Relatório e Contas. Juntos com Futuro

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1 Relatório e Contas 2011

2 Índice I. Introdução 5 1. Órgãos Sociais 5 Assembleia-Geral 5 Conselho de Administração 5 Conselho Fiscal 5 Revisor Oficial de Contas 5 II. Enquadramento Macroeconómico 7 1. Conjuntura Internacional 7 2. Conjuntura Nacional 10 III. Mercado Segurador 15 Índice IV. Actividade da Popular Seguros em Principais Indicadores Prémios e Apólices Comissões Custos com Sinistros Provisões Técnicas Saldo Técnico Líquido de Resseguro Investimentos Custos Operacionais Resultado do Exercício, Capital Próprio e Margem de Solvência Gestão de Riscos e Controlo Interno Principais Projectos e Iniciativas em V. Proposta de Aplicação de Resultados 26 VI. Perspectivas Futuras 28 VII. Considerações Finais 30 VIII. Anexo ao Relatório do Conselho de Administração 32 2

3 Índice Demonstrações Financeiras em Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de Demonstração de Alterações de Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2011 Demonstração de Alterações de Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2010 Demonstração de Rendimento Integral 40 Demonstração de Fluxos de Caixa de 2011 Outros Anexos 110 Anexo 1 Inventário de Participações e Instrumentos Financeiros 110 Anexo 2 Desenvolvimento da Provisão para Sinistros relativa a Sinistros ocorridos em exercícios anteriores e dos seus Reajustamentos (Correcções) Índice Anexo 3 Discriminação dos Custos com Sinistros 112 Anexo 4 Discriminação de alguns valores por Ramos 113 Certificação Legal de Contas e Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 115 Certificação Legal de Contas 115 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 117 3

4 Relatório do Conselho de Administração

5 I. Introdução Nos termos da Lei, vem o Conselho de Administração apresentar o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras da Popular Seguros - Companhia de Seguros, S.A. referentes ao exercício de Órgãos Sociais Assembleia-geral Presidente Francisco Nunes de Matos Sá Carneiro Secretário Tito Luís Arantes Fontes Conselho de Administração Presidente Anexo I. Introdução ao Balanço e à Luís Eduardo da Silva Barbosa Administrador Delegado Francisco José Ribeiro Valério Vogais Rui Manuel Morganho Semedo José Manuel Piñero Becerra Hugues Victor Albert Pfyffer Carlos Miguel de Paula Martins Roballo Rafael Galan Mas Conselho Fiscal Presidente António Manuel Mendes Barreira Vogais Maria de Nazaré Rala Esparteiro Barroso Vítor Paulo Paranhos Pereira Pedro Miguel Marques Rebelo Pinto (Suplente) Revisor Oficial de Contas PriceWaterhouseCoopers SROC, LDA. Representada por Carlos Manuel Sim Sim Maia e Jorge Manuel Santos Costa (Suplente) 5

6 ENQUADRAMENTO RELATÓRIO MACROECONÓMICO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

7 II. Enquadramento Macroeconómico 1. Conjuntura Internacional Num contexto de elevada incerteza, de aumento das tensões nos mercados financeiros internacionais e de quebra da confiança dos agentes económicos, assistiu-se ao longo de 2011 a um progressivo e significativo abrandamento da actividade económica a nível global, que se seguiu a alguma recuperação verificada em Embora parte da desaceleração possa ser atribuída a factores temporários, nomeadamente o impacto económico negativo do desastre natural no Japão e o efeito desfasado do forte aumento dos preços das matérias-primas, os desenvolvimentos mais recentes indicam uma tendência de desaceleração mais profunda e prolongada. A economia mundial, em particular as economias avançadas, foi afectada pela elevada turbulência nos mercados financeiros internacionais, relacionadas com o agravamento da crise da dívida soberana na Zona Euro. Neste período, e após os pedidos de assistência financeira externa da Grécia, Irlanda e Portugal, as preocupações dos participantes nos mercados, relativamente à situação das finanças públicas e à sua repercussão nos sistemas bancários, generalizaram-se ao longo do Verão a outros países da Área. Os receios das consequências económicas de uma crise de dívida nestes países provocaram fortes quedas nos mercados bolsistas e um aumento generalizado da aversão ao risco que se repercutiu em maiores custos de financiamento nos mercados de dívida dos países mais afectados e em dificuldades de liquidez nos mercados monetários. Anexo II. Enquadramento ao Balanço e à Conta Macroeconómico de Ganhos e Perdas Neste contexto, os indicadores de confiança das empresas e das famílias, que já se encontravam em níveis relativamente fracos desde o início do ano, registaram uma queda significativa na generalidade dos países. Para a deterioração do sentimento económico global contribuiu também a divulgação de dados económicos desfavoráveis para os EUA e para a Zona Euro referentes ao segundo trimestre do ano. Esta evolução conduziu a uma forte revisão em baixa das perspectivas para o crescimento económico mundial em 2011 e em 2012, apesar da manutenção de previsões relativamente favoráveis para as economias de mercado emergentes. Após o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,2 por cento, verificado em 2010, os estudos do FMI apontaram para o conjunto de 2011 para uma taxa de crescimento anual do PIB mundial em termos reais de 3,8 por cento. O abrandamento do crescimento económico em 2011 foi mais marcado nas economias avançadas com 1,6 por cento do que nas economias emergentes, que assistiram a um crescimento de 6,2 por cento. Os dados verificados em 2011, foram a sequência da intensificação da crise da dívida soberana e dos dados económicos observados no segundo, terceiro e quarto trimestre na Zona Euro e nos EUA, que se revelaram mais fracos do que o esperado, correspondendo em parte à antecipada moderação do ciclo global de produção industrial. A recuperação do consumo privado tem sido mais frágil num contexto de manutenção de condições adversas no mercado de trabalho na maior parte das principais economias ao longo de 2011, com níveis de desemprego elevados e crescimento baixo ou nulo do emprego. Adicionalmente, em alguns países, permanece a necessidade de ajustamento dos balanços das famílias e empresas, o que tem condicionado a recuperação, quer do consumo privado, quer do investimento residencial. Existem ainda alguns sinais de abrandamento do consumo público, dada a necessidade premente de consolidação orçamental. Em relação aos fluxos de comércio internacional, o ritmo de crescimento das importações 7

8 em 2011 foi inferior ao do ano anterior. Esta desaceleração foi particularmente marcada no segundo e quarto trimestre de 2011, antecipando-se que prossiga em A inflação medida pelos preços no consumidor aumentou nas principais economias avançadas, face ao observado no final do ano passado. Apesar destes desenvolvimentos, no Reino Unido e nos EUA as políticas monetárias mantiveram-se acomodatícias, contrastando com a Zona Euro onde se verificou alguma redução do carácter acomodatício da política monetária. Nas economias de mercado emergentes, a inflação continuou a aumentar em Na China, apesar da política monetária mais restritiva, a inflação atingiu 6,5 por cento em Julho e em países como o Brasil (7,2 em Agosto) e a Turquia, as descidas nas taxas de juro de referência levaram a que permaneçam os riscos de subidas mais acentuadas dos preços no consumidor, perspectivando-se que a inflação continuasse a registar níveis elevados nas economias de mercado emergentes. Depois do movimento de queda iniciado e acentuado em 2008, o preço das matérias-primas nos mercados internacionais aumentou significativamente desde o final do ano passado até Abril deste ano. No segundo trimestre, observou-se alguma moderação e até uma diminuição dos preços, na sequência da deterioração das perspectivas de crescimento mundial. Em 2011, os preços dos bens alimentares atingiram o seu valor mais elevado no primeiro trimestre, tendo posteriormente descido moderadamente. Os preços dos bens industriais também registaram um aumento, ainda que menos acentuado. Para além dos bens alimentares, o petróleo foi um dos principais responsáveis pela subida dos preços das matérias-primas, tendo atingido o valor mais elevado do ano também em Abril. Esta evolução foi, por um lado, motivada pela forte procura de matérias-primas em algumas economias de mercado emergentes, como a China e a Índia, onde o crescimento económico tem sido muito forte e intensivo em matérias-primas. Por outro lado, registaram-se também algumas limitações do lado da oferta. Em particular, as tensões políticas no Norte de África e Médio Oriente criaram alguns receios, que se vieram a materializar, de interrupção do fornecimento de petróleo em importantes países produtores, como a Líbia. No segundo semestre de 2011 assistiu-se à continuação da moderação dos preços das matérias-primas face ao abrandamento da economia mundial e ao desanuviamento das tensões políticas ainda que permaneçam em níveis muito elevados relativamente aos observados no ano anterior. II. Anexo Enquadramento ao Balanço e à Conta Macroeconómico de Ganhos e Perdas A volatilidade nos mercados financeiros internacionais aumentou com a discussão sobre a situação orçamental grega e a necessidade do envolvimento do sector privado numa eventual restruturação da dívida pública. A volatilidade nos mercados obrigacionista e accionista atingiram níveis semelhantes aos do período mais crítico da crise financeira de , logo após a falência do banco de investimento Lehman Brothers em Setembro de As tensões nos mercados financeiros internacionais foram intensificadas pelos receios de risco sistémico na Zona Euro. Para além dos países com programas de ajuda financeira, outros países apresentam elevados níveis de défice ou dívida pública, aumentando os receios dos investidores internacionais quanto à sustentabilidade das suas finanças públicas. Não obstante, a intensificação da crise de dívida soberana contribuiu para o aumento do risco de crédito do sector público das economias mais vulneráveis e também do sector bancário. Nas carteiras de investimento dos bancos encontram-se títulos de dívida pública cujos preços têm diminuído nos países onde existem receios quanto à sustentabilidade das finanças públicas. A diminuição do valor dos activos dos bancos reduz a sua capacidade de financiamento no mercado (dada a redução do valor do colateral) e aumenta o risco de crédito do sector. De facto, no mercado interbancário da área do euro o diferencial entre taxas de juro colateralizadas e não colateralizadas têm aumentado substancialmente, enquanto nos EUA e no Reino Unido isso não tem acontecido. Neste contexto, as agências de notação procederam à diminuição da notação de crédito de vários bancos de países da Zona Euro. 8

9 Indicadores 2011 (a) Produto Interno Bruto (b) Zona Euro 1,6 1,9-4,1 União Europeia (EU 27) 1,6 2,0-4,2 EUA 1,8 3,0-2,6 Mundo 3,8 5,2-0,6 Taxa de inflação (IHPC) Zona Euro 2,7 1,6 0,3 Preço do petróleo (brent USD/bbl) 110,8 76,2 62,5 Euribor a 3 meses (média anual) 1,4 0,8 1,2 Taxa de Câmbio (EUR/USD) 1,29 1,31 1,39 Fontes: Banco de Portugal, Ministério das Finanças e INE Instituto Nacional de Estatística. Notas: (a) Estimativa; (b) Variação real. No que respeita à Zona Euro, verificou-se uma diminuição no crescimento homólogo do PIB, 1,9 por cento para 1,6 por cento em 2011, influenciado pelo contributo negativo da procura interna em particular pelo consumo privado, prevendo-se segundo projecções do FMI, um crescimento negativo para 2012 e 2013 de -0,5 e -0,8, respectivamente. O contributo das exportações líquidas manteve-se inalterado em 2011, apesar da diminuição do dinamismo das importações e das exportações, sendo que o abrandamento da economia global tenderá a condicionar negativamente a perspectiva para o crescimento das exportações da Zona Euro. II. Anexo Enquadramento ao Balanço e à Conta Macroeconómico de Ganhos e Perdas A economia Alemã tem apresentado uma das dinâmicas mais fortes da Zona Euro com um crescimento em 2011 de 3,0 por cento. Simultaneamente, o mercado de trabalho evoluiu de forma favorável, registando-se uma diminuição da taxa de desemprego para níveis significativamente abaixo da média da Zona Euro. Quanto à Itália e Espanha, o crescimento económico foi muito moderado no primeiro semestre, dado o fraco contributo do consumo privado, tendo ambos terminado o ano de 2011 em queda segundo dados do FMI de 0,4 e 0,7 por cento, respectivamente. Em Espanha, a taxa de desemprego manteve a tendência de aumento desde o início do ano, situando-se em níveis acima de 20 por cento. Em Itália, pelo contrário, verificou-se uma ligeira diminuição da taxa de desemprego. Na Grécia, o crescimento do primeiro trimestre foi também positivo, mas moderado, 0,2 por cento em cadeia, enquanto em termos homólogos se observou quedas acentuadas do PIB (8,1 e 7,3 por cento no primeiro e segundo trimestres, respectivamente). A evolução dos indicadores de confiança da Zona Euro sugere a continuação de um crescimento económico moderado. A confiança dos consumidores apresentou uma tendência decrescente desde Fevereiro deste ano, tendo contribuído para esta evolução a manutenção das condições pouco favoráveis no mercado de trabalho, com a manutenção da taxa de desemprego em cerca de 10 por cento. A confiança dos empresários diminuiu no primeiro semestre e no início do terceiro trimestre, encontrandose em contracção no caso da indústria transformadora, comércio a retalho e construção. Os desenvolvimentos no mercado da habitação têm também contribuído para este sentimento negativo, sendo que na maioria dos países, os preços das habitações encontram-se em níveis inferiores aos do início da crise, encontrando-se, como excepção, os países onde o crescimento dos preços foi anteriormente mais moderado, como é o caso de Portugal e da Alemanha. Em sentido divergente, os preços em França têm continuado a subir substancialmente. 9

10 Em 2011, a economia da Zona Euro foi marcada pela intensificação da crise da dívida soberana, que entrou numa nova fase. Em particular, mantiveram-se sob pressão os países que já recorreram à ajuda financeira internacional, e em outros países, como Espanha e Itália, as taxas de rendibilidade dos títulos de dívida pública aumentaram significativamente nos meses de Julho e de Agosto de 2011, resultando numa substancial deterioração das condições de financiamento do sector público e também dos bancos nestes países. A intensificação dos receios sobre a sustentabilidade das finanças públicas em países da Zona Euro iniciou-se no final do segundo trimestre de 2011 perante a necessidade da Grécia recorrer a um segundo pacote de ajuda financeira. Nos Estados Unidos da América (EUA), o PIB abrandou ao longo de 2011, em termos homólogos, apresentando um crescimento em 2011 de 1,8 por cento face a 3,0 em O abrandamento do PIB reflectiu, em grande medida, a dinâmica da procura interna, e em particular, a despesa pública e o investimento privado residencial. Efectivamente, a necessidade de implementar medidas de correcção orçamental, a possibilidade de propagação da crise soberana na Zona Euro e de novos aumentos dos preços das matérias-primas poderão limitar a recuperação económica dos EUA nos próximos anos. O consumo privado tem sido negativamente afectado pelas condições desfavoráveis no mercado de trabalho que têm condicionado a evolução do rendimento disponível das famílias. A taxa de desemprego nos EUA permaneceu elevada ao longo de 2011 (9,1 por cento em Julho e Agosto e 8,7 por cento no final do quarto trimestre). Apesar da redução do rendimento disponível, a taxa de poupança estabilizou (ligeiramente acima de 5 por cento, em percentagem do rendimento disponível), o que é explicado pelo fraco crescimento do consumo privado. A confiança dos consumidores e dos empresários tem permanecido em níveis baixos, influenciada pelos resultados negativos do mercado accionista e pela inexistência de sinais claros de uma recuperação no mercado de habitação. Anexo II. Enquadramento ao Balanço e à Conta Macroeconómico de Ganhos e Perdas As economias de mercado emergentes continuaram a apresentar em 2011 um crescimento económico mais forte do que as economias avançadas, reforçando as dinâmicas divergentes da economia global. O possível sobreaquecimento de algumas economias de mercado emergentes poderá influenciar os preços das matérias-primas, o que se poderá traduzir em riscos sobre os preços no consumidor a nível global. Estes efeitos poderão advir não só dos preços das matérias-primas, mas também por via do efeito riqueza resultante do aumento acentuado dos preços dos activos, em particular nas economias onde a procura interna se encontra mais dinâmica. Não obstante, as economias de mercado emergentes poderão revelar um abrandamento, reflectindo políticas monetárias mais restritivas e constrangimentos de capacidade produtiva. Adicionalmente, é provável que o abrandamento da actividade nas economias avançadas se reflicta negativamente sobre as exportações das economias de mercado emergentes. Nestas condições, existem alguns riscos de um abrandamento brusco, o que resultaria em efeitos negativos sobre a procura global, mas por outro lado poderia provocar um movimento descendente dos preços das matérias-primas. A sustentabilidade da recuperação a nível internacional permanece rodeada de elevada incerteza e os riscos para as perspectivas económicas mundiais continuam a ser predominantemente descendentes. 2. Conjuntura Nacional As condições monetárias e financeiras da economia portuguesa deterioraram-se consideravelmente no decurso de Num período que continuou a ser marcado por fortes restrições no acesso dos bancos portugueses aos mercados de dívida por grosso, assistiu-se a uma crescente diferenciação do risco soberano na Zona Euro, contribuindo para agudizar as tensões nos mercados financeiros internacionais, 10

11 afectando em particular os sistemas bancários. Esta situação reflectiu-se na escalada das taxas de rendibilidade das obrigações do Tesouro para níveis economicamente incomportáveis e em acrescidas dificuldades no acesso a financiamento por parte do sector público, o que se traduziu num significativo aumento do financiamento junto dos bancos domésticos, colocando uma pressão adicional sobre as condições de financiamento do sistema bancário. O ano de 2011 foi marcado pelo início do inadiável processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo dos últimos anos da economia portuguesa. Estes desequilíbrios tinham-se traduzido em necessidades de financiamento externo persistentes e elevadas e, consequentemente, numa trajectória insustentável da posição de investimento internacional, processo esse caracterizado por uma forte restritividade da política orçamental, por uma desalavancagem gradual mas significativa do sector privado, incluindo o sector bancário, e pelo reforço das instituições favoráveis à inovação, à concorrência e à reafectação de recursos na economia. Dada a magnitude do actual hiato entre a poupança e o investimento internos traduzido em elevadas necessidades de financiamento externo perspectiva-se um período de forte contracção da procura interna, que não pode deixar de reflectir-se no crescimento da economia portuguesa. Este ajustamento com elevados custos económicos e sociais, surgiu como um imperativo incontornável para o aumento da capacidade de ajustamento e competitividade de Portugal, acompanhado por uma diminuição da rigidez nos mercados de trabalho e melhorada a flexibilidade salarial, reforçando as perspectivas de crescimento e a criação de emprego. II. Anexo Enquadramento ao Balanço e à Conta Macroeconómico de Ganhos e Perdas De facto, apenas a concretização do pedido de assistência financeira à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em Abril, permitiu evitar uma situação iminente de incumprimento do Estado Português perante os seus credores. Simultaneamente, têm sido as medidas de política não convencionais do Banco Central Europeu (BCE) a assegurar o financiamento do sistema bancário português, num quadro de virtual ausência de financiamento nos mercados internacionais de dívida por grosso a médio e longo prazo. Sem este apoio supranacional, o ajustamento da economia teria uma natureza abrupta, com implicações sobre o bem-estar social incomparavelmente mais adversas. Para o conjunto de 2011, os estudos do FMI apontaram para uma queda acentuada do PIB de -11,6 por cento, após o crescimento observado em 2010 (1,3 por cento), reflectindo a forte redução da procura interna e o aumento das exportações. No caso do consumo privado, verificou-se uma evolução particularmente negativa em 2011 que reflecte o impacto esperado da tributação extraordinária sobre o rendimento. No que respeita às exportações, os dados observados demonstram um abrandamento significativo ao longo de 2011, em linha com as perspectivas de evolução da procura mundial. Em 2011, a taxa de inflação em Portugal, medida pela variação média do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), situou-se em 3,6 por cento, representando um acréscimo de 2,2 pontos percentuais em relação ao valor observado em A taxa de inflação em 2011 tem subjacente uma forte aceleração da componente não energética dos preços no consumidor (de 0,3 por cento em 2010, para 2,2 por cento) e a manutenção do elevado ritmo de crescimento dos preços dos bens energéticos (12,4 por cento, após 9,5 por cento em 2010). A aceleração significativa dos preços no consumidor em 2011, em particular da componente não energética, reflecte a aceleração dos custos unitários do trabalho no sector privado e dos preços de importação de bens não energéticos, assim como a entrada em vigor de diversas medidas associadas ao processo de consolidação orçamental, em particular o aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), registado em meados de 2010 e início de 2011, e do preço de alguns bens e serviços sujeitos a regulação. A taxa de inflação em 2011 incorpora igualmente o aumento em Outubro da taxa do IVA sobre a electricidade e o gás natural. Em relação aos 11

12 preços dos bens energéticos, a manutenção do elevado ritmo de crescimento em 2011 encontra-se em linha com a evolução do preço do petróleo nos mercados internacionais. Indicadores 2011 (a) Produto Interno Bruto (b) -1,6 1,3-2,6 Consumo Privado (b) -3,6 2,2-1,0 Consumo Público (b) -3,2 1,8 2,9 Formação Bruta de Capital Fixo (b) -11,2-5,0-11,9 Exportações de bens e serviços (b) 7,3 8,8-11,8 Importações de bens e serviços (b) -4,3 5,2-10,9 Balança Corrente (% do PIB) -6,8-9,9-10,3 Saldo do sector público (%do PIB) -4,6-9,1-9,3 Dívida pública (% do PIB) 86,6 93,0 76,1 Taxa de desemprego 14,0 10,8 9,5 II. Anexo Enquadramento ao Balanço e à Conta Macroeconómico de Ganhos e Perdas Taxa de Inflação (IHPC) 3,6 1,4-0,9 Fontes: Banco de Portugal, Ministério das Finanças e INE Instituto Nacional de Estatística. Notas: (a) Estimativa; (b) Variação real. Em 2011, a formação bruta de capital fixo (FBCF) registou uma redução muito forte. Os valores apresentados para o final de 2011 apontaram para uma queda de 11,2 por cento, sendo consideravelmente mais acentuada do que a registada em 2010 e próxima da observada em 2009 (-5,0 e 11,9 por cento, respectivamente). Esta contracção é partilhada tanto pela componente pública, associada ao processo de consolidação orçamental, como pela componente privada. No que se refere à componente privada, reflectindo, entre outros factores, a deterioração das expectativas quanto à evolução da procura, a elevada incerteza e as condições restritivas de financiamento, designadamente as dificuldades de financiamento dos bancos nos mercados financeiros internacionais e o processo de desalavancagem do sector bancário, num contexto em que as empresas portuguesas apresentam um dos níveis de endividamento mais elevados da Zona Euro. Para além das especificidades que estarão a condicionar o investimento público e o investimento em habitação, também o investimento empresarial apresentou uma variação negativa em No que respeita à actividade económica em 2011, a forte contracção da procura interna foi acompanhada por um crescimento significativo das exportações, o qual não foi, no entanto, suficiente para compensar o impacto do ajustamento dos níveis de procura por parte dos agentes residentes, traduzindo-se assim num ajustamento significativo dos desequilíbrios da economia portuguesa. Em particular, estimou-se uma diminuição de -6,8 por cento no défice da balança corrente e de capital nestes dois anos. Este ajustamento resulta, por um lado, de algum aumento da taxa de poupança interna e, por outro, de uma significativa contracção do investimento. Em particular, o investimento privado foi condicionado pela elevada incerteza quanto à correcção dos desequilíbrios macroeconómicos, pela deterioração das expectativas quanto ao dinamismo da economia e pela necessidade de ajustamento dos balanços das empresas face ao seu elevado nível de endividamento, num quadro de aumento das restrições de financiamento pelo sistema bancário. Do lado da oferta, é particularmente 12

13 marcante o facto de o emprego cair de forma contínua desde finais de 2008 não se perspectivando uma inversão da tendência ascendente da taxa de desemprego num futuro próximo. Por seu turno, assistiu-se a dinâmicas distintas entre a procura externa e interna. Por um lado, as exportações mantiveram um dinamismo significativo no conjunto do ano, em linha com a evolução esperada da economia mundial. Em sentido contrário, assistiu-se a uma redução acentuada e generalizada da procura interna pública e privada. Neste contexto, é de destacar a forte quebra do consumo privado em 2011 que, pela primeira vez desde 2001, apresentou uma variação inferior à do PIB, e a manutenção do fraco desempenho do investimento, que voltou a apresentar uma queda muito significativa em O consumo privado registou no conjunto de 2011, uma redução de 3,6 por cento em Não obstante, a persistência de um diferencial de crescimento negativo do PIB em relação à Zona Euro, no caso do consumo privado este diferencial foi positivo nos últimos três anos, registando-se uma inversão desta tendência em A queda bastante acentuada para o consumo privado em 2011 encontra-se em linha com a evolução do rendimento disponível real, sendo consistente com a redução do rendimento permanente das famílias, o que condicionou significativamente as respectivas restrições intertemporais. As projecções para a economia portuguesa, apresentadas pelo Banco de Portugal, apontam para uma contracção da economia portuguesa em 2012, seguida de uma virtual estagnação em Esta contracção da actividade económica, a qual não tem precedentes na economia portuguesa, traduz uma queda significativa da procura interna, tanto pública, como privada, num quadro de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos básicos. A forte contracção da procura interna é acompanhada por um crescimento significativo das exportações, o qual não é no entanto suficiente para compensar o impacto do ajustamento dos níveis de procura por parte dos agentes residentes, num quadro de desalavancagem do sector privado e consolidação orçamental. II. Anexo Enquadramento ao Balanço e à Conta Macroeconómico de Ganhos e Perdas O cumprimento dos objectivos orçamentais, numa perspectiva de sustentabilidade estrutural, constitui um elemento chave do ajustamento da economia. O orçamento de Estado para 2012 reveste-se de uma exigência acrescida, devendo à partida incorporar um conjunto muito considerável de medidas estruturais. Note-se, em particular, que a sustentabilidade das finanças públicas exigirá uma posição estrutural caracterizada por excedentes primários substanciais no médio prazo. A concretização deste objectivo será instrumental para assegurar o retorno do Estado e dos restantes agentes económicos ao financiamento nos mercados internacionais. A adopção inadiável das medidas de ajustamento macroeconómico não deixará de determinar efeitos recessivos no curto prazo. Contudo, estas medidas afiguram-se indispensáveis à reposição de um conjunto de equilíbrios macroeconómicos, a qual é fundamental para assegurar um crescimento sustentado da economia portuguesa no médio e longo prazos e para a obtenção de financiamento nos mercados financeiros internacionais. Simultaneamente, o processo de redução do endividamento do sector privado, no contexto de uma desalavancagem gradual e ordenada do sistema bancário, tornará o ajustamento mais exigente, limitando a possibilidade de alisamento da despesa por parte das famílias e das empresas. Não obstante, a trajectória da economia portuguesa num futuro próximo encontra-se ainda rodeada de elevada incerteza, em função, nomeadamente, das características da resolução institucional da actual crise da dívida soberana na Zona Euro, bem como da magnitude e persistência da dinâmica de desaceleração da economia internacional. 13

14 MERCADO SEGURADOR 14

15 III. Mercado Segurador O Mercado Segurador, no exercício 2011, apresentou um decréscimo de -28,7% ao nível dos prémios brutos emitidos de seguro directo. No âmbito dos ramos Não Vida, ramo no qual a Popular Seguros actua, o mercado apresentou um decréscimo de -1,2 por cento relativamente a No entanto, e devido ao elevado decréscimo verificado no ramo Vida, o peso do sector não vida aumentou em 10 por cento, justificado pelo decréscimo de 10 por cento do ramo Vida do sector segurador. Estrutura de Mercado Ramo Não Vida 35,3% 25,5% 28,5% 28,2% 31,9% Fonte: ISP Actividade Seguradora em Portugal Produção de Seguro Directo. Apresenta-se no quadro seguinte a evolução do Mercado Segurador Não Vida no último triénio: Evolução (Ramo Não Vida milhões de Euros) III. Anexo Mercado ao Balanço Segurador e à /10 Tx. Cresc. 10/09 Tx. Cresc. Prémios de Seguro Directo ,2% 0,7% Fonte: ISP Actividade Seguradora em Portugal Produção de Seguro Directo. O montante de prémios Não Vida emitidos, em 2011, ascendeu a milhares de Euros. Deste valor, cerca de 40,3% correspondem ao ramo Automóvel, 31,7% ao ramo Acidentes e Doença, 18,7% ao ramo Incêndio e Outros Danos e 9,3% aos restantes ramos. De sublinhar que os ramos Automóvel, Incêndio e Outros voltaram a ganhar peso no total do sector, por contrapartida do ramo Acidentes e Doença que perdeu 0,8 por cento face ao período homólogo. Peso por Área de Negócio (Ramos Não Vida) Acidentes e Doença 31,7% 32,5% 32,8% 32,3% 31,3% Incêndio e Outros Danos 18,7% 18,4% 18,0% 16,9% 16,1% Automóvel 40,3% 40,1% 40,2% 41,9% 44,4% Marítimo, Aéreo e Transportes 1,6% 1,6% 1,9% 1,9% 1,9% Responsabilidade Civil Geral 2,8% 2,8% 2,7% 2,5% 2,5% Diversos 5,0% 4,6% 4,4% 4,4% 3,8% TOTAL 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Fonte: ISP Actividade Seguradora em Portugal Produção de Seguro Directo. 15

16 Os Ramos Diversos bem como o Ramo Incêndio e Outros Danos foram os que mais contribuíram para a boa performance do ramo Não Vida, com um crescimento verificado de 7,2% ( milhares de Euros) e de 0,5% ( milhares de Euros), respectivamente. Com decréscimo acentuado esteve o Ramo de Acidentes e Doença apresentando -3,9% ( milhares de Euros) face ao antecedente ano. Crescimento (Ramos Não Vida) Acidentes e Doença -3,9% -0,1% -2,7% 1,7% 1,6% Incêndio e Outros Danos 0,5% 2,5% 2,0% 3,5% 2,9% Automóvel -0,7% 0,4% -8,0% -6,9% -2,9% Marítimo, Aéreo e Transportes -3,3% -12,2% -3,9% -1,9% 5,8% Responsabilidade Civil Geral -1,8% 4,0% 2,3% 0,9% 11,2% Diversos 7,2% 5,3% -5,4% 14,0% 16,4% TOTAL -1,2% 0,7% -4,1% -1,4% 0,5% Fonte: ISP Actividade Seguradora em Portugal Produção de Seguro Directo. III. Anexo Mercado ao Balanço Segurador e à 16

17 ACTIVIDADE DA POPULAR SEGUROS EM

18 IV. Actividade da Popular Seguros em Principais Indicadores A POPULAR SEGUROS tem como objectivo desenvolver o negócio de seguros não vida no contexto Banca-Seguros, em ligação com o Banco Popular Portugal, S.A.. No ano de 2010, a Companhia alargou a sua gama de produtos aos seguros de Acidentes de Trabalho, Automóvel, Responsabilidade Civil Geral e ao ramo Diversos, tendo iniciado em 2011 a comercialização do ramo Doença. Os indicadores que se apresentam, seguidamente, ilustram a actividade da Popular Seguros em 2011 e 2010: Anexo IV. Actividade ao Balanço da e Popular à Conta Seguros de Ganhos em 2011 e Perdas 2. Prémios e Apólices A POPULAR SEGUROS registou, em 2011, um volume de prémios brutos emitidos no montante de Euros ( Euros em 2010). No volume total de negócios, o peso do segmento de Incêndio e Outros Danos ascendeu a 48,2% ( Euros), seguido de Acidentes e Doença com 31,5% ( Euros). O ramo Automóvel teve o maior crescimento face ao período homólogo de 204%, justificado pelo facto de em 2010 ser um ramo em iniciação e representava 16,8% ( Euros). Os restantes ramos figuravam, apenas, 3,5% ( Euros) em

19 Evolução da Actividade A evolução dos prémios de seguro directo, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser vista como segue: IV. Anexo Actividade ao Balanço da Popular e à Conta Seguros de Ganhos em 2011 e Perdas A evolução dos prémios de resseguro cedido, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, é como segue: 3. Comissões As comissões processadas pela intermediação de produtos de seguros atingiram, em 2011, o montante de Euros ( Euros em 2010). No âmbito dos custos de exploração líquidos, os custos de aquisição (deduzidos dos custos de aquisição diferidos) elevaram-se a Euros ( Euros em 2010), os custos administrativos a Euros ( Euros em 2010) e o montante das comissões e participação de resultados no resseguro a Euros ( Euros em 2010). 19

20 4. Custos com sinistros Os montantes pagos (montantes brutos, incluindo custos de gestão) relativos a custos com sinistros, em 2011, atingiram o montante de Euros ( Euros em 2010), sendo Euros relativos ao ramo de Incêndios e Outros Danos ( Euros em 2010), Euros ( Euros em 2010) referentes a seguros de Acidentes e Doença, Euros referentes a seguros de Automóvel e Euros no que respeita a Responsabilidade civil geral. A evolução dos custos com sinistros de seguro directo, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser vista como segue: IV. Anexo Actividade ao Balanço da Popular e à Conta Seguros de Ganhos em 2011 e Perdas A taxa de sinistralidade da Companhia (custos com sinistros/ prémios adquiridos) apresentou um agravamento de 5,9% em relação ao ano anterior, para 38,8%, justificado essencialmente pelo aumento da sinistralidade verificada nos ramos Responsabilidade civil geral (+2,7%) e Acidentes e Doença (+2,6%). O Ramo automóvel apresenta a maior taxa de sinistralidade (102,9%), no entanto, assistiu-se a uma ligeira diminuição face ao período homólogo (-3,5%), justificado pelo aumento dos prémios adquiridos neste ramo. Em termos de taxa de sinistralidade calculada sobre os prémios emitidos (custos com sinistros/ prémios emitidos), a Companhia apresenta uma taxa de 35,2% (face a 27,2% em 2010), verificando-se um aumento significativo nas taxas dos novos ramos, nomeadamente, o ramo Automóvel com uma taxa de 69,2% face a uma taxa de 48,8% apresentada no período homólogo. 20

21 A evolução dos custos com sinistros de resseguro cedido, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser vista como segue: 5. Provisões Técnicas As provisões técnicas de seguro directo, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são desagregadas da seguinte forma: IV. Anexo Actividade ao Balanço da Popular e à Conta Seguros de Ganhos em 2011 e Perdas A provisão para prémios não adquiridos totalizou, em 2011, o montante de Euros ( Euros em 2010), correspondendo este montante a uma componente de prémios não adquiridos ( Euros) deduzida dos custos de aquisição diferidos ( Euros). Do total da provisão para prémios não adquiridos, 57,3% respeitam ao segmento de Acidentes e Doença ( Euros), 27,3% a Incêndio e Outros Danos ( Euros), 13,0% ao segmento Automóvel ( Euros), 1,4% ao ramo Responsabilidade civil geral ( Euros) e, os restantes 1,1% ao ramo Diversos ( Euros). A provisão para sinistros de seguro directo apresentou, em 31 de Dezembro de 2011, um montante total de Euros ( Euros em 2010), dos quais Euros correspondem ao ramo Acidentes de Trabalho ( Euros em 2010). O crescimento verificado em 2011, face ao período homólogo, deveu-se em grande parte ao ramo Incêndio e Outros Danos com um valor de Euros ( Euros em 2010), ao ramo Automóvel com um valor de Euros ( Euros em 2010) e ao ramo Acidentes e Doença com um valor de Euros ( Euros em 2010). O ramo Responsabilidade civil geral registou em 31 de Dezembro de 2011 um montante de Euros (567 Euros em 2010). 21

22 No decorrer do ano de 2011, a Companhia por forma a fazer face a prováveis indemnizações e encargos a suportar após o termo do exercício e que excedam o valor dos prémios não adquiridos, dos prémios exigíveis e relativos a contratos em vigor e dos prémios que se renovam em Janeiro do ano seguinte, constituiu uma provisão para riscos em curso no montante de Euros, para os ramos de Automóvel e Responsabilidade Civil (ramos com início da sua comercialização em 2010). 6. Saldo Técnico Líquido de Resseguro O saldo técnico líquido de resseguro, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, é apresentado como segue: IV. Anexo Actividade ao Balanço da Popular e à Conta Seguros de Ganhos em 2011 e Perdas O saldo técnico líquido de resseguro ascendeu, em 2011, ao montante de Euros, com um crescimento de 53,9% em relação ao ano anterior. O ramo Acidentes e Doença teve o maior acréscimo no montante Euros representando um crescimento de 561,5%, em relação ao ano de No entanto, os ramos de Responsabilidade Civil e Diversos registaram um decréscimo de (401,2%) e (120,7%) respectivamente. 7. Investimentos Em 31 de Dezembro de 2011, a carteira de investimentos da Popular Seguros elevava-se a Euros ( Euros em 2010). Deste valor, cerca de 74,4% (75,8% em 2010) são representados por Obrigações e outros títulos de rendimento fixo, sendo os restantes 25,6% (24,2% em 2010) representados por Unidades de Participação em Fundos de Investimento. 22

23 8. Custos Operacionais Em 2011, os custos operacionais ascenderam ao montante de Euros ( Euros em 2010), apresentando um crescimento de 24,9% face ao período homólogo, o correspondente a um aumento de cerca de 147 mil Euros. Do total dos custos, os Fornecimentos e Serviços Externos ocupam o maior peso (81,6% em 2011 e 82,4% em 2010), seguido das amortizações (12,8% em 2011 e 14,2% em 2010). Os custos operacionais podem ser visualizados como segue: IV. Anexo Actividade ao Balanço da Popular e à Conta Seguros de Ganhos em 2011 e Perdas 9. Resultado do Exercício, Capital Próprio e Margem de Solvência A POPULAR SEGUROS foi constituída em 30 de Agosto de 2006 com um capital social de 7,5 milhões de Euros, representado por 1,5 milhões de acções ordinárias de valor nominal de 5 Euros cada. Não se verificou qualquer aumento de capital desde essa data. O resultado do exercício, em 31 de Dezembro de 2011, foi de Euros (4.283 Euros em 2010). Os capitais próprios ascendiam, em 31 de Dezembro de 2011, ao montante de Euros ( Euros em 2010): A taxa de cobertura da margem de solvência da POPULAR SEGUROS, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, decompunha-se como segue: 23

24 A taxa de cobertura da margem de solvência apresentou um aumento para 226,4% em 2011 (218,5% em 2010). Relativamente aos elementos representativos da margem estes são compostos essencialmente pelo Capital Social. 10. Gestão de Riscos e Controlo Interno IV. Anexo Actividade ao Balanço da Popular e à Conta Seguros de Ganhos em 2011 e Perdas O ano de 2011 foi marcado pela consolidação da metodologia de cálculo dos requisitos de capital tendo em conta o futuro regime do Solvência II. Neste contexto são de destacar os seguintes desenvolvimentos em 2011: Actualização dos processos da Companhia de seguros, identificação de riscos e controlos associados; Participação nas reuniões organizadas pelo ISP e pela APS sobre matérias referentes à evolução do projecto Solvência II e implementação de modelos internos; Análise do Estudo de Impacto Quantitativo tendo em conta as regras do Solvência II ao cálculo no Capital Económico das empresas de seguros e como objectivo a tomada de decisão de gestão. 11. Principais Projectos e Iniciativas em 2011 Para que a Popular Seguros conseguisse ultrapassar a difícil conjuntura, vivida no mercado financeiro e segurador em 2011, foram vários os projectos e iniciativas desenvolvidas e, que em conjunto, contribuíram como uma oportunidade de inovação e de aproximação aos clientes e aos vários canais de distribuição, nomeadamente: A disponibilização da subscrição online mediante a utilização do cartão de cidadão e o pagamento imediato via cartão de crédito; A possibilidade de subscrição de seguros de saúde através de TeleSubscrição, ou seja, da realização do processo de análise de risco através de uma entrevista telefónica com um profissional de saúde, em vez do tradicional preenchimento de questionário; A elaboração e o envio trimestral aos clientes dos extractos integrados com a posição dos seus seguros, permitindo-lhes, com um único documento, acompanhar todo o seu portfolio de seguros; O aumento da interactividade com os clientes, disponibilizando nos nossos sites o «click to chat» (para além do «click to call» já anteriormente existente), permitindo uma resposta imediata; Desenvolvimento de soluções para doenças graves e protecção no desemprego ajustadas a cada realidade; Dotação das redes de vendas de plataformas online que permitem a emissão e entrega imediatas das apólices aos clientes. 24

25 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 25

26 V. Proposta de Aplicação de Resultados O resultado líquido positivo do exercício de 2011 foi de Euros, propondo-se a seguinte aplicação: Para Reserva Legal: Euros; Para Resultados Transitados: Euros. V. Anexo Proposta ao Balanço de Aplicação e à Conta de Resultados de Ganhos e Perdas 26

27 PERSPECTIVAS FUTURAS 27

28 VI. Perspectivas Futuras Os principais projectos/iniciativas para os anos de 2012 e seguintes, que visam contribuir para a concretização dos objectivos estratégicos, tácticos e operativos definidos pela Popular Seguros, podem ser descritos como segue: Foco no cliente Focalizar prioritariamente a actividade de contacto no cliente, promovendo a segmentação e elegendo como mercados prioritários as PME s e Particulares; Disponibilizar uma oferta global e integrada nas áreas da protecção pessoal e do património; Aumentar o Cross-Selling com os clientes do Banco Popular; Assegurar a retenção de clientes e sucesso das vendas. Alargamento da Rede de Distribuição Alargar a base de distribuição a Redes especializadas, Mediação profissional, Redes bancárias e Affinities; Criação e implementação de novas redes de consultores aproximando-nos dos nossos clientes. VI. Anexo Perspectivas ao Balanço Futuras e à Sustentar um nível de rentabilidade Incrementar as margens técnicas do negócio, através quer de uma política de preço adequada e uma selecção de riscos exigente, quer de uma redução contínua dos custos unitários, através do aumento da escala e da monitorização da base de custos.. Melhoria da operacionalidade Promover a eficiência de processos através da automatização e desmaterialização de processos; Implementar um modelo de proximidade e disponibilidade física e digital a clientes e canais. No âmbito da Gestão de Risco, para 2012 prevêem-se o desenvolvimento das seguintes atividades: Acompanhamento dos desenvolvimentos do futuro regime do Solvência II; Desenvolver políticas e exercícios de Stress Test tendo em conta os requisitos da gestão e os regulamentados pelo ISP; Análise e estudo do suporte técnico e tecnológico para cumprimento dos estudos quantitativos; Reavaliação do risco operacional da Popular Seguros, através de análises qualitativas tendo em conta a frequência e o impacto de cada risco associado aos processos da Companhia. 28

29 CONSIDERAÇÕES FINAIS 29

30

31 ANEXO AO RELATÓRIO RELATÓRIO DO CONSELHO DE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

32 VIII. Anexo ao Relatório do Conselho de Administração Participação de Accionistas que, em 31 de Dezembro de 2011, detinham um décimo ou mais do total das acções (art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais): Participação de Accionistas Unidade: Euros 2011 Percentagem Eurovida Companhia de Seguros de Vida, S.A % VIII. Anexo Anexo ao Balanço ao Relatório e à do Conselho Conta de de Ganhos Administração e Perdas 32

33 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 33

34 Demonstrações Financeiras 2011 Contas de Ganhos e Perdas de 2011 Conta Anexo de ao Ganhos Balanço e e Perdas à (cont.) O Técnico Oficial de Contas 34

35 Contas de Ganhos e Perdas de 2011 (cont.) Conta Anexo de ao Ganhos Balanço e Perdas à O Técnico Oficial de Contas 35

36 Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2011 Demonstração Anexo ao Balanço da Posição e à Financeira O Técnico Oficial de Contas 36

37 Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2011 Demonstração Anexo ao Balanço da Posição e à Financeira O Técnico Oficial de Contas 37

38 Demonstração de Alterações de Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2011 O Técnico Oficial de Contas Demonstração Anexo ao Balanço de Alterações e à de Conta Capital de Próprio Ganhos e Perdas 38

39 Demonstração de Alterações de Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2010 O Técnico Oficial de Contas Demonstração Anexo ao Balanço de Alterações e à de Conta Capital de Próprio Ganhos e Perdas 39

40 Demonstração de Rendimento Integral O Técnico Oficial de Contas Demonstração Anexo ao Balanço de e à Rendimento Conta de Ganhos Integral e Perdas 40

41 Demonstração de Fluxos de Caixa Demonstração Anexo ao Balanço de Fluxos e à de Caixa O Técnico Oficial de Contas 41

42 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS 2009 ANEXO AO BALANÇO E À CONTA DE GANHOS E PERDAS

43 Conta de Ganhos e Perdas de 2011 (Valores expressos em Euros) As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 8 de Março de Nota 1 Informações Gerais 1.1. Domicílio e forma jurídica da empresa de seguros, o seu país de registo e o endereço da sede registada A POPULAR SEGUROS - Companhia de Seguros, S.A. foi constituída em 30 de Agosto de 2006, com um capital de Euros, na sequência do despacho de autorização emitido pelo Instituto de Seguros de Portugal, incluído na Norma n.º 5/2006-A, de 25 de Julho, e tem como objecto exclusivo o exercício da actividade de seguro directo e de resseguro dos ramos Não Vida, podendo ainda exercer as actividades conexas ou complementares das de seguro ou resseguro autorizadas por lei. A Companhia iniciou a comercialização dos seus produtos em Outubro de 2006 e tem a sua sede na Rua Ramalho Ortigão, n.º 51 em Lisboa Descrição da natureza do negócio da empresa de seguros e do ambiente externo em que opera A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para o ramo não vida para o qual obteve a devida autorização do Instituto de Seguros de Portugal (ISP). Na sua actividade, a Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para o ramo não vida, operando nos ramos Acidentes de Trabalho, Acidentes Pessoais, Incêndio e Outros Danos, Automóvel, Responsabilidade Civil Geral, Protecção Jurídica e Assistência, e apenas em Portugal. No decorrer do exercício de 2009, a Popular Seguros solicitou autorização ao Instituto de Seguros de Portugal para alargar o âmbito da sua actividade seguradora a outros ramos, modalidades, e grupos de ramos não vida, conforme classificação do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de Abril. A Companhia obteve, através da Norma de Autorização n.º 5/2009-A, de 29 de Outubro de 2009, autorização por parte do Instituto para a exploração dos seguintes ramos e modalidades: responsabilidade Civil Geral na modalidade outras, Protecção Jurídica e Assistência; e dos seguintes grupos de ramos não vida: Seguro de Acidentes e Doença e Seguro Automóvel. Em 2010, a Companhia iniciou a comercialização nos ramos Acidentes de Trabalho, Automóvel, Responsabilidade Civil Geral, Protecção Jurídica e Assistência. Durante o ano de 2011, a Companhia iniciou a comercialização do ramo Doença tendo continuado a aposta nos novos ramos de 2010, nomeadamente Acidentes de Trabalho e Automóvel. 43

44 A Actividade Seguradora em Portugal tem conhecido nos últimos anos um crescimento sustentado. No entanto, o Mercado Segurador viveu em 2011 um ano de contracção, sem paralelo, da produção de seguro directo, recuando mesmo a volumes inferiores aos verificados em No exercício de 2011, de acordo com os valores provisórios apresentados pelo Instituto de Seguros de Portugal, o Mercado Segurador apresentou uma queda de -28,7% sendo o volume total de prémios de seguro directo de 11,6 mil milhões de Euros. Esta evolução foi originada, essencialmente, pela queda verificada no Ramo Vida em -38,1% (representando um decréscimo de 4,6 mil milhões de Euros), que em 2010 tinha crescido 17,2%. O ramo Não Vida, embora menos acentuado, apresentou um decréscimo de -1,2%, quando no ano anterior tinha crescido 0,8%. A Popular Seguros tem apostado nos últimos anos no alargamento e diversificação da sua oferta, comercializando produtos nos segmentos de protecção pessoal e patrimonial. Utiliza como canal de distribuição maioritário o Bancassurance, tendo o Banco Popular Portugal como canal preferencial. Recentemente tem vindo a apostar no reforço da sua distribuição no canal da Mediação e Redes Especializadas. Outras informações sobre a natureza do negócio e do ambiente externo em que a Popular Seguros opera encontram-se nos capítulos II, III e IV do presente Relatório e Contas. Nota 2 Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas contabilísticas adoptadas 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras apresentadas da Companhia reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas de Seguros, emitido pelo ISP e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, e subsequentemente alterado pelas Normas Regulamentares n.º 20/2007-R, de 31 de Dezembro e n.º 22/2010-R, de 16 de Dezembro e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização das operações das empresas de seguros estabelecidas pelo ISP. Este Plano de Contas, actualmente em vigor, introduziu os International Financial Accounting Standards (IFRS) tal como adoptados na União Europeia, excepto o IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente ao qual apenas são adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores. Tal como descrito abaixo, sob o título Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, a Companhia adoptou na preparação destas demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações do Internacional Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de Esta adopção teve impacto em termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando alterações de políticas contabilísticas, nem afectando a posição financeira da Companhia. 44

45 As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor, nomeadamente, activos financeiros disponíveis para venda e activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas. Os restantes activos e passivos financeiros, bem como os activos e passivos não financeiros, são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico. A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Estas estimativas e pressupostos são baseados na informação disponível mais recente, servindo de suporte para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é suportada por outras fontes. Alterações em tais pressupostos, ou diferenças destes face à realidade, poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 3 do presente relatório. a) Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), ocorreram as seguintes emissões, alterações e melhorias nas Normas e Interpretações com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2011: i) IAS 32 (alteração), Instrumentos financeiros: Apresentação classificação de direitos emitidos. Esta alteração refere-se à contabilização de direitos emitidos denominados em moeda diferente da moeda funcional do emitente. Se os direitos forem emitidos pro-rata aos accionistas por um montante fixo em qualquer moeda, considera-se que se trata de uma transacção com accionistas a classificar em Capitais próprios. Caso contrário, os direitos deverão ser registados como instrumentos derivados passivos. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. ii) IFRS 1 (alteração), Adopção pela primeira vez das IFRS. Esta alteração permite às entidades que adoptem IFRS pela primeira vez, usufruírem do mesmo regime transitório da IFRS 7 Instrumentos financeiros Divulgações, o qual permite a isenção na divulgação dos comparativos para a classificação do justo valor pelos três níveis exigidos pela IFRS 7, desde que o período comparativo termine até de 31 de Dezembro de Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. iii) IAS 24 (alteração), Partes relacionadas. A alteração à norma elimina os requisitos gerais de divulgação de partes relacionadas para as entidades públicas sendo contudo obrigatória a divulgação da relação da Entidade com o Estado e quaisquer transacções significativas que tenham ocorrido com o Estado ou entidades relacionadas com o Estado. Adicionalmente, a definição de parte relacionada foi alterada para eliminar inconsistências na identificação e divulgação das partes relacionadas. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. iv) IFRIC 14 (alteração), IAS 19 - Limitação aos activos decorrentes de planos de benefícios definidos e a sua interacção com requisitos de contribuições mínimas. Esta alteração clarifica que quando é apurado um saldo activo resultante de pagamentos antecipados voluntários por conta de contribuições mínimas futuras, o excesso positivo pode ser reconhecido como um activo. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. 45

46 v) IFRIC 19 (alteração), Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital. Esta interpretação clarifica qual o tratamento contabilístico a adoptar quando uma entidade renegoceia os termos de uma dívida que resulta no pagamento do passivo através da emissão de instrumentos de capital próprio (acções) ao credor. Um ganho ou uma perda é reconhecido nos resultados do exercício, tomando por base o justo valor dos instrumentos de capital emitidos e comparando com o valor contabilístico da dívida. A mera reclassificação do valor da dívida para o capital não é permitida. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações financeiras da Companhia. b) Melhoria anual das normas em 2010, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011 O processo de melhoria anual de 2010 afecta as normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC 13. Estas melhorias foram adoptadas pela Companhia, quando aplicáveis. i) IFRS 1, Adopção pela primeira vez das IFRS (efectiva para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011). Esta melhoria clarifica que: a) Uma entidade que adopte as IFRS pela primeira vez e que altere as suas políticas contabilísticas ou a utilização das isenções previstas pela IFRS 1, após a publicação de demonstrações financeiras intercalares, deve justificar essas alterações e incluir os respectivos impactos na reconciliação dos saldos iniciais, nas primeiras demonstrações financeiras reportadas em IFRS; b) A isenção de utilizar o custo considerado resultante de uma revalorização efectuada no âmbito de eventos como uma privatização, ocorrido à data ou antes da data da transição para as IFRS é alargada às revalorizações que ocorrem durante o primeiro período das demonstrações financeiras reportado em IFRS; c) As Entidades sujeitas a regulação podem utilizar os valores contabilísticos dos activos tangíveis e activos intangíveis conforme registados no âmbito do normativo anterior, como custo considerado, item a item. Na data da transição, as Entidades que utilizam esta isenção são obrigadas a testar cada activo para imparidade conforme previsto na IAS 36 Imparidade de activos. ii) IFRS 3, Concentrações de actividades empresariais (efectiva para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2010). Esta melhoria clarifica que: a) Pagamentos contingentes resultantes de uma concentração de actividades empresariais ocorridas em data anterior à adopção da IFRS 3 Revista (2008), devem ser contabilizados de acordo com os requisitos da versão anterior da IFRS 3 (2004); b) A opção de mensurar os interesses não controlados ao justo valor ou na proporção da percentagem detida sobre o activo líquido da entidade adquirida aplica-se apenas a instrumentos que representem efectiva propriedade na entidade e que dão direito a uma proporção nos activos líquidos, em caso de liquidação. Todas as outras componentes dos interesses não controlados são mensuradas ao justo valor excepto se outra base de mensuração seja exigida pelas IFRS; c) Os requisitos da IFRS 3 aplicam-se a todas as transacções de pagamentos baseado em acções que são parte de uma concentração de actividades empresariais, incluindo os planos de pagamentos baseados em acções não alterados ou alterados voluntariamente. 46

47 iii) IFRS 7, Instrumentos financeiros: divulgações (efectiva para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2010). Esta melhoria refere a necessidade de conjugar as divulgações quantitativas e qualitativas, bem como a natureza e extensão dos riscos resultantes dos instrumentos financeiros registados nas demonstrações financeiras preparadas em IFRS. iv) IAS 1, Apresentação das demonstrações financeiras (efectiva para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011). O IASB clarifica que uma entidade pode apresentar a reconciliação das alterações de cada componente do capital próprio na demonstração de alterações do capital próprio ou nas notas às demonstrações financeiras. v) IAS 27, Demonstrações financeiras separadas e consolidadas (efectiva para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2010). Esta melhoria clarifica que as alterações efectuadas à IAS 21, IAS 28 e IAS 31 resultantes da revisão efectuada à IAS 27, devem ser aplicadas prospectivamente. vi) IAS 34, Relato financeiro intercalar (efectiva para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011). Maior ênfase nos requisitos de divulgação da IAS 34 relativamente a eventos e transacções, incluindo alterações à mensuração ao justo valor e à necessidade de actualizar informação relevante relativa ao último relatório anual. vii) IFRIC 13, Programas de fidelização de clientes (efectiva para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011). Esta melhoria clarifica que quando o justo valor dos créditos de prémios é mensurado com base no justo valor dos prémios pelos quais podem ser trocados, o justo valor dos créditos de prémios deve ter em consideração o impacto da estimativa dos créditos que irão expirar assim como o justo valor dos descontos ou incentivos que teriam de ser oferecidos aos clientes a quem não foram atribuídos créditos de prémio numa venda inicial. c) Novas normas e alterações a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, apenas são de aplicação obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Julho de 2011 ou em data posterior i) IFRS 1 (alteração), Adopção pela primeira vez das IFRS (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. Esta alteração visa incluir uma isenção específica para as entidades que operavam anteriormente em economias hiper inflacionárias e que adoptem pela primeira vez as IFRS. A isenção permite a uma Entidade optar por mensurar determinados activos e passivos ao justo valor e utilizar o justo valor como custo considerado na demonstração da posição financeira de abertura para as IFRS. Outra alteração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por data da transição para as IFRS nas excepções à aplicação retrospectiva da IFRS. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. ii) IRFS 7 (alteração), Instrumentos financeiros: Divulgações Transferência de activos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. Esta alteração à IFRS 7 refere-se às exigências de divulgação a efectuar relativamente a activos financeiros transferidos para terceiros mas não desreconhecidos do balanço por a entidade manter obrigações associadas ou envolvimento continuado. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. 47

48 iii) IAS 12 (alteração), Impostos sobre o rendimento (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. Esta alteração requer que uma Entidade mensure os impostos diferidos relacionados com activos dependendo se a Entidade estima recuperar o valor líquido do activo através do uso ou da venda, excepto para as propriedades de investimento mensuradas de acordo com o modelo do justo valor. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios incluídos na SIC 21. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. iv) IAS 1 (alteração), Apresentação de demonstrações financeiras (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. Esta alteração requer que as Entidades apresentem de forma separada os itens contabilizados como Outros rendimentos integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no futuro por resultados do exercício e o respectivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes de impostos. v) IFRS 9 (novo), Instrumentos financeiros classificação e mensuração (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. A IFRS 9 refere-se à primeira parte da nova norma sobre instrumentos financeiros e prevê duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detém para receber os cash-flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário, os instrumentos financeiros são valorizados ao justo valor por via de resultados. vi) IFRS 10 (novo), Demonstrações financeiras consolidadas (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado. vii) IFRS 11 (novo), Acordos conjuntos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser operações conjuntas (direitos sobre activos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre o activo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação proporcional deixa de ser permitida. viii) IFRS 12 (novo), Divulgação de interesses em outras entidades (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da Entidade. Uma Entidade pode efectuar algumas ou todas as divulgações sem que tenha de aplicar a IFRS 12 na sua totalidade ou as IFRS 10 e 11 e as IAS 27 e 28. ix) IFRS 13 (novo), Justo valor: mensuração e divulgação (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. A IFRS 13 tem como objectivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição precisa de justo valor e 48

49 constituir a única fonte dos requisitos de mensuração e divulgação do justo valor a aplicar de forma transversal por todas as IFRS. x) IAS 27 (revisão 2011), Demonstrações financeiras separadas (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas quando uma Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. xi) IAS 28 (revisão 2011), Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 e prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e estabelece os requerimentos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. xii) IAS 19 (revisão 2011), Benefícios aos empregados (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela UE. Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efectuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios actuariais passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do corredor). O custo financeiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida da responsabilidade não fundeada. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro Principais políticas contabilísticas adoptadas As principais políticas contabilísticas, abaixo descritas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados nas demonstrações financeiras: a) Reporte por segmentos Um segmento de negócio é um conjunto de activos/passivos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio. Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos. A Popular Seguros encontra-se estruturada de acordo com as seguintes áreas de negócio: Acidentes e doença; Incêndio e outros danos; Automóvel; Responsabilidade civil geral; Diversos 49

50 b) Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transacção (divulgadas pelo Banco de Portugal). Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas. c) Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição, sendo depreciados e sujeitos a testes de imparidade. As suas depreciações são calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, numa base duodecimal, considerando as seguintes taxas anuais que reflectem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens: Activos fixos tangíveis Taxas anuais Instalações 10% Máquinas e Aparelhos 10% - 25% Viaturas 25% Mobiliário e Equipamento 10% - 33,33% No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16. Ao nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato financeiro. Os custos subsequentes com os activos tangíveis são capitalizados no activo apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda de imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados para os activos registados ao custo. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil. 50

51 d) Activos intangíveis Os custos incorridos com a aquisição de aplicações informáticas são capitalizados como activos intangíveis, assim como as despesas adicionais necessárias à sua implementação. Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, sobre os quais seja expectável que estes venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis. Os activos intangíveis estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição, sendo amortizados e sujeitos a testes de imparidade. As suas amortizações são calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, com base nas seguintes taxas anuais que reflectem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens: Activos intangíveis Taxas anuais Despesas com Aplicações Informáticas 33,33% Outros 33,33% Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos. Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda de imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados para os activos registados ao custo. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil. e) Activos financeiros (i) Classificação A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias: Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas Os activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas, podem subdividir-se em duas categorias: (i) Activos financeiros detidos para negociação Correspondem, essencialmente, a títulos adquiridos com o objectivo de realização de valias no curto prazo e a instrumentos financeiros derivados; e (ii) Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Nesta categoria são classificados os títulos que a Companhia considera que (i) os activos financeiros são geridos e o seu desempenho é avaliado numa base de justo valor, e/ou (ii) estes activos contêm derivados embutidos, designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com as variações subsequentes reconhecidas em resultados. 51

52 Empréstimos e contas a receber Encontram-se nesta categoria os activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados num mercado activo e cuja finalidade não seja a negociação imediata ou num prazo próximo ou que não tenham sido designados como ao justo valor através de ganhos e perdas ou como disponíveis para venda. Poderá ainda englobar valores a receber relacionados com operações de seguro directo, resseguro e outras transacções relacionadas com contratos de seguro. Investimentos a deter até à maturidade São os activos financeiros não derivados sobre os quais exista a intenção e a capacidade de detenção até à maturidade, apresentando uma maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis. Em caso de venda antecipada, a classe considera-se contaminada e todos os activos da classe serão reclassificados para a classe de activos financeiros disponíveis para venda. Activos financeiros disponíveis para venda Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que (i) a Popular Seguros tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas. (ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento Aquisições e alienações em (i) activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas, (ii) activos financeiros disponíveis para venda, (iii) empréstimos e contas a receber e (iv) investimentos a deter até à maturidade, são reconhecidas na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas, caso em que estes custos de transacção são directamente registados em resultados. Os activos financeiros são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais da Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) a Companhia tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção; ou (iii) não obstante, retenha parte mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos. (iii) Mensuração subsequente Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas. Os activos disponíveis para venda são, igualmente, registados ao justo valor, sendo as respectivas variações reconhecidas em reservas. As variações ficam reconhecidas em reservas até que os activos financeiros sejam vendidos ou desreconhecidos. No caso de ser identificada uma perda por imparidade, o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas, é transferido para resultados. 52

53 Ainda, relativamente aos activos disponíveis para venda, no caso dos títulos de rendimento fixo, o ajustamento ao valor de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva, (ii) as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) ambas por contrapartida de resultados e (iii) as variações no justo valor (excepto risco cambial) conforme descrito acima. Os empréstimos e contas a receber e os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa efectiva, com as amortizações (juros, valores incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas. O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) informações fornecidas pelas entidades gestoras/ emitentes, (ii) metodologias de avaliação, tais como, a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções parametrizados de modo a reflectir as particularidades e circunstâncias do instrumento, e (iii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado. Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor são registados ao custo de aquisição. (iv) Reclassificação entre categorias de activos financeiros Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 - Reclassificação de instrumentos financeiros (Amendements to IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement and IFRS 7: Financial Instruments Disclosures). Esta alteração veio permitir que uma entidade transfira activos financeiros das categorias de activos detidos para negociação para as carteiras de activos financeiros disponíveis para venda, empréstimos e contas a receber (Loans and receivables) ou para activos financeiros detidos até à maturidade (Held-to-maturity), desde que esses activos financeiros obedeçam às características de cada categoria. As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de empréstimos e contas a receber e detidos até à maturidade também são permitidas. A Popular Seguros utilizou a permissão de reclassificação prevista no seu ponto 50E da IAS 39, para transferir obrigações classificadas na classe de activos disponíveis para venda para a classe empréstimos e contas a receber. Em Dezembro de 2008, foram reclassificadas algumas das obrigações classificadas inicialmente como activos disponíveis para venda. A reclassificação foi efectuada devido ao facto de se considerar que existia falta de liquidez no mercado dessas obrigações e as suas cotações não reflectiam o seu justo valor. O critério utilizado para elegibilidade da reclassificação das obrigações classificadas como disponíveis para venda para empréstimos concedidos e contas a receber teve como base a análise de liquidez do activo. Assim, um activo tem liquidez (cotação representativa do seu justo valor) quando, cumulativamente se verifiquem as seguintes condições: (i) existirem pelo menos três contribuidores de preços disponíveis no sistema de informação financeira Bloomberg; (ii) o spread Bid/Ask seja inferior ou igual a 50 bps; (iii) a diferença entre os dois melhores contribuidores ( spread Bid/Ask mais curtos) seja inferior ou igual a 100 bps; e (iv) existam quantidades significativas de transacções superiores ou iguais a 500 mil. 53

54 Em 31 de Dezembro de 2011, o valor registado nas demonstrações financeiras da Popular Seguros das obrigações reclassificadas na categoria de activos empréstimos concedidos e contas a receber, com base no critério indicado, era de Euros ( Euros em 2010), ao passo que o seu valor com as cotações disponíveis naquelas datas, que não reflectiam o valor de mercado, era de Euros ( Euros em 2010). Mensalmente é efectuada a monitorização do cumprimento dos critérios de liquidez dos títulos. Sempre que se verifique que os mesmos apresentam valor de mercado, é efectuada a sua reclassificação de empréstimos concedidos e contas a receber para a classe de activos disponíveis para venda. Durante o exercício de 2011, não foram reclassificados títulos de empréstimos concedidos e contas a receber para a classe activos disponíveis para venda. (v) Imparidade Imparidade de títulos A Companhia avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os títulos representativos de capital, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos de dívida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade. De acordo com as políticas da Companhia, existe prova objectiva de imparidade, no caso dos instrumentos de capital, quando se verifica a existência de declínio significativo, isto é, sempre que ocorra uma desvalorização superior a 40% no justo valor ou, quando se verifica a existência de declínio prolongado, isto é, sempre que ocorra uma desvalorização continuada do justo valor abaixo do custo de aquisição num período de pelo menos 18 meses. Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Qualquer perda de valor subsequente nestes activos, originará perdas por imparidade adicionais a serem reconhecidas no exercício. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, para os quais não é possível reconhecer qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de acções e outros instrumentos de capital são reconhecidas em reservas. 54

55 No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade e empréstimos e contas a receber, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do activo financeiro. Estes activos são apresentados no activo, líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com taxa de juro variável, a taxa de juro a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade e empréstimos e contas a receber, se num período subsequente o montante de perda por imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício. (vi) Ajustamentos para recibos por cobrar e para dívidas de cobrança duvidosa Os ajustamentos para recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos prémios em cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados em 31 de Dezembro são reflectidos na rubrica Devedores por operações de seguro directo. Este ajustamento destina-se a reconhecer no resultado da Companhia o impacto da potencial não cobrança dos recibos de prémios emitidos. Os ajustamentos para dívidas de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos saldos devedores, provenientes de operações de seguro directo, de resseguro ou outras, com excepção dos recibos por cobrar, ao seu valor previsional de realização, por aplicação dos critérios autorizados por norma específica da autoridade de supervisão. f) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de valor onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito. g) Capital social As acções são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir dinheiro ou outros activos. Os custos incrementais directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos, líquida de imposto. h) Resultados por acção Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o resultado líquido da Companhia pelo número médio ponderado de acções ordinárias emitidas. i) Contratos de seguro A Companhia emite contratos que incluem risco de seguro. Existe um contrato de seguro quando uma das partes aceita risco significativo de outra parte (tomador de seguro) e acorda compensá-la se um evento futuro específico e incerto a afectar adversamente. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4. A mensuração dos contratos de seguro é feita de acordo com os seguintes princípios: 55

56 Reconhecimentos de custos e proveitos Os custos e os proveitos são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização do exercício. Prémios Os prémios brutos emitidos de seguro directo, de resseguro aceite e de resseguro cedido são registados respectivamente como proveitos e custos, no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. A análise quantitativa dos prémios de seguro directo e de resseguro cedido é abordada na Nota 5 do presente Relatório. Custos de aquisição Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração contratualmente atribuída aos mediadores (fundamentalmente, ao Banco Popular Portugal, S.A.) pela angariação de contratos de seguro. A remuneração de mediação é a remuneração atribuída ao canal de distribuição pela angariação de contratos de seguro. As remunerações contratadas com agentes e angariadores são registadas como gastos no momento da emissão dos respectivos recibos de prémio ou renovação das respectivas apólices. Os custos de aquisição que estão directa ou indirectamente relacionados com a venda de contratos são capitalizados e diferidos pelo período de vida dos contratos. Os custos de aquisição diferidos são amortizados ao longo do período em que os prémios associados a esses contratos vão sendo adquiridos. De acordo com a Norma n.º 19/94-R e 3/96-R do ISP, o diferimento destes custos está limitado a 20% do valor dos prémios não adquiridos. Provisões técnicas É requerido à Companhia pelas Leis e Regulamentos, bem como pelos princípios IFRS aplicáveis, o estabelecimento de Provisões Técnicas para fazer face às responsabilidades futuras para com os seus segurados, nomeadamente: (a) Provisão para prémios não adquiridos Esta provisão tem como objectivo registar parte dos prémios brutos emitidos, relativa a cada um dos contratos de seguro em vigor, a imputar a um ou vários exercícios seguintes. A Provisão para Prémios não Adquiridos é baseada na avaliação dos prémios emitidos até ao final do exercício, mas com vigência após essa data. A Companhia, de acordo com a Norma n.º 19/94-R e 3/96-R do ISP calcula esta provisão contrato a contrato, recibo a recibo, mediante a aplicação do método pró-rata temporis a partir dos prémios brutos emitidos deduzidos dos respectivos custos de aquisição, relativos a contratos em vigor. (b) Provisão para sinistros A provisão para sinistros corresponde ao valor previsível dos encargos com sinistros ainda não regularizados ou já regularizados mas ainda não liquidados no final do exercício, bem como à responsabilidade estimada para os sinistros ocorridos e ainda não reportados (IBNR) e aos custos directos e indirectos associados à sua regularização no final do exercício. 56

57 A provisão para sinistros reportados e não reportados é estimada pela Companhia com base na experiência passada, informação disponível e na aplicação de métodos estatísticos. Para a determinação desta provisão é efectuada uma análise aos sinistros em curso no final de cada exercício e a consequente estimativa da responsabilidade existente nessa data. Para o cálculo da provisão para sinistros ocorridos mas não reportados (IBNR) foram considerados os seguintes pressupostos: (a) nas modalidades sem qualquer sinistralidade foi aplicada a taxa de 2,2% do valor dos prémios brutos emitidos no ano; (b) nas modalidades com sinistralidade foi aplicada a taxa de 10% dos montantes dos custos com sinistros do ano. Na sequência da Circular n.º 28/2004, de 17 de Novembro, do Instituto de Seguros de Portugal, a Companhia regista uma provisão para despesas de regularização de sinistros, determinada com base no rácio entre as despesas gerais incorridas pela Companhia e o número de processos geridos, aplicado ao número de sinistros que se encontram em gestão no final do exercício. Relativamente aos sinistros, o montante dos reajustamentos efectuados no ano pode ser visualizado no Anexo 2 da Nota 22 e os custos com sinistros no Anexo 3. (c) Provisão matemática As provisões matemáticas têm como objectivo registar o valor actual das responsabilidades futuras da Companhia, relativamente aos contratos de seguro emitidos, e são calculadas com base em métodos actuariais reconhecidos nos termos da legislação em vigor aplicável. Para o ramo Acidentes de Trabalho, para além da provisão para sinistros, efectua-se ainda uma provisão matemática para sinistros ocorridos até 31 de Dezembro de 2011 que envolvam pagamentos de pensões já homologadas pelo Tribunal do Trabalho ou com acordo de conciliação já realizado, e também a estimativa das responsabilidades com pensões de sinistros registados até 31 de Dezembro de 2011 e que se encontram pendentes de acordo final ou sentença. As Provisões Matemáticas relativas a sinistros ocorridos, envolvendo pagamentos de pensões vitalícias referentes ao ramo de Acidentes de Trabalho, são calculadas utilizando pressupostos actuariais por referência a métodos actuariais reconhecidos e legislação laboral vigente. Adicionalmente, considera-se ainda uma provisão matemática face às responsabilidades com pensões de sinistros já ocorridos relativas a potenciais incapacidades permanentes de sinistrados em tratamento em 31 de Dezembro de 2011 ou de sinistros já ocorridos e ainda não participados. Para as pensões não remíveis aplica-se a tábua de mortalidade TV 88/90 com uma taxa de juro de 3% e encargos de gestão de 2%, e para as pensões remíveis a tábua de mortalidade TD 88/90 com uma taxa de juro de 5,25% e encargos de gestão de 0% (conforme previsto na portaria 11/2000). (d) Provisão para desvios de sinistralidade A provisão para desvios de sinistralidade destina-se a fazer face a sinistralidade, excepcionalmente elevada nos ramos de seguros em que, pela sua natureza, se preveja que aquela tenha maiores oscilações, e é constituída para os seguros de Cauções, Risco Atómico e Risco de Fenómenos Sísmicos. 57

58 Esta provisão é calculada com base em taxas específicas estabelecidas pelo ISP aplicadas ao resultado técnico. Para o Risco de Fenómenos Sísmicos, é calculada através da aplicação de um factor de risco, definido pelo ISP, para cada zona sísmica, ao capital retido pela Companhia. (e) Provisão para riscos em curso A provisão para riscos em curso corresponde ao montante necessário para fazer face a prováveis indemnizações e encargos a suportar após o termo do exercício e que excedam o valor dos prémios não adquiridos, dos prémios exigíveis relativos aos contratos de seguro em vigor e dos prémios que se renovam em Janeiro do ano seguinte. De acordo com o estipulado pelo ISP, o montante da Provisão para Riscos em Curso a constituir deverá ser igual ao produto da soma dos prémios brutos emitidos imputáveis ao(s) exercício(s) seguinte(s) (prémios não adquiridos) e dos prémios exigíveis ainda não processados relativos a contratos em vigor, por um rácio que tem por base o somatório dos rácios de sinistralidade, despesas e cedência ao qual é deduzido o rácio de investimentos. (f) Provisões técnicas de resseguro cedido As provisões para o resseguro cedido são determinadas aplicando os critérios acima descritos para o seguro directo em conformidade com o previsto no normativo em vigor, tendo em atenção as cláusulas existentes nos tratados de resseguro em vigor. j) Imposto sobre o rendimento Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios, decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda, são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado, de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem, de acordo com o estipulado na IAS 12. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, com excepção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos, que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no futuro. Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as referidas diferenças. 58

59 k) Provisões, activos e passivos contingentes São reconhecidas provisões quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, resultante de eventos passados, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido, e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. O montante da provisão deve corresponder à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade à data de balanço. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectirem a melhor estimativa a essa data. As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Companhia é parte integrante das disposições de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo. Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente, não necessitando de se constituir a respectiva provisão, mas apenas ser objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos. l) Resseguro A Popular Seguros cede negócio no decurso da sua actividade normal. Os valores a pagar relacionados com a actividade de resseguro, incluem saldos a pagar de empresas de seguro de resseguradores relacionados com responsabilidades cedidas. Os valores a recuperar ou a pagar às resseguradores, são calculados de acordo com as disposições contratuais estabelecidas nos contratos de resseguro. Os princípios contabilísticos aplicáveis aos activos relacionados com o Resseguro Cedido no âmbito de contratos de resseguro que pressupõem a existência de um risco de seguro significativo, são idênticos aos aplicáveis aos contratos de seguro directo. m) Reconhecimento de outros rendimentos e gastos Os outros rendimentos e os gastos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização do exercício. Juros e dividendos Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, empréstimos e contas a receber e investimentos detidos até à maturidade são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares, utilizando o método da taxa efectiva. No caso dos juros dos activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. 59

60 Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção. Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando estabelecido o direito ao seu recebimento. n) Locações A Companhia classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos na IAS 17 Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais. Locações operacionais Os pagamentos efectuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito. Locações financeiras Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas: (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados, e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período. o) Activos não correntes detidos para venda Activos não correntes são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado principalmente através de uma transacção de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objectivo da sua venda) e a venda for altamente provável. Imediatamente antes da classificação inicial do activo como detido para venda, a mensuração dos activos não correntes é efectuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes activos para alienação são mensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda. Nota 3 Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na elaboração das demonstrações financeiras As IAS/IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. 60

61 As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Companhia são analisadas no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da Companhia e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela Companhia é apresentada na Nota 2. Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Companhia poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. No entanto, o Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Companhia e das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes. As alternativas analisadas de seguida são apresentadas apenas para permitir um melhor entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na elaboração das demonstrações financeiras com risco de provocar ajustamentos materiais nas quantias escrituradas de activos e passivos durante os próximos exercícios financeiros prendem-se com as seguintes rubricas: 3.1. Imparidade Activos financeiros disponíveis para venda A Companhia determina que existe imparidade nos seus activos classificados como disponíveis para venda quando existe um declínio prolongado ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de um declínio prolongado ou de valor significativo requer julgamento, conforme descrito na Nota 2, alínea e). A utilização de metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da Companhia. Empréstimos e contas a receber A Companhia efectua regularmente a análise das perdas por imparidade em empréstimos e contas a receber numa base individual, conforme descrito na Nota 2, alínea e). A determinação de expectativas de perdas futuras nos títulos detidos baseia-se no acompanhamento regular dos emitentes, nomeadamente, da evolução das notações de rating das diversas agências. Perante a degradação da percepção de risco do emitente, como é o caso de uma descida significativa das notações de rating, a Companhia procede a uma análise detalhada da situação financeira e económica do emitente. Eventuais imparidades são constituídas com base na informação recolhida e na percepção quanto à capacidade de reembolso do título por parte do emitente. A Companhia considera que a imparidade determinada com base nas metodologias anteriormente descritas permite reflectir de forma adequada o risco de crédito associado a estes investimentos financeiros, tendo em conta as regras definidas pela Norma IAS

62 3.2. Impostos sobre os lucros A determinação dos impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período. De acordo com a legislação fiscal em vigor, as Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela Companhia durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Companhia, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras Provisões técnicas e responsabilidades relativas a contratos de seguro As provisões técnicas correspondem às responsabilidades futuras decorrentes dos contratos. As provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro incluem a: (i) provisão para prémios não adquiridos, (ii) provisão para riscos em curso, (iii) provisão para desvios de sinistralidade e, (iv) provisão para sinistros reportados e não reportados. A Companhia estabelece provisões para pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro. Na determinação das provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro, a Companhia avalia periodicamente as suas responsabilidades tomando em consideração as coberturas de resseguro respectivas. As provisões são revistas periodicamente por actuários qualificados. A Companhia regista provisões para sinistros do ramo não vida para cobrir a estimativa do custo último dos sinistros reportados e não reportados no final de cada data de balanço. As provisões para sinistros não representam um cálculo exacto do valor da responsabilidade, mas sim de uma estimativa resultante da experiência e conhecimento acumulado da Companhia. Estas provisões estimadas correspondem à expectativa da Companhia de qual será o custo último de regularização dos sinistros, baseado numa avaliação de factos e circunstâncias conhecidas nessa data, numa revisão dos padrões históricos de regularização, numa estimativa das tendências em termos de frequência da sinistralidade, teorias sobre responsabilidade e outros factores. De referir, que poderá existir uma diferença temporal significativa entre o momento da ocorrência do evento seguro (sinistro) e o montante em que este evento é reportado à Companhia. As provisões são revistas regularmente e através de um processo contínuo à medida que informação adicional é recebida e as responsabilidades vão sendo liquidadas. 62

63 Nota 4 Informação por segmentos Na sua actividade a Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para o ramo Não Vida, tendo considerado como segmentos básicos de negócio os seguintes segmentos: Acidentes e Doença; Incêndios e Outros Danos; Automóvel; Responsabilidade Civil Geral; Diversos. O segmento de Acidentes e Doença, inclui os produtos da Popular Seguros relacionados com a protecção pessoal, nomeadamente, os seguros de Acidentes Pessoais, de Acidentes de Trabalho (segmento particulares e empresas) e o de Saúde. O seguro de Acidentes Pessoais tem como principal intuito proteger o segurado em caso de acidente. Cobre o risco de acidente com data e ocorrência bem definida, exclusiva e directamente externo, súbito, involuntário e violento, causador de lesão física que, por si só, e independente de toda e qualquer outra causa, tenha como consequência directa a morte ou invalidez permanente total ou parcial do segurado ou torne necessário tratamento médico. O seguro de Acidentes de Trabalho, visa segurar as pessoas seguras no caso de se verificar um acidente no local de trabalho e no tempo de trabalho, produzindo directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na incapacidade de trabalho. De referir, que este é um seguro obrigatório. Enquadra-se, ainda, no Ramo Acidentes e Doença, o Seguro de Saúde, que sendo um seguro facultativo, muitas vezes é efectuado por empresas como benefício aos seus colaboradores, funcionando assim como um complemento ao serviço nacional de saúde. Também na componente de protecção pessoal, está incluído o produto de Responsabilidade Civil Família, seguro que cobre o risco do segurado numa eventualidade de ter de vir a indemnizar terceiros por danos que lhes cause, nomeadamente numa actividade, uma profissão ou situação familiar. Como ofertas de protecção patrimonial, a Popular Seguros tem uma oferta alargada, contemplando seguros de Multirriscos Habitação ou Comércio e seguros Automóvel. Em ambos os casos, a Popular Seguros cobre danos causados no património, mediante as coberturas contratadas (base ou plus nos Multirriscos, e mínimos, médios ou máximos no caso do Automóvel). De referir, ainda, que o seguro automóvel é um seguro obrigatório, podendo o Multirriscos Habitação ou Comércio ser facultativo ou obrigatório, consoante a situação (por exemplo, a cobertura de recheio é por norma facultativa). No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal pelo que existe apenas um segmento. O quadro anexo evidencia o relato por segmentos de negócio, para os exercícios de 2011 e 2010, detalhando os mesmos entre a posição financeira e a conta de ganhos e perdas, como segue: 63

64 1. Demonstração da posição financeira 64

65 2. Conta de ganhos e perdas Nota 5 Prémios adquiridos, líquidos de resseguro 5.1. Indicação dos prémios reconhecidos resultantes de contratos de seguro Os prémios brutos emitidos, variação da provisão prémios não adquiridos (PPNA) e os prémios adquiridos, de seguro directo e de resseguro cedido, são analisados como segue: 65

66 O crescimento dos prémios brutos emitidos de seguro directo em 2011, face ao período homólogo, foi de 29,8%, o correspondente a Euros, tendo apenas o ramo Automóvel sido responsável pelo aumento de cerca de 50%. Em termos de prémios adquiridos de seguro directo, verificou-se um aumento de 42,3% face a 2010, decorrente da redução da dotação do ano para provisão para prémios não adquiridos, tendo os ramos de Acidentes e Doença e Automóvel os que mais contribuíram para este aumento. No que respeita aos prémios adquiridos de resseguro cedido, os mesmos ascenderam, no final de 2011, ao montante de Euros ( Euros em 2010), verificando-se um crescimento de 18,1% face ao período homólogo. Em termos gerais, os prémios adquiridos líquidos de resseguro cedido totalizaram em 2011 o montante de Euros ( Euros em 2010), correspondendo este aumento de quase 90% aos ramos Acidentes e Doença e Automóvel, em grande parte pelos resultados verificados em seguro directo Discriminação de alguns valores relativos aos seguros não-vida entre seguro directo e resseguro aceite A discriminação de alguns valores relativos ao seguro não-vida e resseguro aceite de 2011, conforme formato requerido pelo ISP relativo ao Anexo 4, é analisado como segue: 66

67 Em 2010, a discriminação de alguns valores relativos ao seguro não-vida e resseguro aceite pode ser vista como segue: Nota 6 - Custos com sinistros, líquidos de resseguro 6.1. Indicação dos sinistros reconhecidos resultantes de contratos de seguro Os custos com sinistros, líquidos de resseguro em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 podem ser analisados no quadro que se segue: 67

68 O crescimento custos com sinistros de seguro directo, em 2011 face ao período homólogo, foi de 68,0%, o correspondente a Euros, tendo apenas o ramo Automóvel sido responsável pelo aumento de cerca de 63%. Parte do aumento verificado em 2011, deveu-se aos critérios de revisão de imputação dos custos por função, tendo os custos imputados à função sinistros apresentado um crescimento de cerca de 195 mil Euros, face a No que respeita aos custos com sinistros de resseguro cedido, os mesmos ascenderam no final de 2011 ao montante de Euros ( Euros em 2010), verificando-se um decréscimo ligeiro de -2,1% face ao período homólogo. A discriminação dos custos com sinistros de 2011, conforme formato requerido pelo ISP relativo ao Anexo 3, é analisado como segue: Em 2010, a discriminação dos custos com sinistros era apresentada da seguinte forma: 68

69 De acordo com os quadros apresentados acima, podemos verificar o claro aumento dos custos com sinistros em 2011, face a 2010, decorrente do aumento da carteira gerida pela Popular Seguros neste ano. Também é possível verificarmos que houve um aumento nos montantes pagos em 2011, justificado nos ramos Incêndio e Outros Danos e Automóvel, assim como nos montantes imputados que tiveram um aumento em 2011 de 320%, essencialmente no ramo Incêndios e Outros Danos Indicação dos montantes recuperáveis, relativamente a montantes pagos pela ocorrência de sinistros, provenientes da aquisição dos direitos dos segurados em relação a terceiros. Os reembolsos exigidos relativamente às prestações efectuadas em consequência de sinistros ocorridos e ainda não recebidos (IDS) do ramo Automóvel, ascendiam a Euros ( Euros em 2010) Informação dos rácios de sinistralidade, rácios de despesas, rácios combinados de sinistros e despesas Os principais rácios de actividade, para o exercício de 2011 e 2010, são como segue: Analisando a evolução dos rácios em 2011, comparativamente com o período homólogo, verifica-se uma redução do rácio total de 63,4% para 60,4%. Esta redução deve-se, essencialmente, à diminuição dos rácios de despesas de 32,0% para 24,1%, decorrente do aumento significativo no volume de prémios adquiridos de seguro directo. Também o rácio de investimentos apresenta um valor positivo em 2011 (2,5%), contribuindo para o decréscimo do rácio total. De salientar, pela negativa, o aumento do rácio de sinistralidade verificado em 2011 (38,8% face a 32,8% em 2010), justificado em grande parte pelo aumento dos montantes pagos verificados nos ramos Incêndio e Outros Danos e Automóvel, assim como pelo efeito do aumento dos custos imputados à função sinistros. Nota 7 - Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro As outras provisões técnicas, líquidas de resseguro são analisadas como segue: 69

70 O valor reconhecido na rubrica outras provisões técnicas, líquidas de resseguro, corresponde à variação da provisão para riscos em curso e à variação da provisão para desvios de sinistralidade. A Provisão para riscos em curso ascendeu no final de 2011 ao montante de Euros ( Euros em 2010), tendo ocorrido uma dotação no período de Euros, correspondendo a Euros apenas ao ramo Automóvel. A provisão para desvios de sinistralidade ascendia no final de 2011 ao montante de Euros ( Euros em 2010), correspondendo na totalidade ao ramo Incêndio e Outros Danos. Nota 8 Custos e gastos de exploração líquidos A contabilização dos custos e gastos (custos indirectos) é inicialmente realizada pela sua natureza, sendo posteriormente efectuada uma imputação, tendo por base uma chave de repartição, de acordo com a sua função: à função Sinistros, Aquisição, Administrativa e de Investimentos. Assim, os custos registados nas rubricas de custos por natureza a imputar, não são evidenciados directamente na conta de ganhos e perdas, dado que são distribuídos pelas quatro funções referidas, encontrando-se os mesmos reflectidos e distribuídos pelas seguintes rubricas de ganhos e perdas: Função Sinistros: Custos com sinistros - Montantes pagos brutos (Nota 6); Função Aquisição: Custos e gastos de exploração - Custos de aquisição; Função Administrativa: Custos e gastos de exploração - Custos administrativos; Função Investimentos: Gastos financeiros Outros (Nota 10) Indicação dos custos e gastos de exploração líquidos O montante dos custos e gastos de exploração líquidos é decomposto como segue: 70

71 Os custos e gastos de exploração líquidos ascenderam em 2011 ao montante de Euros ( Euros em 2010), representando um crescimento de 101,9%, o equivalente a Euros. O aumento verificado em 2011 deve-se, essencialmente, por um lado, ao aumento dos custos imputados à função aquisição (+58% que em 2010) e, por outro, à redução da rubrica de comissões e participação nos resultados de resseguro cedido (-21,4%), decorrente essencialmente da diminuição da participação nos resultados de resseguro cedido que teve um decréscimo em 2011 em cerca de Euros Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua função A discriminação dos gastos usando uma classificação baseada na sua função, nomeadamente, para aquisição de contratos de seguro (aquisição e administrativos), custos com sinistros e custos com investimentos foi a seguinte: Na sequência das alterações ocorridas nos últimos anos, nomeadamente em 2010 e 2011, com o alargamento do negócio não vida a novos ramos, e dado que no decorrer da mesma existiram alterações substanciais na operacionalidade das Companhias (por exemplo: revisão e alteração dos processos de subscrição e sinistros, automatização de processos anteriormente efectuados manualmente, diferentes políticas de resseguro, dinamização de outros canais de distribuição, alteração da Direcção Comercial, etc.), a Popular Seguros verificou a necessidade de proceder a alterações nos critérios de imputação de custos, para que os mesmos reflectissem de forma adequada a realidade operacional de cada um dos negócios, neste caso especifico, o do segmento de não vida. 71

72 A Metodologia adoptada no que se refere à imputação dos custos resumiu-se aos seguintes pontos: Definição dos conceitos inerentes a cada função, de forma a adoptar critérios uniformes em cada Direcção/Gabinete; Agrupamento dos Centros de Custo, de acordo o critério de apresentarem (ou não) características idênticas; Identificação por Centro de Custo, numa primeira fase, do tempo despendido por função (Aquisição, Administrativa, Sinistros e Investimentos), tendo por base a ferramenta Optimiza, na qual todos os colaboradores registam as suas actividades diárias; Numa segunda fase, utilizou-se como processo complementar, informação extraída do Fortis (ferramenta documental e que funciona para alguns processos como Workflow), quantificado o número de documentos tratados por processo (por exemplo: Subscrição, Alterações de Apólices, Investimentos, etc.) e por Centro de Custo; Após análise da informação recorrente dos dois pontos mencionados anteriormente, as percentagens finais de imputação de custos a cada uma das funções, foram alvo de envolvimento de todas as áreas, de forma a garantir que as percentagens apuradas espelhavam a realidade de cada Direcção e da Companhia como um todo. Em termos de alteração de imputação de custos em 2011 verificou-se, face a 2010, um acréscimo da percentagem imputada às funções de gestão de sinistros (+17,2%) e de aquisição (+7,4%), em detrimento da função administrativa (-21,1%) e da função de gestão de investimentos (-3,5%). No quadro que se segue, é apresentado em termos de valores e percentagens, a imputação dos gastos baseados na sua natureza, por cada uma das funções de imputação, para os anos de 2011 e 2010: 72

73 8.3. Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua natureza No quadro abaixo, está a discriminação dos gastos usando uma classificação baseada na sua natureza: Os gastos totais da Companhia totalizaram, em 2011, Euros ( Euros em 2010), apresentando um crescimento de 25% face ao período homólogo. Da totalidade dos gastos registados em 2011, os fornecimentos e serviços externos representaram 81,6%, seguido dos gastos com as amortizações do exercício com 12,8%. Gastos com pessoal a) Indicação do montante das despesas com o pessoal referente ao exercício A Popular Seguros à data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010 não apresenta custos com pessoal directos uma vez que opera com pessoal em regime de cedência com a Eurovida Companhia de Seguros, S.A.. Durante o exercício de 2011, a Popular Seguros registou um custo no montante de Euros (5.250 Euros em 2010) referente a remunerações com os membros do Conselho de Administração e com o Conselho Fiscal, tendo este custo sido registado na rubrica de Custos com pessoal em 2011 e em 2010 na rubrica Fornecimentos e serviços externos (Outros). b) Indicação da remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direcção e controlo, de forma directa ou indirecta 73

74 A política de remunerações dos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Popular Seguros tem como objectivo remunerar de forma justa, eficiente e competitiva os Órgãos, tendo em atenção a performance individual de cada membro, bem como o seu contributo para a Companhia como um todo. De acordo com o disposto n.º 1 do art.º 2.º da Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho, a Companhia submete, anualmente, a aprovação da Assembleia-Geral a política de remuneração dos respectivos Órgãos de Administração e Fiscalização. Durante o exercício de 2011, a Popular Seguros registou um custo no montante de Euros (9.679 Euros em 2010) com o Revisor Oficial de Contas (valores incluindo o IVA), sendo este custo reflectido na rubrica de fornecimentos e serviços externos. Fornecimentos e serviços externos O aumento registado na rubrica de Fornecimento e serviços externos em 23,6%, o correspondente a um acréscimo de Euros face a 2010, deveu-se essencialmente aos seguintes factores: (i) fee pago à AdvanceCare e à DentalRede no montante de Euros, custo aplicável apenas em 2011 com a iniciação da exploração do ramo Doença, (ii) Euros justificados com o aumento dos custos com a cobrança de prémios e, (iii) Euros relativos a um upgrade do contrato de manutenção de software. Nota 9 Rendimentos A distribuição, por categoria de investimento, dos rendimentos reconhecidos, para os períodos de 2011 e 2010, foi a seguinte: O aumento de rendimentos verificado em 2011, deveu-se essencialmente à constituição de Depósitos a Prazo e à Ordem, remunerados no exercício, que geraram Juros (Rendimento) no montante de Euros e Euros, respectivamente. 74

75 Nota 10 Gastos financeiros A rubrica de gastos financeiros acomoda o alisamento à taxa efectiva dos títulos de rendimento fixo em carteira, a amortização da reserva de reavaliação resultante dos títulos que foram reclassificados, em 2008, da classe de Activos disponíveis para venda para Empréstimos e contas a receber no montante de Euros e, ainda, os custos imputados à função investimentos. Nos exercícios de 2011 e 2010 os gastos financeiros foram os seguintes: De referir que a rubrica de gastos financeiros corresponde ao alisamento à taxa efectiva dos títulos de rendimento fixo em carteira e aos custos imputados à função investimentos. Nota 11 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas A distribuição, por categoria de investimento, da quantia dos ganhos e perdas realizados por via da respectiva alienação foi, como segue: 75

76 A variação positiva verificada em 2011, na rubrica de Ganhos líquidos, deveu-se ao facto de as Acções e outros títulos de rendimento variável terem tido uma ocorrência pontual em 2010, uma vez que a UP Aberdeen gerou uma menos valia de Euros, situação que não se verificou em Nota 12 Perdas de imparidade (líquidas de reversão) As perdas de imparidade, líquidas de reversões, reconhecidas nos anos de 2011 e 2010 são analisadas como segue: Durante o ano de 2011 foram registadas perdas por imparidade no montante de Euros referentes a Títulos de Dívida Grega ( Obrigações). No ano de 2010, o montante registado de Euros era referente apenas a Unidades de Participação em Fundos de Investimento. O registo deste montante teve por base os critérios mencionados na Nota 2.2 e encontra-se detalhado no quadro abaixo. O apuramento das perdas por imparidade referente aos títulos de dívida grega baseou-se no reconhecimento de uma desvalorização de 50% face ao respectivo valor nominal. Caso a Companhia tivesse reconhecido a imparidade com base nas cotações de fecho, a 31 de Dezembro de 2011, a perda total reconhecida seria de Euros, o que implicaria um incremento na imparidade reconhecida de Euros. O detalhe dos títulos sobre os quais foi registada imparidade é como segue: Com a venda dos títulos da Aberdeen Ipp Active Class A2 em 2011 a Popular Seguros libertou imparidade acumulada registada, no montante de Euros. 76

77 Entre 2010 e 2011, a imparidade evoluiu como segue: Nota 13 Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro O movimento ocorrido na rubrica Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro, a 31 de Dezembro de 2011 é referente a comissões de co-seguro no valor de Euros. Nota 14 Outras provisões (variação) A 31 de Dezembro de 2011, a Companhia não apresentou qualquer variação registada nas Outras provisões. A 31 Dezembro de 2010 a variação ocorrida de menos Euros resultou de uma anulação de responsabilidade estimada para processos judiciais em curso que não vieram a suceder. Nota 15 Outros rendimentos/gastos A rubrica de outros rendimentos/gastos, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, decompõem-se como segue: A rubrica de outros rendimentos/gastos não técnicos registaram em 2011 um montante de Euros ( Euros em 2010), apresentando uma redução face a A rubrica que mais impacto teve foi a de Retenção de IRC sobre Unidades de Participação de Fundos de Investimentos. Em 2010 foi contabilizado um proveito de Euros relativamente ao imposto retido na distribuição de rendimento do Fundo de Investimento Imobiliário Maxirent. 77

78 Nota 16 Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem A rubrica caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem decompunha-se em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, como segue: Em depósitos bancários imediatos mobilizáveis estão reflectidos, entre outros, os depósitos à ordem no Banco Popular Português, S.A. no montante de Euros ( Euros em 2010). Nota 17 Instrumentos Financeiros Inventário de participações e instrumentos financeiros A listagem das participações e instrumentos financeiros da Companhia, em 31 de Dezembro de 2011, está apresentada no Anexo 1 Inventário de Participações e Instrumentos Financeiros, sendo o resumo da sua decomposição como segue: A rubrica Empréstimos e contas a receber, apresentada acima, inclui apenas os instrumentos financeiros Análise das classes de activos financeiros não valorizados a justo valor O justo valor dos activos e passivos financeiros, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser analisado como segue: 78

79 Tendo em conta que estes activos e passivos são de curto prazo, com excepção dos empréstimos e contas a receber, considera-se como uma estimativa razoável para o seu justo valor o saldo à data de balanço. A Companhia tem parte dos seus títulos de rendimento fixo classificados em Empréstimos e contas a receber, os quais se encontram valorizados ao valor ajustado pelo método da taxa efectiva. Estes títulos não estão valorizados ao justo valor porque existia falta de liquidez no mercado dessas obrigações e, consequentemente, as suas cotações não reflectiam o valor de mercado (ver ponto 2.2 e) iv)) Afectação dos investimentos e outros activos De acordo com as disposições legais vigentes, a Companhia é obrigada a afectar investimentos e outros activos pelo total das provisões técnicas, de acordo com os limites estabelecidos pelo ISP. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas de investimentos apresentavam a seguinte composição de acordo com a respectiva afectação: 79

80 Nota 18 Activos disponíveis para venda A rubrica activos disponíveis para venda decompunha-se em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, como segue: A decomposição dos valores finais de balanço em 31 de Dezembro de 2011 é como segue: A decomposição dos valores finais de balanço em 31 de Dezembro de 2010 é como segue: Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda encontram-se detalhados na Nota 12. De seguida encontram-se apresentados, para esta categoria de activos financeiros, as valorizações por hierarquia do justo valor, prevista na IFRS 7, em 2011 e 2010: 80

81 Nota 19 Empréstimos e contas a receber A rubrica Empréstimos e contas a receber, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser analisada como segue: Outros depósitos A rubrica Outros depósitos decompunha-se a 31 de Dezembro de 2011, como segue: 81

82 19.2. Contas a receber A rubrica Contas a receber decompunha-se em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, como segue: A rubrica de empréstimos e contas a receber teve um decréscimo de Euros resultante, essencialmente, do reembolso dos títulos do Banco Popular Portugal Tx Var , no montante de Euros e do Celulose do Caima Sgps Tx Var , no montante de Euros. Nota 20 Outros activos tangíveis A rubrica Outros activos tangíveis decompunha-se em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, como segue: 82

83 Nota 21 Outros activos intangíveis A rubrica Outros activos intangíveis decompunha-se em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, como segue: A amortização do exercício do activo intangível ascendeu ao montante de Euros ( Euros em 2010) o qual se encontra repartido por funções da seguinte forma: Nota 22 Provisões técnicas, líquidas de resseguro As rubricas de Provisões técnicas, líquidas de resseguro decompunham-se a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, como se segue: 83

84 22.1. Provisão para prémios não adquiridos A Provisão para prémios não adquiridos (PPNA), líquida de resseguro é analisada como segue: Em relação à componente de seguro directo, a provisão para prémios não adquiridos (PPNA) reflectida no passivo, líquida dos custos de aquisição diferidos (CAD) é analisada como segue: Em relação à componente de resseguro cedido, a provisão para prémios não adquiridos (PPNA) reflectida no activo, líquida dos custos de aquisição diferidos (CAD) é analisada como segue: 84

85 22.2. Provisão para sinistros A Provisão para sinistros, líquida de resseguro é analisada como segue: No saldo da provisão para sinistros de Acidentes e Doença está incluído o montante de Euros (6.225 Euros em 2010) referente à provisão matemática para Acidentes de Trabalho. O saldo da provisão para sinistros de seguro directo inclui uma provisão estimada no montante de Euros ( Euros em 2010) relativo a sinistros ocorridos antes de 31 de Dezembro de 2011 e ainda não reportados (IBNR). O saldo da provisão para sinistros de resseguro cedido inclui uma provisão estimada no montante de Euros ( Euros em 2010) relativo a sinistros ocorridos antes de 31 de Dezembro de 2011 e ainda não reportados (IBNR). O desenvolvimento da provisão para sinistros ocorridos em exercícios anteriores e dos seus reajustamentos, conforme formato requerido pelo ISP relativo ao Anexo 2, é analisado como segue: 85

86 22.3. Provisão para desvios de sinistralidade A Provisão para desvios de sinistralidade reflectida no passivo é analisada como segue: Provisão para riscos em curso A Provisão para riscos em curso reflectida no passivo é analisada como segue: 86

87 22.5. Prestação de informação qualitativa relativamente à adequação dos prémios e à adequação das provisões Relativamente à adequação dos prémios, procede-se anualmente à análise das bases técnicas e dos princípios e regras actuariais utilizados para a construção das tarifas relativamente aos referidos seguros verificando-se, nomeadamente, dentro do que é razoável prever, a adequação dos prémios praticados a uma base actuarial prudente de forma a garantirem os compromissos, assumidos pela seguradora, decorrentes dos sinistros associados aos seguros em causa. No que respeita aos prémios, importa referir que os mesmos estão em conformidade com as bases técnicas das modalidades a comercializar pela seguradora, tendo a sua determinação obedecido às regras estabelecidas nos n.º 3 e 4 do artigo 68º do decreto-lei n.º 251/2003, de 14 de Outubro, concluindo-se, para o exercício de 2011, pela adequação das tarifas e consequentemente dos prémios. Relativamente às provisões, as mesmas são calculadas contrato a contrato, segundo um método actuarial prudente e que considere o método de avaliação dos activos que as represente. Para o exercício de 2011, as tarifas comercializadas revelam-se adequadas, assim como as provisões técnicas. Os mapas demonstrativos da situação de representação das provisões técnicas a 31 de Dezembro de 2011, do Instituto de Seguros de Portugal, evidenciam um total de provisões técnicas de Euros ( Euros em 2010) e um total de activos a representar as referidas provisões de Euros ( Euros em 2010). As responsabilidades da Companhia encontravam-se cobertas a 31 de Dezembro de 2011 em 117,5 % (107,1% em 2010). A representação da distribuição das provisões técnicas por carteira, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, era a seguinte: 87

88 Nota 23 Outros devedores e credores por operações de seguros e outras operações 23.1 Activo e Ajustamentos A rubrica Outros devedores por operações de seguros e outras operações, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, desagrega-se como segue: O montante registado na rubrica Tomadores de Seguros refere-se a recibos por cobrar de prémios emitidos, correspondendo Euros ao negócio de co-seguro. Os reembolsos exigidos relativamente às prestações efectuadas em consequência de sinistros ocorridos e ainda não recebidos (IDS) eram, em 31 de Dezembro de 2011, no montante de Euros ( Euros em 2010) Passivo A rubrica Outros credores por operações de seguros e outras operações, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, desagrega-se como segue: 88

89 A rubrica Operações a Liquidar é relativa aos movimentos de compra de títulos do Banco Bilbao Vizcaya Arg 3, e venda de títulos do Banco BPI SA , à data de 28 de Dezembro de 2011, mas que a data de liquidação ocorreu a 02 de Janeiro de O valor líquido das operações foi de Euros. Nota 24 Activos e passivos por impostos A Companhia está sujeita ao regime fiscal estabelecido pelo Código do IRC Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas. Adicionalmente, o conceito de impostos diferidos, resultantes das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os resultados fiscalmente aceites para efeitos de tributação do IRC, é aplicável sempre que haja uma probabilidade razoável de que tais impostos venham a ser pagos ou recuperados no futuro. As declarações de autoliquidação da Companhia ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais durante o período de quatro anos, o qual é alargado para seis anos no caso de existirem prejuízos fiscais reportáveis. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração da Companhia que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das Demonstrações Financeiras. O cálculo do imposto corrente do exercício de 2011 foi apurado com base na taxa nominal de imposto de 25% (25% em 2010), aplicável à matéria colectável da Companhia. A derrama municipal aplicável ao lucro tributável ascendeu a 1,5% (1,5% em 2010) Decomposição de activos e passivos por impostos As rubricas Activos e Passivos por Impostos, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, decompõem-se como segue: Na rubrica Imposto sobre o rendimento encontra-se a deduzir ao valor do apuramento do IRC do ano corrente, o montante referente aos pagamentos por conta de Euros ( Euros em 2010). 89

90 Os movimentos relevantes de activos e passivos por impostos diferidos encontram-se descritos abaixo Decomposição dos principais componentes de gasto de impostos Os principais componentes de gastos de impostos foram os seguintes: (a) Em 31 de Dezembro de 2011 estimou-se um imposto corrente sobre o rendimento do exercício no montante de Euros ( Euros em 2010). A taxa efectiva de imposto estimada para o exercício foi de 26,8%. (b) Em 31 de Dezembro de 2011, o passivo por imposto corrente, na componente de IRC, ascendia ao montante de Euros ( Euros em 2010). (c) O encargo com impostos do ano foi como segue: (d) Anexa-se o quadro ilustrativo com o efeito dos impostos diferidos nas rubricas de activo, passivo, capital próprio e resultados: Existe imposto diferido activo no valor de Euros que corresponde à reserva por impostos diferidos no montante de Euros, às perdas por imparidade de activos financeiros no montante de Euros e ao imposto diferido activo apurado no montante de Euros, resultante do ajustamento de transição. 90

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