ICMS ECOLÓGICO COMO INSTRUMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS VICE-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL ICMS ECOLÓGICO COMO INSTRUMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL FERNANDA DE MORAIS SANTANA MARRA Goiânia, fevereiro de 2005.

2 2 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS VICE-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL ICMS ECOLÓGICO COMO INSTRUMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL FERNANDA DE MORAIS SANTANA MARRA Bacharel em Direito especializanda em Direito Ambiental VERA LÚCIA ALVES DE ALMEIDA MELO FRANCO Mestre, Profª e Orientadora da UCG. RESUMO: O objetivo deste artigo é contribuir para o esclarecimento e compreensão do que seja o ICMS Ecológico, e demonstrar que se trata de um instrumento de apoio à gestão ambiental capaz de orientar o uso dos recursos naturais de forma que sejam observados os princípios da sustentabilidade ambiental, onde, direcionado para a realidade de cada município, incentive o desenvolvimento local e a qualidade de vida da população. Palavras-chave: ICMS Ecológico, critérios, sustentabilidade, conservação ambiental.

3 3 INTRODUÇÃO Em busca de um modelo de gestão ambiental satisfatória, bem como a necessidade de criar novos dispositivos legais que incentivem e que financiem melhorias ambientais, surgiu o ICMS Ecológico. O ICMS ou Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços é arrecadado pelo Governo Federal e repassado para os Estados que podem definir critérios para o repasse aos Municípios. Este imposto era repartido segundo critérios econômicos. Entretanto, a Constituição Federal de 1988 prevê que partes dele podem ser repartidas entre os Municípios de acordo com critérios definidos por Lei Estadual. Assim, parcela desse imposto arrecadado é então direcionado para Municípios onde a qualidade ambiental é relevante, observando várias temáticas ambientais, tais como Unidades de Conservação, Parques, Áreas de Preservação Permanente, Faxinais, Reservas Legais, Terras Indígenas, coleta e destinação final de lixo e esgoto, mananciais de abastecimento, dentre outros. Analisar os resultados obtidos com a implantação desse recurso nos Estados que já o adotaram é de suma importância, pois, através dos mesmos, poderemos verificar que o ICMS Ecológico é um instrumento de apoio à gestão ambiental e contribui para a conscientização da sociedade local sobre a necessidade de preservação do meio ambiente.

4 4 1. HISTÓRICO O direito ambiental, na busca do desenvolvimento sustentável, em se tratando de Economia e Ecologia, procura ser um ponto de convergência e disciplina entre estas duas partes que historicamente sempre foram representadas por linhas paralelas, não apresentando um ponto de intersecção. Um dos instrumentos que cumprem bem este papel de aproximação é o ICMS Ecológico que procura estimular ações ambientais no âmbito das municipalidades. Possibilitando o incremento de suas receitas tributárias, com base em critérios de preservação ambiental e de melhoria de qualidade de vida, afasta o argumento, há muito enraizado em administrações municipais e servindo como justificativa para a aprovação de leis lesivas ao meio ambiente, de que o crescimento, a geração de empregos e o aumento das receitas, dependem única e exclusivamente dos incentivos industriais que são potencialmente poluidores. Desde antes da promulgação, em 1988, de nossa Constituição Verde", a preocupação com o ambiente já se fazia presente através dos inúmeros instrumentos legais de proteção ambiental existentes. A partir de 1922, o Brasil cobrou o imposto sobre vendas, baseado no imposto francês; no governo do Presidente Castello Branco, reformulou-se o Sistema Tributário Nacional e criou-se o ICM que com a Constituição de 1988 passou a ser ICMS. A problemática ambiental propaga-se pelos caminhos do Direito Econômico, Tributário e pela sinuosidade da Política. Observamos que na dimensão da questão ambiental, as normas do direito econômico e do direito

5 5 ambiental estão intrinsecamente ligadas e que uma política econômica conseqüente não ignora a necessidade de uma política de proteção aos recursos naturais. Na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 225, constata-se a intersecção entre o Direito Ambiental e o Direito Econômico. O próprio texto dimensiona ambas as abordagens quando declara que é direito de todos fruir de um ambiente ecologicamente equilibrado e de uma sadia qualidade de vida, que abrange o aspecto físico e espiritual. É impossível o divórcio entre as normas de incremento de práticas econômicas socialmente justas proporcionando uma justa distribuição de riqueza e as normas destinadas à proteção do ambiente. A Constituição Federal, em seu artigo 158, IV, determina que 25% do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações ICMS, de competência Estadual, seja repassado aos Municípios da seguinte forma: - Três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; - Até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. Extrai-se do texto constitucional que 75% da parcela destinada aos municípios possui critério de aferição rígido, resultante da participação dos próprios municípios na arrecadação do ICMS. De outro lado, 25% podem ser destinados de acordo com o que dispuser a lei estadual. Os Estados têm autonomia para determinar os critérios de distribuição da fração que cabe aos municípios.

6 6 A adoção do ICMS Ecológico instala o critério ambiental na redistribuição do imposto. A partir desse mecanismo cria-se uma oportunidade para o Estado influir no processo de desenvolvimento dos municípios, premiando algumas atividades e coibindo outras. Segundo Fiuza ( p.): O ICMS Ecológico apresenta duas funções principais, quais sejam, a de estimular os municípios a adotarem iniciativas de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável, seja pela criação de unidades de conservação ou pela manutenção de áreas já criadas, seja pela incorporação de propostas que promovam o equilíbrio ecológico, a eqüidade social e o desenvolvimento econômico e recompensar os municípios que possuam áreas protegidas em seu território. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, estabeleceu metas programáticas dinâmicas e a destinação de recursos financeiros com vistas à garantia do desenvolvimento sustentável, que se assemelha aos objetivos visados com a instituição do ICMS ecológico. Introdução do texto que compõe a Agenda 21: Para fazer frente aos desafios do meio ambiente e do desenvolvimento, os Estados decidiram estabelecer uma nova parceria mundial. Essa parceria compromete todos os Estados a estabelecer um diálogo permanente e construtivo, inspirado na necessidade de atingir uma economia em nível mundial mais eficiente e eqüitativa, sem perder de vista a interdependênc ia crescente da comunidade das nações e o fato de que o desenvolvimento sustentável deve tornar-se um item prioritário na agenda da comunidade internacional. Reconhece-se que, para que essa nova parceria tenha êxito, é importante superar os confrontos e promover um clima de cooperação e solidariedade genuínas. É igualmente importante fortalecer as políticas nacionais e internacionais, bem como a cooperação multinacional, para acomodar-se às novas circunstâncias. (agenda 21 Capítulo 2) Em face à demanda por ações que coíbem a degradação ambiental, os Estados têm buscado firmar posição através da criação de instrumentos de política pública que tratem ações também de forma preventiva em defesa do meio ambiente. É nesta perspectiva que entre outros, nasce o ICMS Ecológico

7 7 para que se operacionalize o princípio da precaução, ou seja, para que tenhamos condições objetivas de lidar com os problemas ambientais. Talvez o receio em relação ao desconhecido, a aversão a propostas inovadoras, que não raras vezes são causas para a manutenção de sistemas já consolidados, sejam os motivos para a demora na implantação dessa redistribuição das receitas tributárias, entretanto é necessário estabelecer em nível regional o mesmo diálogo que norteou a edição da Agenda 21, pautado pela solidariedade e cooperação dos municípios mais desenvolvidos em benefício das comunidades ainda em desenvolvimento (PIRES, p). Ações afirmativas, vontade política e espírito construtivista serão essenciais para o avanço do ICMS Ecológico. 2. CONCEITO O ICMS Ecológico é um benefício financeiro destinado aos municípios que tomem atitudes protetivas em relação ao meio ambiente. Este benefício é dado na forma do envio de recursos do ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços a estes municípios. Todo município brasileiro tem o direito de receber parte dos recursos tributários arrecadados pela União e pelo Estado, as chamadas transferências constitucionais. Estas transferências constitucionais ocorrem do seguinte modo: da União deve ir para o município parte dos recursos arrecadados do Imposto de Renda, Imposto Financeiro sobre o Ouro e parte do Imposto Territorial Rural; do Estado deve ir parte dos recursos arrecadados do Imposto sobre propriedade de Veículos Automotores IPVA, e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços o ICMS. Como já vimos, do ICMS deve ser repassado aos municípios instalados, 25% do total arrecadado pelo Estado, atendendo a critérios definidos na

8 8 Constituição Federal, art. 158 e, nas Constituições Estaduais. Assim, até ¼ dos recursos podem ser repassados aos municípios segundo o que dispuser lei estadual, onde se dá o fato gerador do ICMS Ecológico, que nada mais é do que um critério ou um conjunto de critérios que tratam de temas ecológicos ou ambientais, utilizados para definir quanto e de que forma o município vai receber a parte dos recursos do ICMS a que tem direito. A finalidade imediata do ICMS Ecológico é estabelecida de acordo com as prioridades de cada Estado da Federação em nível ambiental e até mesmo social, estimulando ações de saneamento básico, a manutenção de sistemas de disposição final de resíduos sólidos e redes de tratamento de esgoto, a manutenção de mananciais de abastecimento público de água, a criação e manutenção de Unidades de Conservação, conservação da biodiversidade, o apoio às nações indígenas, o controle das queimadas, a conservação dos solos, a estruturação de políticas municipais de meio ambiente, a dotação orçamentária para o atendimento a demandas ambientais da população local, dentre outros. No que respeita à finalidade mediata, todas as ações estão voltadas à melhoria da qualidade de vida e à garantia do desenvolvimento sustentável. 3. ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO SOBRE O ICMS ECOLÓGICO APROVADA, IMPLANTADA OU EM IMPLANTAÇÃO. O ICMS Ecológico surgiu no Brasil, pioneiramente no Paraná, em 1991, a partir da aliança do Poder Público Estadual e de Municípios, mediado pela Assembléia Legislativa do Estado (Lei nº 9.491/90). Os Municípios sentiam

9 9 suas economias combalidas pela restrição de uso causada pela necessidade de cuidar dos mananciais de abastecimento para Municípios vizinhos e pela existência de Unidades de Conservação, enquanto o Poder Público estadual sentia a necessidade de modernizar seus instrumentos de política pública. Nascido sob a égide da compensação, o ICMS Ecológico evoluiu, transformando-se ao longo do tempo também em instrumento de incentivo, direto e indireto à conservação ambiental, hoje o que mais o caracteriza. Desenvolvido depois nos Estados de São Paulo (1993), Minas Gerais (1995), Amapá e Rondônia (1996), Rio Grande do Sul (1998), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco (2001), Tocantins (2002) está em fase de implementação, regulamentação, debate ou tramitação nas casas legislativas nos Estados da Bahia, Goiás, Espírito Santo, Pará, Santa Catarina, Ceará e Rio de Janeiro( LOUREIRO, p.).

10 ESTADOS COM O ICMS ECOLÓGICO IMPLANTADO. TABELA 1 - ESTADOS QUE POSSUEM ICMS ECOLÓGICO IMPLEMENTADO OU EM FASE DE IMPLEMENTAÇÃO, ANO DE APROVAÇÃO DA LEI, E PERCENTUAIS PARA O REPASSE DE RECURSO FINANCEIRO EM RELAÇÃO AOS CRITÉRIOS: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E OUTROS. CRITÉRIOS ESTADO ANO Unidades de Conservação, Terras Indígenas e outras Áreas Especialmente Protegidas (%). Outros critérios ambientais (%) Paraná ,5 2,5 São Paulo ,5 - Minas Gerais ,5 0,5 Rondônia ,0 - Amapá ,4 Rio Grande do Sul 1998 (1) 7,0 - Mato Grosso ,0 2,0 Mato Grosso do Sul ,0 - Pernambuco ,0 5,0 Tocantins ,5 9,5 FONTE: Legislações Estaduais (1)A legislação do Rio Grande do Sul prevê que se multiplique por três a superfície territorial do município que contenha unidade de conservação. Criado pioneiramente no Paraná, em 1991, o ICMS Ecológico, encontra apoio na própria Constituição Estadual (art.132 único) e na Lei nº 9.491/90. O Estado do Paraná estimula a manutenção de mananciais de abastecimento público de água e unidades de conservação, mas não observa as ações municipais na área de saúde e educação. Entretanto aponta outros critérios de compensação, relacionados à população, produção agropecuária, propriedades rurais, e território. A participação igualitária de todos os municípios restringese a 2%. Extraídos os 5% constitucionalmente assegurados ao critério ambiental, representado pela existência de mananciais e unidades de conservação, o

11 11 restante é destinado aos demais itens estabelecidos, visando à compensação financeira: a)-vaf (Valor Adicionado Fiscal) (80%); b)-produção Agropecuária(8%); c)- Número de Habitantes (6%); d)- Número de Propriedades Rurais (2%); e)- Área Territorial (2%); f)- Parcela Igualitária (2%). Relativamente ao critério ambiental, a distribuição dos 5% se dará da seguinte forma: 50 % unidades de conservação e 50% mananciais de abastecimento público de água. Mananciais de Abastecimento Público de Água: -são contemplados os municípios que abrigam em seu território parte ou o todo de bacias de mananciais para atendimento das sedes urbanas de Municípios vizinhos, com área na seção de captação de até Km2, em utilização na data de 09/12/91 e com aproveitamento normal. Para os futuros aproveitamentos, serão observados outros critérios técnicos relativos à vazão, bem como os fatores que possam influenciar na qualidade da água, que são também determinantes como, por exemplo, a densidade populacional do entorno. O estímulo ao controle de ocupação é também, neste caso, observado. Unidades de Conservação:- serão contemplados os municípios que possuírem em seus territórios: - Área de Proteção Ambiental: Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Parques; - Áreas de Relevante Interesse, sob domínio público: Reservas Florestais, Florestas Nacionais Estaduais e Municipais, Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ÁRIES), Hortos Florestais, Refúgios de Vida Silvestre, Monumentos Naturais; - Áreas de Relevante Interesse, sob domínio privado: Áreas de Proteção Ambiental(APAS), Áreas Especiais e Locais de Interesse

12 12 Turístico, Refúgios de Vida Silvestre, Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ÁRIES) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural. No Estado do Paraná, a Lei do ICMS Ecológico, em relação à conservação da biodiversidade tem por objetivos: a) aumento do número e da superfície de unidades de conservação e outras áreas especialme nte protegidas (dimensão quantitativa); (b)regularização, planejamento, implementação e busca da sustentabilidade das unidades de conservação (dimensão qualitativa); (c) incentivo à construção dos corredores ecológicos, através da busca da conexão de fragmentos vegetais; (d) adoção, desenvolvimento e consolidação institucional, tanto em nível estadual, quanto municipal, com vistas à conservação da biodiversidade e, (e) busca da justiça fiscal pela conservação ambiental (LOUREIRO, p.). No caso paranaense, cabe realce que entre 1991 e 2000 houve um incremento de 1.894,94 por cento em superfícies das Unidades de Conservação (UCs) municipais, de 681,03 por cento nas unidades de conservação estaduais, 30,50 por cento nas unidades de conservação federais e terras indígenas e de 100 por cento em relação as RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) estaduais. Houve ainda melhoria na qualidade da conservação dos parques municipais, estaduais e RPPN. Nos cinco primeiros anos, o ICMS Ecológico paranaense ajudou a multiplicar por oito as áreas protegidas, bem como o investimento na melhoria de qualidade das UCs e nos mananciais provocou a redução de gastos municipais destinados a saneamento, incentivando outros Estados a adotarem o mesmo mecanismo. São Paulo foi o primeiro Estado a adotar o ICMS Ecológico depois do Paraná. A Lei paulista nº 8.510/93 estabeleceu que uma percentagem de 0,5 % dos recursos financeiros deve ser destinada aos municípios que possuem Unidades de Conservação e os outros 0,5% aos municípios que possuem reservatórios de água destinados à geração de energia elétrica, totalizando 1% do ICMS arrecadado. Em relação às Unidades de Conservação, a legislação prevê beneficiar os municípios que possuem seus territórios integrando

13 13 Unidades de Conservação criadas pelo estado, não considerando as áreas criadas e geridas por outros níveis de gestão. A lei, auto-aplicável, limita a aplicação de variáveis ligadas à avaliação da qualidade das Unidades de Conservação, o que possibilitaria melhor aproveitamento do mecanismo em favor da consolidação das UCs, a exemplo do que acontece no Paraná. Os 169 municípios paulistas que possuem Unidades de Conservação Ambiental (UCs) sob proteção do Estado receberam no ano de 2002, R$ 39,6 milhões. Iguape, no litoral sul do Estado de São Paulo, foi o Município mais beneficiado, recebendo R$1,7 milhões. Portanto, dos R$ 31,7 bilhões de ICMS arrecadados em São Paulo no ano de 2002, R$ 23,8 bilhões ficaram com o Estado e R$ 7,9 bilhões com os Municípios. Desta parcela é deduzido o valor referente ao 0,5%, a que os municípios com áreas protegidas têm direito. Uma característica do ICMS Ecológico paulista é a de que o recurso não precisa ser obrigatoriamente direcionado à conservação ambiental, com isso, muitos municípios paulistas usam o recurso para salvar a folha de pagamento das prefeituras e saldar dívidas, o que não é proibido, visto que a Lei não tratou desse assunto, esta questão deveria ser reformulada, destinando os recursos para a gestão ambiental. Em Minas Gerais, a partir de 1996, com a vigência da Lei nº /95, mais conhecida como Robin Hood, a distribuição da parcela do ICMS devida aos municípios passou a ser feita também segundo critérios sociais: saúde, educação, produção de alimentos, patrimônio histórico, meio ambiente e poluição. A Lei /95 estabelece 13 critérios diferenciados para o rateio dos recursos do ICMS pertencentes aos municípios. No critério VAF Valor Adicionado Fiscal 75% e o restante distribuído entre os critérios de: População; População dos 50 municípios mais

14 14 populosos; Educação; Gastos com saúde; Receita própria; Área geográfica; Área Cultivada; Meio ambiente; Patrimônio Cultural; Cota mínima para Municípios Mineradores, e Compensação Financeira por desmembramento de distrito, totalizando um percentual de 100%. O critério Meio Ambiente foi dividido em dois subcritérios de pesos iguais 50% ao Saneamento Ambiental e 50% entre municípios que possuem em seus limites Unidades de Conservação cadastradas e definidas por instrumentos legais (Instituto Estadual de Florestas e COPAM Conselho Estadual de Política Ambiental). O objetivo da redistribuição é o de premiação e compensação aos municípios que, distintamente, investem e trabalham de forma respeitosa e responsável na tentativa de solucionar seus problemas de meio ambiente, saúde, educação, patrimônio cultural, etc. O ICMS Ecológico introduziu um importante instrumento econômico na gestão ambiental, reduzindo a poluição gerada pelos esgotos domésticos e lixo dos municípios, além dos instrumentos convencionais de fiscalização e multas ambientais, através de dois critérios definidos para o repasse: existência de Unidade de Conservação e Saneamento Ambiental (tratamento e disposição final adequada de lixo e esgoto). A Lei Robin Hood além de despertar a atenção das administrações locais e provocar suas iniciativas em relação à necessidade de investir na implantação e manutenção de sistemas de saneamento e de unidades de conservação, beneficia os que limpam e preservam o meio ambiente, sejam eles municípios de grande ou pequeno porte, mostrando assim que as soluções ambientalmente saudáveis são um objetivo a ser alcançado com a participação de todos. Com o melhor esclarecimento dos municípios quanto ao ICMS Ecológico, 193 municípios já são beneficiados no subcritério Saneamento Ambiental por seus sistemas de tratamento de resíduos sólidos urbanos e esgotos sanitários.

15 15 Do ponto de vista das Unidades de Conservação, os resultados em relação ao aumento da superfície de áreas protegidas incentivadas pelo ICMS Ecológico tem sido contundentes. No plano da criação de Ucs municipais, tem havido grande repercussão a criação das Áreas de Proteção Ambiental, o que deve ser recebido com alguma cautela posto não exigir esta categoria de manejo de Unidade de Conservação desapropriação, o que pode ativar o que se denomina indústria das APAs. O Estado de Minas Gerais não adotou variáveis qualitativas para o cálculo dos índices que os municípios têm direito a receber, perdendo assim a oportunidade de utilizar mais efetivamente o ICMS Ecológico em benefício da consolidação das UCs. O Estado de Rondônia criou o ICMS Ecológico em 1996, através da Lei nº 147/96. O modelo está calcado no critério ligado às Unidades de Conservação e terras indígenas. Aspecto importante da Lei diz respeito à possibilidade da redução do ICMS Ecológico aos Municípios cujas Unidades de Conservação sofram invasões ou outros tipos de agressões. Rondônia não adota o critério qualitativo, e com isso perde a oportunidade de incrementar o processo de regularização, planejamento, implementação e manutenção das Unidades de Conservação, além da busca, via ICMS Ecológico da melhoria de qualidade de vida dos povos indígenas. O Estado do Amapá aprovou o seu ICMS Ecológico através da Lei Estadual nº 322, de , no contexto de uma reforma nos critérios de repasse. Ele aproveitou e fez uma reforma ampla nos critérios de rateio do ICMS a exemplo do que fez o Estado de Minas Gerais. Em relação às Unidades de Conservação segue o modelo de cálculo dos índices realizados no Estado do Paraná. O Rio Grande do Sul aprovou, em 1997, a Lei nº , que criou seu ICMS Ecológico. O modelo associa o critério ambiental ao critério área do

16 16 município, definido no inciso III, do artigo 1º da referida Lei, no qual deverá ser repartido entre os municípios 7% com base na relação percentual entre a área do município, multiplicando-se por três as áreas de preservação ambiental e aquelas inundadas por barragens, exceto as localizadas em municípios sedes das usinas hidrelétricas, e a área calculada do Estado no último dia do ano civil a que se refere a apuração, informadas, em Km², pela divisão de Geografia e Cartografia da Secretaria de Agricultura e Abastecimento - SAA. Os profissionais do órgão ambiental encarregados pelo cumprimento da Lei, têm procurado tirar, com criatividade, o máximo proveito da oportunidade criada pela Lei em favor da consolidação das Unidades de Conservação, utilizando, além da variável quantitativa, variáveis qualitativas. O Estado do Mato Grosso do Sul aprovou o ICMS Ecológico em 1994, ficando a Lei em latência até 2000, quando foi regulamentada pela Lei A Lei trata de dois critérios, um relativo aos mananciais e outro a Unidades de Conservação. No Estado, a maioria da captação de água é feita através de poços artesianos. Em relação às UCs e terras indígenas, além do critério quantitativo, está prevista a adoção de critérios qualitativos, a serem implantados a partir do ano O Estado através da FEMAP - Fundação Estadual de Meio Ambiente Pantanal - está estruturando um programa de apoio aos municípios, de maneira a democratizar o acesso destes aos recursos e adotar legislação específica para o reconhecimento das RPPNs, especialmente pela possibilidade de poder tratar do aumento da quantidade desta modalidade de Unidade de Conservação. O Estado do Mato Grosso está fazendo a implementação do ICMS Ecológico, aprovado em pela Lei Complementar nº 73, de forma gradual, ou seja, num primeiro momento pelo critério apenas quantitativo, e numa segunda etapa está prevista a implantação dos critérios qualitativos.

17 17 Primeiramente destinou-se 5% às UCs e terras indígenas, e posteriormente, 2% aos Municípios que cuidem do saneamento ambiental, lixo e água tratada. Embora utilizando terminologias diferentes, a Lei adota procedimentos semelhantes aos utilizados no Estado do Paraná. O Decreto Estadual nº 2.758, de , traz conceitos e orienta procedimentos técnicos e administrativos visando ao cumprimento da Lei, além de afirmar a necessidade da qualificação das Unidades de Conservação, tratar dos compromissos a serem assumidos pelos municípios, criar e organizar o Cadastro Estadual de Unidades de Conservação, definir os procedimentos de cálculos, a edição, as alterações e democratização de informações referentes aos índices. No Estado de Pernambuco o ICMS Ecológico é denominado de ICMS Sócio-Ambiental, foi aprovado pela Lei Estadual nº11.899, de , e destina 12% a partir do ano de 2003, considerando aspectos sócio-ambientais. Destes aspectos, 1% destina-se aos municípios que possuem Unidades de Conservação e 5% devem ser distribuídos de forma igualitária aos Municípios que possuam unidade de compostagem ou aterro sanitário controlado. Neste Estado, embora a Lei que define os critérios para o rateio do ICMS, deva ser implementada a partir de 2003, o Decreto Estadual nº , objetiva a implementação quase total da Lei do ICMS Sócio-Ambiental a partir de 2002, tendo como ano de apuração o ano de O modelo de gestão do ICMS Ecológico por biodiversidade pernambucano, deverá passar por um processo de potencialização nos próximos anos, com a adoção das fórmulas de cálculo já consagradas em outros Estados, em especial referente à utilização de variáveis qualitativas. O Tocantins apesar de ser um estado jovem, o caçula brasileiro, já se preocupou com a questão ambiental. A Lei nº1.323 de 04 de abril de 2002

18 18 prevê ICMS Ecológico, onde, além da preocupação com a conservação da água e dos parques, também premia os municípios que possuam boa política municipal de meio ambiente, controle de queimadas e combate a incêndios, promova a conservação dos solos, atue de forma direta ou indireta na distribuição de água potável, o tratamento do esgoto e a coleta e destinação final do lixo. Os critérios e percentuais utilizados para o repasse do ICMS Ecológico serão implementados gradualmente, de forma progressiva e guardará flexibilidade, tratando os casos de diferentes formas buscando a isonomia, fazendo os ajustes necessários durante o processo de implantação. CRITÉRIOS Ano/Implantação VALOR ADICIONADO 82,5 80,2 78,9 75,6 75,0 QUOTA IGUAL 9,0 8,5 8,0 8,0 8,0 ÁREA TERRITORIAL 2,5 2,4 2,3 2,2 2,0 POLÍTICA MUNICIPAL 0,5 1,0 1,5 2,0 2,0 DO MEIO AMBIENTE UNIDADES DE 1,0 1,5 2,0 2,5 3,5 CONSERVAÇÃO E TERRAS INDÍGENAS CONTROLE E COMBATE 0,5 1,5 1,5 2,0 2,0 A QUEIMADAS SANEAMENTO BÁSICO, 1,0 1,5 2,0 3,5 3,5 CONSERVAÇÃO DE ÁGUA E COLETA E DESTINAÇÃO DO LIXO CONSERVAÇÃO E 0,5 1,0 1,5 2,0 2,0 MANEJO DO SOLO POPULAÇÃO 2,5 2,4 2,3 2,2 2,0 TOTAL Fonte: Naturatins, Palmas-TO,1988. A Lei 1323/02 é regulamentada pelo Decreto Estadual nº1.666/02 e por outros instrumentos normativos do COEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente) e das instituições discriminadas na Lei. Para cada um desses critérios, foi estabelecida uma fórmula, de maneira que o cálculo percentual

19 19 dos índices leve em consideração aspectos quantitativos e qualitativos. O Tocantins é o primeiro Estado brasileiro a levar em conta o critério da conservação dos solos no ICMS Ecológico, tanto do ponto de vista do solo urbano como rural. Em relação ao solo urbano deverá ser levada em conta a existência de um planejamento adequado ao uso do solo com respectiva legislação em cumprimento; em relação ao solo rural, quanto maior a superfície do solo cultivado com conservação e manejo adequado do solo, maior será o índice do município. Do ponto de vista qualitativo deverão ser considerados aspectos das práticas realizadas, as práticas de manejo implementadas pelos proprietários individualmente, o que deverá ser apropriado através da aplicação de um processo de planejamento individual de propriedade. O objetivo básico do ICMS Ecológico tocantinense é incentivar os municípios, sempre na perspectiva da melhoria do ambiente e da qualidade de vida.a SEPLAN/TO - Secretaria de Estado do Planejamento e Meio Ambiente do Tocantins, e o NATURATINS - Instituto Natureza do Estado do Tocantins - realizam permanentemente ações com vistas a capacitação de técnicos das Prefeituras para esclarecer dúvidas e orientar sobre o ICMS Ecológico.

20 ESTADOS COM ICMS ECOLÓGICO EM FASE DE DISCUSSÃO TABELA 2 - ESTADOS COM O ICMS ECOLÓGICO EM FASE DE DISCUSSÃO E PERCENTUAIS PROPOSTOS PARA OS REPASSES EM RELAÇÃO AOS CRITÉRIOS: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E OUTROS. CRITÉRIOS ESTADO Unidades de Conservação, Terras Indígenas e outras Áreas Especialmente Protegidas (%) Outros critérios ambientais (%) Bahia 2,5 2,5 Ceará 0,625 1,875 Espírito Santo 5,0 3,0 Goiás 1,5 1,5 Rio de Janeiro 5,0 -- Santa Catarina 1,25 3,75 Pará 8,75 5,0 FONTE: Anteprojetos de Lei NOTAS: (1)Espírito Santo apresenta cinco propostas alternativas de Lei, sendo que os critérios e os percentuais constantes na tabela, dizem respeito a primeira proposta. (2) Goiás apresenta seis propostas alternativas, sendo que os critérios e os percentuais constantes na tabela, dizem respeito à primeira proposta. (3) Santa Catarina apresenta seis propostas alternativas, sendo que os critérios e os percentuais constantes na tabela, dizem respeito a uma proposta de consenso liderada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA). A tabela mostra os Estados brasileiros que estão realizando debates acerca de legislações relativas ao ICMS Ecológico. No Estado da Bahia, há uma parceria com a Conservation International e o IESB Instituto de Estudo Sócio-Ambiental da Bahia, que além de iniciativas próprias, tem apoiado ações da Assembléia Legislativa e da Associação dos Municípios da Região Cacaueira - AMURC e do Conselho da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. No ano de 2000 foi elaborada pela Secretaria de Estado da Fazenda, proposta de lei denominada ICMS Cidadão, que além da gestão das Unidades de Conservação, estabelece critérios relacionados à educação, saúde e saneamento ambiental. Segundo a SEFAZ, a

21 21 aprovação da proposta visa contribuir para minimizar as diferenças interregionais, em contraponto ao caso de hoje em que a elevada concentração de recursos tem contribuído para estimular o fluxo migratório (SEFAZ/BAHIA, 1999). As UCs deverão ser tratadas tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo, utilizando-se de base similar ao modelo do Estado do Paraná, com utilização de parâmetros similares. A proposta da lei é bem detalhista e pode engessar em parte a organização das políticas públicas a serem desenvolvidas. No Estado do Ceará, está tramitando na Assembléia Legislativa o anteprojeto de Lei nº33/97, referente ao ICMS Ecológico. A proposta trata dos mananciais de abastecimento e das Unidades de Conservação. Em Audiência Pública realizada pela Assembléia Legislativa foram levantadas outras demandas, em especial, as relativas à pré-desertificação nas regiões específicas do Estado. O Estado do Espírito Santo organizou um seminário em que se discutiu sobre o ICMS Ecológico e em seguida foram aprovadas a Emenda Constitucional nº 11/96 e a Lei Estadual nº 5.265, de , que em seu art. 1º, define que O poder Executivo fica autorizado a criar mecanismos de compensação financeira para repasse aos municípios que sofram restrições de uso de solo por abrigarem, em seus territórios, áreas protegidas por unidades de conservação, áreas naturais em avançado estado de regeneração, reservatórios e mananciais de abastecimento público. Assim, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente preparou três propostas de Lei do ICMS Ecológico que introduz critérios ligados à temática ambiental. Estas propostas estabelecem um índice de 5% dos recursos para os municípios que possuem Unidades de Conservação e mananciais de abastecimento, definem algumas regras, procedimentos técnicos e administrativos visando

22 22 operacionalizar a Lei e estabelecem critérios para a fixação dos índices de participação dos Municípios no produto da arrecadação do ICMS. O Estado de Goiás é um dos estados que estudam a inclusão do ICMS ecológico a partir do ano 2005 nos seus 246 municípios. O Dec.Estadual nº 5 897/2004 instituiu um grupo de trabalho sob a coordenação da Secretaria da Fazenda, composto por representantes das Secretarias do Planejamento e Desenvolvimento, do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos SEMARH e da Agência Goiana do Meio Ambiente. O assunto vem sendo estudado em conjunto por esse grupo de trabalho, por membros das Secretarias estaduais, Prefeituras e órgãos ambientais. Estudos realizados pela Conservação Internacional, ONG Ambientalista, constataram a degradação ambiental alarmante do cerrado. Segundo estas pesquisas, 78% do Cerrado primitivo já foi devastado. A Fundação Pró-Natureza FUNATURA, por meio de convênio estabelecido com a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos SEMARH e também com a Conservação Internacional na região do Vale do Paranã, nordeste do Estado, mostrou que a cobertura vegetal nativa está diminuindo cerca de 250 mil hectares a cada dois anos, em uma média de 440 hectares de perda por dia. Dados do Geogoiás levantamento ambiental realizado em Goiás no ano de 2002, confirmavam o problema do desmatamento em todo o Estado ( A criação do ICMS ecológico seria de grande valia como instrumento de combate a esse desmatamento e degradação ambientais. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Goiás apresentou duas propostas, uma delas alterando a Constituição Estadual, pois o seu art. 107, acaba por engessar os critérios para o rateio do ICMS ecológico; outra, remetendo a alteração dos critérios para Lei Complementar. Segundo uma

23 23 dessas propostas, o ICMS destinará 5% ao critério ambiental, sendo que destes, 20% para municípios que fazem a coleta, tratamento e disposição final e adequada do lixo, com operação licenciada pelo órgão do meio ambiente competente (5% - coleta, 7,5% - tratamento e 7,5% - disposição final), 40% para municípios que abrigarem em seus territórios UCs, com proteção integral, abrangendo áreas federais, estaduais, municipais e RPPNs, calculadas com base no índice de conservação dos municípios, observados os parâmetros e os procedimentos técnicos definidos pelo Órgão do Meio Ambiente do Estado, 30% para os municípios que possuem mananciais de abastecimento público com critérios de restrição ao uso, garantido por lei estadual ou municipal, 5% para os municípios que tenham implantado programas de educação ambiental, 5% para os municípios que tenham comprovado e comprovem a execução do Plano Diretor de Município e em conformidade com o Estatuto da Cidade, e 5% para os municípios que mantenham programas de ações ambientais. Além destas, outras seis propostas alternativas de Lei de ICMS Ecológico foram preparadas, duas dispondo de 20% para a definição dos critérios sócioeconômicos e ambientais, e as demais propondo 25% para este fim. Estão sendo realizados Seminários sobre o ICMS Ecológico em várias cidades, organizados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, WWF, prefeituras e outras organizações regionais não governamentais. O Estado do Rio de Janeiro tem tentado elaborar e aprovar a legislação do ICMS Ecológico. Vários debates foram realizados junto aos órgãos públicos e entidades ambientalistas. A última proposta elaborada foi relacionada a Unidades de Conservação e passou por ajustes a partir de contribuições de entidades, deputados e órgãos ambientais e propunham além de aprimoramentos em relação às UCs, a adoção do critério relativo ao saneamento básico.

24 24 Em Santa Catarina, atualmente existem três projetos de lei em fase de tramitação perante a Assembléia Legislativa. Cuida-se dos projetos de lei ordinária nº 82/95, nº 226/99 e de Lei Complementar nº 04/2001. O projeto de Lei Complementar abarca o conteúdo dos outros dois projetos de lei ordinária, estabelecendo critérios graduais de distribuição ao longo dos três primeiros anos de vigência. Ao final, ficariam assim distribuídos os valores: a)-receita Própria (6%); b)-população (2%); c)- Área do Município (1%); d)-quota Igualitária (9%); e)- Saneamento Básico (2%); f)- Unidades de Conservação/Terras Indígenas (5%) No mais, todos os projetos apresentam semelhanças quanto à finalidade, diferenciando-se no que respeita ao percentual de distribuição dos valores. Em substitutivo global aos projetos de lei ordinária, houve sensível alteração nos percentuais de participação, estabelecendo-se um meio termo no que respeita aos critérios de distribuição, como se vê: 1-VAF (80%); 2- Quota Igualitária (12%); Índice Agropecuário (3%); 4- Educação Ambiental (1%); 5- Arrecadação Própria (1%). O substitutivo global apresentado aos projetos de lei ordinária falha ao não estabelecer o critério de saneamento ambiental, onde estaria prevista uma das principais ações a ser estimulada, qual seja a criação/manutenção de sistema de destinação final de lixo e de tratamento de esgotos. No dia 31 de maio de 2001 foi realizada uma Audiência Pública com o objetivo de buscar consenso entre as diversas propostas. O encaminhamento foi que todos apoiariam uma proposta única encaminhada pelo CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente. O Estado do Pará realizou audiência pública, porém o anteprojeto de Lei foi arquivado. Na proposta, o Estado procura fazer uma mini-reforma nos

25 25 critérios de rateio do ICMS, colocando, além das Unidades de Conservação, saneamento básico, saúde, educação e outros temas que têm relação estreita com as questões ambientais e de cidadania. CONCLUSÃO O ICMS Ecológico representa uma iniciativa que pode ser adotada por qualquer estado brasileiro uma vez que o perfil de distribuição do ICMS permite esta possibilidade. Em oito Estados o critério do repasse pelo Valor Adicionado Fiscal está acima dos 75% determinados pela Constituição Federal, cinco já possuem o critério ambiental em funcionamento e quatorze necessitariam de rearranjos entre os vários critérios em utilização para uma melhor adequação. Através das experiências nos Estados que adotaram o ICMS Ecológico é possível observar a melhoria na qualidade de vida, bem como uma conscientização por parte da população para a manutenção de um meio ambiente saudável. Nos Estados que adotaram o critério Unidades de Conservação, com base na variável quantitativa e a qualitativa, houve um aumento considerável destas áreas protegidas, proporcionando também a conservação da biodiversidade ali existente (LOUREIRO, p.). No critério Conservação do Solo adotado pelo Estado do Tocantins, tanto o solo rural como o urbano foram levados em conta, exigindo assim um planejamento adequado ao seu uso.

26 26 Nos critérios que dizem respeito diretamente à melhoria de qualidade de vida, segundo dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, ações de saneamento básico, tratamento de esgoto e lixo, educação ambiental - dentre outros - tem-se observado maior conscientização da população, com resultados visíveis dos investimentos na área ambiental e conseqüente melhoria na qualidade de vida ( Por isso, é importante incorporar cada dia mais, a criação de mecanismos que possibilitem a participação da comunidade local na gestão dos recursos públicos recebidos pelo Município, participação esta que deve abranger todo o processo, desde a implantação ao recebimento dos recursos. É necessário também, que os recursos recebidos sejam destinados à conservação ambiental e empregados em questões ambientais e sociais. É preciso aprimorar a gestão ambiental. Na questão de terras indígenas, no Estado do Mato Grosso, a Prefeitura Municipal de Brasnorte, através de convênio firmado com a OPAN Operação Amazônia Nativa, vem fazendo o repasse aos índios da região, para que eles realizem atividades de fiscalização dentro de seus territórios. Com isto a sociedade local tem demonstrado a existência dessas populações no Município, possibilitando uma convivência harmoniosa, marcada pelo respeito à diversidade e à cultura indígena (

27 27 Os Estados que adotaram o ICMS Ecológico estipularam diferentes critérios ambientais e isso é importante para uma distribuição justa dos recursos. Há ainda necessidade de se agregar outros critérios como os sociais, por exemplo, para não prejudicar Municípios que sejam desprovidos de Unidades de Conservação ou mananciais de abastecimento de água, mas contribuem de formas variadas para o desenvolvimento sustentável. A implementação do incentivo deve considerar as especificidades locais e regionais, além de incorporar outros critérios que potencializem a conservação do meio ambiente. Fazer evoluir os procedimentos ou mesmo a legislação dos Estados onde já existe o ICMS Ecológico é fundamental. Na mesma medida em que se propõe o aprimoramento desse instrumento é recomendável que as forças políticas e institucionais dos Estados onde ainda estas legislações não foram aprovadas, tratem da sua aprovação, em especial os Estados da Bahia, Goiás, Pará, Ceará, Santa Catarina e Rio de Janeiro onde já existe discussão organizada. Em Goiás, diante da expansão agrícola, podemos observar que o ICMS Ecológico seria instrumento eficaz a ser utilizado na preservação do Cerrado, um dos biomas brasileiros responsável pela maior biodiversidade do planeta e ameaçado de extinção. As experiências com o ICMS ecológico têm demonstrado que se trata de uma medida positiva, simples, que contribui para o aumento das áreas protegidas e possibilita a criação de condições de melhoria da gestão ambiental. Em relação à conscientização ambiental, os Municípios já conseguem perceber as Unidades de Conservação como uma oportunidade de gerar renda, e não como um empecilho ao desenvolvimento. A perspectiva de ampliar a

28 28 receita advinda do ICMS Ecológico estimula o Município a investir na conservação e desestimula a degradação do meio ambiente. Para uma maior efetividade do ICMS Ecológico, é indispensável a perseverança dos gestores públicos e um forte programa institucional de longo prazo para a conservação da biodiversidade, investimentos humanos e financeiros e maior fiscalização. Esses fatores, aliados à vontade e determinação política, participação e cobrança da sociedade, produzirão resultados positivos de grande alcance socioambiental. REFERÊNCIAS: ARAÚJO JR. Olímpio. ICMS Ecológico. Disponível em : Acesso em: 10 jul.2004 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 33ª ed. São Paulo: Saraiva, p..Lei nº 1.323/02. Dispõe sobre o ICMS ecológico. Palmas, TOCANTINS..Lei nº de 28 de dezembro de Dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS Ecológico pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 158 da CF. MINAS GERAIS, Lei nº5.265 de 10 de setembro de Estabelece mecanismos de compensação financeira aos municípios com áreas protegidas no Estado do Espírito Santo, Vitória, ESPÍRITO SANTO, Lei Complementar nº73, de 07 de dezembro de Dispõe sobre os critérios de distribuição da parcela de receita do ICMS e dá outras providências.diário Oficial do Mato Grosso.Cuiabá, MATO GROSSO, 2000.

29 29. Lei 2.193, de 18 de dezembro de Dispõe sobre o ICMS Ecológico e dá outras providências. Diário Oficial do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MATO GROSSO DO SUL.. Lei de 28 de dezembro de Dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios e dá outras providências. Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, MINAS GERAIS, Lei Redefine os critérios de distribuição da parte do ICMS que cabe aos Municípios e dá outras providências. Diário Oficial do Estado de Pernambuco, Recife, PERNAMBUCO, Lei de 17 de novembro de Dispõe sobre a parcela do produto de arrecadação do Imposto Relativas à Circulação de (ICMS) Mercadorias pertencentes aos Municípios. Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RIO GRANDE DO SUL, Lei Complementar nº 147 de 15 de janeiro de Disciplina a distribuição das parcelas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS), destinadas aos Municípios. Diário Oficial do Estado de Rondônia, Porto Velho, Lei de 29 de dezembro de Altera a Lei de 23 de dezembro de 1981, que dispõe sobre a parcela, pertencente aos municípios, do produto de arrecadação do ICMS. Diário Oficial do Estado de São Paulo, SÃO PAULO, Lei nº 59/91 de 01 de outubro de Dispõe sobre a repartição de 5% do ICMS, a que alude o art. 2º da Lei nº9.491/90, aos municípios com mananciais de abastecimento e Unidades de Conservação ambiental, assim como adota outras providências (ICMS Ecológico).PARANÁ, Imposto Ecológico não sai do papel. Diário do Nordeste, Fortaleza, Ceará. 20 out Caderno de Negócios. FIUZA. Anete Pinto Fiúza. ICMS Ecológico um instrumento para a gestão ambiental. Disponível em: http/ Acesso em 09 nov.2004.

30 30 GOIÁS. Constituição do Estado de Goiás. Art JOHN, Liana. Boas notícias no Mato Grosso. Disponível em: LOUREIRO.Wilson. ICMS Ecológico A contribuição conservacionista de uma política tributária.curitiba: IAP, ICMS Ecológico: incentivo econômico à conservação da biodiversidade.revista de Administração Municipal, Curitiba, v.44, n.221, abr/dez Contribuição do ICMS Ecológico à conservação da Biodiversidade no Estado do Paraná; Curitiba, Tese (Doutorado em Economia Política e Política Florestal) Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. NANNI. Sara. ICMS Ecológico - Recursos para a sustentabilidade. Ciência e Cultura. Vol.55 nº4 São Paulo. Out/dez out JOHN, Liana. Boas notícias no Mato Grosso. Disponível em: PARANÁ. Constituição do Estado do Paraná, Art PIRES, Éderson. Icms ecológico. Aspetos pontuais. Legislação comparada. Jus Navigandi, Teresina, a, 6, n. 52, nov Disponível em: http: //www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=2328. Acesso em: 09 nov.2004.

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