A SOCIEDADE POLÍTICA: ESTRUTURA E FUNÇÃO Fábio Konder Comparato

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A SOCIEDADE POLÍTICA: ESTRUTURA E FUNÇÃO Fábio Konder Comparato"

Transcrição

1 A SOCIEDADE POLÍTICA: ESTRUTURA E FUNÇÃO Fábio Konder Comparato Estrutura I - O poder político A Conceito É a capacidade de mandar e ter obediência. Distingue-se da simples dominação, na qual prescinde-se do consentimento do dominado. A submissão consentida, na relação de poder político, varia muito de grau: da simples indiferença, à veneração apaixonada aos detentores do poder. B Organização O poder político organiza-se de forma hierárquica, culminando com o poder supremo ou soberania. É em função da titularidade da soberania que se classificam os regimes políticos: a) monarquia, quando uma única pessoa é soberana (de monos, um e archos, guia ou chefe); b) oligarquia, quando o poder soberano pertence a alguns poucos (oligos = pouco, alguns); c) democracia, quando o povo é soberano (demos = povo). II - A mentalidade coletiva É o conjunto dos valores predominantes em uma sociedade, em função dos quais são apreciados os diferentes acontecimentos da vida social. Compreende inclusive simples opiniões ou preconceitos, e gera costumes sociais, ou seja, reiterados comportamentos coletivos. Diz-se que um poder político é legítimo, quando é consentido; ou seja, quando está em harmonia com a mentalidade coletiva. De se notar que um poder legal, isto é, organizado de acordo com a Constituição e as leis, pode ser ilegítimo, quando repudiado pela opinião pública.

2 Organização da sociedade política na civilização capitalista Na sociedade política capitalista, o poder soberano efetivo é sempre oculto ou dissimulado. Ele se esconde por trás da fachada do poder oficial. A soberania real pertence de fato aos potentados econômicos privados (grandes proprietários e empresários), aliados aos principais agentes do Estado. Como disse o grande economista francês Fernand Braudel, o capitalismo só é bem sucedido, quando se alia ao Estado, quando é o Estado. Em suma, o regime político capitalista é sempre oligárquico; o que significa que o objetivo do exercício do poder é sempre o de realizar o interesse próprio dos grupos dominantes. Quanto à mentalidade coletiva na sociedade política capitalista, ela é inteiramente moldada pela ética do egoísmo; ou seja, objetivo de vida de cada um é sempre a acumulação de riqueza, porque ela engendra poder. A ideologia capitalista, construída a partir do final do século XVII com Hobbes e desenvolvida no século XVIII com Adam Smith, sustenta que, se cada qual cuidar racionalmente de realizar o seu próprio interesse, uma mão invisível acabará por engendrar o bem comum. Nas sociedades capitalistas do presente, mentalidade coletiva é moldada pelos grupos oligárquicos, sobretudo através do controle empresarial dos meios de comunicação de massa. Exemplo perfeito de organização capitalista da sociedade política é o do Brasil. Desde o Descobrimento, a sociedade aqui formada apresentou um poder político de dupla face: as normas ou comandos reais, vindos de Portugal, sempre foram tidos em terra brasileira como um direito estrangeiro, completamente alheio à nossa realidade. Ou seja, o verdadeiro poder soberano nunca foi o da Corte em Lisboa, mas aquele aqui engendrado pela aliança inclusive de compadrio ou de laços matrimoniais entre os potentados econômicos privados e os altos administradores enviados da metrópole.

3 Nesse quadro, a mentalidade capitalista aqui vicejou com todas as forças. Como disse Frei Vicente do Salvador, o primeiro historiador do Brasil em livro publicado em 1627, nem um homem nesta terra é republico, nem zela e tratado bem comum, senão cada qual do bem particular. Esse quadro político permaneceu basicamente o mesmo até hoje, não obstante as mudanças superficiais ocorridas em cinco séculos. Função da Sociedade Política A verdadeira razão de ser de uma sociedade política não é outra, senão a realização da felicidade geral; ou seja, a felicidade de todos e cada um dos cidadãos. A felicidade não nos é dada, mas deve ser por nós construída A A concepção de Buda (viveu entre os séculos 6º e 4º a.c.) A felicidade corresponde à ausência de sofrimento de qualquer espécie (físico, mental ou moral). É fruto de uma disposição de vida marcada pela solidariedade e a compaixão para com as outras pessoas. Os egoístas jamais são realmente felizes. B Platão ( A.C.) A felicidade existe vinculada de certa forma ao amor, pois o próprio deste é desejar as coisas belas e boas, cuja posse gera a felicidade (Banquete 204 d, 205). C Aristóteles ( A.C.) É o fim perfeito da vida humana, aquele que se basta a si mesmo. Não é um mero sentimento, um estado passivo de simples fruição; é, antes, o fruto da conduta pessoal de cada indivíduo; daí por que as crianças não chegam propriamente a ser felizes, pois elas não são capazes de nobres ações.

4 Construir a felicidade para todos, e não apenas para alguns cidadãos, é a finalidade principal de toda organização política (politeia) (Política e Ética a Nicômaco). Para as três grandes religiões monoteístas judaísmo, cristianismo e islamismo, a felicidade completa não se realiza na Terra, mas somente no Céu. Ela é, portanto, sobrenatural em sua origem. Mas o Cristianismo afirma que Deus é Amor, e que os homens devem, por tanto, amar a todos, até mesmo os inimigos. A partir do início da era moderna, após a Idade Média europeia, a concepção sobrenatural da felicidade começou a mudar. Passou-se a confiar cada vez mais na razão humana, como fonte de explicação de todos os fenômenos e forma de solução de problemas; por conseguinte, na sua capacidade de gerar a felicidade. Essa convicção firmou-se, na Europa Ocidental e na América do Norte, ao se iniciar o século XVIII, o chamado Século do Iluminismo. O surgimento histórico de um direito à felicidade O primeiro documento histórico no qual se afirma a existência de um direito à felicidade foi a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, de 4 de julho de 1776, redigida por Thomas Jefferson: Consideramos as seguintes verdades como auto-evidentes, a saber, que todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo seu Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade (the pursuit of Happiness). Após a Revolução Francesa, a Constituição jacobina de 1793 (Ano I revolucionário) afirma em sua Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: O objetivo da sociedade é a felicidade comum. Assim concebida, a felicidade passou a ser considerada um direito humano de cada indivíduo. Ou seja, cada um de nós deve respeitar o

5 direito à felicidade de todos os outros. O que corresponde à chamada Regra de Ouro: não fazer aos outros o que não se quer que seja feito a nós mesmos. A concepção de um direito à felicidade social A humanidade custou a compreender que não se pode alcançar uma autêntica felicidade individual, em um ambiente de generalizada infelicidade social. Aos direitos humanos de caráter individual, devem acrescer-se direitos econômicos, sociais e culturais. Esse grande avanço, rumo à construção de um Estado do Bem-Estar Social (Welfare State) começou no século XIX, e consolidou-se após a Primeira Guerra Mundial. No Brasil, as leis trabalhistas foram instituídas, mas somente para os trabalhadores urbanos, nos anos 30 do século XX, estendendo-se para os trabalhadores agrícolas tão somente na década de 60. Com o advento da Constituição de 1988, após vinte anos de regime autoritário empresarial-militar, procurou-se criar um sistema de seguridade social abrangente (saúde, previdência e assistência social). No entanto, a partir da chamada globalização capitalista, iniciada na década de 80 do século XX, esse sistema foi muito abalado no mundo todo. Com a intensificação das relações internacionais, desde a segunda metade do século XX, passou-se a conceber do direito à felicidade dos povos em relação uns aos outros, bem como o direito à felicidade de todo o gênero humano. Mas tais direitos pressupõem, para a sua realização efetiva, a constituição de uma sociedade política mundial.

PRINCÍPIOS ÉTICOS FUNDAMENTAIS Fábio Konder Comparato. I Introdução

PRINCÍPIOS ÉTICOS FUNDAMENTAIS Fábio Konder Comparato. I Introdução 1 A felicidade PRINCÍPIOS ÉTICOS FUNDAMENTAIS Fábio Konder Comparato I Introdução Objetivo supremo da vida humana: aquele que escolhemos por si mesmo, não como meio de alcançar outros fins. A felicidade

Leia mais

Fábio Konder Comparato

Fábio Konder Comparato Fábio Konder Comparato Contrato: - Forma Social que se funda a partir do relacionamento entre individuos mediado por objeto-mercadoria (material e/ou imaterial) Sujeito Objeto - Sujeito (decorrente da

Leia mais

ILUMINISMO, ILUSTRAÇÃO OU FILOSOFIA

ILUMINISMO, ILUSTRAÇÃO OU FILOSOFIA O ILUMINISMO ILUMINISMO, ILUSTRAÇÃO OU FILOSOFIA DAS LUZES Começou na Inglaterra e se estendeu para França, principal produtor e irradiador das ideias iluministas. Expandiu-se pela Europa, especialmente

Leia mais

Primeiro Período. Segundo Período GRUPO DISCIPLINAR DE HISTÓRIA HGP. Ano letivo de Informação aos Pais / Encarregados de Educação

Primeiro Período. Segundo Período GRUPO DISCIPLINAR DE HISTÓRIA HGP. Ano letivo de Informação aos Pais / Encarregados de Educação GRUPO DISCIPLINAR DE HISTÓRIA HGP Ano letivo de 2016-2017 1. Aulas previstas (tempos letivos) Programação do 5º ano 5º1 (45m) 5º2 (45m) 5º3 (45m) 1º período 37 aulas 2º período 27 aulas 3º período 22 aulas

Leia mais

DATA: 03 / 05 / 2016 I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 8.º ANO/EF

DATA: 03 / 05 / 2016 I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 8.º ANO/EF SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA UNIDADE DATA: 03 / 05 / 206 I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 8.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A): VALOR: 8,0

Leia mais

Matriz de Referência de HISTÓRIA - SAERJINHO 5 ANO ENSINO FUNDAMENTAL

Matriz de Referência de HISTÓRIA - SAERJINHO 5 ANO ENSINO FUNDAMENTAL 5 ANO ENSINO FUNDAMENTAL H01 Identificar diferentes tipos de modos de trabalho através de imagens. X H02 Identificar diferentes fontes históricas. X H03 Identificar as contribuições de diferentes grupos

Leia mais

Ciclo do ouro Material para acompanhamento de aulas, Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira

Ciclo do ouro Material para acompanhamento de aulas, Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira Ciclo do ouro Material para acompanhamento de aulas, Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira Formato ABNT, para citação desta apostila em trabalhos acadêmicos: PEREIRA, L. M. A. Ciclo do ouro. Curso

Leia mais

Disciplina: História Professor: Renato Série: 8º ANO

Disciplina: História Professor: Renato Série: 8º ANO Disciplina: História Professor: Renato Série: 8º ANO * Capitulo 5 Formação dos Estados Unidos * Capitulo 6 O Maior Golpe Contra o Absolutismo Francês (Revolução Francesa) * Capitulo 7 O Brasil do Século

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. JOÃO V ESCOLA SECUNDÁRIA c/ 2º e 3º CICLOS D. JOÃO V

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. JOÃO V ESCOLA SECUNDÁRIA c/ 2º e 3º CICLOS D. JOÃO V GRUPO DISCIPLINAR DE HISTÓRIA HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Informação aos Pais / Encarregados de Educação Programação do 5º ano Turma 1 1. Aulas previstas (Tempos letivos) 2. Conteúdos a leccionar

Leia mais

A POLÍTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO

A POLÍTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO PLATÃO (428-347 a.c.) Foi o primeiro grande filósofo que elaborou teorias políticas. Na sua obra A República ele explica que o indivíduo possui três almas que correspondem aos princípios: racional, irascível

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro

Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro Perfil de aprendizagem de História 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Das sociedades recolectoras às primeiras civilizações Das sociedades recolectoras às primeiras sociedades produtoras 1. Conhecer o processo

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. JOÃO V ESCOLA SECUNDÁRIA c/ 2º e 3º CICLOS D. JOÃO V

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. JOÃO V ESCOLA SECUNDÁRIA c/ 2º e 3º CICLOS D. JOÃO V GRUPO DA ÁREA DISCIPLINAR DE HISTÓRIA História e Geografia de Portugal Informação aos Pais / Encarregados de Educação, turma 3 Programação do 5º ano 1. Aulas previstas (tempos letivos) 5º1 5º2 1º período

Leia mais

Prof. Me. Renato R. Borges - Rousseau

Prof. Me. Renato R. Borges   - Rousseau Prof. Me. Renato R. Borges - contato@professorrenato.com Rousseau 1762 O homem nasce livre e por toda a parte encontra-se acorrentado. Rousseau forneceu o lema principal da Revolução Francesa: Liberdade,

Leia mais

Ciclo do ouro Material para acompanhamento de aulas, Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira

Ciclo do ouro Material para acompanhamento de aulas, Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira Ciclo do ouro Material para acompanhamento de aulas, Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira Ciclo do ouro Formato ABNT, para citação desta apostila em trabalhos acadêmicos: PEREIRA, L. M. A. Ciclo

Leia mais

Informação aos Pais / Encarregados de Educação Programação do 5º Ano. Turmas 5º1 5º2 5º3. 1º Período 38 aulas 38 aulas 38 aulas

Informação aos Pais / Encarregados de Educação Programação do 5º Ano. Turmas 5º1 5º2 5º3. 1º Período 38 aulas 38 aulas 38 aulas DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR DE HISTÓRIA HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Programação do 5º Ano 1.Aulas previstas (tempos letivos de 45 minutos) 5º1 5º2 5º3 1º 38 aulas 38

Leia mais

PERFIL DE APRENDIZAGENS 7 ºANO

PERFIL DE APRENDIZAGENS 7 ºANO 7 ºANO No final do 7º ano, o aluno deverá ser capaz de: DISCIPLINA DOMÍNIO DESCRITOR Das Sociedades Recoletoras às Primeiras Civilizações A Herança do Mediterrâneo Antigo 1. Conhecer o processo de hominização;

Leia mais

Conceito da Ética Destacando as teorias da formação dos conceitos, o objeto e o objetivo da Ética

Conceito da Ética Destacando as teorias da formação dos conceitos, o objeto e o objetivo da Ética Conceito da Ética Destacando as teorias da formação dos conceitos, o objeto e o objetivo da Ética. Definições e Conceitos O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética

Leia mais

Sua religião é uma escolha pessoal e deve ser respeitada

Sua religião é uma escolha pessoal e deve ser respeitada Sua religião é uma escolha pessoal e deve ser respeitada O Dia Mundial da Religião, celebrado a 21 de janeiro, tem como principal objetivo sensibilizar a Humanidade para o respeito pelas diferentes crenças

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO Profª: Kátia Paulino dos Santos 23/2/2013 18:25 1 Direitos Humanos Direitos Naturais Direitos Morais Direitos dos Povos Direitos Públicos Subjetivos

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO 1 Profª: Kátia Paulino dos Santos Direitos Naturais Direitos Humanos Direitos Morais Direitos dos Povos Direitos Públicos Subjetivos Direitos Fundamentais

Leia mais

Estado: conceito e evolução do Estado moderno. Santana do Livramento

Estado: conceito e evolução do Estado moderno. Santana do Livramento Estado: conceito e evolução do Estado moderno Santana do Livramento Objetivos da Aula Objetivo Geral Estudar o significado do Estado, sua concepção e evolução para os modelos do Estado Moderno, para a

Leia mais

AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE. Prof. Dra. DANIELA BUCCI

AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE. Prof. Dra. DANIELA BUCCI AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE Prof. Dra. DANIELA BUCCI 1 ENADE E OS DIREITOS HUMANOS Panorama Geral : PROVAS 2012 E 2015 As provas abarcaram questões gerais sobre globalização,

Leia mais

Direitos Humanos e Globalização

Direitos Humanos e Globalização Direitos Humanos e Globalização 1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo septuagésimo aniversário agora celebramos, começa por dizer, no seu artigo 1.º, que «todos os seres humanos nascem livres

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Constitucionalismo Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - O termo constitucionalismo está ligado à ideia de Constituição - independentemente de como, de fato, esta

Leia mais

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli O pensamento sociológico no séc. XIX Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli Avisos Horário de Bate Papo: sextas-feiras, 17hs às 17hs:30 Atenção com o prazo de envio das respostas das atividades eletrônicas.

Leia mais

1B Aula 01. O Iluminismo

1B Aula 01. O Iluminismo 1B Aula 01 O Iluminismo O contexto histórico em que surgiu o Iluminismo O Iluminismo foi acima de tudo uma revolução cultural porque propôs uma nova forma de entender a sociedade e significou uma transformação

Leia mais

DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS. PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E DE GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5º Ano

DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS. PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E DE GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5º Ano DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E DE GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5º Ano Ano Letivo 017-018 TEMAS/ CONTEÚDOS Aulas Previstas (* ) TEMA A- A Península

Leia mais

Aula 25 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Aula 25 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS Aula 25 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS O que é cidadania? Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na constituição. Uma boa cidadania implica que os direitos

Leia mais

EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD

EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD CANOAS, JULHO DE 2015 DISCIPLINA PRÉ-HISTÓRIA Código: 103500 EMENTA: Estudo da trajetória e do comportamento do Homem desde a sua origem até o surgimento do Estado.

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Santo André Departamento de Ciências Sociais e Humanas Ano letivo 2017/2018

Agrupamento de Escolas de Santo André Departamento de Ciências Sociais e Humanas Ano letivo 2017/2018 Das sociedades recoletoras às primeiras civilizações PERFIL DE APRENDIZAGENS ESPEÍFICAS: HISTÓRIA 7º Ano As sociedades recoletoras e as primeiras sociedades produtoras O aluno não conhece e não adquiriu

Leia mais

Qual é o ponto de humor da charge abaixo? SOCIALISMO

Qual é o ponto de humor da charge abaixo? SOCIALISMO Qual é o ponto de humor da charge abaixo? SOCIALISMO SOCIALISMO SOCIALISMO A História das Ideias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas

Leia mais

Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas

Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas DEPARTAMENTO DE Línguas e Humanidades DISCIPLINA:História ANO:11ºA Planificação (Conteúdos)... Período Letivo: _1º Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas *Compreender

Leia mais

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA Curso preparatório para o concurso: Polícia Rodoviária Federal Professor : Gustavo de Lima Pereira Contato: gustavo.pereira@pucrs.br AULA 1 AFIRMAÇÃO HISTÓRICA E TEORIA GERAL

Leia mais

Teoria das Formas de Governo

Teoria das Formas de Governo Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas Disciplina: Governo Eletrônico Teoria das Formas de Governo Equipe 2 Biancca Nardelli Schenatz Nair

Leia mais

Módulo 3 Setor 171. Sistema capitalista Prof. Lucas Guide 3º ano EM

Módulo 3 Setor 171. Sistema capitalista Prof. Lucas Guide 3º ano EM Módulo 3 Setor 171 Sistema capitalista Prof. Lucas Guide 3º ano EM O que é capitalismo? O capitalismo configura-se como sistema social e econômico dominante no Ocidente a partir do século XVI em que predomina

Leia mais

R O C H A. O processo de desenvolvimento do Capitalismo

R O C H A. O processo de desenvolvimento do Capitalismo R O C H A O processo de desenvolvimento do Capitalismo Origens do Capitalismo O capitalismo é um sistema econômico que se desenvolveu na Europa. Surgiu com a ascensão da burguesia entre os séculos XV e

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BONFIM ESCOLA SECUNDÁRIA MOUZINHO DA SILVEIRA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BONFIM ESCOLA SECUNDÁRIA MOUZINHO DA SILVEIRA PERFIL DE APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS - DESCRITORES DE DESEMPENHO DO ALUNO: História - 3.º CICLO 7º ANO História ESCALAS Fraco (05 19%) INSUFICIENTE (20 % - 49%) SUFICIENTE (50% - 69%) BOM (70% - 89%) MUITO

Leia mais

Disciplina: História Perfil de Aprendizagens Específicas O aluno é capaz de:

Disciplina: História Perfil de Aprendizagens Específicas O aluno é capaz de: A herança do Mediterrâneo Antigo Das sociedades recoletoras às primeiras civilizações CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO Disciplina: Perfil de Aprendizagens Específicas O aluno é capaz de: Ensino Básico

Leia mais

DESCARTES ( )

DESCARTES ( ) DESCARTES (1596 1650) RACIONALISMO - A solução para seus problemas estavam na matemática, no qual acreditava que poderia obter todas as suas respostas. - Somente é possível conhecer todo o saber se este

Leia mais

Curso: Ensino Médio Integrado. Manoel dos Passos da Silva Costa 1

Curso: Ensino Médio Integrado. Manoel dos Passos da Silva Costa 1 Curso: Ensino Médio Integrado Manoel dos Passos da Silva Costa 1 Antiguidade Preocupação em criticar a sociedade do que em estudá-la como ela é. Platão: República (Sociedade Ideal) Aristóteles: Política

Leia mais

Pol í tica e É tica. Jean Jacques Rousseau

Pol í tica e É tica. Jean Jacques Rousseau Pol í tica e É tica Jean Jacques Rousseau 1762 Prof. Me. Renato Borges facebook.com/prof.renato.borges - contato@professorrenato.com CONTEXTO HISTÓRICO Jean Jacques Rousseau participou da corrente de pensamento,

Leia mais

CURRÍCULO PLENO 1.ª SÉRIE CÓDIGO DISCIPLINAS TEOR PRAT CHA PRÉ-REQUISITO ANTROPOLOGIA CULTURAL E DESENVOLVIMENTO HUMANO

CURRÍCULO PLENO 1.ª SÉRIE CÓDIGO DISCIPLINAS TEOR PRAT CHA PRÉ-REQUISITO ANTROPOLOGIA CULTURAL E DESENVOLVIMENTO HUMANO MATRIZ CURRICULAR Curso: Graduação: Regime: Duração: HISTÓRIA LICENCIATURA SERIADO ANUAL - NOTURNO 4 (QUATRO) ANOS LETIVOS Integralização: A) TEMPO TOTAL - MÍNIMO = 4 (QUATRO) ANOS LETIVOS - MÁXIMO = 7

Leia mais

As formas de controle e disciplina do trabalho no Brasil pós-escravidão

As formas de controle e disciplina do trabalho no Brasil pós-escravidão Atividade extra As formas de controle e disciplina do trabalho no Brasil pós-escravidão Questão 1 Golpe do 18 Brumário O Golpe do 18 Brumário foi um golpe de estado ocorrido na França, e que representou

Leia mais

Conteúdo Programático Ciências Humanas e suas tecnologias

Conteúdo Programático Ciências Humanas e suas tecnologias Conteúdo Programático Ciências Humanas e suas tecnologias Filosofia 1. Mitologia e Pré-socráticos 2. Sócrates, sofistas 3. Platão 4. Aristóteles 5. Epistemologia racionalismo e empirismo 6. Ética aristotélica

Leia mais

Aula 3 O Estado. Objetivos:

Aula 3 O Estado. Objetivos: Aula 3 O Estado Objetivos: a) Conhecer a estrutura política e jurídica de um Estado; b) Conhecer a estrutura política e jurídica do Estado brasileiro; c) Relacionar o conhecimento da estrutura política

Leia mais

1B Aula 01. O Iluminismo

1B Aula 01. O Iluminismo 1B Aula 01 O Iluminismo O contexto histórico em que surgiu o Iluminismo O Iluminismo foi acima de tudo uma revolução cultural porque propôs uma nova forma de entender a sociedade e significou uma transformação

Leia mais

Aula 2. Professor Douglas Pereira da Silva. dps aula 2

Aula 2. Professor Douglas Pereira da Silva. dps aula 2 Aula 2 Fundamentos Fecaf Professor Douglas Pereira da Silva 1 Há 1300 a.c. no Egito antigo já existia a necessidade de planejar, dirigir e controlar milhares de trabalhadores na construção de monumentais

Leia mais

O Iluminismo. Século XVIII

O Iluminismo. Século XVIII O Iluminismo Século XVIII As origens do iluminismo O iluminismo surgiu no século XVII e se desenvolveu ao longo do século XVIII, especialmente na França. Seus pensadores: Diziam-se portadores da razão,

Leia mais

Assinale a resposta mais adequada de acordo com os nossos estudos nesta Unidade de Ensino:

Assinale a resposta mais adequada de acordo com os nossos estudos nesta Unidade de Ensino: Questão 1 Se as inovações tecnológicas modificam o ritmo de vida das pessoas, pode-se dizer que alterações no ritmo das jornadas de trabalho também têm relação com as novas tecnologias? Assinale a resposta

Leia mais

Economia e Gestão do Setor Público. Profa Rachel

Economia e Gestão do Setor Público. Profa Rachel Economia e Gestão do Setor Público Profa Rachel Conceitos iniciais Gestão pública Apresenta : Semelhanças com a gestão privada Funcionamento: Como uma grande organização Lucro: Bem- estar das pessoas Estado,

Leia mais

MUNDO GREGO Entre o Público (Pólis) e o Privado (Oikos)

MUNDO GREGO Entre o Público (Pólis) e o Privado (Oikos) História Geral Francisco Overlande MUNDO GREGO Entre o Público (Pólis) e o Privado (Oikos) Get Up, Stand Up Bob Marley / Peter Tosh Levante, resista: lute pelos seus direitos! Levante, resista: lute pelos

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Constitucionalismo Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Constitucionalismo moderno: limitação jurídica do poder do Estado em favor da liberdade individual. É uma

Leia mais

Mostre o que é cultura mostrando as diversas possibilidades para o entendimento mais amplo desse conceito.

Mostre o que é cultura mostrando as diversas possibilidades para o entendimento mais amplo desse conceito. COLÉGIO METODISTA IZABELA HENDRIX PROFESSOR (A): Celso Luís Welter DISCIPLINA: Sociologia SÉRIE: Primeiro EM TIPO DE ATIVIDADE: Trabalho de recuperação VALOR: 6 pontos NOTA: NOME: DATA: Questão 1 Mostre

Leia mais

HISTÓRIA CONTEÚDOS. 1. População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento

HISTÓRIA CONTEÚDOS. 1. População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento HISTÓRIA O exame de História é concebido para avaliar, com base num conjunto de conteúdos programáticos circunscrito, as competências básicas exigidas para o acesso a um curso de nível superior na área

Leia mais

O que é Estado Moderno?

O que é Estado Moderno? O que é Estado Moderno? A primeira vez que a palavra foi utilizada, com o seu sentido contemporâneo, foi no livro O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo,

Leia mais

COMO ANDA NOSSA FELICIDADE? O QUE DIZEM AS CIÊNCIAS Pg. 31

COMO ANDA NOSSA FELICIDADE? O QUE DIZEM AS CIÊNCIAS Pg. 31 COMO ANDA NOSSA FELICIDADE? O QUE DIZEM AS CIÊNCIAS Pg. 31 VALORES QUE GANHARAM IMPORTÂNCIA AO LONGO DA HISTORIA Igualdade Nas discussões sobre a felicidade, a ideia de amor ao próximo ganhou força a partir

Leia mais

III Estado Romano de um pequeno grupamento humano ao primeiro império mundial. Características: a) Base familiar de organização; b) Cristianismo.

III Estado Romano de um pequeno grupamento humano ao primeiro império mundial. Características: a) Base familiar de organização; b) Cristianismo. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO I Estado Antigo, Oriental ou Teocrático não se distingue o pensamento político da religião, da moral, da filosofia, ou das doutrinas econômicas. Características: a) Natureza

Leia mais

O soberano não representava mais seus príncipes e condes, passando a encarnar diretamente a representação do povo submetido ao seu poder!

O soberano não representava mais seus príncipes e condes, passando a encarnar diretamente a representação do povo submetido ao seu poder! Estado moderno! Europa e Estados Unidos! Centralização crescente e politização do poder! Na estrutura feudal da Idade Média, o poder ainda era uma relação de direito privado no sentido de dependência pessoal

Leia mais

Durkheim, Weber, Marx e as modernas sociedades industriais e capitalistas

Durkheim, Weber, Marx e as modernas sociedades industriais e capitalistas Durkheim, Weber, Marx e as modernas sociedades industriais e capitalistas Curso de Ciências Sociais IFISP/UFPel Disciplina: Fundamentos de Sociologia Professor: Francisco E. B. Vargas Pelotas, abril de

Leia mais

ORIGEM DO ESTADO E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA. Prof. Elson Junior Santo Antônio de Pádua, Junho de 2017

ORIGEM DO ESTADO E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA. Prof. Elson Junior Santo Antônio de Pádua, Junho de 2017 ORIGEM DO ESTADO E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA Prof. Elson Junior Santo Antônio de Pádua, Junho de 2017 CONCEPÇÕES DA ORIGEM DO ESTADO Existem cinco principais correntes que teorizam a este respeito:

Leia mais

1. Formação do Feudalismo

1. Formação do Feudalismo 1. Formação do Feudalismo 1.1. Herança Romana O COLONATO foi uma instituição de fins do Império Romano, em que trabalhadores (colonos) recebiam um lote de terra para seu sustento, em grandes propriedades

Leia mais

Unidade: Introdução à Sociologia

Unidade: Introdução à Sociologia Unidade: Introdução à Sociologia Construção do conhecimento em sociologia Senso comum: conjunto de opiniões, recomendações, conselhos, práticas e normas fundamentadas na tradição, nos costumes e vivências

Leia mais

O Trabalho e as Formações Sociais nos/na: Povos Primitivos. Idade Antiga. Idade Média. Idade Moderna. Tema da aula de hoje! Idade Contemporânea.

O Trabalho e as Formações Sociais nos/na: Povos Primitivos. Idade Antiga. Idade Média. Idade Moderna. Tema da aula de hoje! Idade Contemporânea. O Trabalho e as Formações Sociais nos/na: Povos Primitivos. Idade Antiga. Idade Média. Idade Moderna. Tema da aula de hoje! Idade Contemporânea. Professor: Danilo Borges A Idade Média não alterou substancialmente

Leia mais

Mercantilismo. Prof. Nilton Ururahy

Mercantilismo. Prof. Nilton Ururahy Mercantilismo Prof. Nilton Ururahy Definição: Prática econômica adotada pelos Estados Absolutistas Europeus que marcou a transição entre feudalismo e capitalismo nos séculos XVI a XVIII. Características

Leia mais

Revisão - I Certificação

Revisão - I Certificação Revisão - I Certificação PROF. CRISTIANO CAMPOS CPII - HUMAITÁ II 01) (MACK 2003)O absolutismo e a política mercantilista eram duas partes de um sistema mais amplo, denominado de Antigo Regime. O termo

Leia mais

Unidade 04: Como nos relacionamos.

Unidade 04: Como nos relacionamos. FILOSOFIA 2º ANO (Revisão da AG II Etapa) Professor: Thiago Roque Conteúdos: Como nos relacionamos? (Poder e política). - Poder e autoridade (microfísica e macrofísica do poder em Foucault) - O pensamento

Leia mais

ILUMINISMO. Prof.ª Maria Auxiliadora

ILUMINISMO. Prof.ª Maria Auxiliadora ILUMINISMO Prof.ª Maria Auxiliadora A CRISE DO ANTIGO REGIME O ILUMINISMO O Antigo Regime vigorou entre os séculos XVI a XVIII na maioria dos países europeus. Este período caracterizou-se pelo: poder absoluto

Leia mais

Revisão - I Certificação

Revisão - I Certificação Revisão - I Certificação PROF. CRISTIANO CAMPOS CPII - HUMAITÁ II 01) (MACK 2003)O absolutismo e a política mercantilista eram duas partes de um sistema mais amplo, denominado de Antigo Regime. O termo

Leia mais

O poder e a política SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO

O poder e a política SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO Capítulo 6 Poder, política e Estado 1 O poder e a política Poder se refere à capacidade de agir ou de determinar o comportamento dos outros. As relações de poder perpassam todas as relações sociais. As

Leia mais

REDE EDUCACIONAL ADVENTISTA Ementa de Curso

REDE EDUCACIONAL ADVENTISTA Ementa de Curso REDE EDUCACIONAL ADVENTISTA Ementa de Curso DISCIPLINA: HISTÓRIA SÉRIE/ TURMA: 1º ANO MÉDIO ABC BIMESTRE: 4º NÚMERO 1. Módulo 16 - Política e economia no Antigo Introdução do módulo, com aula em slides

Leia mais

Divisão clássica da História da humanidade

Divisão clássica da História da humanidade 7. Idade Moderna (Parte 2) Séc. XVIII: o grande século da Química (início da Química Moderna) 1 Divisão clássica da História da humanidade História Moderna: entre o final do século XV - início das grandes

Leia mais

HISTÓRIA. Professor Paulo Aprígio

HISTÓRIA. Professor Paulo Aprígio HISTÓRIA Professor Paulo Aprígio IDEOLOGIAS E MOVIMENTOS POLÍTICOS SÉCULO XIX E XX QUESTÃO 1 Os três tipos de poder representam três diversos tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da obediência

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Constitucionalismo Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - As etapas francesa e americana constituem o chamado constitucionalismo clássico, influenciado por pensadores

Leia mais

MOTIVADORES DA CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA SOCIAL

MOTIVADORES DA CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA SOCIAL MOTIVADORES DA CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA SOCIAL 1. A Sociologia como fruto da demanda da Sociedade 2. Problema Social e explicação científica 3. O homem como produtor de conhecimento 4. O conhecimento, tipos

Leia mais

Aula 2 - Direitos Civis, Políticos e Sociais

Aula 2 - Direitos Civis, Políticos e Sociais Aula 2 - Direitos Civis, Políticos e Sociais Cidadania moderna (contexto); Crise do Absolutismo; Desintegração do sistema feudal; Surgimento do Estado de Direito (liberalismo); Democracia Representativa

Leia mais

Revolução Industrial, Socialismo, Revolução Francesa e Napoleão

Revolução Industrial, Socialismo, Revolução Francesa e Napoleão Revolução Industrial, Socialismo, Revolução Francesa e Napoleão Revolução Industrial, Socialismo, Revolução Francesa e Napoleão 1. História O texto e a imagem apresentada fazem referência a um mesmo processo

Leia mais

Tempos letivos por período Subdomínio 5.1. O expansionismo Europeu

Tempos letivos por período Subdomínio 5.1. O expansionismo Europeu ESCOLA SEC/3º CICLO DR.ª Mª CÂNDIDA História - 8º Ano 2016/2017 Domínio 5. Expansão e mudança nos séculos XV e XVI OBJETIVOS ATITUDINAIS E PROCEDIMENTAIS TRANSVERSAIS I. Domínio das atitudes/valores 1.

Leia mais

FORMAS DE GOVERNO: a organização institucional do poder político. TGE I Nina Ranieri 2017

FORMAS DE GOVERNO: a organização institucional do poder político. TGE I Nina Ranieri 2017 FORMAS DE GOVERNO: a organização institucional do poder político TGE I Nina Ranieri 2017 Formas de Governo Conceito Modos pelos quais o poder político é distribuído entre os Poderes do Estado distribuição

Leia mais

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Direito Constitucional TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Constituição A constituição determina a organização e funcionamento do Estado, estabelecendo sua estrutura, a organização de

Leia mais

Aula 10 Iluminismo e o Despotismo Esclarecido

Aula 10 Iluminismo e o Despotismo Esclarecido Aula 10 Iluminismo e o Despotismo Esclarecido Conceito Iluminismo, Ilustração, Século das Luzes Século XVIII: França. Maturidade e maior expressão do movimento Produção cultural e intelectual de Paris:

Leia mais

Na estrutura do Estado Absolutista havia três diferentes Estados. O que é correto afirmar sobre estes estados?

Na estrutura do Estado Absolutista havia três diferentes Estados. O que é correto afirmar sobre estes estados? Questão 1 Na estrutura do Estado Absolutista havia três diferentes Estados. O que é correto afirmar sobre estes estados? a. O Primeiro Estado era representado pelos religiosos, o Segundo Estado era representado

Leia mais

1. O CONCEITO DE SOBERANIA

1. O CONCEITO DE SOBERANIA Conceito Soberania e Legitimidade do Poder 1. O CONCEITO DE SOBERANIA 1.1. ORIGEM DO CONCEITO - O conceito de soberania teve origem na França (souveraineté) e seu primeiro teórico foi Jean Bodin. O Estado

Leia mais

P R O F E S S O R E D M Á R I O V I C E N T E

P R O F E S S O R E D M Á R I O V I C E N T E 1 Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Neste sentido, os liberais são contrários

Leia mais

Professor Guilherme Paiva. Ciências Sociais

Professor Guilherme Paiva. Ciências Sociais Professor Guilherme Paiva Ciências Sociais A sociologia como ciência: origens do pensamento sobre o social e Contexto histórico: desagregação da sociedade feudal; consolidação da civilização capitalista;

Leia mais

quarta-feira, 4 de maio de 2011 A CRISE DO ANTIGO REGIME O ILUMINISMO

quarta-feira, 4 de maio de 2011 A CRISE DO ANTIGO REGIME O ILUMINISMO A CRISE DO ANTIGO REGIME Definição: movimento filosófico, intelectual e científico que contrariou as bases do Antigo Regime; Quando: século XVIII; Onde? ING (início), FRA (auge); Quem? O iluminismo representou

Leia mais

PROGRAMAÇÃO FISCAL E FINANCEIRA

PROGRAMAÇÃO FISCAL E FINANCEIRA Universidade de Brasília (UnB) Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação (FACE) Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (CCA) PROGRAMAÇÃO FISCAL

Leia mais

Movimentos Sociais no Brasil ( ) Formação Sócio Histórica do Brasil Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

Movimentos Sociais no Brasil ( ) Formação Sócio Histórica do Brasil Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli Movimentos Sociais no Brasil (1550 1822) Formação Sócio Histórica do Brasil Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli No período colonial: Em diversos momentos: Segmentos sociais insatisfeitos promoveram rebeliões,

Leia mais

Colégio Torre Dona Chama. Matriz do Exame de Escola de Equivalência à Frequência de 9.º Ano História (cód. 19)

Colégio Torre Dona Chama. Matriz do Exame de Escola de Equivalência à Frequência de 9.º Ano História (cód. 19) Matriz do Exame de Escola de Equivalência à Frequência de 9.º Ano História (cód. 19) 1. Introdução: Na elaboração desta matriz de Exame de Escola de Equivalência à Frequência teve-se em conta o modelo

Leia mais

SUMÁRIO. PREFÁCIO - MÁRCIO PUGLlESI... 7 NOTA DOS AUTORES À 4." EDIÇÃO... 9 NOTA DOS AUTORES À 3." EDIÇÃO NOTA DOS AUTORES À 2." EDIÇÃO...

SUMÁRIO. PREFÁCIO - MÁRCIO PUGLlESI... 7 NOTA DOS AUTORES À 4. EDIÇÃO... 9 NOTA DOS AUTORES À 3. EDIÇÃO NOTA DOS AUTORES À 2. EDIÇÃO... SUMÁRIO PREFÁCIO - MÁRCIO PUGLlESI... 7 NOTA DOS AUTORES À 4." EDIÇÃO... 9 NOTA DOS AUTORES À 3." EDIÇÃO... 11 NOTA DOS AUTORES À 2." EDIÇÃO... 13 INTRODUÇÃO... 25 PARTE I TEORIA GERAL DO ESTADO 1. DIVISÃO

Leia mais

CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia

CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia O que caracteriza a consciência mítica é a aceitação do destino: Os costumes dos ancestrais têm raízes no sobrenatural; As ações humanas são determinadas pelos

Leia mais

Sobre a liberdade e a autoridade

Sobre a liberdade e a autoridade ILUMINISMO Sobre a liberdade e a autoridade "Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo da mesma espécie tem o direito de gozar

Leia mais

Jean-Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau Jean-Jacques Rousseau 1712-1778 Da servidão à liberdade Temas centrais da filosofia política rousseauniana O contrato social. O surgimento da propriedade privada. A passagem do estado de natureza para

Leia mais

Ano Lectivo 2015 / ºCiclo 8 ºAno. 8.º Ano 1º Período. Domínios / Subdomínios Objetivos Gerais Competências Específicas Avaliação.

Ano Lectivo 2015 / ºCiclo 8 ºAno. 8.º Ano 1º Período. Domínios / Subdomínios Objetivos Gerais Competências Específicas Avaliação. ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DR. VIEIRA DE CARVALHO Planificação HISTÓRIA Ano Lectivo 2015 / 2016 3 ºCiclo 8 ºAno 8.º Ano 1º Período DOMÌNIO / TEMA D O contexto europeu dos séculos XII a XIV (recuperação

Leia mais

Curriculum Guide 11 th grade / História

Curriculum Guide 11 th grade / História Curriculum Guide 11 th grade / História Tema Conteúdo Habilidades Essential Questions 1) Era das Revoluções 1.1) Império Napoleônico 1.1a)Compreender o período napoleônico como uma época de consolidação

Leia mais

Identificação do Candidato

Identificação do Candidato Instruções 1) Só se identifique na parte inferior desta capa. Sua prova será anulada se contiver qualquer marca identificadora fora desse local. 2) Este caderno contém 05 questões. Se estiver incompleto

Leia mais

10/03/2010 CAPITALISMO NEOLIBERALISMO SOCIALISMO

10/03/2010 CAPITALISMO NEOLIBERALISMO SOCIALISMO CAPITALISMO NEOLIBERALISMO SOCIALISMO Uma empresa pode operar simultaneamente em vários países, cada um dentro de um regime econômico diferente. 1 A ética não parece ocupar o papel principal nos sistemas

Leia mais

2B Aula 06. O Iluminismo

2B Aula 06. O Iluminismo 2B Aula 06 O Iluminismo O contexto histórico em que surgiu o Iluminismo O Iluminismo foi acima de tudo uma revolução cultural porque propôs uma nova forma de entender natureza e a sociedade e significou

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA O QUE É HISTÓRIA? História é uma palavra com origem no antigo termo grego "historie", que significa "conhecimento através da investigação".

Leia mais

Ano Lectivo 2016/ ºCiclo 8 ºAno. 8.º Ano 1º Período. Domínios / Subdomínios Objetivos Gerais / Metas Competências Específicas Avaliação.

Ano Lectivo 2016/ ºCiclo 8 ºAno. 8.º Ano 1º Período. Domínios / Subdomínios Objetivos Gerais / Metas Competências Específicas Avaliação. ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DR. VIEIRA DE CARVALHO Planificação HISTÓRIA Ano Lectivo 2016/2017 3 ºCiclo 8 ºAno 8.º Ano 1º Período Domínios / Subdomínios Objetivos Gerais / Metas Competências Específicas

Leia mais

DISCIPLINA DE HISTÓRIA

DISCIPLINA DE HISTÓRIA DISCIPLINA DE HISTÓRIA OBJETIVOS: 6º ano Estabelecer relações entre presente e passado permitindo que os estudantes percebam permanências e mudanças nessas temporalidades. Desenvolver o raciocínio crítico

Leia mais