA E CONSUMO DE MATERIAIS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS UM ESTUDO DE CASO Projeto de Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção de parecer para desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso. Orientadora: Cristina Eliza Pozzobon Ijuí/RS

3 LEONARDO GERLACH DONATTI PRODUTIVIDADE DE MÃO DE OBRA E CONSUMO DE MATERIAIS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS UM ESTUDO DE CASO Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora Banca examinadora Prof. Cristina Eliza Pozzobon, Mestre em Engenharia - Orientadora Prof. Diorge Lopes, Mestre em Engenharia Ijuí, 10 de Dezembro de

4 DEDICATÓRIA: Aos meus pais, Darci e Irene, por todo o amor e dedicação para comigo, por terem sido os pilares de minha formação pessoal e profissional. A minha namorada Fernanda por toda felicidade que me proporcionou nestes anos, e por toda a força durante a trajetória acadêmica. Sem vocês eu não conseguiria. 4

5 AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus, por ter me dado forças e iluminado meu caminho para que pudesse concluir mais uma etapa da minha vida. Agradeço aos meus pais, por todo o amor e orientação ao longo destes anos, por sempre estarem me apoiando em todos os momentos, pelo suporte prestado durante toda minha graduação. À minha namorada, por toda a compreensão, paciência e serenidade transmitida, que muito me ajudaram na elaboração deste trabalho. À professora Cristina Eliza Pozzobon, pela orientação, pela amizade que teve sempre comigo, pela paciência, suporte e pela compreensão para comigo nestes últimos meses de minha formação. Sou muito grato pelo conhecimento que proporcionou não só neste trabalho de conclusão de curso, mas também pelas aulas ministradas em toda minha formação. Enfim, a todos que de uma forma ou de outra, contribuíram para que fosse possível a realização deste trabalho. 5

6 RESUMO Este trabalho apresenta um estudo da produtividade de mão de obra e consumo de materiais na execução de revestimentos argamassados, considerando a real situação da mão de obra na cidade de Ijui-RS. Como método de pesquisa para elaboração deste trabalho foi realizado um estudo de caso, salientando os fatores que alteram a produtividade e o consumo de materiais durante a execução do revestimento. Através desta análise foram obtidos dados reais de razão unitária de produção (RUP) e consumo unitário de materiais (CUM). De posse destes indicadores, as empresas de Ijuí/RS podem realizar uma previsão da duração real da execução do serviço. Diante da análise dos dados coletados na obra sobre a produtividade da mão de obra, foram elaboradas diretrizes de aprimoramento na execução do serviço, como métodos executivos, traço da argamassa, gestão de mão de obra. Também foi possível indicar melhorias na área de projeto, como na gestão da obra, planejamento e orçamentação. A pesquisa teve como resultado uma RUP diária oficial mediana de 0,29 Hh/m², uma RUP cumulativa oficial de 0,28 Hh/m², sendo que o fator mais relevante para esses resultados foi o gargalo de produção encontrado no elevador de carga, os demais resultados obtidos para RUP direta e global também foram apresentados neste trabalho. Quanto ao consumo de materiais, teve-se um consumo mediano de 3,57 Kg de cimento/m² e 38,85 Kg de argamassa/m². Através Através destes indicadores foi possível fazer uma análise, comparando com valores coletados com os de indicadores provenientes de outros estudos e também do manual orçamentário TCPO. Após avaliação e comparação dos valores e seus fatores influenciadores, geraram-se dados reais de razão unitária de produção (RUP) e consumo unitário dos materiais (CUM), tendo como benefícios uma previsão de duração dos serviços mais próxima da real, e o desenvolvimento ou aperfeiçoamento dos métodos construtivos, com um consumo mais consciente de materiais. Palavras-chave: Produtividade de mão de obra, consumo de materiais, revestimento argamassado 6

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1:Representação genérica de um sistema produtivo Figura 2: O processo de transformação no sistema produtivo da construção civil Figura 3:Apresentação da RUP diária para um serviço de construção Figura 4: Apresentação da RUP cumulativa para um serviço de construção Figura 5: Comparação entre os diferentes tipos de RUP Figura 6: Diferentes abrangências quanto a mão de obra contemplada Figura 7 - Exemplos de causas de perdas: a) A escolha de equipamento de transporte inadequado; b) Deficiência no caibramento; c) Alvenaria fora de prumo Figura 8 - Associação de manifestações de perdas às suas origens Figura 9: Metodologia de dosagem de argamassa Figura 10: Chapisco Executado Figura 11: Execução do Taliscamento Figura 12: Execução das mestras Figura 13: Preenchimento dos vãos entre as mestras Figura 14: Sarrafeamento de parede Figura 15: Execução do desenpeno Figura 16: Fluxograma Figura 17 : Obra em estudo Figura 18: Obra em andamento Figura 19: Exemplo de apropriação de homens-hora Figura 20: Pavimento tipo Figura 21: Variação da RUP diária oficial (Hh/m²) Figura 22: Variação da RUP cumulativa oficial (Hh/m²) Figura 23: RUP s Oficiais (Hh/m²) Figura 24: Variação da RUP diária direta (Hh/m²) Figura 25: Variação da RUP cumulativa direta (Hh/m²) Figura 26: RUPs Direta (Hh/m²) Figura 27: Variação da RUP diária global (Hh/m²) Figura 28: Variação da RUP cumulativa global (Hh/m²) Figura 29: RUPs Global (Hh/m²) Figura 30: Produtividade dos oficiais em revestimento argamassado

8 Figura 31: Gráfico CUM Diário (cimento) Figura 32: Faixas de variação e consumo de materiais em Florianópolis Figura 33: Gráfico CUM diário II (cimento) Figura 34: Consumo unitário de argamassa (litros/m² revestido) Figura 35: Gráfico CUM diário (argamassa) Figura 36: Ciclo PDCA

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1:Histórico da formação da mão de obra na construção civil Tabela 2:Instrumento de coleta de dados parte Tabela 3:Instrumento de coleta de dados parte Tabela 4: Instrumento de coleta de dados parte Tabela 5: Instrumento de coleta de dados parte Tabela 6: Resumo de resultados para RUP Oficial Tabela 7:Resumo de resultados para RUP Direta Tabela 8: Resumo de resultados para RUP global Tabela 9: Resumo de resultados CUM (argamassa) Tabela 10: Resumo de resultados CUM (cimento) Tabela 11: Resumo de resultados

10 LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS CUM - Consumo Unitário de Materiais Hh/m² - Homens-Horas por Metro Quadrado ICC Indústria da Construção Civil RUP- Razão Unitária de Produção TCPO - Tabela de Composição de Preços para Orçamentos PPMO - Percentual de Produtividade da Mão de Obra 10

11 SUMÁRIO INTRUDUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA APRESENTAÇÃO GERAL PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL A importância do estudo da produtividade Razão Unitária de Produção (RUP) MÃO DE OBRA NA CONTRUÇÃO CIVIL CONSUMO DE MATERIAIS REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS Propriedades da argamassa Projeto para produção do revestimento de argamassa Técnica executiva do revestimento de argamassa METODOLOGIA TIPOLOGIA DA PESQUISA AMBIENTE DA PESQUISA PLANO DE COLETA DE DADOS Instrumentos de coleta de dados Levantamento das quantidades de revestimento argamassado Coletas de informações e observações in loco Coletas de dados de homens-hora Tratamento dos dados ANÁLISE DOS RESULTADOS ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA NO REVESTIMENTO ARGAMASSADO INTERNO

12 3.2 ANÁLISE DO CONSUMO DE MATERIAIS DO REVESTIMENTO ARGAMASSADO INTERNO CONCLUSÕES SUJESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO A ANEXO B ANEXO C ANEXO D

13 INTRODUÇÃO O Brasil hoje em dia sofre uma grande transformação no panorama econômico, politico, social e cultural, isto gera uma maior competitividade empresarial em todos os setores produtivos, principalmente no setor da Construção Civil (Salvador, 2012). Neste novo cenário é de suma importância, para a sobrevivência das construtoras, o aperfeiçoamento de processos, para que com isto se obtenha ganhos na qualidade dos produtos e redução de custos de produção, sendo isso crucial para a competividade da mesma. O novo código de defesa do consumidor, resguarda um comprador cada vez mais exigente e intransigente quanto a qualidade do bem adquirido. Todos estes fatores forçam o setor da construção civil brasileira a se reestruturar, em seus diferentes níveis, sendo isto decisivo para a sobrevivência das empresas. Justifica-se, assim, a preocupação quanto ao consumo dos recursos inerentes à atividade. Tais recursos podem ser classificados como físicos, que envolvem mão de obra e materiais, e o financeiro, que envolve a boa locação dos recursos físicos. Nos dias atuais é importante que as empresas construtoras trabalhem num ambiente visando à melhoria continua dos seus processos a fim de que possam sobreviver em meio a um mercado competitivo. Neste sentido, conhecer a realidade de produção dos serviços visando o aperfeiçoamento da execução é fundamental. O estudo da produtividade e consumo de materiais gera indicadores de produção que propiciam este conhecimento e permitem que sejam tomadas ações corretivas. As empresas do ramo da construção civil devem ser vistas como grandes organizações, inseridas dentro de um amplo sistema construtivo, por isto o foco destas organizações não é mais a maximização da produção, e sim a otimização dos fatores de produção. 13

14 Quando se consegue aperfeiçoar um processo de produção, não se esta ganhando apenas tempo de execução, mas também esta se obtendo ganhos financeiros, e quanto maior for o empreendimento, maior será a lucratividade da organização ao final do processo. Nestes conceitos as questões de produtividade e qualidade vêm se apresentando como ferramentas potenciais para que as construtoras possam atingir um melhor desempenho e não deixar de lado a competitividade. A produtividade esta diretamente ligada ao lucro da empresa, já que para permanecer competitiva, uma empresa terá que ter baixos custos de produtividade a alto rendimento, mantendo o padrão exigido pelos clientes. Segundo Marder (2001), o estudo da produtividade da mão de obra na construção civil justifica-se por ser uma das questões primordiais dentro do processo de gestão de empresas, levando em conta que a produtividade influencia diretamente em questões orçamentárias, nas durações das atividades e, por conseguinte do empreendimento. E, para Sabbatini e Baía (2000), o desempenho de cada parte do edifício se reflete no seu desempenho como um todo. O presente trabalho se concentra nos revestimentos internos de argamassa, que são empregados com grande frequência como acabamento das vedações dos edifícios. Mas, apesar desse tipo de revestimento ser bastante utilizado, verifica-se que ainda existe uma considerável incidência de falhas e problemas patológicos, desperdícios de materiais, mão de obra e tempo, além de custos elevados de produção. Dentre os serviços da construção civil, o revestimento em argamassa é de grande importância, visto que, segundo Carneiro (1993), as principais funções do revestimento externo de argamassa referem-se à contribuição para a estanqueidade à água das fachadas, para o conforto térmico e acústico do ambiente construído, para a segurança ao fogo e para o bom aspecto do envelope da edificação. Ao se cumprir satisfatoriamente estas funções, atinge-se o desempenho necessário das argamassas de revestimento externo. Para Salvador (2012), a argamassa é um material frequentemente utilizado em diferentes serviços da construção civil. É por falta de conhecimento das características deste material que se contribui para a ocorrência de patologias em fachadas, como as fissuras e os desplacamentos, entre outras falhas, comuns no revestimento em argamassa. De acordo com Costa (2003), o objetivo principal em se ter dados de perdas é que estas informações auxiliem na gestão da obra e na melhoria dos processos, não sendo necessário ter uma quantidade grande de dados nem que esses sejam estritamente precisos. É importante que as empresas tenham noção dos índices de perdas e produtividade em seus canteiros, para assim buscarem melhorias. 14

15 O presente trabalho tem como tema a produtividade da mão de obra e o consumo de materiais, como formulação do problema está a comparação entre os indicadores de produtividade e consumo de materiais de revestimentos argamassados da obra de Ijui-RS com os indicadores utilizados para a elaboração de orçamentos (Tabela de Composições de Preços para Orçamentos -TCPO). Para Salvador (2012) no revestimento em argamassa existe grande desperdício de materiais, por ser este um serviço que acaba por corrigir as imperfeições de etapas anteriores, como estruturas e vedações, causando prejuízos financeiros às empresas construtoras, assim como um expressivo impacto ambiental devido ao descarte incerto deste material. Diante desta realidade, destaca-se a necessidade de determinar uma forma para o controle da produtividade e do consumo de materiais das obras já que estes índices apresentam uma variação muito expressiva, temos que para o serviço de revestimento em argamassa de fachada, segundo Souza (2000), uma variação que pode alcançar 317%, com índices de 1,23Hh/m² a 5,13Hh/m² para produtividade de mão de obra. No que concerne o consumo de materiais, Souza, (2005) apresentam valores de consumo de cimento no revestimento de argamassa de fachada que variam de 3,4 kg/m² a 13,9 kg/m², resultando em uma diferença de 309% entre os dois extremos. O objetivo geral do trabalho é identificar o nível da produtividade e do consumo de materiais nas obras pesquisadas. Para chegar ao objetivo foram realizada as seguintes etapas: >> Levantamento da produtividade de mão de obra e do consumo de materiais nos serviços de revestimentos argamassados. >> Identificação dos principais fatores que influenciam a produtividade. >> Identificação das possíveis falhas durante o processo de produção, propondo uma solução de melhoria ao mesmo. >> Análise comparativa entre os índices encontrados na pesquisa e os índices da Tabela de Composição de Preços para Orçamentos TCPO da Editora PINI e de outros pesquisadores. Ao longo deste trabalho foi desenvolvida a revisão da literatura no capítulo 1, a metodologia no capitulo 2 e a análise de resultados no capitulo 3. Ao final foram expostas conclusões referencia consultada. Este trabalho apresenta apenas indicadores de produtividade e de consumo de materiais de uma única obra situada na cidade de Ijui-RS, limitando-se ao cálculo de Razão Unitária de Produção (RUP) diária, RUP cumulativa e RUP potencial, sendo estas calculadas para a equipe direta, equipe global e a somente o oficial, ou seja, permitindo comparar 15

16 resultados de qualquer tipo de RUP com os obtidos neste trabalho. Quanto ao contexto de indicadores de consumo de materiais de revestimento em argamassa, este trabalho limita-se ao controle de consumo de cimento (em quilogramas) por quantidade de serviço (m² de revestimento realizado), e ao consumo de argamassa (em quilogramas) por quantidade de serviço (m² de revestimento realizado). Não foi aprofundando na coleta e análise de dados dos outros materiais envolvidos no processo. No presente trabalho, foi abordada a gestão dos recursos físicos, não se entrou no mérito da gestão de recursos financeiros. 16

17 1 REVISÃO DA LITERATURA 1.1 APRESENTAÇÃO GERAL Schimitt, et al (1992) apud Dantas (2011), afirmam que a indústria da construção civil, particularmente o substor edificações, é freqüentemente criticado pela sua insatisfatória eficiência produtiva, pela imprevisibilidade de suas operações e pela qualidade de seus produtos abaixo das expectativas. Isso expõe que os maiores obstáculos ao desenvolvimento da construção civil no Brasil são: falta de cultura destinada ao desenvolvimento da qualidade e da produtividade no setor; crescente descompasso entre as capacidades da mão-de-obra disponível no setor da construção civil em relação às exigências do seu processo tecnológico; carência de informações e garantias sobre o verdadeiro desempenho do serviço e produtos na construção civil devido a falta de textos normativos e sistematização dos serviços. Quando a Indústria da Construção Civil (ICC) é comparada a indústria seriada, apresenta um alto índice de defasagem tecnológica, e seus níveis de produtividade de mão de obra estão entre os mais baixos da cadeia produtiva. São vários os fatores que colaboram para estes índices, tais como: baixíssimo nível de escolaridade da mão de obra; ausência de treinamento; resistência a novas tecnologias; elevado número de vínculos empregatícios irregulares; caráter migratório da mão de obra e a alta rotatividade no setor (Kurzawa, 2006). Silva (1999) afirma que o Brasil constrói seguindo um mesmo modelo a muitos anos, utilizando tradicionalmente os mesmos materiais e métodos construtivos. Não incorporamos ainda uma série de aspectos conceituais que são da maior importância para a qualidade, do ponto de vista do usuário final. 1.2 PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL Segundo Dantas (2011), o termo produtividade foi empregado pela primeira vez em 1766, de maneira formal, em um artigo do economista francês Quesnay. Em 1883, Littre, outro economista francês, utilizou o termo abordando a idéia de capacidade para produzir. Contudo, somente no inicio do século passado assumiu o significado da relação entre o bem produzido e os recursos empregados para produzi-lo. Leal et al (1996) revelam que a medição de produtividade é um dos primeiros passos a serem dados quando se busca a otimização do processo produtivo. É preciso determinar a 17

18 eficiência de cada atividade no processo, estudando todas as operações que a constituem, procurando racionalizá-las. Para Silva (1986), produtividade é a capacidade de se produzir mais e melhor em menos tempo, com menos esforço, sem alterar os recursos disponíveis. Souza (1996) diz que produtividade é a relação entre saídas geradas por um processo produtivo e os recursos demandados na obtenção de tais saídas, representado na figura 1. Dórea e Souza (1999), definem produtividade como sendo a eficácia na utilização dos recursos físicos variáveis : material e mão de obra. Figura 1:Representação genérica de um sistema produtivo Fonte: Dórea e Souza (1999) Araújo (2000) defende que o termo produtividade caracteriza eficiência no processo produtivo. Araújo (2000) ainda afirma que em termos de acirramento da competição entre as empresas de construção, é de extrema valia que tal eficiência seja passível de mensuração, surgindo daí a necessidade de quantificação de produtividade. Kurzawa (2006) afira que a ICC, como sistema produtivo, possui todos os quesitos necessários aos estudos de produtividade. As entradas podem ser identificadas como os recursos físicos do processo (materiais, equipamentos e mão de obra) e as saídas por uma obra ou serviço. A figura 2 exemplifica o exposto. Figura 2: O processo de transformação no sistema produtivo da construção civil Fonte: Carraro e Souza (1998) Conforme Souza (2006), na construção civil o custo da mão de obra pode chegar a 50% do custo total de um empreendimento, dependendo do tipo da obra e do grau de 18

19 industrialização. O estudo da produtividade representa um sistema de informações muito útil para subsidiar as tomadas de decisões. De acordo com Souza (2006), algumas razões citadas, quanto à maior dificuldade de se envolver com o estudo de produtividade na Indústria da Construção, têm sido: o caráter nômade dos canteiros de obra, a absorção de mão de obra com baixa qualificação, os baixos salários vigentes e a alta rotatividade dos empregados das construtoras, assim como a baixa atração quanto a novos ingressantes no setor A importância do estudo da produtividade Segundo Marder (2001), no contexto brasileiro, as empresas da construção civil, notoriamente na subsetor edificações, estão passando por um processo de intensa competição e reestruturação. Para tanto, Marouka e Souza (1999) apud Marder (2001) acreditam que a produtividade, aliada a qualidade, tornam-se fundamentais para a sobrevivência das construtoras, exigindo do setor a busca por melhores índices de desempenho, racionalizando e otimizando o uso dos recursos físicos, financeiros e humanos. Kurzawa (2006) diz que em todo o mundo, discutem-se questões que dizem respeito a qualidade e produtividade dos empreendimentos da construção civil. Os novos mecanismos de defesa do consumidor, e a necessidade de se oferecer ao mercado, produtos que demandem inovações tecnológicas e demonstrem sua eficiência, preservando a rentabilidade das empresas de construção, através da redução de custos, tornam essencial a realização de estudos a cerca da questão da produtividade e de seus fatores condicionantes. De acordo com Carraro e Souza (1998), dentre os problemas crônicos existentes na construção civil, os baixos índices de produtividade merecem destaque, uma vez que os gestores não costumam ter conhecimento sobre a qualidade da mão de obra que se demanda para produzir determinado serviço, e conseqüentemente, não possuem parâmetros para buscarem atitudes corretivas caso haja algum problema. Entre os benefícios possíveis de serem alcançados com o estudo da produtividade da mão de obra, Carraro apud Araújo (2000) citam os seguintes: - Previsão do consumo de mão de obra; - Previsão da duração dos serviços; - Avaliação e comparação dos resultados; - Desenvolvimento/aperfeiçoamento de métodos construtivos; 19

20 Para Araújo (2000), as características de projeto, as condições do canteiro de obra, a gestão de pessoas e processos, os métodos construtivos e a estrutura organizacional do projeto afetam a produtividade de forma categórica. Um dos fatores mais importantes para se obter índices de produtividades confiáveis é a organização, pois é a partir dela que ira se obter a racionalização dos recursos e materiais disponíveis, fator fundamental para que a empresa consiga elevar sua eficiência nos processos produtivos Razão Unitária de Produção (RUP) Quando se pretende estudar a produtividade, é inevitável, mensura-lá (Silva, 1999). Para se mensurar a produtividade de uma mão de obra, adota-se o indicador denominado razão unitária de produção, definido como: = h Onde: RUP = razão unitária de produção; Hh = mensuração do esforço humano desprendido, em homens-hora, para a produção do serviço; QS = quantidade de serviço. Conforme mostra a equação, verifica-se que a produtividade melhora quando cresce a relação entre os resultados e os consumos do processo. Nota-se que quanto menor for o valor da RUP, maior será a produtividade de determinado serviço. Pode-se citar três tipos de RUP s, são elas: diária; cumulativa; e potencial. A RUP diária é obtida tomando-se como fundamento a avaliação diária da produtividade da mão de obra. Ao final de cada período diário, utiliza-se a RUP diária para fazer uma avaliação dos Hh utilizados e a quantidade de serviço executado. A Figura 3 em caráter ilustrativo mostra a variação da RUP diária a cada dia de trabalho. 20

21 Figura 3:Apresentação da RUP diária para um serviço de construção Fonte: Dantas (2011) Segundo Dantas (2011), diariamente a RUP cumulativa é calculada a partir do acumulo das quantidades de Hh e de serviço executado desde o dia 1 de trabalho. Sendo assim apresenta a eficiência acumulada durante todo o período de execução de determinado serviço, considerando os melhores e os piores dias. A figura 4 tem caráter meramente ilustrativo, e mostra a variação da RUP cumulativa ao longo de vários dias. Figura 4: Apresentação da RUP cumulativa para um serviço de construção Fonte: Dantas (2011) Para Dantas (2011), a RUP potencial não está associada a cada dia de trabalho. Ela indica uma produtividade potencialmente alcançável desde que, mantido um determinado conteúdo de trabalho. Ela é obtida matematicamente calculando a mediana entre os valores de RUP diárias inferiores ao valor da RUP cumulativa para o final do período de estudo. 21

22 Figura 5: Comparação entre os diferentes tipos de RUP Fonte: Dantas (2011) Conforme Araújo (2000), enquanto a RUP diária identifica os efeitos sobre a produtividade dos fatores condicionantes presentes no dia de trabalho, a RUP cumulativa capta tendências de produtividade em longo prazo, sendo útil para se fazer previsões quanto ao consumo de mão de obra e duração dos serviços, entre outro. Para Carraro e Souza (1998), a RUP cumulativa, bem como o seu valor, é formado pela agregação das produtividades ocorridas tanto em dias bons, quanto em dias runs. Pode-se dizer que qualquer valor superior ao da RUP cumulativa não representa um dia de boa produtividade. Por outro lado, os valores da RUP diária inferiores ao valor da RUP cumulativa, indicam dias de boa qualidade. Uma vez que se pretenda padronizar a avaliação da RUP, há que se padronizarem quatro aspectos: A definição de quais homens estão inseridas na avaliação; A quantificação das horas de trabalho a considerar; A quantificação do serviço; A definição do período de tempo ao quais as mensurações de entradas e saídas se referem. De acordo com Salvador (2012), definida matematicamente a RUP potencial como um valor a ser buscado de produtividade ao se executar um serviço, poderia ela servir de referência de produtividade teoricamente alcançável e considerar-se que a diferença entre a RUP cumulativa e a RUP potencial representaria um afastamento da situação real em relação à ideal. Com isso, se poderia definir perda percentual de produtividade da mão de obra 22

23 (PPMO) como: PPMO ( RUP cumulativa RUP RUP potencial potencial ) x 100 (%) Fonte: Salvador (2012) A diferença entre as RUP cumulativa e potencial é um indicativo, conforme comentado, da perda associável à má gestão; a expressão percentual com relação à própria RUP potencial torna o indicador menos dependente da variação de conteúdo do trabalho. Assim é que, para quaisquer conteúdos do trabalho, considera-se que a gestão de certo serviço, em diferentes obras, possa ser avaliada comparativamente confrontando-se os PPMO dos casos em análise. Segundo Souza (2006), a partir da produtividade nos serviços de construção, a preocupação recai sobre a mão de obra de produção. Assim, embora a gestão seja extremamente importante, a definição das RUP não envolverá o esforço dos gestores e sim somente o dos comandados por eles. Dentro desse contexto, existem diferentes possibilidades quanto à caracterização da mão de obra envolvida, hierarquicamente abaixo de quaisquer encarregados que não executem pessoalmente o serviço. Note-se que existem oficias diretamente envolvidos na produção final do serviço, ajudantes que os auxiliam diretamente e operários que dão apoio mais à distância com relação ao grupo direto. Portanto, criam-se algumas possibilidades para a definição de mão de obra contemplada, são elas: Oficiais: quando somente se consideram os oficiais diretamente envolvidos; Mão de obra direta: quando se acrescentam os ajudantes diretos ao grupo dos oficiais; Mão de obra global: quando o esforço de apoio é acrescido ao da mão de obra direta. Dentro desse contexto, pode-se mensurar a produtividade com diferentes abrangências de mão de obra de produção, como pode ser visualizado na Figura 6. Definem-se, portanto, os seguintes indicadores: RUPoficiais: que se avalia a produtividade dos oficiais; RUPdireta: que se associa à produtividade da mão de obra direta; RUPglobal: que se avalia a produtividade da mão de obra global. 23

24 Figura 6: Diferentes abrangências quanto a mão de obra contemplada Fonte: Souza (2006) 1.3 MÃO DE OBRA NA CONTRUÇÃO CIVIL Souza (1996) define a mão de obra como o mais precioso recurso participante da execução de obras de construção civil, não somente porque representa alta porcentagem do custo, mas principalmente, em função de estar lidando com seres humanos, que detêm uma série de necessidades que deveriam ser supridas. O autor defende, ainda, que a aferição de produtividade torna-se de extrema relevância, pois pode subsidiar políticas para redução de custos e aumento da motivação no trabalho. O desenvolvimento da indústria na construção civil brasileira sempre se realizou frente às políticas econômicas das diferentes épocas, segundo Kurzawa (2006). Souza (1996) argumenta que as diversas alterações ocorridas na composição da mão de obra e na organização do trabalho, nos diferentes períodos, não decorrem única e exclusivamente das características intrínsecas do processo produtivo, mas sim de um conjunto de determinações gerais, estruturalmente geradas, que se refletem historicamente na estrutura e dinâmica do setor. A Tabela 1 ilustra, de maneira simplificada, a formação da mão de obra na construção civil brasileira. 24

25 Tabela 1: Histórico da formação da mão de obra na construção civil Fonte: Araújo (2000) Ainda segundo Araújo (2000), a mão de obra mais qualificada, que se acredita ser mais produtiva, encontra-se em empresas formais que pagam altos encargos sociais e só retém os melhores funcionários constituindo a maioria da massa trabalhadora da construção civil. O perfil da mão de obra da construção civil apresenta-se com predominância masculina, isto se explica pelas características do processo produtivo que se utiliza da força física para a realização das tarefas. Um grande contingente da mão de obra da construção civil 25

26 apresenta baixos índices de qualificação e a sua taxa de escolaridade figura entre os mais baixos do país. Somente com ganhos de produtividade é possível preservar a rentabilidade de uma empresa e, ao mesmo tempo, aumentar o salário do trabalhador (Leal et al. 1996). No entanto, maiores salários pagos a mão de obra não implicarão em aumento de produtividade, mas sim em aumento de custos, podendo muitas vezes inviabilizar empreendimentos, isto se não forem adotadas medidas de gestão eficientes de mão de obra. De acordo com Kurzawa (2006), entender as variações oriundas do relacionamento entre a mão de obra e os serviços a serem executados, buscando uma elevação constante dos índices de produtividade, pode se traduzir em uma importante ferramenta para se alcançar sucesso nos empreendimentos na construção civil. 1.4 CONSUMO DE MATERIAIS Atualmente a construção civil brasileira tem destaque na economia nacional, ela representa 15% do PIB, e emprega diretamente 4 milhões de pessoas, e gera aproximadamente 3 empregos indiretos para cada direto. O consumo de material na ICC chega a valores aproximados de 1000 Kg por metro quadrado de construção. A Construção Civil é uma grande geradora de resíduos, embora a construção informal seja a maior produtora de entulho, a busca de melhoria de uma empresa formal, além de ser importante quanto aos reflexos positivos para a própria empresa, pode incentivar o mercado informal a atuar de mesma maneira mais racional. As informações sobre o consumo ou perdas ou desperdício de materiais devem ser fundamentadas em procedimentos conhecidos, de levantamento e processamento de dados, para serem úteis para a tomada de decisões (SOUZA, 2005). Para Andrade (1999), ter um método de quantificação das perdas possibilita às empresas avaliar maneiras para reduzir o seu índice de perdas, através do controle do consumo de materiais, deixando de considerar a perda como algo inerente à fase da obra. Quanto à essência das perdas, as mesmas podem ser encontradas nas obras de três formas: pode estar aparente (entulho), pode estar incorporada ao produto final, ou pode ser devia a roubos na obra, segundo Andrade (1999). Segundo Souza (2005), perda é toda quantidade de material consumida além da quantidade teoricamente necessária, que é aquela indicada no projeto e seus memoriais, ou demais prescrições do executor, para o produto sendo executado. 26

27 Para Salvador (2012), as perdas físicas podem ocorrer em três diferentes naturezas: furto ou extravio, entulho, e incorporação. Ressalta-se também as perdas segundo sua origem e sua causa, tendo como exemplo no caso do revestimento em argamassa a espessura média elevada do revestimento tendo como origem na fase de concepção a falta de coordenação de projetos assim causando vigas de concreto mais espessas que a alvenaria; outra possível origem na fase de produção seria a falta de treinamento do encarregado quanto aos procedimentos para inspeção do serviço causaria a falta de prumo nas paredes executadas. Pode ser verificar alguns exemplos de perdas na Figura 7. Figura 7 - Exemplos de causas de perdas: a) A escolha de equipamento de transporte inadequado; b) Deficiência no caibramento; c) Alvenaria fora de prumo. Fonte: Souza (2005) Calculando a diferença entre o volume projetado (espessura projetada x área de revestimento) e o volume utilizado na execução dos revestimentos em argamassa (tetos, paredes internas e externas), Carneiro (2003) chegou ao valor de aproximadamente 80% de perdas devido à sobrespessura detectada. Neste mesmo contexto, destacam-se os resultados obtidos no âmbito de pesquisa nacional FINEP/ITQC/PCC (AGOPYAN et al., 1998) cita o fato de a sobrespessura dos revestimentos representarem 81% e 82% dos valores da perda global detectada para o serviço de revestimentos interno e externo, respectivamente. Para Salvador (2012) comparativamente com outras indústrias, a Construção Civil usa muito mais material ao longo de um ano de atividades (por volta de 100 a 200 vezes mais que a Indústria Automobilística). Portanto, qualquer ação visando à maior eficiência no uso dos materiais de construção pode ter reflexos relevantes quanto ao desenvolvimento sustentável no país. 27

28 De acordo com Souza (2005), no que se referem às perdas, diferentes indicadores poderão ser úteis para se avaliar os possíveis cenários, de tal forma que, dois grandes conjuntos de informações proporcionáveis pelos indicadores são: um relativo à mensuração (ou quantificação) das perdas; e outro dizendo respeito às razões (ou explicações) para sua ocorrência, como se pode verificar na Figura 8. Figura 8 - Associação de manifestações de perdas às suas origens. Fonte: Souza (2005) Os indicadores representam informações quantitativas ou qualitativas que medem e avaliam o comportamento de diferentes aspectos do objeto do estudo. Para Souza (2005) Consumo Unitário de Materiais (CUM) é a quantidade de material necessária pra se produzir uma unidade de produto resultante do serviço em que este material está sendo utilizado. 28

29 QM CUM QS Onde: CUM = Consumo unitário de materiais; QM = quantidades de materiais que adentram o processo em estudo; QS = quantidade de serviço. De tal forma, os fatores indutores nascem da análise crítica do serviço em estudo, sendo que os aspectos a serem observados podem ser definidos através de uma sequência de raciocínio, que começa com a definição dos momentos de incidência e de origem das perdas, e é seguida pelo apontamento das possíveis causas para cada momento de incidência e das possíveis origens para cada causa. 1.5 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS Entre os serviços da construção civil, o revestimento argamassado é de fundamental importância, haja vista que, segundo Carneiro (1993), as principais funções do revestimento externo de argamassa referem-se a contribuição para a estanqueidade à ação das águas nas facadas, para o conforto térmico e acústico do ambiente construído, para a segurança aos fogo e para o bom aspecto do envelopamento da edificação. Ao se cumprir satisfatoriamente estas funções, atinge-se o desempenho necessário das argamassas de revestimento externo. O revestimento de argamassa, ou revestimento argamassado, é um serviço onde se pode ter uma grande variação, tanto no consumo de mão de obra, variando de 1,23Hh/m² a 5,13Hh/m², de acordo com estudos de Silva (2002), quanto no consumo de materiais, variando de 3,4Kg/m² a 13,9Kg/m², kilogramas de cimento por metro quadrado de área revestida. Sendo assim quando se consegue obter uma melhoria da gestão deste serviço, estará também se obtendo ganhos financeiros e tempo em execução deste serviço. De acordo com Salvador (2012), o revestimento de argamassa é uma etapa da obra que requer atenção por parte dos gestores já que: nela estão envolvidas grandes quantidades de recursos físicos (material, mão de obra e equipamentos), a forma de ataque a este serviço 29

30 influencia no cronograma da obra, além de ser o cartão de visitas da empresa construtora, por ser um elemento de fácil identificação, mesmo para os clientes que não adentram no canteiro. Segundo Sabbatini e Baía (2000), os revestimentos em argamassa ainda são caracterizados por considerável incidência de falhas e problemas patológicos, desperdícios de materiais, mão de obra, tempo e elevados custos de produção. Problemas estes que são agravados no revestimentos de fachadas, pois geralmente as condições de trabalho são as mais criticas, sob céu aberto e com mínimas condições de segurança. Segundo Salvador (2012) não é papel do revestimento disfarçar imperfeições grosseiras da base, muitas vezes desaprumada e desalinhada devido à falta de cuidado no momento da execução da estrutura e da alvenaria, fazendo com que seja necessário esconder na massa as imperfeições, o que compromete o cumprimento adequado das reais funções do revestimento Propriedades da argamassa A massa unitária é imprescindível na dosagem das argamassas, para a conversão do traço em massa para o traço em volume, que é o comumente empregado na produção das argamassas em obra. Tanto a massa unitária como o teor de ar vai interferir em outras propriedades da argamassa no estado fresco, como a trabalhabilidade, sendo uma argamassa com menor massa específica e maior teor de ar apresenta melhor trabalhabilidade. Segundo Salvador (2012), à medida que cresce o teor de ar, a massa específica relativa diminui. O teor de ar da argamassa pode ser aumentado através dos aditivos incorporadores de ar, porém o aumento excessivo do teor de ar incorporado pode prejudicar a resistência mecânica e a aderência da argamassa. Ainda segundo Salvador (2012), a trabalhabilidade é uma propriedade de avaliação qualitativa, uma argamassa para revestimento é considerada trabalhável quando: Deixa de penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida; Mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser lançada; Distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base; Não endurece rapidamente quando aplicada. 30

31 Além da escolha da argamassa adequada ao tipo de revestimento que se deseja executar, a elaboração do projeto para produção do revestimento de argamassa de fachada é fundamental na garantia da qualidade da execução do produto revestimentos. Segundo Sabbatini (2000) apud Salvador (2012), as origens para a ocorrência dos problemas inerentes ao serviço de revestimento de argamassa de fachada podem estar associadas às fases de projeto, execução e utilização desse revestimento ao longo do tempo. Com relação à fase de projeto, os problemas patológicos podem ocorrer pelo detalhamento insuficiente ou deficiente dos elementos construtivos do revestimento, pela seleção inadequada dos materiais ou das técnicas construtivas, visando apenas diminuir os custos e tempo, não levando em consideração o desempenho do revestimento. Durante a fase de execução, esses problemas podem ocorrer em razão da não conformidade entre o que foi projetado e o executado, das alterações inadequadas das especificações de projeto, da má qualidade dos materiais empregados, das técnicas inadequadas de produção e controle da argamassa e do revestimento, e da mão de obra inadequada. Com relação à fase de utilização, os problemas patológicos podem ser devidos à remodelação e alteração mal estudadas, à degradação dos materiais por má utilização dos usuários, ausência ou insuficiência de manutenção. Todos esses fatores influenciam o desempenho do revestimento de argamassa ao longo da vida útil esperada. Assim, é necessário considerar a definição da argamassa, das espessuras das camadas do revestimento, os detalhes construtivos, os procedimentos de execução e controle do revestimento e a manutenção adequada para minimizar a ocorrência dos problemas patológicos nos revestimento de argamassa Projeto para produção do revestimento de argamassa Segundo Salvador (2012), a elaboração e utilização de um projeto de revestimento de argamassa são imprescindíveis para o melhor desempenho do revestimento, resultando em aumento de qualidade e produtividade, redução de falhas, desperdícios e custos. Conforme Sabbatini e Baía (2000), o projeto de revestimento de argamassa deve apresentar informações relativas às características do revestimento e sua forma de produção e aplicação. Abrangente mente, esse projeto deve certas definições, como por exemplo: Tipo de revestimento (números de camadas); Tipo de argamassa; Espessura das camadas; 31

32 Detalhes arquitetônicos e construtivos; Técnicas mais adequadas para a execução; Padrão de qualidade dos serviços. Tais definições devem ser satisfeitas em parâmetros tecnológicos, considerando as exigências do revestimento diante das diferentes condições de exposição. As definições de dosagem da argamassa são feitas para serem preparadas no próprio canteiro de obra. Já no caso de argamassas industrializadas, a composição e dosagem da argamassa é estabelecida pelo fabricante, sendo necessário avaliar as suas propriedades e aplicações antes de seu emprego. A argamassa dosada no canteiro de obras é composta, normalmente, por cimento, cal, areia, aditivos ou adições e água. Cada um desses materiais apresenta características próprias que interferem nas propriedades da argamassa e do revestimento, devendo ser considerada no momento de definição da argamassa, de maneira a facilitar o entendimento, pode-se visualizar o fluxograma da metodologia de dosagem da argamassa na figura 7. Figura 9: Metodologia de dosagem de argamassa Fonte: Sabbatini e Baía (2000). 32

33 Segundo a norma técnica NBR (1996), a espessura admissível de revestimentos de argamassa em paredes externas é de 20 a 30 mm. Quando houver a necessidade de empregar revestimento com espessura superior, devem tomados alguns cuidados especiais de forma a garantir a aderência do revestimento, como indicado na NBR7200 (1998). Sempre que a fiscalização julgar necessário, devem ser realizados ou solicitados a laboratório especializado a execução de pelo menos seis ensaios de resistência de aderência à tração, conforme NBR 13528, em pontos escolhidos aleatoriamente, a cada 100m² ou menos da área suspeita. Quanto a planeza, as ondulações não devem superar 3 mm em relação a uma régua com 2 m de comprimento. As irregularidades abruptas não devem superar 2 mm em relação a uma régua com 20 cm de comprimento Técnica executiva do revestimento de argamassa Segundo a norma técnica NBR 7200 que trata da execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas Procedimentos (ABNT, 1998), as etapas gerais da execução do revestimento de argamassa são: a preparação da base; a definição do plano de revestimento; a aplicação da argamassa; o acabamento das camadas e a execução dos detalhes construtivos. Segundo Salvador (2012), a preparação da base envolve um conjunto de atividades que visam adequar a base ao recebimento da argamassa. Essas atividades são relativas à limpeza da estrutura e da alvenaria, à eliminação das irregularidades superficiais, á remoção das incrustações metálicas e ao preenchimento de furos, pois é necessário que elas estejam adequadas para receber o revestimento. O chapiscamento da base também deve ser realizado nesta etapa. As superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de qualquer revestimento ser aplicado. Molhando a parede, executa-se a limpeza, permitindo as melhores condições de fixação do revestimento, com a remoção do limo, fuligem, poeira, óleo etc., que podem acarretar o desprendimento futuro da argamassa. As superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados, serão previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das alvenarias. De acordo com Salvador (2012), o chapisco serve para regularizar a absorção da base e melhorar a aderência. A argamassa de chapisco deve ser aplicada com uma consistência fluida, assegurando maior facilidade de penetração da pasta de cimento na base a ser revestida e melhorando a aderência na interface revestimento-base. O chapisco deve ser aplicado por 33

34 lançamento, com o cuidado de não cobrir completamente a base. Aditivos que melhorem a aderência podem ser adicionados ao chapisco, desde que compatíveis com os aglomerantes empregados na confecção da argamassa de revestimento e com os materiais da base. Para seu emprego, devem ser seguidas as recomendações técnicas do produto, comprovadas através de ensaios de laboratórios credenciados pelo INMETRO. Estando o chapisco executado (Figura 10), o taliscamento é a próxima etapa, este dará a definição da espessura do revestimento, consistindo na fixação de cacos cerâmicos ou pequenos pedaços de madeira, com a mesma argamassa utilizada para o revestimento, em pontos específicos e respeitando a espessura definida. Figura 10: Chapisco Executado Fonte: Próprio Autor (2013) Com o taliscamento executado (Figura 11), e firme, se dá a execução das mestras (Figura 12), preenche-se o espaço entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do 34

35 emboço e estando a massa firme com o uso de uma régua de alumínio (desempenadeira), apruma-se as mestras que servirão de guia para a execução do revestimento. Através desses elementos, fica delimitada uma região onde será aplicada a argamassa. Sobre as mestras, a régua metálica é apoiada para a realização do sarrafeamento. Figura 11: Execução do Taliscamento. Fonte: Próprio Autor (2013) 35

36 Figura 12: Execução das mestras. Fonte: Próprio Autor (2013) Depois de consolidados as mestras (mínimo 2 dias), executa-se o preenchimento dos vãos entre as mestras com argamassa de revestimento em porções chapadas cuidando para que fique um excesso em relação ao plano das mestras (Figura 13). No caso da espessura do revestimento ficar maior que 2 a 3 cm, executar em camadas menores em intervalos de no mínimo 16 horas. As chapadas deverão ser comprimidas com colher de pedreiro num primeiro espalhamento, tomando o cuidado de recolher o excesso de argamassa depositado sobre o piso antes que endureçam. 36

37 Figura 13: Preenchimento dos vãos entre as mestras. Fonte: Próprio Autor (2013) Segundo Salvador (2012), depois de aplicada a argamassa, segue a atividade de sarrafeamento (Figura 14), que consiste no aplainamento da superfície revestida, utilizando-se uma régua de alumínio apoiada nos referenciais de espessura, descrevendo um movimento de vaivém de baixo para cima. É importante lembrar que essa atividade ocorre quando a argamassa atinge o ponto de sarrafeamento. Concluída essa etapa, as taliscas devem ser retiradas e os espaços deixados preenchidos. Após tempo adequado, é feito o desempeno e o camurçamento. 37

38 Figura 14: Sarrafeamento de parede. Fonte: Próprio Autor (2013) O desempeno consiste na movimentação circular de uma ferramenta, denominada desempenadeira, sobre a superfície da massa única, imprimindo-se certa pressão. Esta operação pode exigir aspersão de água sobre a superfície (Figura 15). Figura 15: Execução do desenpeno. Fonte: Próprio Autor (2013). 38

39 Dependendo do acabamento desejado pode-se executar o desempeno da superfície com desempenadeira de mão adequada para cada caso (madeira, aço ou feltro). Se a parede for receber revestimento cerâmico, basta um leve desempeno com desempenadeira de madeira, cuidando para não deixar incrustações nos cantos e no piso próximo ao rodapé. O camurçamento consiste na fricção da superfície do revestimento com um pedaço de esponja ou com uma desempenadeira com espuma, através de movimentos circulares. Esta etapa é importante por proporcionar uma textura mais lisa e regular para as superfícies, facilitando a execução do revestimento final de textura acrílica em uma única demão. Após o término destas etapas, tem-se a etapa da execução dos detalhes construtivos, ou seja, execução de juntas de trabalho, quinas e cantos, peitoris, pingadeiras, e o reforço com tela. Estas etapas podem ser executadas junto com a execução do revestimento ou logo após seu desempeno. 39

40 2 METODOLOGIA Segundo Vergara (2003) apud Dantas (2011), a pesquisa metodológica é o estudo que se refere aos instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está, portanto, associada aos caminhos, formas, maneiras, procedimentos para atingir determinado fim. Toda elaboração de instrumentos de coleta interfere diretamente nos resultados, portanto este capítulo é dedicado a apresentação deste método de coleta e processamento de dados inerentes à obtenção dos indicadores de produtividade na execução de revestimento de argamassa. 2.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA O presente trabalho teve como finalidade diagnosticar os índices e níveis de produtividade de mão de obra e consumo de materiais na execução de revestimentos argamassados, partindo de mensurações e observações in loco em um canteiro de obra localizado na cidade de Ijuí/RS. Em relação a sua abordagem, o estudo é do tipo bibliográfico, uma vez que foi realizada uma revisão literária sobre o tema. Também se caracteriza como qualitativa e quantitativa. É quantitativa, pois foram coletados dados de produtividade de mão de obra e consumo de materiais. Além disso, os resultados obtidos foram analisados qualitativamente conforme a teoria e as tabelas padrões de órgãos públicos. A análise qualitativa investigou quais os fatores que mais influenciam no índice de produtividade obtido. O estudo desenvolvido neste trabalho foi relacionado ao revestimento argamassado de paredes internas, embutindo o serviço de taliscamento a desempeno. Portanto nos resultados de produtividade deste trabalho estão embutidos o tempo de execução das taliscas, execução de mestras, enchimento de paredes, sarrafeamento e desempeno. Assim foi acompanhado o serviço de revestimento de argamassa interno, gerando indicadores de produtividade e de consumos de materiais, bem como seus fatores influenciadores. Com estes indicadores foi possível fazer uma análise, comparando os valores coletados com os de indicadores oriundos do manual orçamentário TCPO e de outros estudos de caso já realizados na área de revestimentos argamassados. Após avaliação e comparação dos valores e seus fatores influenciadores, geraram-se dados reais de razão unitária de produção (RUP) e consumo unitário dos materiais (CUM), tendo como benefícios uma previsão de duração dos serviços mais próxima da real, e o desenvolvimento ou 40

41 aperfeiçoamento dos métodos construtivos, com um consumo mais consciente de materiais. Para que os objetivos deste trabalho fossem alcançados, a pesquisa foi realizada de acordo com as etapas metodológicas mostradas na figura 16. Figura 16: Fluxograma Fonte: Próprio Autor (2013) Abaixo estão detalhadas as atividades realizadas em cada etapa metodológica: a. Revisão bibliográfica sobre os temas produtividade da mão de obra e consumo de materiais e, revestimento de argamassa; b. Entendimento do contexto da empresa e da obra: Esta etapa compreende as características da empresa construtora e da obra onde o estudo foi realizado, como equipe de oficiais, estoque e transporte de materiais e condições de serviço; c. Entendimento da execução detalhada do serviço de revestimento de argamassa interno realizado na obra; d. Elaboração dos instrumentos de coleta de dados: Foram elaboradas planilhas padronizadas para a coleta das informações em obra, tanto de produtividade da mão de obra, quanto do consumo de materiais; 41

42 e. Coleta de dados (produtividade da mão de obra e consumo de materiais): Através de coletas diárias realizadas no próprio canteiro de obras e com o auxílio das planilhas de coleta, fez-se o levantamento das informações necessárias para o cálculo dos indicadores pertinentes e também aos seus fatores influenciadores, tanto de produtividade, quanto de consumo de materiais; f. Análise dos dados: Fundamenta-se em relacionar os valores dos indicadores encontrados com dados do mercado e de manuais de orçamentação; 2.2 AMBIENTE DA PESQUISA O estudo de caso foi realizado em um edifício residencial multifamiliar, com área total de 5.666,79m², localizado na Rua Goiás, Esquina com a Travessa Bahía, nº369, Bairro Assis Brasil, Município de Ijuí Rio Grande do Sul (Figura 17). Figura 17 : Obra em estudo Fonte: Construtora (2013) 42

43 O empreendimento está sendo executado por uma construtora regional de pequeno porte da cidade de Ijuí Rio Grande do Sul. A empresa não terá o nome revelado, foi fundada em A obra está com 1 ano e 8 meses de execução, sendo executados dois pavimentos garagem em concreto armado, com blocos de concreto de vedação, e oito pavimentos tipo com o uso de blocos cerâmicos estruturais, totalizando 10 pavimentos (Figura 18). Figura 18: Obra em andamento Fonte: Próprio Autor (2013) Para estudo de caso foi selecionado o serviço de revestimento argamassado interno, o qual foi acompanhada a execução no 10º Pavimento do edifício. O 10º pavimento do edifício em estudo tem uma área total de 497,22m², dividida em 8 apartamentos, sendo dois apartamentos com um dormitório, cinco apartamentos com dois dormitórios e um apartamento com três dormitórios, cuja planta poderá ser melhor observada no anexo A. Os revestimentos internos e externos estão sendo executados com argamassa preparada na obra, com traços estipulados pelos responsáveis técnicos da construtora. 43

44 2.3 PLANO DE COLETA DE DADOS Para a obtenção dos dados de acordo com planejamento de coleta é importante conhecer bem o projeto a ser executado, bem como a forma de organização da mão-de-obra executora. A coleta de dados para a realização deste estudo compreendeu várias atividades distintas que estão descritas a seguir Instrumentos de coleta de dados As informações para a realização deste trabalho foram coletadas a partir da constituição de uma investigação bibliográfica associada a uma pesquisa de campo. Para a elaboração deste trabalho, foi essencial o auxilio dos software de planilhas eletrônicas Microsoft Excel, o qual foi útil para a elaboração de tabelas para coleta e posterior análise de produtividade e consumo de materiais no revestimento argamassado.também foi utilizado o Software AutoCad para a extração de dados do projeto analisado. Inicialmente foram elaboradas diversas planilhas eletrônicas no software Excel, planilhas estas que visavam a coleta de dados de homens-hora, quantidade de serviço e quantidade de material durante o dia de trabalho. Após sucinta análise destas planilhas, foi escolhida a que melhor se adaptava à realidade da obra, planilha está que esta no Anexo B deste trabalho. Esta planilha foi utilizada para coletas diárias, sendo necessária a compilação diária destes dados em uma planilha eletrônica que gerou mais informações, sendo esta o anexo C. A tabela 2 que é parte da planilha eletrônica usada para compilação de dados, tem como primeira parte a identificação da obra, onde foi preenchido o nome da obra, local, a data, condições climáticas e o período do dia em que foi feita a coleta de dados. Tabela 2: Instrumento de coleta de dados parte 1 Fonte: Próprio Autor (2013) 44

45 Já na tabela 3 tem-se a distribuição diária das tarefas. Nesta tabela foi preenchido o nome e a função de cada colaborador envolvido na tarefa, e quanto tempo este colaborador ficou envolvido na realização da tarefa, descontando-se seus períodos diários de descanso em ambos os turnos e seu intervalo para almoço. Está anotado o nome de betoneira, onde nesta linha está contida a informação de tempo no qual a equipe indireta envolvida no processo tem o seu tempo somado aos demais. A soma de todos os Hh envolvidos na atividade de revestimento argamassado é a base para o calculo das RUP s deste trabalho. Tabela 3: Instrumento de coleta de dados parte 2 Fonte: Próprio Autor (2013) Na tabela 5, foi preenchido o nome das paredes que foram revestidas durante o dia de serviço, quantos m² de revestimento foram executados e quantos carrinhos de argamassa foram utilizados para a execução do serviço durante o referido dia, os demais itens foram gerados automaticamente a partir dos dados mostrados na tabela 3 e de dados inseridos nesta tabela. Identificou-se que cada betoneira rendia 4 carros de argamassa, então foi calculado o peso de material por betoneira e se chegou a um peso de argamassa por carrinho, o qual era facilmente controlado no local da execução do serviço. Tabela 4: Instrumento de coleta de dados parte 3 Fonte: Próprio Autor (2013) 45

46 Na planilha ainda foi criado um campo para anotações diárias, onde foram anotados possíveis atrasos na obra, se alguém parou de trabalhar durante algum período, ou seja, foram efetuadas todas as anotações de eventos anormais na obra, tabela 5. Tabela 5: Instrumento de coleta de dados parte 4 Fonte: Próprio Autor (2013) Levantamento das quantidades de revestimento argamassado A apropriação das saídas (serviço realizado) foi desenvolvida através de metros quadrados de revestimento argamassado líquido executado. Revestimento argamassado líquido compreende as áreas de revestimento executados, descontados os vãos de aberturas e possíveis vãos de condicionadores de ar. A quantificação foi realizada parede a parede, em m², através de medidas feitas in loco e com o auxilio de planilhas eletrônicas e software AutoCAD, de acordo com a produção diária ao término das jornadas de trabalho da equipe de revestimentos. Para a realização desta atividade foram utilizados projetos plotados e em arquivos digitais. Após o levantamento da quantidade de revestimento produzido durante o dia, marcava-se quais as paredes foram executados durante a jornada de trabalho e quantos m² de paredes foram revestidos Coletas de informações e observações in loco Durante a realização do estudo de caso foram coletadas informações no canteiro de obra sobre a execução das atividades em revestimentos argamassados, também foram feitas observações in loco dos serviços que foram realizados, com o intuito de se entender seu funcionamento e a maneira como estes foram distribuídos. As observações in loco foram extremamente importantes para que se pudesse fazer uma posterior análise de possíveis fatores que alteraram a rotina e a produtividade da obra em estudo. Com tais observações foi possível apontar melhorias no processo de execução de revestimentos argamassados. 46

47 2.3.4 Coletas de dados de homens-hora Segundo Araújo (2000) obtém-se o numero de homens-hora, relativos a um determinado dia de trabalho, somando-se as horas trabalhadas por cada membro da equipe. Deve se considerar, então, como horas trabalháveis o tempo em que o funcionário esteve disponível no canteiro de obras para a execução de determinada atividade. Portanto, com relação às equipes de produção devem-se distinguir dois grupos, como descrito a seguir para o calculo das RUP s do objeto em estudo. - Equipe de produção direta: Nesta equipe incluiram-se os funcionários envolvidos na produção do serviço e apoio nas proximidades da execução. - Equipe de produção indireta: Nesta equipe foram englobados os funcionários envolvidos em tarefas auxiliares à produção mais distantes do local de execução dos serviços, onde as saídas se materializavam. A figura 19 exemplifica a divisão entre as equipes de trabalho em um caso genérico relativo à produção do serviço de revestimento argamassado, Figura 19: Exemplo de apropriação de homens-hora Fonte: Librais (2001) 47

48 Para a coleta de dados de homens-hora trabalhados foi utilizada uma planilha eletrônica, onde consta a tabela 3, a qual tem a função de coletar os dados que dizem respeito a permanência diária que o colaborador esteve disponível para a atividade durante o dia. Neste somatório foram descontados os intervalos diários para descanso nos dois turnos do dia, também foram descontados eventuais intervalos individuais que o colaborador fez durante a jornada de trabalho. Com os dados de Hh trabalhados diariamente foi possível realizar o cálculo de várias RUP s, as quais podem ser comparadas a de outros autores que já publicaram artigos técnicos sobre produtividade de revestimento argamassado Tratamento dos dados As informações foram tratadas de forma quantitativa e qualitativa, analisando e interpretando os dados obtidos. Na interpretação do mesmo, foram realizadas comparações entre a teoria e a prática no processo produtivo, além de comparações entre os resultados obtidos e aqueles indicados como satisfatórios pela literatura estudada. 48

49 3 ANÁLISE DOS RESULTADOS Este capítulo está dividido em duas partes, a primeira que traz a análise da produtividade da mão de obra e, a segunda parte, a análise do consumo de materiais. Ao final de ambas tem-se comparação com dados da bibliografia. 3.1 ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA NO REVESTIMENTO ARGAMASSADO INTERNO Durante o período de 28 de Agosto a 04 de Outubro, acompanhou-se a equipe responsável pelo revestimento argamassado interno do empreendimento em estudo, sendo este período equivalente a 22 dias de trabalho. Foi acompanhado o revestimento argamassado do 10º pavimento da edificação (Figura 20), embora esta mesma equipe fosse a responsável pelo revestimento dos demais pavimentos. A equipe realizou o revestimento em todos os apartamentos do pavimento, porém no período de análise os apartamentos 01 e 02 já haviam sido rebocados, isto foi realizado quando a equipe ainda estava realizando os trabalhos no 5º pavimento, para que a equipe de revestimento externo pudesse iniciar seus trabalhos. Figura 20: Pavimento tipo Fonte: Próprio Autor (2013) 49

50 A equipe era constituída por dois pedreiros (oficiais) e dois serventes (ajudantes), a argamassa era produzida na central de argamassa localizada no pavimento térreo da construção. Os pedreiros executavam o serviço de revestimento argamassado interno, enquanto os serventes faziam o transporte interno de argamassa do elevador de carga até o local da execução do revestimento, assim como o transporte das ferramentas necessárias à execução do serviço. Na área de produção de argamassa, que estava situada no pavimento térreo da edificação, havia uma betoneira, que estava sendo utilizada para a produção de argamassa de revestimento interno e externo, ambas com o mesmo traço. Neste ambiente a argamassa de revestimento era produzida por um pedreiro responsável e um ajudante, sendo estes a equipe indireta do serviço de revestimento argamassado (equipe era distinta da equipe direta). Inicialmente foi calculada a RUP diária oficial, que é aquela obtida com base na avaliação diária da produtividade da mão de obra apenas dos pedreiros (oficiais). Assim é que, ao final de cada dia de execução do serviço, se avaliaria os homens-hora utilizados e a quantidade de serviço produzida. A Figura 21 ilustra a variação da RUP diária a cada dia de trabalho no acompanhamento do serviço da equipe oficial de produção. Note-se que, mantido o conteúdo de um serviço, tal variação seria devida a variações quanto ao contexto e à presença de anormalidades. 0,60 Figura 21: Variação da RUP diária oficial (Hh/m²) 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0, DIA RUP Diária (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) 50

51 Após o calculo da RUP diária oficial, foi calculada a RUP cumulativa oficial, a cada dia, a partir do acúmulo das quantidades de homens-hora e de serviço desde o primeiro dia de trabalho. Portanto, representa a eficiência acumulada ao longo de todo o período de execução do serviço, contemplando os melhores dias, assim como aqueles não tão bons. A Figura 22 ilustra a variação da RUP cumulativa ao longo de todos os dias de coleta. Nota-se que ocorre uma clara atenuação das variações diárias da RUP, fruto do acúmulo de eficiências ao longo de um período maior que o relativo a apenas um dia. Figura 22: Variação da RUP cumulativa oficial (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) De posse da RUP cumulativa oficial calculou-se a RUP potencial oficial, a qual para Dantas (2011) não está associada a cada dia de trabalho. Ela indica uma produtividade potencialmente alcançável desde que seja mantido um determinado conteúdo de trabalho. Ela é obtida matematicamente calculando-se a mediana entre os valores de RUP diárias inferiores ao valor da RUP cumulativa para o final do período de estudo. A equipe de trabalho teve uma RUP potencial oficial de 0,21 Hh/m². A tabela 6 demonstra todos os valores que deram origem aos dados de RUP diária, cumulativa e potencial para a equipe em estudo. É importante ressaltar que os valores expressos na tabela a seguir são valores para cálculo de RUP Oficial, ou seja, só estão mensurados o tempo de trabalho dos pedreiros, desprezando-se o tempo de trabalho dos serventes e da equipe indireta. 51

52 Tabela 6: Resumo de resultados para RUP Oficial Fonte: Próprio Autor (2013) Com a finalidade de auxiliar no processo de avaliação de gestão do serviço de revestimento argamassado interno, foi elaborado o gráfico da Figura 23, o qual traz a RUP diária, cumulativa e potencial da equipe em análise para RUPs Oficiais. Figura 23: RUP s Oficiais (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) 52

53 De forma análoga, as RUPs oficiais, foram calculadas as RUPs direta e global, com a finalidade de posterior comparação com outras pesquisas que venham a ser desenvolvidas na análise de produtividade de mão de obra em revestimentos argamassados. As figuras 24, 25 e 26 e a tabela 7 trazem todos os resultados obtidos para a RUP direta, a qual mensura toda a contribuição diária dos colaboradores envolvidos diretamente com a execução da tarefa. Que neste caso mensura a contribuição dos dois pedreiros e dos dois serventes. Da mesma forma que a RUP diária oficial, foi calculada a RUP diária direta, a qual engloba apenas a equipe direta. Figura 24: Variação da RUP diária direta (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) 53

54 Figura 25: Variação da RUP cumulativa direta (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) Tabela 7: Resumo de resultados para RUP Direta Fonte: Próprio Autor (2013) 54

55 Figura 26: RUPs Direta (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) Da mesma forma que as RUPs diretas, são apresentados os valores das RUPs global nas figuras 27, 28 e 29 e um resumo na tabela 8. A RUP global analisa todo o trabalho realizado para a execução da atividade, desde a equipe indireta que faz a argamassa até o pedreiro que executa o serviço, ou seja esta RUP engloba a mão de obra direta e indireta, a seguir apresenta-se os resultados. Figura 27: Variação da RUP diária global (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) 55

56 Figura 28: Variação da RUP cumulativa global (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) Tabela 8: Resumo de resultados para RUP global Fonte: Próprio Autor (2013) 56

57 Figura 29: RUPs Global (Hh/m²) Fonte: Próprio Autor (2013) Ao se observar a figura 21 e a tabela 6, nota-se que o primeiro dia de trabalho é o dia com menor rendimento, com 0,56 Hh/m². Isto se deve ao fato de que não foram realizados serviços no pavimento durante o período da manhã, e no turno da tarde apenas um pedreiro e um servente realizaram o taliscamento de um apartamento, isto gerou uma baixa produtividade diária. O terceiro dia foi marcado por uma pequena produtividade; neste dia foi executado o revestimento argamassado em apenas 17,345m² de parede, fato este devido ao elevador de carga, que as 9:00 horas da manhã parou de funcionar, ficando assim até o final do dia, porém como neste trabalho foram contempladas apenas as horas de real trabalho, a RUP não teve grande variação, fechando em 0,21 Hh/m². No quarto dia foi medido o esquadro do apartamento que seria rebocado na semana, e feito todo o taliscamento dele. A equipe sofreu alterações, houve uma troca de serventes, como o elevador estava transportando argamassa para o reboco interno e para o reboco externo, ele não vencia a demanda, deixando por muitas vezes a equipe parada na obra, estes fatos contribuíram para que no dia 02 de setembro, o quarto dia de pesquisa tivesse uma RUP diária oficial de 0,38 Hh/m². O sexto dia foi marcado por uma grande produtividade, tendo sido executados 62,48m² de revestimento argamassado, mesmo com o problema reincidente do elevador que não venceu a demanda nas primeiras horas do dia, obteve-se uma RUP diária oficial de 0,22Hh/m². 57

58 Com uma RUP de 0,46Hh/m², o sétimo dia foi um dos com menor rendimento, fato este atribuído a desentendimentos entre os pedreiros, pois há metas a serem cumpridas mensalmente, e todo o excedente da meta é revertido em valores para a equipe, porém um dos pedreiros estava com o rendimento muito abaixo do outro, por isso houve um pequeno desentendimento na obra, fato este que contribuiu diretamente na RUP diária. O oitavo dia foi marcado como um dos melhores da pesquisa, com uma RUP de 0,20Hh/m², atribui-se este fato por ser uma sexta-feira, dia de pagamento dos funcionários, isso gerou uma motivação à equipe, resultando assim em um ótimo rendimento. Neste dia foi executado o revestimento argamassado em 59,20m² de parede. Com uma RUP de 0,40Hh/m², o décimo primeiro dia também foi marcado por baixa produtividade, fato este que foi agravado devido a nenhum dos serventes ter ido trabalhar no turno da tarde por motivos pessoais, e houve o reincidente problema do elevador de carga, que não venceu a demanda nas primeiras duas horas da manhã, devido a grande demanda de argamassa para o reboco interno e externo. O décimo terceiro dia foi um dia de baixa produtividade, teve uma RUP de 0,41Hh/m², apenas um pedreiro e um servente trabalharam durante o período da manhã. No total foram revestidos apenas 7,38m² de parede, sendo este dia uma das piores produtividades. O vigésimo dia foi um dos mais produtivos e com uma das menores RUP, sendo esta de 0,20Hh/m². Neste dia o revestimento teve uma espessura reduzida, ficando na média em 15mm, sendo rebocadas 77,65m² de paredes. Já no vigésimo primeiro dia houve uma queda na produtividade, tendo uma RUP de 0,45Hh/m² e revestindo no total apenas 19,72m² de paredes, fato este atribuído a utilização da equipe responsável pelo revestimento argamassado para realização de chapisco em determinadas dependências do pavimento que a equipe de chapisco não executou. Portanto, como justificativa desses valores discrepantes, tem-se como principais fatores influenciadores o fato de haver muita variação de regularidade de serviço, pois foi observado alto índice de absenteísmo e falta de uma regularidade de equipe, pouca capacidade de produção de argamassa da equipe responsável, o elevador que muitas vezes não venceu a demanda de transporte vertical, deixando assim as equipes paradas na obra dependendo de argamassa para dar continuidade ao processo. A alta produtividade desta equipe deve-se ao fator aprendizagem, pois esta mesma equipe fez o revestimento argamassado interno de todos os andares inferiores, e a grande experiência da equipe foi um fator que é importante ressaltar. Quanto mais produtividade a equipe apresentar, mais os membros dela ganham, a empresa trabalha com metas, tendo 58

59 atingido estas metas, o excedente é revertido em valores e acrescentado ao salário dos funcionário envolvidos na atividade. Para melhor visualizar os dados constatados e realizar uma análise comparativa mais aguçada, foram criadas faixas de variação de produtividade, baseadas na Tabela de Composições de Preços para Orçamentos (TCPO), as quais pode ser visualizadas na figura 30. Figura 30: Produtividade dos oficiais em revestimento argamassado Fonte: TCPO (2010) Como mostra a tabela 6, a RUP média da equipe em estudo é de 0,31 Hh/m², abaixo de todos os limites estabelecidos pela TCPO, isto mostra que a equipe em estudo esta muito mais produtiva do que a média das analisadas pela TCPO. No presente estudo, foi calculada, também, a RUP potencial, esta não se associa a cada dia de trabalho, mas, é aquela que representa uma produtividade potencialmente alcançável desde que mantido certo conteúdo de trabalho e que não se tenha problemas quanto à gestão do mesmo.(souza, 2006) Matematicamente é obtida através do cálculo da mediana dos valores de RUP diária inferiores ao valor da RUP cumulativa para o final do período de estudo sendo essa RUP potencial oficial de0,41hh/m². A pesquisa de Julian Salvador (2012) chegou a uma RUP potencial oficial de 0,54Hh/m² com a equipe mais produtiva, isso mostra que a equipe da obra em questão está mais produtiva que aquela pesquisada por Salvador. 3.2 ANÁLISE DO CONSUMO DE MATERIAIS DO REVESTIMENTO ARGAMASSADO INTERNO Todos os dados para o cálculo do CUM foram coletados juntamente com os dados para o calculo da RUP. Estes dados foram coletados através da planilha elaborada com o auxilio do software Excel, (Anexo B) e posteriormente compilados na planilha do Anexo C. Nas planilhas foram registrados diariamente o número de carrinhos de argamassa que chegavam até o local da execução do revestimento. Sabendo-se que em uma betonada eram consumidos 28,02 Kg de cimento e que a cada betonada eram gerados 4 carrinhos de 59

60 argamassa, conseguiu-se chegar facilmente a uma quantidade de cimento consumido por m² de reboco executado. É importante salientar que esta análise não contemplou apenas o consumo em Kg de cimento por m², mas também o consumo de argamassa por m². Para avaliar a área efetiva de revestimento argamassado, o pesquisador fez o levantamento diário com o auxílio de uma trena métrica, e achurouva em uma planta do pavimento as paredes que foram revestidas. Posteriormente lançou-se os dados no software AutoCad, no qual foi calculada a área bruta revestida. Para se obter as áreas líquidas foram subtraídos os vãos de aberturas da área bruta. É importante salientar que nesta análise não foram contabilizadas perdas de argamassa, pois, a massa que caia na laje ao se reguar as paredes, era batida novamente no local e utilizada para o enchimento de paredes, portanto não houve perdas significativas de material. Foi feita a análise de consumo de cimento por metragem revestida pois o cimento é o material mais relevante em termos de custo de composição do custo do revestimento argamassado interno. Neste empreendimento não existia projeto especifico de revestimento argamassado interno, apenas uma faixa de variação aceitável deste revestimento dentro das normas técnicas internas da empresa; as quais previam uma faixa aceitável de espessuras de 1,50 a 4 cm para o revestimento interno em argamassa. No local de dosagem de materiais havia um quadro visível e explicativo do traço de argamassa confeccionado, assim como equipamentos para o auxílio de medidas de materiais (padiolas). Também havia um pedreiro responsável pelo traço da argamassa. Com base nos dados coletados através de planilhas eletrônicas, foi elaborado um resumo de resultados, tanto para Kg(arg)/m² quanto para Kg(ci)/m². Na tabela 9, a seguir, tem-se os valores de CUM diários para argamassa por m². 60

61 Tabela 9: Resumo de resultados CUM (argamassa) Fonte: Próprio Autor (2013) Para que pudesse ser comparado com outras bibliografias, foi feito o CUM para cimento por m², que é demonstrado na tabela

62 Tabela 10: Resumo de resultados CUM (cimento) Fonte: Próprio Autor (2013) Além da tabela, para um melhor entendimento, construiu-se o gráfico com o consumo unitário de materiais (cimento) coletado diariamente, dentro de uma faixa de variação de acordo com a bibliografia de Souza (2000), o qual pode ser visualizado na figura

63 Figura 31: Gráfico CUM Diário (cimento) Fonte: Próprio Autor (2013) A partir da análise do gráfico da figura 30, cujos dados de coleta foram comparados com a bibliografia de Souza, (2000), constata-se de que o CUM, expressado em Kg de cimento/m² da equipe não teve grande variação ao longo do período de estudo, porém nota-se que houve um baixo consumo de cimento/m². Pode se atribuir isto ao fato de que as paredes do empreendimento eram de alvenaria cerâmica estrutural, exigindo poucas espessuras de argamassa para cobrimento de eventuais falhas de prumo, tendo rigoroso controle no levantamento das alvenarias. O sétimo dia foi marcado por baixo consumo de cimento, chegando a 2,31 Kg/m², sendo este um dos melhores dias em termos de custos para o contratante, tendo um baixo consumo de material e uma boa produtividade. O oitavo dia foi aquele com maior CUM, chegando a 5,19 Kg de cimento/m². Este fato pode ter sido agravado por ser executado o revestimento em uma parede onde foi necessário aplicar uma espessura maior de reboco, ficando com 40mm na média. O vigésimo dia foi um dia com CUM abaixo do normal, tendo um resultado de 1,93Kg/m², resultado compreendido, pois no vigésimo dia foi executado revestimento com pouco espessura, na média em 13mm. Durante o restante dos dias de coleta de dados, o consumo de material encontrava-se dentro da faixa aceitável, sem situações alarmantes em que se julgou necessário ressaltar neste trabalho. 63

64 Se comparadas as faixas de consumo de argamassa citadas por Souza (2000), é constatado que o CUM mediano de cimento é muito próximo ao mínimo indicado pela bibliografia, o que é muito satisfatório, haja visto que a equipe apresenta excelentes níveis de produtividade, não abrindo mão de qualidade de serviço. Também é importante salientar que no contexto desperdício, não houve, pois toda argamassa que caia durante o processo era reutilizada no mesmo. Salvador elaborou uma pesquisa semelhante no município de Florianópolis, na oportunidade ele fez a pesquisa em revestimento argamassado externo, ou de fachada, e obteve os resultados apresentados na figura 32 em KgCimento/m². Figura 32: Faixas de variação e consumo de materiais em Florianópolis Fonte: Salvador (2012) Nota-se que foram pesquisado duas equipes distintas; então para fins de comparação foram utilizados os valores da equipe A, tendo como valor Min:3,45Kg/m², Méd:7,62Kg/m² e Máx:24,04Kg/m². O gráfico da Figura 33 apresenta a CUM diária obtida na pesquisa e os limites obtidos por Salvador (2012). 64

65 Figura 33: Gráfico CUM diário II (cimento) Fonte: Próprio Autor (2013) Nota-se que a maioria dos valores de CUM diários ficaram entre a CUM mediana e a CUM mínima da pesquisa de Salvador (2012), portanto a equipe de Ijuí mostra-se mais econômica do ponto de vista financeiro, contudo, alguns fatores não estão sendo comparados, como o método aplicado, condições de trabalho, fator aprendizagem e ferramentas. Para que se fosse possível comparar os resultados da pesquisa com os valores indicados pela tabela orçamentária TCPO, foi necessário o ajuste de valores de ambos os resultados. Como mostra a figura 34, retirada da TCPO, o consumo unitário de argamassa é expresso em l/m², tendo em vista que os resultados deste trabalho foram expressados em Kg/m², foi feito o ajuste dos valores da TCPO. Figura 34: Consumo unitário de argamassa (litros/m² revestido) Fonte: TCPO (2010) Considerando que o peso específico da argamassa com cimento/cal/areia seja de 1900Kg/m³ foi feito o ajuste, ficando valor Mín= 13,87Kg/m², Máx=112,67Kg/m² e Med=41,61Kg/m². A figura 35 mostra os dados de coleta diárias de consumo de argamassa na 65

66 obra em estudo, e os limites dos valores estipulados pela TCPO para consumo de argamassa/m². Figura 35: Gráfico CUM diário (argamassa) Fonte: Próprio Autor (2013) Para a CUM de argamassa, tem-se o valor de CUM mediano em 38,85Kg/m², o que mostra que a equipe da obra em estudo tem uma média abaixo da média da TCPO que é de 41,61Kg/m², oque é muito satisfatório, CUM Mín: 21,01 Kg/m², onde o estipulado pela TCPO é de 13,87Kg/m² e CUM Máx de 55,23Kg/m², para o qual a TCPO indica 112,67Kg/m². Sendo assim, os resultados obtidos durante a realização da pesquisa são satisfatórios, eles mostram que a equipe em análise está com valores de CUM abaixo da média indicada pela TCPO, o que reflete diretamente no custo total da construção da edificação, pois quanto menor o consumo de argamassa, mais lucro à construtora. Ressalta-se que valor de CUM alto é um indicador ruim de consumo de materiais. Quanto ao consumo de materiais deste serviço, permite verificar o real controle dos materiais, avaliando as perdas de cimento por m² de revestimento de fachada em argamassa. No que tange o consumo de materiais a tabela SINAPI disponibilizada pela Caixa econômica federal apresenta um consumo de 59,66 Kg de argamassa/m² no serviço de revestimento argamassado, valor este superior ao aferido na obra em estudo, a qual teve seu consumo médio de 38,85Kg de argamassa/m². 66

67 4 CONCLUSÕES Ao término deste estudo é possível concluir que a produtividade da mão de obra e o consumo de materiais no revestimento argamassado na cidade de Ijuí - considerando a obra em estudo apresenta valores de RUP acima daqueles sugeridos pela TCPO, e valores de CUM na faixa apresentada pela TCPO e pela tabela SINAPI. A tabela 11 traz um breve resumo dos resultados obtidos com a realização do estudo proposto por este trabalho. Tabela 11: Resumo de resultados Fonte: Próprio Autor (2013) Os valores de RUP s cumulativas totais, que representam uma tendência da obra e um valor equivalente a todo o serviço de revestimento, estão muito satisfatórios. Com base neste estudo é possível afirmar que uma equipe de um oficial e um servente gasta em média 16,20 minutos para executar 1,00 m² de revestimento argamassado interno, ou seja em 1 hora de trabalho, esta mesa equipe executa em média 3,70 m² de revestimento argamassado, com um consumo médio de 38,85 Kg de argamassa/m² ou 3,57Kg de cimento/m². Cabe ressaltar que a experiência aliada ao fator aprendizagem na execução deste serviço colaborou para a apresentação de tais resultados. Portanto por se tratar de um insumo que apresenta grande impacto no valor final da obra, justifica-se os investimentos a serem realizados em busca de novas técnicas e aprimoramento da equipe de operários. Este estudo buscou, inicialmente, coletar indicadores de produtividade de mão de obra e consumo de materiais no serviço de revestimento argamassado, partindo de mensurações e observações in loco para, em seguida compará-los com os dados publicados em estudos já 67

68 consolidados. Estas mensurações foram realizadas cotidianamente, no período compreendido entre os dias 28 de agosto a 04 de outubro de Pode-se dizer que há muito que se estudar ainda quanto a produtividade da mão de obra na execução de revestimentos de argamassa. Tal estudo é importante, seja como instrumento para a melhoria da gestão ou como parâmetro para auxiliar o desenvolvimento tecnológico do serviço. Além de complementar o banco de dados da empresa melhorando os cálculos de orçamento para essa atividade, baseada nas características da obra e ambiente de trabalho, pois más estimativas podem levar a perdas financeiras quando são usados dados que são inferiores aos reais. Um banco de dados mais elaborado pode facilitar também o relacionamento entre construtora e os colaboradores, negociando e definindo parâmetros do serviço, uma vez que os problemas ocorrem durante a realização do serviço, e muitas vezes não estão previstos em contrato. Muitas das interferências ocorridas no empreendimento, tais como falta de argamassa no local da realização do serviço e problemas com o elevador de carga, entre outros, são constituintes do processo produtivo, porem seus efeitos poderiam ser minimizados com o breve planejamento da obra. Durante a realização do estudo pode-se perceber vários problemas decorrentes do má funcionamento do elevador de carga, muitas vezes não sendo eficaz em sua função devido ao mesmo estar transportando materiais para vários serviços em execução na obra, sendo o elevador de carga identificado como um gargalo de produção na execução de revestimento argamassado da obra em estudo. Como diretrizes para o aprimoramento do serviço de revestimento argamassado interno, de um modo geral, pode-se pensar em atuar desde o início do empreendimento, ou seja, contratando, na fase de projetos, um projeto de revestimento de fachada, até ações visando melhorar a produção, onde é essencial pensar e envolver os vários agentes da cadeia produtiva, promover ações de controle de qualidade por parte dos gestores, etc. Para este empreendimento especificamente, além das diretrizes acima, sugerem-se outras mais específicas, quais sejam: - Controlar a qualidade da execução da estrutura de concreto armado, e da alvenaria estrutural para evitar o consumo excessivo de materiais, ou seja, evitando perdas incorporadas, e também contribuindo para melhorar a produtividade da mão de obra deste serviço, evitando sobrespessuras. Para tanto, propõe-se o uso de Fichas de Verificação, que subsidiam as discussões na medida em que, tendo-se preparado previamente uma lista de 68

69 aspectos a serem contemplados, se discutem tais itens, ao longo do processo de tomada de decisões, para checar se algum deles deixou ou não de ser cumprido. - Propõe-se que se utilize lona na base das paredes onde está sendo executado o revestimento, para que a argamassa que cai e que será reaproveitada não fique contaminada com impurezas existentes na laje ou no contrapiso. -Propiciar a formação dos trabalhadores (isto é, inclusive um dever social dos gestores) através de treinamentos para a execução racionalizada do serviço, levando-se em conta que a melhoria da produtividade e do consumo de materiais deve ser gerenciada com a consciência de que ela depende das características do produto que se quer executar, dos processos adotados e da frequência da ocorrência de anormalidades durante a produção. - A fim de implantar uma política de melhoria contínua com enfoque neste serviço, utilizar a ferramenta PDCA (simplificadamente ilustrado na figura 36) para se garantir uma contínua preocupação com a gestão da produtividade e consumo dos materiais. Uma programação ( P proveniente do inglês plan ) deve incluir as discussões no nível do chão da obra, isto é, definições sobre o serviço, por exemplo: quais serão as frentes de trabalho; quantos e quais operários estarão em cada uma delas; quais as ferramentas serão utilizadas; como e em quais quantidades os materiais serão movimentados; como motivar os operários; como ser pró-ativo frente a possíveis anormalidades, etc. Uma vez implantadas as ideias concebidas ( D do inglês do ), devem-se monitorar a produtividade e o consumo de materiais que estão acontecendo ( C do inglês check ) e avaliar decisões que possam ser tomadas quanto ao trabalho ( A do inglês act ) e, com isto, reprogramar o mesmo (novamente o P ) visando a busca da melhor produtividade possível. Os sucessivos giros do PDCA normalmente levam a melhorias significativas da produtividade e consumo de materiais. Figura 36: Ciclo PDCA Fonte: SOUZA (2005) 69

Disciplina: Materiais de Construção I Assunto: Argamassas no estado seco e fresco Prof. Ederaldo Azevedo Aula 6 e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br 1.1 Conceitos Básicos: Argamassa é um material composto,

Leia mais

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS Curso de Graduação em Engenharia Civil MAÍSA BRONSTRUP ESTUDO SOBRE CONSUMO DE MATERIAIS E

Leia mais

CONSTRUÇÃO CIVIL II ENG 2333 (2016/1)

CONSTRUÇÃO CIVIL II ENG 2333 (2016/1) ENG 2333 (2016/1) Aula 05 Revestimentos Argamassados de Paredes ARGAMASSA NBR 13281: Mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos químicos, com propriedades

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PRODUTIVIDADE E DOS FATORES QUE A INFLUENCIAM NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PRODUTIVIDADE E DOS FATORES QUE A INFLUENCIAM NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1 A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PRODUTIVIDADE E DOS FATORES QUE A INFLUENCIAM NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1 Samara Simon Christmann 2, Paulo Cesar Rodrigues 3. 1 Projeto de Pesquisa financiado pelo PIBIC/UNICRUZ

Leia mais

Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa

Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa 6. Procedimento de Execução Elaboração Estruturas de Concreto e Revestimentos de Argamassa 92 Instruções para a contratação de mão-de-obra

Leia mais

PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DO CONSUMO DE MATERIAIS NA EXECUÇÃO DE CONTRAPISO.

PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DO CONSUMO DE MATERIAIS NA EXECUÇÃO DE CONTRAPISO. PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DO CONSUMO DE MATERIAIS NA EXECUÇÃO DE CONTRAPISO. SILVA, Luciano L. R. (1); SOUZA, Ubiraci E. L. (2) (1) Eng. Civil, mestrando em Engenharia Civil da Escola Politécnica

Leia mais

AULA 6 ARGAMASSA. Disciplina: Materiais de Construção I Professora: Dra. Carmeane Effting. 1 o semestre 2015

AULA 6 ARGAMASSA. Disciplina: Materiais de Construção I Professora: Dra. Carmeane Effting. 1 o semestre 2015 AULA 6 ARGAMASSA Disciplina: Materiais de Construção I Professora: Dra. Carmeane Effting 1 o semestre 2015 Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil ARGAMASSAS DEFINIÇÃO Materiais

Leia mais

PRODUTIVIDADE DE MÃO DE OBRA E CONSUMO DE MATERIAIS EM REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DE FACHADA ESTUDO DE CASO EM FLORIANÓPOLIS

PRODUTIVIDADE DE MÃO DE OBRA E CONSUMO DE MATERIAIS EM REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DE FACHADA ESTUDO DE CASO EM FLORIANÓPOLIS PRODUTIVIDADE DE MÃO DE OBRA E CONSUMO DE MATERIAIS EM REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DE FACHADA ESTUDO DE CASO EM FLORIANÓPOLIS Julian Schmitt Salvador (1) ; Fernanda Fernandes Marchiori (2) (1) Acadêmico

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Mestrado Acadêmico Aderência à base Deficiência de Aderência Características do Substrato Dosagem da Argamassa Técnica de Execução Argamassa 2 Ok Ok Ok Ok 2 Subidas

Leia mais

CONSTRUÇÃO CIVIL II ENG 2333 (2016/1)

CONSTRUÇÃO CIVIL II ENG 2333 (2016/1) ENG 2333 (2016/1) Aula 08 Contrapiso CONTRAPISO Funções: Regularizar a superfície do piso ou da laje; Embutir instalações que passem pelo piso; Permitir o correto caimento do piso nas áreas molhadas; Fornecer

Leia mais

O Projeto de Revestimentos de Fachadas: ferramenta para prevenção de patologias

O Projeto de Revestimentos de Fachadas: ferramenta para prevenção de patologias O Projeto de Revestimentos de Fachadas: ferramenta para prevenção de patologias Profª Msc. Fabiana Andrade Ribeiro Novembro de 2018 1 Fabiana Andrade Ribeiro Engenheira Civil, mestre pela Escola Politécnica

Leia mais

Argamassas de Revestimento

Argamassas de Revestimento Argamassas de Revestimento q Argamassa de revestimento é utilizada para revestir paredes, muros e tetos, os quais, geralmente, recebem acabamentos como pintura, cerâmicos, laminados, etc; q O revestimento

Leia mais

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Técnicas da Construção Civil

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Técnicas da Construção Civil AULA 11 CONTRAPISOS O contrapiso é uma camada de argamassa executada sobre uma base, que pode ser a laje de um pavimento ou um lastro de concreto, se for sobre o solo. Sua função é regularizar a superfície

Leia mais

Tecnologia da Construção Civil - I Revestimento. Roberto dos Santos Monteiro

Tecnologia da Construção Civil - I Revestimento. Roberto dos Santos Monteiro Tecnologia da Construção Civil - I Revestimento Reves%mento NBR 7200 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas Procedimento. Esta Norma fixa o procedimento de execução de

Leia mais

APROPRIAÇÃO DE INSUMOS DE MÃO DE OBRA PARA OS SERVIÇOS DE ALVENARIA E EMBOÇO DE PAREDES INTERNAS, EM EDIFICAÇÕES VERTICAIS DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA.

APROPRIAÇÃO DE INSUMOS DE MÃO DE OBRA PARA OS SERVIÇOS DE ALVENARIA E EMBOÇO DE PAREDES INTERNAS, EM EDIFICAÇÕES VERTICAIS DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA. APROPRIAÇÃO DE INSUMOS DE MÃO DE OBRA PARA OS SERVIÇOS DE ALVENARIA E EMBOÇO DE PAREDES INTERNAS, EM EDIFICAÇÕES VERTICAIS DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA. Katia Salvaro Pavan (), Mônica Elizabeth Daré () UNESC

Leia mais

Revestimentos de Paredes com Placoplast

Revestimentos de Paredes com Placoplast PÁGINA 1/7 Revestimentos de Paredes com Placoplast Revestimento para construção civil é uma camada executada com um material específico, que permite proteger, cobrir e/ou decorar uma superfície (paredes,

Leia mais

REVESTIMENTOS VERTICAIS. Prof. MSc. Eng. Eduardo Henrique da Cunha Engenharia Civil 7º Período Turma A01 Disc. Construção Civil I

REVESTIMENTOS VERTICAIS. Prof. MSc. Eng. Eduardo Henrique da Cunha Engenharia Civil 7º Período Turma A01 Disc. Construção Civil I REVESTIMENTOS VERTICAIS Prof. MSc. Eng. Eduardo Henrique da Cunha Engenharia Civil 7º Período Turma A01 Disc. Construção Civil I O CONCEITO FUNCIONAL É um elemento funcional do edifício com funções bem

Leia mais

REVESTIMENTOS DE PAREDE

REVESTIMENTOS DE PAREDE REVESTIMENTOS DE PAREDE REVESTIMENTO DE PAREDES CHAPISCO EMBOÇO REBOCO CHAPISCO SUPERFÍCIE ÁSPERA ENTRE A ALVENARIA E O EMBOÇO ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 1:3, CONSISTÊNCIA BEM PLÁSTICA COLHER DE PEDREIRO

Leia mais

Aprovado por: Leonardo Neri Data: 04/12/2017 SUMÁRIO

Aprovado por: Leonardo Neri Data: 04/12/2017 SUMÁRIO SUMÁRIO 0. Histórico da Alteração e Distribuição 1. Objetivo 2. Documento de Referência 3. Aplicação 4. Responsabilidades / Autoridades 4.1 Gerente de Obras 4.2 Engenheiro de Produção 4.3 Funcionários

Leia mais

ROTEIROS DOS TRABALHOS

ROTEIROS DOS TRABALHOS TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II ECV 5357 ROTEIROS DOS TRABALHOS Profs. Denise e Humberto REVESTIMENTO CERÂMICO escolher 1 parede ou 1 piso; informar a localização no prédio e dimensões MATERIAIS: Cerâmica

Leia mais

Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil

Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil ESTUDO COMPARATIVO DA PRODUTIVIDADE DE MÃO DE OBRA ENTRE OS REVESTIMENTOS INTERNOS DE PAREDES COM ARGAMASSAS CONFECCIONADAS IN LOCO E COM ARGAMASSAS ESTABILIZADAS RESUMO Valéria da Silva de Souza (1),

Leia mais

Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa

Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa 2. Deficiência x Excelência Elaboração Estruturas de Concreto e Revestimentos de Argamassa 7 Estruturas de Concreto e Revestimentos de Argamassa

Leia mais

Prof. Marcos Valin Jr. Prof. Marcos Valin Jr. Qual a definição de. Argamassa. Argamassa. Prof. Marcos Valin Jr.

Prof. Marcos Valin Jr. Prof. Marcos Valin Jr. Qual a definição de. Argamassa. Argamassa. Prof. Marcos Valin Jr. Qual a definição de www.mvalin.com.br 1 Material de construção, com propriedade de aderência e endurecimento, obtida a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregados miúdos (areia) e

Leia mais

REVESTIMENTOS DIVERSOS

REVESTIMENTOS DIVERSOS REVESTIMENTOS DIVERSOS MASSA RASPADA IMITAÇÃO TRAVERTINO GRANULARES TEXTURIZADOS RÚSTICOS GESSO GARANTIA 5 ANOS MAIOR RESISTÊNCIA A INTEMPÉRIES MAIOR VIDA ÚTIL MASSA RASPADA SACOS DE 50 KG RENDIMENTO :

Leia mais

LUIZA. Execução do Revestimento de Fachada de Argamassa. Santos / SP. Universidade Santa Cecília Santos / SP. Universidade Santa Cecília Santos / SP

LUIZA. Execução do Revestimento de Fachada de Argamassa. Santos / SP. Universidade Santa Cecília Santos / SP. Universidade Santa Cecília Santos / SP Execução do Revestimento de Fachada de Argamassa Aluno(s): Lucio Vinicius Andrade Carlini Luiza Pautz Aguiar Professor : Damin Santos / SP LUIZA 1 Revestimento Função Proteger os elementos da vedação e

Leia mais

Prof. Msc. Jerônimo Cabral. Dra. Kay Loh Msc. Gilberto R. Cavani

Prof. Msc. Jerônimo Cabral. Dra. Kay Loh Msc. Gilberto R. Cavani Promoção Realização 21 a 25 de setembro de 2009 Hotel Maksoud Plaza São Paulo Anomalias em Fachadas de Edificações Dra. Kay Loh Msc. Gilberto R. Cavani Msc. Jerônimo Cabral P. Fagundes Neto Comunicados

Leia mais

Figura 29: EPS nos panos da laje e armadura. Figura 30: armadura da viga, à direita, poliestireno nos meios da ferragem (vigotas).

Figura 29: EPS nos panos da laje e armadura. Figura 30: armadura da viga, à direita, poliestireno nos meios da ferragem (vigotas). Figura 29: EPS nos panos da laje e armadura. Figura 30: armadura da viga, à direita, poliestireno nos meios da ferragem (vigotas). Figura 31: detalhe das formas da estrutura ao fundo, do EPS e das armaduras

Leia mais

Alvenaria de Vedação. Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria

Alvenaria de Vedação. Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria Alvenaria de Vedação Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria Considerações Gerais Alvenaria, pelo dicionário da língua portuguesa, é a arte ou ofício de pedreiro ou alvanel, ou ainda, obra composta

Leia mais

Revestimentos de Argamassa. Tecnologia da Argamassa P R O M O Ç Ã O

Revestimentos de Argamassa. Tecnologia da Argamassa P R O M O Ç Ã O Revestimentos de Argamassa Tecnologia da Argamassa P R O M O Ç Ã O Revestimento de Argamassa Material Projeto Equipamentos e ferramentas inadequado Problemas no revestimento Planejamento Treinamento Roteiro

Leia mais

Análise dos Resultados BR 002

Análise dos Resultados BR 002 Análise dos Resultados BR 002 Revestimento interno emboço ou massa única; argamassa parcial ou totalmente produzida fora do canteiro; com conferência da quantidade recebida; outros canteiro, em sacos,

Leia mais

MÉTODO EXECUTIVO ME - 02 Contrapiso Estanque de Média Espessura com AP-20 ARGAMASSA MODIFICADA COM POLÍMERO

MÉTODO EXECUTIVO ME - 02 Contrapiso Estanque de Média Espessura com AP-20 ARGAMASSA MODIFICADA COM POLÍMERO 1 Objetivo: O objetivo do Método Executivo é detalhar o Processo de Barreira Estanque utilizando Argamassa Modificada com Polímero (SISTEMA AP-20) para execução de Regularização Estanque de Média Espessura,

Leia mais

Argamassas mistas. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

Argamassas mistas. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira Argamassas mistas Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira Argamassas mistas de cimento, cal e areia destinadas ao uso em alvenarias e revestimentos Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira Fonte: NBR 7200:1998 NBR 13529:2013

Leia mais

MACO II PUC GO Professora Mayara Moraes

MACO II PUC GO Professora Mayara Moraes MACO II PUC GO Professora Mayara Moraes Argamassas NBR13281 Histórico 1º. registro de emprego na construção: Pré-História Piso polido de 180 m² feito com pedras e argamassa cal e areia: ~ 7000 a 9000

Leia mais

ssa m a R1 B

ssa m a R1 B Argamassas NBR13281 Histórico [ 1º. registro de emprego na construção: Pré-História " Piso polido de 180 m² feito com pedras e argamassa cal e areia: ~ 7000 a 9000 a.c. (descoberto em 1985, em Israel,

Leia mais

Tipos de revestimentos

Tipos de revestimentos Tipos de revestimentos Introdução Em uma construção, embora o teto, o piso e as paredes componham a parte que, visivelmente, arranja uma edificação, esses elementos precisam de algo mais: o revestimento,

Leia mais

Aprovado por: Leonardo Neri Data: 04/12/2017 SUMÁRIO

Aprovado por: Leonardo Neri Data: 04/12/2017 SUMÁRIO SUMÁRIO 0. Histórico da Alteração e Distribuição 1. Objetivo 2. Documento de Referência 3. Aplicação 4. Responsabilidades / Autoridades 4.1 Gerente de Obras 4.2 Engenheiro de Produção 4.3 Funcionários

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Controle tecnológico, materiais de construção, caracterização de materiais.

PALAVRAS-CHAVE Controle tecnológico, materiais de construção, caracterização de materiais. 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

Tecnologia das construções

Tecnologia das construções Universidade Federal do Espírito Santo Centro Tecnológico Departamento de Engenharia Civil Tecnologia da Construção Civil I Revestimentos argamassados Execução de edificações Revestimentos argamassados

Leia mais

ALVENARIAS RACIONALIZADAS EM BLOCOS CERÂMICOS - OUTUBRO 10. Eng. Carlos André Fois Lanna

ALVENARIAS RACIONALIZADAS EM BLOCOS CERÂMICOS - OUTUBRO 10. Eng. Carlos André Fois Lanna ALVENARIAS RACIONALIZADAS EM BLOCOS CERÂMICOS - OUTUBRO 10 Eng. Carlos André Fois Lanna Construções em alvenarias Construções em alvenarias. Alvenarias conceitos ALVENARIA ESTRUTURAL: Suporta o peso da

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Guilherme Miguel Muller

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Guilherme Miguel Muller UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Guilherme Miguel Muller ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E DO CONSUMO DE MATERIAIS NA EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO

Leia mais

ALVENARIA ESTRUTURAL EM BLOCOS CERÂMICOS

ALVENARIA ESTRUTURAL EM BLOCOS CERÂMICOS ALVENARIA ESTRUTURAL EM BLOCOS CERÂMICOS . HISTÓRICO O uso da Alvenaria como elemento apenas comprimido é uma das mais antigas formas de construção empregadas pelo homem HISTÓRICO OBRAS

Leia mais

AULA 6 ARGAMASSA continuação

AULA 6 ARGAMASSA continuação AULA 6 ARGAMASSA continuação Disciplina: Materiais de Construção I Professora: Dra. Carmeane Effting 1 o semestre 2014 Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil ARGAMASSAS - PROPRIEDADES

Leia mais

Associação Educativa Evangélica UniEvangélica Curso de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc.

Associação Educativa Evangélica UniEvangélica Curso de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. Associação Educativa Evangélica UniEvangélica Curso de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. M A T E R I A I S D E C O N S T R U Ç Ã O C I V I L I I AGREGADOS ARGAMASSA A n á p o l i s, 2 0 1

Leia mais

MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ALUNO UNINCOR UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE TRES CORAÇÕES / MG

MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ALUNO UNINCOR UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE TRES CORAÇÕES / MG MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ALUNO UNINCOR UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE TRES CORAÇÕES / MG Angélica Ferreira Silva Barbosa Arquitetura e Urbanismo MEMORIAL

Leia mais

Manifestações Patológicas em Revestimentos Cerâmicos

Manifestações Patológicas em Revestimentos Cerâmicos Manifestações Patológicas em Revestimentos Cerâmicos A onda dos desplacamentos cerâmicos: Uma retrospectiva dos problemas e os caminhos para minimizar os prejuízos Engenheiro Civil, Patologista, MSc. www.renatosahade.eng.br

Leia mais

COMPOSIÇÕES REPRESENTATIVAS DO SERVIÇO DE EMBOÇO/MASSA ÚNICA INTERNA

COMPOSIÇÕES REPRESENTATIVAS DO SERVIÇO DE EMBOÇO/MASSA ÚNICA INTERNA SINAPI SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL CADERNOS TÉCNICOS DE COMPOSIÇÕES REPRESENTATIVAS DO SERVIÇO DE EMBOÇO/MASSA ÚNICA INTERNA LOTE 1 Versão: 003 Vigência: 11/2014

Leia mais

PERFIS DE DESEMPENHO E QUALIDADE PARA AS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO ESTABILIZADAS. Prof Elton Bauer UnB Dezembro/2014

PERFIS DE DESEMPENHO E QUALIDADE PARA AS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO ESTABILIZADAS. Prof Elton Bauer UnB Dezembro/2014 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UnB FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL PECC PRÊMIO CBIC DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Leia mais

AUTOR(ES): LEONARDO MIRANDA SIMMONDS, VINÍCIUS BEZERRA SILVA, WILLIAN ROQUINI VILLA

AUTOR(ES): LEONARDO MIRANDA SIMMONDS, VINÍCIUS BEZERRA SILVA, WILLIAN ROQUINI VILLA 16 TÍTULO: FACHADA PRÉ-FABRICADA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA AUTOR(ES): LEONARDO MIRANDA SIMMONDS, VINÍCIUS BEZERRA

Leia mais

Alvenaria: caracterização

Alvenaria: caracterização Alvenaria: caracterização Julio Cesar Sabadini de Souza Vedação vertical Conceituação Importância Funções Classificação Relembrando... a) quanto à posição no edifício b) quanto à técnica de execução 1

Leia mais

07/05/2017. Cuiabá/MT Maio

07/05/2017. Cuiabá/MT Maio Cuiabá/MT Maio - 2017 Alvenaria e um maciço constituído de pedras ou blocos, naturais ou artificiais, ligadas entre si de modo estável pela combinação de juntas e interposição de argamassa, ou somente

Leia mais

Revestimentos de Argamassa. Tecnologia de Argamassa P R O M O Ç Ã O

Revestimentos de Argamassa. Tecnologia de Argamassa P R O M O Ç Ã O Revestimentos de Argamassa Tecnologia de Argamassa P R O M O Ç Ã O TECNOLOGIA DA ARGAMASSA Conceitos Sistema de Revestimento de Argamassa Desempenho do sistema Materiais Constituintes Dosagem Escolha do

Leia mais

Produtividade da Mão de Obra no Revestimento de Argamassa Projetada. Engª Dra. Kelly Paiva Inouye

Produtividade da Mão de Obra no Revestimento de Argamassa Projetada. Engª Dra. Kelly Paiva Inouye Produtividade da Mão de Obra no Revestimento de Argamassa Projetada Engª Dra. Kelly Paiva Inouye PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA ESFORÇO HUMANO PROCESSO SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO EFICIÊNCIA INDICADOR DE PRODUTIVIDADE

Leia mais

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco. TR Tecnologia dos Revestimentos

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco. TR Tecnologia dos Revestimentos PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco TR Tecnologia dos Revestimentos Aula 05 Argamassas para revestimento: dosagem Prof. Dr. Alberto

Leia mais

ANÁLISE EXPERIMENTAL DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

ANÁLISE EXPERIMENTAL DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS ANÁLISE EXPERIMENTAL DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS RESUMO Lucas Borsatto Schmitz (1), Jakson Fábio Bitencourt Araújo (2) UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense

Leia mais

REVESTIMENTOS. Curso Técnico em Edificações Disciplina: Técnicas de Construção Civil 3 Profª Nayra Y. Tsutsumoto

REVESTIMENTOS. Curso Técnico em Edificações Disciplina: Técnicas de Construção Civil 3 Profª Nayra Y. Tsutsumoto REVESTIMENTOS Curso Técnico em Edificações Disciplina: Técnicas de Construção Civil 3 Profª Nayra Y. Tsutsumoto REVESTIMENTOS O que é revestimento? Revestimentos mais comuns Argamassas Cerâmicos Pedra

Leia mais

DESPERDÍCIO DE MÃO-DE-OBRA NA CONSTRUÇÃO: AVALIAÇÃO PARA O CASO DOS REVESTIMENTOS INTERNOS DE PAREDES COM ARGAMASSA

DESPERDÍCIO DE MÃO-DE-OBRA NA CONSTRUÇÃO: AVALIAÇÃO PARA O CASO DOS REVESTIMENTOS INTERNOS DE PAREDES COM ARGAMASSA DESPERDÍCIO DE MÃO-DE-OBRA NA CONSTRUÇÃO: AVALIAÇÃO PARA O CASO DOS REVESTIMENTOS INTERNOS DE PAREDES COM ARGAMASSA Souza, Ubiraci Espinelli Lemes de (1); Araújo, Luís Otávio Cocito de (2) (1) Departamento

Leia mais

Conheça os produtos industrializados existentes no mercado e veja dicas para compra, recebimento e armazenamento

Conheça os produtos industrializados existentes no mercado e veja dicas para compra, recebimento e armazenamento Argamassas de revestimento Conheça os produtos industrializados existentes no mercado e veja dicas para compra, recebimento e armazenamento Reportagem: Gisele C. Cichinelli As argamassas de revestimento

Leia mais

ALVENARIA ESTRUTURAL

ALVENARIA ESTRUTURAL Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Aula 17 Ana Larissa Dal Piva Argenta, MSc É um sistema construtivo racionalizado que além de constituir a estrutura do edifício, constitui a sua

Leia mais

O que são os revestimentos verticais??? REVESTIMENTO: Cartão de visitas da empresa!!! que cobre uma superfície

O que são os revestimentos verticais??? REVESTIMENTO: Cartão de visitas da empresa!!! que cobre uma superfície Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Construção Civil PCC-2436 Tecnologia da Construção de Edifícios II Aula 05: Revestimentos Verticais Conceituação e Classificação

Leia mais

PROJETO E EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS

PROJETO E EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS Fundação Carmelitana Mário Palmério Materiais de Construção Civil PROJETO E EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS Professor: Yuri Cardoso Mendes Revestimentos cerâmicos Para realizar um bom projeto de revestimento

Leia mais

1426. Almir Amorim Andrade é doutor em Engenharia de Estruturas e professor adjunto da Universidade Federal do Piauí.

1426. Almir Amorim Andrade é doutor em Engenharia de Estruturas e professor adjunto da Universidade Federal do Piauí. 1426. Paulo de Tarso Cronemberger Mendes é engenheiro civil (1976) pela Universidade Federal de Pernambuco, mestre (1983) e doutorando em engenharia de estruturas pela Escola Politécnica da Universidade

Leia mais

ANÁLISE NUMÉRICA DE BLOCOS E PRISMAS DE ALVENARIA ESTRUTURAL SUBMETIDOS AO ESFORÇO DE COMPRESSÃO

ANÁLISE NUMÉRICA DE BLOCOS E PRISMAS DE ALVENARIA ESTRUTURAL SUBMETIDOS AO ESFORÇO DE COMPRESSÃO 1 ANÁLISE NUMÉRICA DE BLOCOS E PRISMAS DE ALVENARIA ESTRUTURAL SUBMETIDOS AO ESFORÇO DE COMPRESSÃO Daniel Victor Rodrigues Barbosa (1) Everton dos Santos Bezerra (2) Humberto Mycael Mota Santos (3) Jonatercio

Leia mais

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL JEFERSON LOPES DE OLIVEIRA EXECUÇÃO DE EDIFICAÇÃO EM ALVENARIA

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL JEFERSON LOPES DE OLIVEIRA EXECUÇÃO DE EDIFICAÇÃO EM ALVENARIA UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL JEFERSON LOPES DE OLIVEIRA EXECUÇÃO DE EDIFICAÇÃO EM ALVENARIA LAGES (SC) 2014 JEFERSON LOPES DE OLIVEIRA EXECUÇÃO DE EDIFICAÇÃO EM ALVENARIA

Leia mais

Procedimentos e normas para execução de alvenarias

Procedimentos e normas para execução de alvenarias Procedimentos e normas para execução de alvenarias Introdução Um bom projeto é indispensável para a execução de uma obra de qualidade, mas não adianta apenas ter em mãos um bom projeto: é preciso assegurar

Leia mais

MÉTODO EXECUTIVO ME - 70

MÉTODO EXECUTIVO ME - 70 Objetivo O objetivo do MÉTODO EXECUTIVO ME-70 é detalhar o Processo de Barreira Estanque com sistema composto por AMP = Argamassa Modificada com Polímero, de modo a propiciar o treinamento da mão-de-obra

Leia mais

GESCONMAT GESTÃO DO CONSUMO DE MATERIAIS NOS CANTEIROS DE OBRAS

GESCONMAT GESTÃO DO CONSUMO DE MATERIAIS NOS CANTEIROS DE OBRAS SEMINÁRIO RESULTADOS PARCIAIS DOS PROJETOS APROVADOS NA CHAMADA PÚBLICA MCT/FINEP/FUNDO VERDE- AMARELO 01/2003 Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, Phd. Professor Associado do Departamento de Engenharia de

Leia mais

execução Caixote de massa em madeira A madeira absorve a água da argamassa o que diminui a trabalhabilidade da argamassa.

execução Caixote de massa em madeira A madeira absorve a água da argamassa o que diminui a trabalhabilidade da argamassa. execução Caixote de massa em madeira A madeira absorve a água da argamassa o que diminui a trabalhabilidade da argamassa. Para melhorar a fluidez da argamassa o pedreiro adiciona água, o que modifica todas

Leia mais

INSPEÇÃO EM OBRA DE ALVENARIA ESTRUTURAL NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA.

INSPEÇÃO EM OBRA DE ALVENARIA ESTRUTURAL NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA. INSPEÇÃO EM OBRA DE ALVENARIA ESTRUTURAL NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA. MACHADO, D. W. N 1 ; MOHAMAD, G. ²; TEMP. A, L³.; SAMARA, U. N. 4 ; C. J. M. K FÉLIX 5, RODRIGUES, R. P. 5 ; (¹Mestrando em Eng. Civil,

Leia mais

ALVENARIA ESTRUTURAL E RACIONALIZADA COM BLOCOS CERÂMICOS. Antônio Carlos Pimenta Araújo Consultor Técnico e da Qualidade ANICER

ALVENARIA ESTRUTURAL E RACIONALIZADA COM BLOCOS CERÂMICOS. Antônio Carlos Pimenta Araújo Consultor Técnico e da Qualidade ANICER ALVENARIA ESTRUTURAL E RACIONALIZADA COM BLOCOS CERÂMICOS Antônio Carlos Pimenta Araújo Consultor Técnico e da Qualidade ANICER Belo Horizonte, MG, setembro de 2016 ANICER Assoc. Nac. da Ind. Cerâmica

Leia mais

Técnicas de Construção Civil 3 Revestimento Interno e Externo

Técnicas de Construção Civil 3 Revestimento Interno e Externo Curso Técnico em Edificações Disciplina Técnicas de Construção Civil 3 Revestimento Interno e Externo Docente: Profa. Priscila B. Alves TCCC3 O que é? Pra que serve? Quais os tipos? Introdução Nada mais

Leia mais

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA. Construção Civil II

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA. Construção Civil II Curso: Engenharia Civil Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA Construção Civil II Aula 01 Vedações verticais Alvenaria de vedação e Gesso acartonado Prof. Dr. Alberto Casado

Leia mais

Disciplina: Construção Civil 4. Orçamento de Obras. Aula 06 Composição de Custo Unitário e Levantamento de Quantitativos ALVENARIA

Disciplina: Construção Civil 4. Orçamento de Obras. Aula 06 Composição de Custo Unitário e Levantamento de Quantitativos ALVENARIA Disciplina: Construção Civil 4 Orçamento de Obras Aula 06 Composição de Custo Unitário e Levantamento de Quantitativos ALVENARIA 1 A etapa de levantamento de quantitativos é uma das que intelectualmente

Leia mais

Perdas, Produção Mais Limpa e Racionalização

Perdas, Produção Mais Limpa e Racionalização Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana Perdas, Produção Mais Limpa e Racionalização Prof. Dayana Bastos Costa Conteúdo Programático Perdas na Construção

Leia mais

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LEONARDO MARTINS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO ACOMPANHAMENTO DO ACABAMAMENTO EM EDIFÍCO DE SEIS PAVIMENTOS TEODORO MELO LAGES

Leia mais

Inovação na tecnologia construtiva de revestimento com a aplicação da argamassa projetada: caracterização e indicadores

Inovação na tecnologia construtiva de revestimento com a aplicação da argamassa projetada: caracterização e indicadores Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, Volume 2, Número 1, 2016 Inovação na tecnologia construtiva de revestimento com a aplicação da argamassa projetada: caracterização e indicadores LORDSLEEM JR,

Leia mais

Prof. Adailton de Oliveira Gomes. Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais CETA Centro Tecnológico da Argamassa DEFINIÇÃO NBR 13529

Prof. Adailton de Oliveira Gomes. Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais CETA Centro Tecnológico da Argamassa DEFINIÇÃO NBR 13529 VII SEMANA Prof. Adailton de Oliveira Gomes Escola Politécnica da UFBA Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais 1 VII SEMANA DEFINIÇÃO NBR 13529 Argamassa é um mistura homogênea de agregado(s)

Leia mais

Especificação Técnica de materiais: Impercia Atacadista Ltda. Situação: Ascensão capilar típica em alvenarias de tijolos maciços

Especificação Técnica de materiais: Impercia Atacadista Ltda. Situação: Ascensão capilar típica em alvenarias de tijolos maciços Obra: Museu Pedro Ludovico Teixeira Execução: Padrão Construtora Especificação Técnica de materiais: Impercia Atacadista Ltda Data: Março \ 2010 Situação: Ascensão capilar típica em alvenarias de tijolos

Leia mais

SISTEMA DE INDICADORES DE DESEMPENHO REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

SISTEMA DE INDICADORES DE DESEMPENHO REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS . SISTEMA DE INDICADORES: Processos devem ser controlados e para isto usamos indicadores, tanto de andamento como de desempenho. Eles são como termômetros para a aferição do produto, serviço ou processo,

Leia mais

MANTA SOUND SOFT ONDULADA

MANTA SOUND SOFT ONDULADA MANTA SOUND SOFT ONDULADA CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO Espessuras: 6/3, 8/4, 10/5 e 17/8 mm Bobinas 1,3 x 10 m: 6/3 e 8/4 mm Placas 1X1 m: 10/5 e 17/8 mm ARMAZENAMENTO DO MATERIAL 1. Bobinas: Na vertical

Leia mais

Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil

Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil - ESTUDO DA PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA NA APLICAÇÃO DE PASTA DE GESSO COMO REVESTIMENTO INTERNO PARA UMA EDIFICAÇÂO EM ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCOS DE CONCRETO Rodrigo Soares Pereira (1); Orientador

Leia mais

EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS EM AÇO

EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS EM AÇO CONSTRUÇÃO CIVIL III TC 038 EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS EM AÇO PROF. ANA PAULA BRANDÃO CAPRARO 10/04 12/04 17/04 19/04 24/04 26/04 03/05 08/05 HISTÓRICO ESTRUTURAS METÁLICAS DETALHES CONSTRU. ESTRUTURAS METÁLICAS

Leia mais

ÍNDICE. Principais Vantagens. Informações Técnicas

ÍNDICE. Principais Vantagens. Informações Técnicas PLACA CIMENTÍCIA ÍNDICE Apresentação Placa Cimentícia Imbralit Principais Vantagens 01 01 Informações Técnicas Recomendações do Sistema Manuseio Aplicação Aplicação do produto - imagens Aplicação do produto

Leia mais

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM SISTEMAS CONSTRUTIVOS DE AÇO ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS. Raphael Silva

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM SISTEMAS CONSTRUTIVOS DE AÇO ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS. Raphael Silva MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM SISTEMAS CONSTRUTIVOS DE AÇO ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS Raphael Silva Especialista em Projetos e Tecnologias raphaello.silva@gmail.com INTRODUÇÃO Patologia é uma palavra de

Leia mais

MÉTODO EXECUTIVO ME 38

MÉTODO EXECUTIVO ME 38 FOLHA 1 de 5 Objetivo: O objetivo do MÉTODO EXECUTIVO ME 38 é detalhar o Processo de Barreiras Estanques AP 20 PC 02 para execução de Pisos Estanques de Média Espessura, em sistemas de vedação vertical

Leia mais

Produtividade, Economia e Facilidade de Aplicação.

Produtividade, Economia e Facilidade de Aplicação. Produtividade, Economia e Facilidade de Aplicação. Artos Expansões é representante oficial da Usina Fortaleza em Santa Catarina Contato: Fabiano Palmieri & Marcelo Palmieri 48 9908-8040 48 8866-6228 fabiano.palmieri@gmail.com

Leia mais

GESTÃO DE OBRAS DE EDIFICAÇÃO, TECNOLOGIA E DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

GESTÃO DE OBRAS DE EDIFICAÇÃO, TECNOLOGIA E DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL EMENTA GESTÃO DE OBRAS DE EDIFICAÇÃO, TECNOLOGIA E DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DISCIPLINA: Boas práticas para execução de fundações EMENTA: Materiais e equipamentos necessários. Análise da capacidade

Leia mais

II SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO IFPE CAMPUS CARUARU 17 a 21 de outubro de 2011 Caruaru Pernambuco Brasil

II SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO IFPE CAMPUS CARUARU 17 a 21 de outubro de 2011 Caruaru Pernambuco Brasil II SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO IFPE CAMPUS CARUARU 17 a 21 de outubro de 2011 Caruaru Pernambuco Brasil UM COMPARATIVO ENTRE OS BLOCOS CERÂMICOS UTILIZADOS NAS EDIFICAÇÕES DE CARUARU: ESTUDOS

Leia mais

PROC IBR EDIF 038/2015 Verificar a qualidade e a quantidade dos serviços na execução de revestimentos em paredes e tetos

PROC IBR EDIF 038/2015 Verificar a qualidade e a quantidade dos serviços na execução de revestimentos em paredes e tetos INSTITUTO BRASILEIRO DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS IBRAOP INSTITUTO RUI BARBOSA IRB / COMITÊ OBRAS PÚBLICAS PROC IBR EDIF 038/2015 Verificar a qualidade e a quantidade dos serviços na execução de revestimentos

Leia mais

Melhores Práticas para aumento de produtividade do revestimento de argamassa

Melhores Práticas para aumento de produtividade do revestimento de argamassa SEMINÁRIO Planejamento, Logística e Produtividade em Canteiros de Obras Melhores Práticas para aumento de produtividade do revestimento de argamassa Eng. Elza Hissae Nakakura Sistema de revestimento Recebimento/

Leia mais

CAPÍTULO I SISTEMAS ESTRUTURAIS

CAPÍTULO I SISTEMAS ESTRUTURAIS 1 TÓPICOS ESPECIAIS ECIVIL II Alvenaria estrutural CAPÍTULO I SISTEMAS ESTRUTURAIS SISTEMAS ESTRUTURAIS TOTALMENTE ESTRUTURADO ESTRUTURA MISTA 2 TOTALMENTE ESTRUTURADO Quando os elementos estruturais de

Leia mais

Sumário. NESTE DOCUMENTO: Introdução. Metodologia. Vantagens & Benefícios. Dúvidas Frequentes dos Clientes. Bem-vindo ao Informativo da Empresa!

Sumário. NESTE DOCUMENTO: Introdução. Metodologia. Vantagens & Benefícios. Dúvidas Frequentes dos Clientes. Bem-vindo ao Informativo da Empresa! I N F O R M A T I V O S T E E L F R A M E Guia Rápido Sumário Bem-vindo ao Informativo da Empresa! NESTE DOCUMENTO: Introdução Metodologia Vantagens & Benefícios Dúvidas Frequentes dos Clientes Introdução

Leia mais

PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DAS ARGAMASSAS PREPARADAS COM Mètre

PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DAS ARGAMASSAS PREPARADAS COM Mètre PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DAS ARGAMASSAS PREPARADAS COM Mètre 1 PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DAS ARGAMASSAS PREPARADAS COM Mètre Responsabilidade pela Produção da Argamassa 3 Determinação do Traço 3 Preparo do Substrato

Leia mais

Por: Marco Antonio Pozzobon M. Eng.

Por: Marco Antonio Pozzobon M. Eng. Por: Marco Antonio Pozzobon M. Eng. O que é ARGAMASSA? Mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo

Leia mais

MANTA SOUND SOFT CONTRAPISO

MANTA SOUND SOFT CONTRAPISO MANTA SOUND SOFT CONTRAPISO CARACTERISTICAS TÉCNICAS Armazenar as bobinas das Mantas Acústicas Sound Soft: Na vertical; Sobre uma base maior (pallet ou contrapiso); Em uma base limpa e sem a presença de

Leia mais

CONSTRUÇÃO CIVIL IV FRENTE ORÇAMENTOS 1

CONSTRUÇÃO CIVIL IV FRENTE ORÇAMENTOS 1 PROF ANA PAULA BRANDÃO CAPRARO E BARBARA VILLAS BÔAS CONSTRUÇÃO CIVIL IV FRENTE ORÇAMENTOS 1 PROF ANA PAULA BRANDÃO CAPRARO E BARBARA VILLAS BÔAS ORÇAMENTO QUANTITATIVO 1 PROF ANA PAULA BRANDÃO CAPRARO

Leia mais

SISTEMAS CONSTRUTIVOS COM BLOCOS CERÂMICOS: DO PROJETO Á OBRA. ENG. MARCELO PESSOA DE AQUINO FRANCA, MSc.

SISTEMAS CONSTRUTIVOS COM BLOCOS CERÂMICOS: DO PROJETO Á OBRA. ENG. MARCELO PESSOA DE AQUINO FRANCA, MSc. SISTEMAS CONSTRUTIVOS COM BLOCOS CERÂMICOS: DO PROJETO Á OBRA ENG. MARCELO PESSOA DE AQUINO FRANCA, MSc. 1 O SISTEMA CONSTRUTIVO Ausência de vergas Lajes que se apoiam sobre os tijolos Juntas de assentamento

Leia mais

REVESTIMENTOS Conceituação e classificação Aula 2-2

REVESTIMENTOS Conceituação e classificação Aula 2-2 200888 Técnicas das Construções I REVESTIMENTOS Conceituação e classificação Aula 2-2 Prof. Carlos Eduardo Troccoli Pastana pastana@projeta.com.br (14) 3422-4244 AULA 12 200888-Técnicas das Construções

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DE ARGAMASSA DE REVESTIMENTO A BASE DE CAL E ADITIVADA. Palavras-Chave: Revestimento argamassado, incorporador de ar, cal hidratada.

CARACTERIZAÇÃO DE ARGAMASSA DE REVESTIMENTO A BASE DE CAL E ADITIVADA. Palavras-Chave: Revestimento argamassado, incorporador de ar, cal hidratada. CARACTERIZAÇÃO DE ARGAMASSA DE REVESTIMENTO A BASE DE CAL E ADITIVADA Frederico Hobold Filho (1); Fernando Pelisser (2) UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense (1)fred_hobold@hotmail.com (2)fep@unesc.net

Leia mais

Q u e stões de Construção Civil 01 FTC/VIC ENG. CIVIL Prof. Cláudio Gomes do Nascimento

Q u e stões de Construção Civil 01 FTC/VIC ENG. CIVIL Prof. Cláudio Gomes do Nascimento Q u e stões de Construção Civil 01 FTC/VIC ENG. CIVIL Prof. Cláudio Gomes do Nascimento Questão 1 Com base nas composições de custos fornecidas abaixo, determine custo total, em reais, a ser gasto com

Leia mais

REVESTIMENTO INTERNO DE PAREDES-AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS MÉTODOS PASTA DE GESSO E ARGAMASSA DO TIPO MASSA ÚNICA

REVESTIMENTO INTERNO DE PAREDES-AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS MÉTODOS PASTA DE GESSO E ARGAMASSA DO TIPO MASSA ÚNICA REVESTIMENTO INTERNO DE PAREDES-AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS MÉTODOS PASTA DE GESSO E ARGAMASSA DO TIPO MASSA ÚNICA Lucas Fernando De Sales Gonçalves (1) ; Geovana Bomtempo Morais (2), Paula Gabriele Campos

Leia mais