INCLUSÃO E BULLING NA ESCOLA PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR ISABEL TELES
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- Luana Marinho Amaral
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1 TÍTULO DO ARTIGO INCLUSÃO E BULLING NA ESCOLA PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR ISABEL TELES ECOPORANGA - ES 2016
2 INCLUSÃO E BULLING NA ESCOLA 2
3 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. HISTÓRIA DA INCLUSÃO E BULLING NA ESCOLA 2.1 ASPECTOS PSICOLÓGICOS E FILOSÓFICOS 3. ASPECTOS LEGAIS LEGISLAÇÃO ATUAL 4. CONCLUSÃO 5. REFERENCIAS
4 4 1. INTRODUÇÃO O trabalho aqui desenvolvido, sobre Inclusão e Bulling na escola, considera um grande avanço da educação, nos estudos realizados por estudiosos e o empenho do setor público, em criar leis e decretos que defendam os direitos das crianças, principalmente, em se tratando de portadores de necessidades especiais, que, são considerados diferentes. Prova disso, é a Lei de nº de 06 /11/2015, quando da criação do Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bulling) e criação da Lei e Diretrizes de Base de nº de 20/12/1961, quando criou, o Conselho Federal de Educação. Não obstante, já se aludia a essas preocupações, na Constituição Federal de 1988 e na criação do Estatuto da Criança e do adolescente. Segundo (Brasil, 1997, p. 17 e18 ) O princípio fundamental desta linha de ação, é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiências e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e crianças que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e zonas desfavorecidas ou marginalizadas. Ao levar em conta a diversidade cultural existente no brasil, podemos dizer que é na escola, que se manifesta de forma efetiva as maiores dificuldades de relacionamento. Isso pois, é um desafio constante num ambiente escolar, onde a aprendizagem é o seu principal objetivo. Indiferentemente se adequando e se adaptando as necessidades individuais e coletivas.
5 5 2.HISTÓRIA DA INCLUSÃO E DO BULLING NA ESCOLA Vivemos num país em que, desde os tempos remotos, (colonização), já se vivia a exclusão e o bulling. Pois sempre foi conhecida as divisões na sociedade da época. Devido a situação, desigual vigente da época, não diferente da de hoje, onde aquilo que não está dentro do padrão estabelecido, por uma sociedade elitizada, se torna diferente e anormal. Nos anos 30 e 40, cresceu o número de entidades para atendimento a deficientes. A partir de 1958, o Ministério da Educação, passa a prestar assistência financeira, as secretarias de educação e as instituições especializadas. A criação dos Conselhos Estaduais de educação e a cooperação financeira, assegurada por lei as escolas privadas, motivaram o aparecimento da educação especial, como uma forma de educar as pessoas deficientes. A Lei de Diretrizes e Bases de 20/12/1961, onde foi criado o Conselho Federal de Educação, foi um marco inicial para que o poder público atentasse efetivamente na área da educação especial. Este termo, era entendido, como um diagnóstico para isolar, rotular e tratar os indivíduos como crianças de pré escola, estigmatizando os como incapazes, minando suas potencialidades e capacidades de desenvolvimento. A Constituição Federal de 1988, veio confirmar a democratização da educação brasileira, na melhoria da qualidade do ensino e assegurando aos deficientes, a inserção na rede regular de ensino e o direito a um atendimento educacional especializado dentro do ambiente escolar. Estas duas referências educacionais, atualizaram as disposições necessárias, para uma ampliação e expansão de matrículas, na rede regular de ensino. Com isso, é possível vermos que, quando a necessidade se faz notória, o poder público, a sociedade e até mesmo cada indivíduo, faz a diferença. Podemos constatar, quando a mídia ou as redes sociais, destacam algum caso. Ultimamente muito se fala de bulling. Alei de nº de 06 /11/2015, instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bulling), no intuito de extirpar qualquer ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo contra o indivíduo, caracterizando ataques físicos, insultos, comentários e apelidos perjorativos, ameaças, expressões preconceituosas, isolamento social consciente e premeditado, pilhérias.
6 6 No art. 3º desta lei, diz que a intimidação sistemática, é classificada no ato de: xingar, insultar, a pelidar, difamar, caluniar, disseminar rumores, assediar induzir e/ou abusar, ignorar, isolar e excluir, perseguir, amedrontar, aterrorizar, incomodar, intimidar, dominar, manipular, chantagear, e infernizar, socar, chutar, bater, furtar, roubar, destruir pertences de outrem, depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem no sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológicos e social. Diante de todas essas medidas e punições previstas, vislumbramos um mundo igualitário e solidário, quando olhamos a simplicidade, com a qual as crianças lidam com as diferenças. 2.1 ASPECTOS PSICOLÓGICOS E FILOSPOFICOS Boaventura de Souza Santos, dizia que: o direito de uma criança, estar numa sala de aula, junto com outras crianças, da mesma idade, com ou sem deficiência, é anterior ao direito do professor dar aula. Ele decorre do simples fato natural de ser cidadão. O direito do professor de dar aula, pode ser revogado a qualquer momento, dependendo do caso. Enquanto que, o da criança, ninguém, pode negar. Quando dizemos que, a escola, é a continuação da família, dizemos que, deverá ter como prioridade a confirmação dos valores, adquiridos no âmbito familiar, moldando no ser em desenvolvimento um cidadão de valores. Temos, o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza, e o direito de sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza. Para este mesmo autor, o direito `a convivência com os ditos normais, é um direito primordial, pois, é na convivência, que os seres humanos normais ou diferentes, mais aprende. Piaget, já dizia que é na interação com o meio, através dos mecanismos acomodação e adaptação, que o ser humano desenvolve sua aprendizagem. Lembro me bem de uma fala dos antigos que dizia: E na escola da vida, que a gente aprende a viver. Hoje, diante das situações problemas, a serem resolvidos, constantemente se constatam, aprendizados do passado, que por um motivo ou outro, deixamos passar despercebidos, ou não demos a devida importância. Para (Cristiane T. Sampaio e Sônia R. Sampaio), este é o mundo real. E quanto mais diversificada as experiências, mais desafiador se torna o cotidiano.
7 7 Vigotsky, em sua teoria ( A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo. Martins, Fontes, 1988 ), destacam que: Se construir conhecimento implica uma ação compartilhada, já que é através dos outros, eu as relações entre sujeito e objeto de conhecimento são estabelecida, a diversidade dos níveis de conhecimento de cada criança, pode propiciar uma rica oportunidades de troca de experiências, questionamentos e cooperação. A aceitação da criança deficiente pelos colegas, vai depender muito do professor, colocar em prática uma pedagogia inclusiva que não pretenda a correção do aluno com deficiência, mas, a manifestação do seu potencial. A escola, nesta perspectiva, deve buscar consolidar o respeito as diferenças, vistas não como um obstáculo para o cumprimento da ação educativa, mas como o fator, de enriquecimento e melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos, tanto para alunos com deficiência, quanto para aqueles sem deficiência. ASPECTOS LEGAIS Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da educação o direito a Educação Especial, trouxe para toda a comunidade escolar e a sociedade em geral uma questão, que já era gritante, por uma solução efetiva. Atendendo a essa necessidade, o documento acima citado, traz o capítulo V, todo voltado a essa discussão. Diz assim: ART. 58. Entende se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. &1º Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. &2º O atendimento educacional, será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular.
8 8 &3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de 0 a 6 anos, durante a educação infantil. Art. 59 Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organizações específicas, para atender as suas necessidades. II Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e aceleração, para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados. III- Professores com especialização adequada, em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como, professores de ensino regular, capacitados para a integração, desses alunos nas classes comuns: IV Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem, capacidade de inserção no mercado competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais, bem com para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares, disponíveis, para o respectivo nível do ensino regular; Art. 60 Os órgãos normativos dos sistemas de ensino, estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas, sem fins lucrativos, especializadas e com atuação e exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público. Parágrafo único O poder público adotará como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente, do apoio às instituições previstas neste artigo. Não tem sido diferente, o comportamento da sociedade e até do poder público, em relação, as discriminações sofridas, pela prática do bulling e sua disseminação dentro da sociedade. Para combater e diminuir tais práticas, foram constituídos alguns objetivos, pelo Programa de Combate a Intimidação Sistemática (Bulling), referentes ao caput, do art. 1º. I Prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bulling), em toda a sociedade;
9 9 II Capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussões, prevenção, orientação e solução do problema; III Implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação; IV - Instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis, diante da identificação de vítimas e agressores; V - Integrar os meios de comunicação de massa, com as escolas e a sociedade, como de identificação e conscientização do problema e forma de preveni lo e combate lo; VII Promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua; VIII Evitar tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil; IX Promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação (bulling), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores ou outros profissionais integrantes da escola ou da comunidade escolar; Art. 5º É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e agremiações recreativas, assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate a violência e a intimidação sistemática (bulling). Art. 6º Serão produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática (bulling) nos Estados e Municípios, para planejamento das ações. Art 7º Os entes federados, poderão firmar convenio e estabelecer parcerias para a implementação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta lei. Art 8º Esta lei entra em vigor, após decorridos 90 (noventa) dias da data de sua publicação oficial. Baseados nos vários documentos que poderiam ser citados e que por sua vez, também tem como objetivo, promover a defesa dos direitos da humanidade de um modo geral, trago nos presentes documentos uma síntese das ações realizadas pelos órgãos competentes.
10 10 CONCLUSÃO O trabalho aqui desenvolvido, tem como objetivo principal, nos informar, incomodar, enquanto cidadãos expostos, as mais diversas situações de exclusão e de bulling no nosso cotidiano. As informações expressas, devem nos levar a conscientização de que incluir, é muito mais, que comtemplar com leis, uma parcela da sociedade, mas sim, fazer com que estas sejam cumpridas, dando suporte e tomando as providências cabíveis, quando se faz necessário. Considerando que, no momento são postos em evidência, casos da falta de respeito, consideração, patriotismo e até amor a própria raça humana, quando se deprecia talentos, capacidades, qualidades,valores, em nome de simples posicionamentos falsos, medíocres que em nada os torna melhores, que os outros. Vemos que os esforços, em relação a estes dois fatores se complementam e se fortalecem, quando de algum modo, tem se buscado alternativas, pela sociedade e poder público, para solucionar as questões ainda em aberto. Prova disso são as medalhas Paraolímpicas e a difusão pela mídia da importância de destaque para pessoas, que estão acima do peso.não só isso, quanto outras ações, que tem engrandecido a nossa nação. No entanto, para que sejam efetivadas, confirmadas e alargados estes pequenos passos conquistados, se faz necessário uma conscientização da humanidade que deve passar pelo ambiente escolar, este que tem o poder de mudar as concepções, atravéz do conhecimento e aprendizagem, para que assim possa fazer acontecer na família, esta que muitas vezes, não tem conhecimento pedagógico, para lidar com estas situações, em questão e por fim a sociedade, que só por meios legais, que funcionem, será capaz de compreender o seu papel.
11 11 REFERENCIAS BRASIL,1997. P. 17 e 18 LEI 4.024, PROMULGADA EM 20/12/ LDB(, 20/12/1961 CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988 LEI DE 06/11/2015 CRIAÇÃO DO PROGRAMA DE COMBATE A INTIMIDAÇÃO SISTEMÁTICA(BULLING) PIAGET CRISTIANE T. SAMPAIO E SÔNIA R. SAMPAIO SÃO PAULO, MARTINS FONTES, 1988 VIGOTSKY
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