JACQUELINE DE ALMEIDA BRUCELOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA

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1 JACQUELINE DE ALMEIDA BRUCELOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA RECIFE-PE 2008

2 1 JACQUELINE DE ALMEIDA BRUCELOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, como parte das exigências para a obtenção do título de Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais. Orientador Dr. Wagnner José Nascimento Porto CESMAC. RECIFE PE 2008

3 2 JACQUELINE DE ALMEIDA BRUCELOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, como parte das exigências para a obtenção do título de Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais. Orientador Dr. Wagnner José Nascimento Porto CESMAC. APROVADA EM: / / BANCA EXAMINADORA Wagnner José Nascimento Porto CESMAC Presidente da banca Otávio Pedro Neto EQUALIS Primeiro membro Eraldo Barbosa Calado UFERSA Segundo membro RECIFE PE 2008

4 Dedico este trabalho a minha família, ao Jonas e todos os meus cãezinhos: Fanny, Jonhnny, Billy e Nick. São extremamente importantes para mim, não conseguiria ter feito nada se eles não existissem. 3

5 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por estar sempre presente em minha vida, por ter me dado força durante toda a trajetória do curso. Agradeço aos meus pais e toda a minha família por terem acreditado em meus sonhos, pelo incentivo durante todo esse tempo. Ao Jonas que esteve sempre ao meu lado, pela força que me deu durante esse período, além de servir como minha fonte inspiradora. As minhas amigas Carla e Lígia por toda perseverança, companheirismo nos momentos mais difíceis. Ao meu professor orientador pelo papel fundamental que desempenhou no aspecto profissional de minha vida. Aos professores da Equalis, pela infinidade de lições que me deram à oportunidade de aprender, e pela presença sempre prestativa, dedicada e companheira.

6 5 SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS RESUMO ABSTRACT 1INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Brucelose canina Histórico Etiologia Epidemiologia Patogenia e Sinais Clínicos Diagnóstico Tratamento Profilaxia CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

7 6 LISTA DE SIGLAS SAL Soro-aglutinação Lenta em tubo; SAR Soro-aglutinação Rápida em placa; IDGA Imunodifusão em gel de ágar; 2-ME 2-Mercaptoetanol; IDGA ME - Imunodifusão em gel de ágar com soro tratado por 2-Mercaptoetanol; IgGs Imunoglobulinas específicas; CFT Reação de Fixação de Complemento; LPS Lipopolissacarídeos; PC Proteínas Citoplasmáticas; AAT - Antígeno Acidificado tamponado.

8 7 RESUMO Os distúrbios reprodutivos em cães assumem importante papel na clínica veterinária, uma vez que acometem muitos desses animais. A população humana corre o risco de infecção pela relação que tem com estes animais e por alguns desses agentes constituírem-se em zoonoses, sendo assim um problema de saúde pública. Apesar de ser considerada uma zoonose, a brucelose canina causada por Brucella canis tem se mostrado presente na maioria das regiões aonde vem sendo estudada e destaca-se por estar envolvida em problemas do sistema reprodutor de cães, tendo grande importância econômica para criadores de cães de raça, pois é causa freqüente de aborto e infertilidade. Apesar de infreqüentes, manifestações clínicas não reprodutivas foram relatadas associadas à infecção por Brucella canis, quais sejam: artrites, discoespondilites, uveítes, meningites, glomerulonefrites, hipertrofia dos nódulos linfáticos, esplenomegalia e abcessos. Os testes sorológicos são os métodos diagnósticos mais freqüentemente utilizados no diagnóstico. O tratamento consiste de antibioticoterapia, a qual não obtém resultado muito satisfatório devido à persistência intracelular do agente. A prevenção da brucelose por Brucella canis baseia-se na aplicação de medidas sanitárias clássicas como controle sorológico regular dos animais do canil, eliminação dos positivos, isolamento das fêmeas na parição, desinfecção sistemática do canil, quarentena antes da introdução de novos cães. Portanto, é importante ter um maior conhecimento sobre a doença, possibilitando aos Clínicos Veterinários a diagnosticar e instituir um plano de controle e profilaxia adequados. PALAVRAS-CHAVE: Brucella canis; Cães; Aborto; Zoonose.

9 8 ABSTRACT The reproductive disorders in canines have an important function in a veterinary clinic, because they attack some of these animals. People can be infected living with these animals and because some of these agents become zoonosis, in such case a public health problem. Besides being a zoonosis, canine brucellosis caused by Brucella canis is in most of the regions where it has been studied and it s noticible because it is responsible for canine reproductive system problems, it has great economic importance for high-bred dog breeders, because it usually causes abortion and infertility. Though they aren t common, not productive clinical manifestations were mentioned associate to the infection by Brucella canis, which are: arthritis, diskospondylitis, uveitis, meningitis, glomerulonephritis, lymphatic nodules hypertophy, splenomegaly and abscesses. Serologic tests are the diagnosis methods more frequently used in diagnostic. The treatment consists of antibiotic therapy, which does not get very satisfactory results due the agent intracellular persistence. The brucellosis prevention through Brucella canis is based on the application of classic sanitary actions like regular serologic control of the animals in the kennel, positives elimination, females isolation during parturition, kennel systematic disinfection, quarantine before new dogs introduction. Therefore, it is important to have a greater knowledge about the illness, making possible to the clinical veterinarians to diagnose and to establish a control plan and appropriate prophylaxis. KEY-WORDS: Brucella canis; Dogs; Abortion; Zoonosis.

10 9 1INTRODUÇÃO A brucelose canina é uma enfermidade de distribuição mundial constituindo-se um problema de saúde pública. É caracterizada por provocar distúrbios reprodutivos em cães, podendo ser transmitida ao homem. Além de ocasionar perdas econômicas aos criadores de cães domiciliados e de canis, em decorrência do comprometimento dos órgãos reprodutivos (AZEVEDO et al., 2004). É uma doença bacteriana infecciosa causada por membros do gênero Brucella. São intracelulares obrigatórios que necessitam de um animal hospedeiro para sua sobrevivência. Existem diferentes espécies de Brucella, as quais exibem preferências por hospedeiros e diferem quanto à gravidade da doença causada (HIRSH; ZEE, 2003). A partir da identificação da Brucella melitensis, feita por Bruce em 1887, houve a descoberta de outras espécies, com características epidemiológicas distintas, tornando ainda mais complexa à interação com o homem (PESSEGUEIRO et al., 2003). Os sorotipos mais patogênicos para os cães são B. abortus e B. canis, implicadas como causadoras de transtornos crônicos ou subclínicos de difícil diagnóstico pela similaridade com várias outras doenças (GUIMARÃES et al., 2000). Brucella canis é o agente etiológico considerado de importância epidemiológica por estabelecer inter-relações da população canina com os seres humanos, principalmente, o contato entre cães e crianças no ambiente familiar (MELO et al., 1997). Nas últimas décadas, mudanças sociais e urbanização da população humana favoreceram o aumento da população canina nos países em desenvolvimento (SOUZA et al., 2002). Esse aumento, associado com relações sentimental-emocionais do homem com o cão, têm implicações em saúde pública, pois o animal pode ser responsável pela transmissão de várias zoonoses, entre elas, a brucelose (AZEVEDO et al., 2004). A literatura descreve muitos casos de infecção humana adquirida naturalmente (SCHLEMPER; VAZ, 1990), em indivíduos que trabalham em canis (VARGAS et al.,1996) devido ao contato direto com a doença ou adquirida acidentalmente em laboratório (LARSSON, 1980). Tendo em vista representar um achado de importância em saúde pública, por tratar-se de uma zoonose, os animais de companhia devem ser testados, ainda porque, a brucelose canina assume crescente importância nos grandes centros urbanos (MAIA et al., 1999), e

11 10 principalmente nas expressivas perdas econômicas para criadores de canis comerciais, por causar problemas reprodutivos nos cães, morte fetal e aborto dos fetos infectados ainda no útero (AZEVEDO et al., 2004). O diagnóstico correto da infecção por B. canis é fundamental para que ocorra o controle e a manutenção do animal ou canil, livre da doença. Entretanto, a brucelose canina não é frequentemente diagnosticada por causa das dificuldades encontradas no diagnóstico (MINHARRO et al., 2005). Segundo Birchard e Sherding (2003), a bactéria Brucella é refratária a antibióticos e bastante difícil de erradicar, devido à localização intracelular e, nos machos, a baixa penetração da barreira hematoprostática. O presente trabalho teve como objetivo ampliar os conhecimentos dos clínicos veterinários sobre a brucelose canina, gerando subsídios para o diagnóstico, profilaxia e tratamento adequados para essa enfermidade.

12 11 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Brucelose canina Histórico A brucelose foi descrita pela primeira vez por Marston, em meados de 1863, com relato de enfermidade que denominou febre gástrica remitente do Mediterrâneo (CORRÊA; CORRÊA, 1992). Em 1887, o médico inglês, David Bruce, cultivou, isolou e descreveu o agente, denominando Micrococcus melitensis. Foi isolada do baço de quatro soldados vítimas da infecção, presentes na ilha de Malta (PACHECO; MELO, 1956). Carmichael et al., (1996), nos Estados Unidos, isolaram a B. canis da placenta, do tecido fetal e de descargas vaginais de fêmeas da raça Beagle, onde puderam descrever pela primeira vez o agente causal do aborto em fêmeas (MEGID et al., 2002), confirmando também sua patogenicidade para o homem, caracterizando definitivamente o cão como reservatório desta bactéria (GERMANO et al., 1987). No Brasil, a brucelose canina foi descrita por Godoy et al., (1977), em Minas Gerais, onde isolaram a Brucella canis em hemocultura de uma cadela que havia abortado recentemente. Larsson et al., (1980), em São Paulo, isolaram três amostras de B. canis, sendo que uma amostra era de uma fêmea com histórico de infertilidade, e as outras duas de uma fêmea e de um macho sem sinais clínicos. Vargas et al., (1996), em Santa Maria, isolaram B. canis da placenta, de fetos abortados e neonatos de um canil com reprodutores caninos de várias origens. Gomes et al., (1999), em Porto Alegre, isolaram B. canis do epidídimo e testículo de um cão com epididimite e orquite clínica. No Rio de Janeiro, Ferreira (2003) isolou e identificou B. canis de dois cães com sinais clínicos de brucelose canina de um canil comercial (GOMES, 2007).

13 Etiologia De acordo com Corrêa e Corrêa (1992), os agentes causadores da brucelose pertencem ao gênero Brucella, compreendendo várias espécies: Brucella abortus, Brucella melitensis, Brucella suis, Brucella ovis, Brucella canis, e Brucella neotomae lépida. Dentre os sorotipos que afetam o cão, a B. abortus e a B. canis são as mais patogênicas (GUIMARÃES et al., 2000). As bactérias do gênero Brucella são pequenos bacilos gram-negativos, bastante uniformes e podem ser facilmente confundidas com cocos. Podem se apresentar dispostas de modo individual, em pares ou agrupamentos (HIRSH; ZEE, 2003). É um cocobacilo, sem cápsula, não formador de esporos, intracelular obrigatório. O isolamento é obtido em meios enriquecidos como ágar Brucella (enriquecido com 5% de sangue ovino), ágar soja trypticase, ágar triptose e meio de Tayer martin. O crescimento é demorado, onde em dois a três dias são observados colônias com 1,0-1,5 mm de diâmetro, não hemolíticas, translúcidas, brilhantes, convexas, de bordos arredondados e bem definidos e coloração levemente leitosa, podendo adquirir um tom acizentado quando velhas (AZEVEDO et al., 2004). Em alguns casos é necessária a incubação por até 21 dias (HIRSH; ZEE, 2003). O crescimento é melhor em ambiente aeróbio a 37ºC, porém ocorre entre 20ºC e 40ºC e, o ph ideal está entre 6,6 e 7,4. As colônias possuem formas lisas e não-lisas (rugosas) que são determinadas pela presença ou ausência respectivamente, da cadeia lateral de lipopolissacarídeo. As colônias lisas são esbranquiçadas, convexas com borda completa e de consistência cremosa. As colônias rugosas possuem formas intermediárias, rugosas ou mucóides. As rugosas têm coloração amarelo-fosco, são opacas e tem consistência friável, apresentam dificuldade de suspensão em solução, e a aglutinação é espontânea. As colônias mucóides são semelhantes às rugosas exceto por possuírem textura viscosa (HIRSH; ZEE, 2003). Segundo Dyas et al., (1968), colônias rugosas não dão reações sorológicas cruzadas com colônias lisas, nas quais se enquadram B. abortus, B. melitensis e B. suis. As espécies do gênero Brucella são bastante sensíveis aos desinfetantes comuns, à luz e a dessecação. Em cadáveres ou tecidos contaminados enterrados, podem resistir vivas por um a dois meses em clima frio, mas morrem em 24 horas no verão ou em regiões quentes (CORRÊA; CORRÊA, 1992). Sobrevive ao congelamento e descongelamento. Em condições propícias, sobrevive por até quatro meses no leite, urina, água e solo úmido. A maioria dos

14 desinfetantes ativos contra outras bactérias gram-negativas destrói Brucella (HIRSH; ZEE, 2003) Epidemiologia O cão foi negligenciado, durante muito tempo, como possível fonte de infecção de diferentes espécies de Brucella para o homem, face à sua resistência às infecções natural e experimental por Brucella abortus, B. melitensis e B. suis (SCHLEMPER; VAZ, 1990). As infecções em cães por essas espécies são de ocorrência esporádica e, geralmente, resultam do contato de cães da zona rural com produtos de origem animal, contaminados ou da ingestão de restos de abortamentos brucélicos (AZEVEDO, 2004). Estudos conduzidos no Brasil com identificação, isolamento do agente e inquéritos sorológicos enfatizaram a importância clínica e epidemiológica do agente na população canina. O caráter zoonótico da B. canis também deve ser considerado, face aos relatos clínicos em humanos no Brasil e no mundo (AGUIAR et al., 2005), e principalmente pelo estreito contato estabelecido entre cães e crianças (AZEVEDO et al., 2004). Apesar de cada espécie de Brucella ter um hospedeiro preferido, todas podem infectar uma grande variedade de animais, incluindo os humanos (JAWETS, 2000). Até o momento há registro de mais de 35 casos da infecção por Brucella canis em seres humanos, em todo o mundo, tanto de infecções naturais como daquelas adquiridas em laboratório como doença ocupacional (AZEVEDO et al., 2004). A presença de apenas uma parte da população positiva para B. canis é o suficiente para se considerar um problema de importância epidemiológica, considerando o caráter zoonótico da enfermidade (SOUZA et al., 2002). Carmichael et al., (1968) foram os pioneiros a descrever a infecção no homem, em dois laboratoristas, que se infectaram acidentalmente, trabalhando com amostras de B. canis (LARSSON, 1980). Constam inúmeros trabalhos na literatura médica referentes a casos humanos envolvendo B. canis (FAIGEL, 1969). Azevedo et al., (2004) relataram um caso no Brasil de brucelose por B. canis em um adolescente de catorze anos, que apresentou febre, sudorese profusa, cansaço e sintomas psicóticos, com quadro depressivo, confusão mental, rigidez da nuca e priapismo, possivelmente a infecção ocorreu por uma cadela de raça Doberman adulta, com quatro anos de idade, positiva à sorologia para Brucella canis.

15 14 Houve um caso de infecção natural em uma senhora, que posteriormente verificaram que havia sido infectada por um cão Pastor Alemão de sua propriedade (ANDERSON et al., 1970). As vias mais comuns de infecção nos humanos são mucosas e pele lesada (JAWETS, 2000). Azevedo et al., (2004) enfatizam que a principal sintomatologia nos seres humanos é febre, calafrios, fadiga muscular, sudorese profusa, mal estar, linfadenomegalia e perda de peso. Pode haver complicações, nelas incluem endocardite, miocardite, pericardite, meningite, artrite, hepatite e abscessos viscerais. Em pacientes com brucelose, foram documentadas leucopenia, pancitopenia, anemia hemolítica microangiopática e trombocitopenia severa. Em algumas ocasiões, essas anomalias hematológicas podem predominar em uma fase precoce da infecção, mascarando a etiologia infecciosa da doença e simulando uma enfermidade hematológica primária (KONEMAN et al., 2001). As espécies de Brucella também podem infectar o trato genitourinário dos humanos, devido à conseqüência de infecção sistêmica, podendo causar epididimite, orquite e granuloma renal. Embora esses microrganismos provoquem aborto nos animais infectados secundariamente à sua localização na membrana corioamniótica da placenta, são poucas as evidências que sustentam a participação dessas bactérias no aborto espontâneo humano. Em raros casos, porém, os microrganismos podem ser isolados a partir do líquido amniótico e dos tecidos placentários de mulheres com brucelose (KONEMAN et al., 2001). Hollet (2006) afirma que as raças mais predispostas são Beagles, Labradores, Cocker Spaniels, Pastores Alemães, Boston Terriers, Poodles. Cães de qualquer idade são susceptíveis à Brucella canis. Quanto à caracterização racial dos animais, prevalecem cães sem raça definida. Entre os cães de raça definida, predominam os Pastores e Poodles (SOUZA et al., 2002). Corrêa e Corrêa (1992) relatam que o sexo, estação do ano e o clima não têm influência na apresentação da doença, porém a idade sim, pois são muito mais infectantes para animais em maturidade sexual, ainda que possa ocorrer em animais jovens. Nos cães, a cavidade oral, genital e conjuntival são as principais portas de entrada do microrganismo. O cão adquire a B. canis através da ingestão de restos de aborto ou alimentos contaminados com urina, sêmen ou descargas vaginais provenientes de animais infectados. A urina de animais infectantes possui alta concentração de bactérias por até oito a 12 semanas após infecção (CORRÊA; CORRÊA, 1992). Também podendo ocorrer à transmissão venérea (AZEVEDO et al., 2004). A secreção mamária de fêmeas lactantes contém abundantes

16 15 microrganismos e pode servir como uma fonte adicional de transmissão (CORRÊA; CORRÊA, 1992). Germano et al., (1987) ressaltam que, segundo alguns pesquisadores, pode haver a participação do Rhipicephalus sanguineus como via de transmissão de B. canis, embora não comprovada experimentalmente. Outras formas de transmissão são a congênita e por inalação de aerossóis provenientes de material abortado (VARGAS et al., 1996). Alguns autores realizaram um levantamento sobre a freqüência de cães reagentes em algumas cidades brasileiras. Foi detectada em Porto Alegre uma positividade de 11,90%, Belo Horizonte 1,30%, Salvador 1,43%, Campinas 5,40%, na cidade de São Paulo 7,50% (MAIA et al., 1999) e 3,33% em Maceió (PORTO, 2003). A brucelose é endêmica, e não há letalidade nem mortalidade, a não ser que se computem os fetos abortados ou neonatos doentes, que vêm a morrer; o animal adulto infectado não morre devido à enfermidade. A morbidade é bastante variável, em relação a um lote de animais, o índice geralmente varia entre 10 e 50% (CORRÊA; CORRÊA, 1992). A prevalência varia de acordo com a área geográfica e do tipo de teste aplicado (GOMES et al., 1999). Segundo Hirsh e Zee (2003), é pouco provável que cães de áreas suburbanas sejam infectados por Brucella canis. A prevalência de infecção é maior em áreas economicamente carentes. Áreas fechadas de confinamento, como canis, aumentam a probabilidade de transmissão de infecções. A enfermidade tem grande importância clínica e econômica, especialmente para os criadores, pois a infecção acomete inúmeros animais. Constitui também um problema para a população canina sem domicílio, que ao se infectar, transmite a doença para animais suscetíveis e, mais raramente para o homem (GOMES et al., 1999) Patogenia e Sinais Clínicos A brucelose canina é uma enfermidade contagiosa crônica que acomete os cães, os canídeos silvestres e o homem, caracterizada por aborto no terço final de gestação, epididimite, prostatite, atrofia testicular uni ou bilateral e dermatite de bolsa escrotal (MORAES et al., 2002). Podendo também infectar outros tecidos, causando glomerulonefrite, discoespondilite e osteomielite (DÓREA et al., 2000).

17 16 A sua patologia é explicada em parte, pela capacidade de evitar os mecanismos de defesa do hospedeiro, devido à sua resistência celular. O espectro patológico depende de inúmeros fatores, como estado imunológico do hospedeiro, presença de enfermidades subjacentes e espécie do microrganismo infectante (KONEMAN et al., 2001). Após a entrada no hospedeiro, a Brucella canis é fagocitada por macrófagos e outras células fagocitárias, ela resiste às enzimas produzidas pelos fagócitos e é transportada para os linfonodos regionais, podendo causar linfadenopatia periférica (AZEVEDO, 2004), a partir dos linfonodos regionais, os microrganismos disseminam-se por via hematógena e podem localizar-se no fígado, baço e no trato reprodutivo (HIRSH; ZEE, 2003). Os cães podem não apresentar sinais clínicos, mesmo durante a bacteremia (SCHLEMPER; VAZ, 1990), devido à virulência relativamente baixa do microrganismo (ETTINGER; FELDMAN, 1997). As colônias passam de lisas para rugosas, o que resulta na perda da virulência e menor reatividade com os anticorpos (KONEMAN et al., 2001). Há variações nas manifestações clínicas, e grande parte dos animais infectados é clinicamente normal GOMES et al., (1999), não havendo, portanto, sintomas patognomônicos (MOORE; GUPTA, 1970). Muitos animais recuperam-se espontaneamente, mas continuam eliminando a bactéria na urina, secreção vaginal durante algum tempo (KONEMAN et al., 2001). Os sinais clínicos associam-se principalmente ao trato reprodutivo de machos e fêmeas (CARMICHAEL, 1999), que tenham atingido a maturidade sexual (CARMICHAEL; GREENE, 1993). As manifestações clínicas ocorrem normalmente após o período de incubação, que varia de duas a três semanas após infecção (CARMICHAEL, 1999). O sinal clínico mais comum nas fêmeas é o aborto (GOMES, 1999), que na maioria dos casos, ocorre depois de 45 a 55 dias de gestação (CARMICHAEL, 1981). Podendo ser acompanhada de morte embrionária, reabsorção fetal, nascimento de filhotes fracos (MAIA, 1999) ou ainda retenção de placenta, corrimento vaginal e subfertilidade (MEGID, 2002). Os fetos abortados podem apresentar broncopneumonia, miocardite, hemorragia focal, nefrite, linfadenite e hepatite (HILL et al., 1971). Segundo Hirsh e Zee (2003), estudos com infecção experimental demonstraram que, no plano celular, a Brucella localiza-se dentro das cisternas do retículo endoplasmático rugoso dos trofoblastos do placentoma. Posteriormente, a infecção expande-se para o feto. O mecanismo exato de aborto é incerto, entretanto, as prováveis possibilidades são de que o

18 17 aborto resulte da interferência na circulação fetal por placentite existente, efeito direto da endotoxina, e/ou estresse do feto resultante da resposta inflamatória no tecido fetal. Nos machos a brucelose apresenta-se sob a forma de orquite, infertilidade, epididimite, prostatite, atrofia testicular, dermatite escrotal, anormalidades espermáticas (MEGID, 2000). Na literatura são citados alguns casos em que não se constataram orquite, mas a presença de arterite e flebite agudas no testículo, escroto e outros tecidos (GOMES, 1999). Cães com atrofia testicular bilateral geralmente manifestam azoospermia entre 30 a 35 semanas após a infecção. Isto pode ser explicado em decorrência da enfermidade causar inflamação, dor, fibrose, degeneração, impedindo a ejaculação, levando a um quadro de azoospermia (GONZÁLEZ et al., 2004). Segundo Hirsh e Zee (2003) também pode ocorrer tumefação no escroto resultante de acúmulo de líquido na túnica, levando a um quadro de dermatite escrotal por lambedura constante do escroto. Infecções do trato genital masculino resultam em diminuição da fertilidade, e em alguns casos, esterilidade. Em um estudo feito por Almeida et al., (2004) em 635 animais oriundos de postos de vacinação na cidade de Alfenas (Minas Gerais), verificaram a ocorrência de aborto em (5,50%) dos animais, orquite (1,80%), natimorto (3,70%) e dermatite escrotal (2,70%). Em 86,10% dos casos foram assintomáticos. As alterações espermáticas aparecem por volta da quarta semana após a infecção, a peça intermediária pode apresentar-se edemaciada, presença de gotas citoplasmáticas distais, cauda enrolada. A partir da oitava semana após infecção pode-se observar a cauda fortemente enrolada, descolamento de cabeça, peça intermediária dobrada e acrossomas deformados. Ocorre diminuição da motilidade, reduzindo-se a apenas 10% dos espermatozóides móveis e aglutinações espermáticas a partir das 12 semanas de infecção, que ocorre devido a uma resposta auto-imune, produzindo anticorpos contra espermatozóides (MINHARRO et al., 2005). Borie et al., (2002), a explicação para as causas da infertilidade nos machos é a imaturidade das células espermáticas, retenção da gota citoplasmática proximal, caudas enroladas, desprendimento de cabeças e aglutinação espermática. As dermatites escrotais resultam de constantes lambidos e infecções secundárias por Staphylococcus sp (CARMICHAEL; GREENE, 1993). Manifestações clínicas não reprodutivas ocorrem infrequentemente como: linfoadenomegalia, hepatoesplenomegalia, meningoencefalite, uveíte, discoespondilite (MEGID, 2002), glomerulonefrite, osteomielite, (DÓREA et al., 2000) e abscessos (BERTHELOT; BASTUJ, 1996).

19 18 Coelho et al., (2000) acreditam que a discoespondilite ocorra em apenas 10% dos cães infectados por Brucella canis, pois na maior parte dos casos, a inflamação é provocada por Staphylococcus coagulase positivo. A bacteremia prolongada observada em algumas espécies de Brucella pode explicar a grande possibilidade de ocorrência de manifestações extragenitais (HIRSH; ZEE, 2003) Diagnóstico Somente com exame clínico não é possível o estabelecimento do diagnóstico da infecção pela B. canis, no entanto relatos de abortamento no terço final de gestação, falhas na concepção, epididimite, atrofia testicular e dermatite escrotal levantam a suspeita clínica da doença. O diagnóstico etiológico é efetuado pela detecção de anticorpos séricos contra Brucella canis ou pelo isolamento do microrganismo nos animais infectados (AZEVEDO, 2004). A sorologia é bastante empregada no diagnóstico da brucelose canina, porém apresenta muitos problemas referentes à disponibilidade de antígenos e kits (MINHARRO et al., 2005) além de estarem sujeitos a erros de interpretações devido a reações cruzadas com outros microrganismos como cepas mucóides de Pseudomonas, Bordetella bronchseptica e Actinobacillus equuli ou até mesmo cepas de Brucellas rugosas (ETTINGER; FELDMAN, 1997). O cultivo bacteriano fornece um diagnóstico definitivo quando a bactéria é isolada; no entanto, é um procedimento laborioso, demorado e pode resultar em resultados falsonegativos (AZEVEDO, 2004). Schlemper & Vaz (1990) as técnicas sorológicas mais utilizadas são soro-aglutinação lenta em tubo (SAL), soro-aglutinação rápida em placa (SAR), realizadas sucessivamente, com ou sem adição de 2-mercaptoetanol (BERTHELOT; BASTUJ, 1997), sendo indicadas para procedimentos de triagem (MINHARRO et al., 2005), imunodifusão em gel de ágar (IDGA), teste confirmatório para o diagnóstico da enfermidade (MINHARRO et al., 2005) e fixação de complemento (CFT) (AZEVEDO, 2004), técnica de alta sensibilidade e especificidade que detecta imunoglobulinas específicas (IgGs), reduzindo o número de reações falso-positivas (AZEVEDO, 2004). De acordo com Melo et al., (1997) a SAL e SAR são muito eficientes para identificar infecções recentes, apesar de apresentarem grande número de reações falso-positivas.

20 19 Berthelot & Bastuji (1996), consideram que o SAR é mais sensível (menos de 1% de reações falso-negativas) que o SAL, e que o número de reações falso-positivas é devido a reações cruzadas de B. canis com outras bactérias. A IDGA tem sido utilizada para a detecção de anticorpos a partir de oito a 12 semanas após a infecção, com a realização de um tratamento prévio dos soros por 2-mercaptoetanol (2- ME) (MINHARRO et al., 2005). Esse tratamento causa redução das aglutininas específicas, consequentemente diminui o título sorológico em até duas vezes, levando a negatividade dos resultados, em função da alta especificidade do teste (MEGID et al., 2000). A reação de fixação de complemento (CFT) é amplamente utilizada para diagnosticar a infecção por Brucella ovis e Brucella abortus (AZEVEDO, 2004). O teste sorológico mais empregado no Brasil é a imunodifusão em gel de ágar (IDGA) (CAVALCANTE et al., 2006), o qual demonstra precipitinas no soro de cães cinco a 10 semanas após infecção (CARMICHAEL; GREENE, 1993) podendo ser utilizado com antígenos de parede celular (LPS) ou antígenos de proteínas citoplasmáticas (PC) (MINHARRO et al., 2005). Em um estudo feito por Azevedo et al., (2004) comparando-se os resultados da técnica de IDGA com os resultados da IDGA-ME e CFT, concluíram que as amostras negativas na IDGA também foram negativas na IDGA-ME e CFT, e que as amostras positivas na IDGA- ME e CFT também foram positivas na IDGA, ou seja, a prova de IDGA mostra sensibilidade de 100%, reforçando a sua utilização para teste de triagem. Aguiar et al., (2005) avaliaram 304 cães do ambiente rural e urbano no Município de Monte Negro (Rondônia), através do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), Soroaglutinação Lenta em Tubos (SAL) e 2-Mercaptoetanol (2-ME) para a pesquisa de anticorpos anti-brucella abortus e da Imunodifusão em gel de ágar com soro tratado com 2- Mercaptoetanol (IDGA-ME) para Brucella canis. Verificaram que 18,40% dos animais foram reagentes ao Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), 4,00% reagentes a Soroaglutinação Lenta em Tubos (SAL), e apenas um cão (0,30%) foi considerado positivo confirmado pela prova de 2-mecaptoetanol (2-ME), 3,60% reagiram a IDGA, não havendo confirmação na prova de IDGA-ME. Dos 90 animais estudados por Porto (2003), no Município de Maceió (Alagoas) 4,44% reagiram à prova de IDGA, 3,33% responderam a IDGA+ 2-ME, 5,56% à prova de SAL, e nenhum dos cães reagiram às provas do AAT e 2-ME.

21 20 A hemocultura deve ser realizada sempre que suspeitar da enfermidade. É isolada através do sangue em meios enriquecidos com ágar-tripticase-soja durante vários meses após infecção (CARMICHAEL, 1999). O cultivo do material vaginal deve ser feito após o aborto, parto ou durante o estro, isolando o agente presente no útero, placenta e fluidos vaginais. O sêmen normalmente produz números elevados de microrganismos de três a 11 semanas após infecção. A cultura da urina pode ser positiva de oito a 30 semanas após infecção, e deve ser realizada em animais que apresentarem hemocultura negativa. Em casos de uveíte causada por B. canis, o isolamento pode ser feito através do humor aquoso, a bactéria também se encontra alojada em lesões de discoespondilite e osteomielite (MINHARRO et al., 2005). A hemocultura negativa não exclui a hipótese de a infecção por Brucella canis, especialmente nos casos de infecção crônica, contudo, a hemocultura positiva confirma o diagnóstico. Devido à localização intracelular em células do sistema mononuclear fagocitário, a bactéria pode ser recuperada a partir de aspirados de medula óssea na ausência de hemocultura positiva (JOHNSON; WALKER, 1992). As desvantagens da hemocultura é que pode levar semanas para obtenção dos resultados, além de fornecer resultados falso-negativos pelo insucesso no isolamento do agente (RIBEIRO et al., 2000), em virtude da B. canis apresentar bacteremia intermitente. Entretanto, outros autores sugerem o isolamento do microrganismo a partir de outros órgãos e humores orgânicos (baço, epidídimo, linfonodos, secreção prostática, sêmen e vesícula seminal) (MEGID et al., 2002). Megid et al., (2000), avaliaram material vaginal de cadelas infectadas e verificaram variação da flora vaginal, com predominância de Staphylococcus sp coagulase positivo, seguida por Streptococcus sp e Corynebacterium sp. Em menor proporção Escherichia coli e Acaligenes faecalis. Os agentes bacterianos isolados são considerados da flora normal e a variação observada pode ser devido ao ciclo estral das cadelas Tratamento Os microrganismos do gênero Brucella são intracelulares, apresentam sérias dificuldades para o combate quimioterápico. Pode haver resultados satisfatórios em associações com antibióticos, principalmente tetraciclinas, estreptomicina e sulfas (CARMICHAEL, 1981).

22 21 Os melhores resultados têm sido obtidos com o emprego, durante duas semanas, de uma associação de tetraciclina (30mg/kg, duas vezes ao dia, por via oral por 14 dias) e estreptomicina (20mg/kg diariamente por via intramuscular), seguida do tratamento unicamente com tetraciclinas durante as duas semanas seguintes (BERTHELOT; BASTUJI, 1996). A gentamicina tem sido recomendada por alguns clínicos como um antibiótico substituto da estreptomicina (CARMICHAEL, 1999), porém é menos efetiva (BIRCHARD; SHERDING, 2003). Martins et al., (2000) realizaram um tratamento, em dois animais brucélicos durante 20 dias, com tetraciclina e estreptomicina conforme a literatura descreve, e verificaram que não houve melhora no quadro clínico, os animais mantiveram os títulos sorológicos e continuaram sendo portadores e disseminadores da enfermidade, foram sacrificados. As quinolonas também podem ser utilizadas, entretanto, existem poucas informações a respeito de sua eficácia (HIRSH; ZEE, 2003). Sharon et al., (1992) estudaram a utilização de quinolonas (ciprofloxacina e enrofloxacina) em três cães infectados por B. canis em associação a discoespondilite e tiveram bons resultados. As fluoroquinolonas têm excelente penetração no osso e tem sido indicada também para o tratamento das osteomielites. Talvez seja uma alternativa eficaz para o tratamento da infecção por B. canis, em geral ou associada à discoespondilite. Segundo Corrêa e Corrêa (1992), conforme as pesquisas e resultados, a doxiciclina pode ser empregada na dose de 10mg/kg a cada 24 horas; terramicina 20mg/kg a cada 48 horas e a rifampicina a 10mg/kg, duas vezes ao dia, mantendo-se a terapêutica por 30 dias. Atualmente, o esquema de tratamento mais bem sucedido é a combinação de minociclina, via oral, na dose de 25mg/kg/dia, durante duas semanas e diidroestreptomicina intramuscular na dose de 5mg/kg a cada 12 horas, durante uma semana (AZEVEDO et al., 2004). A doxiciclina (5-10mg/kg, via oral, a cada 12 horas), constitui uma alternativa à minociclina (BIRCHARD; SHERDING, 2003). A terapia em animais infectados tem sido criteriosamente indicada em cães de alto valor afetivo e/ou econômico, preferencialmente, na ausência de crianças no domicílio. A efetividade da terapia antimicrobiana aliada à castração dos cães com brucelose foi relatada por Megid et al., (1998), obtendo 91,6% de cura em 12 cães naturalmente infectados acompanhados sorologicamente dois meses após o término da terapia, resultando negativos (MEGID et al., 2002). A erradicação de Brucella com antibióticos é difícil e altamente imprevisível. Uma antibioticoterapia única não é efetiva. Deve-se recomendar uma castração ou ovário-

23 22 histerectomia dos animais infectados (BIRCHARD; SHERDING, 2003). A castração visa primordialmente interromper a transmissão venérea, que é a principal via de transmissão da brucelose canina (GOMES et al., 1999) Profilaxia A prevenção da B. canis é extremamente importante, especialmente em grandes canis. Ao contrário da brucelose nos outros animais domésticos, a brucelose canina não é uma doença de notificação obrigatória e sua prevalência se baseia em estudos sorológicos. A prevenção da brucelose por B. canis é baseada em medidas sanitárias, controle sorológico regular dos animais do canil, eliminação dos positivos, isolamento das fêmeas em parição, desinfecção sistemática do canil, quarentena antes da introdução de novos animais (BERTHELOT; BASTUJI, 1996). Animais com histórico de problemas reprodutivos devem ser isolados, realizados a sorologia e o isolamento do agente, se o diagnóstico for confirmado, a sorologia é realizada em todo o canil. Os positivos devem ser eliminados e os suspeitos são novamente testados após trinta dias (AZEVEDO et al., 2004). O acompanhamento desses animais é realizado através de exames bacteriológicos e sorológicos mensais, pois vacinas eficazes ainda não foram desenvolvidas e a antibioticoterapia não apresenta resultados satisfatórios (POESTER, 1984). Os testes sorológicos devem ser realizados duas vezes com intervalo de um mês em todos os cães a serem introduzidos em um canil de reprodução. As cadelas devem ser testadas várias semanas antes do cio esperado. Nenhum animal novo deve ser introduzido dentro da colônia de reprodução até que tenham sido considerados negativos a dois testes com um intervalo de um mês. Os testes em todos os animais em um canil devem ser realizados ao menos uma vez ao ano ou se forem observadas alterações reprodutivas ou abortos (GOMES, 2007). Todas as fêmeas que apresentem aborto ou infertilidade após vários cruzamentos sucessivos, e machos com sinais de problemas genitais, são considerados potencialmente infectados (CARMICHAEL et al., 1981). Os machos também são avaliados através da palpação para identificar lesões de testículo e epidídimo (HIRSH; ZEE, 2003). O diagnóstico clínico pode ser dificultado por palpação testicular, em decorrência da existência de outras bactérias causadoras de epididimite clínica (NOZAKI et al., 2004).

24 23 Nos seres humanos, a principal via de infecção é o contato com descargas vaginais e material de abortamento, todas as pessoas que entrarem em contato com os animais suspeitos ou infectados deve desinfetar suas mãos e áreas contaminadas (AZEVEDO et al., 2004). A B. canis mostra-se sensível a ação dos desinfetantes comuns como à amônia quaternária e ionóforos, utilizados na desinfecção das instalações e equipamentos (CARMICHAEL et al., 1981). Um canil é considerado livre de brucelose quando se obtém pelo menos três testes com resultados negativos (HIRSH; ZEE, 2003). Pouco se tem feito para o controle da brucelose canina de uma forma sistematizada no país, apenas em alguns canis comerciais. Muitos casos de infecção por B. canis não são relatados, principalmente pela não exigência de notificação obrigatória pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Desta forma a vigilância deve ser realizada pelos clínicos de pequenos animais e proprietários de cães e canis para impedir que a doença se propague entre os animais (MINHARRO et al., 2005).

25 24 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS As espécies mais patogênicas envolvidas na brucelose canina são a Brucella canis e Brucella abortus, comprometendo os órgãos reprodutivos e contribuindo em perdas econômicas para os canis comerciais. A brucelose canina é uma zoonose, o seu tratamento é longo e a cura bacteriológica é incerta. Por isso a doença torna-se extremamente importante em termos de saúde pública, pois o animal infectado torna-se um risco para a saúde humana. É importante ter um maior conhecimento sobre a doença, possibilitando aos Clínicos Veterinários a diagnosticar e instituir um plano de controle e profilaxia adequados.

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