Caixa 1.3. Medidas governamentais de apoio ao sector financeiro e estabilização dos mercados financeiros 1

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1 Enquadramento Internacional Capítulo 1 Caixa 1.3. Medidas governamentais de apoio ao sector financeiro e estabilização dos mercados financeiros 1 A crise financeira iniciada em meados de 2007 tem levado à intervenção das autoridades no sistema financeiro de modo a limitar os efeitos negativos sobre a economia e a contribuir para a estabilidade financeira. As economias necessitam de mercados financeiros e de crédito que funcionem de modo regular, de modo a promover fluxos de financiamento entre os agentes, canalizando a poupança para o investimento. No contexto da actual crise, este processo encontra-se afectado, devido às restrições do balanço das instituições financeiras e ao aumento exacerbado do risco e da aversão ao risco, associados ao processo de desalavancagem mundial por parte do sector financeiro e de outros sectores da economia. Assim, de modo a limitar os efeitos sobre o crédito, tanto entre instituições financeiras como para o resto da economia, os governos e os bancos centrais têm tomado várias medidas no sentido de promover a estabilidade financeira e restaurar a confiança no sistema financeiro. A intervenção das autoridades assume muitas vezes uma natureza híbrida, no sentido em que a fronteira entre o que é estritamente política monetária, política orçamental cíclica e medidas governamentais de estabilização financeira pode ser difícil de definir. Neste contexto, a presente caixa procura incidir sobre esta última categoria de medidas, remetendo os outros tipos de intervenções para as Caixas Actuação de carácter operacional do Eurosistema, Reserva Federal e Banco de Inglaterra no contexto da crise financeira e Medidas de apoio orçamental anunciadas para 2009 e 2010, deste Relatório. A actuação dos governos pode dividir-se em duas fases: na primeira, seguiu uma avaliação caso a caso, de apoio a instituições específicas; numa segunda fase, perante o agravamento da crise financeira, foi necessário adoptar uma abordagem mais abrangente e coordenada de apoio ao sistema financeiro. Na primeira fase, a actuação dos governos pretendia garantir a solvência de instituições financeiras que estivessem com problemas de liquidez, em especial os casos em que a instituição tinha fortes ligações sistémicas. Inserem-se neste tipo de medidas os empréstimos e injecções de capital para apoiar os bancos Northern Rock e Bradford & Bingley, por parte do governo britânico, e o banco de investimento Bear Stearns e as agências governamentais Fannie Mae e Freddie Mac, por parte do Tesouro norte-americano. À medida que mais instituições foram afectadas pela instabilidade dos mercados e, em particular após a falência do banco de investimento Lehman Brothers em Setembro de 2008, foi surgindo a necessidade de uma resposta sistémica. Dada a natureza global da crise financeira, houve também a necessidade de concertar a actuação dos governos, pelo menos entre as economias avançadas. Os objectivos das intervenções consistiam em procurar reforçar o capital das instituições bancárias e restaurar o funcionamento dos mercados de financiamento. À medida que a crise financeira e económica se adensou, as medidas das autoridades foram-se tornando também mais complexas e profundas. Neste âmbito, o foco principal da caixa assenta sobre as medidas adoptadas no contexto dos planos de acção abrangente de apoio ao sistema financeiro implementados pelos governos, com destaque para a área do euro, o Reino Unido e os EUA. Refira-se ainda que, no âmbito do G20, o foco das medidas governamentais para a estabilidade financeira tem sido centrado em medidas prudenciais e de regulação e supervisão, tanto no sentido de evitar incentivos perversos associados aos apoios actualmente em vigor como no sentido de reformar e melhorar os regimes e as práticas de regulação e supervisão financeira a nível internacional. Planos de acção abrangente na área do euro No início de Outubro de 2008, o G7 comunicou a concertação de um plano de acção para estabilizar os mercados financeiros e promover o crédito, assente na recapitalização do sistema bancário e em assegurar o financiamento das instituições e o funcionamento dos mercados monetário e de crédito, procurando ainda preservar a confiança dos depositantes. O plano de acção deveria seguir os princípios de cooperação entre os Estados, de protecção dos contribuintes e de não prejudicar países terceiros. Os membros do G7 comprometeram-se ainda com a necessidade de reforma do sistema financeiro. (1) A informação sobre os programas governamentais tem por base várias fontes públicas e pode não ser exaustiva Relatório Anual 2008 Banco de Portugal 51

2 Capítulo 1 Enquadramento Internacional No seguimento da acção do G7, os países da área do euro também se reuniram para apresentar uma resposta concertada de apoio ao sector financeiro, destinada a: (i) garantir condições de liquidez apropriadas às instituições financeiras; (ii) contribuir para o financiamento do sector bancário; (iii) providenciar recursos de capital adicionais ao sistema financeiro; (iv) permitir a recapitalização eficiente dos bancos com dificuldades; (v) flexibilizar as regras contabilísticas, dadas as circunstâncias excepcionais; e, (vi) aumentar a cooperação entre países europeus. Este plano de acção foi depois estendido a todos os países da União Europeia, sendo que as medidas específicas e os aspectos operacionais foram definidos em função das condições nacionais. De modo a garantir as regras da concorrência da União Europeia, a Comissão definiu também um conjunto de princípios a ser seguido nas medidas de apoio dos Estados. Estes incluem a não-discriminação pela nacionalidade das instituições a apoiar, a definição clara das medidas, a limitação no tempo e no âmbito de actuação, a necessidade de contribuição do sector privado, a definição de regras de comportamento (código de conduta) para os beneficiários e um acompanhamento a posteriori implicando a reestruturação das instituições e medidas de ajustamento estrutural do sector financeiro como um todo. Neste contexto, as medidas implementadas nos países da área do euro têm incidido nos seguintes aspectos 2 : Garantias dos depósitos. A Comissão Europeia alargou em Outubro o valor mínimo da garantia de depósitos para 50 mil euros (com a possibilidade de estender até 100 mil euros) e reduziu o prazo de reembolso dos depósitos, de modo a restaurar a confiança dos depositantes e assegurar o funcionamento adequado do sistema bancário. Neste contexto, alguns Estados-membros subiram a garantia dos depósitos para 100 mil euros (Bélgica, Chipre, Grécia, Holanda, Portugal e Espanha) e outros asseguraram a cobertura integral dos depósitos (Áustria, Alemanha e Irlanda). Garantias a emissões de títulos de dívida de instituições bancárias. Após a falência do Lehman Brothers em Setembro, os mercados de financiamento entraram numa situação de quase paralisação. De facto, instalou-se um ambiente de falta de confiança entre os participantes de mercado que impediu o regular financiamento das instituições. Assim, os Estados procuraram restaurar a confiança dos investidores e as transacções no mercado passando a garantir novas emissões de títulos de dívida de curto e médio prazo dos bancos. Estes programas são voluntários e exigem geralmente o cumprimento de algumas condições por parte das instituições participantes definidas pelo respectivo governo. Segundo as recomendações do Eurosistema, este apoio deve ser definido de modo a preservar a concorrência, a promover o funcionamento do mercado de dívida e a não interferir com a implementação da política monetária única. De acordo com estes princípios, o custo de participar no programa deve-se aproximar a um preço de mercado (tendo-se como referência para o risco de crédito os prémios cobrados nos CDS). Os montantes aprovados das garantias ao nível da União Europeia ascendem a mais de 2 biliões de euros, tendo já sido usados entre 11 e 33 por cento por país 3. Empréstimos e swaps ou compra de activos com menor liquidez. Alguns governos também disponibilizaram programas de empréstimos a instituições bancárias ou de troca de activos com menor liquidez. O Estado grego emitiu títulos de dívida pública para serem emprestados directamente a bancos ao valor nominal contra a entrega de colateral e o pagamento de uma comissão, de modo a promover a liquidez no sistema bancário. Por sua vez, a Espanha criou um fundo para a compra de activos de alta qualidade 4 a instituições financeiras, num montante até 50 mil milhões de euros. Em Fevereiro de 2009, a Comissão Europeia providenciou as linhas de orientação e os princípios que os Estados membros devem seguir no tratamento dos activos do sector bancário que registem imparidades (impaired assets). Assim, a actuação deve respeitar o princípio da transparência, a abordagem deve ser coordenada relativamente à identificação dos activos elegíveis e sua valorização, deve ser efectuada uma avaliação quanto à solvabilidade dos bancos, deve existir uma partilha de encargos adequada e uma adequada (2) Ver Caixa 2.1 Medidas relativas ao sistema financeiro tomadas pelas autoridades portuguesas no âmbito da crise financeira internacional, Banco de Portugal, Relatório de Estabilidade Financeira-2008 para mais pormenores sobre as intervenções dos Governos dos países membros da área do euro e, em particular, em Portugal (3) Ver Caixa 2.1 Medidas relativas ao sistema financeiro tomadas pelas autoridades portuguesas no âmbito da crise financeira internacional, Banco de Portugal, Relatório de Estabilidade Financeira (4) Os activos que este fundo pode comprar são obrigações hipotecárias e activos titularizados transaccionadosem mercados regulados, com rating AAApara compras definitivas e rating AA para acordos de recompra Banco de Portugal Relatório Anual 2008

3 Enquadramento Internacional Capítulo 1 remuneração para o Estado, deve ser garantido que o beneficiário é responsável por parte da cobertura de perdas (numa fase posterior) e deve-se procurar uma reestruturação adequada numa perspectiva de viabilidade de longo prazo do sector bancário europeu. A combinação destes elementos deverá ser globalmente coerente com outras formas de apoio estatal. A actuação deve ser da responsabilidade dos Estados, através da compra ou programas de swap destes activos, de esquemas de garantia ou de modelos híbridos. Recapitalização do sistema bancário. Vários países implementaram também programas de recapitalização dirigidos ao sector bancário como um todo, para além de incluírem nos planos a possibilidade de injecção de capital do Estado em bancos específicos com dificuldades de obtenção de capital junto dos investidores privados. O Estado pode injectar capital nas instituições através da compra de acções (acções preferenciais ou outros instrumentos) ou sob a forma de empréstimos. Em Dezembro de 2008, a Comissão emitiu um comunicado em que salienta que, além dos princípios gerais que devem guiar toda a actuação dos Estados, dois princípios específicos devem ser tomados em conta: a remuneração deve-se aproximar dos preços de mercado de modo a evitar distorções na concorrência e a recapitalização deve ser temporária, garantindo o incentivo ao resgate do capital público assim que as condições de mercado normalizarem. Segundo as recomendações do Eurosistema, a remuneração dos instrumentos de recapitalização requerida pelos governos deve reflectir, de modo geral, três componentes: o custo de financiamento do governo, o prémio de risco de crédito (dado pelo prémio dos CDS ou pelo prémio de risco do mercado accionista) e uma comissão fixa adicional que deve reflectir custos operacionais e providenciar os incentivos adequados de modo a evitar comportamentos de risco moral. Os montantes envolvidos ao nível da União Europeia nos programas de recapitalização do sector bancário ascendem a 275 mil milhões de euros 5. Actuação no Reino Unido Mesmo antes do anúncio do plano de acção europeu, o governo britânico, em cooperação com o Banco de Inglaterra, apresentou em Outubro de 2008 um plano de apoio financeiro ao sector bancário assente em três pilares: oferta de liquidez no curto prazo, recapitalização dos bancos e promoção do financiamento do sistema bancário. À semelhança da área do euro, a actuação do governo britânico passou pelos seguintes pontos: Garantias dos depósitos. A garantia aplicada aos depósitos foi aumentada de 35 mil libras para 50 mil libras. Garantias à nova emissão de títulos de dívida. Foi criado um esquema de garantia de crédito do Estado à nova emissão de dívida de curto e médio prazo das instituições elegíveis para apoiar o refinanciamento das responsabilidades que se vencem, no montante de 250 mil milhões de libras. Refira-se que as emissões de dívida até Abril de 2009 representavam 33 por cento do total da garantia. Em contrapartida, os bancos têm de pagar uma comissão e satisfazer determinadas condições, relacionadas nomeadamente com a necessidade em aumentar o capital Tier I, a política de dividendos, de compensação dos quadros e de compromisso em manter o crédito às pequenas empresas e à habitação. Empréstimos e swaps ou compra de activos com menor liquidez. O Banco de Inglaterra procurou contribuir para garantir a liquidez necessária no sistema bancário através da criação de uma facilidade temporária que permite aos bancos trocarem títulos, entre os quais activos hipotecários de elevada qualidade, por títulos de dívida pública (Special Liquidity Scheme). O Tesouro providencia ao Banco de Inglaterra os títulos de dívida necessários para o programa e uma garantia, dada a dimensão do programa. O montante de títulos de dívida pública envolvidos ascendeu a 185 mil milhões de libras, tendo sido usado na totalidade. (5) Para mais detalhes sobre os programas de concessão de garantias e de recapitalização ao nível dos países europeus, ver caixa Principais medidas das autoridades portuguesas relativamente ao sistema financeiro no âmbito da crise financeira internacional, Banco de Portugal, Boletim Económico-Outono Relatório Anual 2008 Banco de Portugal 53

4 Capítulo 1 Enquadramento Internacional Recapitalização do sistema bancário. Foi criada uma facilidade para disponibilizar capital Tier I sob a forma de acções preferenciais ou acções com rendimento permanente (PIBS Permanent Interest Bearing Shares) às instituições elegíveis. Inicialmente, oito grandes bancos britânicos aderiram a esta facilidade recebendo no total 25 mil milhões de libras em injecção de capital por parte do governo, podendo este providenciar pelo menos um montante semelhante a outras instituições que se candidatem ao programa. Adicionalmente, o governo britânico apoiou os aumentos de capital do Royal Bank of Scotland (em 20 mil milhões de libras) e do banco resultante da fusão entre o HBOS e o Lloyds TSB (em 17 mil milhões de libras). Em Janeiro de 2009, dada a manutenção das dificuldades de financiamento no sistema bancário, o governo britânico reforçou as medidas tomadas anteriormente: (i) o prazo para a emissão de dívida garantida pelo Estado foi alargado até ao final do ano (até Abril anteriormente); (ii) o programa de garantia à divida dos bancos foi alargado com um programa de garantia do Estado à emissão de activos titularizados (ABS) sobre hipotecas à habitação; (iii) foi criado um programa de protecção contra perdas em carteiras de activos fortemente afectados pela actual conjuntura 6 ; (iv) a autoridade de supervisão financeira clarificou as regras relativas aos requisitos de capital; (v) foi criado um programa de compra de activos, a implementar pelo Banco de Inglaterra com a autorização do Tesouro 7. Actuação nos EUA A intervenção do Tesouro norte-americano para apoiar o sistema financeiro passou sobretudo pelo Troubled Assets Relief Plan (TARP), com um montante de 700 mil milhões de dólares e que foi lançado em Setembro de No seguimento da acção concertada no G7, as três instituições responsáveis pelo sistema financeiro, o Tesouro, a Reserva Federal e a autoridade gestora da garantia de depósitos (FDIC Federal Deposit Insurance Corporation), anunciaram em Outubro a implementação do plano nas seguintes vertentes: Garantias dos depósitos. A FDIC aumentou temporariamente o limite das garantias de depósito para 250 mil dólares por depositante para a generalidade das contas e sem limite para as contas à ordem sem juros. Garantias à nova emissão de títulos de dívida. A FDIC, com autorização do Tesouro, lançou um programa de garantia temporária de títulos de dívida sénior. De modo a garantir a adequada execução deste programa, a autoridade de regulação implementou um quadro de supervisão melhorado. Empréstimos e swaps ou compra de activos com menor liquidez. A Reserva Federal criou a Commercial Paper Funding Facility (CPFF), uma facilidade para efectuar compras definitivas de papel comercial emitido por instituições elegíveis, com o objectivo de restaurar este mercado. 8 O Tesouro providenciou apoio a esta facilidade através de um depósito especial junto da Reserva Federal. Recapitalização do sistema bancário. O Tesouro criou um programa voluntário de compra de acções preferenciais por parte do governo, no montante máximo de 250 mil milhões de dólares, do qual já foram utilizados 200 mil milhões de dólares. Adicionalmente, criou ainda um programa de apoio directo a instituições em risco de falir, cujos termos seriam negociados caso a caso, embora com condições semelhantes às do programa de injecção de capital. Neste âmbito, em Setembro, a seguradora AIG recebeu uma linha de crédito de 85 mil milhões de dólares da Reserva Federal com uma taxa de juro penalizadora, tendo o Tesouro assumido cerca de 80 por cento das suas acções. O acordo com a AIG foi reformulado por duas vezes, levando a injecções de capital na seguradora, no montante total de 70 mil (6) De modo a limitar incentivos perversos que podem gerar perdas muito elevadas, o Tesouro cobre 90 por cento das perdas acima de um montante inicial de perdas, que ficará a cargo das instituições, para além dos remanescentes 10 por cento. As instituições têm de possuir carteiras de activos elegíveis (empréstimos a empresas e empréstimos alavancados, empréstimos à habitação e a propriedades comerciais e títulos de crédito estruturados) no montante mínimo de 25 mil milhões de libras. A participação neste programa está sujeita ao pagamento de uma comissão, que pode ser satisfeita com a emissão de instrumentos de capital por parte da instituição beneficiária. O Royal Bank of Scotland e o Lloyds aderiram a este programa com carteiras de 325 e 260 mil milhões de libras, sujeitos a uma comissão de participação de 6.5 e 15.6 mil milhões de libras em capital, respectivamente (7) Para mais detalhes sobre esta facilidade, que pode ascender a 125 mil milhões de libras em compras de títulos, ver caixa Actuação de carácter operacional do Eurosistema, Reserva Federal e Banco de Inglaterra no contexto da crise financeira (8) Veja-se a caixa Actuação de carácter operacional do Eurosistema, Reserva Federal e Banco de Inglaterra no contexto da crise financeira Banco de Portugal Relatório Anual 2008

5 Enquadramento Internacional Capítulo 1 milhões de dólares. Adicionalmente, a Reserva Federal criou duas facilidades de crédito para a compra de activos detidos pela AIG no montante total de 52.5 mil milhões de dólares. Os bancos Citigroup e Bank of America receberam cada 20 mil milhões de dólares em injecção de capital da parte do Tesouro e ficaram abrangidos por uma garantia sobre carteiras de activos de 306 mil milhões de dólares e 118 mil milhões de dólares, respectivamente 9. De modo a participar nos programas de injecção de capital e garantia de títulos de dívida, as instituições participantes teriam que se sujeitar a determinadas condições acerca da remuneração dos quadros executivos e da política da empresa. Apesar do TARP ser inicialmente dirigido apenas às instituições financeiras, o alastrar da crise a outros sectores, nomeadamente o automóvel, levou o Tesouro a utilizar fundos do TARP para apoiar este sector. O montante afecto ao programa de financiamento da indústria automóvel era de 30 mil milhões de dólares no início de Maio de Adicionalmente, com o objectivo de fomentar o mercado de crédito automóvel, em Janeiro o Tesouro utilizou 1.5 mil milhões de dólares do TARP para um empréstimo a uma entidade especialmente criada para o efeito (Chrysler Financial). Com a nova administração e a manutenção das perturbações nos mercados financeiros, os EUA lançaram em Fevereiro o Plano de Estabilidade Financeira (FSP Financial Stability Plan), destinado a recuperar os fluxos de crédito, a restruturar e fortalecer os balanços dos bancos e a apoiar o mercado de habitação e pequenas empresas. O plano assenta nos seguintes pontos de actuação: Garantias à nova emissão de títulos de dívida. O programa de garantia temporária de títulos de dívida criado com TARP, inicialmente previsto até final de Junho de 2009, é prolongado até Outubro. No final de Março de 2009, a dívida emitida no contexto do programa atingia 336 mil milhões de dólares, representando 44 por cento do limite. Empréstimos e swaps ou compra de activos com menor liquidez. Um fundo de investimento público-privado é criado com o objectivo de retirar dos balanços das instituições os activos legacy 10. Com este fundo, o governo procura incentivar a participação do sector privado, minimizando a intervenção pública e procurando a determinação pelo sector privado do preço destes activos. O montante envolvido era inicialmente de 500 mil milhões de dólares, dos quais 75 a 100 mil milhões provenientes do TARP, mas pode ascender a um bilião de dólares. Adicionalmente, a Term Asset-Backed Securities Lending Facility (TALF), uma facilidade implementada pela Reserva Federal para promover o mercado de titularização de créditos através da concessão de empréstimos garantidos por ABS 11,é expandida com o apoio do Tesouro de 200 mil milhões de dólares para um bilião de dólares 12. Recapitalização do sistema bancário. Um novo programa de apoio de capital (CAP Capital Assistance Program) é criado, que pretende reparar os balanços dos bancos e fortalecer a sua posição de capital. Com o objectivo de financiar eventuais injecções de capital público, é criado um fundo para o efeito, o Financial Stability Trust. Para participarem no programa, os bancos teriam de realizar um stress test, ou seja, uma avaliação coordenada, rigorosa e prospectiva das perdas eventuais a que estão sujeitos 13.Em Maio de 2009, o Tesouro divulgou os resultados dos stress tests, que sugerem que o conjunto de 10 dos 19 bancos analisados deveria aumentar o capital em 75 mil milhões de dólares de modo a fazer face a eventuais perdas no valor de 600 mil milhões de dólares no horizonte de dois anos no caso de a economia seguir um cenário adverso 14. As instituições identificadas como necessitando de aumentos de capital terão de apresentar ao respectivo supervisor um plano de capital detalhado, devendo ser dada prioridade (9) O Tesouro assume 90 por cento das perdas acima de 29 e 10 mil milhões de dólares nas respectivas carteiras do Citigroup e do Bank of America (10) Por activos legacy entenda-se activos dos quais a instituição financeira não se consegue desfazer e que levam a instituição a assumir perdas na sequência da sua desvalorização (11) O leque de activos elegíveis foi também alargado para incluir novas emissões AAA de títulos hipotecários comerciais (CMBS), além dos já aceites ABS com elevado rating sobre empréstimos automóveis, para estudantes, para cartões de crédito e a pequenas empresas (12) Ver Caixa 1.2 Actuação de carácter operacional do Eurosistema, Reserva Federal e Banco de Inglaterra no contexto da crise financeira para mais detalhes sobre esta facilidade (13) Os bancos de maior dimensão estiveram obrigatoriamente sujeitos ao stress test, mesmo que não participassem no programa de aumento do capital (14) O valor do aumento de capital necessário tem por base a reestruturação já efectuada pelos bancos em Com base em dados de final de 2008, o aumento de capital necessário era de 185 mil milhões de dólares Relatório Anual 2008 Banco de Portugal 55

6 Capítulo 1 Enquadramento Internacional ao recurso ao sector privado. Caso este não seja suficiente, as instituições poderão recorrer ao Tesouro por via do CAP. O Tesouro introduziu ainda condições a serem respeitadas pelas instituições beneficiárias do FSP, de modo a garantir o uso responsável dos apoios estatais. Assim, as instituições têm que apresentar um plano claro para receber o apoio de capital, devem participar nos programas de controlo das execuções hipotecárias, restringir o pagamento de dividendos e compras de acções e participações e limitar os salários dos quadros executivos. O FSP inclui ainda um programa abrangente de apoio ao mercado de habitação. Refira-se que a actuação das autoridades nos EUA tem sido particularmente coordenada, sendo muito ténue a fronteira entre política monetária e medidas governamentais de estabilização financeira. Neste sentido, no comunicado conjunto da Reserva Federal e do Tesouro de Março de 2009, refere-se esta colaboração estreita, que, no entanto, não coloca em causa a independência da Reserva Federal. O comunicado menciona ainda que a Reserva Federal não procura influenciar a afectação do crédito, sendo essa uma responsabilidade do Tesouro. Actuação de outros governos Uma das principais características desta crise é a abrangência em termos geográficos. Vários governos em todo o mundo têm vindo a apresentar medidas de apoio aos respectivos sistemas financeiros. À semelhança das três regiões acima referidas, as intervenções têm-se focado essencialmente em quatro pilares: Garantia de depósitos: É de assinalar a adopção de uma garantia integral pela Austrália, o aumento do valor mínimo garantido por cliente na Suécia (500 mil coroas suecas) e na Suíça (30 mil francos suíços) e o reforço dos fundos de garantia na Rússia (em 200 mil milhões de rublos). Garantia à emissão de dívida: É possível encontrar programas de garantias de emissão de dívida pelo sistema bancário em vários países, entre os quais a Austrália, o Canadá (188 mil milhões de dólares canadianos ou 12% do PIB de 2008), o Japão (20 biliões de ienes ou 4% do PIB de 2008) e a Suécia (até 1.5 biliões de coroas suecas ou 48% do PIB de 2008). A Rússia criou um esquema mais próximo de financiamento directo às instituições, em que o Estado efectua depósitos nos bancos comerciais. Compra de activos: Neste tipo de medidas, é possível encontrar uma situação um pouco diferenciada entre países. Na Austrália, as instituições que não são elegíveis para a garantia de emissão de dívida podem vender ao Estado títulos hipotecários (RMBS) até 4 mil milhões de dólares australianos (0.3% do PIB de 2008). O governo do Canadá manifestou disponibilidade para comprar hipotecas até 75 mil milhões de dólares canadianos (5% do PIB de 2008), o Japão até 13 biliões de ienes (3% do PIB de 2008) em papel comercial e a Rússia, através do fundo soberano, pode comprar até 175 mil milhões de rublos (0.4% do PIB de 2008). Por sua vez, a Noruega criou um programa de troca de títulos no montante máximo de 350 mil milhões de coroas norueguesas (14% do PIB de 2008). Recapitalização dos bancos: Vários países injectaram capital nos respectivos sistemas bancários: a China criou um programa num montante de cerca de 141 mil milhões de yuan (0.5% do PIB de 2008); o Japão comprometeu-se na injecção de capital até 12 biliões de ienes e na compra de acções até 20 biliões de ienes (no total, 6% do PIB de 2008); a Rússia criou um programa de injecção de capital no sistema bancário no montante aproximado de 950 mil milhões de rublos (2% do PIB de 2008); o plano criado pelo governo suíço envolve um montante de 6 mil milhões de francos suíços (1% do PIB de 2008); o governo sueco contribuiu para um fundo para gerir situações de insolvências com 15 mil milhões de coroas suecas (0.5% do PIB de 2008). 56 Banco de Portugal Relatório Anual 2008

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