USO DE OXIDANTES QUÍMICOS NA REMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR DNAPLs

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1 USO DE OXIDANTES QUÍMICOS NA REMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR DNAPLs R. C. M. Nobre Universidade Federal de Alagoas M.de M. M. Nobre Universidade Federal de Alagoas, Maia Nobre Engenharia RESUMO: A possibilidade de ocorrência da degradação química de compostos organo-clorados por mecanismos de oxidação foi verificada neste trabalho. Entre alguns dos oxidantes químicos de interesse neste estudo, o permanganato de potássio (KMnO 4 ) foi avaliado em testes de laboratório, para utilização em casos reais de contaminação por organo-clorados onde sistemas de injeção de águas tratadas já se encontram implantados. São apresentados resultados de ensaios de laboratório que foram conduzidos para se avaliar o potencial daquele oxidante como reagente na remediação in-situ de diferentes tipos de DNAPL. Os resultados indicaram que o permanganato de potássio apresenta grande potencial na oxidação de alcenos clorados. Para os alcanos halogenados, entretanto, a taxa de destruição observada foi de menor intensidade. De fato, através de ensaios de batelada realizados, foi demostrado que o,2 dicloroetano (,2 DCA) é menos susceptível à degradação por oxidação química enquanto que o tricloroetileno (TCE) foi facilmente oxidado nas mesmas condições de ensaios. INTRODUÇÃO Poucas tecnologias se mostram totalmente eficientes na recuperação de aquíferos contaminados por fluidos orgânicos imiscíveis e mais pesados que a água (DNAPL) de forma a atender aos padrões vigentes baseados em critérios de risco tanto à saúde humana quanto de impacto ambiental. Há a necessidade do acoplamento de diferentes tecnologias em um mesmo sítio face à presença, quase sempre, não somente de um composto mas de uma mistura de compostos químicos com características e comportamentos específicos. Um processo alternativo, que pode ser associado a um sistema convencional de contenção hidráulica pump-and-treat consiste na injeção de uma solução química reativa de forma a promover a degradação/oxidação da massa de contaminantes no aquífero. Essa tecnologia pode se tornar bastante útil nos casos em que a fase residual e/ou pools de DNAPLs se localizam em grandes profundidades, onde sistemas passivos de remediação/contenção (p.e., paredes diafragma ou barreiras reativas) são tecnicamente e/ou economicamente inviáveis, independente da eficiência do material reativo. Ao contrário de outras tecnologias que tentam mobilizar o DNAPL através do bombeamento de consideráveis volumes d água e tratamento na superfície, a oxidação química oferece uma forma de destruir o contaminante in-situ. As tecnologias de oxidação in-situ incluem a injeção de substâncias químicas como ozônio, peróxido de hidrogênio, reagente de Fenton (combinação de peróxido de hidrogênio e ferro) bem como permanganato de potássio. Dentre estas alternativas, a injeção de permanganato de potássio é a mais utilizada por razões de ordem técnica e econômica. 545

2 Dependendo da natureza química do contaminante, entretanto, outros oxidantes poderão ser mais favoráveis. Ensaios de laboratório foram conduzidos para avaliar o potencial do permanganato de potássio (KMnO 4 ) como reagente na remediação in-situ de diferentes tipos de compostos orgânicos imiscíveis na água (DNAPL), incluindo amostras de águas subterrâneas provenientes de um sítio contaminado com compostos organoclorados e soluções preparadas em laboratório. O permanganato de potássio é um forte oxidante que permanece estável na água mas reage rapidamente quando em contato com certos compostos orgânicos. Ensaios de batelada permitiram verificar a dose de permanganato necessária na oxidação do,2 DCA e do TCE. Nesses ensaios, iguais volumes de TCE-água,,2 DCA-água, KMnO 4 -água,,2 DCA- KMnO 4 -água e TCE-KMnO 4 -água a diferentes concentrações do contaminante e do oxidante foram adicionadas em frascos de vidro de 25 ml vedados com septos de teflon. As análises dos indicadores físico-químicos (ph, Eh, condutividade), de inorgânicos (cloretos, manganês, ferro) e as análises cromatográficas foram suficientes para a verificação da ocorrência da destruição do TCE e, em menor escala, do,2 dicloroetano. Através dos ensaios realizados, foi verificado que a taxa de destruição do,2 DCA foi de menor intensidade em comparação ao tricloroetileno. Isto ocorre tendo em vista que a oxidação de alcenos clorados pelo KMnO 4 envolve o rompimento da ligação dupla entre dois átomos de carbono, permitindo a decloração da molécula (i.e. desalogenação). Como não há nenhum mecanismo de decloração direta pelo ataque do permanganato à ligação simples C-Cl dos alcanos, a oxidação desses compostos é menos esperada. Os produtos da destruição completa do TCE, por exemplo, inclui o dióxido de carbono, o cloreto de potássio, dióxido de manganês e ácido clorídrico. O gás carbônico dissolvido tende a reduzir o ph da solução através da produção de carbonatos, enquanto que a liberação de cloretos na água promove um aumento da condutividade da solução. O KMnO 4 é praticamente insolúvel na maioria dos hidrocarbonetos clorados. Como a reação de oxidação ocorre apenas na fase dissolvida, o sucesso da oxidação química insitu depende, principalmente, da natureza e da distribuição espacial do contaminante no solo e de seu efeito nos processos/taxas de dissolução. A caracterização adequada do sítio, através da avaliação dos processos hidrogeológicos, é determinante na elaboração de um sistema de injeção capaz de garantir um contato adequado entre o oxidante e a pluma dissolvida. Em sítios com uma hidrogeologia complexa, a fonte secundária de DNAPL (fase imiscível) provavelmente estará distribuída de forma heterogênea, fazendo com que a metodologia só se torne eficiente mediante o conhecimento das condições específicas do sítio e do processo de contaminação (localização de fontes primárias e secundárias, natureza do contaminante e quantidade de massa infiltrada). A injeção de permanganato de potássio no subsolo é um processo relativamente recente de oxidação de contaminantes em solos que já vem sendo utilizado em diversos sítios na América do Norte nos últimos 5 anos. Algumas vantagens desta metodologia incluem: a) o KMnO 4 oxida, com facilidade, alguns etenos clorados in situ (p.e., TCE); b) o KMnO 4 é bastante solúvel em água, facilitando o seu deslocamento no aquífero; c) o KMnO 4 poderá ser transportado, por difusão, em estratos menos permeáveis, (p.e., silte e argila) devido aos elevados gradientes químicos gerados como resultado da elevada solubilidade daquele oxidante e a reação do permanganato com o contaminante; d) o KMnO 4 aumenta a taxa de solubilização do DNAPL uma vez que a reação de oxidação ocorre no contato da fase aquosa com a fase imiscível do DNAPL, conforme Figura. O aumento da concentração de KMnO 4 na fase aquosa causa uma elevação na taxa de transferência de massa do DNAPL para a fase dissolvida uma vez que os gradientes de concentração são aumentados tanto para o KMnO 4 quanto para o organoclorado; e) os sub-produtos da reação são inertes em solos; f) este oxidante é facilmente manejado, misturado e injetado no subsolo; g) o custo da implantação do sistema é relativamente pequeno. 546

3 Figura - Dissolução do DNAPL no Contato com a Solução de KMnO PROCESSOS DE OXIDAÇÃO COM O KMnO 4 Baseado nas obserações de laboratório e nas reações de oxido-redução para cada composto, as reações químicas entre o KMnO 4,,2 DCA e TCE foram determinadas. Foi verificado a formação de um precipitado de cor marrom, possivelmente o dióxido de manganês MnO 2 (s) resultante das reações, e a evolução de um gás, confirmado como sendo o CO 2. Reconhecendo que o MnO 4 - foi reduzido em MnO 2 (s), e assumindo que o carbono no,2 DCA e TCE foi completamente oxidado em CO 2, as seguintes equações se aplicam para o tricloroetileno (Schnarr et al., 998) e para o,2 dicloroetano, respectivamente C 2 Cl 3 H(TCE) + 2KMnO 4 2CO 2 + 2MnO 2 (s) + 2KCl + HCl C 2 Cl 2 H 4 (,2DCA) + 2KMnO 4 2CO 2 + 2MnO 2 (s) + 2KCl + 4H + onde MnO H + + 3e - MnO 2 (s) + 2H 2 O Nas reações entre os contaminantes e o KMnO 4, os compostos HCl, KCl, CO 2 e MnO 2, serão inevitavelmente lançados nas águas subterrâneas como sub-produtos de reação. Os solos, em geral, têm boa capacidade de neutralizar estes constituintes, como por exemplo os solos carbonatados que possuem elevada capacidade de neutralizar o ácido clorídrico. O gás carbônico reagirá com a água de forma a produzir carbonatos e reduzir o ph da água. Se a taxa de reação exceder a capacidade da água, uma fase gasosa separada será formada na matriz do solo. O dióxido de manganês e outras formas de óxidos de manganês que são formados durante o processo de oxidação com o permanganato de potássio permanecerão no aquífero na forma de uma película sólida envolvendo os grãos de solo. O lançamento do permanganato de potássio nas águas subterrâneas além da área de tratamento não deverá ser um fator preocupante uma vez que o mesmo irá reagir com materiais presentes no subsolo que são facilmente oxidados (Schnarr, 992). Ensaios de batelada foram realizados como primeiro passo na verificação do potencial de oxidação do,2 dicloroetano e do tricloroetileno pelo permanganato de potássio. Ensaios semelhantes de oxidação do KMnO 4 com alcanos clorados (p.e.;,2 DCA), não foram registrados na literatura até o momento. Algumas publicações recentes já comprovaram o potencial de degradação do TCE através do permanganato de potássio (Schnarr, 992; Schnarr et al.; 998, LaChance, 998; Nelson, 999). Nestes trabalhos, foi verificado que a concentração de uma solução de permanganato de potássio necessária para degradar grande parte do TCE dissolvido no campo é cerca de 547

4 pelo menos 3 a vezes maior do que a concentração de TCE. 3. METODOLOGIA DOS ENSAIOS 3. Preparação dos frascos Os ensaios de batelada foram realizados utilizando-se soluções com permanganato de potássio. Iguais volumes de solução (23 ml), a diferentes concentrações do contaminante, foram adicionados em frascos de vidro transparentes de 25 ml vedados com septos de teflon. No ensaio com o,2 dicloroetano, as soluções foram preparadas com uma concentração constante de KMnO 4 (2,7 g/l) e concentrações variáveis de,2 DCA (, ppm a ppm). Amostras de águas subterrâneas provenientes de dois poços localizados em um sítio contaminado com,2 DCA e,2 DCP foram também selecionadas para o ensaio. Os frascos foram preparados com as seguintes soluções: (a) soluções de controle ou frascos brancos, contendo apenas a solução de,2 DCA com água purificada (4 frascos de controle, ao todo), (b) duas soluções reativas (A e B) para cada caso, contendo a solução do contaminante e o permanganato de potássio (28 frascos reativos, ao todo), e (c) soluções contendo apenas água purificada e o oxidante, para ser analisada apenas no tempo inicial do ensaio (2 frascos, ao todo). Os frascos reativos e de controle foram analisados nos tempos de ensaio iguais a 24 horas e 36 horas. Amostras provenientes dos mesmos frascos acima foram analisadas no tempo inicial do ensaio para controle (t = to). Verificou-se que algumas amostras tanto de controle quanto reativas, referentes ao tempo de 36 horas (2 semanas), perderam certa quantidade de massa ao longo do ensaio por volatilização (durante a amostragem e/ou análise). No ensaio com o tricloroetileno, soluções com uma concentração constante de 5 ppm foram preparadas para serem utilizadas com diferentes concentrações de permanganato de potássio, que variaram entre,43 g/l a 4,34 g/l. Os frascos foram preparadas com as seguintes soluções: (a) soluções de controle ou frascos brancos, contendo apenas a solução de TCE com água purificada (6 frascos de controle, ao todo), (b) duas soluções reativas (A e B) para cada caso, contendo a solução do contaminante e o permanganato de potássio (2 frascos reativos, ao todo), e (c) solução contendo apenas água purificada e o permanganato de potássio, para ser analisada apenas no tempo inicial do ensaio ( frasco). Os frascos com concentração de permanganato de potássio igual a 2,7 g/l (,5g de KmnO 4 adicionado a um volume de solução igual a 23 ml) foram analisados em tempos iguais a 5 min, 24 h, 72 h e semana. Os frascos com concentrações de permanganato de potássio iguais a,434 g/l e 4,34 g/l foram amostrados, apenas, para o tempo igual a 72h. Amostras provenientes dos mesmos frascos acima foram analisadas no tempo inicial do ensaio para controle (t = to). Observou-se, nestes ensaios, que houve também alguma perda de massa de TCE nas amostras de controle mas que a diferença entre as concentrações de TCE verificadas nas amostras reativas, normalmente nãodetectáveis, e as concentrações das amostras de controle, da ordem de ppm, confirmou a ocorrência de oxidação de praticamente toda a massa de TCE disponível Análises Cromatográficas Duas amostras de 5 ml de solução foram coletadas de cada frasco, para cada tempo de análise, com o auxílio de uma seringa de vidro de 2 ml com agulha de aço inoxidável. Para cada frasco preparado, foram utilizadas agulhas e seringas esterilizadas. As amostras eram transferidas para os frascos de vidro próprios para análise de cromatografia (headspace), e armazenadas em isopor com gelo e posteriormente em freezer. Para determinação das concentrações dos compostos orgânicos, foi utilizado um cromatógrafo a gás com detector FID (Flame Ionization Detector), marca Hewlett Packard, modelo HP Análises de Parâmetros Físico-Químicos e de Inorgânicos Para cada tempo de análise (dois frascos reativos e um de controle), e para as amostras iniciais de cada ensaio, (t = to), foram 548

5 determinados o ph, potencial redox e a condutividade elétrica. Foram também realizadas análises de inorgânicos, para cada tempo, incluindo cloretos, manganês e ferro total SOLUÇÕES INICIAIS DE PPM DE,2 DCA C/Co.5 4. RESULTADOS PRELIMINARES Os resultados dos ensaios de batelada realizados com o permanganato de potássio na avaliação da oxidação dos contaminantes,2 dicloroetano (,2 DCA) e o tricloroetileno (TCE) foram consolidados nesta seção. Baseado nas relações de equilíbrio químico, mg de TCE requer cerca de 2,4 mg de KMnO 4 para oxidação completa enquanto que mg de,2 DCA requer cerca de 3,2 mg daquele mesmo oxidante. Na realidade, entretanto, o meio poroso contém material oxidável (matéria orgânica) que poderá consumir boa parte do oxidante e demandar uma quantidade adicional do permanganato de potássio para degradação completa do(s) contaminante(s) presentes (Drescher et al., 998). Para isso, faz-se necessário a realização de ensaios de batelada com uma relação maior de massa de oxidante/massa de contaminante e ensaios de coluna para verificar a ocorrência de degradação em função de diferentes doses de permanganato de potássio. 4.. Ensaios com o,2 dicloroetano As Figuras 2 a 7 apresentam os resultados dos ensaios com o,2 DCA. Nem todos os gráficos de evolução dos parâmetros são apresentados, mas seus resultados são abordados e discutidos. Em todos os gráficos aqui presentes, as curvas traçadas com linha cheia representam a solução de controle (apenas o contaminante e água purificada) e as curvas pontilhadas representam as duas amostras reativas A e B (contaminante mais permanganato de potássio). As análises referentes às amostras de controle de ppm de,2 DCA foram julgadas inadequadas pelo laboratório responsável pelas análises (Qualitex), sendo assim, não foram incluídas na avaliação Solução de,2 DCA (Controle) Solução de,2 DCA + KMNO4 (A) Solução de,2 DCA + KMNO4 (B) Figura 2 Evolução da Concentração de,2 DCA (Soluções iniciais de ppm) C/Co SOLUÇÕES INICIAIS DE PPM DE,2 DCA Solução de,2 DCA (Controle) Solução de,2 DCA + KMNO4 (A) Solução de,2 DCA + KMNO4 (B) Figura 3 Evolução da Concentração de,2 DCA (Soluções iniciais de ppm) Nas Figuras 2 e 3 observa-se claramente uma tendência de diminuição da concentração de,2 DCA para as amostras reativas. O eixo das coordenadas representa a concentração normalizada de,2 DCA, ou seja, a razão entre a concentração no tempo t e a concentração inicial da amostra. Verificou-se, em média, a ocorrência de cerca de 6% de degradação do,2 DCA para as amostras preparadas em laboratório. Na Figura 4 verifica-se um acréscimo da concentração de cloretos nas soluções reativas aos dois tempos de análise. Este comportamento se repetiu para todas as soluções preparadas com,2 DCA, confirmando a ocorrência de oxidação. Da mesma forma, os indicadores químicos revelaram mudanças entre as soluções preparadas, como a elevação do potencial redox para cerca de 65-7 mv e da condutividade elétrica para todas as soluções 549

6 reativas (Figuras 5 e 6). O ph foi o único indicador que pouco se alterou, permanecendo neutro (Figura 7) em todas as soluções. Houve uma elevação na concentração de manganês nas soluções. sido observada uma degradação significativa dos mesmos ao longo do ensaio. Foi verificado, entretanto, a degradação de cerca de % de ppb de cloreto de vinila 6d(MVC) e de ppb de,, TCE e de cerca de 6% de 4 ppm de diclorometano. CONCENTRAÇÃO DE CLORETOS (ppm) SOLUÇÕES INICIAIS DE PPM DE,2 DCA Solução de,2 DCA (Controle) Solução de,2 DCA + KMNO4 (A) Solução de,2 DCA + KMNO4 (B) Figura 4 Evolução da Concentração de Cloretos (Soluções iniciais de ppm) CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (us) SOLUÇÕES INICIAIS DE PPM DE,2 DCA Solução de,2 DCA (Controle) Solução de,2 DCA + KMNO4 (A) Solução de,2 DCA + KMNO4 (B) Figura 6 Evolução da Condutividade Elétrica (Soluções iniciais de ppm) 8 SOLUÇÕES INICIAIS DE PPM DE,2 DCA POTENCIAL REDOX (mv) Solução de,2 DCA (Controle) Solução de,2 DCA + KMNO4 (A) Solução de,2 DCA + KMNO4 (B) TEMPO (horas) Figura 5 Evolução do Potencial Redox (Soluções iniciais de ppm) As análises realizadas com amostras de um poço de monitoramento contendo, principalmente, cerca de 6 ppm de,2 dicloropropano, 5 ppm de,2,3 tricloropropano e,4 ppm de,2 dicloroetano, para um ph em torno de 4,, e preparadas com a mesma concentração de KMnO 4, revelaram que os contaminantes foram pouco sensíveis à presença do permanganato de potássio, não tendo sido verificada a degradação dos mesmos após 24 horas de ensaio. Da mesma forma, amostras de um poço de extração proveniente de outro local, contendo cerca de 4, ppm de,2 DCA,, ppm de clorofórmio e,9 ppm de tetracloreto de carbono e ph igual a cerca de 5,, foi analisada não tendo ph SOLUÇÕES INICIAIS DE PPM DE,2 DCA Solução de,2 DCA (Controle) Solução de,2 DCA + KMNO4 (A) Solução de,2 DCA + KMNO4 (B) Figura 7 Evolução do ph (Soluções iniciais de ppm) 4.2. Ensaios com o tricloroetileno (TCE) As Figuras 8 a 3 apresentam gráficos elaborados durante os ensaios de oxidação com o tricloroetileno. As Figuras 8 a 2 representam a evolução no tempo das concentrações de TCE e cloretos e do potencial redox, condutividade elétrica e ph, respectivamente, para uma solução constante de KMnO 4 igual a 2,7 mg/l. A Figura 3 representa a variação da concentração normalizada de TCE para diferentes soluções de permanganato de potássio, referente a 72 horas de ensaio. 55

7 C/Co,9,8,7,6,5,4,3,2, Figura 8 Evolução da Concentração de TCE oxidação para soluções com concentrações mais elevadas de TCE deverá ser avaliada em ensaios adicionais. CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (us) Figura Evolução da Condutividade Elétrica. CONCENTRAÇÃO DE CLORETOS (PPM) Figura 9 Evolução da Concentração de Cloretos Conforme as Figuras 8 e 3, verifica-se claramente a oxidação de % do TCE em quase todas as soluções reativas. As soluções de controle, inicialmente com 5 ppm, apresentaram perdas de massa durante os ensaios permanecendo, ainda, com concentrações bastante elevadas em relação às amostras reativas. O eixo das ordenadas das Figuras 8 e 3 corresponde à concentração normalizada de TCE. De acordo com aqueles gráficos, quase todas as amostras reativas A e B tiveram concentrações não-detectáveis de TCE para os tempos e dosagens de permanganato de potássio distintas do ensaio. Isto significa que, para uma concentração de 5 ppm de TCE, soluções com concentrações inferiores a,43 g/l de permanganato já seriam suficientes para uma oxidação completa daquele contaminante. Verifica-se na Figura 8 que, em apenas 5 minutos de ensaio, as concentrações de todas as amostras reativas apresentaram teores não-detectáveis. A A Figura 9 apresenta a evolução das concentrações de cloretos durante o tempo de ensaio. Os resultados confirmam a ocorrência de oxidação, com uma elevação nos valores de cloretos e manganês para as amostras reativas. As concentrações de ferro ficaram na faixa entre,5 ppm (controle) a,2 ppm (reativas). As Figuras e apresentam, respectivamente, um aumento da condutividade elétrica e do potencial redox para as amostras reativas A e B, conforme esperado. Conforme a Figura 2, o ph das soluções reativas ficaram ligeiramente acima de 7 (em torno de 7,2) enquanto que as amostras de controle apresentaram ph entre 6 e 7. Este resultado não era esperado, tendo em vista que a oxidação do TCE favorece a formação de carbonatos na água, a partir do gás carbônico, e a diminuição do ph. POTENCIAL REDOX (mv) Figura Evolução do Potencial Redox 55

8 ph Figura 2 Evolução do ph C/Co,9,8,7,6,5,4,3,2, CONCENTRAÇÃO DE KMNO4 NO ENSAIO (mg/l) Figura 3 Concentração de TCE x Concentrações de KMnO 4 5. CONCLUSÕES Os resultados preliminares apresentados neste trabalho possibilitaram a consolidação de algumas informações importantes observadas ao longo dos ensaios de oxidação realizados com os compostos,2 dicloroetano e o tricloroetileno. Observou-se a degradação parcial do,2 DCA na primeira e segunda bateria de ensaios realizados (t=24 e 36 horas) utilizando-se como oxidante o permanganato de potássio. As concentrações das amostras reativas (frascos A e B) reduziram-se em cerca de 6% das concentrações iniciais das soluções preparadas, que variaram de, ppm a ppm para uma solução constante de permanganato de potássio igual a 2,7 g/l. As concentrações das amostras de controle (apenas as soluções de,2 DCA) permaneceram com seus valores próximos aos iniciais após 24h de ensaio. Foi verificado um aumento significativo das concentrações de cloretos e manganês em todas as amostras reativas, confirmando ocorrência de oxidação. Da mesma forma, indicadores físico-químicos revelaram alterações entre as soluções preparadas, como a elevação do potencial redox e da condutividade elétrica em todas as soluções reativas. A taxa de degradação do,2 dicloroetano com o tempo está sendo avaliada em novos trabalhos que se encontram em andamento, com maiores quantidades e frequências de análises. A utilização de outros agentes oxidantes tais como o peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ) também está sendo investigada. O TCE em solução foi degradado a níveis não-detectáveis na grande maioria dos ensaios realizados com diferentes dosagens de permanganato de potássio, e para diferentes frequências de ensaio. Isto confirma a ocorrência de oxidação completa do tricloroetileno após semana de ensaio. Observou-se que, para uma concentração mínima de,43 ppm de KMNO 4, já havia sido verificada a oxidação de % da massa de TCE. Em apenas 5 minutos de ensaio, as concentrações de todas as amostras reativas apresentaram teores não-detectáveis nas análises de cromatografia, indicando oxidação instantânea. Da mesma forma que para o,2 DCA, as concentrações de cloretos e manganês se elevaram nos frascos reativos, bem como os valores de condutividade elétrica e o potencial redox. Uma ilustração esquemática do sistema de oxidação in-situ se encontra apresentada na Figura 4. A solução de oxidante, seja KMnO 4 ou um outro, é introduzida no solo contaminado através de poços de injeção. Sistemas de extração e tratamento de água e gases contaminados são contruídos de forma a remover parte do efluente não oxidado. 6. REFERÊNCIAS Drescher, E., Gavaskar, A.R., Sass, B.M. e Cumming, L.J. (998). Batch and column testing to evaluate chemical oxidation of DNAPL source zones. The First International Conference on Remediation of Chlorinated and Recalcitrant Compounds, Battele Press, Monterey, CA, 8-2 maio. 552

9 Figura 4 Ilustração Esquemática do Sistema de Oxidação In-Situ. LaChance, J.C. (998). In Situ Oxidation of Trichloroethene using Potassium Permanganate. Part : Theory and Design. The first International Conference on Remediation of Chlorinated and Recalcitrant Compounds, Battele Press, Monterey, CA, 8-2 maio. Nelson, C.H. (999). Treatment of TCE Impacted Groundwater Using In-Situ Chemical Oxidation. The Fifth Symposium on In-Situ and On-Site Bioremediation, Battele Press, San Diego, CA, 9-22 abril. Nobre, M.M.M. e Nobre, R.C.M. (999). Field Evidence of,2 Dichloroethane Degradation in a Contaminated Aquifer. IV Congresso de Geotecnia Ambiental. São José dos Campos, 28-3 novembro, aceito para publicação. Schnarr, M. (992). An in situ oxidative technique to remove residual DNAPL from soils. MSc. Thesis, University of Waterloo, Waterloo, Ontario, Canada. Schnarr, M., Truax, C., Farquhar, G.J., Hood, E., Gonullu, T. e Stickney, B. (988). Laboratory and controlled field experiments using potassium permanganate to remediate trichloroethylene and perchloroethylene DNAPLs inporous media. Journal of Contaminant Hydrology, 29,

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