UM MÉTODO PARA ANÁLISE DA CULTURA NAS EMPRESAS. RESUMO. Palavras-chave: etnografia, estudos organizacionais, cultura, empresas.

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1 ETNOGRAFIA ORGANIZACIONAL: UM MÉTODO PARA ANÁLISE DA CULTURA NAS EMPRESAS. Patrícia Maia do Vale Horta 1 RESUMO O propósito deste artigo é apresentar a etnografia como método privilegiado para o estudo da cultura organizacional e incentivar seu uso nas pesquisas em empresas. Entretanto, antes, precisamos problematizar a forma como a cultura é concebida nas teorias administrativas. Abstraída da ciência antropológica, seu locus de estudo, o conceito de cultura resignifica-se no ambiente dos negócios. Passa a ser visto como estratégia das empresas competitivas porque confere-lhes identidade organizacional, uma singularidade simbólica, necessária quando se quer diferenciar iguais, ou melhor, concorrentes. Porém, compreendida dessa forma específica outra ela não se deslegitima para a antropologia; pelo contrário, aponta as empresas como um local de investigação apropriado para se observar esta sociedade (pós)-capitalista. Assim, tanto administradores quanto antropólogos que pretendam estudar a cultura nas empresas precisarão adotar a observação participante sob uma perspectiva interdisciplinar. Ela representa uma metodologia de pesquisa necessária para desvendar as estruturas profundas de sentidos e significados múltiplos presentes nesse espaço. Palavras-chave: etnografia, estudos organizacionais, cultura, empresas. 1 Mestranda em Ciência da Religião PPCIR UFJF, especialista em Gestão de Negócios e Empreendimentos e em Ciência da Religião, graduada em Administração de Empresas. Professora do Instituto Vianna Júnior. Contato pelo patmaia@terra.com.br

2 2 ETNOGRAFIA ORGANIZACIONAL: UM MÉTODO PARA ANÁLISE DA CULTURA NAS EMPRESAS. Introdução à etnografia organizacional Observo que o ponto de partida para o estudo da cultura organizacional 2 deve ser embasado na origem da etnografia, quando a pesquisa antropológica incidia sobre as sociedades primitivas. A antropologia sempre pregou a necessidade do pesquisador se abrir para apreender o outro, o diferente. Um outro que nas empresas não se reduz à ideologia gerencial ou colonizadora; como nos lembra Évans-Pritchard (1978), ele não estava interessado em bruxarias e feitiçarias quando se dirigiu à observação da cultura do povo Zande; porém, os Azande sim, o que o fez dar atenção especial para elas. Portanto, para começar a entender o que é o trabalho etnográfico é fundamental afinar a percepção e o entendimento para melhor olhar e ouvir (Cardoso de Oliveira, 1998). A etnografia exprime a tentativa de compreender as representações próprias ao campo, para tanto exige que o observador vá além dos discursos e observe os ritos públicos e costumes. Parafraseando Malinowski (1984), pai fundador do método etnográfico, idéias e crenças não existem apenas nas opiniões conscientes mas estão incorporadas nas instituições e condutas, devendo ser extraídas, por assim dizer de ambas as fontes. Em outras palavras, é preciso estar ciente de que discurso e prática não são realidades que se opõem, um operando para distorção com respeito à outra: são antes pistas diferentes e complementares para a compreensão do significado (Magnani, 1986). Assim, a metodologia de Malinowski deve orientar a investigação da realidade organizacional; porém, de uma forma transformada para atender às novas exigências de estudo impostas pelas tribos locais. Ou seja, é possível ainda ao pesquisador empresarial possuir objetivos genuinamente científicos e conhecer os valores e critérios da etnografia para desenvolver um bom trabalho, evitando o erro de banalizá-la como uma simples técnica de pesquisa, descolada do contexto disciplinar no qual surgiu e onde vem sendo exaustivamente debatida (Jaime Jr., 2001, p. 436). 2 Entendendo organizacional como um campo macro para a pesquisa etnográfica na administração e as empresas como o campo micro para seu estudo. Ver mais detalhes in: BARBOSA, Lívia. Igualdade e meritocracia: a ética do desempenho nas sociedades modernas.

3 3 Para nos guiar no propósito de incentivar o estudo da cultura organizacional via etnografia, o artigo focará em dois pontos principais: a) fornecer pistas iniciais sobre o método para pesquisadores que pretendam desenvolver etnografias em organizações; b) chamar atenção para questões próprias do campo empresarial. 1. O método de pesquisa etnográfica 1.1 Algumas pistas importantes Um pressuposto importante dessa metodologia é a necessária imersão no campo, a tal ponto que um dia pesquisador e nativo não se estranhem mais. Entretanto, isso demanda um período de pesquisa em que há distanciamento, afastar-se da companhia de outros homens brancos para que se consiga estar em contato com os nativos e conhecê-los. Algo que se apresenta nos dias de hoje como um ponto crítico para a investigação das sociedades complexas. Entretanto, esta aparente crise da antropologia, deflagrada pela extinção das tribos nativas, é superada pela explosão do universo etnográfico. O que faz com que atualmente muitos pesquisadores trabalhem sem problemas em sociedades complexas, onde o outro, mora ao lado, são pessoas que vivem sob a pressão das mesmas forças estruturais que nós, e que, em muitos casos ostentam valores e crenças idênticas. Porém, pressupor de antemão essa semelhança [...] é submeter todas as falas a um mesmo paradigma de análise (Fonseca, 1999, p.13). Um engano, que sob uma perspectiva homogeneizante, tem a mesma violência simbólica dominante da relação colonizadores x colonizados. O principal a se observar é a abertura da antropologia para a possibilidade (e não o fato) de outras lógicas, de outras dinâmicas culturais (que) serve(m) como arma contra a massificação e, em alguns casos (onde o método acerta seu alvo), (ela) pode transformar um diálogo de surdos em comunicação (Fonseca, 1999, p. 13). Contudo, essa perspectiva microscópica da antropologia que passa a observar a vida cotidiana nas sociedades complexas, precisa se aliar a um entendimento da lógica universal que se estenda para além da relação local e global, porque há aí valiosos interstícios que devem ser investigados pela etnografia (Montero, 1993). Nesse novo cenário amplo para a pesquisa etnográfica, é importante considerar também o papel dos pesquisadores atuais, segundo Claúdia Fonseca (1995) eles

4 4 trabalham com uma outra perspectiva de pessoa, nativo, diferente da de Malinowski, ainda positivista, pois o outro para ele é reduzido ao status de objeto passivo. A discussão hoje se dá em torno da intersubjetividade como solução para o ofício antropológico, já que ao captar elementos da subjetividade do outro o pesquisador também projeta sua lógica e suas emoções, num processo que é sempre dialógico. Por isso, a obra etnográfica nunca é a verdade sobre o outro, ela é sempre uma interpretação do autor; ou seja, é resultado de seu trabalho de campo, e não a realidade propriamente dita. Um discurso nem falso, nem verdadeiro, mas que representa apenas uma dimensão de uma realidade multifacetada (Fonseca, 1999, p. 11). Vale ressaltar também o alerta que Claúdia Fonseca faz sobre a pesquisa etnográfica quando adota-se uma perspectiva interdisciplinar, que é o caso proposto neste artigo, sua preocupação não está na interdisciplinaridade que considera salutar, mas no perigo de se desviar do método etnográfico. Dessa forma, cabe reforçar a importância do método como instrumento de interpretação das sociedades complexas. Geertz (1989) sobre isso diz que o conhecimento é proveniente da interpretação que se revela numa descrição densa, que por sua vez, só é possível quando utiliza o método como mapas úteis e pistas para pensar, refletir, ouvir, ver e descrever o contexto da pesquisa. Por exemplo, o caso em que o autor nos fala sobre as piscadelas de alguém, para um estranho elas podem ser sempre piscadelas, o importante é verificar e compreender as diferenças que podem existir entre elas, pode haver uma série de sentidos num inocente ato de piscar. Para decifrar estas piscadelas faz-se necessário uma observação participante contextualizada, alicerçada em conhecimento teórico e específico sobre o universo de estudo. Devemos lembrar que a cultura não é um poder, algo ao qual podem ser atribuídas casualmente os acontecimentos sociais, os comportamentos, as instituições ou os processos; ela é um contexto, algo dentro do qual (os sistemas entrelaçados de signos interpretáveis) podem ser descritos de forma inteligível isto é, descritos com densidade (Geertz, 1989, p. 24). Para viabilizar a experiência de campo e as experiências analíticas necessárias a uma pesquisa etnográfica nos dias de hoje, Claúdia Fonseca nos recomenda cinco etapas a serem seguidas: estranhamento (dos acontecimentos no campo), esquematização (dos dados empíricos), desconstrução (dos estereótipos preconcebidos), comparação (com exemplos análogos tirados da literatura antropológica) e

5 5 sistematização (do material em modelos altenativos) (1999, p. 32). Somente a ênfase no método nos permitirá chegar a generalizações a partir de dados particulares, ultrapassando as barreiras impostas para utilização da observação participante na atualidade; assim, alcançaremos novas maneiras de compreender os nativos e de interar-se criativamente com eles (Fonseca, 1999, p. 32). Portanto, além de assegurar boas condições de trabalho provenientes da imersão no campo; para fazer uma etnografia é necessário a aplicação de métodos especiais de coleta, como: entrevistas com informantes privilegiados, participação em rituais, entrevistas de profundidade, grupos focais; como também a manipulação e registro de evidências em quadros sinópticos, diários de campo. Finalmente, o trabalho etnográfico ainda precisa despertar no pesquisador a preocupação com a redação, que também é importante e particular para a antropologia. Segundo Geertz o que torna um texto etnográfico plausível e convincente é a capacidade do autor de demonstrar ter penetrado e sido penetrado pelo outro. É essa química, que vai além de prosaica descrição, (e que só) ocorre na alquimia da escrita (apud Portella, 2006, p. 1) que será representada na apresentação do texto etnográfico. O escrever do antropólogo deve consistir na descrição de sua interpretação da realidade observada; porém, é um conhecimento em relação, que opera numa situação dialógica com os agentes do campo. O que pode ser melhor compreendido parafraseando Roberto Cardoso, quando diz eu não descrevo a tribo, eu escrevo por meio dela (1998). Esse é o grande desafio da dissertação etnográfica que excede a sua escrita, devendo representar o pensamento antropológico que no ofício se constitui na observação participante e na relativização ; o que quero dizer sob a inspiração de Roberto Cardoso de Oliveira (1998) é que o escrever, recupera e transmite o olhar e o ouvir, ambos estão ali associados e representados. Como diz Capranzano escrever a etnografia é a continuação do confronto intercultural entre pesquisador e pesquisado (apud Cardoso de Oliveira, 1998, p. 33). 1.2 Etnografia organizacional: análise da cultura nas empresas Após a apresentação de algumas pistas que direcionam o trabalho do etnógrafo nos dias de hoje, passaremos a refletir sobre questões próprias ao campo organizacional.

6 6 As empresas como organizações sociais e construtos humanos possuem várias lógicas, dadas principalmente pelas relações humanas no ambiente de trabalho, que excedem a racional a razão se entrelaça com o sentimento e está presa à imaginação (Sahlins, 1997, p. 48) numa condição plural; própria a diferenciação e multiplicidade dos agentes que a constituem, cada qual nutrindo suas experiências de sentidos e significados próprios. E é essa polissemia da dimensão simbólica nas empresas que conduz os administradores para uma necessária etnologia empresarial, afim de se verificar nesse espaço social possíveis subversões que se contrapõem a visão homogeneizante, que idealizava um sistema mundial 3 imposto somente pela lógica capitalista, do lucro. Mesmo assim, reconhecemos que a ideologia gerencial é dominante nesse contexto, daí a necessidade de um distanciamento do etnógrafo organizacional para que possa conseguir refletir sobre a realidade complexa das empresas. Afinal como diz Merleay-Ponty a antropologia não se define por um objeto determinado, ela é a maneira de pensar quando o objeto é o outro e que exige nossa própria transformação. Assim, também viramos etnólogos de nossa própria sociedade, se tomarmos distância em relação a ela (apud Magnani, 2006, p. 4). A observação como método de pesquisa 4 e a interpretação da cultura nas empresas como multifacetada e permanentemente negociada 5 também não é algo novo. Mas, é relevante assumir este posicionamento no texto, principalmente porque a teoria administrativa sobre cultura organizacional ainda é muito influenciada pelo seu autor clássico Shein que tem no mínimo três pontos distintos em relação a abordagem interpretativa da antropologia, que é apresentada neste artigo. O primeiro ponto é a forma como Shein entende a cultura. Para ele (cultura) é algo que pode ser compreendido por um conceito, desde que para tanto se estabeleça 3 Conceito de Wellerstein (apud MONTERO, Paula, 1993, p. 163) proveniente da expansão do capitalismo após a 2ª guerra mundial. Segundo o autor o desenvolvimento de uma economia-mundo levará a uma aproximação das culturas e suprimirá as distâncias culturais existentes entre os povos. 4 A observação não-participante foi usada pela primeira vez na administração durante a Experiência de Hawthorne, esta pesquisa realizada durante o período de , definiu a importância das relações humanas no ambiente de trabalho. Décadas mais tarde a observação participante foi utilizada por pesquisadores em Manchester ( ), Tom Lupton, um dos líderes deste trabalho defendia a observação participante como a maneira para se analisar em profundidade situações sociais para a compreensão e teorização de aspectos mais amplos da organização social, a empresa (apud Mascarenhas, 2002, p. 92). 5 Para maiores detalhes sobre esta compreensão de cultura dentro do campo da administração, vide JAIME, Pedro Jr. Um texto, múltiplas interpretações: antropologia hermenêutica e cultura organizacional.

7 7 antes parâmetros consensuais para defini-la, medi-la, estudá-la e aplicá-la ao mundo real das organizações (1991, p. 243). Além desta perspectiva positivista do autor sobre cultura, há uma outra grande diferença que tem a ver com o fato dele a perceber sempre pela possibilidade de consenso, para Shein, a cultura organizacional é formada por ideais compartilhados, o que permite distingui-la entre forte (coesa) ou fraca (porosa). Um terceiro ponto de desacordo, é quando toma a cultura nas organizações como própria de um grupo específico, auto-contido e duradouro, o que define uma outra classificação frente às mudanças atuais; dessa forma, ele a avalia quanto a sua flexibilidade ou não. Portanto, se percebe por estes três pontos divergentes que a cultura no meio administrativo pode ser tomada como algo que as organizações têm e não como o contexto aonde elas estão imersas. Assim, a cultura organizacional é tida como substantiva e passível de controle. Como conseqüência há um outro entendimento de cultura significativo à teoria administrativa, que é subdividi-la em cultura corporativa concebida pelos diretores, fundadores, executivos quando pensaram a organização e a cultura organizacional quando a anterior é disseminada entre todos os trabalhadores da organização por meio de valores, missão, visão, rituais etc. Em ambos os casos, verifica-se uma grande confusão entre cultura e identidade, a primeira é tomada pela segunda e aparece como determinação que um grupo usa para se auto-definir ou se representar. A cultura organizacional, vista dessa forma, torna-se estratégica porque oferece singularidade às empresas (Barbosa, 1996). Para realizar uma etnografia organizacional enquanto exercício antropológico interpretativo é preciso iniciar relativizando estes conceitos que fazem parte da ideologia gerencial, já que como dizemos ela é dominante. Neste momento, parece-me apropriado recordar Lívia Barbosa (1996, p. 16) quando diz que cultura não é algo que se produz no interior de uma empresa ou se carrega para dentro dela. É um sistema de símbolos e significados de domínio público, no contexto do qual as tarefas e práticas administrativas podem ser descritas de forma inteligível para as pessoas que dela participam ou não. Do ponto de vista mais pragmático pode ser entendida como regras de interpretação da realidade, que necessariamente não são interpretadas univocamente por todos, de forma a permanentemente estarem associados seja a homogeneidade ou ao consenso. Essas regras podem e são reinterpretadas, negociadas e modificadas a partir da relação entre a estrutura e o acontecimento, entre a história e a sincronia. RAE. Rio de Janeiro: Ed. FGV, v. 42, n. 4, 2002, p BARBOSA, Lívia. Cultura e empresas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed

8 8 Portanto, o uso da observação participante nas empresas é um desafio para administradores e antropólogos que pretendem investigar a realidade organizacional. Inicia-se pela escolha negociada de uma empresa, o que sob uma perspectiva microscópica oferece a possibilidade de um estudo com maior profundidade. Entretanto, esse método quando bem usado também propicia ao pesquisador interpretações genéricas, sociais do particular; já que as crenças refletem-se em todos e em cada um dos membros de uma sociedade dada e se expressa em muitos fenômenos sociais. Por conseguinte cada crença é complexa e, de fato, está presente na realidade social numa incrível variedade que freqüentemente é caótica, confusa e escorregadia (Magnani, 1986, p. 137). A etnografia aplicada dessa forma diminui a tensão entre a perspectiva sociológica e o individualismo metodológico próprio a ela, principalmente porque se trata de uma investigação inter e multidisciplinar, que impõe o risco de se pensar que cada caso é um caso 6. Assim, a partir da análise da cultura nas empresas estaremos desenvolvendo uma etnografia organizacional que enriquece e complementa outros métodos de pesquisa que já são usados pela administração. O que gera um aprofundamento do conhecimento acerca da realidade organizacional atual. Como cada caso NÃO é um caso 7, o olhar antropológico passa a ter sentido cada vez mais para as empresas que vão se tornando instituições englobantes. Todas as demandas conflitantes e contraditórias que caracterizam a vida moderna se fazem presente nos ambientes organizacionais: pluralismo cultural e étnico; ênfase simultânea num individualismo expressivo e noutro utilitário; ideologias de harmonia e cooperação lado a lado com intensa competitividade e parcerias estratégicas; autonomia pessoal, empowerment, empregabilidade, juntos com mecanismos de resistência, autodesenvolvimento e comprometimento com a organização; predomínio crescente do elemento feminino nos setores gerenciais médios, por oposição a uma concentração masculina na alta gerência; ênfase na motivação e na criatividade individual visà-vis sentimentos de acomodação e padronização. (Barbosa, 2003, p. 196) Todas essas mudanças têm implicações éticas, sociais e culturais complexas para a nossa sociedade e não podem passar desapercebidas entre administradores e antropólogos. 6 FONSECA, Claúdia. Quando cada caso NÃO é um caso: pesquisa etnográfica e educação. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, n. 10, 1999, p (mimeo).

9 9 Conclusão A riqueza da etnografia organizacional se opera nas mudanças empresariais que retiraram a cultura da dimensão oculta para dar-lhe uma dimensão estratégica. Nesse novo contexto não podemos, administradores e antropólogos, negligenciar tais mudanças ou simplificá-las entendendo a ascensão da dimensão simbólica somente como uma nova exploração ideológica 8. A realidade organizacional é muito mais complexa, opera com ambigüidades e divergências próprias à lógica empresarial, mas que também extravasam e podem ser reconhecidas na nossa sociedade. Por isso, carecem de ser melhor interpretadas. Portanto, o campo organizacional é propício para a etnografia e a recíproca também é verdadeira. Ou seja, a etnografia é um método de pesquisa profícuo para a análise da cultura nas empresas porque se fundamenta num conhecimento adquirido pela disposição ao outro via observação participante e pela relativização questionadora, ambas indispensáveis para o estudo do homem, base de nossas empresas e organizações. Concluo dizendo que o principal e mais interessante em um trabalho de campo etnográfico é o que ele proporciona, ele permite conservar permanentemente um olhar subversivo, o que motiva a ir cada vez mais perto da realidade social, procurando novas lógicas; contudo, como conseqüência, isso permite apenas responder a algumas perguntas, num mesmo exercício em que se constrói outras. Bibliografia BARBOSA, Livia. Igualdade e Meritocracia: a ética do desempenho nas sociedades modernas. Rio de Janeiro: Ed. FGV, Cultura e empresas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Cultura Administrativa: uma nova perspectiva das relações entre antropologia e administração. RAE. São Paulo: FGV, vol. 36, n. 4, 1996, p CARDOSO de Oliveira, Roberto. O lugar (e em lugar) do método. Brasília, O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir e escrever. In O trabalho do antropólogo ÉVANS-PRITCHARD, E.E. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro. Zahar, 1978, p Idem., p PAGÉS, Max et ali. O poder nas organizações. São Paulo: Atlas, 1987.

10 FONSECA, Claúdia. Malinowski, Mauss, Bakhtin: três autores em busca do sujeito. Educação, subjetividade e poder. Porto Alegre, v. 2, n. 2, 1995, p Quando cada caso NÃO é um caso: pesquisa etnográfica e educação. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, n. 10, 1999, p (mimeo). GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos, O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis: Vozes, 1998, p JAIME, Pedro Jr. Um texto, múltiplas interpretações: antropologia hermenêutica e cultura organizacional. RAE. Rio de Janeiro: Ed. FGV, v. 42, n. 4, 2002, p Pesquisa em organizações: por uma abordagem etnográfica. CIVITAS Revista de Ciências Sociais. PPGCS PUCRS. Porto Alegre: Ed. PUCRS, v. 3, n. 2, 2003, p LOPEZ RUIZ, Osvaldo Javier. O ethos dos executivos das transnacionais e o espírito do capitalismo. Campinas, SP: Dissertação de Mestrado Banco de teses da UNICAMP IFCH, MAGNANI, José G. C. Discurso e representação ou de como os baloma de Kiriwana podem se encarnar nas atuais pesquisas. In CARDOSO, Ruth (org.) A aventura antropológica: teoria e pesquisa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986, p De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. N.A.U. Núcleo de Antropologia Urbana da USP. Acesso: em setembro de MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné na Melanésia. São Paulo: Abril Cultural, MASCARENHAS, André Ofenhejm. Etnografia e cultura organizacional: uma contribuição da antropologia à administração de empresas. RAE. Rio de Janerio: FGV, v. 42, n. 2, 2002, p MONTERO, Paula. Questões para a etnografia numa sociedade mundial. Nvos Estudos CEBRAP, n. 36, julho de 1993, p PAGÉS, Max et ali. O poder nas organizações. São Paulo: Atlas, PORTELLA, Rodrigo. A autoria na antropologia. Trabalho apresentado à disciplina Fundamentos Teóricos da Antropologia da Religião. PPGCIR- UFJF, SAHLINS, Marshall. O pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um objeto em via de extinção (parte I). Mana. v. 3, n. 1, 1997, p SHEIN, E. What is culture? In FROST, P., MOORE, L., LOUIS, M, et al. (org). Reframing organizational culture. London: Sage,

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