I SEMINÁRIO NACIONAL DE FUNDAÇÕES ESTATAIS ANFES
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- Amadeu Farias Sousa
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1 I SEMINÁRIO NACIONAL DE FUNDAÇÕES ESTATAIS ANFES Mesa Redonda: Sistema de Contabilidade e Prestação de Contas em Fundações Públicas de Direito Privado I. Pressupostos e aspectos gerais a serem considerados: 1. Natureza Jurídica da Fundação para fins de CNPJ e tributários A Classificação Nacional de Atividades Econômicas CENAE é o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da administração tributária do país Codificação da Fundação pela Comissão Nacional de Classificação CONCLA (MPOG/IBGE). A Tabela de Natureza Jurídica organiza estes códigos seguindo cinco categorias: Administração pública; Entidades empresariais; Entidades sem fins lucrativos; Pessoas físicas; Organizações internacionais, e outras instituições extra territoriais Resolução nº 2, de 23 de dezembro de 2013, da Presidente da Comissão Nacional de Classificação CONCLA... Resolve: Art. 1ºAprovar e divulgar a Tabela de Natureza Jurídica Art 2º A Tabela de Natureza Jurídica 2014 entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de Anexo único: Fundação Pública de Direito Privado Federal; Fundação Pública de Direito Privado Estadual ou do Distrito Federal; Fundação Pública de Direito Privado Municipal. Entendo que a questão da natureza e classificação da Fundação Pública de Direito Privado está pacificado. IDISA/JCSCAMP/2014 1
2 2. Questões básicas que devem ser previstas na Lei que institui a Fundação Vinculação da Fundação à SMS, para efeitos de supervisão de suas finalidades; Deve prever a possibilidade de doação, para Fundação, de bens móveis e imóveis, bem como transferir por cessão de uso; No caso de extinção da Fundação, os bens serão incorporados no patrimônio do Município, após inventário dos mesmos; Receitas decorrentes das ações assistenciais, mediante Contrato de Gestão, serão consideradas receitas próprias da Fundação; Atos do Conselho Curador que gerarem aumento de despesas, deverão estar indicados previamente no orçamento da Fundação, e considerados no Contrato de Gestão; Os serviços de saúde prestados diretamente pela SMS que passarem a ser executados pela Fundação, deverão ser transferidos mediante decreto do chefe do executivo; Forma e indicação para cessão de servidores lotados em serviços transferidos (eventualmente fazer remissão para Lei local de cessão); Deve ficar explicitado que a Fundação não é dependente do Orçamento. Devendo sua programação de receita e despesa estar relacionada com o(s) contrato(s) que firmar; A LDO deve dispor anualmente sobre a forma de apresentação do Contrato de Gestão de que trata esta Lei; Caso a Lei local que trata da organização administrativa do poder executivo não possua previsão desta forma de figura jurídica, deverá, nesta Lei, fazer remissão ao artigo correspondente e inciso, com a seguinte redação: XXX Fundação Pública de Direito Privado. 3. Preceitos mínimos a serem observados na elaboração do Contrato de Gestão (proposta de texto) Art. xx. Na elaboração do contrato, deverão ser observados no mínimo os seguintes preceitos: I - especificação do programa de trabalho do Órgão Supervisor, ao qual estará vinculado os recursos orçamentários previstos para o pagamento, à Fundação XXXXX, pela prestação de serviços; II programação financeira ou termo de ajustamento financeiro (item 3.1.) contendo a estimativa dos recursos com as respectivas fontes IDISA/JCSCAMP/2014 2
3 orçamentárias e cronograma de desembolso dos recursos financeiros necessários à execução dos serviços pactuados, previsto para um dado exercício, de acordo com a Lei Orçamentária Anual; III - estipulação das metas de desempenho (anuais e plurianuais) a serem alcançadas pela Fundação XXXXX e os respectivos indicadores e prazos de execução, que podem integrar o(s) Plano(s) Operativo(s) Específico(s) de Unidades Operacionais e/ou serviços sob responsabilidade da Fundação; IV obrigações e responsabilidades dos contratantes em relação às metas de desempenho definidas; V sistemática de acompanhamento e avaliação, contendo critérios, parâmetros e indicadores a serem considerados na avaliação de desempenho da Fundação XXXXX no cumprimento do contrato; VI penalidades aplicáveis aos contratados, em caso de descumprimento injustificado de metas e obrigações pactuadas, bem como eventuais faltas cometidas; VII condições para revisão, renovação, prorrogação e rescisão do contrato Termo de Ajustamento Financeiro nº.../fms, ao Contrato de Gestão nº... celebrado em..., de... de..., entre o Município de xxxxxxxxxxxxxxx e a Fundação XXXXX. Cláusula xx Este termo de ajustamento financeiro terá vigência de 1 (um) ano (ou... meses), podendo ser renovado por igual período ou substituído por outro termo, observando a vigência máxima estabelecida no contrato de gestão. Cláusula xx O presente termo de ajustamento financeiro tem o valor integralizado de R$...,... (...valor por extenso...), sendo o valor de R$...,... (...valor por extenso...), compensado do montante a ser repassado, considerando o processo de disposição dos servidores. IDISA/JCSCAMP/2014 3
4 1º. O valor de repasse à contratada, já compensado o referente à disposição dos servidores, será de R$...,... (...valor por extenso...), a ser efetivado em parcelas mensais até o 3º (terceiro) dia útil de cada mês que sucede a despesa, conforme a seguinte programação: Janeiro / 2014 R$...,... Fevereiro / 2014 R$...,... Março / 2014 R$...,... Outros... R$...,... 2º. Os recursos que trata o presente termo de ajustamento financeiro devem onerar as seguintes dotações orçamentárias:.... xxxx xx.xxx;.... xxxx xx.xxx;.... xxxx xx.xxx;.... xxxx xx.xxx; ou outras que venham a substituí-las, sendo assegurada a previsão orçamentária devida ao cumprimento do contrato nas leis orçamentárias, bem como nos planos plurianuais respectivos. 4. Aspectos financeiros e contábeis As Fundações Públicas de Direito Privado, apesar de sujeitas aos princípios gerais da Administração, se equiparam, em regime jurídico, às Empresas Estatais que conquanto integrantes da Administração Indireta, não tem seu orçamento, e, portanto, sua contabilidade, obrigatoriamente, subordinados aos mesmos ditames para os entes públicos. IDISA/JCSCAMP/2014 4
5 Quanto às regras de contabilidade a serem observadas pelas Fundações, o regime é o mesmo das Empresas Estatais que, nos termos do Art. 27, parágrafo único, do Decreto Lei nº 200, de 1967, terão asseguradas condições de funcionamento idênticas às do setor privado, cabendo a estas entidades, sob supervisão, ajustar ao Plano Geral do Governo Proposta de Adequação da LDO e LOA Art. 00 Os Orçamentos compreenderão a programação dos Órgãos da Administração Direta, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades... 1º Excluem-se do disposto neste artigo (exemplos): I - os fundos de incentivos fiscais, que figurarão exclusivamente como informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária; II - os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, constituídos como autarquias; e III outros. 2º A programação das Fundações instituídas pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, com personalidade jurídica de direito privado, que recebam recursos do Tesouro apenas sob a forma de prestação de serviços, com base em contratos, inclusive o Contrato de Gestão / Contrato Estatal de Prestação de Serviços, figurarão exclusivamente como informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária (à luz do 8º do art. 37 da Constituição Federal). 3º O contrato de que trata o parágrafo anterior deverá contemplar a descrição das metas físicas; o detalhamento da programação de gastos e a discriminação das fontes de recursos da Fundação. 4º Os recursos para o pagamento do Contrato de Gestão / Contrato Estatal de Prestação de Serviços deverão constar na Lei Orçamentária sob a forma de ações específicas, de responsabilidade do respectivo órgão supervisor. IDISA/JCSCAMP/2014 5
6 II. Gestão Contábil e dos Custos 1. Esquema básico da contabilidade pública ADMINISTRAÇÃO DIRETA e Órgãos do Legislativo e Judiciário CONTABILIDADE PÚBLICA (*) DIREITO PÚBLICO Autarquias, Fundações, Agências, Etc. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DIREITO PRIVADO Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista DEPENDENTE CONTABILIDADE PRIVADA (Lei nº 6.404/76 e atualizações) NÃO DEPENDENTE ( * ) Legislação e Normativas aplicadas a CONTABILIDADE PÚBLICA:. Lei nº 4.320/1964. Manual de Demonstrativos Fiscais - MDF. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP. Resolução CFC nº 1.128/2008 e atualizações instituídas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - NBC T 16. Portaria MF/STN nº 589, de 27 de dezembro de 2001 IDISA/JCSCAMP/2014 6
7 2. Plano de Contas ou Elenco de Contas (base para Prestação de Contas) O Plano de Contas é o conjunto de contas previamente estabelecido que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à organização, além de servir de parâmetro para elaboração das demonstrações contábeis. A estruturação de um Plano de Contas deve ser personalizada por Empresa, já que os usuários das informações podem necessitar de detalhamentos específicos, que o modelo de contas geral pode não contemplar. Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para registros das operações da organização e na sua estruturação, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais: Atender às necessidades de informação da administração da Empresa; Observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis; Adaptar-se, tanto quanto o possível, às exigências dos agentes externos, principalmente as referentes à legislação tributária. Exemplo de um Plano de Contas básico com no mínimo quatro níveis: ATIVO: Ativo Circulante Ativo Não Circulante PASSIVO: Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido CUSTOS E DESPESAS RECEITAS: Receita Líquida Outras receitas operacionais IDISA/JCSCAMP/2014 7
8 3. Gestão de Custos / Centro de Custos (base para Prestação de Contas) Podemos definir Custos como gastos aplicados na produção de um bem ou na realização de um serviço Justificativas para gerenciar os custos em saúde: Podem ser medidos e controlados; Não são diretamente proporcionais à qualidade dos serviços prestados; Os recursos disponíveis são limitados e a demanda por serviços em saúde é ilimitada; Razões éticas e políticas de bom uso do recurso público Necessidades da Gestão de Custos em Saúde: Apurar o custo dos serviços prestados: apuração dos custos dos serviços relacionados à atividade produtiva responde às necessidades de natureza contábil e orienta o processo de tomada de decisões. Apropriação dos custos por centro de custo: permite a identificação dos custos por unidade produtiva, procedimentos, clientela, patologias, etc. Custo dos procedimentos em saúde: permite avaliar os resultados operacionais e gerar um instrumento de verificação da eficácia dos recursos utilizados na consecução dos tratamentos Classificação dos Centros de Custo Centro de Custo Final ou Produtivo: São aquelas unidades de produção que desenvolvem atividades diretamente relacionadas com a consecução dos objetivos finais da unidade de saúde. Exemplo: Ambulatórios, Enfermarias, Centro Cirúrgico, etc. Centro de Custo Intermediário ou Auxiliar: Executam atividades complementares às atividades desenvolvidas nos Centros de Custo Final. São os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico e de apoio técnico (laboratório, imagem, nutrição, lavanderia, manutenção, etc.). Centro de Custo de Atividades Gerais ou Administrativo: São centros de custo que desenvolvem atividades de apoio que possibilitam o desenvolvimento das atividades dos Centros de Custo Final e Intermediário. IDISA/JCSCAMP/2014 8
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