Dois tipos de negação não-manual na língua de sinais brasileira

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1 Dois tipos de negação não-manual na língua de sinais brasileira Jéssica Arrotéia 1 1 Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Caixa Postal Campinas SP Brasil jéssicaarroteia@gmail.com Abstract. Brazilian Sign Language presents negative concord among manual negative material (such as NOT and NOTHING). Nonmanually, negation can be expressed by both headshaking and the presence of a specific facial expression. This paper brings evidence in favor of the syntactic analysis of the facial expression and against the syntactic analysis of the headshake. The main evidence comes from the fact that post-verbal negative constituents in LSB are licensed, in the absence of any other negative manual material, in the presence of the facial expression, but unlicensed in the presence of headshaking. This licensing phenomenon might be analyzable as a new type of negative concord. Keywords. Brazilian Sign Language, negation, nonmanual marking. Resumo. A língua de sinais brasileira apresenta concordância negativa entre constituintes negativos de natureza manual (do tipo NÃO e NADA). No componente não-manual, a negação é realizada tanto pelo movimento da cabeça (ou headshake ) quanto por expressões faciais. Este artigo evidencia que o headshake não pode ser tratado como um marcador sintático de negação, enquanto a expressão facial pode. A principal evidência provém do fato da expressão facial licenciar constituintes negativos manuais em posição pós-verbal na ausência de NÃO pré-verbal, fenômeno que pode caracterizar um novo tipo de concordância negativa. Palavras-chave. Língua de Sinais Brasileira, negação, marcação não-manual. 1. Introdução A negação na língua de sinais brasileira (daqui em diante, LSB) pode realizar-se tanto no componente manual (através de sinais como NÃO e NADA) quanto no componente não-manual. NADA é utilizado em posições argumentais, como ilustrado em (1). (1) a. <NADA x ENCONTRAR b JOÃO b IX b >neg ninguém encontrou o João b. <IX 1 NÃO 1 ENCONTRAR a NADA>neg eu não encontrei ninguém Estudos Lingüísticos XXXIV, p , [ 638 / 643 ]

2 O marcador NÃO apresenta assimetria em relação à classe verbal envolvida. Este marcador segue mas não precede verbos como GOSTAR[d] (verbos não-flexionados, 2 ou seja, que não tomam pontos referenciais), como ilustrado em (2). No entanto, NÃO pode tanto preceder quanto seguir verbos como a DAR b, como ilustrado em (3). Verbos como a b DAR são verbos que, por tomarem pontos referenciais, são chamados verbos flexionados. (2) a. * <JOÃO a IX a NÃO GOSTAR[d] CARRO>neg b. <JOÃO a IX a GOSTAR[d] CARRO NÃO>neg João não gosta de carro(s) (3) a. <JOÃO a IX a NÃO a DAR b LIVRO>neg b. <JOÃO a IX a MARIA b IX b a DAR b LIVRO NÃO>neg João não deu o livro para Maria Assumo, com Quadros (1999), que a negação é pré-verbal em LSB. Este artigo analisa a negação no componente não-manual, indicada genericamente nos exemplos anteriores através de colchetes angulados seguidos da sigla neg, a fim de avaliar a atuação de diferentes partes desta marcação junto a constituintes negativos manuais. A hipótese é que o conjunto dos marcadores não-manuais pode ser dividido em duas partes que apresentam desempenhos distintos. Em outras palavras, a hipótese é que apenas uma parte da marcação não-manual seja responsável pela marcação da negação. Na seção 2, trago evidências de que o desmembramento proposto é válido. Na seção 3, apresento alguns dados de concordância negativa em LSB e discuto a interação entre itens manuais e não-manuais de negação em LSB. Na seção 4, trago evidências a favor da hipótese de que expressão facial apresenta caráter sintático e na seção 5, faço as últimas considerações a respeito do tema. 2. Desmembramento da marcação não-manual Primeiramente, é preciso distinguir dois conjuntos de marcadores não-manuais. Por um lado, é possível identificar o que chamei de expressão facial de negação, que envolve, principalmente, abaixamento das sobrancelhas e modificação do contorno da boca (abaixamento dos cantos da boca ou arredondamento dos lábios). A expressão facial de negação (marcada, daqui a diante, por um traço sob a glosa, seguido da sigla ef ) acompanha obrigatoriamente os constituintes negativos. Por outro lado, pode-se identificar um balanço de cabeça de um lado para outro, em um eixo vertical, denominado headshake. Sua duração na sentença será marcada, daqui a diante, por colchetes angulados seguidos da sigla hs. Apesar de semelhantes, o escopo dos marcadores é diferente. Headshake pode aparecer apenas junto do constituinte negativo manual, ou espraiar-se por toda a sentença (inclusive para a posição de sujeito), e também além da sentença, como ilustrado em (4). (4) a. IX 1 <NÃO>hs 1 ENCONTRAR a JOÃO a IX a ef b. IX 1 <NÃO 1 ENCONTRAR a JOÃO a IX a ef>hs c. <IX 1 NÃO 1 ENCONTRAR a JOÃO a IX a ef>hs d. IX 1 <NÃO 1 ENCONTRAR a JOÃO a IX a ef >hs eu não encontrei o João Estudos Lingüísticos XXXIV, p , [ 639 / 643 ]

3 A expressão facial, no entanto, só é encontrada junto do item negativo quando este se encontra em posição final; do contrário, a expressão facial inicia-se junto à projeção de NegP (Quadros 1999) e espraia-se por toda a sentença, como ilustrado em (5). (5) a. IX 1 NÃO 1 ENCONTRAR a JOÃO a IX a ef eu não encontrei o João b. IX 1 1 ENCONTRAR a JOÃO a IX a NÃO ef eu não encontrei o João É interessante notar que, na ausência de outros constituintes negativos, a expressão facial em LSB é suficiente para marcar negação em uma sentença; o headshake, quando desvinculado da expressão facial e na ausência de outros negativos, não é capaz de negar uma sentença, como ilustrado em (6). (6) a. IX 1 1 ENCONTRAR a eu encontrei (ele) b. IX 1 1 ENCONTRAR a ef eu não encontrei (ele) c. * <IX 1 1 ENCONTRAR a >hs 3. Concordância negativa Segundo Zanuttini (1997), se uma língua apresenta negação em posição préverbal, um constituinte negativo em posição pós-verbal só será licenciado na presença do marcador de negação pré-verbal ou de um constituinte negativo em posição préverbal. Por outro lado, o marcador negativo pré-verbal terá sua realização impedida na presença de um constituinte negativo em posição pré-verbal (por exemplo, posição de sujeito). Arrotéia (2004) encontra o mesmo fenômeno em LSB. Como ilustrado respectivamente em (7a) e (7b), um constituinte negativo pós-verbal pode ser licenciado pela presença de um sujeito negativo ou de NÃO em posição pré-verbal. Interessantemente, o mesmo constituinte pode ser licenciado pela presença da marcação não-manual. (7) a.? NADA x ENCONTRAR a NADA ninguém encontrou ninguém b.? IX 1 NÃO 1 ENCONTRAR a NADA eu não encontrei ninguém c. IX 1 < 1 ENCONTRAR a NADA>neg eu não encontrei ninguém (8) a. * NADA CONHECER NADA ninguém conhece ninguém b.? IX 1 CONHECER NADA eu não conheço ninguém a. IX 1 <CONHECER NADA>neg eu não conheço ninguém Para ilustrar a assimetria da concordância negativa em relação às diferentes classes verbais (a saber, verbos flexionados e não-flexionados), foi necessário retirar a marcação não-manual das sentenças (7) e (8). O ponto de interrogação marca uma sentença perfeitamente aceitável com marcação não-manual (mas parcialmente aceitável em sua ausência), ao passo que o asterisco indica uma sentença totalmente agramatical, mesmo na presença da marcação não-manual. Aplicando o desmembramento proposto para a marcação não-manual às sentenças (7c) e (8c), é possível notar que a expressão facial, como ilustrado em (9a), licencia a presença de constituintes negativos seguindo verbos flexionados, assim como o NÃO licencia os mesmos constituintes, conforme ilustração anterior em (7a). Interessantemente, a mesma marcação licencia constituinte Estudos Lingüísticos XXXIV, p , [ 640 / 643 ]

4 negativo que segue verbo não-flexionado, como ilustrado em (9b) ao contrário de (8a), em que a presença de NÃO impede a derivação. (9) a. IX 1 1 ENCONTRAR a NADA ef eu não encontrei ninguém b. IX 1 CONHECER NADA ef eu não conheço ninguém No entanto, a substituição da expressão facial pelo headshake, ilustrado em (10), resulta em sentenças agramaticais. (10) a. * IX 1 < 1 ENCONTRAR a NADA>hs b. * IX 1 <OUVIR NADA>hs Os dados de LSB que apresento nesta seção provêm evidências mais claras para a hipótese (também levantada por Quer (2003) para a língua de sinais catalã) de que a concordância negativa entre itens manuais e não-manuais é possível. 4. Análise da marcação não-manual Seguindo sugestão de Carlos Mioto (c.p.), a expressão facial parece decorrer da inserção de um núcleo nulo negativo em posição pré-verbal. Assumindo por um momento que NÃO localiza-se em [spec,negp], e sabendo que a inserção de NÃO em posição pré-verbal impede a derivação de sentenças como (11a), a gramaticalidade de (11b) sugere que o núcleo de negação nulo não interrompa a adjacência entre verbo (afixal) e afixo. (11) a. * IX 1 NÃO OUVIR eu não ouço b. IX 1 OUVIR ef eu não ouço Como apontado por Evani Viotti (c.p.), o fato de a expressão facial em (12a) licenciar plenamente constituintes negativos pós-verbais (em contraste com o NÃO pré-verbal em (12b)) sugere que a expressão facial seja o marcador negativo default em LSB, e não o item NÃO. (12) a. IX 1 1 ENCONTRAR a NADA ef eu não encontrei ninguém b.? IX 1 NÃO 1 ENCONTRAR a NADA eu não encontrei ninguém Estas duas sugestões favorecem uma análise sintática da expressão facial. Por outro lado,a sentença (6c) apresentada anteriormente - ilustra que o headshake não licencia constituintes negativos em posição pós-verbal. Vejamos mais uma evidência contra a análise sintática do headshake. Supondo que headshake em LSB, assim como o headshake da língua de sinais alemã ou DGS (conforme análise de Pfau 2002a, 2002b), decorra da inserção de um afixo nulo negativo inserido no núcleo de NegP; segundo o autor, em DGS o verbo sempre sobe para T, e depois para núcleo neg (se a sentença for negativa). O resultado é uma alteração morfofonológica na raiz verbal que corresponde à realização de headshake. Esta proposta prevê que o headshake sempre deve modificar o verbo, como ilustrado em (13). (13) a. PETER BRUDER <MAG>hs Peter não gosta do irmão Peter irmão gostar.neg b. * PETER BRUDER MAG <NICHT>hs Estudos Lingüísticos XXXIV, p , [ 641 / 643 ]

5 peter irmão gostar não No entanto, a proposta ilustrada em (13) não consegue explicar casos de LSB como (14), em que headshake aparece apenas no último constituinte da sentença. (14) IX 1 CONHECER JOÃO a IX a <NÃO ef >hs eu não conheço o João Há duas sugestões que ainda demandam análise minuciosa: Jairo Nunes (c.p.) sugere que a expressão facial tenha caráter eminentemente sintático, 3 e que headshake tenha caráter eminentemente prosódico. Uma evidência a favor desta análise é o fato deste marcador poder acompanhar sujeitos não-negativos, e não ser obrigatório junto a sujeitos negativos. A segunda sugestão é oferecida por Evani Viotti (c.p.): assim como as marcações não-manuais nas línguas faladas são apenas gestos, talvez headshake corresponda apenas um gesto em LSB. No entanto, uma análise deste âmbito estaria além dos objetivos deste artigo. 5. Considerações finais Mostrei, neste artigo, que a marcação não-manual de negação deve ser desmembrada em duas partes: headshake (com características eminentemente prosódicas) e expressão facial (marcador de caráter eminentemente sintático). Mostrei, também, que a LSB apresenta concordância negativa também entre itens manuais e marcação não-manual. E por último, sugiro que a expressão facial, e não o item NÃO, seja o marcador default de negação nesta língua. Notas 2. Verbos não-flexionados são afixais (Quadros 1999, seguindo Lasnik 1995), ou seja, são retirados morfologicamente desprovidos de afixos e requerem adjacência entre verbo e afixo para derivar. 3. Um argumento que ilustra o caráter prosódico da expressão facial (sem, no entanto, invalidar a proposta sintática) é o espraiamento da expressão para além de NegP, ilustrado em (i). (i) IX 1 <NÃO 1 ENCONTRAR a JOÃO a IX a ef>hs eu não encontrei o João Bibliografia ARROTÉIA, Jéssica. Análise sintática da interação entre itens negativos na LSB Paper apresentado no XIX ENANPOLL. Maceió. Manuscrito. HAEGEMAN, Liliane. The syntax of Negation. Cambridge: Cambridge University Press LASNIK, Howard. Verbal morphology: syntactic structure meets the minimalist program. In: CAMPOS, Héctor et al (org) Evolution and revolution in linguistic theory: essays in honor of Carlos Otero. Georgetown: Georgetown University Press P NEIDLE, Carol, Benjamin BAHAN, Dawn MACLAUGHLIN, Robert LEE and Judy KEGL NBMLK. Realizations of syntactic agreement in American sign language: Estudos Lingüísticos XXXIV, p , [ 642 / 643 ]

6 similarities between the clause and the noun phrase. Studia Linguistica 52 : PFAU, Roland. Applying morphosyntactic and phonological readjustment in natural language negation. In: MEIER, Richard et al (org). Modality and Structure in Signed and Spoken Languages. Cambridge: Cambridge University Press. 2002a. P , Roland. The grammar of headshake. 2002b. Paper apresentado em Gesture the living medium. Austin. Manuscrito. QUADROS, Ronice. Phrase structure of Brazilian Sign Language Tese (Doutorado em Lingüística). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande de Sul, Porto Alegre. QUER, Josep. Operadores negativos en lengua de signos catalana (LSC) Manuscrito. ZANUTTINI, Raffaella. Negation and clausal structure: a comparative study of Romance languages. New York : Oxford University Press Sistema de Transcrição A língua de sinais brasileira é glosada por palavras que traduzem aproximadamente o sinal realizado. IX refere-se à apontação de um locus específico. Índices sobrescritos indicam associação de um sinal a um locus espacial específico: 1 para primeira pessoa, 2 para segunda pessoa, a, b, c para terceiras pessoas, x para espaço neutro. Glosas do tipo a VER b indicam associação a dois loci. Colchetes especificam a configuração de mão utilizada. Anexo Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Legenda: Figura 1: NÃO: balançar a mão para um lado e para outro, de maneira sutil, e repetitiva, com a configuração de mão em [G]. Figura 2: NADA: esfregar as palmas das mãos em movimentos circulares; mãos configuradas em [B]. Figuras 3 e 4: expressões faciais características de negação Estudos Lingüísticos XXXIV, p , [ 643 / 643 ]

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